TEXTO ÁUREO
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não
vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”
(Jo 14.27)
VERDADE PRÁTICA
A Paz do Senhor Jesus traz quietude e calma
para a nossa alma, principalmente, nos momentos difíceis da vida.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Números 6.24-26; Filipenses 4.6,7; 1 Pedro 3.10,11
Números 6
24- O Senhor te abençoe e te guarde;
25- O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e
tenha misericórdia de ti;
26- O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.
Filipenses 4
6- Não
estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo
conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.
7- E a paz
de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os
vossos sentimentos em Cristo Jesus.
1 Pedro 3
10- Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons,
refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;
11- Aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Nesta lição,
veremos que a Bíblia descreve uma paz que excede todo o entendimento humano.
Esta paz faz parte do plano de Deus para a humanidade. Infelizmente, ela foi
interrompida no jardim do Éden por conta do pecado original. Mas Jesus, o
Príncipe da Paz, prometeu resgatá-la, reconciliando o ser humano novamente com
Deus por meio de seu sacrifício na cruz. Enquanto esteve com os seus
discípulos, o Senhor Jesus adiantou que essa paz estaria sempre disponível aos
seus discípulos e a classificou como uma paz diferente daquela prometida pelo
mundo. Essa paz traz calma para o coração diante das aflições deste mundo.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Ressaltar que a paz faz parte do
plano de Deus para a humanidade;
II) Apontar que a paz do mundo é
ilusória e consiste em promessas superficiais;
III) Elencar as características da paz
prometida pelo Senhor Jesus.
B)
Motivação: O ser humano é continuamente compelido a buscar a paz para suas
aflições. Essa paz, muitas vezes, é oferecida de forma enganosa pelo mundo. Mas
a paz que nosso Senhor Jesus oferece é sublime e verdadeira. Vale ressaltar que
receber a paz de Cristo não significa viver a ausência plena de conflitos ou
intempéries, e sim que essa paz leva o crente a superar as aflições deste mundo
com bom ânimo (cf. Jo 16.33). Assim sendo, reflita com seus alunos a respeito
da forma como eles lidam com as aflições. Reforce que a paz de Deus nos
proporciona a tranquilidade para crer que Deus continua no controle de todas as
coisas.
C) Sugestão
de Método: O terceiro tópico da lição ressalta a paz que Jesus prometeu. Essa
paz coaduna com o Reino de Paz que será instalado por Ele, o Messias, o
Príncipe da Paz. Com efeito, os seguidores do Reino podem desfrutar ainda hoje
dessa paz. Para reforçar a compreensão a respeito da paz que excede todo o
entendimento, organize um mapa conceitual com seus alunos. Destaque a palavra
PAZ na lousa ou confeccione um cartão. Os alunos terão a tarefa de elencar
quais são os efeitos dessa paz para a vida cristã. À medida que eles forem
expressando, organize as informações de modo que o conceito de paz seja
ampliado e explicado à luz da Bíblia.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A)
Aplicação: Ter a paz de Deus no coração tem sido mal compreendido por muitos
crentes. Há quem pense que desfrutar da verdadeira paz é viver plenamente sem
enfrentar problemas, desafios ou adversidades na vida. Entretanto, o Evangelho
anunciado por Jesus caracteriza a paz como um recurso que encoraja e anima o
crente a ter bom ânimo. Ao encerrar a aula, endosso que o Senhor Jesus afirmou
que a verdadeira paz só pode ser encontrada nEle e, portanto, Ele nos fortalece
para que possamos vencer o mundo mediante a fé.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista
Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens,
artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição
99, P. 40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios
Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na
preparação de sua aula:
1) O texto
“O ESPÍRITO E O MUNDO”, localizado após o primeiro tópico, explica a paz de
Cristo a partir da nova relação com Deus;
2) O texto
“A RESTAURAÇÃO DA PAZ”, localizado após o segundo tópico, destaca que a paz com
Deus exige que estejamos unidos a Cristo pela fé.
INTRODUÇÃO
O Senhor
Jesus é identificado na profecia de Isaías como o “Príncipe da Paz”. De seu
principado deriva a paz de que todo ser humano precisa. Por isso, nesta lição,
estudaremos a respeito da promessa de paz que está presente na Palavra de Deus.
Veremos como a paz é representada no plano de Deus, bem como é apresentada na
perspectiva do mundo e, principalmente, a paz que Jesus prometeu para cada um
de seus seguidores.
Palavra-Chave:
Paz
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“O ESPÍRITO E O MUNDO
[…] Jesus
deixa a paz aos discípulos. Como isto se encaixa com o que vem antes, e qual é
o significado de que vem antes, e qual é o significado de ‘paz’? O Espírito vem
pelo nome de Jesus (v. 26), ou seja, através da obra redentora de Jesus. ‘Paz’,
neste contexto, refere-se ao que Paulo chama ‘justificação’ e ‘reconciliação’.
Quer dizer, por causa da obra de Jesus, as pessoas estão numa nova relação com
Deus. Tal relação é tornada real quando a pessoa crê em Jesus. Esta nova
relação é expressa simultaneamente de duas maneiras. Por um lado, a pessoa tem
uma nova posição diante de Deus por causa da obra de Jesus. Jesus está no céu
com o Pai, declarando que Ele fez a paz com Deus para as pessoas pecadoras.
(Note que esta é a parte advocatícia do Consolador, mas no céu). Por outro
lado, o Espírito traz essa paz ao crente. É quando a reconciliação e a
justificação tornam-se pessoais. (Note que esta é a outra parte advocatícia do
Consolador, que afirma e assegura ao crente que este tem uma posição boa com o
Pai no céu. […] Esta ideia de paz está embutida na ideia de shalom (a palavra
hebraica que significa ‘paz’), que tem longa história e está carregada de rico
significado. Esta ideia havia juntado o significado do tempo do fim associado
com o Messias. O termo shalom significava a presença da salvação de Deus, da
inteireza de mente, corpo e alma, com pessoas que estão em relações certas com
as outras. Na aparição da ressurreição em Jo 20.19-23, Jesus fala a paz para os
discípulos covardes. Lá, como aqui, Ele os consola no meio de um tempo muito
aterrorizante. Assim, pela segunda vez (cf. Jo 14.1) Ele diz: ‘Não se turbe 0
vosso coração, nem se atemorize’ (v. 27b)” (Comentário Bíblico Pentecostal —
Novo Testamento. Vol. 1. Mateus — Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 583)
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A RESTAURAÇÃO DA PAZ
“[…] Experimentar a paz com Deus exige que
estejamos unidos a Cristo pela fé. O primeiro passo é crer no Senhor Jesus
Cristo. Esta ‘crença’ é mais do que apenas uma concordância ou aceitação
intelectual. É uma confiança ativa pela qual uma pessoa aceita o sacrifício de
Cristo pelos pecados e entrega o controle de sua vida à liderança de Cristo.
Uma pessoa que responde a Cristo dessa forma é perdoada e justificada (isto é,
torna-se reta diante de Deus) através da fé (Rm 3.21-28; 4.1-13; Gl 2.16).
Junto com a fé, devemos seguir as diretrizes de Deus e obedecer aos seus
mandamentos, a fim de vivermos em paz (Lv 26.3, 6). Os profetas do Antigo
Testamento declaram frequentemente que não há paz real para os ímpios (Is
57.21; 59.8; Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10, 16). A fim de que possamos experimentar
continuamente a paz de Deus, ele nos deu o Espírito Santo, que desenvolve o seu
caráter e os seus propósitos em nós, o que envolve a paz de Deus (Gl 5.22; cf.
Rm 14.17; Ef 4.3). Com a ajuda do Espírito, devemos orar pela paz (Sl 122.6, 7;
Jr 29.7; Fp 4.7, nota), deixando que a paz dirija nossos corações (Cl 3.15),
desejando e buscando a paz (Sl 34.14; Jr 29.7; 2 Tm 2.22; 1 Pe 3.11) e fazendo
o melhor que pudermos para vivermos em paz com os outros (Rm 12.18; 2 Co 13.11;
1 Ts 5.13; Hb 12.14)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de
Janeiro: CPAD, 2022, p. 1288).
CONCLUSÃO
Vimos que a paz de Deus tem a ver com bem-estar, repouso e quietude, mesmo nas horas de grandes tormentos. Contrastamos essa perspectiva de paz com a do mundo que compreende que a paz é a mera ausência de guerra ou se resume a períodos limitados de prazeres. Aprendemos que a Paz de Deus é uma virtude profunda, elevada e eterna. Não se trata de algo passageiro, mas de um estado permanente, que independe das circunstâncias. É a paz que Jesus prometeu.
CPAD : AS PROMESSAS DE DEUS – Confie e Viva as Bênçãos do
Senhor porque Fiel é o que Prometeu
| Lição 08: A Promessa de Paz
INTRODUÇÃO
P |
esquisando a Bíblia, vemos que há, na língua
original do Antigo Testamento, a palavra “shalom”, ou no grego do Novo
Testamento, a palavra “eirene”, que é a perfeita paz de Deus, que, no dizer do
apóstolo Paulo, significa “excede todo o entendimento” (Fp 4.7). De fato,
quando temos a “paz de Deus”, que é perfeita, podemos descansar nas suas
promessas, mesmo quando as circunstâncias em nossa volta dizem o contrário; a
paz de Deus é mais significativa do que a paz no entendimento dos judeus. Qual
é a perfeita paz? A resposta está na Bíblia. Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). Jesus deixou-nos a paz perfeita, cujo
significado não se encontra nos dicionários famosos, mas, sim, na linguagem de
Deus, escrita na sua Palavra e transmitida pelo Espírito Santo aos homens. É a
paz de Deus, que “excede todo o entendimento”, é a paz de Jesus. Alguém pode
até não estar em guerra, mas pode estar inquieto e preocupado interiormente,
sentindo falta de tranquilidade de espírito. Mas, quando se tem Cristo no
coração, tem-se paz perfeita mesmo diante das lutas e aflições.
Jesus, “O Príncipe da Paz” (Is 9.6), disse:
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim” (Jo 14.1).
Ele apela para nossa fé no seu poder, nas suas promessas, nas suas palavras.
Quando saudarmos nosso irmão ou nossa irmã com a “Paz do Senhor”, devemos
fazê-lo com sinceridade, expressando a perfeita paz de Deus, que “excede todo o
entendimento”, sem hipocrisia, sem fingimento e sem maldade.
I – A
PAZ NO PLANO DE DEUS
1. O significado de paz
Se compulsarmos as páginas de um dicionário,
encontraremos os seguintes significados para a palavra paz: “1. Estado de um
país que não está em guerra; tranquilidade pública. 2. Repouso, silêncio. 3.
Tranquilidade da alma. 4. União, concórdia nas famílias. 5. Sossego. —
Paz-de-alma: pessoa inofensiva, pacífica”. Se, porém, pedirmos a um judeu que
diga na sua língua a palavra Paz, ele responderá de modo altissonante: “Shalom!”.
A palavra hebraica que encontramos na Bíblia
sugere melhor o sentido de “paz” . No Novo Testamento, escrito em grego, a
palavra paz é “eirene”. Shalom quer dizer “paz”, de fato, só que é uma paz que
vai além do “Estado de um país que não está em guerra”, de “tranquilidade
pública”, de “repouso, silêncio”, como vemos acima. Quando estive em Israel
anos atrás, pude entender que, para aquele povo, “Shalom” é tranquilidade, é
alegria, é saúde, é prosperidade, é amor, representando, portanto, tudo o que
existe de melhor para a vida de alguém.
2. A
paz no plano de Deus
Os
primeiros habitantes do planeta antes da Queda desfrutavam a perfeita paz. Eles
deliciavam-se nas noites calmas e amenas do Paraíso. Não havia temor ou pavor
da escuridão. O medo era desconhecido. O cenário noturno era tranquilizador. A
brisa suave soprava no arvoredo, levando ao casal os odores perfumados das
plantas silvestres. O firmamento, ao longe, pontilhado de estrelas brilhantes
nas noites escuras, oferecia um espetáculo de rara beleza. Nas noites de lua,
diminuindo o brilho estelar, fazia-se extraordinariamente belo o ambiente
paradisíaco. Sem dúvidas, com maior intensidade, brilhava o astro noturno.
As manhãs e tardes eram agradáveis. Uma
temperatura média, adequada ao bem-estar dos habitantes edênicos, era sentida
em todo o planeta. A luz solar empolgava-os. Em cada canto, percebia[1]se a beleza da
criação nos seus mínimos detalhes, e o homem sentia-se muito feliz. O ar era
puro na mais alta expressão. Os animais, as aves, enfim, todos os seres da
natureza não causavam mal algum ao homem e conviviam na mais perfeita harmonia.
O mais importante, no entanto, acontecia todas as tardes: “[...] Deus, que
passeava no Jardim pela viração do dia [...]” (Gn 3.8).
O Criador certamente visitava o Éden todas as
tardes, buscando passar bons momentos em agradável diálogo e conversa com o
casal, que sentia, assim, muita comunhão com o Senhor. A presença do Criador
enchia o primeiro lar de muita paz e de alegria indizível”. 23 Antes da Queda,
o homem possuía estrutura espiritual e física excepcionais. A presença de Deus
no Éden garantia toda a paz e a harmonia na vida do primeiro casal.
3. As
consequências da paz no Éden
Adão e Eva
desfrutavam de condições especiais e únicas no Éden quando obedeciam a voz de
Deus:
a) Tinham o
conhecimento profundo de Deus, a comunhão direta com o Criador;
b) Desfrutavam as bênçãos da presença de Deus
no Jardim; a paz, a segurança e a alegria de relacionarem-se com o Criador sem
intermediários;
c) Possuíam conhecimento e bem-estar físicos
inigualáveis, sem doenças, distúrbios emocionais, ou físicos; não conheciam o
medo;
d) Tinham
conhecimento interno e externo em relação à sua pessoa;
e) Conheciam a realidade social; conheciam o
trabalho de modo útil e satisfatório (Gn 2.15).
4. As Consequências da Queda
O clima
maravilhoso de paz e harmonia no Éden foi prejudicado quando o homem foi
enganado pelo Diabo e preferiu ouvir a voz do maligno, desprezando, assim, a
voz de Deus. A perfeita paz desapareceu do Jardim e do coração dos primeiros
pais. Após a Queda, no entanto, houve um transtorno total na vida do primeiro
ser criado:
1) Conheceram que estavam nus, dando a
entender que, antes não se constrangiam nessa condição;
2) Conheceram o medo; perderam a paz perfeita;
3) Perderam a autoridade sobre a criação;
4) Conheceram a desarmonia; a mulher sofreu
mudanças na sua parte física e emocional, passando a conhecer a dor de forma
acentuada para procriar;
5) O homem conheceu a maldição da terra; o
trabalho passou a ser penoso e fatigante;
6) E o pior: perdeu a vida eterna, que lhe era
assegurada na condição original, e conheceu o aguilhão da morte física (Gn
2.17; Ef 2.5) e da morte espiritual, que é a separação de Deus.
II – A
PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO
Na sua promessa
de dar-nos a paz verdadeira, Jesus disse que não a dava “como o mundo a dá”.
Essa é uma afirmação do maior significado espiritual. Jesus quis dizer que o
mundo oferece paz, mas não é a verdadeira paz. Assim, podemos resumir o que
significa a paz oferecida pelo mundo.
1. Uma
paz enganosa
As pessoas que não consideram Deus em vida,
aparentemente, em geral, vivem felizes. Alegram-se com os falsos prazeres do
mundo; vivem buscando entretenimento e lazer humanos, em que, de modo geral,
prejudicam a vida, a saúde e a família. Pessoas vivem nos vícios, na
prostituição, na prática pecaminosa de atos abomináveis a Deus; e sentem-se
“felizes”, destruindo as suas vidas preciosas, atendendo à vontade do mundo, da
carne e do Diabo (Ef 2.3).
2. A
“paz” das obras da carne
A lista das
“obras da carne” é considerável e expressa todas as práticas pecaminosas dos
homens sem Deus. Diz a Bíblia: “Porque as obras da carne são manifestas, as
quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias,
inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas,
homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das
quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não
herdarão o Reino de Deus” (Gl 5.19-21). Quem vive na prática dessas obras
carnais, enganado pelo Diabo, imagina que tem a paz necessária para ter uma
vida feliz, mas é total engano. Quem vive no pecado não tem a verdadeira paz,
que é oferecida somente por Deus, o Senhor.
3. Uma
falsa paz
Um antigo provérbio latino diz: “Si vis pacem,
para bellum”. Esse provérbio pode ser traduzido como: “Se queres a paz,
prepara-te para a guerra” (geralmente interpretado como querendo dizer paz
mediante a força — uma sociedade forte sendo menos apta a ser atacada por
inimigos). 24 Essa paz enganosa, no fim dos tempos, levará a humanidade a
guerras diversas. Jesus profetizou: “porque muitos virão em meu nome, dizendo:
Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de
guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas
ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra
reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas
essas coisas são o princípio das dores” (Mt 24.5- 8).
A paz que o mundo oferece não é verdadeira,
porque está escrito na Bíblia que: “Sabemos que somos de Deus e que todo o
mundo está no maligno” (1 Jo 5.19). Nessa condição, é impossível o homem
desfrutar a verdadeira paz. Vivendo segundo a vontade do Maligno, em meio ao
pecado, o que existe é uma falsa paz, uma paz aparente e sem fundamento — daí o
porquê de o índice de pessoas com transtornos de ansiedade, com depressão e
tentativa de suicídio tem aumentado a níveis preocupantes.
III – A
PAZ QUE JESUS PROMETEU
Na promessa de paz de Cristo, Ele disse:
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá” (Jo
14.27). De modo bem claro, nosso Senhor Jesus Cristo declarou que Ele é “O
Príncipe da Paz” (Is 9.6), que tem a verdadeira paz, totalmente diferente da
paz que o mundo enganosamente oferece às pessoas.
1. O
Príncipe da Paz
O profeta
Isaías teve a revelação divina das características do Messias prometido a
Israel e ao mundo, que foi Cristo Jesus, nosso Senhor: “Porque um menino nos
nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu
nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da
Paz. Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de
Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde
agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto” (Is 9.6,7).
Jesus, o Príncipe da Paz, é soberano sobre
tudo e sobre todas as coisas. Ele tem o seu principado, que assegura a
verdadeira paz a todos os que nEle creem, que o obedecem e que o buscam de todo
o coração. Para que alguém possa desfrutar da paz que Ele dá, é necessário que
se submeta aos seus mandamentos conforme a sua Palavra.
2. A
paz que excede todo o entendimento
A paz de Deus, que é a paz de Cristo, não é
como a paz do mundo, enganosa, cheia de contradições e insegurança. Ela excede
todo o entendimento e compreensão natural. Mas, para ser experimentada, existem
condições previstas na Palavra de Deus: Está escrito: “Não estejais inquietos
por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de
Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede
todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em
Cristo Jesus” (Fp 4.6,7).
Exemplo
dessa paz vemos na vida do apóstolo Pedro. Ele estava preso numa cadeia de
segurança máxima e entre dois soldados que o vigiavam em todo o tempo. Pedro
estava com cadeias nas pernas e nas mãos e dormia profundamente, quando, de
repente, foi despertado por um anjo que veio libertá-lo. A Bíblia diz: “Pedro,
pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a
Deus. E, quando Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite,
estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os
guardas diante da porta guardavam a prisão. E eis que sobreveio o anjo do
Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o
despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias” (At
12.5-7). Só quem tem a paz de Deus pode relaxar e dormir dessa maneira.
3. Paz
com ânimo e vitória
A paz de Deus, que só vem mediante Cristo, é
tão importante e tão elevada que, falando aos seus discípulos, Ele disse:
“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições,
mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Jesus assegurou aos que o
seguiam que eles poderiam confiar nEle e experimentar a paz que só Ele tem.
Jesus não deu uma mensagem enganosa, prometendo uma vida apenas de prazeres, de
alegrias e felicidades, mas disse que os seus servos teriam aflições “no
mundo”.
Jesus falou sobre as lutas e dificuldades que
os seus discípulos haveriam de passar, mas deu-lhes a gloriosa promessa de
ânimo e garantia de vitória, pois Ele venceu o mundo. Glórias a Cristo, que não
deixou a sua Igreja só; pelo contrário, enviou o Espírito Santo, o Consolador,
para estar em nós, dando-nos poder e vitória (Jo 14.17). Ele assegurou: “Não
vos deixarei órfãos; voltarei para vós. Ainda um pouco, e o mundo não me verá
mais, mas vós me vereis; por que eu vivo, e vós vivereis” (Jo 14.18.19).
4. Devemos orar pela paz de Jerusalém
Jerusalém é a Cidade Santa, capital do moderno
Estado de Israel. A sua história remonta a períodos bem distantes, quando
pertencia a uma tribo semita, a dos Jebuseus, segundo historiadores, por volta
de 2.000 a.C., sendo uma das cidades mais antigas do mundo na era pré-israelita
da Palestina. Quando Deus levou o povo de Israel do Egito para Canaã, as
cidades foram ocupadas pelo povo hebreu, e, cerca de 1.000 a.C., o rei Davi
tomou-a e fez dela a capital do Reino de Israel. O rei Salomão construiu o primeiro
Templo. Israel foi dividida entre o Reino de Israel (ao norte, com capital em
Samaria) e o Reino de Judá (ao sul, com capital em Jerusalém).
Por causa da desobediência a Deus, os seus
habitantes foram para o cativeiro na Babilônia e, depois, para o cativeiro
assírio. Passaram por um período de independência com os Macabeus. Porém, outra
vez, por causa da sua rejeição aos ditames de Deus, inclusive por conta da sua
rejeição a Jesus Cristo como o Messias, Jerusalém foi dominada pelos romanos no
ano 70 d.C. Houve a grande dispersão de judeus pelo mundo, como juízo de Deus,
mas, em 1948, graças a Deus e ao movimento sionista, a Organização das Nações
Unidas, com voto do ministro e diplomata brasileiro Osvaldo Aranha (1894–
1960), foi criado o moderno Estado de Israel, sendo Jerusalém a sua eterna
capital.
Apesar de toda essa história turbulenta,
Jerusalém é alvo do plano de Deus para com Israel por causa das promessas a
Abraão, a Isaque, a Jacó e a Davi. De acordo com a Bíblia, no Milênio, haverá
duas Cidades Santas: A Jerusalém terrestre, que será a capital do reino
milenial de Cristo, onde a Igreja reinará com Cristo (Ap 2.26,27; 2 Tm 2.12), e
haverá a Nova Jerusalém, cidade celestial, que pairará no espaço (Ap 21.23-27).
“E as nações andarão à sua luz, e os reis da terra trarão para ela a sua glória
e honra” (Ap 21.24).
Diante da sua
história e das promessas de Deus, que envolvem essa santa cidade, o Senhor tem
promessas maravilhosas para quem ora por Jerusalém, desejando o seu bem. Deus
promete prosperidade para os que a amam. Disse o salmista: “Orai pela paz de
Jerusalém! Prosperarão aqueles que te amam. Haja paz dentro de teus muros e
prosperidade dentro dos teus palácios. Por causa dos meus irmãos e amigos,
direi: haja paz em ti! Por causa da Casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu
bem” (Sl 122.6-9).
IV – A
PROMESSA DA VERDADEIRA PAZ
1. A
promessa da redenção
A falta de
paz foi provocada pelo Diabo, que iludiu o homem, fazendo-o desobedecer a voz
de Deus. No seu amor para com o ser criado, porém, Deus prometeu a redenção do
homem por meio da “semente da mulher” (Gn 3.15), promessa esta que se cumpriu
por meio de Cristo, que veio ao mundo e fez-se homem para trazer a sua mensagem
de salvação e entregar a sua vida por todos os que nEle creem.
2. A
paz prometida por Cristo
Além da grandiosa promessa da Salvação, Deus
fez outras grandes promessas que encontramos na Bíblia, dentre elas a promessa
de Cristo de dar-nos a verdadeira paz. Ele disse no seu evangelho: “Deixo-vos a
paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso
coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). “E, falando ele dessas coisas, o mesmo
Jesus se apresentou no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco” (Lc 24.36).
Ninguém no mundo poderia fazer tal promessa. A humanidade, por causa do pecado,
não pôde usufruir do ambiente maravilhoso que era reservado para o homem antes
da Queda.
3. Grandiosa paz
No Novo Testamento, temos várias referências
que nos mostram que a paz que nos é dada por Cristo é elevada, ampla, profunda
e está ao alcance de todos os que nEle creem.
a) Precisamos viver em paz. “Quanto ao mais,
irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo
parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco” (2 Co 13.11).
“O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso
fazei; e o Deus de paz será convosco” (Fp 4.9).
b) Os pacificadores são felizes. Aqueles que
promovem a paz são muito felizes. Disse Jesus: “bem-aventurados os
pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9)
c) A paz de Deus domina nosso coração. “E a
paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos
corações; e sede agradecidos” (Cl 3.15).
d) A paz e a santificação devem andar juntas.
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb
12.14). A paz com todos é pré-requisito para quem quer ser salvo, e a
santificação é o requisito fundamental e indispensável para chegarmos aos céus.
CONCLUSÃO
Deus
promete paz perfeita a todos que o amam e obedecem aos seus mandamentos. A paz
de Deus é diferente da paz do mundo, que é enganosa, variável e sem fundamentos
sólidos para a sua realidade permanente. Ora o mundo tem paz com a ausência de
guerras; porém, surgem conflitos, escaramuças, conflitos e guerras por causa de
interesses comerciais, políticos ou ideológicos. Já a paz de Deus é
infinitamente superior a qualquer tipo de paz que os homens oferecem. Ela é “a
paz de Deus, que excede todo o entendimento [e que] guardará os vossos corações
e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4.6,7).
23 Ibid., p. 9,10.
24 Si vis pacem para bellum. Disponível
em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Si_vis_pacem,_para_bellum.
Acesso
em: 31.01.2024
AS PROMESSAS DE
DEUS – Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu
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