TEXTO
BÍBLICO BASICO
- Hebreus 8.1-3, 6,7, 10-13
1- Ora, a suma do que temos dito é que
temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do tron da
Majestade,
2- ministrando do santuário e do
verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
3-Porque todo sumo sacerdote é
constituído para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que este
também tivesse alguma coisa que oferecer.
6- Mas agora alcançou ele ministério
tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está
confirmado em melhores promessas.
7-Porque, se aquele primeiro fora
irrepreensível, nunca se
AOS
teria buscado lugar para o segundo.
10- Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de
Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração
as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo.
11- E não ensinará cada um ao seu
próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; porque todos me
conhecerão, desde o menor deles até ao maior.
12- Porque serei misericordioso para
com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me
lembrarei mais.
13- Dizendo novo concerto, envelheceu
o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece perto está de acabar.
Resumo
Geral da Lição
1-
A POSIÇÃO DE CRISTO NO CÉU
1-1- Um
sumo sacerdote tal.
1-2- Que
está assentado nos céus. 1-3- À destra do trono da majestade.
2-
O SACERDÓCIO DE CRISTO NOS CÉUS
2-1- Cristo
é ministro do santuário.
2-2-Cristo
é ministro do verdadeiro tabernáculo.
3-A
TRANSITORIEDADE DA ANTIGA
ALIANÇA
3-1- A
limitação da antiga aliança
3-2- Um
novo concerto
3-3-
Significado da nova aliança
TEXTO
ÁUREO
Mas agora alcançou ele
ministério tanto mais excelente, quanto é
mediador de um
melhor concerto, que está
confirmado em melhores promessas.
Hebreus 8.6.
OBJETIVOS:
Ao término
do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de: 1- explicar o que é uma
aliança; 2- definir qual a posição de Cristo no céu; 3- valorizar Cristo como
ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Prezado
professor, inicie a aula de hoje advertindo seus alunos de que, sem a
iluminação especial do Espírito Santo, não é possível compreender a distinção
entre as duas alianças ou os dois testamentos. Deixe claro que, sem uma visão
profunda da natureza e da obra de Cristo, essa distinção não será alcançada. No
Antigo Testamento percebe-se que Deus falava ao povo por intermédio dos
profetas, ou seja, havia mediação humana. Tratava-se, portanto, de um movimento
preparatório, que tomava a forma cerimonial, na qual as realidades divinas mais
profundas só podiam ser acessadas por meio de símbolos. O Novo Testamento, por
outro lado, teve como mediador o Filho de Deus, que opera no íntimo do ser
humano. Trata-se, deste modo, de um movimento perfeito, que revela ao íntimo
(ao espírito) humano a Verdade.
Excelente aula.
COMENTÁRIO
Palavra
introdutória
Foi demonstrado
até aqui que Cristo é superior aos anjos, como Filho; a Moisés, como príncipe;
a Arão, como sacerdote; e mesmo a Abraão. Agora, essa superioridade é revelada
na inauguração de uma aliança (concerto) superior. Pela diferença no caráter
dos mediadores, chega-se, de imediato, às distinções essenciais entre os dois
testamentos. O propósito ousado e revolucionário do escritor de Hebreus é
construir uma posição lógica e exegética com a finalidade de despedaçar
completamente qualquer dependência remanescente do judaísmo. Ele precisa
convencer os cristãos hebreus de três verdades teológicas:
- o
sacerdócio de Cristo anula e substitui completamente toda estrutura monolítica
do sacerdócio judaico e da adoração no templo;
-
Jesus Cristo, em Seu sacerdócio, inaugurou uma nova aliança entre Deus e Seu
povo tornando a antiga aliança obsoleta com suas formas ritualísticas e
sacerdotais; e
-
a pessoa e obra de Cristo são definitivas e cancelam todas as outras opções.
Toda
aliança é garantida por uma promessa (Hb 8.6; 2 Co 1.20), a qual implica, em
primeiro lugar, a revelação da eleição de um povo específico. Mediante Seu agir
na história, isto é, mediante Suas intervenções em favor do povo hebreu, Deus
manifesta que escolheu Israel como nação com a qual Ele teria um relacionamento
especial.
CONCLUSÃO
Sob o novo
concerto, Deus trabalha dentro de nós. Seu Espírito Santo lembra-nos de que as
palavras de Cristo ativam nossa consciência, influenciam nossas motivações e
desejos e fazem-nos querer obedecer (Fp 2.13). A nova aliança ocupa um lugar
não preenchido pela primeira e abrange toda a vontade do Senhor para os homens:
ela oferece os meios para que sejamos Seu povo, façamos a Sua vontade e
regozijemo-nos em Sua companhia.
Lição 09: Jesus, Mediador de Uma Nova
e Perfeita Aliança
Central Gospel - Tema: A Epístola aos
Hebreus
ALIANÇA SUPERIOR
Para J. Dwight Pentecost, a partir do
versículo 6 do capítulo 8 de Hebreus, o autor conclui que Cristo, embora não se
qualificando para ser sacerdote aqui na terra, serve no céu em um ministério
ainda mais excelente. Esse ministério baseia[1]se em uma aliança melhor
que a aliança mosaica, que fundamentava o sacerdócio levítico. Seu sacerdócio é
superior por causa do seu alicerce superior. O autor demonstra sem deixar
dúvidas que o fundamento para o sacerdócio levítico era uma aliança temporária
e afirma que o sacerdócio de Cristo se baseia em “uma aliança superior” (8.6,
NVT), isto é, uma aliança melhor que a aliança mosaica.
Essa
aliança superior é a que o Pai estabeleceu com o Filho em Salmos 110.4, que
nomeou o Filho como sacerdote eterno. Para provar que Deus encarava a aliança
mosaica como temporária, o escritor de Hebreus cita Jeremias 31.31-34. Pelo
fato de Israel ter falhado em suas obrigações decorrentes do acordo mosaico,
Jeremias anunciou a deportação do povo da Terra Prometida e a destituição do
rei davídico.
A
penalidade para a desobediência, conforme alertavam Levítico 26 e Deuteronômio
28, caíra sobre eles. Uma vez que a nação só desfrutaria das bênçãos da aliança
se fosse obediente a ela, e Israel tinha demonstrado definitivamente que as
pessoas não são capazes de produzir a obediência exigida, Deus anunciou que
encerraria a aliança mosaica e introduziria uma aliança nova. Nessa nova
aliança, Deus diz: “Porei minhas minhas leis em sua mente e as escreverei em
seu coração. Serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Hb 8.10b). O próprio
Deus operaria uma obra que mudaria de tal forma a mente e o coração do povo que
este passaria a andar em obediência a Deus. Essa obediência se tornaria
possível porque Deus, nos termos dessa nova aliança, colocaria seu Espírito
dentro deles (Ez 36.25-27; Jl 2.28-29). Nos termos dessa nova aliança, haveria
conhecimento universal a respeito de Deus em reconhecimento do que o Senhor
esperava daqueles que andavam em comunhão com ele para receber as bênçãos
prometidas (Hb 8.11). Além disso, essa aliança providenciaria o necessário para
que os pecados fossem perdoados (8.12). Nada do que Deus garantia nessa nova
aliança que faria com a comunidade de Israel e de Judá (8.8) tinha sido
recebido por meio da aliança mosaica.
Assim,
a conclusão lógica à qual o autor chega está no versículo 13: “Chamando ‘nova’
essa aliança, ele tornou antiquada a primeira”. Quando Jeremias anunciou que
Deus faria uma nova aliança, ele estava notificando o povo de que a aliança antiga
deveria ser entendida como temporária, não permanente, como algo que em algum
momento seria encerrado. Embora o véu rasgado no templo no momento da morte de
Cristo (Mt 27.51) indicasse que a Lei tinha sido deixada de lado, suas práticas
continuaram até a destruição de Jerusalém por Tito no ano 70 d.C.
Evidentemente, o escritor prevê esse evento ao dizer que “o que se torna
antiquado e envelhecido está a ponto de desaparecer”. Com o templo ainda em pé,
alguns hebreus talvez não entendessem que a antiga ordem tinha sido suspensa.
Mas o autor reconheceu a iminência da futura destruição do templo, o que
impediria que o sistema levítico continuasse a ser executado. Lembre-se: o
próprio Cristo tinha profetizado que a geração de Israel que o rejeitara cairia
sob julgamento físico e temporal (Mt 12.31-32; 23.37–24.2; Lc 21.24).
Assim,
o anúncio de Jeremias sobre uma futura nova aliança avisava que a aliança
vigente deveria ser entendida como temporária. Ainda que se passassem várias
gerações até que a antiga aliança fosse encerrada com a morte de Cristo, ela
continuava sendo temporária. Quando o Senhor instituiu o memorial do seu corpo
partido e do seu sangue derramado, por ocasião da ceia na véspera de sua
crucificação, ele revelou que sua morte instituiria aquela nova aliança
prometida (Mt 26.28; Mc 14.24; Lc 22.20; 1Co 11.25). E mesmo que alguns dos
destinatários do autor dessa carta ainda pudessem buscar refúgio no templo, uma
vez que ele ainda existia, isso significaria um retorno ao que era temporário e
em breve acabaria. Desde o princípio, o sistema levítico foi um arranjo
temporário, enquanto o sacerdócio de Cristo era baseado em uma aliança eterna
celebrada entre Pai e Filho, que confirmava o segundo como Sumo Sacerdote para
sempre segundo a ordem de Melquisedeque.
Autor: J. Dwight Pentecost
Quem é Jesus?
Não há
nada melhor do que poder olhar para uma pessoa com admiração e tomá-la como
exemplo. Na vida de muitos, os pais podem ser um grande exemplo. Mesmo errando,
eles desejam que aprendamos a fazer o que é correto.
Pare e
pense sobre isto: e se tivéssemos um modelo perfeito, que nunca erra, para
chamar de Pai, irmão e amigo? Que honra seria ser parte de Sua família e
conviver todos os dias com essa pessoa, não é mesmo?
Por
que, então, mesmo diante de um grande exemplo, como o que temos, ainda
preferimos desprezar os Seus conselhos e dar ouvidos às mentiras de alguém que
apenas visa o mal? Há um Filho perfeito que quer não apenas nos ensinar “boas
maneiras”, mas que deseja nos tornar irmãos e filhos do Pai perfeito (Romanos
8.1-39).
Durante
os séculos, Jesus foi aguardado como mestre, juiz, rei, profeta, mas pouco (ou
quase nada) se sabia sobre Ele como o próprio filho de Deus. A imagem que o
povo construiu a respeito do Messias prometido era bem diferente daquela na
qual Ele realmente se apresentou. Por isso o negaram (João 1:11). No entanto,
essa era a forma planejada por Deus. Jesus cumpriu o propósito do Pai ao vir de
maneira humilde, como homem simples — sem trajes reais, palácio ou súditos —
para que a glória do Pai fosse manifestada através do Seu Filho. Jesus sabia
quem era e para que veio a Terra, por isso, não importava o que os outros
dissessem, nada o abalava ou o desviava de Seu propósito.
Jesus é
o Filho amado e perfeito que nada faz sem o Pai ou fora da vontade dele. Ele
irradia a glória do Pai expressando exatamente o que Deus é em Sua essência
(poder, autoridade, amor, bondade etc.). Ao subir aos Céus, o Senhor Jesus nos
deu a gratificante oportunidade, não apenas de O ter como modelo, mas de
fazermos parte de Sua família. Jesus morreu para que os filhos dos homens
pudessem se tornar filhos de Deus! E como filhos imitamos o Pai.
Fomos
criados à imagem e semelhança de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, a
Sua essência e caráter nos compunha. Mas quando o pecado entrou no mundo, nossa
natureza foi distorcida e a primeira coisa afetada foi a visão de nós mesmos:
nossa identidade. O que consequentemente alterou nosso relacionamento com o
Pai. Gênesis 3 traz a narrativa da queda. Após Adão e Eva comerem o fruto
proibido, eles “perceberam que estavam nus” e quando ouviram o Senhor
chamá-los, ficaram com medo e se esconderam “dele entre as árvores”. E quando
Adão tenta se justificar, Deus pergunta: “Quem lhe disse que você estava nu?” […].
“Você comeu do fruto da árvore que eu lhe ordenei que não comesse?” Gênesis
3:7-11). Até então, não havia problema algum eles estarem nus. A grande questão
é que o pecado deturpa a nossa mente e nos leva a olhar para as coisas boas,
criadas por Deus, de forma equivocada, inclusive a nós mesmos. Fomos criados
por um Pai criativo e amoroso, com um propósito bem definido que jamais será
cumprido sem a ajuda dele. Não merecemos nada de Deus, pois somos pecadores.
Mas é justamente por isso que tanto carecemos da Sua misericórdia e favor
(Romanos 3:23).
Quatro mentiras que nos afetam quando
estamos longe de Deus:
1.
Orfandade. Muitos de nós já sentimos aquela sensação de abandono,
desamparo em meio às dificuldades. É comum, quando estamos fracos em nossa fé,
pensarmos que estamos sozinhos, sem ninguém para nos ajudar. Isso foi sentido
também pelos discípulos. Quando Jesus foi crucificado, eles ainda não entendiam
o significado destas palavras do Mestre: “Mais um pouco e vocês não me verão
mais; algum tempo depois, me verão novamente” (João 16:17). Como pôde um amigo
e mestre ser retirado deles assim? Mas anteriormente Jesus lhes havia
garantido: “Não os deixarei órfãos; voltarei para vocês” (João 14:18). Estas
palavras do Senhor foram poderosas, pois Ele sabia que Seus seguidores
pensariam que, depois de Sua morte, ficariam sozinhos no mundo. O diabo sempre
tenta nos convencer para não confiarmos nestas palavras: “Mas, a todos que
creram nele e o aceitaram, ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus”
(João 1:12). O Pai jamais abandona Seus filhos. A orfandade de coração é muito mais
profunda do que imaginamos. Há muitos filhos que não possuem a plena revelação
de sua filiação em Cristo. Mesmo já o tendo aceitado como Senhor e Salvador,
precisamos aceitá-lo como Pai (Romanos 8:14-17).
2. Merecimento. A segunda mentira
mais comum que acreditamos é de que precisamos fazer algo para merecer o amor,
a aprovação, a salvação ou a atenção de Deus. Não há nada que possamos fazer
para Deus nos amar mais, nem nada que o faça nos amar menos (Romanos 8:35). Não
é sobre quantos jejuns fazemos na semana, ou quantas vezes que oramos por dia,
e sim o quanto de Cristo tem sido formado e revelado em nós. O relacionamento
com Ele é fruto de um coração grato e não de uma barganha, religiosidade ou
obras realizadas. A graça nos salvou e não há nada que possamos fazer para
aperfeiçoar aquilo que nos foi concedido pela graça (Efésios 2:8-10). Nossa
parte consiste em nos esforçarmos para nos tornar em tudo semelhantes a Ele.
3. Independência. Você com
certeza já deve ter ouvido a frase: “Deixe cada um com sua vida, pois ele(a)
sabe o que está fazendo”, ou “Eu não preciso de ninguém me dizendo o que
fazer”. Tais afirmações são um grande risco e em nada verdadeiras. Criamos a
ideia de que somos autossuficientes e não precisamos prestar contas a ninguém.
Apesar disso, nos esquecemos de que somos seres limitados tanto em recursos
como em sabedoria. Não há nada melhor do que depender do Deus Onisciente e
Onipotente! Precisamos lutar contra nossa teimosia. Pois, se o próprio Jesus
disse que não podia fazer nada por vontade própria, muito menos nós com nossa
natureza humana!
4. Falta de propósito. Por causa
de nossa identidade corrompida, muitos não conseguem enxergar o seu propósito
de vida. Fomos chamados, segundo a perfeita vontade de Deus, para realizar
coisas maravilhosas exatamente onde estamos. Nada é por acaso. E quanto mais o
conhecemos, mas entendemos o que Ele quer fazer em nós e através de nós
(Romanos 8.28-30).
JOÃO 1:12 Mas, a
todos que creram nele e o aceitaram, ele deu o direito de se tornarem filhos de
Deus.
JOÃO
5:19 Jesus respondeu: “Eu lhes digo a verdade: o Filho não pode fazer coisa
alguma por sua própria conta. Ele faz apenas o que vê o pai fazer. Aquilo que o
Pai faz o Filho também faz”.
Pão Diário.org. Quem é Jesus?
NOVA ALIANÇA
De acordo com o Dicionário Bíblico Lexham, a
expressão “NOVA ALIANÇA”, em hebraico הָָֽׁ
שָ
דֲ
ח
ית
ִ֥
רְּ
ב)
berith chadashah) ou καινὴ διαθήκη
(kainē diathēkē) em grego, representa uma aliança entre Deus e seu povo que é
antecipada no Antigo Testamento (Jr 31.31) e cumprida no Novo Testamento (Lc
22.20; 1Co 11.25; Hb 9.15; 12.24).
A nova aliança envolve perdão de pecados,
transformação espiritual e o cumprimento das promessas de Deus a Israel.
Além
de referências explícitas à “nova aliança”, é possível que outras expressões
bíblicas invoquem o mesmo conceito. Os exemplos incluem o seguinte:
•
“Aliança eterna” (por exemplo, Jr 32.40);
•
“Aliança de paz” (por exemplo, Ez 37.26);
•
“Minha aliança [de Deus]” (por exemplo, Is 49.8; 59.21; Os 2.18-23; Ez 16.6–3).
No
entanto, alguns estudiosos discordam que termos como esses se referem necessariamente
ao novo pacto.
A expressão grega καινὴ
διαθήκη (kainē diathēkē) (“nova aliança) é traduzido para o latim como“ Novum
Testamentum ”, que por sua vez produziu o termo “ Novo Testamento ”.
No
Antigo Testamento, os livros proféticos de Jeremias e Ezequiel indicam que a
nova aliança envolve perdão e purificação definitivos (Jr 31.34; Ez 36.25), e
eles expressam isso de várias maneiras. Jeremias enfatiza o cumprimento das
garantias de Deus a Abraão (Jr 31.31-37), enquanto Ezequiel se concentra no cumprimento
da relação de Deus com Seu povo (Ez 36.28).
Em Jeremias, a nova aliança é diferenciada
da aliança mosaica (Jr 31.32 e caracterizada pela transformação interna (Jr
31.33–34). Ezequiel afirma várias características adicionais, incluindo:
• intervenção divina (Ez 36.22-36);
• a restauração de Israel do exílio (Ez 36.24,
33-35);
• limpeza e renovação (Ez 36.25–26, 29–30,
33–35);
• a habitação do ministério do Espírito Santo
(Ez 36.27); e
• a obediência do povo de Deus (Ez 36.27). Os
textos do Novo Testamento descrevem a nova aliança como sendo inaugurada pela
morte e ressurreição de Cristo (por exemplo, Lc 22.20; 1Co 11.25; Hb 9.15).
Além disso, a nova aliança molda o ministério de Paulo e o ministério da Igreja
(2Cor 3.6; Hb 8.13).
Antigo
Testamento
As alianças no Antigo Testamento são de dois
tipos, e o que veio a ser conhecido como a nova aliança é uma síntese de ambos
os tipos:
1.
prometer ou conceder convênios, nos quais Deus faz uma série de garantias (ou
seja, abraâmica e davídica);
2.
convênios administrativos ou tratados, que governam a resposta humana e a
obediência (ou seja, Mosaico).
O
pacto abraâmico garante as promessas para a descendência de Abraão se tornar
uma grande nação, viver na terra prometida e trazer bênçãos para todas as
famílias da terra (ver Gn 12.1-3; 15.1–21). A aliança mosaica mediou o
cumprimento dessas bênçãos em termos da obediência e desobediência de Israel. A
aliança davídica estipulou que a linhagem de Davi forneceria um rei para
cumprir o propósito de Israel de abençoar o mundo.
Várias passagens relacionadas às alianças
mosaicas e davídicas parecem antecipar a necessidade do que se tornará
conhecido como a nova aliança:
• Moisés deseja que Israel seja influenciado
pelo Espírito Santo (Nm 11.29).
• Deuteronômio 30.1–10 descreve o futuro
exílio de Israel e afirma que Deus deve circuncidar o coração de Israel em sua
restauração (Dt 30.6).
•
Salomão proclama que Deus perdoará os pecados do povo quando estiverem no
exílio e os justificará (1Rs 8.46–50). Os livros proféticos de Isaías e Joel
aprofundam essas ideias. Joel prevê que, nos últimos dias, Deus derramará o
Espírito Santo sobre Israel (Jl 2.28-29). Isso resultará na salvação de Israel
no Dia de Yahweh (Jl 2.30-32). Ao discutir a capacidade de Deus de salvar,
Isaías também promete um derramamento do Espírito Santo, que proporciona grande
renovação espiritual (Is 44.3). Isso ocorre em uma era escatológica provocada
pela obra salvadora do Servo (Is 59.21). Por meio dessa renovação, as promessas
abraâmicas seriam cumpridas (Jl 3.1–21; Is 54.1–55.13).
Em
Jeremias, o conceito de renovação espiritual de Israel é descrito como uma
"nova aliança" (Jr 31.31), em contraste com a aliança mosaica (Jr
31.32). A nova aliança garante as promessas e bênçãos de Deus para Israel
porque transforma o coração do povo (Jr 31.33-34). A obra transformadora do
Espírito produz uma nação que conhece a Yahweh (Jr 3134; 33.3). Isso leva ao cumprimento
das promessas abraâmicas para Israel, que será uma nação santificada para
Yahweh como Ele pretendia (Jr 33.3-26).
Ezequiel apresenta a obra da nova aliança do
Espírito em termos de nova vida (Ez 36. 22-28; veja também 11.19-21),
prometendo que Deus “removerá o coração de pedra ”dos israelitas e“ dá-lhes um
coração de carne ”(Ez 11.19 ESV; a mesma expressão aparece em 36.26). A obra do
Espírito fornece um novo ser interior, que é verdadeiramente vivo. Em Ezequiel
36, a descrição da “nova” (שָ דָ
ח
, chadash) aliança não deriva apenas de sua distinção do antigo pacto, mas
também reflete sua conexão com a nova criação de Deus.
Novo
Testamento
A natureza do cumprimento da nova aliança na
era do Novo Testamento é um tópico de debate. Existem três argumentos
principais:
1. A nova aliança está totalmente cumprida
na era atual. De acordo com essa visão, várias observações exigem que a nova
aliança seja ativa: Jesus inaugurou a nova aliança com Sua morte (Lc 22.20);
Paulo afirma que é o ministro da nova aliança (2Co 3.6); e o autor de Hebreus
aplica o termo aos crentes atuais (Hb 8.13; 9.15). 2. A nova aliança ainda não
foi cumprida. O Novo Testamento não menciona a experiência de Israel de todas
as promessas abraâmicas; consequentemente, nenhuma parte da nova aliança foi
cumprida. Dentro dessa visão, alguns afirmam que existem duas novas alianças -
uma para a igreja e outra para Israel. 3. A nova aliança é preliminar ou
parcialmente cumprida. As presentes realidades espirituais e as promessas não
cumpridas a Israel estão em tensão. Embora partes da nova aliança tenham sido
inauguradas em Cristo, certos elementos aguardam a restauração de Israel (ver,
por exemplo, Rm 11.11-31). Na era atual, os aspectos espirituais da nova
aliança operam de maneira preliminar, aguardando sua conclusão total e final no
futuro.
No Novo
Testamento, Jesus é apresentado como o Messias prometido que inaugura a nova
aliança por Sua própria morte sacrificial (Lc 22.20; 1Co 11.25). Além disso,
Jesus indica que Sua morte e ressurreição conduzem ao ministério do Espírito
Santo (Jo 14.26; 16.7–14; At 1.6–8), que foi imaginado pelos profetas como uma
característica da nova aliança. A obra do Espírito traz transformação ao longo
das linhas da nova criação e do novo nascimento (Jo 3.5-6).
As
palavras de abertura de Pedro no Pentecostes se baseiam em temas da nova
aliança, como o perdão dos pecados e a habitação do Espírito Santo (At 2.38).
Paulo também incorpora essas ideias em seus escritos e afirma que a nova
aliança forma o núcleo de seu ministério (2Co 3.6. Sua linguagem sobre a
"lavagem da regeneração e renovação pelo Espírito Santo" (Tt 3.5
NASB) reflete o conceito da nova aliança, que também pode fornecer o pano de
fundo para os comentários de Paulo sobre a ressurreição daqueles que estão
mortos para o pecado (Rm 6.5-11; Ef 2.1-10). Refletindo as ideias da nova
aliança de Jeremias e Ezequiel, Paulo descreve como o Espírito habitando em
Deus capacita os crentes a viverem como Seu povo renovado (Rm 8.2-11). Citando
Jeremias 31.31–34, o autor de Hebreus enfatiza que a nova aliança é superior à
antiga (Hb 8.6–13). Além disso, a nova aliança é mediada pelo próprio Cristo
(Hb 9.11-15; 12:24).
Chou, A. Dicionário Bíblico Lexham
FONTE: FABRICAEBD/ADVEC


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