TEXTO ÁUREO
“Então, disse: Eis que eu faço um
concerto; farei diante de todo o teu povo maravilhas que nunca foram feitas em
toda a terra, nem entre gente alguma.”
(Êx 34.10a)
VERDADE PRÁTICA
A Bíblia revela que Deus responde ao seu povo com muitos
avivamentos como resposta às orações e súplicas.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
2
Crônicas 34.29-33
29 - Então, o rei
convocou e ajuntou todos os anciãos de Judá e Jerusalém.
30- E o rei subiu à Casa
do SENHOR com todos os homens de Judá e os habitantes de Jerusalém, e os
sacerdotes, e os levitas, e todo o povo, desde o maior até ao menor; e ele leu
aos ouvidos deles todas as palavras do livro do concerto, que se tinha achado
na Casa do SENHOR.
31- E pôs-se o rei em pé
em seu lugar e fez concerto perante o SENHOR, para andar após o SENHOR e para
guardar os seus mandamentos, e os seus testemunhos, e os seus estatutos, com
todo o seu coração e com toda a sua alma, cumprindo as palavras do concerto,
que estão escritas naquele livro.
32- E fez estar em pé a
todos quantos se acharam em Jerusalém e em Benjamim; e os habitantes de
Jerusalém fizeram conforme o concerto de Deus, do Deus de seus pais.
33- E Josias tirou todas
as abominações de todas as terras que eram dos filhos de Israel; e a todos
quantos se achara em Israel obrigou a que com tal culto servissem ao SENHOR,
seu Deus; todos os seus dias não se desviaram de após o SENHOR, Deus de seus
pais.
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição,
temos o propósito de fazer um panorama dos avivamentos em diferentes momentos
na história de Israel. Embora a palavra não apareça claramente nos textos do
AT, é inconteste que, em diferentes ocasiões, juntamente com o povo, o rei da
ocasião fazia um movimento de retorno aos primeiros fundamentos revelados na
Torá. Muitas vezes o apelo a esse retorno vinha por meio dos profetas e,
atendendo a eles, o rei tomava a iniciativa de acabar com as idolatrias, trazer
de volta os princípios das leis e restaurar a adoração no Templo. A partir
desse estudo no AT, veremos o quanto se faz necessário uma busca sincera por um
avivamento espiritual.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Analisar
exemplos de avivamentos no AT;
II) Constatar
a importância da confissão de pecados e do retorno à Bíblia;
III)
Desenvolver o aspecto corretivo da Palavra de Deus e o perigo do formalismo.
B) Motivação: Na lição
anterior, vimos que um dos muitos significados que podemos dar ao Avivamento é
o retorno às primeiras obras. Nesta lição, percebemos dois temas importantes:
confissão de pecados e retorno à Bíblia. Esses dois aspectos são indispensáveis
para a busca de um verdadeiro avivamento espiritual.
C) Sugestão de Método: Após expor o primeiro tópico da lição, escreva na lousa o seguinte: confissão de pecados e retorno à Bíblia. Pergunte à classe o que passa pela mente ao ler essas duas expressões. Ouça as respostas atentamente. Em seguida, correlacione essas duas expressões ao tema do terceiro tópico: a necessidade do avivamento para hoje.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Ao finalizar
o terceiro tópico, mostre a classe que uma das lições preciosas que o AT nos
ensina a respeito da busca de um avivamento é a disponibilidade para reconhecer
o erro, confessando-o ao Senhor, e, posteriormente, uma convicção profunda para
fazer diferente de acordo com o que a Palavra de Deus ensina por meio de Jesus
Cristo e seus apóstolos.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos,
entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.37,
você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do
tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto "Oração e Confissão de Neemias" é uma reflexão a respeito
da oração e confissão que aprofunda o segundo tópico desta lição; 2) O texto
"O Formalismo destrói a Espiritualidade da Igreja" é um alerta que
pode ajudar a aplicar melhor o terceiro tópico. Leve em conta esses dois textos
na elaboração de sua aula.
INTRODUÇÃO
Houve momentos
em que o povo israelita deixou-se levar por práticas estranhas que provocaram a
ira de Deus e a consequente punição da nação. Quando essa situação parecia não
ter saída, um homem, ou uma mulher de fé, levantava-se de maneira humildade e
quebrantada, buscando a Deus e confessando os pecados do povo. Então, o
Altíssimo ouvia as orações e enviava do céu um avivamento como chuva serôdia.
Registros como esse, no Antigo Testamento, fundamentam o ensino desta lição.
PALAVRA-CHAVE
Antigo Testamento
Auxílio Bibliológico
Oração
e Confissão de Neemias
“Na
oração que Neemias fez nesta ocasião [Ne 1.4-11], provavelmente proferida na
intimidade de seu alojamento, mas fielmente registrada nas suas memórias, temos
uma ideia de sinceridade e da devoção desse homem de Deus. G. Campbell Morgan
nos deu uma boa descrição da sua oração: ‘O homem que orava estava cheio de
beleza e revelava uma correta concepção de como deveria ser uma oração sob tais
circunstâncias. Ela se iniciou com uma confissão. Sem reservas, ele reconheceu
o pecado do povo e identificou-se com ele. Então ele prosseguiu reivindicando
as promessas que Deus lhes havia feito, e terminou com um pedido pessoal e
definindo de que o Senhor lhe desse graça aos olhos do rei’” (Comentário Bíblico
Beacon: Josué a Ester. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, p.511).
Auxílio
Vida cristã
“O
Formalismo destrói a Espiritualidade da Igreja
Algumas
igrejas supõem que lhes basta a ortodoxia para serem tidas como Reino de Deus.
Haja vista a Igreja de Éfeso. Em todo o Novo Testamento, não havia igreja mais
conformada á sã doutrina que essa.
No
entanto, já não possuía o primeiro amor (Ap 2.4). Além da ortodoxia
doutrinária, a Igreja verdadeiramente avivada haverá de ser o templo do Deus
vivo e a morada do Espírito Santo (1 Tm 3.15). Doutra forma: será destruída
pelo formalismo. Se a igreja não viver de avivamento em avivamento; se não
voltar ao cenáculo; se não reviver a realidade do Pentecostes, acabará por ser
absorvida por um culto frio e estereotipado. E, não demorará muito, deixará de
existir. Não foram poucas as igrejas que desapareceram no decurso da história.
Existiam, mas não tinham vida. E o que é isso senão evidência de óbito
espiritual?” (ANDRADE, Claudionor Corrêa. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico
Avivamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.129).
CONCLUSÃO
Os avivamentos no Antigo Testamento sempre vieram como repostas ao quebrantamento espiritual e às orações do povo de Deus. Isso se dava sempre diante de uma situação de calamidade ou de decadência espiritual e moral. Por misericórdia e bondade, Deus promovia a restauração de Israel. Que esses avivamentos veterotestamentários nos despertem para fazer a vontade de Deus nestes tempos de frieza e mornidão espiritual atuais.
Aviva a Tua Obra : O Chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder
de Deus
Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato
Capítulo 2
O Avivamento
no Antigo Testamento
|
N |
o Antigo
Testamento, temos diversos avivamentos De modo geral, esses movimentos eram
provocados por Deus em resposta aos que a Ele clamavam por mudanças em
situações de frieza espiritual, de pecaminosidade acentuada, ou de rebelião
contra Deus, pela prática de atos contrários à sua Lei ou aos seus mandamentos.
Podemos refletir sobre alguns desses momentos especiais em que a nação
israelita deixou-se dominar por posturas estranhas que provocaram a ira de Deus
e os seus castigos. Quando tudo parecia não ter saída ou solução, houve alguém
com fé que, com humildade e quebrantamento, buscou a Deus, fazendo confissão
pelos pecados do povo, e o Senhor ouviu as orações e enviou do Céu um
avivamento como uma chuva serôdia. Vejamos alguns desses avivamentos na antiga
aliança.
I - PANORAMA DE AVIVAMENTOS NO ANTIGO TESTAMENTO
O Antigo Testamento é rico em períodos de
avivamento e reavivamento entre o povo de Israel. Nada menos de doze eventos
dessa natureza podem ser encontrados no tempo da antiga aliança em ocasiões e
situações diferentes. Podemos constatar que houve avivamento no reinado de Davi
(2 Sm 6-7); no reino de Asa (2 Cr 14.1-16); com Josafá (2 Cr 17-20); no tempo
de Joiada (2 Cr 23-24); no reinado de Ezequias (2 Cr 29- 32); com Zorobabel (Ed
1-6); no reino de Josias (2 Cr 34-35); no ministério de Esdras (Ed 1.7-10); e
também com Neemias (Ne 1-13); com Esdras (Ed 7-10) e por meio de Joel (1-2).
Neste estudo, escolhemos alguns desses
avivamentos como representativos do que o Senhor fez no Antigo Testamento,
segundo os seus planos e propósitos. Veremos que, em todos eles, o padrão para
avivamento sempre foi, com algumas variações, uma sequência dada pelo Senhor:
(1) uma grande crise, com decadência espiritual e moral; (2) o reconhecimento
dos pecados contra Deus; e (3) a humilhação e o quebrantamento para orar e
buscar a face do Senhor. Como resultado, Deus, no seu imenso amor, envia o
perdão, a graça e a misericórdia a quem se arrepende e busca o seu favor:
"Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em
benignidade" (Sl 103.8).
1. Avivamento no Tempo de Moisés
O sofrimento de Israel no Egito
Deus nunca se viu sem uma testemunha dos seus
divinos propósitos ou dos seus planos para um povo, uma nação ou uma igreja.
Moisés aparece quando o povo de Israel estava escravizado no Egito pouco tempo
depois do falecimento de José, quando se levantou "um rei, que não
conhecia José" (At 7.18). Enquanto José era vivo e governava o Egito, o
povo experimentou longos anos de paz, saúde e prosperidade. No entanto, quando
morreu, o povo sofreu, foi oprimido e torturado sob o peso da tirania do Faraó
que não o conheceu e nem reconheceu os grandes benefícios que o seu povo
recebera da parte de Deus no governo de José (Êx 1.13,14; At 7.18-19).
O chamado de Moisés
Deus já o houvera escolhido para a grande
missão de ser o libertador de Israel da escravidão egípcia. O Senhor
manifestou-se a ele de forma estranha. Moisés viu uma árvore uma sarça que
queimava, mas não se consumia. Ao aproximar-se daquela visão, o Senhor falou
com Moisés e chamou-o para ser o libertador e tirar o seu povo do Egito. Deus
falou com Moisés, dizendo:
Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, e o Deus de
Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés, todo trêmulo, não ousava olhar. E disse-lhe
o Senhor: Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa.
Tenho visto atentamente a aflição do meu povo que está no Egito, e ouvi os seus
gemidos, e desci a livrá-los. Agora, pois, vem, e enviar-te-ei ao Egito. A este
Moisés, ao qual haviam negado, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz? A
este enviou Deus como príncipe e libertador, pela mão do anjo que lhe aparecera
no sarçal. (At 7.32-35 - grifo acrescido)
O avivamento do Sinai
O sofrimento de Israel tornara-se cruel e
insuportável, mas o Senhor estendeu a sua mão e, através de Moisés, operou
tantos sinais, prodígios e maravilhas na terra do Egito que Faraó apressou-se
em libertar os israelitas. Com a dureza do Faraó, o Senhor enviou as dez pragas,
incluindo a morte dos primogênitos, e o Faraó não pôde resistir à dura mão de
Deus sobre o seu reino e sobre o seu povo. Sem dúvida alguma, a ação de Deus
foi um grande avivamento em resposta ao clamor e aos gemidos do povo. Outro
grande avivamento ocorreu quando Moisés foi chamado pelo Senhor para receber os
Dez Mandamentos.
a) A entrega dos dez
mandamentos. Três meses depois da saída do Egito, o Senhor
chamou Moisés para que este subisse ao Monte Sinai e recebesse as tábuas da
Lei. Ali, Deus falou a Moisés:
E subiu Moisés a Deus, e o Senhor o chamou do monte,
dizendo: Assim falarás à casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Israel: Vós
tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a
mim; agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu
concerto, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos;
porque toda a terra é minha. E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo.
Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel. (Êx 19.3-6 -grifo
acrescido)
b) Avivamento com fogo e
trovões. Antes da entrega dos Dez
Mandamentos, o Senhor mandou o avivamento com sinais assombrosos:
E aconteceu ao terceiro dia, ao amanhecer, que houve
trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina
mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. E
Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do
monte. E todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em
fogo; e a sua fumaça subia como fumaça de um forno, e todo o monte tremia
grandemente. E o sonido da buzina ia crescendo em grande maneira; Moisés
falava, e Deus lhe respondia em voz alta. (Êx 19.16- 19 grifo acrescido)
c) Deus faz um pacto com Moisés e o seu povo. Enquanto Moisés estava no monte ouvindo a voz de Deus,
Arão atendeu aos apelos do povo, que estava incomodado com a ausência de
Moisés, já há 40 dias sobre o monte, e começou a pecar fazendo um bezerro de
ouro. O Senhor mandou Moisés descer com as tábuas da Lei, pois o povo pecara
gravemente. Moisés desceu e, quando viu o povo em volta do bezerro de ouro,
irou-se sobremaneira e quebrou as tábuas da Lei ao pé do monte (Êx 32.1-24).
Moisés, todavia, intercedeu pelo povo, e o Senhor ouviu a sua oração e fez um
pacto com ele:
Então, disse: Eis que eu faço um concerto; farei diante de
todo o teu povo maravilhas que nunca foram feitas em toda a terra, nem entre
gente alguma; de maneira que todo este povo, em cujo meio tu estás, veja a obra
do Senhor; porque coisa terrível é o que faço contigo. (Êx 34.10)
2.0
Avivamento no Tempo de Samuel
No tempo de Samuel, o último dos juízes e o
primeiro entre os profetas, houve desvios espirituais e morais entre o povo de
Israel. O povo pecava constantemente. Diante disso, o Senhor usou o profeta
para denunciar ao povo as suas maldades, a sua apostasia e desprezo ao seu
Deus.
A trágica derrota para
os filisteus
Como temos visto, antes de haver um
avivamento, sempre houve uma situação de crise espiritual e moral; sempre houve
uma decadência ou afastamento de alguém, de uma liderança, de um povo ou de uma
igreja para longe de Deus. Na época de Samuel, o povo de Israel entrou por um
caminho perigoso de desobediência. O sacerdote Eli, homem chamado por Deus,
começou bem, mas terminou mal o seu ministério. Eli deixou-se levar pelas
atitudes pecaminosas dos filhos e não os repreendeu. Deus rejeitou-o (1 Sm
3.13,14). No seu lugar, levantou Samuel, reconhecido pelo povo como
"profeta do Senhor" (1 Sm 3.20,21). Israel foi derrotado pelos
filisteus. Os israelitas, então, levaram a Arca para o seu arraial, imaginando
que o objeto mais sagrado do santuário fosse impedir a derrota diante dos
inimigos. Não adiantou nada. A derrota foi maior, e o pior aconteceu: a Arca
foi tomada pelos filisteus na batalha, e os sacerdotes, filhos de Eli, morreram
na peleja. Ao saber da tragédia, o sacerdote Eli morreu de forma trágica (1 Sm
4.11-22).
As condições para a vitória
Em pleno exercício do sacerdócio, Samuel diz
ao povo o caminho para a vitória:
Então, falou Samuel a toda a casa de Israel, dizendo: Se
com todo o vosso coração vos converterdes ao Senhor, tirai dentre vós os deuses
estranhos e os astarotes, e preparai o vosso coração ao Senhor, e servi a ele
só, e vos livrará da mão dos filisteus. (1 Sm 7.3)
Ele mostrou o padrão de Deus para retornar ao
centro da sua vontade: (1) conversão de todo o coração; (2) preparar o coração
para Deus; e (3) deixar todos os ídolos e servir somente a Deus, o Senhor. Para
tanto, precisavam seguir o modelo das condições para o avivamento de 2 Crônicas
7.14: humilhação, oração,
busca da face
de Deus e conversão dos pecados.
Assim,
o povo humilhou-se e agiu segundo a orientação sábia de Samuel:
Então, os filhos de Israel tiraram dentre si os baalins e
os astarotes e serviram só ao Senhor. Disse mais Samuel: Congregai todo o
Israel em Mispa, e orarei por vós ao Senhor. E congregaram-se em Mispa, e
tiraram água, e a derramaram perante o Senhor, e jejuaram aquele dia, e
disseram ali: Pecamos contra o Senhor. E julgava Samuel os filhos de Israel em
Mispa. (1 Sm 7.4-6)
A vitória depois do arrependimento
Os inimigos filisteus arregimentaram-se mais
ainda contra Israel. Mesmo já convertidos dos seus pecados, os filhos de Israel
tiveram grande temor. Então, rogaram a Samuel que este não cessasse de clamar
ao Senhor por livramento. O profeta ofereceu sacrifício a Deus e clamou ao
Senhor, "e o Senhor lhe deu ouvidos" (1 Sm 7.9b). A vitória foi
retumbante para a glória de Deus:
E sucedeu que, estando Samuel sacrificando o holocausto, os
filisteus chegaram à peleja contra Israel; e trovejou o Senhor aquele dia com
grande trovoada sobre os filisteus e os aterrou de tal modo, que foram
derrotados diante dos filhos de Israel. (1 Sm 7.10)
"Ebenézer" - o
avivamento chegou!
Diante de todo o povo, depois da grande
vitória concedida pelo Senhor Deus, o profeta Samuel fez um gesto de gratidão e
de fé que marcou a história de Israel e tornou-se emblemático para todos os que
servem a Deus ao longo dos séculos:
Então, tomou Samuel uma pedra, e a pôs entre
Mispa e Sem, e chamou o seu nome Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o
Senhor. Assim, os filisteus foram abatidos e nunca mais vieram aos termos de
Israel, porquanto foi a mão do Senhor contra os filisteus todos os dias de
Samuel. (1 Sm 7.12,13)
3.0 Avivamento no Tempo de Josias
Israel em decadência espiritual
O povo de Israel deixou-se levar pelas
influências malignas e voltou-se outra vez para longe dos seus santos caminhos.
Em lugar de buscar ao Senhor e agradecê-lo pelas bênçãos e livramentos
experimentados na sua história, o povo seguiu o exemplo dos seus antecessores
que, depois de prosperar, deram as costas para o Senhor.
a) A terrível idolatria. Depois do
reinado de Ezequias, considerado um bom rei, governou o país o seu filho,
Manassés, que realizou um governo corrupto e marcado pela idolatria, a ponto de
levantar altares aos baalins e encurvar-se perante os astros. Manassés construiu
altares aos ídolos e demônios em ambos os pátios da "Casa do Senhor"
e levou o povo a fazer "pior do que as nações que o Senhor tinha destruído
de diante dos filhos de Israel. E falou o Senhor a Manassés e ao seu povo,
porém não lhe deram ouvidos" (2 Cr 33.1-10).
b) O juízo de Deus e a reconciliação. Em resposta
à rebelião de Manassés e de Israel, o Senhor mandou os exércitos da Assíria,
que o prenderam com cadeias. Diante da amarga situação, Manassés arrependeu-se,
humilhou-se e clamou ao Senhor. E Deus ouviu a sua oração e restituiu-lhe o
reino: "[...] então, reconheceu Manassés que o Senhor é Deus". Como
consequência do seu arrependimento, Manassés reconstruiu muros, tirou da Casa
do Senhor os deuses estranhos e reparou o altar do Senhor que estava destruído.
Ele morreu reconciliado com Deus, e o seu filho, Amom, foi o seu sucessor. Em
lugar de seguir o exemplo do pai, honrando ao Senhor, o jovem monarca fez ainda
pior do que ele. O seu reinado durou pouco. Os seus servos mataram-no e a toda
a sua família. E fizeram Josias rei no seu lugar (2 Cr 33.11-25).
Josias - um rei usado por Deus
Josias tinha tudo para ser um mau rei. Era
filho de Amom, que fora um péssimo chefe de Estado e que se comportou de modo
reprovável diante de Deus. Todavia, colocou-se diante de Deus como o seu servo
para fazer a sua santa vontade. Assumiu o reino ainda criança, com apenas oito
anos de idade, como quase sempre acontecia quando a norma era passar o governo
de pai para filho. Na adolescência, com 16 anos, "começou a buscar o Deus
de Davi, seu pai" e, no duodécimo ano, com vinte anos, "começou a
purificar a Judá e a Jerusalém dos altos, e dos bosques, e das imagens de
escultura e de fundição" (2 Cr 34.1-3).
a) Era o começo de um
grande e poderoso avivamento.
Josias programou e realizou uma verdadeira
limpeza na vida espiritual corrompida da nação. Ele derribou altares aos
demônios, destruiu imagens de esculturas, reduzindo-as a pó, e estendeu essas
medidas saneadores da adoração a Deus em outras cidades, como em Manassés, Efraim,
Simeão e até mesmo em Naftali e os seus arredores. Ele próprio ficou à frente
dessas medidas drásticas, porém necessárias, para levar o povo de volta aos pés
do Senhor (2 Cr 34. 4-7). Além do zelo pelo lado espiritual da nação, Josias
foi um grande administrador. O Templo estava destruído, carecendo de reforma e
reconstrução. Josias buscou homens de confiança e promoveu a reconstrução do
santuário com recursos postos nas mãos de homens hábeis e fiéis (2 Cr 34.8-14).
b) Acharam o livro da Lei. Mesmo com
todo o empenho de Josias em buscar ao
Senhor com o seu povo, a situação espiritual de Israel era tão decadente que,
durante quase vinte anos, a Lei do Senhor não tinha sido valorizada. Até o
livro da Lei estava perdido. Durante a reconstrução do Templo, liderada pelo
sumo sacerdote Hilquias, ajudado por homens que "trabalhavam fielmente na
obra", houve uma descoberta jamais esperada em meio aos escombros do
Templo:
E, tirando eles o
dinheiro que se tinha trazido à Casa do Senhor, Hilquias, o sacerdote, achou o
livro da Lei do Senhor, dada pelas mãos de Moisés. E Hilquias respondeu e disse
a Safã, o escrivão: Achei o livro da Lei na Casa do Senhor. E Hilquias deu o
livro a Safã. (2 Cr 34.14-15)
Quando Josias tomou conhecimento de que o
livro da Lei, dado por Moisés para o povo de Israel, houvera sido achado, foi
grande a sua preocupação:
Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras da Lei,
rasgou as suas vestes. E o rei deu ordem a Hilquias, e a Aicão, filho de Safa,
e a Abdom, filho de Mica, e a Safã, o escrivão, e a Asaías, ministro do rei,
dizendo: Ide, consultai ao Senhor, por mim e pelos que restam em Israel e em
Judá, sobre as palavras deste livro que se achou, porque grande é o furor do
Senhor, que se derramou sobre nós; porquanto nossos pais não guardaram a
palavra do Senhor, para fazerem conforme tudo quanto está escrito neste livro
(2 Cr 34.19- 21-grifo acrescido).
c) A avivamento com juízo de Deus. O Senhor usou
a profetisa Hulda para responder ao rei que mandou consultar ao Senhor pela
gravíssima situação do povo de terem desprezado a Lei do Senhor durante tanto
tempo. Ela primeiramente falou sobre juízo de Deus sobre Israel e que traria
todas as maldições que constavam no livro perdido:
Assim diz o Senhor:
Eis que trarei mal sobre este lugar e sobre os seus habitantes, a saber, todas
as maldições que estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá.
Porque me deixaram e queimaram incenso perante outros deuses, para me
provocarem à ira com toda a obra das suas mãos; portanto, o meu furor se
derramou sobre este lugar e não se apagará (2 Cr 34.24,25).
O rei Josias, entretanto, tinha o
reconhecimento de Deus de que era um homem sábio, humilde e santo. E, pela
profetisa Hulda, o Senhor mandou dizer a ele o seguinte:
Porém ao rei de
Judá, que vos enviou a consultar ao Senhor, assim lhe direis: Assim diz o
Senhor, Deus de Israel, quanto às palavras que ouviste: Como o teu coração se
enterneceu, e te humilhaste perante Deus, ouvindo as suas palavras contra este
lugar e contra os seus habitantes, e te humilhaste perante mim, e rasgaste as tuas
vestes, e choraste perante mim, também eu te
Aviva a Tua Obra : O Chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder
de Deus
Elinaldo Renovato
EM CONSTRUÇÃO

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