TEXTO ÁUREO
“Na
verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me
enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para
a vida.”
(Jo
5.24)
VERDADE PRÁTICA
A
promessa da vida eterna é a maior bênção divina para todo aquele que crê em
Jesus Cristo.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
João 3.14-21
14- E, como Moisés levantou a
serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
15 para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas
para que o mundo fosse salvo por ele.
18- Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado,
porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
19 E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as
trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
20 – Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para
que as suas obras não sejam reprovadas.
21-Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam
manifestas, porque são feitas em Deus.
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Professor(a),
na lição deste domingo estudaremos a respeito da mais importante das promessas
divinas: a promessa da salvação. Ela continua sendo a principal promessa de
Deus para a humanidade. De que adianta ter prosperidade, saúde e não ter a
salvação? A doutrina da salvação revela-nos quão grande é o amor e a graça de
Deus para conosco (Jo 3.16). Todos os filhos de Deus que creem nessa promessa
não podem viver de qualquer maneira, sem santidade, sem ter o devido cuidado
com sua conduta diante de Deus e do mundo. Também não podemos nos esquecer de
que a salvação é obra divina, dependemos dEle, da sua misericórdia e do seu
favor para conosco pecadores perdidos. Aceite humildemente o amor e a graça de
Deus em seu favor, pois Jesus pagou um alto preço para que quem crê nEle seja
salvo, e quem o rejeita permaneça perdido em delitos e pecados (Ef 2.1).
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Explicar biblicamente a promessa da salvação;
II) Mostrar a natureza da promessa da salvação;
III) Refletir a respeito da importância da promessa da
salvação e a perseverança nela.
B) Motivação:
Temos a dádiva da Salvação. Jesus pagou um alto preço pela nossa redenção,
porém em nossa jornada cristã enfrentaremos obstáculos e dificuldades. O nosso
Salvador disse que nesse mundo teríamos aflições, mas que tivéssemos bom ânimo
(Jo 16.33). O bom ânimo é resultado da fé, da certeza de que Deus é fiel para
cumprir com as suas promessas. A nossa fé deve estar alicerçada em Deus para
que, quando nos encontrarmos diante dos obstáculos em nossa caminhada
espiritual, não venhamos desfalecer e abandonar a valiosa promessa da salvação.
Os desafios podem ser grandes, mas não são maiores que o nosso Deus, por isso,
confie nEle e seja fiel até o fim.
C) Sugestão
de Método: Sugerimos que você converse com seus alunos explicando que “a obra
salvífica de Cristo é a coluna central no templo da redenção divina. É o
sustentáculo que carrega a maior parte do peso, sem o qual a estrutura jamais
poderia ter sido completada. Podemos compará-la também ao eixo em torno do qual
gira toda a atividade de Deus na revelação. É a obra que fornece uma cabeça ao
corpo, um antítipo ao tipo, uma substância às sombras e purificações. Tais
afirmações em nada diminuem a importância do que Deus fez em favor do seu povo,
segundo a aliança do Antigo Testamento, e às nações em redor. Para os
estudiosos das Escrituras, permanece sua incalculável relevância, refletindo o
pensamento de Hebreus 1.1. Deus falou de modo infalível e relevante no passado,
mas não pela última vez. Sua derradeira palavra só chegou com a vinda de seu
Filho, e o registro dessa vinda aparece de forma infalível e definitiva nos 27
livros do cânon do Novo Testamento” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 335).
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação:
A lição de hoje é uma excelente oportunidade para você e os alunos refletirem a
respeito da dádiva da salvação e seus efeitos. Mostre que, à medida que temos
consciência da graça e da misericórdia de Deus, a nossa fé aumenta e se torna
um antídoto contra a falta de esperança nas promessas do Senhor. Encerre a aula
citando as Escrituras: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha
palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em
condenação, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24)
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista
Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens,
artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição
99, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios
Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na
preparação de sua aula:
1) O texto ao
final do segundo tópico, expande a reflexão a respeito dos aspectos da
salvação: regeneração, salvação e santificação, porém o enfoque é dado na regeneração;
2) O texto ao
final do terceiro tópico, mostra que a promessa da salvação não é incondicional
e que existe o perigo da apostasia.
INTRODUÇÃO
A Salvação é
um dos mais importantes temas das páginas da Bíblia, pois é a principal
promessa de Deus para a humanidade. A doutrina bíblica da salvação leva-nos a
conhecer quão grande é o amor de Deus para com o ser humano. É, exatamente,
isso o que nos mostra o Evangelho de João no capítulo 3, em que estudaremos a
promessa da salvação, sua natureza e perseverança.
PALAVRA
CHAVE: SALVAÇÃO
AUXÍLIO
BÍBLICO
Professor(a),
explique que o segundo tópico da lição vai tratar dos aspectos salvíficos da
promessa da salvação: regeneração, justificação e santificação. Como não há
espaço suficiente, vamos enfocar aqui o primeiro aspecto que é a Regeneração.
Então, inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “O que é a regeneração?”
Explique que “a regeneração é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo,
mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior. O substantivo grego
(palingenesia) traduzido por ‘regeneração’ aparece apenas duas vezes no Novo
Testamento. Mateus 19.28 emprega-o com referência aos tempos do fim. Somente em
Tito 3.5 se refere à renovação espiritual do indivíduo. Embora o Antigo
Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia emprega várias figuras de
linguagem para descrever o que aconteceu. O Novo Testamento apresenta a figura
do ser criado de novo (2 Co 5.17) e a devoção (Tt 3.5), porém a mais comum é a
de ‘nascer’ (Jo 3.3). Pedro declara que Deus, em sua grande misericórdia, ‘nos
gerou de novo para uma viva esperança’ (1 Pe 1.3). É uma obra que somente Deus
realiza. Nascer de novo diz respeito a uma transformação radical. A regeneração
é o início do nosso crescimento no conhecimento de Deus, na nossa experiência
de Cristo e do Espírito no nosso caráter moral” (HORTON, Stanley. Teologia
Sistemática. Uma Perspectiva Pentecostal. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2018,
p.371).
AUXÍLIO
DIDÁTICO
Professor(a),
inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “A promessa da salvação é
incondicional?” Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção.
Em seguida, explique que a Bíblia nos mostra que a salvação não é in-
condicional, pois as pessoas podem resistir-la. Esclareça que os que a
receberam também podem romper esse relacionamento com Deus, rejeitando por
completo os ensinos revelados na Palavra de Deus (apostasia doutrinária), bem
como tornando-se novamente escravo da prática do pecado (apostasia moral). Por
isso não devemos negligenciar o estudo da Palavra de Deus, a oração, o jejum e a
comunhão com os santos. Sem a Palavra de Deus e as disciplinas da vida cristã
nos tornamos uma presa fácil para o Inimigo e acabamos sucumbindo em meio às
falsas doutrinas da atualidade.
CONCLUSÃO
A Promessa da
Salvação nos lembra de que não podemos descuidar da nossa conduta diante de
Deus e do mundo. A salvação, em primeiro lugar, depende de Deus, que estende
sua mão ao pecador perdido. Mas também é necessário que o ser humano aceite
humildemente o amor e a graça de Deus em seu favor. Quem crê em Jesus é salvo,
mas quem o rejeita permanece perdido em delitos e pecados (Ef 2.1).
| Lição 05: A Promessa de Salvação
CPAD Adultos – AS PROMESSAS
DE DEUS – Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu
Comentário: Pastor Elinaldo
Renovato
INTRODUÇÃO
Salvação é a maior promessa de Deus para o ser
humano, atingido pelo pecado. O estudo sobre a Salvação envolve o principal
assunto contido na revelação de Deus ao homem: a Bíblia Sagrada. Nela,
estudam-se tópicos que abordam ensinos fundamentais para o entendimento da
relação entre Deus e a humanidade em face da Queda. Este capítulo contempla a
Salvação nos seus aspectos mais relevantes, tais como a Regeneração, a
Justificação, a Santificação, a Perseverança dos Salvos e outros temas
necessários na busca de uma visão mais ampla acerca da intervenção divina na
realidade humana, visando a libertação do homem do poder do pecado, da carne e
do Diabo.
Estudar sobre a salvação é penetrar no mais
importante tema que permeia as páginas da Bíblia Sagrada, pois ela é a promessa
ímpar de Deus para a humanidade. A doutrina da salvação leva o homem a conhecer
quão grande é o amor de Deus para com o ser humano, desde os seus primórdios na
face da Terra, quando deu ouvidos à voz do Diabo e experimentou a queda
espiritual, cujas consequências passaram a toda a humanidade.
Diante da Queda, Deus efetuou o primeiro ato
expiatório concretizado no mundo (Gn 3.21). Para vestir o casal pecador, Deus
teve que imolar o animal inocente, derramando o seu sangue pelo homem culpado.
Mesmo que a Bíblia não se refira a esse ato como um sacrifício, certamente o
foi. Deus não aceitou a cobertura de folhas, providenciada pelo casal. A vítima
foi morta pelo culpado. Aquele ato apontava para o sacrifício de Cristo, “a
semente da mulher”, que haveria de esmagar a cabeça da serpente (cf. Gn 3.15).
Após a Queda, o homem espalhou-se pela terra,
porém levando no coração a ideia do Deus Único, Criador de todas as coisas. Com
o tempo, os homens distanciaram-se da verdadeira adoração, e, ao invés de
voltarem-se para glorificar o Criador, inclinaram-se para adorar a criatura.
Diz Pearlman: “Em lugar de virem a Deus, através dos corpos celestes, começaram
a adorar esses corpos como deidades; em vez de verem o criador através das
árvores e animais começaram a adorar esses como deuses; em vez de reconhecer
que o homem foi feito à imagem de Deus, começaram a fazer um deus da imagem do
homem”. 3
A idolatria foi a substituição do Deus verdadeiro pelos falsos deuses,
fruto da imaginação do homem, induzidos por Satanás. Como resultado, veio a
corrupção geral do gênero humano (Gn 6), rechaçada pelo Dilúvio, mandado sobre
a terra como juízo divino. Somente Noé e a sua família escaparam. Veio a
confusão das línguas em Babel (Gn 11); depois, Deus levantou Abraão (Gn 12),
tirando-o da terra idólatra de Ur dos caldeus. De Abraão, nasceu a nação
israelita, com Isaque, Jacó, José, Moisés e os seus descendentes. No Monte
Sinai, Deus proclama à nação de Israel o seu pacto na forma de Lei, em que
consubstancia o seu código espiritual, moral e ético, que haveria de guiar a
sua conduta ao longo dos séculos.
No seu grande amor pelo homem, criado à sua
imagem conforme a sua semelhança, Deus proclamou a grande promessa da salvação
lá mesmo, no cenário da Queda, no Jardim do Éden (Gn 3.14,15). Que Deus nos
abençoe ao estudarmos sobre a gloriosa promessa da salvação, cumprida no tempo
de Deus (ver Gl 4.4-5).
I – A PROMESSA DA SALVAÇÃO
Refere-se à providência de Deus, visando a
salvação do homem do pecado e dos seus terríveis efeitos sobre a humanidade. É
a sua obra salvífica em torno da qual todas as ações divinas giram e têm
sentido. É a revelação do amor de Deus à humanidade atingida pela Queda. A obra
salvífica de Deus tem início no Antigo Testamento. Os escritores sagrados
utilizaram expressões no hebraico que denotam o caráter da salvação em termos
de “livramento” ou “salvação” no sentido natural, jurídico ou espiritual. O
enfoque recai em dois verbos: natsal e Yasha, e o termo assume ainda conotação
espiritual: a salvação mediante o perdão dos pecados. O tema da salvação já
aparece em Gênesis 3.15, na promessa de que o descendente — ou semente — da
mulher esmagará a cabeça da serpente: “Este é o protoevangelium, o primeiro
vislumbre da salvação que virá através daquele que restaurará o homem à vida
[...]”. 4.
1. Uma
maravilhosa salvação
“Salvar” vem do grego, sõzõ, com o sentido
semelhante de sõteria (salvação), referindo-se a:
a)
Livramento material e temporal de perigo, sofrimento, etc. (por exemplo, Mt
8.25; Mc 13.20);
b)
A salvação espiritual e eterna concedida imediatamente por Deus aos que creem
no Senhor Jesus Cristo (por exemplo, At 2.47; 16.31; Rm 8.24; Ef 2.5,8; 1 Tm
2.4);
c)
As atuais experiências do poder de Deus em livrar da escravidão do pecado (por
exemplo Mt 1.21; Rm 5.10; 1 Co 15.2);
d)
O futuro livramento dos crentes na segunda vinda de Cristo para os seus santos,
constituindo-se no livramento da ira de Deus a ser executado nos descrentes ao
fim desta era, como também o livramento da destruição eterna (por exemplo, Rm
5.9);
e)
O livramento da nação de Israel no segundo advento de Cristo (por exemplo, Rm
11.26);
f)
Aos homens em Cristo (Lc 19.10; Jo 10.9);
g)
Os que permanecerem até o fim do período da Grande Tribulação (Mt 10.22; Mc
13.13);
h)
O crente individual que, apesar de perder o galardão no futuro Tribunal de
Cristo, não perderá a salvação (1 Co 3.15; 5.5);
i) A libertação das nações no Milênio (Ap
21.24). 5
2. A obra de salvação
A palavra
salvação, no sentido geral, vem do grego soteria e do latim salvatio. Tem o
sentido de livramento, libertação do perigo. No sentido espiritual, refere-se à
libertação do poder do pecado e da condenação eterna. De acordo com Dicionário
Vine, 6 o termo “salvação” é usado no Novo Testamento para referir-se a
“livramento material e temporal de perigo e apreensão” (cf. Lc 1.69,71);
“saúde” (cf. At 27.34); livramento da “prisão” (cf. Fp 1.19); livramento do
“dilúvio” (cf. Hb 11.7); livramento espiritual, ou salvação propriamente dita,
no sentido mais usado, na Bíblia, aos que aceitam a Cristo (cf. At 4.12),
livrando-os do poder do pecado.
Para
o pastor Eurico Bergstén, a palavra salvação significa, em primeiro lugar, “ser
tirado de um perigo, livrar-se, escapar”. A Bíblia fala da salvação como a
libertação do tremendo perigo de uma vida sem Deus (cf. At 26.18; Cl 1.13).
Traduzida do texto grego, tem a significação de tornar ao estado perfeito ou
“restaurar o que a queda causou”. A obra da salvação desfaz, assim, “as obras
do diabo” (1 Jo 3.8), 7 de “tornar ao estado perfeito” ou “restaurar o que a
queda causou”.
3. Salvador
Vem
do grego, sõter, significando “salvador, libertador, preservador, conservador”.
É usado acerca de:
a)
Deus, ocorrendo em Lc 1.47; At 17.25; 1 Tm 1.1; 2.3; 4.10.
b)
Jesus, ocorrendo em Lc 2.11; Jo 4.42; At 5.31; 13.23; Ef 5.23 (o sustentador e
preservador da Igreja, o seu corpo); Fp 3.20 (na sua vinda a fim de receber a
Igreja para si mesmo); em 2 Pe 1.11, “[...] nosso Senhor e salvador Jesus
Cristo” 8.
II – A NATUREZA DA PROMESSA DE SALVAÇÃO
Aspectos da salvação O homem perdido não tem
condição de aproximar-se de Deus por causa do pecado, que agride a santidade do
Criador e provoca a sua ira divina. Somente com o derramamento do sangue
inocente é possível a salvação do ser humano decaído. A salvação é uma
demonstração, ao mesmo tempo, do amor e da justiça de Deus mediante morte
vicária de Cristo na Cruz do Calvário. A salvação do homem envolve importantes
aspectos.
1. Justificação
Para
Myer Pearlman, “Justificação é um termo judicial, que nos faz lembrar um
tribunal. O homem, culpado e condenado, perante Deus, é absolvido e declarado
justo — isto é, justificado”. [...] “Deus é o juiz, e Cristo é o Advogado; o
pecado é a transgressão da lei; a expiação é a satisfação dessa lei; o
arrependimento é convicção; a aceitação traz perdão ou remissão dos pecados; o
Espírito Santo testifica o perdão; a vida cristã é obediência e sua perfeição é
o cumprimento da lei da justiça”9. Bancroft diz: “Por justificação,
referimo-nos àquele ato de Deus mediante o qual, devido a Cristo, a Quem o
pecador é unido pela fé, Ele declara que esse pecador não mais está sob a
condenação, mas tem uma posição de justiça e retidão perante Ele”. 10
Em termos bíblicos, justificar ou justificação não significa que o
pecador é tornado justo, mas “declarado justo” ou livre da culpa e do
merecimento da punição divina. E isso só é possível por causa dos méritos de
Cristo, do seu sacrifício expiatório em lugar do pecador. Eurico Bergstén bem
traduz o significado da palavra, dizendo: “Justificação é um ato da graça de
Deus, pelo qual ele imputa à pessoa que crê em Jesus a justiça de Cristo e a
declara justa!” 11 Diante disso, o pecador passa a ter uma nova “posição
jurídica” diante de Deus, não é mais condenado. É absolvido, é salvo!
Necessidade da justificação
A
incapacidade de o homem justificar-se por si mesmo diante de Deus
Jó fez uma intrigante pergunta séculos atrás:
“Na verdade sei que assim é; porque como se justificaria o homem para com
Deus?” (Jó 9.2). O carcereiro de Filipos indagou: “[...] Senhores, que é
necessário que eu faça para me salvar?” (At 16.30). Por causa dos seus pecados,
provocando a ira de Deus, nenhum homem teve como justificar-se perante o
Criador, pois, à semelhança do cordeiro, que era oferecido no AT, a vítima
(holocausto) tinha que ser pura. Diz Paulo: “[...] Pois já dantes demonstramos
que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado, como está
escrito: Não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.9,10).
A lei não justificava a ninguém
Paulo
escreveu: “Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da
lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm 3.20). A Lei mostrava a
extensão do pecado e as suas consequências, mas não tinha poder para justificar
o pecador. Como foi visto, no AT, os sacrifícios “cobriam” o pecado, mas não o
tiravam. Paulo acentuou a incapacidade da justificação pela Lei (Gl 2.16;
3.10,11). Havia a necessidade de alguém que tivesse retidão e santidade, tipificada
na pureza do cordeiro imaculado, que pudesse ser interposto em sacrifício pelo
homem, a fim de justificá-lo diante Deus.
A fonte
da justificação
“Pela graça sois salvos [...]” (Ef 2.8). A
graça de Deus é a fonte da justificação do homem (ver Rm 3.21-26). Ela
revela-se no fato de que Deus, através da expiação de Cristo, pagou toda a pena
do pecado. Os pecadores são perdoados, não porque Deus seja benigno para
desculpar os pecados deles, mas, sim, porque existe redenção através do sangue
de Cristo (cf. Rm 3.24; Ef 1.6). O perdão de Deus não se baseia na sua
benignidade, mas sobre a sua mais rigorosa justiça. Ele é fiel e justo para
perdoar-nos os pecados (cf. 1 Jo 1.9).
O meio
da justificação: a fé
“[...]
Por meio da fé[...]” (Rm 5.1; Ef 2.8). Já vimos que a Lei não justifica o
pecador, mas somente a “justiça de Deus” em Cristo pode fazê-lo. O homem é
incapaz de demonstrar a justiça (Ef 2.8,9) por meio de obras. Ele precisa
aceitar a “justiça de Deus” por meio da fé. Diz Myer Pearlman que a fé é “a mão
que recebe o que Deus oferece; é a causa instrumental da justificação” (cf. Rm
3.22; 4.11; 9.30; Fp 3.9; Hb 11.7). 12 Existe um aparente conflito entre a fé e
as obras. O homem pode ser salvo sem as obras? A salvação não vem das obras,
segundo Paulo (Ef 2.8,9); “a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma”,
diz Tiago (Tg 2.17).
No
dizer de Paulo, as obras não salvam, mas as obras justificam a fé, conforme
acentua Tiago, e também aperfeiçoam a fé (Tg 2.22). Diz Pearlman: “as obras são
o resultado da fé, a prova da fé, e a consumação da fé”. 13 Na realidade, Paulo
condena as obras da Lei, que são feitas com o objetivo de obter a salvação; são
obras sem fé; Tiago exalta as obras que são resultado da fé. Paulo refere-se à
salvação no seu início, que depende exclusivamente da fé em Cristo; Tiago
refere-se à fé e às obras de quem já é crente em Jesus (Tg 2.14).
2. Regeneração
Myer Pearlman14 considera a regeneração como uma “experiência subjetiva”
da qual resulta a adoção, que é um “privilégio objetivo”. Segundo esse teólogo,
“a alma, morta em transgressões e ofensas, precisa de uma nova vida, sendo a
mesma concedida por um ato divino de regeneração”. Uma vez nascida de novo, a
pessoa passa a fazer parte da família de Deus.
Natureza da regeneração
A regeneração é de natureza espiritual e
ocorre quando a pessoa crê em Cristo e aceita-o como Salvador, tendo-se
arrependido dos seus pecados. Certo ensinador afirmou com muita propriedade:
Quem não é salvo em Cristo nasce uma vez e morre duas vezes (a morte física e a
espiritual); quem é salvo em Cristo nasce duas vezes (o nascimento físico e o
espiritual), mas só morre uma (a morte física). Nesse último caso, haverá um
grupo de pessoas que, estando vivas por ocasião da vinda de Jesus, nem sequer
passarão pela morte física. Terão nascido duas vezes sem nunca morrer!
Myer Pearlman conceitua regeneração como sendo
“o ato divino que concede ao penitente que crê uma vida nova e mais elevada
através da união pessoal com Cristo”. 15 Eurico Bergstén afirma que a
regeneração, ou o novo nascimento, “significa o ato sobrenatural em que o homem
é gerado por Deus (cf.1 Jo 5.18), para ser filho de Deus (cf. Jo 1.12), e
participante da natureza divina (cf. 2 Pe 1.4).” 16 O Novo Testamento apresenta
a figura do ser criado de novo (cf. 2 Co 5.17) e da renovação (cf. Tt 3.5), só
que a mais comum é a de ‘nascer’ (gr. Gennaõ), ‘gerar’ ou ‘dar à luz’ (cf. Jo
3.3; 1 Pe 1.3).
A necessidade da regeneração Por que a pessoa
precisa nascer de novo? Não bastaria praticar boas obras, ter uma vida reta, um
comportamento reto e pensamentos retos, como prega o budismo? De acordo com a
Bíblia, boas ações e bons pensamentos não salvam o homem, pois são obras
mortas. A regeneração justifica-se pelos seguintes motivos:
a) O homem não pode mudar de reino (ou esfera)
espiritual por si mesmo. O homem, na sua condição natural, pertence ao reino da
natureza. Jesus disse a Nicodemos: “O que é nascido da carne é carne, e o que é
nascido do Espírito é espírito” (Jo 3.6). No pecado, o homem está no “reino da
carne”, que é o “reino das trevas”, alcançado pela deformação moral do seu
caráter. Assim, a “carne” e “o espírito” pertencem a reinos diferentes. “A vida
espiritual não passa de pai para filho pela geração natural; ela procede de
Deus para o homem por meio da geração espiritual”. 17 Como o homem não pode
ascender ao reino espiritual, ao Reino de Deus, Ele veio até o homem para
transladá-lo ao seu Reino superior.
b) O homem está morto espiritualmente. Ele
está morto em delitos e pecados, e só Cristo pode dar-lhe vida pela regeneração
espiritual (Ef 2.1). Jesus disse a Nicodemos: “[...] aquele que não nascer de
novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3).
c) A natureza do homem é perversa, carente de
santidade. Sem santidade, ou santificação, o homem não pode ver a Deus (Hb
12.14). O homem é tendencioso a fazer o mal, e não o bem (Jr 13.23). Para ter
vida espiritual, o homem precisa do nascimento espiritual, assim como para ter
vida natural, precisa do nascimento natural.
3. Santificação
A santificação é um aspecto da salvação que
pode ser visto em dois períodos. Um, imediato, quando da regeneração e da
justificação, e o outro, em processo contínuo. Alguém considera a santificação
como “a salvação em andamento”. No Antigo Testamento, a palavra hebraica que
equivale a santo é qadash, com o sentido de “santo”, “santificado”, derivando
da palavra qodesh, que significa “separação”, tendo o sentido também de
“cortar”, ou “dividir”, “isolar” ou “separar”. No Novo Testamento, é enfatizada
a santificação, mais do que a santidade. Sem santificação ninguém verá a Deus
(Hb 12.14).Os conceitos a seguir dão ideia do valor da santificação, operada no
ser e na vida do crente em Jesus.
a)
Santo. A etimologia da palavra santo mostra-nos que ela vem do latim, sanctu,
que originalmente queria dizer aquele ou aquilo que “era estabelecido segundo a
lei”; passando a ter o significado daquilo ou daquele “que se tornou sagrado”.
A palavra “santo” tem a sua aplicação mais elevada e original em Deus: “Não há
santo como o Senhor” (1 Sm 2.2). Isaías contemplou a santidade de Deus,
exclamando: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6.3).
b) Santidade. Santidade é um estado de
espírito, a qualidade daquele que é santo. A santidade permeia todas as páginas
da Bíblia. É uma das mensagens principais transmitidas por Deus aos seus
filhos, no processo da salvação. Desde o Antigo Testamento, vemos que a Bíblia
ressalta o valor da santidade (Sl 29.2; Sl 93.5). A santidade continua a ser
indispensável no relacionamento entre o obreiro e os seus liderados(1 Ts 3.13).
A
natureza da santificação
A
santificação é um processo espiritual que tem início na conversão e deve
prosseguir por toda a vida do crente até à morte, ou o seu encontro com Cristo
na sua vinda. É o estado vivencial daquele que é santo, que vive em santidade.
A falta de santificação anula os efeitos da regeneração e da justificação (Hb
12.14).
O período da santificação
A santificação é um ato e um processo. Ela
desenvolve-se em dois períodos:
Período
inicial
Ocorre simultaneamente com a regeneração e a
santificação. É um ato divino. Segundo Bancroft: “Essa fase da santificação é
instantânea e tem duplo aspecto: posicional e prático. É simultânea com a nossa
aceitação de Cristo como Salvador e Senhor. Os dois aspectos da santificação que
estão incluídos nesta fase são muito semelhantes, enfim, quase sinônimos com a
justificação e com a regeneração, incluindo a conversão”. 18 No aspecto
posicional, o crente em Jesus já passou “da morte para a vida” (Jo 5.24) e
deixou de ser um perdido e imundo, passando a ser declarado justo e santo
diante de Deus. No aspecto prático, o crente passa a demonstrar que é uma nova
criatura, em torno de quem “as coisas velhas já passaram” e “tudo se fez novo”
(2 Co 5.17).
Fase
progressiva
É
um processo que se desenvolve mediante o poder de Deus e o esforço do crente. O
cristão passa a experimentar uma vida progressiva de santificação (Hb 12.14),
dando testemunho da sua fé, pelas suas obras, ou do que precisam ser
demonstrados de modo prático (Mt 5.16; Ef 2.10). Há crentes que são carnais,
arriscando-se a perder a sua posição diante de Deus (1 Co 3.3). E há os
“santificados em Cristo Jesus, chamados santos” (1 Co 1.2). A santificação
progressiva envolve todas as áreas da vida do cristão: o pensar, em primeiro lugar;
depois, as atitudes, os gestos, as palavras; a vida espiritual, a vida
familiar, a vida profissional, a vida moral, a vida financeira; enfim, ele
torna-se santo “em toda a maneira de viver” (1 Pe 1.15). A sua santidade é
aperfeiçoada “no temor de Deus” (2 Co 7.1).
Fase
final – glorificação
Segundo
Bancroft: “A santificação tem início no começo da salvação do crente, é
coextensiva com sua vida nesta terra, e atingirá o seu clímax e perfeição
quando Cristo voltar”. 19 Essa fase final da santificação é o coroamento de uma
vida consagrada a Deus, em obediência à sua Palavra. Na fase progressiva da
santificação, o cristão avança “para alcançar o alvo” (Fp 3.13,14); na vinda de
Jesus, nos manifestaremos com Ele em glória (Cl 3.4); até o corpo será semelhante
ao de Jesus (Fp 3.21). Nessa fase, que também pode ser chamada de
“glorificação”, como um aspecto da salvação, não haverá mais perigo de o crente
cair, pecar, desviar-se ou se contaminar com as coisas deste mundo. É
necessário, portanto, buscar a santificação, “sem a qual ninguém verá o Senhor”
(Hb 12.14).
Os meios da santificação
a) Da parte de Deus (1 Ts 5.23).
b)
Por meio de Cristo (Ef 5.25,26).
c) Por meio do sangue de Cristo (Hb 9.14;
13.12; 1 Jo 1.7; 1 Pe 1.19; Ap 1.5).
d) Por meio do Espírito Santo (1 Co 6.11; 2 Ts
2.13; Rm 15.16).
e) Por meio da Palavra de Deus (Jo 17.17; 1 Pe
1.23; Jo 15.3; Tg 1.22-25; Hb 4.12)
f)
Da parte do homem (Ap 22.11).
g) Mediante a fé em Cristo (Rm 1.17; 2 Co 5.7;
2 Co 1.24; 1 Jo 5.4; Hb 11.6).
h) Com dedicação total a Deus (Rm 12.1,2).
i) Andando em espírito (Gl 5.16,17).
j) Não deixando o pecado reinar em nosso corpo
(Rm 6.12; 1 Ts 4.3).
k) Mortificando as obras do corpo (Rm 8.13).
l)
Apresentando o corpo em sacrifício vivo e agradável a Deus (Rm 12.1).
m) Glorificando a Deus no corpo (1 Co
6.19,20).
n)
Conservando o corpo irrepreensível para a vinda do Senhor (1 Ts 5.23; Rm 6.19;
1 Ts 4.7).
o) Renunciando ao pecado (Mt 16.24; Rm
6.18,19).
III – PROMESSA E PERSEVERANÇA NA SALVAÇÃO
Essa questão envolve o Decreto de Deus “em
relação às pessoas, como agentes livres”. “Nesse aspecto, há a séculos grandes
discussões teológicas sobre a intervenção de Deus na vontade do homem, segundo
o seu decreto, sobretudo no que tange à salvação. De um lado, há os que creem
firmemente que Deus predestinou algumas pessoas para serem salvas, e outras,
para serem condenadas” 20
O escritor aos Hebreus diz que os israelitas,
todos filhos de Abraão, de Isaque e de Jacó, genuínos membros do povo
escolhido, em grande parte, não puderam entrar na Terra Prometida. Por quê? Por
que não eram escolhidos, eleitos? A Bíblia responde: “Vossos pais me tentaram,
me provaram e viram, por quarenta anos, as minhas obras. Por isso, me indignei
contra esta geração e disse: Estes sempre erram em seu coração e não conheceram
os meus caminhos. Assim, jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso”
(Hb 3.9-11). Eles eram “pais”, “eleitos”, mas não puderam entrar no “repouso”
prometido por Deus por causa do pecado, da rebelião contra Deus. Eles não
perseveraram observando a Lei de Moisés, dada no Monte Sinai.
Diz em seguida o texto bíblico: “Vede, irmãos,
que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do
Deus vivo. Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que
se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado. Porque
nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da
nossa confiança até ao fim” (Hb 3.12-14).
Desses
textos, destacados, podemos verificar que os israelitas já eram eleitos por
Deus, mas não puderam entrar na terra de Canaã. Segundo a doutrina calvinista,
eles teriam se perdido porque eram predestinados para a perdição. Não podemos
ver qualquer vislumbre de fundamento bíblico nesse argumento. Mais ainda, o escritor
aos Hebreus dirige-se aos crentes, dizendo: “vede irmãos” Ele reconhecia que os
seus destinatários eram, de fato, crentes, “irmãos em Cristo”e exorta-os a não
se “apartar do Deus vivo”; logo, eles estavam ligados ao Senhor; ele exorta
ainda que “ninguém se endureça pelo engano do pecado”; essa exortação admite
que eles não eram desviados ou não eleitos; e o último versículo conclui com
uma solene afirmação: “Porque nos tornamos participantes de Cristo, se
retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim”. Aí está um
grave e solene “se”. Isso indubitavelmente indica que o crente não é
participante de Cristo, isto é, salvo, pelo fato de ter sido eleito ou
predestinado, mas obterá a salvação se retiver a sua confiança até o fim. Essa
conclusão é corroborada pela palavra de Cristo quando disse: “o amor de muitos
esfriará, mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 24.12,13).
CONCLUSÃO
O estudo da Soteriologia é muito rico em informações sobre o relacionamento entre Deus e as suas criaturas e entre Cristo e os que são salvos pela sua morte redentora. Ainda que haja controvérsias acerca da salvação do homem, nenhum cristão deve descuidar-se da sua conduta diante de Deus e do mundo. A salvação depende, em primeiro lugar, de Deus, que estende a sua mão ao pecador perdido. Mas, do lado humano, depende do homem, que tem a liberdade de aceitar ou rejeitar o amor e a graça de Deus em seu favor. Quem crê em Jesus e aceita-o é salvo. Quem o rejeita permanece perdido, pois “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23).
3 Myer PEARLMAN. Conhecendo as Doutrinas da
Bíblia, p. 186. 4 Stanley M HORTON, Teologia Sistemática, p. 336-7. 5 W. E
VINE.; Merril F. UNGER; William WHITE Jr., Dicionário Vine, p. 968. 6 W. E
VINE.; Merril F UNGER; William WHITE Jr., Dicionário Vine, p. 967. 7 Eurico
BERGSTÉN, Teologia Sistemática, p. 113-14. 8 W. E VINE.; Merril F. UNGER;
William WHITE Jr., Dicionário Vine, p. 968. 9 Myer PEARLMAN, Conhecendo as
Doutrinas da Bíblia, p. 218-19. 10 E.H BANCROFT, Teologia Elementar, p. 254. 11
Eurico BERGSTÉN, Teologia Sistemática, p. 136. 12 Myer PEARLMAN, Conhecendo as
Doutrinas da Bíblia, p. 239. 13 Ibid., p. 239. 14 Ibid., p. 218. 15 Ibid., p.
240. 16 Eurico BERGSTÉN. Teologia Sistemática, p. 129. 17 Ibid., p. 243. 18
E.H. BANCROFT, Teologia Elementar, p. 261-2. 19 E.H BANCROFT, Teologia
Elementar, p. 263. 20 Elinaldo Renovato de LIMA, Doutrina de Deus, Apostila do
Curso Teológico da Assembleia de Deus em Parnamirim-RN, 42.
AS PROMESSAS DE DEUS – Confie e Viva as
Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu
Elinaldo Renovato
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