TEXTO ÁUREO
“Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito,
ferido de Deus e oprimido.”
(Is 53-4)
VERDADE PRÁTICA
Jesus é o Médico dos médicos e não há enfermidade
que Ele não possa curar.
LEITURA DIÁRIA
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Isaías 53.1-5; Mateus 8.14-17; Tiago 5.14,15
Isaías 53
1 – Quem
deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?
2 – Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca;
não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza
víamos, para que 0 desejássemos.
3 – Era
desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos
trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não
fizemos dele caso algum.
4 – Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas
dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
5 – Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas
pisaduras, fomos sarados.
Mateus 8
14 – E Jesus, entrando na casa de Pedro, viu a sogra deste jazendo com febre.
15 – E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se e serviu-os.
16 – E,
chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra,
expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos,
17 – para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele
tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças.
Tiago 5
14 –
Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele,
ungindo-o com azeite em nome do Senhor;
15 – E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver
cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
PLANO DE
AULA
1-
INTRODUÇÃO
Na lição deste domingo estudaremos a respeito da promessa da cura
divina. Jesus realizou uma obra completa de salvação no Calvário, e a cura
divina faz parte dela. No plano divino, o Senhor sempre desejou curar o seu
povo, por isso Ele se apresentou no Antigo Testamento como o Jeová Rafa. No
Novo Testamento, segundo Stanley
Horton, “as curas divinas são parte integral do
Evangelho”. O livramento das enfermidades nos é provido na expiação, e é
privilégio de todos os crentes.” A obra de Cristo no Calvário nos garante
salvação, cura e libertação. O nosso Senhor não mudou, por isso podemos orar,
confiando em seu poder para sarar as enfermidades do nosso corpo e da nossa
alma. Jesus Cristo cura sim!
2-
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos
da Lição:
I)
Explicar biblicamente as promessas da cura divina;
II)
Compreender qual a origem e as consequências das doenças no
mundo;
III)
Conscientizar de que Cristo cura sim.
B) Motivação: O plano da salvação não somente nos trouxe a redenção, mas
também a promessa da cura para o nosso corpo. Segundo o profeta Isaías, Jesus
levou sobre si as nossas dores e “pelas suas pisaduras fomos sarados”, por isso
diante das enfermidades do nosso tempo ou de um diagnóstico ruim e difícil, não
desanime. Tenha fé e creia que Cristo não mudou e Ele tem poder para curar. Não
importa o diagnóstico, palavra final será sempre a dEle em nossas vidas. As
enfermidades podem ser muitas e difíceis, mas não são maiores que o nosso Deus,
por isso, confie nEle.
C) Sugestão de Método: Professor(a), a temática da lição deste domingo
é uma excelente oportunidade para resgatar a tradição da intercessão em favor
dos que estão enfermos. Convide seus alunos a intercederem pelas pessoas
enfermas da igreja e da família. Separe um período de cinco minutos para que
cada um interceda, em classe, pelas pessoas que estão doentes e serão alvo da
oração intercessora. Peça que cada aluno, no decorrer da semana, dedique-se a
continuar orando em favor dos pedidos apresentados. Há uma promessa de cura da
parte do Senhor para nós, mas precisamos fazer a nossa parte que é colocar-nos
de joelhos e interceder! Fica como sugestão a oportunidade de os alunos
relatarem os testemunhos quando a bênção da cura tiver sido alcançada.
3-
CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A lição de hoje é uma excelente oportunidade para você e
os alunos refletirem a respeito da cura divina. Mostre que em seu ministério
terreno Jesus curou muitas pessoas e depois de sua partida os seus apóstolos
também realizaram curas. Diga que quando o homem coxo viu Pedro e João entrando
no Templo, ele lhes pediu uma esmola. Mas eles ofereceram àquele homem algo
ainda maior e melhor: a salvação e a cura no nome de Jesus Cristo. Precisamos
de “Pedro e João” em nossos dias; pessoas que oram e pregam com ousadia
engrandecendo o nome de Jesus Cristo.
4-
SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que
traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 99, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que
darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto ao final do segundo tópico, expande a reflexão a respeito da
origem das enfermidades, ao mesmo tempo que procura responder aos críticos da
doutrina da Cura Divina com a explicação bíblica da profecia de Isaías 53;
2) O texto ao final do terceiro tópico, mostra que embora Cristo cure,
não devemos dar ênfase a ela em detrimento do anúncio do Evangelho, destacando
que a salvação sempre foi a prioridade do ministério do Senhor.
INTRODUÇÃO
Na Cruz do Calvário, o Senhor Jesus realizou uma obra completa de
salvação. Essa obra, efetivada por Ele, nos autoriza a clamar pela Cura Divina.
Nesta lição, veremos que, no plano divino, o Senhor nosso Deus desejou curar o
seu povo para o alívio do sofrimento. Esse plano ocorreu de maneira poderosa no
ministério de Jesus, sendo consumado no poder da obra do Calvário. Jesus Cristo
cura sim!
PALAVRA CHAVE:
Cura
Divina
AUXÍLIO
BÍBLICO
Professor(a), explique que Cristo continua curando na atualidade, mas
“um dos grandes perigos da ênfase excessiva na cura é que ela pode eclipsar o
Evangelho no evangelismo. Esse perigo também pode ter influenciado a ordem de
Jesus para que as pessoas curadas mantivessem segredo. Como Stephen Short
coloca: ‘Jesus não queria que as pessoas viessem a Ele apenas para receber
benefícios físicos’. Muitos não cristãos vão às reuniões cristãs principalmente
a fim de satisfazer alguma necessidade física ou material. Uma vez que eles
vêm, partilhamos o Evangelho com eles. Mas descobri que é muito difícil eles
fazerem, em seu pensamento, a transição das necessidades sentidas para o
Evangelho. Ouvem nossa explicação do Evangelho e talvez até mesmo a aceitem,
mas, em seu íntimo, quando pensam no Cristianismo e nós cristãos, imaginam o
seguinte: Esse é um lugar no qual minhas necessidades físicas e materiais são
satisfeitas. Por isso, eles têm dificuldade em realmente ouvir o Evangelho,
embora ele seja transmitido claramente a eles” (FERNANDO, Ajith. Ministério
Dirigido por Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, pp. 212,213).
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
Professor(a), dê início ao tópico fazendo a seguinte pergunta: “Qual a
origem das doenças?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação
ativa de todos. Em seguida explique que as enfermidades têm origem na Queda,
todavia nem toda enfermidade é consequência de algum pecado como acreditavam os
amigos de Jó. Explique que “os críticos da doutrina bíblica da cura divina não
compreendem todo o alcance e significado da obra expiatória de Cristo. O
sofrimento de Cristo foi por nós, em nosso lugar e em nosso favor. Em Isaías
53, o Servo de Javé experimenta rejeição e sofrimento, ‘não como consequência
de sua própria desobediência, mas em favor de outros’. Qual o resultado? Ele
leva a efeito a cura do povo de Deus mediante as ‘suas pisaduras’. A afirmação
de que os sofrimentos de Jesus trazem cura àqueles que sofrem fica estabelecida
sobre um sólido fundamento teológico” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:
Uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 519).
CONCLUSÃO
Nesta lição, estudamos que a Obra de Cristo no Calvário nos garante a
Salvação e a Cura Divina. Pelo nome de Jesus, podemos orar uns pelos outros
para que haja a experiência de cura divina. O nosso Senhor não mudou. Ele
continua o mesmo. Por isso, devemos nos dirigir a Ele com humildade e fé
perseverante, confiando que Ele é poderoso para sarar as enfermidades do seu
povo. Jesus Cristo cura sim!
| Lição 06: A Promessa de
Cura Divina
CPAD Adultos – AS PROMESSAS
DE DEUS – Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu
Comentário: Pastor Elinaldo
Renovato
O |
INTRODUÇÃO
mundo pós-moderno é paradoxal em termos de
saúde mental e física. Há tantos remédios, hospitais, clínicas especializadas;
existem muitos métodos de cuidar da saúde; as academias de educação física
estão proliferando por toda a parte; todavia, nunca houve tantas pessoas
enfermas tanto da mente quanto do corpo. Os médicos, principalmente os bons
profissionais, nas suas especialidades, estão marcando consulta com meses de
antecedência. Os hospitais públicos estão abarrotados de pessoas e só atendem
os casos mais graves, com meses de marcação de procedimentos cirúrgicos com
bastante antecedência. Os hospitais de pronto-socorro estão na mira da
imprensa, visto que, em muitos deles, os doentes ficam pelos corredores à
espera de atendimento. Se precisarem de UTI, terão de enfrentar uma espera que
pode significar a vida ou a morte.
Numa
grande metrópole brasileira, os médicos constataram que 80% da população sofre
de algum tipo de neurose. O consumo de remédios controlados é muito elevado,
principalmente pela população pobre. As classes altas também não escapam ao uso
de remédios tranquilizantes. Doenças que marcaram a sua presença no início do
século passado estão de volta com força total, tais como a tuberculose, a
dengue, o sarampo entre outras, concorrendo com as enfermidades descobertas nos
anos recentes, como a AIDS e outras terríveis doenças que desafiam os avanços
da Medicina. Vírus mortais, inclusive a partir de animais, como a chamada
“gripe aviária”, desafiam os governos e as autoridades sanitárias. Se ainda não
há pânico, sem dúvidas existe uma grande preocupação por parte dos governos
mundiais. Muitos recursos são despendidos para a prevenção de endemias e
epidemias, para que não se transformem em pandemias. É um mundo vulnerável em
termos de ataques de vírus, bactérias e outros agentes patológicos.
Em termos
bíblicos, porém, só há uma explicação: as doenças são, originariamente, efeitos
do pecado, que atingiu a humanidade, desde seus primórdios. Se não houvesse
pecado, não haveria doenças, nem velhice, nem morte. O pecado passou a todos os
homens (Rm 5.12). O pecado é a causa de todos os males que afligem a
humanidade. Mesmo os cristãos, fiéis e santos, sofrem as consequências das
enfermidades, causadas pelo pecado. Embora as enfermidades individuais dos
servos de Deus não possam ser consideradas resultantes de pecados individuais,
certamente, são consequências do pecado que passou a toda a humanidade.
Desse
modo, em um mundo sem Deus, onde o pecado intensifica[1]se,
é um desafio enorme sobre a saúde física e mental manter-se saudável e imune a
tantas doenças e enfermidades. Há, contudo, promessas de Deus na sua Palavra no
sentido de que a bênção da saúde esteja sobre o seu povo, mediante a fé no nome
de Jesus e nas suas gloriosas promessas. Existe um plano divino de saúde à
disposição dos que creem em Deus e obedecem-no (Is 53.4-5; Tg 5.14-16).
I – ORIGEM E CONSEQUÊNCIAS DAS DOENÇAS NO
MUNDO
1. O pecado no Éden
A origem primária das enfermidades foi, sem
qualquer sombra de dúvidas, a Queda no Éden. Antes não havia doenças,
envelhecimento ou morte. Imediatamente, após ter cometido o primeiro pecado,
que foi a desobediência a Deus, os primeiros habitantes do planeta
experimentaram mudanças drásticas na sua constituição espiritual, mental e
física.
Sem dúvidas, as primeiras enfermidades
sofridas pelo homem foram as enfermidades mentais. Deus disse ao homem que, se
ele comesse da árvore proibida, certamente morreria (Gn 2.17). A mulher,
ouvindo a voz do Tentador, desobedeceu ao Criador e comeu “da árvore da ciência
do bem e do mal”, que estava “no meio do jardim”. Homem e mulher tiveram uma
percepção que não tinham antes e sentiram os efeitos do pecado. A primeira
sensação foi a de medo (Gn 3.8). As consequências das enfermidades mentais
foram (e são), lamentavelmente, uma série de doenças psicossomáticas.
O homem e a mulher experimentaram transtornos
neurológicos e emocionais. E esses são a causa de um grande número de
enfermidades físicas e mentais. A mulher talvez tenha sido a mais prejudicada.
Além de experimentar os transtornos comuns a qualquer pessoa, por ser a
receptora da vida no seu ventre, como genitora, passou a ter as dores do parto
aumentadas, além de passar a ser subordinada ao seu marido (Gn 3.16). Ao que
tudo indica, essa submissão, na forma expressa pelo versículo citado, não
ocorreria se não houvesse o pecado.
Provavelmente, o relacionamento entre o homem
e a mulher seria em nível de igualdade, companheirismo e amor entre o casal —
aliás, é o que a Bíblia recomenda em Efésios 5. Ali, vemos Paulo, pelo Espírito
Santo, doutrinando sobre a vida conjugal, com exortações de elevado significado
espiritual e social. À mulher é recomendada a submissão e a liderança do
marido, semelhantemente à submissão da Igreja a Cristo, o seu Salvador (Ef
5.22-24). Ao homem é exortado que ame a sua esposa da mesma forma como Cristo
ama a Igreja (Ef 5.25-29). De certa forma, vemos o resgate da união harmoniosa
entre o marido e a mulher, conforme o plano original de Deus.
II – A
CONSEQUÊNCIA DO ADVENTO DA DOENÇA
1. O homem vivia centenas de anos
O ser humano, distanciado de Deus, que não
mais o visitava como no começo, fez uso indevido do seu livre-arbítrio.
Analisando as genealogias no Gênesis, podemos constatar que a expectativa de
vida era bem avançada mesmo depois da Queda. Adão viveu 930 anos; o seu filho,
Sete, viveu 912 anos; o filho de Sete, Enos, viveu 905 anos; Cainã viveu 910
anos; Maalalel viveu 895 anos; Jarede viveu 962 anos; Metusalém foi quem mais
viveu, alcançando 969 anos; mas o seu filho, Lameque, viveu 777 anos (ver Gn
5.1-26).
Os
críticos da Bíblia descreem que os homens pudessem viver tanto tempo. Mas, no
começo de todas as coisas, não havia poluição, nem os agentes patológicos
disseminavam-se de modo epidêmico, ou mais amplo, causando doenças. A corrupção
do gênero humano foi provocando os desgastes físicos e emocionais, sob a
maldição de Deus, em forma de novos tipos de enfermidades que surgiam à
proporção que a pecaminosidade aumentava. Certamente, muitas enfermidades
físicas, bem como transtornos emocionais desenvolveram-se em meio ao clima de
corrupção, violência, agressividade, prostituição e maldades humanas, em
desrespeito às leis do Criador.
2. Deus limita a vida a 120 anos
O Criador resolveu limitar a média de vida
dos homens (Gn 6.3). Deus resolveu mudar a sua ação em relação ao homem
pecaminoso e corrupto (“arrependeu-se”) e anunciou a catástrofe universal que
haveria de desabar sobre o planeta: o Dilúvio, do qual só escaparam Noé, a sua
esposa, os seus três filhos e as suas três noras.
Diz a Bíblia Chamando Noé, o “pregoeiro da
justiça” (2 Pe 2.5), mandou que construísse a arca, na qual escapariam a sua
família e os animais, conforme a indicação de Deus (Gn 6.13-22). Após o
Dilúvio, toda a geografia e a ecologia da terra foram mudadas. As erupções
vulcânicas, explodindo do interior do planeta, provocaram pressões descomunais
que deslocaram e afastaram continentes inteiros, abrindo depressões, com novos
rios, mares e oceanos, bem como dando lugar a elevações, montanhas e crateras.
Somente aquela família sobreviveu. E, a partir dela, as gerações sucederam-se até
os dias atuais. Noé chegou a viver 950 anos (Gn 9.29).
Nas
gerações de Sem, filho de Noé, percebe-se a diminuição dos anos de vida dos
homens. Sem viveu 602 anos; Arfaxade viveu 438 anos; mais adiante, vemos
Pelegue, que só viveu 239 anos; Naor viveu 148 anos; Tera, pai de Abraão, viveu
205 anos; essas eram marcas ainda alcançadas pela idade do homem, mas a média
já houvera sido estabelecida por Deus, antes do Dilúvio (Gn 6.3). Abraão ainda
viveu, por mercê de Deus, 175 anos (Gn 25.7); Isaque alcançou 180 anos (Gn
35.28); Jacó viveu 147 anos (Gn 47.28). Esses foram períodos de enorme
longevidade. Mas, certamente, o pecado continuou causando o desgaste físico e
emocional entre os homens.
Assim,
nos Salmos, vemos o registro, ao que tudo indica, da média de vida dos seres
humanos que mais se aproxima da realidade atual, em pleno século XXI, com todos
os avanços da medicina preventiva, dos recursos sanitários e da descoberta de
medicamentos que melhoram o funcionamento do corpo e de orientações médicas
para os cuidados com a saúde (ver Sl 90.10).
Hoje,
mesmo com todos os avanços da medicina à disposição do homem, ainda há países
tão pobres que a média de vida é de menos de 40 ou de 30 anos, em lugares na
África e na Ásia. No Brasil, graças à melhoria na saúde pública, a média de
vida já atinge mais de 65 anos, havendo previsão de que possa chegar aos 70
anos. Nos países do Primeiro Mundo, espera-se maior longevidade da população,
por terem melhor acesso aos avanços da medicina, o que resulta em melhor
qualidade de vida.
3. A
desobediência ao Senhor
Promessa de
saúde e cura divina
No Antigo Testamento, temos a informação de
que o Senhor queria galardoar o seu povo com ricas bênçãos dos céus. As bênçãos
seriam lançadas a partir do Monte Gerizim, e Deus prometeu que abençoaria
grandemente a nação israelita (ver Dt 28.1-6).
Por
outro lado, se o povo desobedecesse, teria sobre si as maldições da parte do
Senhor, proferidas a partir do monte Ebal (Dt 27.11-26). Os castigos
decorrentes da desobediência incluíam terríveis transtornos na área da saúde
(Dt 28.16-19; Dt 28.21,22,27,28,35).
Os salvos
podem adoecer
A chamada “Teologia da Prosperidade” prega
que o cristão fiel não pode adoecer, pois a doença é do Diabo. Essa é uma
afirmação sem qualquer fundamento bíblico, e, de acordo com essa teologia, o
cristão tem direito à saúde e à riqueza; diante disso, doença e pobreza são
maldições da Lei. Eles ensinam que “todo cristão deve esperar viver uma vida
plena, isenta de doenças” e viver de 70 a 80 anos, sem dor ou sofrimento. Quem
ficar doente é porque não reivindica os seus direitos ou não tem fé. E não há
exceções. Pregam eles que Isaías 53.4,5 é algo absoluto. Fomos sarados e não
existe mais doença para o crente. E, se o crente não for curado pela oração da
fé, é por dois motivos: ou porque está em pecado, ou porque não tem fé!
Jesus,
ao morrer na cruz, assegura-nos a salvação de nossa alma, de nosso espírito,
bem como nos dá o direito às bênçãos decorrentes da expiação, incluindo a cura
das enfermidades. O poder para curar em nome de Jesus (cf. Mc 16.18c) só pode
operar pelo fato de Cristo ter morrido, dando-nos a vitória sobre os poderes do
mal. A salvação, no entanto, envolve imediatamente o espírito e a alma. Quanto
ao corpo, não há um efeito imediato, pleno, quanto à libertação dos males
decorrentes do pecado. Isso porque, enquanto o espírito e a alma (o homem
interior — cf. 2 Co 4.16) são salvos no momento da confissão a Cristo, o corpo
ainda aguarda a redenção plena, conforme diz a Bíblia, sobre o gemido da
criação (Rm 8.23).
A
Bíblia diz: “No mundo, tereis aflições” (Jo 16.33). O apóstolo Paulo viveu
doente (ver 1 Co 4.11; Gl 4.13), passou fome, sede, nudez, agressões, etc. Os
seus companheiros adoeceram (Fp 2.30). Timóteo tinha uma doença crônica (1 Tm
5.23). Trófimo ficou doente (2 Tm 4.20). Essas pessoas não tinham fé? Estavam
em pecado? Jó, o patriarca, homem de Deus, era homem de fé e não vivia em
pecado; pelo contrário, Deus apresenta-o como sendo “homem sincero, reto e
temente a Deus; e desviava-se do mal” (Jó 1.1). Por permissão de Deus, no
entanto, foi acometido de uma tão grande enfermidade que causou espanto aos que
o conheciam e a ele próprio. Quando citamos esse exemplo, os adeptos do
“movimento de fé”, que pregam a Teologia da Prosperidade, minimizam o valor do
livro de Jó, e alguns chegam a dizer que “o livro de Jó é o mais mentiroso da
Bíblia”. Já ouvi um discípulo de Kenneth Hagin e de Benny Hinn dizer exatamente
isso.
Uma
das bases da Teologia da Prosperidade é a chamada “confissão positiva”, segundo
a qual “há poder em suas palavras”. O que você quiser, seja a cura de enfermidades,
a aquisição de um carro novo, basta “visualizar” o que deseja, ter fé e
declarar que aquilo tem que acontecer. Se alguém está doente, basta dizer:
“está curado” e pronto. A cura tem que acontecer. Isso não tem base bíblica.
Nenhum dos apóstolos de Jesus usou essa “fórmula da fé”, e nenhum deles fez uso
desse recurso psicológico para curar alguém.
Jesus
curou enfermos e citou Isaías 53.4,5 (cf. Mt 8.16,17). No tanque de Betesda,
havia muitos doentes, mas Jesus só curou um (cf. Jo 5.3,8,9). Deus cura sim,
mas não cura todas as pessoas, e, se assim fosse, não haveria nenhum crente
doente. Deve-se considerar os desígnios e a soberania divina. Conhecemos homens
e mulheres de Deus, gigantes na fé, que adoeceram e passaram para o Senhor.
Dessa forma, o crente, por mais sincero que seja, ou mais santo que possa ser,
está sujeito às consequências do pecado, que passou a todos os homens. Dentre
essas, as enfermidades ou doenças são as mais comuns.
III – O PLANO DE SAÚDE DIVINO
O Plano de Saúde Divino é diferente, pois
previne e cura as enfermidades. Como todo plano de saúde, tem as suas
cláusulas. Vale a pena aderir. Esse plano de saúde divino é expresso no livro
de Êxodo, com as seguintes orientações: “E disse: Se ouvires atento a voz do
Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os
teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma
das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor,
que te sara”. Aí estão algumas cláusulas, as quais, sendo cumpridas, Deus
prometeu ao povo de Israel, e certamente é promessa para nós, de que não poria
nenhuma das enfermidades sobre nós, pois Ele é o Jeová-Rafá, “o Senhor que te
sara”. 21
Trata-se de um plano de saúde que age sobre a
causa das doenças, e não sobre os sintomas. Nesse plano, há algumas cláusulas
ou exigências para os que dele querem beneficiar-se:
1. Ouvir atentamente a voz do Senhor
É o mesmo que obedecer a Deus. No Antigo
Testamento, Deus fez maravilhosas promessas ao povo eleito como resultado da
obediência. Basta lermos Deuteronômio 28.1,2.
Em seguida, são enumeradas as bênçãos
decorrentes da obediência: bênçãos na vida urbana e rural; bênçãos sobre a
descendência; bênçãos sobre a produção agrícola e pecuária; bênçãos na vida doméstica;
vitória sobre os adversários (v. 8). Cremos que aquelas bênçãos não seriam
apenas para a nação israelita. Hoje também podemos ser beneficiados pelas
bênçãos da obediência, ouvindo a voz do Senhor. O Senhor prometeu: “Mas, se
diligentemente ouvires a sua voz, e fizeres tudo o que eu disser [...] ele
abençoará o vosso pão e a vossa água: e eu tirarei do meio de ti as
enfermidades” (Êx 23.25). A obediência a Deus coloca a mente em sintonia com o
Espírito Santo. E essa atitude é fator de equilíbrio emocional.
2. Fazer o que é reto diante de Deus
Isso
ajuda a ter saúde mental. Pesquisas médicas indicam que os homens que são fiéis
às esposas, e vice-versa, morrem menos do coração. É o cumprimento da Bíblia,
que manda os maridos amarem as suas esposas, e estas, aos esposos. Quando
praticamos a Palavra de Deus, colocamo-nos na posição de salvos, nascidos de
novo e filhos de Deus. Nessa condição, somos alcançados pela bondade do Senhor.
Fazer o que é reto é andar conforme a vontade de Deus, é fugir do pecado e da
maldade (ver Sl 128.1,2). Os crentes em Jesus não fumam e nem bebem. São livres
de terríveis males que destroem o corpo e a mente. O crente íntegro pode sofrer
a oposição dos que desejam a prática do que é errado, mas sente paz com Deus e
pode dormir tranquilo sob as bênçãos do Senhor.
3. Inclinar os ouvidos aos mandamentos de Deus
Trata-se de obedecer aos mandamentos de Deus
conforme a sua Palavra. Os dez mandamentos de Êxodo 20 foram repetidos por
Cristo no Novo Testamento, aos quais Ele deu uma dimensão espiritual, que
superou a versão e o entendimento originais da antiga aliança. Já vimos que a
tensão emocional é o inimigo número um da saúde mental e física. Várias
recomendações bíblicas podem livrar-nos da tensão emocional, ou da ansiedade.
Em Salmos 55.22, lemos: “Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá;
nunca permitirá que o justo seja abalado”. Outras “pílulas” espirituais estão à
nossa disposição na farmácia de Deus. Basta ler, meditar, absorver, guardar no
coração e praticar. Eis mais algumas: “Deleita-te também no Senhor, e ele te
concederá o que deseja o teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia
nele, e ele tudo fará” (Sl 37.4,5). Aí está um abençoado remédio para evitar a
ansiedade e a tensão emocional: lançar o cuidado sobre o Senhor, deleitar-se
nEle e entregar tudo em suas mãos.
4. Guardar os estatutos do Senhor
Os
estatutos são como uma regulamentação dos mandamentos de Deus. O plano de saúde
divino tem a sua explicitação em outros textos. Em Deuteronômio 7.11-15, o
Senhor diz que, se o seu povo guardar os mandamentos, os estatutos e juízos que
Ele ordenou, Deus irá amá-lo e abençoá-lo mais do que todos os povos (ver Fp
4.4-7; 1 Pe 5.7; Sl 121; Sl 91; Sl 125.1; Êx 33.14, e referências).
Deus abençoou tanto o povo de Israel quando este o obedecia que não havia um único enfermo entre as suas tribos (Sl 105.37). 5. Zelar pelo corpo Como já vimos, o corpo, dado por Deus é um instrumento maravilhoso. Diferentemente do que alguém pensa, numa visão fanática distorcida, o corpo não é “a carne”, que “para nada aproveita”, como Platão e os gnósticos, como vimos na introdução deste capítulo. Essa “carne” imprestável não é o corpo; é a natureza carnal, herdada de Adão. O corpo é muito mais que “carne”; é o templo do Espírito Santo! (1 Co 6.19). É tão importante que, um dia, após a morte, haverá de ressuscitar e reunir-se ao espírito e à alma, formando o corpo glorioso, que adentrará às mansões celestiais (ler 1 Co 15). Nessa condição, precisamos cuidar bem de nosso corpo, parte que compõe o ser integral (1 Ts 5.23).
CONCLUSÃO
Concluindo esse capítulo, esperamos que o
Senhor Deus nos dê o entendimento e a sabedoria para que nós, os seus servos,
tenhamos uma vida espiritual, emocional e física saudável enquanto vivermos
nesta dimensão humana e material. Existem muitos servos de Deus, inclusive
obreiros, doentes e até incapacitados por falta de compreensão quanto aos
cuidados que se deve ter com a saúde. O corpo é templo do Espírito Santo e
precisa ser conservado dentro das limitações que nos cercam. Um dia, quando
Jesus vier buscar a sua Igreja, estaremos na dimensão eterna, em corpos
gloriosos, que não mais sofrerão os efeitos do pecado em termos de desgaste,
enfermidades, envelhecimento e morte. Há promessas de Deus para os seus servos
de desfrutarem das bênçãos da cura divina para a alma e para o corpo.
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21 Elinaldo Renovato de LIMA. Aprendendo diariamente com Cristo, p.147
AS PROMESSAS DE DEUS – Confie e Viva as Bênçãos
do Senhor porque Fiel é o que Prometeu
Elinaldo Renovato
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