segunda-feira, 5 de maio de 2025

CPAD : E o Verbo se fez carne — Lição 6: O Bom Pastor e suas ovelhas

 


TEXTO ÁUREO

Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.

(Jo 10.14).

VERDADE PRÁTICA

Jesus é o Bom Pastor e nós, que pertencemos à sua Igreja, somos as ovelhas do seu rebanho.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 10.1-16.

1 — Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.

2 — Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas.

3 — A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas e as traz para fora.

4 — E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz.

5 — Mas, de modo nenhum, seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.

6 — Jesus disse-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que era que lhes dizia.

7 — Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas.

8 — Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.

9 — Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.

10 — O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.

11 — Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

12 — Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa.

13 — Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado das ovelhas.

14 — Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.

15 — Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai e dou a minha vida pelas ovelhas.

16 — Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A lição desta semana está organizada em três pontos: 1) Jesus como a Porta das Ovelhas, que permite o acesso ao aprisco e à salvação; 2) O Aprisco das Ovelhas, simbolizando um espaço de segurança e proteção; 3) a distinção entre o Bom Pastor, que sacrifica a sua vida pelas ovelhas, e o mercenário, que as deixa em risco. Baseada em João 10.1-16, esta aula apresenta uma descrição de Jesus sobre as qualidades do Bom Pastor e o seu relacionamento com as ovelhas. Assim, é uma lição que destaca a liderança amorosa de Jesus e, ao mesmo tempo, ressalta a responsabilidade das ovelhas de identificarem a sua voz e atenderem ao seu chamado.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Analisar que Jesus é a porta das ovelhas, o único acesso para o pecador alcançar a salvação e estabelecer a comunhão com Deus.; II) Esclarecer o simbolismo do aprisco enquanto espaço de segurança, assistência e pertencimento ao Corpo de Cristo; III) Diferenciar as atitudes do Bom Pastor dos comportamentos egoístas do mercenário.

B) Motivação: A parábola do Bom Pastor ilustra o cuidado e a liderança de Jesus sobre o seu rebanho. Assim como um pastor guia, protege e atende às necessidades das suas ovelhas, Jesus faz o mesmo por aqueles que têm fé nEle. Ele é a Porta que nos conduz à salvação, o Aprisco onde encontramos abrigo, e o Pastor que, ao contrário do mercenário, entrega a sua vida para nos salvar e proteger.

C) Sugestão de Método: Inicie a aula fazendo a seguinte pergunta: “O que representa para si o fato de saber que Jesus é o Bom Pastor que cuida das suas ovelhas?” Relacione as respostas com situações do cotidiano em que eles procuram segurança, orientação ou proteção. Esclareça que nesta lição iremos aprender como Jesus nos guia com amor e cuidado, proporcionando salvação, segurança e uma liderança genuína. Destaque também o contraste entre o cuidado genuíno do Bom Pastor e as influências que negligenciam o bem-estar das ovelhas, ressaltando a importância de reconhecer e obedecer à voz de Jesus, que nos conduz em caminhos de vida e proteção.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Da mesma forma que as ovelhas reconhecem a voz do seu pastor e o seguem, somos convidados a identificar a voz de Cristo em nossa vida diária e a seguir suas diretrizes. Assim, é o momento de trilhar o caminho de Jesus com firmeza, prestando atenção à sua voz e seguindo-a, cientes de que Ele nos orientará sempre com sabedoria, amor e proteção.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Eu Sou a Porta”, localizado depois do primeiro tópico, apresenta a reflexão bíblica a respeito da “porta” e seu simbolismo em Jesus; 2) No final do terceiro tópico, o texto “O Bom Pastor” mostra uma reflexão que aprofunda o relacionamento do Bom Pastor com suas ovelhas.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos o capítulo 10 do Evangelho de João, destacando a figura de Jesus como o Bom Pastor, aquEle que protege, cuida e orienta as suas ovelhas. Analisaremos o contexto em que nosso Senhor é descrito como “A Porta das Ovelhas” e a conexão desta imagem com o aprisco das ovelhas, que representa o lugar de habitação do rebanho. Por fim, diferenciaremos as figuras do Bom Pastor e do mercenário, para que possamos reconhecer a voz do verdadeiro pastor de nossas almas.

Palavra-Chave:

CUIDADO

 AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

EU SOU A PORTA

“A exclusividade deste caminho de fé em Cristo nunca foi melhor colocada do que quando Jesus disse: Eu sou a porta. Cristo é o Caminho para Cristo, pois Ele é ao mesmo tempo a Porta e o Aprisco. Parece atraente quando os homens dizem que todos aqueles que têm ideais éticos elevados comparáveis aos do Sermão da Montanha, são cristãos. Mas como isso parece vazio quando colocado ao lado do desafio pessoal: Eu sou a porta! Não existe outra! Assim, todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram (8).

  Certamente isto não deve ser interpretado como uma referência àqueles verdadeiros mensageiros de Deus do Antigo Testamento, mas inclui todos aqueles que falsamente se intitulam mensageiros de Deus. Mesmo os fariseus, que corromperam os ensinos de Moisés como se estes mesmos fossem capazes de dar vida, estão sob esta condenação. ‘Não há um ponto na história humana que esteja além do horizonte dos ladrões e mercenários das parábolas. Quando o homem afirma anunciar o dom da vida, à parte da fé em Jesus, ele se proclama como ladrão e mercenário, e a sua atividade foi, é, e será, uma atividade destrutiva’” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.97).

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

 “No aprisco, o pastor desempenha a função de uma porta, fazendo com que, por seu intermédio, as ovelhas entrem e sejam protegidas. Jesus é a porta da salvação de Deus para nós. Ele oferece o acesso à segurança e à proteção. Cristo é o nosso protetor. Algumas pessoas ressentem-se por Jesus ser a porta, o único caminho de acesso a Deus. Jesus é o Filho de Deus, então, porque deveríamos buscar outro caminho ou desejar um caminho particular que leve a Deus?” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, editada pela CPAD, p.1437.

AUXÍLIO BIBLICO-TEOLÓGICO

O BOM PASTOR

 “A observação universal do quarto Evangelho se destaca na afirmação de Jesus: Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor (16). Observe que há outras ovelhas, não bodes. ‘O rebanho de Cristo não está limitado àqueles que estão encenados no curral judaico, seja na Palestina, seja em outros lugares’ (cf. 11.52; 12.32). O amor de Deus é para todo o mundo (3.16). A urgência moral de trazer essas outras ovelhas para o curral está expressa nas palavras, também me convém agregar estas. O verbo ouvir ‘assume o genitivo, como quando tem a conotação de ouvir com entendimento e obediência’. Haverá um rebanho tem o verbo no plural nos melhores manuscritos, e a palavra ‘rebanho’ é a tradução correta do termo grego poimne (cf. Ez 34.20-24). ‘Todos (judeus e gentios) formarão um único rebanho sob um único Pastor’” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.98).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

O BOM PASTOR E SUAS OVELHAS

Nesta aula, veremos Jesus representado na figura do Bom Pastor, aquele que cuida e sacrifica sua vida em favor das ovelhas (Jo 10.11). Diferentemente do mercenário, que trabalha por interesses espúrios, o Bom Pastor, zela pelo bem-estar das suas ovelhas, as protege, guia e traz de volta para o caminho certo, caso estas se desviem do redil. Além da figura do pastor, a mesma passagem refere-se a Cristo como a porta pela qual as ovelhas entram, saem e encontram pastagem (v.9). Trata-se de mais uma figura que representa o cuidado de Cristo pelas ovelhas, mais especificamente quanto ao sustento e à provisão no aprisco. Jesus também se revela como o caminho exclusivo para entrar no Reino de Deus (Jo 14.6).

De acordo com o Comentário Devocional da Bíblia (CPAD), “à noite, as ovelhas eram mantidas em um ‘aprisco’: um cercado de pedras, espinheiros ou, às vezes, uma caverna. Este curral tinha apenas uma abertura e, à noite, o pastor dormia nele. Nenhum animal selvagem ou ladrão podia chegar às ovelhas porque o próprio pastor ficava na porta. Como a porta, Jesus apresentava-se como o único meio de ingresso no seu rebanho e, ao mesmo tempo, a via pela qual o rebanho passaria para encontrar passagem. Não é de admirar que Jesus dissesse: ‘Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância’ (v.10)” (2012, p.686).

  Esta narrativa nos remete a entender o relacionamento entre Jesus e     Seus discípulos. Ele, como o Bom Pastor da história, promete proteger Suas ovelhas das investidas dos lobos vorazes. No contexto bíblico, a figura do “lobo”, muitas vezes, é a representação dos falsos líderes e mestres que introduzem falsos ensinamentos entre os irmãos (Mt 7.15,16). Isso aconteceu e os apóstolos tiveram trabalho para combater os falsos ensinos nos primeiros anos da igreja (At 20.29,30). Atualmente, o Bom Pastor continua a alertar sua igreja quanto aos perigos das falsas crenças. Além disso, Jesus promete também guardar e guiar Seus seguidores, provendo tudo que fosse necessário para encaminhá-los rumo à eternidade. O alimento espiritual do crente é a Palavra de Deus (Lc 4.4; Jo 6.58). É por meio de seus ensinamentos que temos a nossa fé enriquecida e fortalecida para suportar os dias difíceis e continuar declarando que somente Jesus salva, cura, liberta, batiza no Espírito Santo e leva o homem ao céu. É por meio do cuidado do Bom Pastor que encontramos consolo para as tristezas e aflições da alma (Jo 14.27). Como ovelhas obedientes do seu rebanho, devemos depender do cuidado e amor dEle.

CONCLUSÃO

O Senhor afirmou que as suas ovelhas conhecem a sua voz e a reconhecem, seguindo-a (Jo 10.27). Desta forma, aqueles que pertencem ao grande rebanho do Sumo Pastor têm a alegria de conhecer e reconhecer a sua voz. Assim sendo, não devemos perder tempo ouvindo a voz do lobo. A voz do Bom Pastor é mais do que suficiente para nos guiar ao longo da nossa caminhada na vida cristã.

  CPAD : E o Verbo se fez carne — Jesus sob o olhar do Apóstolo do amor

Comentarista: Elienai Cabral

Lição 6: O Bom Pastor e suas ovelhas

 TEXTO ÁUREO

Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.

(Jo 10.14).

VERDADE PRÁTICA

Jesus é o Bom Pastor e nós, que pertencemos à sua Igreja, somos as ovelhas do seu rebanho.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 10.1-16.

1 — Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.

2 — Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas.

3 — A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas e as traz para fora.

4 — E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz.

5 — Mas, de modo nenhum, seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.

6 — Jesus disse-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que era que lhes dizia.

7 — Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas.

8 — Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.

9 — Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.

10 — O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.

11 — Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

12 — Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa.

13 — Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado das ovelhas.

14 — Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.

15 — Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai e dou a minha vida pelas ovelhas.

16 — Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

A lição desta semana está organizada em três pontos: 1) Jesus como a Porta das Ovelhas, que permite o acesso ao aprisco e à salvação; 2) O Aprisco das Ovelhas, simbolizando um espaço de segurança e proteção; 3) a distinção entre o Bom Pastor, que sacrifica a sua vida pelas ovelhas, e o mercenário, que as deixa em risco. Baseada em João 10.1-16, esta aula apresenta uma descrição de Jesus sobre as qualidades do Bom Pastor e o seu relacionamento com as ovelhas. Assim, é uma lição que destaca a liderança amorosa de Jesus e, ao mesmo tempo, ressalta a responsabilidade das ovelhas de identificarem a sua voz e atenderem ao seu chamado.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Analisar que Jesus é a porta das ovelhas, o único acesso para o pecador alcançar a salvação e estabelecer a comunhão com Deus.; II) Esclarecer o simbolismo do aprisco enquanto espaço de segurança, assistência e pertencimento ao Corpo de Cristo; III) Diferenciar as atitudes do Bom Pastor dos comportamentos egoístas do mercenário.

B) Motivação: A parábola do Bom Pastor ilustra o cuidado e a liderança de Jesus sobre o seu rebanho. Assim como um pastor guia, protege e atende às necessidades das suas ovelhas, Jesus faz o mesmo por aqueles que têm fé nEle. Ele é a Porta que nos conduz à salvação, o Aprisco onde encontramos abrigo, e o Pastor que, ao contrário do mercenário, entrega a sua vida para nos salvar e proteger.

C) Sugestão de Método: Inicie a aula fazendo a seguinte pergunta: “O que representa para si o fato de saber que Jesus é o Bom Pastor que cuida das suas ovelhas?” Relacione as respostas com situações do cotidiano em que eles procuram segurança, orientação ou proteção. Esclareça que nesta lição iremos aprender como Jesus nos guia com amor e cuidado, proporcionando salvação, segurança e uma liderança genuína. Destaque também o contraste entre o cuidado genuíno do Bom Pastor e as influências que negligenciam o bem-estar das ovelhas, ressaltando a importância de reconhecer e obedecer à voz de Jesus, que nos conduz em caminhos de vida e proteção.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Da mesma forma que as ovelhas reconhecem a voz do seu pastor e o seguem, somos convidados a identificar a voz de Cristo em nossa vida diária e a seguir suas diretrizes. Assim, é o momento de trilhar o caminho de Jesus com firmeza, prestando atenção à sua voz e seguindo-a, cientes de que Ele nos orientará sempre com sabedoria, amor e proteção.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Eu Sou a Porta”, localizado depois do primeiro tópico, apresenta a reflexão bíblica a respeito da “porta” e seu simbolismo em Jesus; 2) No final do terceiro tópico, o texto “O Bom Pastor” mostra uma reflexão que aprofunda o relacionamento do Bom Pastor com suas ovelhas.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos o capítulo 10 do Evangelho de João, destacando a figura de Jesus como o Bom Pastor, aquEle que protege, cuida e orienta as suas ovelhas. Analisaremos o contexto em que nosso Senhor é descrito como “A Porta das Ovelhas” e a conexão desta imagem com o aprisco das ovelhas, que representa o lugar de habitação do rebanho. Por fim, diferenciaremos as figuras do Bom Pastor e do mercenário, para que possamos reconhecer a voz do verdadeiro pastor de nossas almas.

Palavra-Chave:

CUIDADO

 AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

EU SOU A PORTA

“A exclusividade deste caminho de fé em Cristo nunca foi melhor colocada do que quando Jesus disse: Eu sou a porta. Cristo é o Caminho para Cristo, pois Ele é ao mesmo tempo a Porta e o Aprisco. Parece atraente quando os homens dizem que todos aqueles que têm ideais éticos elevados comparáveis aos do Sermão da Montanha, são cristãos. Mas como isso parece vazio quando colocado ao lado do desafio pessoal: Eu sou a porta! Não existe outra! Assim, todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram (8).

  Certamente isto não deve ser interpretado como uma referência àqueles verdadeiros mensageiros de Deus do Antigo Testamento, mas inclui todos aqueles que falsamente se intitulam mensageiros de Deus. Mesmo os fariseus, que corromperam os ensinos de Moisés como se estes mesmos fossem capazes de dar vida, estão sob esta condenação. ‘Não há um ponto na história humana que esteja além do horizonte dos ladrões e mercenários das parábolas. Quando o homem afirma anunciar o dom da vida, à parte da fé em Jesus, ele se proclama como ladrão e mercenário, e a sua atividade foi, é, e será, uma atividade destrutiva’” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.97).

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

 “No aprisco, o pastor desempenha a função de uma porta, fazendo com que, por seu intermédio, as ovelhas entrem e sejam protegidas. Jesus é a porta da salvação de Deus para nós. Ele oferece o acesso à segurança e à proteção. Cristo é o nosso protetor. Algumas pessoas ressentem-se por Jesus ser a porta, o único caminho de acesso a Deus. Jesus é o Filho de Deus, então, porque deveríamos buscar outro caminho ou desejar um caminho particular que leve a Deus?” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, editada pela CPAD, p.1437.

AUXÍLIO BIBLICO-TEOLÓGICO

O BOM PASTOR

 “A observação universal do quarto Evangelho se destaca na afirmação de Jesus: Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor (16). Observe que há outras ovelhas, não bodes. ‘O rebanho de Cristo não está limitado àqueles que estão encenados no curral judaico, seja na Palestina, seja em outros lugares’ (cf. 11.52; 12.32). O amor de Deus é para todo o mundo (3.16). A urgência moral de trazer essas outras ovelhas para o curral está expressa nas palavras, também me convém agregar estas. O verbo ouvir ‘assume o genitivo, como quando tem a conotação de ouvir com entendimento e obediência’. Haverá um rebanho tem o verbo no plural nos melhores manuscritos, e a palavra ‘rebanho’ é a tradução correta do termo grego poimne (cf. Ez 34.20-24). ‘Todos (judeus e gentios) formarão um único rebanho sob um único Pastor’” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.98).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO 

O BOM PASTOR E SUAS OVELHAS

Nesta aula, veremos Jesus representado na figura do Bom Pastor, aquele que cuida e sacrifica sua vida em favor das ovelhas (Jo 10.11). Diferentemente do mercenário, que trabalha por interesses espúrios, o Bom Pastor, zela pelo bem-estar das suas ovelhas, as protege, guia e traz de volta para o caminho certo, caso estas se desviem do redil. Além da figura do pastor, a mesma passagem refere-se a Cristo como a porta pela qual as ovelhas entram, saem e encontram pastagem (v.9). Trata-se de mais uma figura que representa o cuidado de Cristo pelas ovelhas, mais especificamente quanto ao sustento e à provisão no aprisco. Jesus também se revela como o caminho exclusivo para entrar no Reino de Deus (Jo 14.6).

De acordo com o Comentário Devocional da Bíblia (CPAD), “à noite, as ovelhas eram mantidas em um ‘aprisco’: um cercado de pedras, espinheiros ou, às vezes, uma caverna. Este curral tinha apenas uma abertura e, à noite, o pastor dormia nele. Nenhum animal selvagem ou ladrão podia chegar às ovelhas porque o próprio pastor ficava na porta. Como a porta, Jesus apresentava-se como o único meio de ingresso no seu rebanho e, ao mesmo tempo, a via pela qual o rebanho passaria para encontrar passagem. Não é de admirar que Jesus dissesse: ‘Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância’ (v.10)” (2012, p.686).

  Esta narrativa nos remete a entender o relacionamento entre Jesus e     Seus discípulos. Ele, como o Bom Pastor da história, promete proteger Suas ovelhas das investidas dos lobos vorazes. No contexto bíblico, a figura do “lobo”, muitas vezes, é a representação dos falsos líderes e mestres que introduzem falsos ensinamentos entre os irmãos (Mt 7.15,16). Isso aconteceu e os apóstolos tiveram trabalho para combater os falsos ensinos nos primeiros anos da igreja (At 20.29,30). Atualmente, o Bom Pastor continua a alertar sua igreja quanto aos perigos das falsas crenças. Além disso, Jesus promete também guardar e guiar Seus seguidores, provendo tudo que fosse necessário para encaminhá-los rumo à eternidade. O alimento espiritual do crente é a Palavra de Deus (Lc 4.4; Jo 6.58). É por meio de seus ensinamentos que temos a nossa fé enriquecida e fortalecida para suportar os dias difíceis e continuar declarando que somente Jesus salva, cura, liberta, batiza no Espírito Santo e leva o homem ao céu. É por meio do cuidado do Bom Pastor que encontramos consolo para as tristezas e aflições da alma (Jo 14.27). Como ovelhas obedientes do seu rebanho, devemos depender do cuidado e amor dEle.

CONCLUSÃO

O Senhor afirmou que as suas ovelhas conhecem a sua voz e a reconhecem, seguindo-a (Jo 10.27). Desta forma, aqueles que pertencem ao grande rebanho do Sumo Pastor têm a alegria de conhecer e reconhecer a sua voz. Assim sendo, não devemos perder tempo ouvindo a voz do lobo. A voz do Bom Pastor é mais do que suficiente para nos guiar ao longo da nossa caminhada na vida cristã.

  CPAD : E o Verbo se fez carne — Jesus sob o olhar do Apóstolo do amor

Comentarista: Elienai Cabral

Lição 6: O Bom Pastor e suas ovelhas

 


CAPÍTULO 6

A Relação do Bom Pastor com as suas Ovelhas

"Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido."

João 10.14

João 10.1-16

1-Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, è ladrão e salteador.

2-Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas.

3-A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua vaz, e chama pelo nome as suas ovelhas e as traz para fora.

4-E, quando tira para fora as suas celhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua

5- Mas, de modo nenhum, seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos

6-Jesus disse-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que era que lhes dizia.

7-Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das velhas

8-Todos quantos zvieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.

9-Eu sou a portas se alguém entrar por mim, salvar-se-a, e entrară, e sairá, e achara pastagens

10 - O ladrão não tem senão a roubas, a matar e a destruar, eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.

11-Eu sou o bom Pastor, o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas

12-Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa.

13-Ora, o mercenario foge, porque é mercenario e não tem cuidado das welhas.

14-Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.

15-Assim como o Pui me conhece a mim, também eu conheço o Pai e dou a minha vida pelas ovelhas,

16- Ainda tenho outras ovelhas que não são deste apriscos também me concém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um re banho e um Pastor

   Introdução

N

 os últimos versiculos do capitulo 9 do Evangelho de João, Jesus teve um diálogo breve com seus inimigos fariseus, os quais procuravam algum assunto discordante para terem de que acusá-lo. No capitulo 10. Jesus interrompe aquele tipo de diálogo, depois da cura de um cego de nascença, que foi expulso da sinagoga da cidade, porque sabiam que o testemunho daquele homem os perturbaria. Jesus, então, inteligentemente e com perspicácia, usou a figura de forma parabólica do pastor e as ovelhas para descrever aqueles religiosos, tratando-os como falsos pastores e, mais precisamente, como mercenários. Na verdade, eles eram a figura dos falsos pastores da profecia de Ezequiel 34.1-10. Na his tória que Jesus apresenta, há pelo menos três fatos que distinguem o verdadeiro pastor do falso pastor. Primeiro, o verdadeiro pastor entra pela porta; segundo, o guarda lhe permite entrar pela porta; terceiro, as ovelhas o seguem porque reconhecem a sua voz.

  I- Jesus, a Porta do Aprisco das Ovelhas (Jo 10.1-6)

  1. Jesus entra sozinho pela porta das ovelhas

  Duas coisas chamam a nossa atenção nessa história: Jesus entra pela única porta disponível para as ovelhas no aprisco. Depois, Ele se identifica como sendo "a porta das ovelhas" (Jo 10.7-9), Ora, o que significa a "porta do aprisco"? Em primeiro lugar, aquele que entra por essa porta é o verdadeiro e único Pastor, enquanto os que entram no aprisco por outros meios são identificados como ladrões e salteadores. Nos primeiros cinco versiculos, João apresenta um desafio aos porteiros que eram os guardas das portas da cidade (o aprisco) a fim de reconhecerem quem é Jesus, o qual tem direito de entrar pela porta das ovelhas. Se alguém estranho às ovelhas tentar entrar e transpor a cerca do redil, conclui-se que não é o verdadeiro pastor, porque as ovelhas, ao ouvirem a voz desse estranho, não o reconheceram. Mas o verdadeiro pastor entra pela porta das ovelhas e elas ouvem a sua voz e o seguem sem medo. Desse modo, Jesus mesmo declarou-se: "eu sou a porta" (Jo 10.7) e, mais uma vez, diz: "eu sou o bom Pastor" (Jo 10,11). Ainda em seu discurso para a casta religiosa dos fariseus que eram falsos pastores, Jesus declara outra vez: "eu sou o bom Pastor" (Jo 10.14). Notem o contexto dessa parábola do cego de nascença que havia sido curado por Jesus.   Aquele homem, que agora podia enxergar, era uma ovelha do aprisco judaico, mas, pelo fato de seguir Jesus onde Ele estivesse, inclusive na sinagoga, aqueles judeus o rejeitaram. Entretanto, aquele homem que foi curado passou a reconhecer que Jesus era o verdadeiro pastor de Israel e de todos quantos creram nEle.

  2. Quem é o porteiro? (Jo 10.3)

  Jesus não explicou muito sobre o porteiro e a sua importância no contexto da parábola do bom Pastor. Os estudiosos do Novo Testamento têm procurado identificar quem poderia ter sido o "porteiro", mas poucos comentários existem. Num sentido especial, os líderes da igreja de Cristo podem ser os porteiros espirituais sob a direção do Espirito Santo, com a missão de serem "a porta" pela qual passa a pregação e o ensino do Evangelho de Cristo às ovelhas espalhadas no mundo inteiro, e não apenas as ovelhas do aprisco judaico. A Igreja Romana entende que o porteiro é o apóstolo Pedro, por causa da palavra de Jesus a ele, quando disse: "Eu te darei as chaves do Reino dos céus" Mt 16.19).

  3. Qual a função básica do porteiro?

  O porteiro cuidava das ovelhas durante a noite enquanto o pastor descansava, às vezes, junto à porta, para que, havendo alguma tenta-tiva de assalto ao aprisco, ele estivesse vigiando. Pela manhã cedo, o "porteiro" abria a porta para o pastor entrar. Existem muitas opiniões sobre esse assunto, mas isso não afeta a importância dessa parábola. Já dissemos que o Espirito Santo é o personagem principal representativo desse porteiro porque é Ele quem abre a porta para o pastor (At 13.2; Jo 16.13). João Batista foi quem indicou inicialmente o Espírito Santo como aquele que deu acesso ao Pastor, abrindo-lhe a porta (Jo 1.27-32; Is 40.3; Mc 1.2-8). O porteiro era alguém contratado pelo pastor para auxiliá-lo no cuidado do rebanho e, principalmente, para vigiá-lo durante a noite. Ele não podia permitir que uma pessoa estranha entrasse pela porta, porque era contratado para guardá-la.

  II O Curral (o Aprisco) das Ovelhas (Jo 10.6)

  1. Seria esse texto uma parábola ou uma alegoria?

  Era, de fato, uma alegoria com o formato de uma parábola, porque encontramos várias figuras que representam verdades irrefutáveis. Neste caso do ensino de Cristo sobre o pastoreio de ovelhas, temos "o curral" das ovelhas que era, basicamente, una construção de pedras que tinha apenas uma porteira ou porta, por onde eram recolhidas para dentro do aprisco ao entardecer. Essas ovelhas eram vigiadas pelo porteiro, O porteiro, ou mesmo o pastor, ás vezes, deitava-se junto à porta, para garantir a segurança das ovelhas.

  2. O que representa o curral no Novo Testamento?

  Alguns teólogos interpretam "o curral" como sendo o judaismo, posto que a nação judaica estava "confinada debaixo da lei" até que a "a lei e os profetas" (as Escrituras do Antigo Testamento) se tornassem como aio ou quia para conduzi-la a Cristo e, pela fe, fosse justificada, visto que depois que a fe se manifestou, o povo já não estava debaixo da lei (Gl 3.23-25).

Portanto, a palavra curral na linguagem biblica é representada pela "lei e os profetas" como custodia temporária, que protegeria o rebanho até a vinda do bom Pastor. Hoje, o curral (o aprisco) é constituído pela igreja de Cristo e Ele é o nosso Pastor.

  III Jesus, o Bom Pastor (Jo 10.11) 1. A distinção entre o bom Pastor e o mercenário

  Quando Jesus fez a declaração de si mesmo como o bom Pastor, o povo de Jerusalém estava celebrando a Festa da Dedicação, que havia sido instituida para a purificação do Templo e a reedificação do altar. Essa festa não fazia parte do calendário festivo de Israel, porque foi criada como uma solenidade em memória da Guerra dos Macabeus e sua vitória sobre os selêucidas, Já havia passado algum tempo desde que Jesus esteve em Jerusalém (90 a.C.). A liturgia de Chanucá ou a Festa da Dedicação, em que se destacam os temas de "água e luz", aparece no texto de João 7, 8 e 10. Para contrastar esse evento, Jesus fala da diferença entre o bom Pastor e o mercenário. Jesus quis destacar que, diferentemente dos lideres religiosos de Jerusalém, "o bom Pastor" é aquele dá a sua vida pelas ovelhas, enquanto que "o mercenário" só faz o trabalho de pastoreio por dinheiro.

  2. O mercenário (Jo 10.13)

  O mercenario pouco se interessa pelas ovelhas. E apenas um profissional que trabalha visando vantagem material. Jesus compara aqueles sacerdotes e lideres religiosos aos mercenários que visavam tão somente aos dízimos e ofertas do povo que eram entregues no Templo. No campo pastoril de ovelhas, o mercenário era alguém contratado para cuidar do rebanho quando o pastor não estivesse presente, mas não era capaz de enfrentar as ameaças como os ladrões e os salteadores, nem os animais carnivoros. Quando ameaçados, eles abandonavam o redil das ovelhas e as deixavam à mercě dos invasores. Os pastores mercenários gostavam de exercer autoridade e dominio sobre as ovelhas por motivos escusos, porque sabiam que as ovelhas não reconheceriam a sua voz. E lamentável que tenhamos que contextualizar esse mercenarismo de pastores falsos em nossos tempos atuais.

  3. Lobos vorazes (Jo 10.12)

  A ação dos lobos que ficam ao redor do aprisco só acontece quando percebem que o mercenário não percebe a sua aproximação. O texto é facilmente entendido nas palavras de Jesus: "Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa" (Jo 10.12). No entendimento do apóstolo Paulo, esses "lobos vorazes" (Jo 10.12, ARA) representam os falsos mestres que ensinam falsas doutrinas e que destroem a fé recebida do evangelho, levando atrás de si as ovelhas incautas e descuidadas (At 20.29.30), Esses lobos podem representar falsos cristãos que se dizem experientes, mas que se intrometem no meio do rebanho com inten-ções destruidoras (2 Co 2.17). São tipos que pervertem a verdade das Escrituras, que falsificam a Palavra de Deus. São pessoas que semeiam divisões no meio do rebanho (Tt 3.10) e que dispersam as ovelhas do Senhor (1 Jo 2.18,19; 4.1-3),

  4. Jesus é o bom Pastor (Jo 10)

  Ele é o bom Pastor que se designa, também, a porta das ovelhas, porque é o caminho para as pastagens verdejantes e sadias e ås águas puras (Mt 7.13,14; Lc 13.24). Como sendo "a porta", Jesus då acesso fácil ao redil, à segurança, à liberdade e às pastagens (Jo 10.9). Ele concede proteção contra o mal e vida abundante ås ovelhas que o seguem Jo 10.9). Quando Ele declara "Eu sou o bom Pastor" (v. 11), é para contrastar com o "falso" pastor, porque Jesus é o único que foi capaz de dar a sua vida pelas ovelhas. Ele foi prometido pelo Pai (SI 23.1).

  Ele foi capaz de dar a sua vida na cruz do Calvário para impedir que o Inimigo arrebatasse de suas mãos as ovelhas (Is 53.12; Mt 20.28; Mc 10.45). Ele conhece as suas ovelhas e é conhecido delas (Jo 10.14,27). Por isso, Jesus é chamado "o grande Pastor" e o "Sumo Pastor" (Hb 13.20; 1 Pe 5.4).

  Conclusão

  Os chefes religiosos que questionavam as declarações de Jesus acerca de sua divindade chegaram a um ponto que lhe perguntaram: "Rode aram-no, pois, os judeus e disseram-lhe: Até quando terás a nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente" (Jo 10.24). Jesus afirmou que já tinha declarado, porém, a cegueira e a incredulidade daqueles homens não os deixavam perceber. Jesus entendeu que aqueles homens não eram suas ovelhas, pois, na sequência, Ele assegurou que "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem" (Jo 10.27).

  "Jesus é o bom Pastor que dá a sua vida pelas ovelhas, e nós, igreja, somos ovelhas do seu aprisco."

  E O VERBO SE FEZ CARNE

 

CAPÍTULO 6

A Relação do Bom Pastor com as suas Ovelhas

"Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido."

João 10.14

João 10.1-16

1-Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, è ladrão e salteador.

2-Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas.

3-A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua vaz, e chama pelo nome as suas ovelhas e as traz para fora.

4-E, quando tira para fora as suas celhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua

5- Mas, de modo nenhum, seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos

6-Jesus disse-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que era que lhes dizia.

7-Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das velhas

8-Todos quantos zvieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram.

9-Eu sou a portas se alguém entrar por mim, salvar-se-a, e entrară, e sairá, e achara pastagens

10 - O ladrão não tem senão a roubas, a matar e a destruar, eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.

11-Eu sou o bom Pastor, o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas

12-Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa.

13-Ora, o mercenario foge, porque é mercenario e não tem cuidado das welhas.

14-Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.

15-Assim como o Pui me conhece a mim, também eu conheço o Pai e dou a minha vida pelas ovelhas,

16- Ainda tenho outras ovelhas que não são deste apriscos também me concém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um re banho e um Pastor

   Introdução

N

 os últimos versiculos do capitulo 9 do Evangelho de João, Jesus teve um diálogo breve com seus inimigos fariseus, os quais procuravam algum assunto discordante para terem de que acusá-lo. No capitulo 10. Jesus interrompe aquele tipo de diálogo, depois da cura de um cego de nascença, que foi expulso da sinagoga da cidade, porque sabiam que o testemunho daquele homem os perturbaria. Jesus, então, inteligentemente e com perspicácia, usou a figura de forma parabólica do pastor e as ovelhas para descrever aqueles religiosos, tratando-os como falsos pastores e, mais precisamente, como mercenários. Na verdade, eles eram a figura dos falsos pastores da profecia de Ezequiel 34.1-10. Na his tória que Jesus apresenta, há pelo menos três fatos que distinguem o verdadeiro pastor do falso pastor. Primeiro, o verdadeiro pastor entra pela porta; segundo, o guarda lhe permite entrar pela porta; terceiro, as ovelhas o seguem porque reconhecem a sua voz.

  I- Jesus, a Porta do Aprisco das Ovelhas (Jo 10.1-6)

  1. Jesus entra sozinho pela porta das ovelhas

  Duas coisas chamam a nossa atenção nessa história: Jesus entra pela única porta disponível para as ovelhas no aprisco. Depois, Ele se identifica como sendo "a porta das ovelhas" (Jo 10.7-9), Ora, o que significa a "porta do aprisco"? Em primeiro lugar, aquele que entra por essa porta é o verdadeiro e único Pastor, enquanto os que entram no aprisco por outros meios são identificados como ladrões e salteadores. Nos primeiros cinco versiculos, João apresenta um desafio aos porteiros que eram os guardas das portas da cidade (o aprisco) a fim de reconhecerem quem é Jesus, o qual tem direito de entrar pela porta das ovelhas. Se alguém estranho às ovelhas tentar entrar e transpor a cerca do redil, conclui-se que não é o verdadeiro pastor, porque as ovelhas, ao ouvirem a voz desse estranho, não o reconheceram. Mas o verdadeiro pastor entra pela porta das ovelhas e elas ouvem a sua voz e o seguem sem medo. Desse modo, Jesus mesmo declarou-se: "eu sou a porta" (Jo 10.7) e, mais uma vez, diz: "eu sou o bom Pastor" (Jo 10,11). Ainda em seu discurso para a casta religiosa dos fariseus que eram falsos pastores, Jesus declara outra vez: "eu sou o bom Pastor" (Jo 10.14). Notem o contexto dessa parábola do cego de nascença que havia sido curado por Jesus.   Aquele homem, que agora podia enxergar, era uma ovelha do aprisco judaico, mas, pelo fato de seguir Jesus onde Ele estivesse, inclusive na sinagoga, aqueles judeus o rejeitaram. Entretanto, aquele homem que foi curado passou a reconhecer que Jesus era o verdadeiro pastor de Israel e de todos quantos creram nEle.

  2. Quem é o porteiro? (Jo 10.3)

  Jesus não explicou muito sobre o porteiro e a sua importância no contexto da parábola do bom Pastor. Os estudiosos do Novo Testamento têm procurado identificar quem poderia ter sido o "porteiro", mas poucos comentários existem. Num sentido especial, os líderes da igreja de Cristo podem ser os porteiros espirituais sob a direção do Espirito Santo, com a missão de serem "a porta" pela qual passa a pregação e o ensino do Evangelho de Cristo às ovelhas espalhadas no mundo inteiro, e não apenas as ovelhas do aprisco judaico. A Igreja Romana entende que o porteiro é o apóstolo Pedro, por causa da palavra de Jesus a ele, quando disse: "Eu te darei as chaves do Reino dos céus" Mt 16.19).

  3. Qual a função básica do porteiro?

  O porteiro cuidava das ovelhas durante a noite enquanto o pastor descansava, às vezes, junto à porta, para que, havendo alguma tenta-tiva de assalto ao aprisco, ele estivesse vigiando. Pela manhã cedo, o "porteiro" abria a porta para o pastor entrar. Existem muitas opiniões sobre esse assunto, mas isso não afeta a importância dessa parábola. Já dissemos que o Espirito Santo é o personagem principal representativo desse porteiro porque é Ele quem abre a porta para o pastor (At 13.2; Jo 16.13). João Batista foi quem indicou inicialmente o Espírito Santo como aquele que deu acesso ao Pastor, abrindo-lhe a porta (Jo 1.27-32; Is 40.3; Mc 1.2-8). O porteiro era alguém contratado pelo pastor para auxiliá-lo no cuidado do rebanho e, principalmente, para vigiá-lo durante a noite. Ele não podia permitir que uma pessoa estranha entrasse pela porta, porque era contratado para guardá-la.

  II O Curral (o Aprisco) das Ovelhas (Jo 10.6)

  1. Seria esse texto uma parábola ou uma alegoria?

  Era, de fato, uma alegoria com o formato de uma parábola, porque encontramos várias figuras que representam verdades irrefutáveis. Neste caso do ensino de Cristo sobre o pastoreio de ovelhas, temos "o curral" das ovelhas que era, basicamente, una construção de pedras que tinha apenas uma porteira ou porta, por onde eram recolhidas para dentro do aprisco ao entardecer. Essas ovelhas eram vigiadas pelo porteiro, O porteiro, ou mesmo o pastor, ás vezes, deitava-se junto à porta, para garantir a segurança das ovelhas.

  2. O que representa o curral no Novo Testamento?

  Alguns teólogos interpretam "o curral" como sendo o judaismo, posto que a nação judaica estava "confinada debaixo da lei" até que a "a lei e os profetas" (as Escrituras do Antigo Testamento) se tornassem como aio ou quia para conduzi-la a Cristo e, pela fe, fosse justificada, visto que depois que a fe se manifestou, o povo já não estava debaixo da lei (Gl 3.23-25).

Portanto, a palavra curral na linguagem biblica é representada pela "lei e os profetas" como custodia temporária, que protegeria o rebanho até a vinda do bom Pastor. Hoje, o curral (o aprisco) é constituído pela igreja de Cristo e Ele é o nosso Pastor.

  III Jesus, o Bom Pastor (Jo 10.11) 1. A distinção entre o bom Pastor e o mercenário

  Quando Jesus fez a declaração de si mesmo como o bom Pastor, o povo de Jerusalém estava celebrando a Festa da Dedicação, que havia sido instituida para a purificação do Templo e a reedificação do altar. Essa festa não fazia parte do calendário festivo de Israel, porque foi criada como uma solenidade em memória da Guerra dos Macabeus e sua vitória sobre os selêucidas, Já havia passado algum tempo desde que Jesus esteve em Jerusalém (90 a.C.). A liturgia de Chanucá ou a Festa da Dedicação, em que se destacam os temas de "água e luz", aparece no texto de João 7, 8 e 10. Para contrastar esse evento, Jesus fala da diferença entre o bom Pastor e o mercenário. Jesus quis destacar que, diferentemente dos lideres religiosos de Jerusalém, "o bom Pastor" é aquele dá a sua vida pelas ovelhas, enquanto que "o mercenário" só faz o trabalho de pastoreio por dinheiro.

  2. O mercenário (Jo 10.13)

  O mercenario pouco se interessa pelas ovelhas. E apenas um profissional que trabalha visando vantagem material. Jesus compara aqueles sacerdotes e lideres religiosos aos mercenários que visavam tão somente aos dízimos e ofertas do povo que eram entregues no Templo. No campo pastoril de ovelhas, o mercenário era alguém contratado para cuidar do rebanho quando o pastor não estivesse presente, mas não era capaz de enfrentar as ameaças como os ladrões e os salteadores, nem os animais carnivoros. Quando ameaçados, eles abandonavam o redil das ovelhas e as deixavam à mercě dos invasores. Os pastores mercenários gostavam de exercer autoridade e dominio sobre as ovelhas por motivos escusos, porque sabiam que as ovelhas não reconheceriam a sua voz. E lamentável que tenhamos que contextualizar esse mercenarismo de pastores falsos em nossos tempos atuais.

  3. Lobos vorazes (Jo 10.12)

  A ação dos lobos que ficam ao redor do aprisco só acontece quando percebem que o mercenário não percebe a sua aproximação. O texto é facilmente entendido nas palavras de Jesus: "Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa" (Jo 10.12). No entendimento do apóstolo Paulo, esses "lobos vorazes" (Jo 10.12, ARA) representam os falsos mestres que ensinam falsas doutrinas e que destroem a fé recebida do evangelho, levando atrás de si as ovelhas incautas e descuidadas (At 20.29.30), Esses lobos podem representar falsos cristãos que se dizem experientes, mas que se intrometem no meio do rebanho com inten-ções destruidoras (2 Co 2.17). São tipos que pervertem a verdade das Escrituras, que falsificam a Palavra de Deus. São pessoas que semeiam divisões no meio do rebanho (Tt 3.10) e que dispersam as ovelhas do Senhor (1 Jo 2.18,19; 4.1-3),

  4. Jesus é o bom Pastor (Jo 10)

  Ele é o bom Pastor que se designa, também, a porta das ovelhas, porque é o caminho para as pastagens verdejantes e sadias e ås águas puras (Mt 7.13,14; Lc 13.24). Como sendo "a porta", Jesus då acesso fácil ao redil, à segurança, à liberdade e às pastagens (Jo 10.9). Ele concede proteção contra o mal e vida abundante ås ovelhas que o seguem Jo 10.9). Quando Ele declara "Eu sou o bom Pastor" (v. 11), é para contrastar com o "falso" pastor, porque Jesus é o único que foi capaz de dar a sua vida pelas ovelhas. Ele foi prometido pelo Pai (SI 23.1).

  Ele foi capaz de dar a sua vida na cruz do Calvário para impedir que o Inimigo arrebatasse de suas mãos as ovelhas (Is 53.12; Mt 20.28; Mc 10.45). Ele conhece as suas ovelhas e é conhecido delas (Jo 10.14,27). Por isso, Jesus é chamado "o grande Pastor" e o "Sumo Pastor" (Hb 13.20; 1 Pe 5.4).

  Conclusão

  Os chefes religiosos que questionavam as declarações de Jesus acerca de sua divindade chegaram a um ponto que lhe perguntaram: "Rode aram-no, pois, os judeus e disseram-lhe: Até quando terás a nossa alma suspensa? Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente" (Jo 10.24). Jesus afirmou que já tinha declarado, porém, a cegueira e a incredulidade daqueles homens não os deixavam perceber. Jesus entendeu que aqueles homens não eram suas ovelhas, pois, na sequência, Ele assegurou que "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem" (Jo 10.27).

  "Jesus é o bom Pastor que dá a sua vida pelas ovelhas, e nós, igreja, somos ovelhas do seu aprisco."

  E O VERBO SE FEZ CARNE

 























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