TEXTO
ÁUREO
“Se
me amardes, guardareis os meus mandamentos.”
(Jo 14.15)
VERDADE
PRÁTICA
A
aprovação a Cristo exige vitórias espirituais que influenciem
diversas áreas da vida.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Deuteronômio
29.1,9-12; Hebreus 8.6-13
Deuteronômio
29
1 – Estas
são as palavras do concerto que o Senhor tentou a Moisés, na terra de Moabe,
que fez com os filhos de Israel, além do concerto que fez com eles em Horebe.
9 –
Guardai, pois, as palavras deste concerto e cumpri-las para que prospereis em
tudo quanto fizerdes.
10 – Vós
todos estão hoje perante o Senhor, vosso Deus: as cabeças de vossas tribos,
vossos governantes, os vossos oficiais, todo o homem de Israel,
11 – os
vossos meninos, as vossas mulheres e os estrangeiros que estão no meio do teu
arraial; desde o rachador da tua lenha até ao tirador da tua água;
12 – para
que entres no concerto do Senhor, teu Deus, e no seu juramento que o Senhor,
teu Deus, hoje faz contigo.
Hebreus 8
6 – Mas
agora alcançou ele ministério tão mais excelente, quanto é mediador de um
melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas.
7 – Porque,
se aquele primeiro for irrepreensível, nunca se teria procurado lugar para o
segundo.
8 – Porque,
repreendendo-os, eles dizem: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que com a
casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei um novo concerto,
9 – não
segundo o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para
os tirar da terra do Egito; como não aconteceu naquele meu concerto, eu para
eles não atentei, diz o Senhor.
10 – Porque
este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o
Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as
escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo.
11 – E não
ensinará cada um ao seu próximo, nem a cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o
Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior.
12 – Porque
serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas
prevaricações não me lembrei mais.
13 –
Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Agora, o que foi tornado velho e
se envelhece perto está de acabar.
PLANO DE
AULA
1- INTRODUÇÃO
Aproveite o tema desta lição para, junto à classe, conscientizar-se de
que a obediência é fruto de um coração grato e sincero. Ao Senhor, além da
atitude, a motivação por trás da ação é levada muito em conta; o faz da
obediência uma virtude importante.
2-
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A)
Objetivos da Lição:
I)
Apresentar os termos do Concerto de Deus com o seu povo no
Antigo Testamento;
II)
Mostrar que o principio da obediência também está presente
no Novo Concerto;
III)
Refletir sobre as bênçãos provenientes da obediência a
Cristo.
B) Motivação: Tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento, observamos a
obediência como um sinal de fé e amor a Deus, por parte daqueles que são
aliançados com Ele.
C) Sugestão de Método: Desde a Igreja do primeiro século, muitas
questões foram levantadas a respeito do que realmente é preciso para obter
salvação. Por isso, sugerimos que inicie a aula propondo esta reflexão: A graça
nos isenta da obediência? E a desobediência, nos exclui da graça? Conclua esse
momento com a resposta apostólica, lendo Romanos 6.9-15.
3-
CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A salvação é pela graça de Deus, mas ela não anula a
obediência. Na Nova Aliança, a obediência é requerida do salvo. Dessa forma, há
promessas de justiça, paz e alegria no Espírito Santo para quem obedece aos
mandamentos de Cristo. A obediência é uma virtude indispensável ao cristão.
4-
SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que
traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 99, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que
darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS”, localizado depois do
primeiro tópico, ressalta que 0 Pacto do Senhor com o seu povo, assim como as
promessas advindas dele, era condicionado à obediência;
2) O texto “O NOVO CONCERTO”, localizado apósto 0 terceiro tópico,
aprofunda a compreensão de Jesus como cumpridor da promessa divina no AT.
INTRODUÇÃO
A Bíblia apresenta uma relação entre promessa e obediência. Ao longo
das Escrituras, percebemos que a obediência é um princípio divino que não
caducou no Novo Testamento. Ela continua sendo requerida por Nosso Senhor para
vivermos promessas específicas de Deus neste mundo. O Deus que prometeu no
Antigo Testamento é o mesmo que prometeu no Novo e, ao mesmo tempo, exige do
seu povo obediência à sua Palavra. Entretanto, quais são os termos da obediência
no Novo Concerto conforme revelado no Novo Testamento? É o que estudaremos
nesta lição.
Palavra-Chave: Obediência
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
“O
CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS
1) As promessas de Deus neste concerto eram basicamente as mesmas que
foram feitas em Abraão. Deus prometeu que daria aos israelitas a terra de Canaã
depois de libertá-los da escravidão no Egito (Êx 6.3-6;19.4;23.20,23) e que Ele
seria o seu Deus e os adotaria como seu povo (Êx 6.7519.6; ver Dt 5.2 nota).
[…]
2) […] Depois de Deus revelar os dez princípios, e muitas outras leis
do Concerto, os israelitas juraram a uma só voz: 'Todas as palavras que o
Senhor tem falado' (Êx 24.3). Sem essa promessa solene de aceitarem as normas
da Lei de Deus, o Concerto entre eles e o Senhor não teria sido confirmado.
3) Essa resolução de cumprir a Lei de Deus contínua como uma condição prévia do Concerto. Somente pela perseverança na obediência aos mandamentos do Senhor e dos sacrifícios certos por Deus no Concerto é que Israel continueia como a possessão preciosa de Deus e igualmente continueia a receber as suas vitórias” ( Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pág.333).
AMPLIANDO
O CONHECIMENTO
“Aliança. Pacto, Concerto ou
acordo (heb. berit). A palavra correspondente do NT diathêkê, definida como
'disposição' legal de bens pessoais. A aliança é algo que uma das partes ou
obriga uma parte à outra. Embora existam implicações legais associadas à
aliança, o aspecto relacional da aliança é mais bem entendido como uma relação
com as ilegalidades relacionadas. […] Embora o tema da aliança seja menos
difundido no NT, o seu significado cristológico é profundo. O NT destaca o
papel messiânico significativo de Cristo em relação às alianças”. Amplie mais o
seu conhecimento, lendo o Dicionário Bíblico Baker, editado pela CPAD,
pp.32-33.
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
“O NOVO
CONCERTO –
Jeremias profetizou que, num tempo futuro, Deus faria um novo Concerto, um
melhor Concerto, com o seu povo (Jr 31.31-34 notas cf. Hb 8.8-12) […] Jesus é
quem instituiu o Novo Concerto ou o Novo
Testamento (ambas as ideias estão contidas na palavra grega diatheke),
e seu ministério celestial é incomparavelmente superior aos dos sacerdotes
terrenos do AT.
O Novo
Concerto é um acordo, promessa, última vontade e testamento, e uma declaração
do propósito divino em outorgar graça e obter aquilo que se chegam ao Senhor
através da fé obediente. […] Estabelecido o Novo Concerto em Cristo, o Antigo
Concerto se tornou obsoleto (8.13). Não obstante, o Novo Concerto não invalida
a totalidade das Escrituras do Antigo Testamento, mas apenas o pacto mosaico,
pelo que a salvação foi obtida mediante a obediência à Lei e ao seu sistema de
sacrifícios.
O Antigo
Testamento não está abolido; boa parte de sua revelação aponta para Cristo […],
e por ser uma inspirada Palavra de Deus, é útil para ensinar, repreender,
corrigir e instruir na retidão” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995,
pp.1910- 1911).
CONCLUSÃO
Nesta lição,
estudamos o respeito da conformidade como relacionamento com Deus tanto na
perspectiva do Antigo Testamento quanto do Novo. Vimos que, a despeito do Novo
Pacto ter superado o Antigo, o princípio da obediência a Deus e à sua Palavra
permanece o mesmo. Dessa forma, há promessas de justiça, paz e alegria no
Espírito Santo para quem obedece aos mandamentos do Senhor Jesus. São promessas
condicionadas à nossa obediência a Cristo.
| Lição 04: Promessas e Obediência
CPAD Adultos – AS PROMESSAS DE DEUS – Confie e Viva as Bênçãos do
Senhor porque Fiel é o que Prometeu
Comentário: Pastor Elinaldo Renovato
INTRODUÇÃO
Para Deus, a obediência à sua
Palavra e aos seus mandamentos é a condição indispensável para o cumprimento
das suas promessas a pessoas, ao seu povo e à sua Igreja. Desde que Deus criou
o homem à sua imagem conforme a sua semelhança no Éden (Gn 1.26-28), existe a
terrível tendência, no ser criado, à prática da desobediência. Os primeiros
seres humanos, Adão e Eva, tinham ao seu dispor todas as coisas indispensáveis
para viverem felizes e eternamente. Muitas pessoas têm ideias falsas sobre o
trágico acontecimento que envolveu o homem no Paraíso. Há quem afirme que
jamais houve tal fato, querendo insinuar que a narrativa bíblica sobre a Queda
não passa de uma lenda. Lamentavelmente, entre esses incrédulos, estão
incluídos muitos dos que se dizem religiosos.
Entretanto, a Bíblia, a Palavra de Deus, que é
a verdade (Jo 17.17), afirma-nos que a harmonia do Paraíso foi alterada quando
o Diabo, um antigo querubim que se rebelou contra Deus, foi lançado dos céus a
terra e certamente resolveu atacar por vingança a obra-prima da mão de Deus: o
homem. A causa eficiente para a Queda, no entanto, surgiu no meio do próprio
casal. A mulher, Eva, ao invés de ter-se firmado de acordo com a voz de Deus,
resolveu, usando o seu livre-arbítrio, dar ouvidos à voz do Inimigo, pecando
contra o Senhor.
Na sua bondade, Deus deu o direito e a
liberdade de o homem apropriar-se de todos os frutos do Jardim, exceto dos que
produzisse a árvore da ciência do bem e do mal (Gn 2.16,17). O homem, porém,
desprezou a bênção de Deus em cada árvore, em cada fruto e em cada folha e
resolveu dar ouvidos a outra voz. O Diabo enganou a mulher, dando-lhe a
entender que poderia desobedecer a Deus sem sofrer as consequências do pecado.
Eva foi enganada pela sua própria concupiscência (cf. Tg 1.14b). Satanás fez do
“amargo”, “doce”, e do “doce”, “amargo” (cf. Is 5.20). E a mulher compartilhou
o pecado com o seu marido, e ambos caíram, perdendo a “imagem” e “semelhança”
originais do Criador.
A perda da obediência a Deus causou terrível
tragédia não só para o primeiro casal, mas para a natureza e todos os seus
descendentes. Ao pecarem, criaram condições espirituais que comprometeram todos
os habitantes da terra (ver Rm 5.12-14).
Dessa forma, para não continuar sofrendo as
consequências do pecado pela desobediência, só através da obediência
consciente, por amor a Deus e à sua palavra, o ser humano pode ser beneficiado
pelas bênçãos e promessas concedidas pelo Senhor. Neste capítulo, tomamos por
base as promessas de Deus a Israel, que são referência para quem deseja ser
agraciado com o cumprimento do Senhor.
I –
OBEDIÊNCIA NO ANTIGO TESTAMENTO
No
livro de Êxodo, vemos que o povo de Israel fora libertado da escravidão do
Egito. A caminho de Canaã, a Terra Prometida, Deus falou do seu povo de modo
muito solene, acerca de como deveriam comportar-se diante da sua presença. Por
volta do ano 1491 a.C., o Senhor declarou ao povo as suas leis, testemunhos e
juízos e fez[1]lhes
promessas condicionais à sua obediência. Tais bênçãos não são as únicas. Em
outros trechos da Bíblia, vemos Deus prometendo bênçãos de saúde ao seu povo
com a condição de que lhe obedeçam fielmente (Sl 103.3; 105.37; 107.20, dentre
outros).
1.
Promessas de proteção a Israel
Diante da longa jornada, que durou cerca de 40 anos, desde o Egito até
Canaã, os israelitas eram cerca de 3 milhões de pessoas, incluindo idosos,
adultos, jovens e crianças, homens e mulheres. Esse cálculo deve-se ao fato de
a Bíblia dizer que havia 600 mil “homens de pé” (Êx 12.37). Como cada homem
podia ter mais de uma esposa, com as quais teria vários filhos, podemos supor
uma média de cinco filhos por família. Na travessia pelo deserto do Sinai,
precisavam muito de proteção, pois haveriam de encontrar diversos inimigos na
sua jornada (ver Êx 23.20-22).
2. Promessa de bênçãos, saúde e longevidade
Condicionado à obediência e a resguardar
“todos os seus estatutos”, Deus prometeu um verdadeiro plano de saúde divino
para o seu povo.Em circunstâncias tão adversas e em meio a uma longa caminhada,
não havia qualquer tipo de programa de saúde, assistência médica ou hospitalar,
jamais imaginadas por eles. O Senhor, porém, cuidou de tudo (ver Êx 15.26).
Deus apresentou-se como o Jeová Rafá, “O Senhor que Sara”.
O Senhor também prometeu alimento e cuidado com a saúde da mulher (Êx
23.25,26). Imaginemos um povo numeroso, tão grande quanto a população do Egito,
de onde foram libertos, levando água limitada e alimentos que receberam dos
seus vizinhos, em pleno deserto, sem qualquer sistema de conservação alimentar,
mas Deus prometeu abençoar o seu alimento e a sua água em condições
perfeitamente saudáveis.
3. Promessas de múltiplas bênçãos
condicionadas à obediência
Em
Deuteronômio, depois de anunciar a destruição de todos os inimigos de Israel,
Deus disse ao povo: “Guarda, pois, os mandamentos, e os estatutos, e os juízos
que hoje te mando fazer. Será, pois, que, se, ouvindo estes juízos, os
guardardes e fizerdes, o Senhor, teu Deus, te guardará o concerto e a
beneficência que jurou a teus pais; e amar-te-á, e abençoar-te-á, e te fará
multiplicar, e abençoará o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o teu
cereal, e o teu mosto, e o teu azeite, e a criação das tuas vacas, e o rebanho
do teu gado miúdo, na terra que jurou a teus pais dar[1]te. Bendito serás
mais do que todos os povos; nem macho nem fêmea entre ti haverá estéril, nem
entre os teus animais. E o Senhor de ti desviará toda enfermidade; sobre ti não
porá nenhuma das más doenças dos egípcios, que bem sabes; antes, as porá sobre
todos os que te aborrecem” (Dt 7.11-15).
II –
PROMESSAS EXTENSIVAS AOS SERVOS DE DEUS
Há bênçãos específicas de Deus para o povo
israelita que não são vistas em quaisquer povos no mundo em toda a história.
Por exemplo, Deus abençoou de tal forma o povo de Israel que os seus vestidos e
sapatos não se envelheceram durante quarenta anos (Dt 29.5). A maioria das
bênçãos de Deus prometidas a Israel pode ser entendida como extensivas a todos
os que nEle creem em todos os tempos e em todos os lugares, desde que os que
querem ser alvos das suas promessas gloriosas obedeçam à sua voz e aos seus
mandamentos e estatutos, revelados na sua santa Palavra. 1.
Bênçãos no monte Gerizim
Em Deuteronômio 28, lemos que Deus fez
promessas tão grandes ao povo de Israel, jamais ditadas para qualquer outro
povo, mas que são aplicáveis à Igreja, a seus servos, em todos os lugares,
desde que atendam às condições definidas pelo Senhor. Ali, lemos: “E será que,
se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus
mandamentos que eu te ordeno hoje, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas
as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão,
quando ouvires a voz do Senhor, teu Deus” (Dt 28.1,2).
2. Bênçãos na cidade
As cidades são estruturas
urbanas que propiciam muitas melhorias e condições para a vida das populações.
É sabido, porém, que a urbanização sem respeito às condições e direitos humanos
pode ser grandemente prejudicial à qualidade de vida. Ao longo da história,
principalmente nos chamados “países desenvolvidos”. Deus sabia que Israel,
depois que atravessasse o deserto durante 40 anos, haveria de habitar em
cidades que encontrariam na entrada da terra de Canaã, todas elas habitadas
antes deles pelos povos estranhos, todos idólatras e de costumes absurdos, como
os de matar os filhos em oferecimento aos demônios. Por isso, ao ocuparem as
cidades em que haveriam de habitar, Deus prometeu-lhes que, se obedecessem aos
seus mandamentos, seriam galardoados com bênçãos na cidade (Dt 28.3a).
Certamente, essa promessa é cumprida ainda hoje a todos os servos de Deus que
confiam no seu cuidado e proteção em quaisquer partes do mundo.
3. Bênçãos no campo
Ao
longo da história do desenvolvimento humano, na sua ocupação territorial,
sabemos que o campo ou a zona rural sempre enfrentou sérios problemas para
manter as suas populações em condições saudáveis. A falta de estruturas de
emprego, saúde, habitação, condições sanitárias, de segurança, entre outras
coisas, provocaram o chamado “êxodo rural”. Segundo estatísticas oficiais, a
maior parte das pessoas hoje vive nas cidades, nas zonas urbanas,
principalmente nos Estados mais ricos, e há informações de que apenas 20% das
pessoas no Brasil vivem nos campos. Mas Deus, na sua sabedoria, prometeu
bênçãos ao seu povo, mesmo no campo, desde que eles ouvissem a sua voz e
cumprissem a sua Palavra com obediência e santidade (Dt 28.3b).
4. Bênçãos
sobre a procriação humana, animal e sobre a terra
Em Deuteronômio 28.4, vemos cinco bênçãos
prometidas por Deus a seu povo desde que ele ouvisse a voz do Senhor (28.1).
Deus prometeu abençoar o fruto do ventre, ou seja, o nascimento de filhos;
prometeu “o fruto da terra”, ou seja, a produção agrícola de alimentos, de
cereais, de frutos etc.; igualmente, Deus prometeu abençoar a produção de
filhos dos animais, ou da pecuária; e também “a criação das vacas” e “os
rebanhos de suas ovelhas”. Sem dúvida, jamais houve povo no mundo que ouviu de
Deus as promessas dessas ordens, assegurando que todos os produtos da lavoura,
da pecuária e dos seus rebanhos seriam abençoados em todos os seus termos. A
única condição para o cumprimento de tais promessas era o povo obedecer à voz
do Senhor e aos seus mandamentos.
5. Bênçãos
sobre a vida doméstica
Se o
povo de Israel obedecesse a voz de Deus, Ele prometia que, dentro do seu lar,
no ambiente doméstico, a bênção de Deus seria observada pelas suas famílias (Dt
28.5). O cesto era figura da provisão diária ou semanal, obtida como fruto do
seu trabalho, a todos os que criam em Deus. Era no cesto que os pais de família
traziam no lombo dos animais a provisão necessária para a alimentação familiar.
O dicionário bíblico diz que amassadeira era “o recipiente no qual a massa,
depois de misturada e levedada, era deixada a inchar ou fermentar (cf. Êx 8.3;
12.34; Dt 28.5). A massa nos vasos no tempo do Êxodo ainda era sem fermento,
porque o povo foi obrigado a retirar-se às pressas.
6. Bênçãos na entrada e na saída
“Bendito serás ao entrares e bendito serás ao
saíres” (Dt 28.6; Sl 121.8). Parece uma bênção simples, mas, à luz do contexto
bíblico, representa a disposição para entrar em algum prédio ou lugar, com
propósitos aprovados por Deus e ser abençoado; a bênção desse texto completa-se
quando o Senhor promete abençoar o servo seu na entrada ou na saída de qualquer
lugar, na presença dEle. Quantas pessoas já entraram em certos lugares e, de lá
saindo, sentem-se frustradas ou até mesmo ameaçadas por algum tipo de coisa má,
por animais ferozes, por pessoas de má índole ou qualquer agente maligno que
espreita a vida do crente fiel. É preciso vigiar e orar para perceber com o
“dom de discernir os espíritos” (1 Co 12.10c) que existe algum tipo de inimigo,
ameaça ou adversidade. E há pessoas que dão entrada em algum lugar e não saem
com vida, pessoas enfermas vão ao hospital muitas vezes, buscando a cura para
as suas doenças e não são curadas. De fato, em grande parte de reuniões surgem
problemas, obstáculos e até mesmo ação maligna, operando até na área
espiritual. Deus, contudo, promete abençoar “a entrada” e “a saída” de quem
obedece à sua Palavra.
7. Bênção de vitória sobre os inimigos
O povo de Deus, mesmo que não se torne ameaça
para quem quer que seja, pode ver inimigos levantarem-se contra si pelo simples
fato de ser crente, servo de Deus. São inimigos de Deus e inimigos da Igreja
que se levantam com ódio gratuito, procurando causar problemas e lutas contra
os servos do Senhor. Se o povo de Deus guardar os seus mandamentos em sinal de
obediência, é grande a promessa de vitória contra os inimigos (ver Dt 28.7). A
promessa de Deus contra os inimigos dos seus servos é de grande significado. Os
inimigos podem vir contra a Igreja do Senhor “por um caminho”, ou seja, de uma
maneira, entendendo que podem submeter ou derrotar o povo de Deus; porém, a
promessa é de que os inimigos fugirão “por sete caminhos”. Sem dúvidas, essa
expressão “sete caminhos” indica que a vitória do povo de Deus é completa,
perfeita, pois o número 7, na tipologia bíblica, é o número da perfeição, “o
número de Deus”, que fez todas as coisas em seis dias, mas, ao sétimo, “descansou
de suas obras” (Gn 2.1-3).
8. Bênção ordenada por Deus
Se o
povo de Deus fizer a sua vontade e obedecer os seus mandamentos, Ele promete um
tipo de bênção mandada ou ordenada por Ele: “O Senhor mandará que a bênção
esteja contigo nos teus celeiros e em tudo que puseres a tua mão; e te
abençoará na terra que te der o Senhor, teu Deus” (Dt 28.8). A característica
especial dessa bênção múltipla é que ela é mandada, ou ordenada por Deus: “O
Senhor mandará [...] a bênção”. É uma bênção ampla sobre os celeiros, lugares
de armazenamento dos bens, principalmente de cereais; e, o que é bem
importante: “e em tudo que puseres a tua mão”; imaginemos quão grande é essa
“bênção”! E termina com a voz de Deus, dizendo: “[...] e te abençoará na terra
que te der o Senhor, teu Deus”.
9. Bênção para ser povo santo
Na sua
palavra para Israel, Deus prometeu que, se o seu povo cumprisse o que houvera
prometido, de guardar os seus mandamentos e andar nos seus caminhos, ou seja,
de viver em obediência, Ele haveria de confirmar que Israel seria “povo santo”
e que “todos os povos da terra” veriam que o povo hebreu seria chamado pelo seu
nome e teriam temor dele; que o seu povo emprestaria a muitas gentes, mas não
pediria emprestado a ninguém; e prometeu que Israel seria “por cabeça, e não
por cauda”, seria líder entre as nações, e não um povo liderado (Dt 28.9- 13);
além disso, reiterou a promessa de mandar “Bênçãos sobre a procriação humana,
animal e sobre a terra” (28.4).
Em todos os tempos, no relacionamento de Deus
com o seu povo, Ele sempre exigiu santidade e santificação. Santidade é o
estado de quem é santo, separado, consagrado para Deus em todas as áreas da
vida; santificação é o processo pelo qual o homem natural torna[1]se
espiritual e santo (1 Pe 1.15,16). O autor aos Hebreus foi usado por Deus para
exortar sobre o tema da santificação: “Segui a paz com todos e a santificação,
sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
10. Bênçãos na parte financeira
Outra
grande bênção prometida por Deus a Israel foi a de que, abrindo “o seu bom
tesouro, o céu”, abençoaria de tal forma a obra das suas mãos, que aquele povo
abençoado haveria de emprestar recursos “a muitas gentes”, mas não haveria de
tomar empréstimo a nenhum povo” (Dt 28.12). A vida financeira de quem serve a
Deus é alvo das suas grandes bênçãos. Jesus usou exemplos nos seus ensinos
sobre o valor da boa aplicação e do uso dos recursos financeiros (Lc 19.12-26).
O que a Bíblia condena em termos de finanças
é a avareza, que é o “amor ao dinheiro”, que “[...] é a raiz de toda espécie de
males” (1 Tm 6.10). Deus não condena os crentes que são ricos, mas os
opressores, exploradores da mão de obra dos seus empregados (ver Tg 5.4).
Para os seus servos que são honestos e sábios
no uso dos recursos financeiros e também dizimistas fiéis, o Senhor tem
promessas auspiciosas, como as escritas em Malaquias 3.10,11.
11. Bênção
na posição de liderança
Se o povo de Israel estivesse diante de Deus
em obediência aos seus mandamentos, ouvindo a sua voz, Ele prometeu que aquele
povo não seria submisso ou escravizado por nenhum outro povo (Dt 28.13,14). A
fidelidade a Deus no cumprimento da sua Palavra é a causa de grandes e
preciosas bênçãos em todas as áreas da vida. Quando Israel obedecia a Deus, era
vitorioso em todos os seus propósitos e projetos na vida espiritual, moral,
nacional, econômica e financeira; porém, quando desobedecia, colhia amargos
resultados para o seu povo a ponto de ser levado cativo para países estranhos.
III – BÊNÇÃOS GERAIS PARA OS CRENTES FIÉIS
No
tópico 1, vimos diversos tipos de bênçãos prometidas por Deus a Israel e
extensivas aos servos de Deus condicionadas à sua observância e aos mandamentos
do Senhor. As bênçãos de Deus, todavia, não foram, não são e nem serão
exclusivas para os descendentes de Abraão, de Isaque e de Jacó. Em toda a
Bíblia, são inúmeras as bênçãos prometidas para todos os que amam a Deus e
procuram obedecer a sua santa Palavra, especialmente para a Igreja de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo. Algumas dessas inúmeras bênçãos destacamos
neste estudo para nossa reflexão e enriquecimento espiritual. A seguir,
listamos mais algumas bênçãos dos Céus para os crentes fiéis.
1. Bênçãos de segurança
Uma
das maiores necessidades do ser humano é a de ter segurança na vida cotidiana.
O século presente tem como uma das características mais marcantes a falta de
segurança. Pesssoas estão vivendo com medo, com ansiedade e incertezas. Os
consultórios médicos, especialmente os psiquiátricos, estão abarrotados de
pacientes, buscando nos medicamentos meios para obter a paz, a tranquilidade e
a segurança. Mas os que confiam em Deus são galardoados com bênçãos de
segurança, como listamos a seguir.
2. Firmeza
na caminhada da vida
“Mas os
que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias;
correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão” (Is 40.31). “Quando
passares pelas águas, estarei contigo, e, quando pelos rios, eles não te
submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em
ti” (Is 43.2).
3.
Aperfeiçoamento, confirmação e fortaleza
“E o
Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória,
depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará,
fortificará e fortalecerá” (1 Pe 5.10). “[...] no mundo tereis aflições, mas
tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).
4. Segurança no concerto de Deus
“Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é
Deus, o Deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos
que o amam e guardam os seus mandamentos” (Dt 7.9).
IV – O
PERIGO DA DESOBEDIÊNCIA A DEUS
A
obediência a Deus traz grandes bênçãos
para todos os seus servos, que o amam e têm prazer em cumprir os seus
mandamentos, exortações e recomendações constantes da sua santa Palavra. No
entanto, quando as pessoas resolvem desobedecer à vontade do Senhor, são
grandes e terríveis os resultados dessa decisão. Em Deuteronômio 28.15-68,
estão todas as maldições que acometerão todos os que, deliberadamente,
resolverem desobedecer a Deus. Em lugar de bênçãos, haverá castigos e maldições
sobre os que deixarem de fazer a vontade do Senhor.
1. Em lugar
de bênçãos, haverá maldições
Diz o
texto bíblico:
“Será,
porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, para não cuidares
em fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno,
então, sobre ti virão todas estas maldições e te alcançarão: Maldito serás tu
na cidade e maldito serás no campo. Maldito o teu cesto e a tua amassadeira.
Maldito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e a criação das tuas
vacas, e os rebanhos das tuas ovelhas. Maldito serás ao entrares e maldito
serás ao saíres. O Senhor mandará sobre ti a maldição, a turbação e a perdição
em tudo que puseres a tua mão para fazer, até que sejas destruído e até que
repentinamente pereças, por causa da maldade das tuas obras, com que me
deixaste. O Senhor te fará pegar a pestilência, até que te consuma da terra, a
qual passas a possuir” (Dt 28.15-21).
2. Castigos e cativeiro são previstos
Outras terríveis maldições são previstas por
Deus até o fim deste capítulo. “E todas estas maldições virão sobre ti, e te
perseguirão, e te alcançarão, até que sejas destruído; porquanto não haverás
dado ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, para guardar os seus mandamentos e os
seus estatutos, que te tem ordenado. E serão entre ti por sinal e por
maravilha, como também entre a tua semente, para sempre [...]. O Senhor
levantará contra ti uma nação de longe, da extremidade da terra, que voa como a
águia, nação cuja língua não entenderás; nação feroz de rosto, que não atentará
para o rosto do velho, nem se apiedará do moço” (Dt 28.45,46,49,50).
3. Destruição
e dispersão
“E será que, assim como o Senhor se deleitava
em vós, em fazer-vos bem e multiplicar-vos, assim o Senhor se deleitará em
destruir-vos e consumir-vos; e desarraigados sereis da terra, a qual passas a
possuir. E o Senhor vos espalhará entre todos os povos, desde uma extremidade
da terra até à outra extremidade da terra; e ali servirás a outros deuses que
não conheceste, nem tu nem teus pais; servirás à madeira e à pedra” (Dt
28.63,64).
CONCLUSÃO
A palavra de Deus diz o que o profeta Samuel
concluiu: “Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o
obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de
carneiros” (1 Sm 15.22). A desobediência é uma escolha, uma opção, mas as
consequências são inevitáveis. Está escrito: “Não vos enganeis: de Deus não se
zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7, ARA).
Assim, quem semear a obediência a Deus, colherá os gloriosos resultados das
promessas e bênçãos dos Céus. Mas, quem optar pela prática da desobediência,
com certeza, colherá muitas maldições inevitáveis para a sua vida pessoal,
familiar, podendo alcançar outras pessoas.
AS PROMESSAS DE DEUS : Confie
e Viva as Bênções do Senhor porque Fiel é o que Prometeu
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