sábado, 11 de fevereiro de 2023

CPAD | Lição 08: O Avivamento Espiritual no Mundo

 


 

TEXTO ÁUREO

“E mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar.” (Ez 47.5)

VERDADE PRÁTICA

Somente por intermédio do movimento do Espírito Santo, o mundo pode experimentar o verdadeiro avivamento espiritual

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Ezequiel 37.7-10; 47.1-5,9

Ezequiel 37
7- Então, profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso.
8- E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne,e estendeu-sua pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito.
9- E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor Jeová: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam.
10- E profetizei coma ele me deu ordem; então, o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército grande em extrema.

Ezequiel 47
1 – Depois disso, me fez voltar à entrada da casa, e eis que saíam umas águas
de debaixo do umbral da casa, para o oriente; porque a face da casa olhava para o oriente, e as águas vinham de baixo, desde a banda direita da casa, da banda do sul do altar.
2- E ele me tirou pelo caminho da porta do norte e me fez dar uma volta pelo caminho de fora, até a porta exterior, pelo caminho que olha para o oriente; e eis que corriam umas águas desde a banda direita.
3- Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos.
4- E mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; e mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos.
5- E mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar.
9 – E será que toda criatura vivente que vier por onde quer que entrarem esses dois ribeiros viverá, e haverá muitíssimo peixe; porque lá chegando essas águas e sararão, e viverá tudo por onde quer que entrar esse ribeiro.

1- INTRODUÇÃO
Nesta lição partiremos da imagem do vale de ossos secos no capítulo 37 e da imagem das águas no capítulo 47 do Livro de Ezequiel. Embora haja um contexto específico para a nação de Israel, essas duas imagens po­dem ser aplicadas como paradigma do que Deus deseja fazer com o seu povo: trazer vida onde não há mais vida; manifestar o fogo santo onde há frieza espiritual; avivar o que já está morto. Veremos que Deus fez isso muitas vezes em sua Igreja ao longo da história. Portanto, Ele pode fazer de novo.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Explicar
o avivamento no tempo de Ezequiel;
II) Identificar os grandes avivamentos no mundo;
III) Mostrar que os avivamentos mudam o rumo da história.
B) Motivação: É preciso cultivar uma boa expectativa da parte de Deus. O Espírito de Deus não age por força nem por violência (Zc 4.6). Entretanto, é preciso reconhecer que Deus ainda tem levantado talentos na sua obra, o Espírito tem soprado em pessoas que amam ao Senhor e zelam pela proclamação do Evangelho. É vontade de Deus que o seu povo seja avivado.
C) Sugestão de Método: Queremos sugerir que você faça uma pesquisa a respeito dos grandes avivamentos espirituais no mundo. Separe imagens, referências importantes de vultos da História da Igreja no período entre os séculos XVIII e início do século XX. Use como fonte livros consagrados de História da Igreja ou sites especializados em História da Igreja. Selecione esse material para usar na exposição do segundo tópico em que um breve relato dos principais avivamentos é destacado.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Mostre aos alunos que a imagem que aparece no livro de Ezequiel pode representar uma vida espiritual seca, mas que, ao mesmo tempo, pode receber o sopro do Espírito Santo. A vida de oração pode reavivar. A vida de meditação na Palavra pode reavivar. A vida de evangelização e a de discipulado podem reavivar. A vida de adoração a Deus pode reavivar. A vida ministerial pode reacender. O Espírito Santo quer avivar a sua classe!
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A)
Revista Ensinador Cristão . Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio a Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparac;ao de sua aula:
1) Para auxiliar na introdução e no desenvolvimento do segundo tópico, o texto “Avivamento muda atitudes, pensamentos e propósitos” mostra o quanto que Avivamento tem a ver com mudanças densas em nosso interior;
2) Para aprofundar o terceiro tópico, o texto “O que é preciso para permanecer avivado?” traz uma reflexão a respeito da perseverança de uma vida avivada na presença de Deus.

INTRODUÇÃO

O que Deus fez no tempo de Ezequiel ainda pode fazer atualmente. Ele produziu avivamentos em várias partes do mundo, notadamente, nos séculos XVIII e XIX. No século XX também contemplamos um grande avivamento por intermédio do Movimento Pentecostal. Cremos que, antes da vinda de Jesus para arrebatar a sua Igreja, Deus pode despertar um grande avivamento mundial. Nesta lição, a partir de Ezequiel 37 e 47, estudaremos os avivamentos espirituais que ocorreram no mundo.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

AVIVAMENTO MUDA ATITUDES, PENSAMENTOS E PROPÓSITOS
“Não, não precisamos reconstituir os acontecimentos do início do século. Tampouco necessitamos copiar com exatidão o que está relatado no livro de Atos. Charles G. Finney diz que, passada a primeira onda de avivamento, as pessoas começam a desobstruir os canais que Deus usa, para que o fluxo do Espírito possa correr livremente. Quando Deus envia o reavivamento em resposta ao arrependimento e fé, ele usa novos canais. Por toda a História, nenhum avivamento tem sido exatamente a réplica de outro.

Nosso clamor por avivamento deve ser constante. Finney disse que, em qualquer tempo, significa arrepender-se primeiro. Lembremos que a palavra ‘arrependimento’, em Atos 3.19, é metanoesate, no grego, que, é a segunda pessoa do plural do aoristo imperativo do verbo que significa basicamente ‘mudança de mente’.

Não uma transformação superficial, mas uma profunda mudança de atitudes, pensamentos e propósitos.” (HORTON, Stanley M. Avivamento Pentecostal: As Origens e o futuro do maior movimento espiritual dos tempos modernos. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.79).

AUXILIO VIDA CRISTÃ

O QUE É PRECISO PARA PERMANECER AVIVADO?
“[…] Depois de lermos cuidadosamente as biografias de alguns dos maiores vultos da Igreja de Cristo, concluímos que nunca se pode atribuir o êxito de qualquer deles unicamente aos seus próprios talentos e força de vontade. Certamente um biógrafo que não crer no valor da oração, nem conhece o poder do Espírito Santo que opera nos corações, não mencionaria a oração como sendo o verdadeiro mistério da grandeza dos heróis da fé. Lemos, por exemplo, dois livros, bem escritos, sobre a vida de Adoniram Judson. Quando estávamos quase a concluir que houvesse alguns verdadeiros heróis da Igreja, realmente grandes em si mesmos, encontramos outra biografia dele, escrita por um de seus filhos, Eduardo Judson. Nessa preciosa obra descobre-se que esse talentoso missionário passava diariamente horas a fio, de noite e de madrugada, em íntima comunhão com Deus, em oração. Qual foi, então, o mistério do incrível êxito dos heróis da Fé da Igreja de Cristo? Esse mistério foi a profunda comunhão com Deus que esses homens observaram” (BOYER, Orlando. Heróis da Fé: Vinte homens extraordinários que incendiaram o mundo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.iv).

CONCLUSÃO

Deus deseja operar nas igrejas no mundo. Promover um poderoso avivamento espiritual que sacuda as estruturas eclesiásticas e denominacionais. Entretanto, é preciso buscar o batismo no Espírito Santo com perseverante fervor. Que haja sinais, milagres, prodígios e maravilhas em nome de Jesus! Que o Santo Espírito sopre o aviva­mento espiritual e que o uso abundante dos dons espirituais seja real e abundante em nossos cultos!

CPAD – AVIVA A TUA OBRA – O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus

| Lição 08: O Avivamento Espiritual no Mundo

 

 


A

 Bíblia Sagrada é a mensagem de Deus para o mundo. Como Ele é um Deus planejador, onipotente, onipresente e onisciente, sábio, imenso, tudo no sentido absoluto, Ele não fez nem faz as coisas de qualquer jeito. Ele tem programas, planos, objetivos, metas e estratégias, além de normas e regras ou leis que devem ser obedecidas. Ele poderia ter transmitido a mensagem bíblica a outro povo, mas escolheu revelar a sua vontade para o ser humano, começando pelo povo de Israel.

  O Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia, relatam muitos fatos sobre a revelação divina para a humanidade. Segundo o entendimento dos estudiosos, o escritor do Gênesis não é informado, mas o restante do Pentateuco foi escrito por Moisés. De início, Deus escolheu Abraão, o patriarca que se tornou o pai da nação israelita, e fez-lhe promessas maravilhosas de que nele seriam "benditas todas as famílias da terra" (Gn 12.1-3). Assim, podemos ver que a mensagem do Pentateuco tem um sentido muito mais abrangente do que se pode pensar.

  Já podemos ver nos primeiros livros da Bíblia o olhar de Deus para o mundo. Os Dez Mandamentos foram, na origem, voltados para Israel, mas não foram só para aquele povo. Foram uma condensação de normas de caráter espiritual e moral para todos os homens. Os mandamentos podem ser traduzidos como a base legal e moral de Deus para toda a humanidade. Em todos os livros do Antigo Testamento e muito mais nos livros do Novo Testamento, vemos o plano de Deus para a vivência do homem na terra, bem como o seu plano para a redenção do homem caído no Éden. Jesus foi quem melhor entendeu e traduziu o propósito da Lei de Moisés no seu sentido abrangente, dirigida a todos os homens. Ele disse:

  Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido. (Mt 5.17,18)

  A Lei mandava amar o próximo (Lv 19.18b), mas os religiosos acrescentavam: "Odiarás o teu inimigo". Jesus trouxe uma nova ética para a prática do amor. Ensinando sobre esse tema, Jesus disse: "Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo" (Mt 5.43). "O próximo" eram só os judeus, as suas famílias, as suas autoridades. O "inimigo" eram os outros, os gentios. O amor na visão de Cristo não é algo apenas romântico, quimérico, fantasioso. É um sentimento que demanda sólido fundamento nos princípios cristãos. Só podem praticar o verdadeiro amor aqueles que são dominados pelo poder de Deus e na direção e unção do Espírito Santo. De outra forma, torna-se impossível amar como Cristo requer. Dando seguimento ao ensino, em contraposição ao que preceituava a Lei, Jesus doutrinou:

  Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos. (Mt 5.44,45)

  Essa visão eleva o sentido do amor, sendo um verdadeiro teste para o cristão em todos os tempos. Cristo não admite o ódio a ninguém, nem mesmo um mínimo desafeto a um inimigo. Se Deus ama a todos (Jo 3.16), devemos fazê-lo também para sermos os seus filhos. Isso prova que os princípios espirituais e morais do Decálogo encontram-se com as leis do Reino de Cristo, expostas no sermão do monte. Os antigos cumpriam os mandamentos e estatutos em Israel de modo formal e frio. Alguém deveria ser punido se matasse, mas não havia condenação para quem odiasse. Jesus, contudo, deu aos mandamentos um sentido muito mais elevado, aprofundando e ampliando o seu entendimento, tornando- os instrumentos da justiça e do amor de Deus.

  Sem dúvida alguma, desde o Antigo Testamento até ao Novo e até hoje, podemos perceber a grande mensagem de Deus para o ser humano em toda a história. Essa grande mensagem traz a revelação de Deus para que o homem seja salvo e possa ser feliz aqui e muito mais na eternidade. Toda a mensagem da Bíblia é, ao mesmo tempo, mensagem de mandamentos divinos para o homem cumprir para ser salvo e mensagem de alegria e felicidade para os que amam a Deus e cumprem a sua vontade. É, todavia, também uma mensagem de juízo sobre os que não se submetem à sua vontade. No Salmo 9, está escrito: "Os impios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus" (SI 9.17).

   Para os salvos que amam a Deus e aceitam a Cristo como o seu Salvador, a mensagem da Bíblia é uma mensagem de alegria, de gozo e de avivamento espiritual profundo que parte do interior do ser:

  E, no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isso disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado. (Jo 7.37-39)

  Os que creem em Jesus são cheios do Espírito Santo e desfrutam de uma vida plena de avivamento.

Através da mensagem do evangelho por todo o mundo e a toda criatura, os povos da terra podem experimentar a presença de Deus nas suas vidas, no seu ser, sendo revestidos de poder e ser cheios do Espírito Santo. A promessa do batismo no Espírito Santo trazida por Jesus não foi só para Israel, que a rejeitou de forma deprimente para o seu próprio prejuízo espiritual; foi para eles e para os confins da terra. Jesus proclamou na despedida dos discípulos: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra" (At 1.8). A partir de Jerusalém, a mensagem poderosa do evangelho de Cristo espalhou-se por Israel e ultrapassou as suas fronteiras, chegando à Europa e a todos os continentes.

   Neste capítulo, veremos como a mensagem de Deus produziu episódios de avivamento em várias partes do mundo, notadamente nos séculos XVIII e XIX e também nos últimos séculos, mesmo em proporção menor. Cremos que, antes da vinda de Jesus para buscar a sua Igreja, poderá haver ainda um grande avivamento mundial, com a globalização do evangelho na unção do Espírito Santo de Deus.

  I-O AVIVAMENTO NO TEMPO DE EZEQUIEL

  Nenhum avivamento espiritual começa sem razão alguma, sem uma causa relevante, sem motivos que lhe deem origem de forma sobrenatural. O avivamento espiritual é como uma faísca, que dá início a um fogo ou a um incêndio, em alguém, em algum lugar. Já vimos que uma das condições para haver um avivamento é haver uma situação de fraqueza, de falta de ânimo, de letargia, nos corações de um povo ou de uma igreja. Às vezes, há situações em que se pode comparar a um "vale de ossos secos" (Ez 37.1-5). O profeta Ezequiel relatou uma situação tão difícil em que se encontrava a casa de Israel que demandava uma intervenção de Deus no meio do seu povo para restaurar a sua vida espiritual.

 1. Deus Promete Restaurar Israel

  O livro de Ezequiel mostra o contexto histórico em que se encontrava o seu povo no exílio babilônico por causa da sua desobediência e afastamento de Deus. Eles foram levados cativos em três etapas. Na primeira etapa, em 605 a.C., foram levados para a Babilônia alguns jovens, dentre os quais Daniel e os seus três companheiros. A segunda etapa ocorreu em 597 a.C., quando cerca de 10 mil cativos foram levados para a Babilônia, no meio dos quais estava o profeta Ezequiel. A terceira etapa teve lugar quando, em 586 a.C., as tropas de Nabucodonosor destruíram completamente o Templo e a cidade e o restante do povo foi levado para a Babilônia. Ezequiel e Daniel foram levados cativos quando ainda eram adolescentes.

 A apostasia de Judá e Jerusalém

 Nos seus capítulos, Ezequiel registrou a deplorável situação espiritual de Israel. Depois de ter várias visões de Deus, ele foi chamado como "atalaia sobre a casa de Israel" (Ez 3.17) e foi designado para alertar ao povo o que Deus já anotara sobre os seus pecados e maldades, bem como os juízos que haveriam de vir. Ele profetizou contra "os montes de Israel":

  E dirás: Montes de Israel, ouvi a palavra do Senhor Jeová: Assim diz o Senhor Jeová aos montes, aos outeiros, aos ribeiros e aos vales: Eis que eu, sim, eu mesmo, trarei a espada sobre vós e destruirei os vossos altos. E serão assolados os vossos altares, e quebradas as vossas imagens do sol; e derribarei os vossos traspassados, diante dos vossos ídolos. E porei os cadáveres dos filhos de Israel diante dos seus ídolos e espalharei os vossos ossos em redor dos vossos altares. (6.3-5)

  A apostasia em Jerusalém era terrível. Os filhos desprezavam os seus pais, cometiam perversidades, havia terríveis pecados sexuais, inclusive com a prática do incesto; havia propinas no meio do povo; os sacerdotes eram carnais, não fazendo separação entre o santo e o profano; os profetas profetizavam mentiras; praticavam violência contra os pobres e necessitados (ver capítulo 22).

  O juízo de Deus sobre Jerusalém

  Foram muitas as profecias de Ezequiel contendo o teor dos juízos de Deus sobre Israel e Judá (8.1; 9.4). Apenas extraímos alguns textos face o espaço deste estudo. No capítulo 9 do seu livro, Ezequiel anotou terrível juízo do Senhor contra Jerusalém:

   E aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais. Matai velhos, e jovens, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa. E disse-lhes: Contaminai a casa, e enchei os átrios de mortos, e saí. E saíram e feriram na cidade (9.5-7).

  Em outros capítulos, há registros dos grandes castigos de Deus sobre a impiedade do povo de Jerusalém (33.25-29).

  A restauração de Israel

  Diante de tão grande calamidade espiritual, o Senhor teve misericórdia do seu povo e poupou-o da destruição total, resolvendo, assim, restaurar a nação eleita não por respeito a eles, mas pelo seu próprio nome:

  Mas eu os poupei por amor do meu santo nome, que a casa de Israel profanou entre as nações para onde foi. Dize, portanto, à casa de Israel: Assim diz o Senhor Jeová: Não é por vosso respeito que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanaste entre as nações para onde vós fostes. E eu santificarei o meu grande nome, que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no meio delas; e as nações saberão que eu sou o Senhor, diz o Senhor Jeová, quando eu for santificado aos seus olhos. E vos tomarei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. (Ez 36.21-24)

  A decisão de restaurar Israel foi unilateral da parte de Deus. A nação na sua apostasia desonrara o nome do Senhor, profanando-o entre as nações para onde fora levada em cativeiro. Uma nação desobediente assim jamais poderia restaurar-se a si própria. Por isso, o Senhor, que é grande em misericórdia e extremamente benigno e perdoador, resolveu agir, visando a restauração do povo que Ele escolheu para ser um povo eleito, que deveria ter sido o seu representante na face da terra. No entanto, Israel não zelou por essa escolha divina. Deus, porém, tomou a decisão de promover a restauração nacional de Israel, trazendo-lhe de volta de entre as nações e implantando-o na sua terra.

  Avivamento na restauração de Deus

  Quando Deus decide abençoar alguém ou a um povo, os seus designios ultrapassam toda imaginação. O profeta Ezequiel recebeu de Deus o que seria o processo divino para a restauração do seu povo. Ele ouviu diretamente de Deus promessas tão gloriosas e jamais imaginadas:

  E a terra assolada se lavrará, em vez de estar assolada aos olhos de todos os que passam. E dirão: Esta terra assolada ficou como jardim do Éden; e as cidades solitárias, e assoladas, e destruídas estão fortalecidas e habitadas. Então, saberão as nações que ficarem de resto em redor de vós que eu, o Senhor, tenho reedificado as cidades destruídas e plantado o que estava devastado; eu, o Senhor, o disse e o farei. Assim diz o Senhor Jeová: Ainda por isso me pedirá a casa de Israel, que lho faça:

 multiplicar-lhes-ei os homens, como a um rebanho. Como o rebanho santificado, como o rebanho de Jerusalém nas suas solenidades, assim as cidades desertas se encherão de famílias; e saberão que eu sou o Senhor. (36.34-38-grifo acrescido)

  Veja o quanto Deus amou o seu povo, que estava praticamente destruído tanto espiritual quanto moralmente. A terra assolada passou a ser lavrada, produzindo o alimento necessário para o seu povo. Ficou "como o jardim do Éden", coisa jamais imaginada pelos habitantes de Israel, principalmente os de Judá. As cidades que ficaram solitárias, assoladas e destruídas ficaram fortalecidas e cheias de habitantes. E Deus prometeu e cumpriu tempos depois que os multiplicaria como um rebanho, que seria como "o rebanho de Jerusalém em suas solenidades", e as suas cidades não ficariam mais desertas, mas seriam cheias de famílias, confessando que Deus é o Senhor. Glória a Deus por isso!

  2. Um Vale de Ossos Secos

  O profeta Ezequiel foi um grande porta-voz da restauração de Deus ao povo de Israel. Ele teve várias visões e revelações de Deus acerca da queda e da restauração espiritual e nacional de Israel. Na mesma época da revelação anterior, Ele teve uma visão muito estranha. Deus fez com que o profeta visse um vale cheio de esqueletos, de ossos secos, "sequíssimos"! E o próprio Deus indagou-lhe se aqueles ossos totalmente ressequidos ainda poderiam viver. O profeta respondeu: "Senhor Jeová, tu o sabes" (37.1-3). Para a surpresa do profeta, Deus mandou-lhe profetizar para os ossos secos, dizendo:

  [...] Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. E porei nervos sobre vós, e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o Senhor. (37.4-6)

  Após aquela profecia aparentemente sem sentido, por dirigir-se a uma quantidade enorme de ossos secos, um milagre aconteceu. Enquanto Ezequiel profetizava, obedecendo a Deus, "houve um ruído", seguido de "um reboliço", e, para espanto do profeta, cada osso que estava solto e isolado no vale juntou-se misteriosamente ao osso correspondente no esqueleto, e os ossos foram cobertos de nervos. O vale que estivera cheio de ossos sequíssimos tornou-se um vale de cadáveres, de corpos sem vida, pois "não havia neles o espírito". Diante dessa situação, Deus disse para Ezequiel profetizar não mais aos ossos secos, mas ao "espírito", para que assoprasse sobre os corpos mortos, e estes tivessem vida. Assim, em cumprimento à ordem de Deus, pela profecia, "o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército grande em extremo" (37.7-10).

  Podemos dizer com toda a segurança que ali, naquela visão, foi manifestada a chegada de um grandioso avivamento espiritual sobre o povo de Israel. Essa é uma mensagem de esperança nos dias em que vivemos. Há igrejas - e não são poucas que podem - ser comparadas a um "vale de ossos secos". Outras podem ser comparadas a corpos com carne e nervos, mas são "cadáveres" espirituais. Não têm vida, não têm poder, nem unção. Não passam de "instituições religiosas sem fins lucrativos". Falta o poder do Espírito Santo. Assim aconteceu com muitas igrejas na Europa.

  Muitas eram grandiosas, possuíam muitos membros, mas foram-se acomodando em si mesmas e deixaram de buscar a presença de Deus com o passar dos anos. Grandes templos foram vendidos por falta de fiéis e foram transformados em grandes restaurantes, bares, casas de shows e alguns até em mesquitas muçulmanas.

  A mensagem de Ezequiel sobre a restauração dos ossos secos e dos corpos sem vida lembram que Deus pode dar vida a quem está morto. Cremos que Deus, e só Ele, pode reavivar comunidades evangélicas que estão mortas há muito tempo. Vemos igrejas na Europa, nos Estados Unidos e até no Brasil que deixaram de lado a Bíblia, a inspirada, infalível e inerrante Palavra de Deus, e passaram a guiar-se pelo "evangelho politicamente correto", pelas teologias liberais ou contemporâneas que aceitam o pecado, a iniquidade e a depravação moral como se fossem comportamentos normais e até "aprovados por Deus". Para essas igrejas, com os seus pastores, bispos ou apóstolos, a homossexualidade é aceitável e até desejável; deve ser aceita porque "Deus é amor" e "não exclui ninguém". Para essas igrejas "inclusivas", o que está escrito em Levítico 18.22 e 20.13 e em 1 Coríntios 6.10 não tem mais valor algum para os dias de hoje. São mensagens "ultrapassadas", retrógradas e escritas "para um povo tribal", como disse certo deputado num congresso de homossexuais, com total apoio do governo de esquerda de então.

  Nessas igrejas - se é que ainda podem ser chamadas assim —, o crime cruel e covarde do aborto deve ser compreendido como "direito reprodutivo da mulher"; esquecem-se de que a Palavra de Deus diz "não matarás o inocente" (Ex 23.7); aceitam a famigerada e satânica "ideologia de gênero", que ensina que "ninguém nasce homem ou mulher", sob o argumento de que é necessário acolher a todos com amor e compreensão. Sim, devemos acolher com amor, mas sem desprezar a Lei de Deus, que considera essa falsa ideologia a maior afronta contra o Criador, que criou o ser humano "macho e fêmea", à sua imagem, conforme à sua semelhança (Gn 1.27,28).

  Contudo, apesar de essas igrejas ou grupos religiosos estarem nessa condição espiritual lastimável, à luz da Palavra de Deus, é possível serem restauradas com um grande avivamento da parte de Deus, desde que parem de jogar a Bíblia de lado e voltem ao Livro Sagrado, que o Senhor Deus preparou para mostrar ao homem a sua santa e soberana vontade. Os "ossos secos" do liberalismo evangélico podem ser restaurados, e os "cadáveres" espirituais podem ser ressuscitados pelo poder do Espírito Santo, desde que aceitem o sopro de Deus nas suas estruturas eclesiásticas mortas pela doença do pecado e da corrupção espiritual e moral.

  3. O Rio das Águas Purificadoras

  "Um lugar santo para os sacerdotes"

Nas suas visões espirituais, Ezequiel recebeu novas revelações da parte de Deus. O profeta teve mensagens escatológicas sobre povos que, no fim dos tempos, formarão uma confederação que se levantará com o objetivo de destruir Israel, mas que os seus povos serão totalmente derrotados e exterminados pelo poder de Deus (38-39). Em seguida, Ezequiel viu a restauração do Templo que estava destruído. O Senhor mostrou a restauração das suas estruturas físicas (40-44). Logo depois, ele viu a destinação de um "lugar santo da terra", destinado aos "sacerdotes", ministros (45.4,5).

  Essas águas podem significar "o rio da graça de Deus". Em quatro etapas:

  a) Numa primeira etapa, em que o profeta sentiu que as águas purificadoras chegavam apenas aos seus tornozelos (47.3), podemos dizer que se trata do crente que não se aprofunda no relacionamento com Deus. Ele está firmado sobre os seus pés, sobre a sua vontade, os seus conceitos e as suas percepções humanas da vida. Pode-se aplicar a igrejas que se deixam levar por uma liturgia humanista, que não busca aprofundamento no estudo da Palavra de Deus. Nessas igrejas, a maioria dos crentes não lê a Bíblia e muito menos estudam-na. Limitam-se a ouvir a "leitura oficial" ou "devocional" no culto e a ouvir mensagens bonitas, agradáveis e superficiais.

  b) Numa segunda etapa, em que as águas davam pelos joelhos do profeta (47.4a), podemos entender que se trata do crente que já tem mais comunhão com Deus, mas ainda não está bem firmado nos seus pés em termos espirituais e continua dominado pelos sentimentos humanos e carnais. Está ainda andando com os pés no chão da vida humana. Em relação a igrejas, pode ser entendido o caso das que já passaram por uma evolução na busca do conhecimento da Palavra de Deus, mas que ainda dão lugar às pregações liberais, que visam agradar aos homens, e não a Deus.

  c) Numa terceira etapa, o profeta sentia as águas cobrirem-lhe os lombos, ou o seu peito (47.4 b). Trata-se do crente que ainda tem os pés na terra, mas já se sente mais envolvido pelo rio da graça de Deus, estando mais Página 181 p/a 336cima, pa a+coisas espirituais. Asua comunhão com o Senhor já evoluiu bastante, e ele pode sentir mais a presença de Deus. Há igrejas que conseguem avançar no relacionamento com Deus, levando as pessoas a orar, a ler a Bíblia, sendo, portanto, uma situação bem melhor que as anteriores.

 d) Numa quarta etapa, Ezequiel diz que o homem "[...] mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar" (47.5). Nessa etapa, o profeta sentiu que os seus pés não mais tocavam ao chão do rio; pois as águas eram profundas e que, para atravessar o ribeiro, precisava nadar. É o nível desejável de maturidade cristã. O crente deixa de ser carnal ou natural e passa a ser "homem espiritual", que "discerne bem tudo" (1 Co 2.15,15). Ele alcança um nível espiritual em que pode dizer como Paulo: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim" (GI 2.20). Em se tratando de igrejas, trata-se da situação desejável em que a liderança dá exemplo em buscar a presença de Deus e leva os crentes a terem maturidade espiritual, não se deixando levar pelas falsas teologias liberalistas dos tempos presentes.

 Os efeitos das águas purificadoras

  Na sua visão sublime, Ezequiel foi levado de volta à margem do ribeiro das águas purificadoras e observou que, às margens do rio, havia muitas árvores de uma e de outra banda. O ser celestial que o levou disse que iriam para o mar e sarariam as águas; e haveria "muitíssimo peixe", e as águas tinham a propriedade de sarar e dar vida a tudo por onde o ribeiro passasse. E o ser que conduzia o profeta concluiu a sua missão falando sobre os efeitos produtivos e proveitosos daquelas águas:

  E junto do ribeiro, à sua margem, de uma e de outra banda, subirá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua folha, nem perecerá o seu fruto; nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio. (47.12)

  Essas águas lembram o que diz o Salmo 1 sobre a comparação que o salmista faz sobre a natureza do homem justo: "Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará" (SI 1.3).

  Ezequiel vê na sua visão um rio vivificador que sai do templo.   À medida que o rio avança, vai aumentando em profundidade e largura (vv. 2-5), levando vida e progresso por onde passa (vv. 9-12). O rio deságua no mar Morto e lhe dá vida em lugar de morte (vv. 8,9). O propósito do rio é comunicar vida abundante, da parte de Deus, à terra e aos seus habitantes (v. 12; cf. Zc 14.8). (1) Esse rio é semelhante ao rio que fluía no jardim do Éden (Gn 2.8-10), e ao rio da vida, da nova Jerusalém (Ap 22.1,2), que flui do trono de Deus. (2) Esse rio também é semelhante ao que Jesus mencionou: "Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre" (Jo 7.38). Essa "água viva" é o Espírito Santo e as bênçãos de vida que Ele veio trazer. 17

  II - OS GRANDES AVIVAMENTOS NO MUNDO

  A História da Igreja registra diversos avivamentos espirituais em todo o mundo com características pentecostais. Tanto na Europa como nos Estados Unidos, grupos de cristãos passaram a ansiar por uma mudança de caráter espiritual no seio das igrejas, ora em face da decadência doutrinária e comportamental que avassalava, ora pelo intenso desejo de ver o poder de Deus operando de modo marcante e maravilhoso ante o formalismo e o liberalismo religiosos. Características comuns verificavam-se nessa busca:

1. Um intenso desejo de buscar a presença de Deus;

2. Fervor na evangelização;

Retorno aos princípios bíblicos que norteiam a igreja cristã; 4. A busca dos dons espirituais, incluindo os dons de curar e de operação de maravilhas;

5. A busca do batismo no Espírito Santo, com evidência inicial de línguas estranhas;

6. A preocupação com a santidade em face da iminente vinda do Senhor Jesus.

  Além da experiência da descida do Espírito Santo em Jerusalém, conforme o capítulo 2 de Atos, a história registra a ocorrência do derramamento do do Espírito em vários lugares, às vezes simultaneamente. É o que disse Jesus: "O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito" (Jo 3.8). Dentre esses movimentos, em suma, destacamos alguns que foram marcantes na História da Igreja:

1.  Na Europa

 Avivamentos preparatórios

  Deus começou a levantar homens cheios do Espírito Santo para usá-los com poder para buscar o avivamento espiritual, tão necessário para o mundo e para as igrejas que estavam numa verdadeira letargia espiritual.

 a) Na Inglaterra. John e Charles Wesley, entre 1703 e 1791, com grande fervor missionário, busca do poder de Deus e unção do Espírito Santo; no avivamento com George Whitefield, entre 1714 e 1770; "somente com o surgimento desses três grandes líderes", o clima espiritual de muitas igrejas passou por uma mudança real em busca do avivamento. 18

  Os irmãos Wesley foram notáveis exemplos de vida em comunhão com Deus. John Wesley não se conformou com o estilo de vida da Igreja Anglicana, formalista e sem poder, e pôs-se a pregar o retorno à vida esposada no Novo Testamento. Reuniu jovens na faculdade chamados de "O Clube Santo". Dedicavam-se a uma vida de devoção e santificação. Não eram bem-vistos pelos demais crentes. Wesley andava 90 quilômetros a cavalo para levar a mensagem de Cristo. Viajou à Irlanda 42 vezes, e 22 vezes à Escócia para pregar o evangelho. A sua pregação era bíblica e conservadora por excelência. Falava sobre santidade, boas relações familiares, aversão aos vícios e ao desregramento. Aos 37 anos, depois de ter estudado nos Estados Unidos, voltou à Inglaterra e tornou-se pregador fervoroso. Pregava às 5 horas da madrugada aos trabalhadores que iam para as fábricas; George Whitefield, amigo dos Wesleys, também foi pregador cheio do Espírito Santo. A História da Igreja não afirma que eles falavam em línguas, mas, sim, Avivamentos preparatórios

  Deus começou a levantar homens cheios do Espírito Santo para usá-los com poder para buscar o avivamento espiritual, tão necessário para o mundo e para as igrejas que estavam numa verdadeira letargia espiritual.

 a) Na Inglaterra. John e Charles Wesley, entre 1703 e 1791, com grande fervor missionário, busca do poder de Deus e unção do Espírito Santo; no avivamento com George Whitefield, entre 1714 e 1770; "somente com o surgimento desses três grandes líderes", o clima espiritual de muitas igrejas passou por uma mudança real em busca do avivamento. 18

  Os irmãos Wesley foram notáveis exemplos de vida em comunhão com Deus. John Wesley não se conformou com o estilo de vida da Igreja Anglicana, formalista e sem poder, e pôs-se a pregar o retorno à vida esposada no Novo Testamento. Reuniu jovens na faculdade chamados de "O Clube Santo". Dedicavam-se a uma vida de devoção e santificação. Não eram bem-vistos pelos demais crentes. Wesley andava 90 quilômetros a cavalo para levar a mensagem de Cristo. Viajou à Irlanda 42 vezes, e 22 vezes à Escócia para pregar o evangelho. A sua pregação era bíblica e conservadora por excelência. Falava sobre santidade, boas relações familiares, aversão aos vícios e ao desregramento.  Aos 37 anos, depois de ter estudado nos Estados Unidos, voltou à Inglaterra e tornou-se pregador fervoroso. Pregava às 5 horas da madrugada aos trabalhadores que iam para as fábricas; George Whitefield, amigo dos Wesleys, também foi pregador cheio do Espírito Santo. A História da Igreja não afirma que eles falavam em línguas, mas, sim, que eram grandemente avivados e contribuíram para uma busca maior do poder de Deus numa sociedade que se dizia cristã, mas que vivia de modo frio, letárgico e sem unção.

b) Na Alemanha. Por volta de 1720, o Conde Zinzendorf liderou os morávios num verdadeiro fervor missionário que se espalhou pelo continente e chegou à América. A sua ênfase na "religião do coração" levou os fiéis a desde atitudes infantis até a um grande despertamento na busca do poder de Deus, principalmente voltado para as missões transculturais.

 c) No País de Gales. Em 1891, Evan Roberts, um adolescente de 13 anos, sentiu a necessidade de um avivamento na sua vida e na sua terra. Ele reuniu os seus colegas e falou-lhes da visão que Deus havia-lhe dado num domingo, dia 30 de outubro de 1904. Mostrou- lhes que o Senhor queria enviar um avivamento, mas que todos precisavam abandonar tudo o que era pecado, confessando-os diante de todos. Foi tão grande o impacto daquela visão de Deus que começou a espalhar-se pela cidade, pelo país e alcançou muitos países do mundo.

  Em todos esses movimentos, pode-se dizer que Deus estava preparando o ambiente das missões no mundo para o grande avivamento pentecostal que se concretizou no início do século XX e continua até hoje fazendo a diferença entre o formalismo religioso e denominacional e o movimento do Espírito Santo, que começou no Dia de Pentecostes em Jerusalém e nunca mais parou. De uma forma ou de outra, o Senhor sempre levantou homens e mulheres para cumprir os seus desígnios e propósitos.

2.  Nos Estados Unidos

  Movimento de Vida Profunda (1792-1875)

  Nos Estados Unidos, os ventos do avivamento tiveram grande impacto no século XIX. Charles Grandison Finney foi usado por Deus para um grande despertamento (1792-1875). Teve grande influência de G. Campbell Morgan, do Movimento de Vida Profunda, que pregava um viver pleno da presença de Deus contra uma vida morna que dominava muitas igrejas evangélicas. Charles Finney "também aliou-se a esse movimento, e revela em sua autobiografia sua experiência do poder do Espírito Santo, que incluía o falar em línguas". 19 Esse avivamento não chegou a ser o que depois se chamaria  Movimento Pentecostal.

  Na Nova Inglaterra, o avivamento pentecostal começou em 1854. Em 1890, o pastor "Daniel Awrey recebeu o batismo com o Espírito Santo, em sua plenitude pentecostal" em Delaware, Ohio (Hulburt, p. 222). Na cidade de Morehead, o poder caiu em 1892.

  Movimento de Fé Apostólica

  No ano de 1900, Charles Fox Parham, obreiro leigo, pregador itinerante e cheio de amor pelo Reino de Deus, resolveu fundar o que foi chamado de "Movimento de Fé Apostólica". Parham sentia- se incomodado com a frieza espiritual das igrejas estabelecidas e fundou o movimento "com o objetivo de restaurar a fé da igreja primitiva" 20 Com o propósito de preparar obreiros leigos para evangelizar, fundou o Instituto Bíblico Bethel College na cidade de Topeka, no Kansas, EUA.

  No fim daquele ano, os alunos do Instituto começaram a estudar sobre o batismo no Espírito Santo com base em Atos 2. Entre os alunos, estava a Sra. Agnes Ozman, natural de Albany, Wisconsin, que frequentava com os seus irmãos uma igreja Metodista Episcopal, e mais duas amigas que frequentavam aquele instituto. Naqueles estudos sobre o batismo no Espírito Santo, Agnes sentiu- se inclinada a buscar uma experiência mais profunda com Deus. Ela testemunhou que, "na escola de Parham, na passagem do ano de 1900, ela e mais outras pessoas ficaram orando juntas, quando falou três palavras em outras linguas. A isto ela declarou: 'Foi uma experiência sobrenatural", que ela guardou no seu coração talvez para esperar uma confirmação de Deus.

a) O batismo de Agnes Ozman. Na noite do dia 1 de janeiro de 1901, ela perguntou a Parham se este podia impor as mãos sobre ela, como Paulo fizera sobre os discípulos em Éfeso, a fim de receber o batismo no Espírito Santo. Parham concordou e orou por ela. Ela declarou com alegria: "Falei em línguas, conforme Atos 2.1 e 19.6, de modo semelhante quando o apóstolo Paulo impôs as mãos sobre os discípulos em Éfeso, e o relato bíblico, acontecido no cenáculo em Jerusalém, quando foram vistas 'línguas como que de fogo'."21

 O Avivamento de Galena (1901)

  De Topeka, Kansas, Charles Parham 22 ficou conhecido pelo seu fervor na busca pelo poder de Deus. Parham foi convidado para pregar na cidade de Galena após a cura milagrosa de uma senhora de nome Mary Arthur. Ali ele pregou durante vários meses, e muitos se converteram a Cristo. Alugou um salão para duas mil pessoas sentadas e criou a "Banda da Fé Apostólica", formada por jovens entusiastas que viajavam tocando, desfilando pelas ruas, fazendo evangelização de casa em casa e cultos ao ar-livre.

Em 1901, em Houston, Texas, o pastor negro, filho de escravos da Louisiana, "W. J. Seymour, pertencente a um grupo 'santidade' (holiness), foi atraído pelo Movimento da Fé Apostólica, iniciado por Parham, no Instituto Bíblico de Topeka, Kansas. Ali, foi batizado com o Espírito Santo", com línguas estranhas. Esse ano de 1901 é considerado o ano inicial do Movimento Pentecostal Moderno.

 O avivamento na Bonnie Brae Street

  Em 1906, Seymour transferiu-se para a Califórnia. Ali começou a pregar a mensagem pentecostal numa residência de uma família na Bonnie Brae Street. Não demorou muito e, por causa do seu sermão, foi expulso da igreja pela pastora. Como residia na mesma rua, convidou pessoas interessadas para reunir-se na sua casa, na Bonnie Brae Street no 216, que hoje é um memorial ao Movimento Pentecostal, mantido por uma fundação que resgatou a história do movimento. Tornou-se um ponto turístico para quem deseja pesquisar as origens do pentecostalismo nos EUA. Num domingo, 9 de abril de 1906, Seymour e outros irmãos foram batizados no Espírito Santo, com a evidência inicial do falar em línguas estranhas.

 O avivamento na Rua Azusa, 312

  As reuniões na Bonnie Brae Street atraíram tantas pessoas que o prédio não comportava mais os que para lá se dirigiam na busca de um avivamento para as suas vidas. Procurando um novo prédio, Seymour descobriu um salão retangular onde havia funcionado uma igreja metodista, mas estava abandonado. Ficava na rua Azusa, 312, em Los Angeles, Califórnia. O local, mais amplo, tornou-se mais adequado para as reuniões. Ali, Seymour fundou a The Apostolic Faith Gospel Mission (Missão Evangélica da Fé Apóstólica).

As pregações de Seymour não eram eloquentes. Eram de uma simplicidade bem peculiar, mas a unção do Espírito Santo era tão grande nas reuniões que pessoas eram curadas, outras batizadas no Espírito Santo com tanto poder que caíam prostradas sem que ninguém tocasse nelas. Pessoas de outras denominações corriam ao local para conhecer o "novo movimento" evangélico. Dentre essas, foi recebido o pastor batista de nome William H. Durham, que depois teve papel importante no pentecostalismo brasileiro.23

  Na Rua Azusa, começou o que os historiadores chamam de "Avivamento Pentecostal no século 20" (Conde, p. 21). O movimento espiritual ali causou grande impacto sobre a população: "Em 18 de abril de 1906, o Los Angeles Times noticiou acerca de um novo e estranho reavivamento que estava sacudindo a cidade". O título da matéria era "Estranha Babel de Línguas". O artigo dizia:

   Reuniões estão sendo efetuadas numa cabana da Rua Azusa, perto da rua São Pedro. Os devotos da estranha doutrina praticam os ritos mais fanáticos, pregam as mais loucas teologias e esforçam-se até à excitação em seu zelo peculiar. Negros e um minguado número de brancos perturbam a vizinhança devido aos uivos dos adoradores. Eles passam horas balançando o corpo para a frente e para trás, numa atitude nervosa de orações e súplicas. Eles afirmam que possuem o dom de línguas, e dizem ser capazes de compreender semelhante Babel.24

  Naquele mesmo dia, 18 de abril de 1906, houve o grande terremoto em São Francisco que destruiu grande parte da cidade. Na Azusa, os crentes estavam reunidos, orando, e sentiram mais ainda a presença de Deus. Ali, naquele galpão, havia um clima de humildade, amor e santidade. Frank Bartleman, testemunha ocular do Avivamento da Rua Azusa, diz no seu livro Azusa Street que, no princípio, não havia qualquer hierarquia entre os presentes. O pastor Seymour era um homem simples, mas cheio do poder de Deus. Ele sentava-se sobre duas caixas de madeira vazias e orava com o rosto dentro de uma delas, mas a presença de Deus era fortíssima no lugar. Diz ele que não havia nenhum instrumento ou grupo musical, e sequer havia hinário. O louvor fluía espontaneamente ao cântico de hinos tradicionais bem conhecidos. O hino mais cantado era "The Conforter Has Come" (O Consolador Chegou).

  O irmão Seymour foi reconhecido como líder do trabalho de avivamento na Azusa Street, mas não havia hierarquia, segundo Frank Bartleman. Não havia plataforma ou púlpito. Tudo era informal, mas muito espiritual. O lugar não era fechado ou vazio, nunca. O culto não dependia da direção humana, mas a presença de Deus guiava toda a sequência dos trabalhos. Diz Frank: "Nós queríamos ouvir diretamente da parte de Deus. [...] Não havia respeitos humanos. Os ricos e educados eram os mesmos que os pobres e ignorantes [...] todos éramos iguais [...]. Aquelas eram reuniões do Espírito Santo, dirigidas pelo Senhor".25 O clima espiritual na Azusa era impactante: "Alguém tinha que falar. De repente, o Espírito Santo caía sobre a congregação, o próprio Deus fazia o chamado ao altar".

   Homens caíam por toda a casa. Parecia mais um cenário de árvores caindo numa floresta. Ninguém chamava alguém para pregar. Deus tocava em alguém para ir à frente e falar. E cada um sabia a hora de parar de falar. A glória de Deus estava ali, diz Frank. No seu livro, ele relata o caso de um pregador batista de nome irmão Ansel Post. Numa tarde, este estava sentado no meio do salão. De repente, o Espírito Santo veio sobre ele, que pulou da cadeira e começou a glorificar a Deus em línguas estranhas. Tempos depois, Post foi enviado para o Egito como missionário. Foi nesse clima de manifestações sobrenaturais que o Avivamento da Rua Azusa espalhou-se pelo mundo. Dos Estados Unidos migrou para a Europa, para a Ásia, para a África e América Latina em poucos anos, como se fosse um fogo que queima uma seara de folhas secas.

 III - AVIVAMENTOS MUDAM A HISTÓRIA

  No período interbíblico ou intertestamentário, houve um "apagão" espiritual no mundo. Esse período perdurou durante 400 anos entre o Antigo e o Novo Testamento. Foi um período terrível para a humanidade e principalmente para o povo de Israel, porque se passaram quatro séculos em que não se ouvia mais nenhuma profecia, visão, sonhos ou revelação da parte de Deus. Esse estranho período parece um castigo de Deus para Israel e para o mundo. Imperou um silêncio total no relacionamento entre o homem e Deus e vice-versa. Não se ouvia nenhuma profecia, nenhum relato de ordem espiritual para o povo de Israel ou mesmo para o mundo. Esse período situou-se entre os anos 433 e 435 a.C.

 O povo que estava em tevas

 O avivamento com a vinda de Jesus

  Em Israel, sob domínio do Império Romano, a vida espiritual estava destruída, como um "vale de ossos secos". E Deus resolveu intervir na sua história em razão das suas promessas infalíveis feitas a Abraão, a Isaque, a Jacó, aos profetas e a outros que tinham esperança de ver o seu povo brilhando no conserto das nações. O anjo disse a Maria ante o espanto desta diante do anúncio do nascimento de Jesus:

E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim. (Lc 1.31-33)

  Aos pastores, em meio à glória do Senhor e o resplendor, o anjo comunicou-lhes em primeira mão a mensagem do grande avivamento espiritual que estava por vir: "E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (2.10,11).

  Depois do seu batismo por João Batista e de passar pela tentação no deserto, Jesus iniciou o seu ministério de forma impactante em cumprimento à Palavra de Deus, anunciando a chegada do Reino dos céus. Diz Mateus: "o povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou. Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus" (Mt 4.16,17). Jesus não trouxe uma mensagem teórica, acadêmica, puramente teológica, sem unção e sem poder, mas trouxe uma mensagem poderosa, cujos efeitos logo se fizeram sentir, ver e experimentar na prática, provocando, assim, um verdadeiro avivamento espiritual no meio daquele povo que "estava em trevas".

  E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e molestias entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam- The todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava. E seguia-o uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia e dalém do Jordão. (Mt 4.23-25)

A nação israelita nunca mais foi a mesma. Em meio às trevas espirituais que dominavam o mundo, em especial Israel, eis que o jovem galileu aparece à beira mar, chama os seus primeiros discípulos e começa a pregar de forma jamais vista pelos judeus, "curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo"; de repente, o povo foi despertado para algo novo, uma verdadeira revolução espiritual, com um jovem pregador com cerca de trinta anos que trazia uma nova mensagem muito diferente da dos escribas e dos fariseus, que falavam com as suas retóricas de hipocrisia. Jesus, além de curar todos os enfermos, expulsava os demônios que escravizavam as pessoas. A sua fama tornou-se conhecida não apenas nos termos de Israel, como também ultrapassou as fronteiras até "por toda a Síria". Um poderoso avivamento chegou ao mundo, a começar por Israel: "E seguia-o uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia e dalém do Jordão" (4.25).

O avivamento do Pentecostes

  Como já foi visto em capítulo anterior, depois da ascenção de Jesus, a promessa do derramamento ocorreu de forma poderosa no cenáculo em Jerusalém, mas não ficou ali. O avivamento espalhou- se, passando por Samaria (At 8.14-17); na casa de Cornélio, o centurião romano (At 10.44-46; 11.15); em Éfeso, onde os discípulos de lá nem sabiam o que era o Espírito Santo (At 19.1-6). Em todos esses lugares, houve a manifestação do batismo no Espírito Santo, com sinal evidente do falar em línguas estranhas. E as igrejas ali passaram por grandes mudanças nas suas liturgias, pois o impacto do poder de Deus era grande sobre todos os que aceitavam o mover do Espírito Santo.

  O avivamento no mundo

  Como visto acima, os avivamentos eclodidos na Europa, nos Estados Unidos e em outras partes do mundo provocaram mudanças nas igrejas e nos locais onde ocorreram. Uns se posicionaram a favor do movimento espiritual que surgira nas suas comunidades; outros se levantaram contra e perseguiram os crentes, mas as coisas nunca ficaram da mesma forma. Uma observação torna-se oportuna a meu ver.    Os avivamentos não se tornaram permanentes. Por quê? Por razões bem simples e compreensíveis. Os homens que foram usados por Deus para serem instrumentos do avivamento passaram. Os seus sucessores não tiveram o mesmo ímpeto e interesse em manter "o fogo aceso".

  A Bíblia diz que não há fogo sem lenha: "Sem lenha, o fogo se apagará [...]" (Pv 26.20a). Na Bíblia, a lenha é símbolo das coisas humanas. O avivamento espiritual é de Deus, é divino, mas Ele não usa anjos. O Senhor sempre usou e quer usar homens e mulheres que se coloquem diante dEle como instrumentos do avivamento. A Europa foi pré-cristã; depois se tornou um continente cristão, onde houve avivamentos históricos nas suas nações; hoje, a Europa é pós-cristã. Catedrais enormes que reuniram milhares de pessoas em grandes avivamentos hoje são "ossos secos", transformadas em bares, danceterias, museus e até mesmo em templos de outras religiões. Os sucessores dos avivalistas esfriaram-se, acomodaram- se, e os lares cristãos desprezaram o culto doméstico, e os filhos desviaram-se de Deus. Essa história repete-se inclusive no Brasil, onde a maioria dos crentes não faz o culto doméstico e nem se interessa pela leitura diária da Bíblia.

  Que Deus opere no seio das igrejas evangélicas no Brasil e no mundo, promovendo um poderoso avivamento ou reavivamento espiritual que sacuda as estruturas eclesiásticas dominadas pelo formalismo religioso ou denominacional; que deixem de lado as teologias contemporâneas, liberalistas, frias e sem vida e busquem o batismo no Espírito Santo com intenso fervor para que, como no Pentecostes, possamos ver sinais, milagres, prodígios e maravilhas pelo uso abundante dos dons espirituais, que são mais necessários hoje do que nos tempos da Igreja Primitiva.   Oremos pelo Brasil e pelo mundo. O comunismo globalista é a nova face do comunismo marxista, pois não usa mais tanques mísseis, mas procura enganar os povos com uma mensagem de progressismo, feminismo, ambientalismo, tudo para implantar a chamada Nova Ordem Mundial, que nada mais é que a preparação para o governo do Anticristo na trindade satânica que dominará o mundo após o arrebatamento da Igreja. Maranata!

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17 Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro: CPAD, p. 1237.

18. Reavivamento Evangélico cresceu como poderosa maré" (Walker, p. 205).

19OLIVEIRA, José de. Breve História do Movimento Pentecostal, p. 38. 20 Ibid., p. 43.

21OLIVEIRA, José de. Breve História do Movimento Pentecostal, p. 45.

22 Charles Parham entendia que o fenômeno de falar em outras línguas seria mais que GLOSSOLALIA. Deveria ser visto como XENOLALIA, a capacidade de falar em outros idiomas sem nunca ter aprendido e com finalidade missionária. Ou seja: quem falasse um idioma de um país era sinal de que Deus estava chamando-o para ir pregar àquele povo. Ele ensinava que Jesus só voltaria quando todos os povos ouvissem o evangelho na sua própria língua. (Do livro Metamorphosis e Necrosis, de João Bosco de Sousa). 23OLIVEIRA, José de. Breve história do movimento pentecostal, p. 58.

24Ibid., p. 59.

25BARTLEMAN, Frank. Azusa Street, p. 57.

 

AVIVA A TUA OBRA – O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus

 


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