TEXTO
BÍBLICO BÁSICO
Lucas 24.17-27
17 - E ele lhes disse: Que palavras são essas que, caminhando, trocais
entre vós e por que estais tristes? 18 - E, respondendo um, cujo nome era
Cleopas, disse-lhe: És tu só peregrino em Jerusalém e não sabes as coisas que
nela têm sucedido nestes dias? 19 - E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe
disseram: As que dizem respeito a JESUS, o Nazareno, que foi um profeta
poderoso em obras e palavras diante de DEUS e de todo o povo;
20 - e como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o
entregaram à condenação de morte e o crucificaram.
21 - E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas, agora,
com tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.
22 - É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam,
as quais de madrugada foram ao sepulcro;
23 - e, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham
visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive.
24 - E alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro e acharam ser
assim como as mulheres haviam dito, porém, não o viram.
25 - E ele lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que
os profetas disseram!
26 - Porventura, não convinha que o CRISTO padecesse essas coisas e
entrasse na sua glória?
27 - E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o
que dele se achava em todas as Escrituras.
TEXTO
ÁUREO
Não
cuideis que vim
destruir a lei ou os profetas;
não vim ab-rogar, mas cumprir.
Mateus
5.17
OBJETIVOS - Ao término do
estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
- crer no Antigo Testamento como Palavra de
DEUS;
- compreender as divisões temáticas do Antigo
Testamento;
- entender as diferenças e semelhanças entre
os dois Testamentos.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Prezado professor, é difícil determinar todo o
processo editorial dos livros que compõem o Antigo Testamento, embora haja
casos em que houve uma ordem divina imediata, como se observa no livro do
profeta Jeremias, capítulo 36. O primeiro tomo das Escrituras enfrentou muitas
oposições veementes ao longo da História, no que tange ao seu valor e
autenticidade. Porém, nenhuma das investidas no sentido de destruir o cânon do
Antigo Testamento tem obtido sucesso, pois DEUS o tem preservado. Excelente
aula!
ESBOÇO
DA LIÇÃO
1.
AS CREDENCIAIS DO ANTIGO TESTAMENTO
1.1.
A autoridade do Antigo Testamento
1.2.
A importância do Antigo Testamento
2-
A FORMAÇÃO DO CÂNON VETEROTESTAMENTÁRIO
2.1.
A produção do Antigo Testamento
2.2.
Estrutura, redação e peculiaridades do Antigo Testamento
2.2.1.
Estrutura
2.2.2.
Redação
2.2.3.
Peculiaridades
2.3.
As cinco divisões temáticas do Antigo Testamento
3.
DISTINÇÕES E SEMELHANÇAS ENTRE OS DOIS TESTAMENTOS
3.1.
O AT é uma chave para a interpretação e compreensão do NT
Palavra
introdutória
A Bíblia possui dois Testamentos: o Antigo
(AT) e o Novo (NT). A palavra testamento transmite a ideia da última vontade de
uma pessoa a respeito do destino a ser dado aos seus bens. Algumas pessoas, às
vezes, tratam o AT como uma obra de somenos importância; no entanto, é preciso
considerar que, como o NT ainda não existia, esta era a Bíblia que JESUS lia e
usava, assim como Seus apóstolos e discípulos nos tempos da Igreja primitiva.
Quando JESUS afirma que as Escrituras testemunham a Seu respeito (Jo 5.39), Ele
está se referindo às Escrituras do AT. Paulo também afirma que a Lei e os
Profetas dão testemunho do evangelho da justificação pela fé (Rm 3.21,22).
1.
AS CREDENCIAIS DO ANTIGO TESTAMENTO
Esta parte tão importante das Escrituras
trouxe as primeiras promessas da vinda do Messias e serviu de base na
preparação do NT. Por meio do AT, é possível conhecer a história da salvação. O
AT continua sendo uma fonte de inspiração para que seus leitores mantenham o
foco nas promessas de DEUS. Essas promessas contêm diretrizes claras para o
bem-estar, o equilíbrio e o sucesso nesta vida e na vindoura (Js 1.8).
1.1.
A autoridade do Antigo Testamento
Os relatos inspirados deste tomo não foram
colocados na forma escrita para contar uma história, informar ou entreter,
simplesmente, mas, sobretudo, para oferecer modelos e padrões de conduta (1 Co
10.11). Além do status de Escritura Sagrada, pelo fato de ser, no seu todo,
inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, o AT é uma obra literária das mais
interessantes e valiosas. Seu conteúdo é digno de estudos intensos e
constantes. Posto na sua perspectiva histórica e interpretado corretamente, o
AT constitui-se em fonte primária indispensável para a inspiração e
transformação de vidas, além de lançar luzes em uma fase importantíssima da
História: a formação de Israel como nação e, em especial, a história da
espiritualidade do antigo Oriente Médio. Não há, na literatura secular,
qualquer obra que possa ser comparada ao AT.
1.2.
A importância do Antigo Testamento
A maioria dos ensinos do cristianismo tem sua
base no antigo pacto. Em suas páginas é possível encontrar revelações sobre
amor, bondade, justiça, severidade e juízos de Jeová (Rm 11.22). Em outras
palavras, o caráter de DEUS é revelado de maneira clara e abundante, antes de
tudo, no AT.
- Sua importância alicerça-se sobre os
seguintes motivos: ele apresenta um panorama completo do caráter e dos
propósitos de DEUS, bem como de Sua obra salvadora na História;
- ele possui um rico repositório da
experiência humana universal, não encontrado em qualquer outra literatura; -
ele oferece um corolário de fatos históricos, poemas, provérbios e profecias
que formam a base de ensinos para o entendimento completo da fé cristã;
- nele se enraíza o ensino sobre o amor de
DEUS e Seu plano de redenção da humanidade;
- ele traz em si o poder de transformar o ser
humano — sendo a Palavra de DEUS, o AT tem o poder de inspirar, dirigir e
orientar a pessoa pelo caminho da vida (Dt 30.15,16; Jr 21.8).
2-
A FORMAÇÃO DO CÂNON VETEROTESTAMENTÁRIO
A aceitação oficial do AT como cânon sagrado
ocorreu durante o Concílio de Jâmnia, por volta de 95 d.C. Os termos Bíblia
Hebraica ou Escrituras Hebraicas e Antigo Testamento podem ser usados de forma
intercambiável, como referência aos 39 livros que compõem o cânon protestante
do AT, contendo a Lei, os Profetas e os Escritos (Lc 24.44).
2.1.
A produção do Antigo Testamento
O AT, em sua forma atual, é o resultado de um
processo longo e complexo que incluiu a redação dos manuscritos, bem como a
aceitação de manuscritos selecionados como Escrituras inspiradas por DEUS,
reconhecidas, inicialmente, pelo judaísmo. Uma das traduções mais importantes
do AT é chamada de Septuaginta (também conhecida como Versão dos Setenta,
porque foi produzida por setenta e dois escribas). Trata-se da primeira
tradução do hebraico original para o grego koiné, feita em Alexandria, entre os
séculos 3—1 a.C.
2.2.
Estrutura, redação e peculiaridades do Antigo Testamento
À exceção de algumas passagens em aramaico —
como Esdras 4.8; 6.18; 7.12-26 (67 versos); Daniel 2.4b; 7.28 (200 versos);
Jeremias 10.11 (1 verso) —, os 39 livros da antiga aliança foram escritos em
hebraico.
2.2.1.
Estrutura
O AT é a primeira parte da revelação escrita
de DEUS, que se completa com o NT. Os 39 livros desta parte das Escrituras são
compostos por narrativas sobre a Criação; a entrada e consequências do pecado
na agenda humana e a história de Israel como nação. Seus relatos estão muito
bem fundamentados na tradição judaica, além de oferecer um conteúdo
volumoso de genealogias, figuras e tipos, poesias, provérbios e profecias. Como
visto anteriormente, o AT foi, inicialmente, a Bíblia do judaísmo. Posteriormente,
com a revelação de CRISTO ao mundo e o surgimento do cristianismo, ele se
tornou também a Palavra de DEUS para todos os cristãos.
2.2.2.
Redação
Os fatos contidos nesta primeira parte das Escrituras abrangem um
período de 1.100 anos (entre 1.440—400a.C., aproximadamente). Sua mensagem foi
registrada por homens de diversos períodos, profissões e classes sociais. Estes
escreveram sob revelação direta e exclusiva do ESPÍRITO SANTO. Os
cinco primeiros livros bíblicos — a Torá ou Pentateuco — foram escritos quase
inteiramente por Moisés. O restante do AT hebraico é composto pelos Profetas
(Neviym) e pelos Escritos (Kethuvym). O grupo de escritores do AT conta, além
de Moisés, com Josué, Samuel, Davi, Salomão, Esdras, os profetas chamados
maiores (Isaías, Jeremias, Daniel e Ezequiel) e os doze profetas chamados
menores (de Oseias a Malaquias).
2.2.3.
Peculiaridades
A palavra testamento (gr. diathéke) vem da LXX
(Septuaginta) e pode significar “pacto” ou “concerto”. Este rolo (com 39
livros), utilizado por protestantes, é exatamente igual à Tanakh, a Bíblia
Hebraica utilizada pelos judeus. A diferença reside apenas na forma como os
livros estão organizados. Os livros do AT são assim designados em função da sua
estreita associação com a história do antigo concerto. Em Jeremias 31.31, foi
profetizado um novo pacto, que iria substituir aquele que DEUS fizera com
Israel no deserto (Êx 24.7,8).
SUBSÍDIO 2.2.3
As Escrituras Hebraicas, utilizadas na tradição
judaica, receberam o nome de Tanakh. Esse termo é utilizado dentro do judaísmo
para dar nome, na forma de acrônimo, às principais divisões do Antigo
Testamento, a saber: Torá (a Lei de Moisés); Neviym (os Profetas); e Kethuvym
(os Escritos).
2.3.
As cinco divisões temáticas do Antigo Testamento
-
Pentateuco (de Gênesis a
Deuteronômio) — são os cinco primeiros livros da Bíblia; eles contêm o início
da história humana e os registros do surgimento de Israel como nação.
Os registros no livro de Gênesis faziam parte
das tradições de fé de Israel. As histórias em Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio pertencem ao período de Moisés. Talvez uma parte significativa
dessas histórias tenha permanecido como tradição oral de Israel, ao serem
transmitidas verbalmente de uma geração a outra, durante três ou mais séculos
antes de serem registradas na forma escrita. Eles surgiram a partir da Lei
revelada por DEUS a Moisés e ensinada pelos profetas aos israelitas.
-
Livros Históricos (de
Josué a Ester) — como o nome indica, eles apresentam a história do povo de
Israel como nação: inicia com o fim da caminhada de 40 anos pelo deserto da
Arábia, travessia do Jordão e conquista da Terra Prometida; passa pelo período
dos Juízes de Israel, os reinos unidos e divididos da monarquia judaica; e
termina com a ida e retorno de Judá para o cativeiro.
-
Livros Poéticos (de
Jó a Cantares de Salomão) — esses cinco livros correspondem à terceira seção do
AT e trazem a história da revelação de DEUS ao homem de forma poética; são
também chamados de livros de sabedoria ou sapienciais.
-
Profetas Maiores (de
Isaías a Daniel) — esses cinco livros foram escritos por quatro profetas:
Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel.
-
Profetas Menores (de
Oseias a Malaquias) — Também chamados de Livros dos Doze. Foram escritos entre
os séculos 8—4 a.C. Os profetas menores exerceram seus ministérios nos períodos
chamados pré e pós exilio babilônico.
SUBSÍDIO 2.3
Os profetas maiores e menores são classificados
desta forma não por conta da importância de seus autores, mas, sim, de acordo
com o tamanho da obra literária produzida por cada profeta.
3.
DISTINÇÕES E SEMELHANÇAS ENTRE OS DOIS TESTAMENTOS
A igreja cristã reconhece o AT como o texto
que registra os estágios iniciais e as promessas do processo contínuo de
revelação divina e de resposta humana, que teve seu cumprimento em CRISTO. O NT
é o registro inspirado do cumprimento dessas promessas e seu estágio final. O
segundo Testamento, sem o primeiro, torna-se incompreensível. O AT começou a
ser escrito, aproximadamente, no ano 1600 a.C e foi concluído no ano 400 a.C. O
NT começou a ser escrito no ano 50 d.C e foi concluído no ano 99 da mesma era,
aproximadamente.
3.1. O AT é uma chave para a
interpretação e compreensão do NT
A despeito de não poderem ser considerados em
separado, por conta da interdependência havida entre ambos, há diferenças — e
semelhanças — muito claras entre os dois Testamentos. Observe:
- O AT apresenta assuntos que são tratados com
especial atenção no NT, tais como: a criação do universo e a queda do homem em
pecado; as promessas ao povo judeu e aos povos gentios; o pacto da graça e o
prenúncio da chegada do Redentor; além de conter muitos elementos que servem
para ilustrar passagens neotestamentárias (Jo 3.14,15; Rm 4.9-13; Hb 13.10-13).
- Algumas doutrinas fundamentais, como a
natureza e o caráter de DEUS, têm origem no AT e são desenvolvidas mais
amplamente no NT.
- No AT, o foco é colocado, com exclusividade,
sobre o povo judeu; no NT, o evangelho é apresentado de forma universal,
incluindo os povos gentílicos.
- O AT enfatiza a Lei de Moisés, recebida no
monte Sinai; o NT enfatiza a graça de JESUS, ensinada no Sermão da Montanha
pelo próprio CRISTO, mas também destacada pelos apóstolos e demais escritores.
- A dispensação do AT era a ministração da
morte; a do NT, a ministração da vida (2 Co 3.7).
- No AT, os profetas clamavam em voz alta para
mostrar ao povo os seus pecados. No NT, o clamor em alta voz procura mostrar ao
povo o Salvador crucificado e ressurreto.
- O AT tinha a graça escrita na Lei; o NT tem
a graça e verdade em CRISTO.
CONCLUSÃO
O cristão que não tem interesse pelo estudo do
Antigo Testamento ficará à margem do plano maior de DEUS e dificilmente
caminhará com JESUS pela estrada de Emaús, ocasião em que o Mestre da Galileia
revelou o que constava sobre Ele em toda a Escritura, começando por Moisés,
passando pelos profetas (Lc 24.27).
ATIVIDADE
PARA FIXAÇÃO
1.
Quais são as cinco divisões temáticas do Antigo Testamento?
R.: Pentateuco; Livros Históricos; Livros
Poéticos; Profetas Maiores e Profetas Menores.
LPD Nº
70 Central Gospel,
Lição 09: Panorama Do Antigo Testamento
Tema, Pilares da Teologia Prática, as contingências e
desafios do ministério pastoral e diaconal
Pr. Gilmar Vieira Chaves
A necessidade do Antigo para o Novo
De
acordo com Samuel Schultz: “Na literatura mundial, o lugar que ocupa o Antigo
Testamento é único”. O mesmo autor, ainda continua: “Milhões de pessoas voltam
às suas páginas para rastejar os princípios do judaísmo, cristianismo, ou o
Islã”. O AT também representa para os acadêmicos uma inesgotável fonte, não
somente literária, mas arqueológica, histórica, geográfica, linguística,
repleta de cultura e curiosidades. Não temos como mencionar o Novo Testamento
sem citar o Antigo Testamento. Seria pura incoerência hermenêutica e exegética
da nossa parte, uma vez que na existência do Novo, pela coisa básica e lógica
de que algo Velho propriamente dito, já existia/existiu em determinado período
de tempo.
Os
escritos do AT, pavimentaram uma estrada que nos leva até o ponto central, o
ápice do NT, isto é, a pessoa santa de Jesus Cristo.
A lei
encerrou a todos debaixo do pecado. Jesus cumpriu toda a lei. O texto áureo da
lição descrito na revista, apresenta a lei, não como um empecilho para o
Mestre, ou algo sem importância, mas o mesmo Cristo cumprindo-a.
Um fato
interessante que podemos encontrar em todos os Evangelhos, é que Jesus
confrontava os escribas e fariseus, homens da elite religiosa da sua época,
homens hipócritas, que demonstravam ser alguém, no entanto, sua prática de vida
revelava o contrário. Em Mateus 23.3, Jesus diz algo pertinente sobre tais
homens para a multidão e para seus discípulos: “Observai, pois, e praticai tudo
o que vos disserem”. Mas, como pode ser isso? Esses homens não eram fingidos? A
resposta é sim. O texto continua “...mas não procedais em conformidade com as
suas obras, porque dizem e não praticam”. O que esses doutores e intérpretes da
lei ensinavam? As Escrituras. Contudo, eles mesmos não obedeciam ou criam
naquilo que transmitiam ao povo. Eles falavam da lei com orgulho, seus ensinos
eram baseados na Palavra de Deus. Sendo assim, o problema não estava na lei,
mas em quem as ensinava.
No AT,
vemos encontramos Deus se apresentando como o SENHOR dos Exércitos, que
aceitava sacrifícios como forma de obediência, como o libertador e conservador
de Israel, protegendo-os dos ataques das nações inimigas ou castigando-os
quando desobedeciam. Algo que não faz parte da narrativa da Nova Aliança, onde
Deus enviou o seu próprio Filho, para tornar-se o sacrifício perfeito por nós.
Na constituição de Israel como povo, Deus usou a vida de três grandes homens, a
saber, Abraão, Isaque e Jacó. Isso é de uma grandeza espetacular. Três
patriarcas, um povo, uma lei. A lei e os profetas, tinham por objetivo
guiá-los.
Os
atributos de Deus podem ser observados mais claramente nas páginas do AT. É
possível observar, como o apóstolo Paulo ressalta a importância do AT em suas
cartas ou epístolas. Quando nas instruções ao jovem pastor Timóteo, o apóstolo
escreve: “Porque diz a Escritura: Não atarás a boca ao boi que debulha”. A
parte a, deste texto, é uma citação direta de Deuteronômio 25.4. A parte b, por
sua vez, é uma referência ao Evangelho de Lucas 10.7, que completa: “Pois digno
é o obreiro do seu salário”. Observe a beleza de como um texto complementa o
outro. O ensino do Antigo Testamento é ratificado no Novo. Tanto Deuteronômio
quanto Lucas são chamados de Escrituras. Um detalhe relevante é que o médico
Lucas era contemporâneo de Paulo, inclusive, Lucas esteve presente em muitas
viagens com Paulo na divulgação do Evangelho de Cristo. Boa parte do relato
dessas missões é encontrada em Atos do Apóstolos.
Portanto, o AT não revela apenas o que Deus
fez no passado, mas também o que Ele está fazendo agora e fará no futuro e por
toda Eternidade. Schultz afirma que a história do AT esta intrinsecamente
ligada ao nascimento do povo judeu.
Romanos 3.2 “Muita, em toda maneira, porque,
primeiramente, as palavras de Deus lhes foram confiadas”. Que cada um de nós,
apaixonados pelas Escrituras Sagradas, possamos dar o devido valor ao Antigo
Testamento dentro do nosso estudo, não apenas como um livro de informações, mas
como Palavra de Deus inspirada e cheia de poder. Jesus citou o AT cerca de 40
vezes nos Evangelhos.
SCHULTZ, Samuel
J.; A História de Israel no Antigo Testamento
Quando e como a bíblia foi escrita?
Antes
de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação
pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens
falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo (2 Pe 1.20-22). A
Bíblia traz a mensagem da revelação divina: a Sagrada Escritura não é outra
coisa a não ser Deus que se dá a conhecer a você! Contudo, ela não foi
comunicada toda de uma vez. Ela não “caiu do céu”, nem apareceu como obra
mágica nas mãos de uma pessoa. Quer saber quando e como a Bíblia foi escrita?
Os
textos bíblicos foram escritos por homens que, inspirados pelo Espírito Santo,
registraram por escrito os acontecimentos, palavras, profecias da revelação
divina, cujo ápice se dá em Jesus Cristo. Isto não aconteceu de um momento para
o outro.
A
verdade é que a Bíblia como a conhecemos hoje passou por um processo longo e
complexo de composição. Seus livros foram escritos em épocas diferentes, por
pessoas diferentes, em contextos também diversos. Desse modo, é importante
afirmar que a sua formação aconteceu aos poucos, durante um longo período de
aproximadamente novecentos anos (isso apenas considerando a tradição escrita).
Em primeiríssimo lugar, coisas aconteceram.
Como assim? Simples… houve, em algum momento e lugar específicos, um
acontecimento, um evento, que marcou a história de um grupo de pessoas. Estes
eventos eram marcados pela ação de Deus que se revelava, se mostrava
gradativamente ao ser humano. Sim, nem sempre se conheceu Deus como se conhece
hoje; antigamente, inclusive, se acreditava que havia vários deuses! Para que
chegássemos a conhecê-lo como o conhecemos hoje, Ele precisou se dar a
conhecer. E isso aconteceu através de eventos, como, por exemplo, a revelação
de Deus a Moisés através da sarça ardente ou da libertação do povo de Israel da
escravidão dos egípcios.
Depois,
tais acontecimentos foram contados de geração em geração. Assim, os filhos das
testemunhas oculares do evento ficaram sabendo o que aconteceu, mesmo sem ter
estado lá; e depois, da mesma maneira, os filhos de seus filhos e por aí vai.
Deste modo, a partir da narração destes eventos, se criaram valores. É o que
chamamos de tradição oral.
Mais
tarde (e estamos falando de séculos mais tarde), esses eventos que tinham sido
contados fielmente por várias gerações, foram escritos. E esses escritos é o
que conhecemos como tradição escrita.
Em
determinado momento, os escritos são organizados e passam a ser usados de
diversas maneiras, como o culto nas assembleias ou na educação dos filhos,
adquirindo um valor particular. Os textos são difundidos através da elaboração
de cópias.
Isto
aconteceu tanto em relação ao Antigo Testamento quanto ao Novo, em que os
eventos giram ao redor da pessoa de Jesus Cristo e os seus principais relatores
são os apóstolos, que contaram as experiências que tiveram com Jesus às novas
gerações de cristãos. O processo de desenvolvimento de um texto bíblico pode
ser resumido nestes 9 passos:
1. O fato em si ocorre;
2. Relatos a respeito do fato são transmitidos
oralmente;
3. Os relatos são escritos;
4. Os escritos se agrupam em um só texto;
5. O texto vai tendo importância no uso
legislativo, litúrgico e educativo da comunidade;
6. O texto se copia e se propaga; TESOURO 3
fabricaebd.org
7. Inicia-se o trabalho científico: as cópias
existentes e dispersas em várias localidades se agrupam e se comparam;
8. Com essas comparações, escreve-se o texto
que poderia ser o original (recensão);
9. Traduz-se esse texto para as línguas
vernáculas.
Como
fica em evidência, o texto bíblico não foi estabelecido de um momento para o
outro. Antes, passou por um longo e complexo processo de composição. Isso,
muito além de nos maravilhar a nível de literatura (o que em si, só isso, já
seria surpreendente!), deve servir para contemplarmos o imenso amor de Deus por
nós!
A
Sagrada Escritura e tudo o que precisou ser feito para que tivéssemos acesso a
ela é grande uma prova do amor de Deus por nós! Como assim? É! Veja tudo o que
Deus fez para que a mensagem da revelação chegasse até você: Deus quis que
conhecêssemos o seu amor através dos textos bíblicos, e para isso fez tudo o
que fez a esse respeito. Por isso, deve nos inundar uma profunda gratidão
sempre que nos deparamos com a Sagrada Escritura, que nos traz verdadeiramente
a presença do próprio Cristo.
Equipe de Comshalom.org. Quando e como a
Bíblia foi escrita.
Fonte: fabricaebd/ADVEC
A Aliança de DEUS
conosco por Intermédio de CRISTO é
Indestrutível e Eterna
“Não
violarei a minha aliança nem modificarei as promessas dos meus lábios”.
Sl.89.34
DEUS
onipotente, Criador, o Alfa e o ômega, firmou uma aliança eterna conosco! Tudo
de que precisamos – redenção, força, saúde, prosperidade – foi previsto,
providenciado e garantido nessa aliança PODEROSA E INDESTRUTÍVEL.
Para
entender com clareza esse pacto, você precisa compreender plenamente o tipo de
aliança que DEUS fez conosco e o que significa firmar uma aliança.
A
palavra hebraica para aliança é extraída da raiz brith, que significa “ligar”.
O termo usado junto a essa palavra no contexto da aliança é karath, que quer
dizer “cortar”. Refere-se ao corte cerimonial dos animais do sacrifício, que
faz parte do ritual da aliança. Isso na verdade apontava para o sacrifício de
sangue – a expiação no Antigo Testamento – que selava a Aliança.
A
palavra grega para “aliança” significa “um contrato”, “um testamento”. No novo
Testamento, a mesma palavra usada para “aliança” é usada para “testamento”.
Colocando de maneira bem simples, a nossa aliança com DEUS é o “TÍTULO DE
PROPRIEDADE” de nossa herança. É um contrato, um acordo com implicação legal
entre DEUS e nós. Várias formas de “cortar uma aliança” eram praticadas na
antiguidade. E, em algumas partes do mundo, ainda são observadas. Embora essas
várias maneiras de estabelecer uma aliança sejam formas corrompidas do conceito
original de Deus, elas nos permitem uma compreensão mais profunda da extensão
da aliança que Ele fez conosco.
As
alianças entre DEUS e o homem contêm basicamente os seguintes elementos:
Uma
declaração dos termos e das promessas do acordo;
Um
juramento, de cada parte, de que os termos do acordo serão observados;
Uma
maldição sobre a parte que romper o acordo;
O
“selo” da aliança por algum ato externo, como o sacrifício de sangue – o seu
derramamento sobre as partes envolvidas ou uma refeição sacrifical.
Você
deve conhecer os seus direitos relativos à aliança, para que possa
posicionar-se e enfrentar o inimigo com autoridade e poder.
DEUS
falou por meio de Isaías: “‘Embora os montes sejam sacudidos e as colinas sejam
removidas, ainda assim a minha fidelidade para com você não será abalada, nem
será removida a minha aliança de paz’, diz o Senhor, que tem compaixão de
você”. Is.54.10.
https://andrekerigma.wordpress.com/estudos/a-alianca-de-deus-conosco-por-intermedio-de-cristo-e-indestrutivel-e-eterna/
Bibliografia:
A Bíblia Explicada, S.E.Mcnair;
Conhecendo
as Doutrinas Bíblicas, Myer Pearlman;
Bíblia
de Estudo Pentecostal, Apostila FAETEL módulo VI
PFEIFFER
.Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe.
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