sexta-feira, 22 de novembro de 2024

CPAD : AS PROMESSAS DE DEUS | Lição 08: A Promessa de Paz

 


TEXTO ÁUREO

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”

(Jo 14.27)

VERDADE PRÁTICA

A Paz do Senhor Jesus traz quietude e calma para a nossa alma, principalmente, nos momentos difíceis da vida.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Números 6.24-26; Filipenses 4.6,7; 1 Pedro 3.10,11

Números 6

24- O Senhor te abençoe e te guarde;

25- O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti;

26- O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.

Filipenses 4

6- Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.

7- E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.

1 Pedro 3

10- Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;

11- Aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.

PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos que a Bíblia descreve uma paz que excede todo o entendimento humano. Esta paz faz parte do plano de Deus para a humanidade. Infelizmente, ela foi interrompida no jardim do Éden por conta do pecado original. Mas Jesus, o Príncipe da Paz, prometeu resgatá-la, reconciliando o ser humano novamente com Deus por meio de seu sacrifício na cruz. Enquanto esteve com os seus discípulos, o Senhor Jesus adiantou que essa paz estaria sempre disponível aos seus discípulos e a classificou como uma paz diferente daquela prometida pelo mundo. Essa paz traz calma para o coração diante das aflições deste mundo.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Ressaltar que a paz faz parte do plano de Deus para a humanidade;

II) Apontar que a paz do mundo é ilusória e consiste em promessas superficiais;

III) Elencar as características da paz prometida pelo Senhor Jesus.

B) Motivação: O ser humano é continuamente compelido a buscar a paz para suas aflições. Essa paz, muitas vezes, é oferecida de forma enganosa pelo mundo. Mas a paz que nosso Senhor Jesus oferece é sublime e verdadeira. Vale ressaltar que receber a paz de Cristo não significa viver a ausência plena de conflitos ou intempéries, e sim que essa paz leva o crente a superar as aflições deste mundo com bom ânimo (cf. Jo 16.33). Assim sendo, reflita com seus alunos a respeito da forma como eles lidam com as aflições. Reforce que a paz de Deus nos proporciona a tranquilidade para crer que Deus continua no controle de todas as coisas.

C) Sugestão de Método: O terceiro tópico da lição ressalta a paz que Jesus prometeu. Essa paz coaduna com o Reino de Paz que será instalado por Ele, o Messias, o Príncipe da Paz. Com efeito, os seguidores do Reino podem desfrutar ainda hoje dessa paz. Para reforçar a compreensão a respeito da paz que excede todo o entendimento, organize um mapa conceitual com seus alunos. Destaque a palavra PAZ na lousa ou confeccione um cartão. Os alunos terão a tarefa de elencar quais são os efeitos dessa paz para a vida cristã. À medida que eles forem expressando, organize as informações de modo que o conceito de paz seja ampliado e explicado à luz da Bíblia.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Ter a paz de Deus no coração tem sido mal compreendido por muitos crentes. Há quem pense que desfrutar da verdadeira paz é viver plenamente sem enfrentar problemas, desafios ou adversidades na vida. Entretanto, o Evangelho anunciado por Jesus caracteriza a paz como um recurso que encoraja e anima o crente a ter bom ânimo. Ao encerrar a aula, endosso que o Senhor Jesus afirmou que a verdadeira paz só pode ser encontrada nEle e, portanto, Ele nos fortalece para que possamos vencer o mundo mediante a fé.

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 99, P. 40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “O ESPÍRITO E O MUNDO”, localizado após o primeiro tópico, explica a paz de Cristo a partir da nova relação com Deus;

2) O texto “A RESTAURAÇÃO DA PAZ”, localizado após o segundo tópico, destaca que a paz com Deus exige que estejamos unidos a Cristo pela fé.

INTRODUÇÃO

O Senhor Jesus é identificado na profecia de Isaías como o “Príncipe da Paz”. De seu principado deriva a paz de que todo ser humano precisa. Por isso, nesta lição, estudaremos a respeito da promessa de paz que está presente na Palavra de Deus. Veremos como a paz é representada no plano de Deus, bem como é apresentada na perspectiva do mundo e, principalmente, a paz que Jesus prometeu para cada um de seus seguidores.

Palavra-Chave:

Paz

AUXÍLIO TEOLÓGICO

“O ESPÍRITO E O MUNDO

[…] Jesus deixa a paz aos discípulos. Como isto se encaixa com o que vem antes, e qual é o significado de que vem antes, e qual é o significado de ‘paz’? O Espírito vem pelo nome de Jesus (v. 26), ou seja, através da obra redentora de Jesus. ‘Paz’, neste contexto, refere-se ao que Paulo chama ‘justificação’ e ‘reconciliação’. Quer dizer, por causa da obra de Jesus, as pessoas estão numa nova relação com Deus. Tal relação é tornada real quando a pessoa crê em Jesus. Esta nova relação é expressa simultaneamente de duas maneiras. Por um lado, a pessoa tem uma nova posição diante de Deus por causa da obra de Jesus. Jesus está no céu com o Pai, declarando que Ele fez a paz com Deus para as pessoas pecadoras. (Note que esta é a parte advocatícia do Consolador, mas no céu). Por outro lado, o Espírito traz essa paz ao crente. É quando a reconciliação e a justificação tornam-se pessoais. (Note que esta é a outra parte advocatícia do Consolador, que afirma e assegura ao crente que este tem uma posição boa com o Pai no céu. […] Esta ideia de paz está embutida na ideia de shalom (a palavra hebraica que significa ‘paz’), que tem longa história e está carregada de rico significado. Esta ideia havia juntado o significado do tempo do fim associado com o Messias. O termo shalom significava a presença da salvação de Deus, da inteireza de mente, corpo e alma, com pessoas que estão em relações certas com as outras. Na aparição da ressurreição em Jo 20.19-23, Jesus fala a paz para os discípulos covardes. Lá, como aqui, Ele os consola no meio de um tempo muito aterrorizante. Assim, pela segunda vez (cf. Jo 14.1) Ele diz: ‘Não se turbe 0 vosso coração, nem se atemorize’ (v. 27b)” (Comentário Bíblico Pentecostal — Novo Testamento. Vol. 1. Mateus — Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 583)

AUXÍLIO TEOLÓGICO

A RESTAURAÇÃO DA PAZ
“[…] Experimentar a paz com Deus exige que estejamos unidos a Cristo pela fé. O primeiro passo é crer no Senhor Jesus Cristo. Esta ‘crença’ é mais do que apenas uma concordância ou aceitação intelectual. É uma confiança ativa pela qual uma pessoa aceita o sacrifício de Cristo pelos pecados e entrega o controle de sua vida à liderança de Cristo. Uma pessoa que responde a Cristo dessa forma é perdoada e justificada (isto é, torna-se reta diante de Deus) através da fé (Rm 3.21-28; 4.1-13; Gl 2.16). Junto com a fé, devemos seguir as diretrizes de Deus e obedecer aos seus mandamentos, a fim de vivermos em paz (Lv 26.3, 6). Os profetas do Antigo Testamento declaram frequentemente que não há paz real para os ímpios (Is 57.21; 59.8; Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10, 16). A fim de que possamos experimentar continuamente a paz de Deus, ele nos deu o Espírito Santo, que desenvolve o seu caráter e os seus propósitos em nós, o que envolve a paz de Deus (Gl 5.22; cf. Rm 14.17; Ef 4.3). Com a ajuda do Espírito, devemos orar pela paz (Sl 122.6, 7; Jr 29.7; Fp 4.7, nota), deixando que a paz dirija nossos corações (Cl 3.15), desejando e buscando a paz (Sl 34.14; Jr 29.7; 2 Tm 2.22; 1 Pe 3.11) e fazendo o melhor que pudermos para vivermos em paz com os outros (Rm 12.18; 2 Co 13.11; 1 Ts 5.13; Hb 12.14)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p. 1288).

CONCLUSÃO

Vimos que a paz de Deus tem a ver com bem-estar, repouso e quietude, mesmo nas horas de grandes tormentos. Contrastamos essa perspectiva de paz com a do mundo que compreende que a paz é a mera ausência de guerra ou se resume a períodos limitados de prazeres. Aprendemos que a Paz de Deus é uma virtude profunda, elevada e eterna. Não se trata de algo passageiro, mas de um estado permanente, que independe das circunstâncias. É a paz que Jesus prometeu.

CPAD : AS PROMESSAS DE DEUS – Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu

| Lição 08: A Promessa de Paz

 


    INTRODUÇÃO

P

esquisando a Bíblia, vemos que há, na língua original do Antigo Testamento, a palavra “shalom”, ou no grego do Novo Testamento, a palavra “eirene”, que é a perfeita paz de Deus, que, no dizer do apóstolo Paulo, significa “excede todo o entendimento” (Fp 4.7). De fato, quando temos a “paz de Deus”, que é perfeita, podemos descansar nas suas promessas, mesmo quando as circunstâncias em nossa volta dizem o contrário; a paz de Deus é mais significativa do que a paz no entendimento dos judeus. Qual é a perfeita paz? A resposta está na Bíblia. Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). Jesus deixou-nos a paz perfeita, cujo significado não se encontra nos dicionários famosos, mas, sim, na linguagem de Deus, escrita na sua Palavra e transmitida pelo Espírito Santo aos homens. É a paz de Deus, que “excede todo o entendimento”, é a paz de Jesus. Alguém pode até não estar em guerra, mas pode estar inquieto e preocupado interiormente, sentindo falta de tranquilidade de espírito. Mas, quando se tem Cristo no coração, tem-se paz perfeita mesmo diante das lutas e aflições.

   Jesus, “O Príncipe da Paz” (Is 9.6), disse: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim” (Jo 14.1). Ele apela para nossa fé no seu poder, nas suas promessas, nas suas palavras. Quando saudarmos nosso irmão ou nossa irmã com a “Paz do Senhor”, devemos fazê-lo com sinceridade, expressando a perfeita paz de Deus, que “excede todo o entendimento”, sem hipocrisia, sem fingimento e sem maldade.

  I – A PAZ NO PLANO DE DEUS

  1. O significado de paz

   Se compulsarmos as páginas de um dicionário, encontraremos os seguintes significados para a palavra paz: “1. Estado de um país que não está em guerra; tranquilidade pública. 2. Repouso, silêncio. 3. Tranquilidade da alma. 4. União, concórdia nas famílias. 5. Sossego. — Paz-de-alma: pessoa inofensiva, pacífica”. Se, porém, pedirmos a um judeu que diga na sua língua a palavra Paz, ele responderá de modo altissonante: “Shalom!”.

   A palavra hebraica que encontramos na Bíblia sugere melhor o sentido de “paz” . No Novo Testamento, escrito em grego, a palavra paz é “eirene”. Shalom quer dizer “paz”, de fato, só que é uma paz que vai além do “Estado de um país que não está em guerra”, de “tranquilidade pública”, de “repouso, silêncio”, como vemos acima. Quando estive em Israel anos atrás, pude entender que, para aquele povo, “Shalom” é tranquilidade, é alegria, é saúde, é prosperidade, é amor, representando, portanto, tudo o que existe de melhor para a vida de alguém.

  2. A paz no plano de Deus

  Os primeiros habitantes do planeta antes da Queda desfrutavam a perfeita paz. Eles deliciavam-se nas noites calmas e amenas do Paraíso. Não havia temor ou pavor da escuridão. O medo era desconhecido. O cenário noturno era tranquilizador. A brisa suave soprava no arvoredo, levando ao casal os odores perfumados das plantas silvestres. O firmamento, ao longe, pontilhado de estrelas brilhantes nas noites escuras, oferecia um espetáculo de rara beleza. Nas noites de lua, diminuindo o brilho estelar, fazia-se extraordinariamente belo o ambiente paradisíaco. Sem dúvidas, com maior intensidade, brilhava o astro noturno.

   As manhãs e tardes eram agradáveis. Uma temperatura média, adequada ao bem-estar dos habitantes edênicos, era sentida em todo o planeta. A luz solar empolgava-os. Em cada canto, percebia[1]se a beleza da criação nos seus mínimos detalhes, e o homem sentia-se muito feliz. O ar era puro na mais alta expressão. Os animais, as aves, enfim, todos os seres da natureza não causavam mal algum ao homem e conviviam na mais perfeita harmonia. O mais importante, no entanto, acontecia todas as tardes: “[...] Deus, que passeava no Jardim pela viração do dia [...]” (Gn 3.8).

   O Criador certamente visitava o Éden todas as tardes, buscando passar bons momentos em agradável diálogo e conversa com o casal, que sentia, assim, muita comunhão com o Senhor. A presença do Criador enchia o primeiro lar de muita paz e de alegria indizível”. 23 Antes da Queda, o homem possuía estrutura espiritual e física excepcionais. A presença de Deus no Éden garantia toda a paz e a harmonia na vida do primeiro casal.

  3. As consequências da paz no Éden

  Adão e Eva desfrutavam de condições especiais e únicas no Éden quando obedeciam a voz de Deus:

  a) Tinham o conhecimento profundo de Deus, a comunhão direta com o Criador;

  b) Desfrutavam as bênçãos da presença de Deus no Jardim; a paz, a segurança e a alegria de relacionarem-se com o Criador sem intermediários;

  c) Possuíam conhecimento e bem-estar físicos inigualáveis, sem doenças, distúrbios emocionais, ou físicos; não conheciam o medo;

  d) Tinham conhecimento interno e externo em relação à sua pessoa;

  e) Conheciam a realidade social; conheciam o trabalho de modo útil e satisfatório (Gn 2.15).

   4. As Consequências da Queda

  O clima maravilhoso de paz e harmonia no Éden foi prejudicado quando o homem foi enganado pelo Diabo e preferiu ouvir a voz do maligno, desprezando, assim, a voz de Deus. A perfeita paz desapareceu do Jardim e do coração dos primeiros pais. Após a Queda, no entanto, houve um transtorno total na vida do primeiro ser criado:

  1) Conheceram que estavam nus, dando a entender que, antes não se constrangiam nessa condição;

  2) Conheceram o medo; perderam a paz perfeita;

  3) Perderam a autoridade sobre a criação;

  4) Conheceram a desarmonia; a mulher sofreu mudanças na sua parte física e emocional, passando a conhecer a dor de forma acentuada para procriar;

  5) O homem conheceu a maldição da terra; o trabalho passou a ser penoso e fatigante;

  6) E o pior: perdeu a vida eterna, que lhe era assegurada na condição original, e conheceu o aguilhão da morte física (Gn 2.17; Ef 2.5) e da morte espiritual, que é a separação de Deus.

  II – A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO

  Na sua promessa de dar-nos a paz verdadeira, Jesus disse que não a dava “como o mundo a dá”. Essa é uma afirmação do maior significado espiritual. Jesus quis dizer que o mundo oferece paz, mas não é a verdadeira paz. Assim, podemos resumir o que significa a paz oferecida pelo mundo.

  1. Uma paz enganosa

  As pessoas que não consideram Deus em vida, aparentemente, em geral, vivem felizes. Alegram-se com os falsos prazeres do mundo; vivem buscando entretenimento e lazer humanos, em que, de modo geral, prejudicam a vida, a saúde e a família. Pessoas vivem nos vícios, na prostituição, na prática pecaminosa de atos abomináveis a Deus; e sentem-se “felizes”, destruindo as suas vidas preciosas, atendendo à vontade do mundo, da carne e do Diabo (Ef 2.3).

  2. A “paz” das obras da carne

  A lista das “obras da carne” é considerável e expressa todas as práticas pecaminosas dos homens sem Deus. Diz a Bíblia: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus” (Gl 5.19-21). Quem vive na prática dessas obras carnais, enganado pelo Diabo, imagina que tem a paz necessária para ter uma vida feliz, mas é total engano. Quem vive no pecado não tem a verdadeira paz, que é oferecida somente por Deus, o Senhor.

  3. Uma falsa paz

  Um antigo provérbio latino diz: “Si vis pacem, para bellum”. Esse provérbio pode ser traduzido como: “Se queres a paz, prepara-te para a guerra” (geralmente interpretado como querendo dizer paz mediante a força — uma sociedade forte sendo menos apta a ser atacada por inimigos). 24 Essa paz enganosa, no fim dos tempos, levará a humanidade a guerras diversas. Jesus profetizou: “porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores” (Mt 24.5- 8).

  A paz que o mundo oferece não é verdadeira, porque está escrito na Bíblia que: “Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno” (1 Jo 5.19). Nessa condição, é impossível o homem desfrutar a verdadeira paz. Vivendo segundo a vontade do Maligno, em meio ao pecado, o que existe é uma falsa paz, uma paz aparente e sem fundamento — daí o porquê de o índice de pessoas com transtornos de ansiedade, com depressão e tentativa de suicídio tem aumentado a níveis preocupantes.

  III – A PAZ QUE JESUS PROMETEU

  Na promessa de paz de Cristo, Ele disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá” (Jo 14.27). De modo bem claro, nosso Senhor Jesus Cristo declarou que Ele é “O Príncipe da Paz” (Is 9.6), que tem a verdadeira paz, totalmente diferente da paz que o mundo enganosamente oferece às pessoas.

  1. O Príncipe da Paz

  O profeta Isaías teve a revelação divina das características do Messias prometido a Israel e ao mundo, que foi Cristo Jesus, nosso Senhor: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto” (Is 9.6,7).

  Jesus, o Príncipe da Paz, é soberano sobre tudo e sobre todas as coisas. Ele tem o seu principado, que assegura a verdadeira paz a todos os que nEle creem, que o obedecem e que o buscam de todo o coração. Para que alguém possa desfrutar da paz que Ele dá, é necessário que se submeta aos seus mandamentos conforme a sua Palavra.

  2. A paz que excede todo o entendimento

  A paz de Deus, que é a paz de Cristo, não é como a paz do mundo, enganosa, cheia de contradições e insegurança. Ela excede todo o entendimento e compreensão natural. Mas, para ser experimentada, existem condições previstas na Palavra de Deus: Está escrito: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4.6,7).

  Exemplo dessa paz vemos na vida do apóstolo Pedro. Ele estava preso numa cadeia de segurança máxima e entre dois soldados que o vigiavam em todo o tempo. Pedro estava com cadeias nas pernas e nas mãos e dormia profundamente, quando, de repente, foi despertado por um anjo que veio libertá-lo. A Bíblia diz: “Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus. E, quando Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite, estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias” (At 12.5-7). Só quem tem a paz de Deus pode relaxar e dormir dessa maneira.

  3. Paz com ânimo e vitória

  A paz de Deus, que só vem mediante Cristo, é tão importante e tão elevada que, falando aos seus discípulos, Ele disse: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Jesus assegurou aos que o seguiam que eles poderiam confiar nEle e experimentar a paz que só Ele tem. Jesus não deu uma mensagem enganosa, prometendo uma vida apenas de prazeres, de alegrias e felicidades, mas disse que os seus servos teriam aflições “no mundo”.

  Jesus falou sobre as lutas e dificuldades que os seus discípulos haveriam de passar, mas deu-lhes a gloriosa promessa de ânimo e garantia de vitória, pois Ele venceu o mundo. Glórias a Cristo, que não deixou a sua Igreja só; pelo contrário, enviou o Espírito Santo, o Consolador, para estar em nós, dando-nos poder e vitória (Jo 14.17). Ele assegurou: “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; por que eu vivo, e vós vivereis” (Jo 14.18.19).

  4. Devemos orar pela paz de Jerusalém

   Jerusalém é a Cidade Santa, capital do moderno Estado de Israel. A sua história remonta a períodos bem distantes, quando pertencia a uma tribo semita, a dos Jebuseus, segundo historiadores, por volta de 2.000 a.C., sendo uma das cidades mais antigas do mundo na era pré-israelita da Palestina. Quando Deus levou o povo de Israel do Egito para Canaã, as cidades foram ocupadas pelo povo hebreu, e, cerca de 1.000 a.C., o rei Davi tomou-a e fez dela a capital do Reino de Israel. O rei Salomão construiu o primeiro Templo. Israel foi dividida entre o Reino de Israel (ao norte, com capital em Samaria) e o Reino de Judá (ao sul, com capital em Jerusalém).

  Por causa da desobediência a Deus, os seus habitantes foram para o cativeiro na Babilônia e, depois, para o cativeiro assírio. Passaram por um período de independência com os Macabeus. Porém, outra vez, por causa da sua rejeição aos ditames de Deus, inclusive por conta da sua rejeição a Jesus Cristo como o Messias, Jerusalém foi dominada pelos romanos no ano 70 d.C. Houve a grande dispersão de judeus pelo mundo, como juízo de Deus, mas, em 1948, graças a Deus e ao movimento sionista, a Organização das Nações Unidas, com voto do ministro e diplomata brasileiro Osvaldo Aranha (1894– 1960), foi criado o moderno Estado de Israel, sendo Jerusalém a sua eterna capital.

  Apesar de toda essa história turbulenta, Jerusalém é alvo do plano de Deus para com Israel por causa das promessas a Abraão, a Isaque, a Jacó e a Davi. De acordo com a Bíblia, no Milênio, haverá duas Cidades Santas: A Jerusalém terrestre, que será a capital do reino milenial de Cristo, onde a Igreja reinará com Cristo (Ap 2.26,27; 2 Tm 2.12), e haverá a Nova Jerusalém, cidade celestial, que pairará no espaço (Ap 21.23-27). “E as nações andarão à sua luz, e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra” (Ap 21.24).

  Diante da sua história e das promessas de Deus, que envolvem essa santa cidade, o Senhor tem promessas maravilhosas para quem ora por Jerusalém, desejando o seu bem. Deus promete prosperidade para os que a amam. Disse o salmista: “Orai pela paz de Jerusalém! Prosperarão aqueles que te amam. Haja paz dentro de teus muros e prosperidade dentro dos teus palácios. Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: haja paz em ti! Por causa da Casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem” (Sl 122.6-9).

  IV – A PROMESSA DA VERDADEIRA PAZ

  1. A promessa da redenção

  A falta de paz foi provocada pelo Diabo, que iludiu o homem, fazendo-o desobedecer a voz de Deus. No seu amor para com o ser criado, porém, Deus prometeu a redenção do homem por meio da “semente da mulher” (Gn 3.15), promessa esta que se cumpriu por meio de Cristo, que veio ao mundo e fez-se homem para trazer a sua mensagem de salvação e entregar a sua vida por todos os que nEle creem.

  2. A paz prometida por Cristo

  Além da grandiosa promessa da Salvação, Deus fez outras grandes promessas que encontramos na Bíblia, dentre elas a promessa de Cristo de dar-nos a verdadeira paz. Ele disse no seu evangelho: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). “E, falando ele dessas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco” (Lc 24.36). Ninguém no mundo poderia fazer tal promessa. A humanidade, por causa do pecado, não pôde usufruir do ambiente maravilhoso que era reservado para o homem antes da Queda.

   3. Grandiosa paz

  No Novo Testamento, temos várias referências que nos mostram que a paz que nos é dada por Cristo é elevada, ampla, profunda e está ao alcance de todos os que nEle creem.

  a) Precisamos viver em paz. “Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco” (2 Co 13.11). “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco” (Fp 4.9).

  b) Os pacificadores são felizes. Aqueles que promovem a paz são muito felizes. Disse Jesus: “bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9)

  c) A paz de Deus domina nosso coração. “E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos” (Cl 3.15).

  d) A paz e a santificação devem andar juntas. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). A paz com todos é pré-requisito para quem quer ser salvo, e a santificação é o requisito fundamental e indispensável para chegarmos aos céus.

  CONCLUSÃO

   Deus promete paz perfeita a todos que o amam e obedecem aos seus mandamentos. A paz de Deus é diferente da paz do mundo, que é enganosa, variável e sem fundamentos sólidos para a sua realidade permanente. Ora o mundo tem paz com a ausência de guerras; porém, surgem conflitos, escaramuças, conflitos e guerras por causa de interesses comerciais, políticos ou ideológicos. Já a paz de Deus é infinitamente superior a qualquer tipo de paz que os homens oferecem. Ela é “a paz de Deus, que excede todo o entendimento [e que] guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4.6,7).

23 Ibid., p. 9,10.

24 Si vis pacem para bellum. Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Si_vis_pacem,_para_bellum. Acesso

em: 31.01.2024

    AS PROMESSAS DE DEUS – Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu

 


 

 


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