TEXTO
ÁUREO
“Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a sua
fama correu por todas as terras em derredor.”  
(Lc 4.14)
VERDADE
PRÁTICA
O alcance espiritual da vida de um crente avivado revela a extraordinária
atuação do Espírito Santo.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Lucas
4.14-22
14- Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a
sua fama correu por todas as terras em derredor.
15- E ensinava nas suas sinagogas e por todos era louvado.
16- E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado,
segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.
17- E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro,
achou o lugar em que estava escrito:
18- O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar
os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,
19- a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em
liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.
20- E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os
olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
21- Então, começou a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu esta Escritura em
vossos ouvidos.
22- E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça
que saíam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José? 
PLANO
DE AULA
 1.
INTRODUÇÃO
Professor(a), na lição deste domingo veremos
que Jesus, o Filho de Deus, se fez carne para nos salvar e nos aproximar
novamente do Pai. Sem Jesus a humanidade estaria perdida. O Salvador iniciou o
seu ministério terreno na Galileia e realizou o seu primeiro milagre em uma
festa de casamento (Jo 2.1-12). Jesus ensinou, pregou, curou os enfermos,
libertou os oprimidos pelo Inimigo e logo “a sua fama correu por todas as
terras em derredor” (Lc 4.14). Jesus foi bem-sucedido em seu ministério e tudo
o que Ele realizou foi “pela virtude do Espírito Santo”. O ministério de Jesus
causou um impacto sobre o seu povo, os judeus. Nosso Senhor teve um ministério
avivado e vitorioso porque a sua mensagem era proclamada sob a autoridade do
Espírito Santo.
 
 2.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: 
I)
Apresentar Jesus e a pessoa do
Espírito Santo; 
II)
Explicar a importância da
oração no ministério de Jesus Cristo; 
III)
Conscientizar de
que Jesus teve uma vida na unção do Espírito.
B) Motivação:
Jesus foi bem-sucedido em seu ministério terreno porque enquanto homem teve uma
vida na unção do Espírito. Para sermos vitoriosos em nosso ministério enquanto
cristãos, precisamos seguir o exemplo de Jesus e vivermos uma vida na unção do
Espírito Santo. Para isso precisamos orar, ler e obedecer a Palavra de Deus e
jejuar, como fez o nosso Salvador. Como está o seu ministério? Você tem buscado
seguir o exemplo de Jesus Cristo?
C) Sugestão de Método:
Sente-se com os alunos em círculo. Ore para iniciar a aula e em seguida faça a
seguinte pergunta: O Espírito Santo agiu, atuou na vida de Jesus? Ouça as
respostas com atenção e incentive a participação de todos. Explique que Jesus,
já adulto, foi batizado por João, e nesse momento o Espírito Santo veio sobre
Ele em “forma corpórea, como uma pomba” (Lc 3.22). Então, pelo poder do
Espírito Ele volta para sua terra, a Galileia, para ensinar nas sinagogas. Diga
que ao chegar em Nazaré, o Mestre leu o texto de Isaías que dizia: “O Espírito
do Senhor é sobre mim […]” (Lc 4.18).
 3.
CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Após
enfatizar que o Senhor Jesus teve um ministério avivado porque foi ungido pelo
Espírito Santo, faça a seguinte pergunta: Você tem buscado a unção do Espírito
Santo para exercer o seu ministério com excelência? Está disposto/a a deixar as
coisas deste mundo e buscar tão somente glorificar o nome do Pai como fez o
Senhor Jesus?
 4.
SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale
a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e
subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 92, p.38, você
encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios
que darão suporte na preparação de sua aula: 1) Para aprofundar o primeiro
tópico, o texto “Jesus e o Espírito Santo” mostra o relacionamento profundo de
Jesus com a terceira Pessoa da Trindade; 2) Para aprofundar o segundo tópico, o
texto “Se Jesus é Deus por que precisou orar?” nos mostra que na posição de
Deus, Cristo não precisava orar, mas Ele o fez para manter a comunhão e
companheirismo próprios da Deidade e para nos deixar o exemplo. Na qualidade de
homem, estando revestido de um corpo humano, a oração era tão essencial a Ele
como fora a todos os patriarcas.
Palavra-Chave: 
JESUS
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
JESUS
E O ESPÍRITO SANTO
“Jesus está em profundo relacionamento com a
terceira Pessoa da Trindade. Já de início, o Espírito Santo leva a efeito a
concepção de Jesus no ventre de Maria (Lc 1.34,35). O Espírito Santo veio sobre
Jesus no seu batismo (Lc 3.21,22). Nessa ocasião, o relacionamento entre ambos
assume um novo aspecto, que somente pela encarnação seria possível. Lucas 4.1
deixa claro que esse revestimento do Espírito Santo, preparou Jesus para
enfrentar Satanás no deserto e para a inauguração de seu ministério terrestre.
O batismo de Jesus tem desempenhado um papel crucial na cristologia, e devemos
examiná-lo em profundidade. Jesus é a figura chave no derramamento do Espírito
Santo.
Depois de levar a efeito a redenção mediante a
cruz e a ressurreição, Jesus subiu ao Céu. De la, juntamente com o Pai, Ele
derramou e continua derramando o Espírito Santo em cumprimento a promessa profética
de Joel 2.28,29 (cf. At 2.23). Essa é uma das maneiras mais importantes de hoje
conhecermos Jesus: na sua qualidade de Doador do Espírito” (HORTON, Stanley
(Ed). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
pp. 332,333).
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
SE
JESUS É DEUS, PORQUE PRECISOU ORAR?
“Embora seja Deus, enquanto esteve aqui na
Terra Jesus não era somente Deus – era o Deus-Homem. Na posição de Deus, Ele
não precisava orar (exceto para manter aquela comunhão e companheirismo
próprios da Deidade). Mas, na qualidade de homem, estando revestido de um corpo
humano, sendo descendente legítimo de Abraão, a oração era tão essencial a Ele
como fora a Abraão e seus descendentes. A oração destacou-se em cada aspecto e
fase da vida e ministério de Jesus.
A Bíblia cita numerosos exemplos de oração
durante o curto período de três anos e meio do ministério de Jesus. Há
evidências de que a oração era a própria respiração da vida de Jesus. O
Salvador vivia uma vida disciplinada. Os Evangelhos registram determinados
hábitos que Ele fazia questão de cultivar. Um deles era frequentar regularmente
a sinagoga aos sábados, o que, naturalmente, inclui um período de oração.
Não é errado pensar que Jesus tinha ido
diariamente a sinagoga ou ao Templo – dependendo do lugar onde Ele estivesse –
para dedicar-se à oração. Além disso, dando apoio a ideia da constância de
Jesus na oração, temos sua declaração direta, feita aos discípulos, de que os
crentes tem ‘o dever de orar sempre e nunca desfalecer’ (Lc 8.1)” (BRANDT,
Robert L. BICKET, Zenas J. Teologia Bíblica da Oração: o Espírito nos Ajuda a
Orar. Rio de Janeiro: CPAD, p.166).
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos que o Senhor Jesus teve um
ministério avivado porque foi ungido pelo Espírito Santo. Ora, se o Senhor
Jesus, sendo Deus, foi ungido pelo Espírito Santo para desenvolver o seu
ministério, por que conosco seria diferente? Vivamos, pois, uma vida de
serviços na causa do Mestre, de modo que o Espírito Santo confirme a nossa
vocação.
CPAD – AVIVA A TUA OBRA – O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao
poder de Deus 
| Lição 04: O Ministério Avivado de Jesus
| 
   O  | 
 
 ministério
de Jesus teve início na Galileia e provocou grande repercussão diante do povo,
pois "a sua fama correu por todas as terras em derredor" (Lc 4.14b).
Ali, Ele demonstrou como era usado por Deus, vivendo cheio do Espírito Santo.
Ele não se deslocou para a Galileia simplesmente por gostar da região ou por
ser bem aceito e reconhecido pelas pessoas, mas chegou ali "pela virtude
do Espírito" (Lc 4.14a). Ao mesmo tempo, quando pregava na sinagoga, Jesus
sofreu grande desconfiança por parte dos que o ouviam. Ali, Ele declarou a sua
missão, e houve grande oposição à sua pessoa, a ponto de expulsarem-no da
cidade:
  E todos, na sinagoga, ouvindo
essas coisas, se encheram de ira.E, levantando-se, o expulsaram da cidade e o
levaram até ao cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali
o precipitarem. Ele, porém, passando pelo meio deles, retirou-se (Lc 4.28-30).
  Um
grande ensino para nós, que lideramos igrejas, chamado por Deus para essa
grande missão. Precisamos ser e estar "cheios do Espírito Santo" para
podermos cumprir de maneira correta e elevada o que nos foi confiado por Deus e
saber que nunca teremos o apoio unânime dos que nos ouvem.
  Hoje,
há líderes eclesiásticos, pastores, dirigentes congregações ou de departamentos
e outros órgãos nas igrejas que buscam trabalhar segundo "métodos e
técnicas de administração". Não tenho nada contra tais métodos, mas tudo
pode fracassar caso não haja a direção do Espírito Santo, pois a obra do Senhor
é, acima de tudo, de caráter espiritual; ela tem o seu lado organizacional e
deve ser bem administrada, mas nunca o líder deve confiar nos seus cursos que,
porventura, possui, em termos acadêmicos ou teológicos: "Eu sou a videira,
vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim
nada podereis fazer" (Jo 15.5). É indispensável, portanto, ser cheio do
Espírito Santo. Ultimamente tem surgido no meio de algumas igrejas uma tal de
"teologia coaching", "ministério coaching". Isso é algo que
precisa ser evitado.11 de
  O
método coaching, voltado para o desenvolvimento humano e empresarial, além de
usar técnicas administrativas, usa a "linguagem Ericksoniana", que é
uma técnica de hipnose:
  A
hipnose ericksoniana é um método de hipnose indireta criada por Milton
Erickson. Considerado como o pai da hipnoterapia, foi um psiquiatra e psicólogo
americano. Erickson descobriu que a sugestão indireta poderia resultar em uma
mudança comportamental terapêutica. Ele preferiu conversar com clientes usando
metáforas, contradições, símbolos e antídotos para influenciar seu
comportamento, em vez de ordens diretas.¹ 12
  Princípios
e técnicas da administração científica podem ser usados com êxito na
administração eclesiástica, desde que feito com sabedoria, examinando tudo e
retendo o que é bom (1 Ts 5.21), mas jamais podem substituir a presença e a
direção do Espírito Santo. Um servo de Deus, pastor ou líder de igreja ou outro
trabalho na igreja local não pode deixar ser influenciado por métodos que usam
técnicas de hipnose. Jesus era homem e era (e é) Deus. Ele era, porém, guiado
pelo Espírito Santo. Na Galileia, Ele "ensinava nas suas sinagogas, e por
todos era louvado" (4.16).
  Num
sábado, na sinagoga, lendo o profeta Isaías, Ele disse:
  O Espírito do Senhor é sobre mim,
pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados
do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em
liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor (Lc 4.18, 19).
  Essa
era a razão pela qual a mensagem de Jesus sobrepujava de longe a mensagem dos
escribas e fariseus. Eles baseavam-se no legalismo puro e simples, frio e
calculista. Jesus promoveu verdadeiro avivamento, que se espalhou por todo o
mundo e chegou até nós, porque o Espírito do Senhor era sobre Ele e ungiu-o
para cumprir a sua gloriosa missão. Que Deus nos ajude a entender essa verdade.
Precisamos ser cheios do Espírito Santo para obtermos êxito e vitória em nosso
ministério.
I-JESUS
E A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO
  Jesus
e o Espírito Santo estão eternamente em comunhão perfeita na Trindade. Para os
judeus, só há um Deus, no singular, baseados no que diz o AT: "Ouve,
Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor" (Dt 6.4). O apóstolo Paulo
diz: "Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem
nós vivemos" (1 Co 8.6a). Após longas discussões sobre a Trindade, o Credo
Niceno afirma: "Um só Deus na Trindade, e a Trindade na Unidade";
"O Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus. E, porém, não
são três deuses, mas um só Deus".
1.
O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DE JESUS
 No nascimento de Jesus
  Quando
Jesus nasceu, o anjo Gabriel foi dar o anúncio a Maria, o que causou grande
espanto a ela, pois era virgem, fazendo-a indagar como poderia aquilo acontecer
se ela não era casada: "E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti
o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo
que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus"
(Lc 1.35). Na sua encarnação, Jesus fez-se homem, mas não deixou de ser Deus.
Todavia, para tornar-se o Emanuel, o Espírito Santo exerceu o seu papel de
executor divino do mistério da encarnação.
 No batismo de Jesus
  Na sua
infância, criado pela sua mãe e pelo pai adotivo, José, Jesus foi um menino
educado segundo a Lei de Moisés. Ao oitavo dia de nascido, foi apresentado no
Templo, onde foi circuncidado (Lc 2.21-24). Na sua adolescência, certamente
auxiliou o seu pai na carpintaria, pois, ao iniciar o seu ministério, ainda
jovem, era conhecido como "o carpinteiro, filho de Maria" (Mc 6.3).
Antes de começar a proclamar o seu evangelho, Jesus submeteu-se ao batismo para
arrependimento, realizado por João Batista, no rio Jordão. Ao sair da água,
"[...] viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e vindo sobre ele. E
eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo" (Mt 3.16,17). Ali, houve uma manifestação indubitável da
Trindade. O Pai, declarando Jesus como o seu "Filho amado"; Jesus, o
Filho, saindo da água; e o Espírito Santo, materializado "como
pomba", descendo sobre Ele.
Na tentação de Jesus
  Após o
batismo em águas, Jesus foi conduzido "pelo Espírito ao deserto, para ser
tentado pelo diabo" (Mt 4.1- grifo acrescido). Ali experimentou o jejum
“quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome" (4.2). Ele suportou e
venceu as três investidas do Diabo contra a sua pessoa, começando pela área do
instinto mais forte do ser humano: o da fome; depois no questionamento sobre a
sua identidade: Filho de Deus; e, em seguida, na área do poder humano: em busca
de glória terrena.
  Jesus
foi vencedor em todas essas investidas satânicas e, usando a poderosa arma da
Palavra de Deus a cada ataque, respondeu, dizendo: "Está escrito";
"Então, o diabo o deixou; e eis que chegaram os anjos, e o serviram"
(ver Mt 4.1-11). Se Ele não tivesse a presença do Espírito Santo na condição
humana, jamais teria vencido a terrível opressão e tentação malignas.
 2. O ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DE JESUS
  Com
cerca de trinta anos, Jesus começou a exercer, de fato, o seu ministério
terreno depois de voltar do monte da tentação, no deserto da Judeia, iniciando
pela Galileia:
  Então, pela virtude do Espírito,
voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em
derredor. E ensinava nas suas sinagogas e por todos era louvado. (Lc 4.14,15)
Jesus, ungido pelo
Espírito Santo
  O
ministério de Jesus teve início debaixo da unção do Espírito Santo. Era uma
condição indispensável para cumprir a sua missão na terra, quando haveria de
enfrentar todos os tipos de oposição que se podia imaginar, principalmente por
parte dos líderes religiosos da época. Por inveja, muitas vezes, Jesus foi
perseguido e ameaçado de morte; todavia, como Ele estava debaixo da unção de
Deus, pelo Espírito Santo, pôde iniciar a sua obra, desenvolvê-la e concluí-la
no patíbulo da cruz. Depois do batismo e da tentação, Ele declarou:
  O Espírito do Senhor é sobre mim,
pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados
do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em
liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. (Lc 4.18,19)
   Nessa
declaração profética, Jesus resumiu a sua missão terrena em seis objetivos,
pelos quais Ele foi ungido pelo Espírito Santo:
  a)
Primeiro objetivo: Ungido "para evangelizar os pobres". Jesus
tinha consciência das prioridades da sua missão. Ele elegeu como prioridade
começar a evangelizar os pobres. Por que teria sido essa a sua visão para o
início do seu ministério? Certamente, Ele sabia que o seu ministério seria
curto, não ultrapassando três anos de pregação. Se começasse pelos ricos, teria
perdido muito tempo e não obteria retorno para o seu glorioso trabalho. Ele
disse num dos sermões:
  Disse, então, Jesus aos seus
discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no Reino dos céus.
E outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha
do que entrar um rico no Reino de Deus. (Mt 19.23-24)
  Jesus
era realista. As pessoas ricas, possuidoras de grandes patrimônios materiais,
não sentem necessidade de Deus nas suas vidas. A maioria dá as costas para a
pregação do evangelho. Enquanto isso, os pobres são geralmente mais propensos a
ouvir a mensagem de Cristo.
  Não se
trata de preconceito contra a riqueza, nem tampouco exaltação à pobreza, só que
a realidade é essa. Assim, Jesus, como excelente planejador estratégico,
decidiu por começar a pregar primeiramente aos pobres, não fazendo acepção de
pessoas. Também pregou a pessoas ricas como Zaqueu, homem de posição social
elevada, mas, ao ouvir Jesus, reconheceu-se pecador, humilhou-se e
converteu-se. Diante das pessoas, na casa de Zaqueu, Jesus disse: "E
disse-lhe Jesus: Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de
Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia
perdido" (Lc 19.9,10). Outro exemplo é o de Nicodemos, "príncipe dos
judeus". Ele procurou Jesus de noite e ouviu um dos seus maiores sermões
acerca da salvação para "todo aquele que nele crê [...] tenha a vida eterna"
(Jo 3.16).
   b)
Segundo objetivo: "[...] curar os quebrantados do coração".
Esse termo tem significado interessante na Bíblia. Um coração quebrantado quer
dizer um coração cheio de humildade e disposição para submeter-se à vontade de
Deus. É o contrário de um coração endurecido, cheio de orgulho e
autossuficiência. Esse tipo de coração agrada a Deus: "Perto está o Senhor
dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito" (SI
34.18). Na missão de Jesus, Ele veio para "curar" os que são "quebrantados
de coração". A sua Palavra, cheia de misericórdia e de amor pelos que
sofrem as adversidades da vida, promove a cura interior, trazendo paz e
descanso para a alma: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28).
c) Terceiro objetivo: "apregoar liberdade aos cativos".
Jesus incluiu na sua missão a libertação dos cativos espirituais, que são os
oprimidos pelo pecado e pelo Diabo. Com a Queda, a humanidade passou a ser
seduzida, enganada e voltada para a prática de tudo o que é contra a santidade
de Deus. Na ilusão do pecado, o ser humano pensa que é "livre". O
Diabo prende as pessoas com uma "falsa liberdade", escravizando-as
através de vários meios de destruição, tais como vícios, fornicação,
adultérios, prostituição, violência, falsas religiões, heresias e outras coisas
que lhes prendem de tal forma, que são prisioneiros do pecado e da corrupção.   Porém, quando a pessoa aceita a Cristo como o
seu salvador,    Ele promove a verdadeira
liberdade - a liberdade para a salvação. Paulo teve a revelação dessa gloriosa
liberdade:
  Porque
a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a
sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da
servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. (Rm
8.20.21)
  Falando
sobre a sua missão de maneira eloquente, a libertação dos cativos espirituais:
  Jesus
dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra,
verdadeiramente, sereis meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade
vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos
a ninguém; como dizes tu: Sereis livres? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em
verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. Ora, o
servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre. Se, pois, o Filho
vos libertar, verdadeiramente, sereis livres. (Jo 8.31-36-grifo acrescido)
  d) Quarto objetivo: "dar vista aos
cegos". Na
unção de Jesus pelo Espírito Santo, foi incluída a missão de "dar vista
aos cegos". Jesus tinha poder sobre todos os tipos de enfermidades e até
sobre a morte. Ele curou muitos enfermos em número não avaliado no seu
evangelho. Entre os enfermos curados por Ele, houve cegos até de nascença (Mt
20.29-34; Jo 9.1-6), mas, no texto em apreço, Jesus certamente se referia a
outro tipo de cegueira: a espiritual. Após curar um cego de nascença, Ele
mostrou outro tipo de cego:
  E
disse-lhe Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não veem
vejam e os que veem sejam cegos. Aqueles dos fariseus que estavam com ele,
ouvindo isso, disseram-lhe: Também nós somos cegos? Disse-lhes Jesus: Se
fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos, por isso, o
vosso pecado permanece. (Jo 9.39-41).
   A
cegueira espiritual é a causa de todos os males morais e humanos que afligem a
humanidade. Ela leva a maioria das pessoas a ser dominadas pela incredulidade,
que é a mãe de todos os tipos de pecados. Sem crer em Deus, ou os homens
tornam-se os seus próprios deuses ou, então, elegem outros "deuses"
nas suas vidas. A cegueira espiritual seduz as pessoas para acreditar e
praticar falsos ensinos e heresias das mais estranhas. Milhões de falsos deuses
são adorados na Índia, inclusive ratos e outros animais, além de adorarem o
rio, o Sol, a Lua, etc. O mesmo ocorre no budismo, no xintoísmo, no espiritismo
e em tantas expressões religiosas que levam o ser humano para longe de Deus, o
Senhor. Por causa dessa cegueira, a juventude está sendo destruída nas drogas,
na violência e na prostituição. Por causa dela, homens fazem guerras, lutas e
pelejas quase sempre em busca do poder passageiro, desejados pelas mentes sem
Deus. Assim, Jesus declarou que "os que veem" tornem-se cegos. E Ele
tem o remédio para a cura desse terrível mal: o seu sangue, que nos purifica de
todo pecado (1 Jo 1.7).
  e) Quinto objetivo: "a pôr em liberdade
os oprimidos".
Em toda a história, como consequência do pecado que passou a todos os homens
(Rm 5.12), tem havido opressão sob diversas formas contra muitas pessoas. Desde
que passou a existir o governo humano, os mais fortes oprimem os mais fracos.    Governos ditatoriais, geralmente
materialistas, que adotam a filosofia comunista, procuram oprimir as pessoas,
privando-as das suas liberdades individuais. Na China, país de ditadura
comunista, até cultos on-line são proibidos; lá a Bíblia é considerada um livro
perigoso. Também há opressão por parte de governos que decretam religião oficial
nos seus países, como nos países islâmicos, que oprimem as pessoas e proíbe-as
de escolher a religião que desejarem seguir. Os cristãos são os mais
perseguidos nesses países, onde a ditadura religiosa impera.
  No
ministério ungido de Jesus, Ele proclamou a liberdade aos cativos espirituais,
àqueles que, por não conhecerem a Cristo, são seduzidos, escravizados e
oprimidos pelo pecado, sob as suas mais diversas formas. A maioria das pessoas
no mundo não conhece a Jesus e nem o seu evangelho libertador. Enganados e
cegos, não percebem que estão debaixo de um jugo opressor do maligno. Por isso,
Jesus garantiu: "e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará [...].
Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres" (Jo
8.32,36). Ninguém e nenhuma instituição educacional, cultural ou social, e
nenhum governo ou sistema político, ou mesmo terapias com psicólogos,
psiquiatras ou psicanalistas no mundo conseguiram libertar tantas pessoas dos
vícios, da violência, da prostituição e da opressão maligna do que a Igreja de
Jesus, e tudo isso ela fez por meio da pregação do evangelho de Cristo.
  Quantos
no mundo, durante séculos e, principalmente, em tempos difíceis de isolamento
social, como na pandemia, deram cabo da sua própria vida. Países riquíssimos da
Europa e de outros continentes possuem índices elevadíssimos de suicídios. Por
quê? Porque são pessoas oprimidas que não conhecem o poder libertador de Jesus
Cristo. Ele proclamou em convite maravilhoso:
  Vinde
a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai
sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e
encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu
fardo é leve. (Mt 11.28-30).
  f) Sexto objetivo: "anunciar o ano aceitável
do Senhor".   Jesus, ao proclamar solenemente a sua missão,
incluiu esse objetivo de "anunciar o ano aceitável do Senhor". Ele
citou isso com base no que diz o profeta Isaías setecentos anos antes de
Cristo: "[...] a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do
nosso Deus; a consolar todos os tristes" (Is 61.1,2- grifo acrescido). O
profeta Isaías incluiu na missão do Messias dois eventos de natureza oposta. O
primeiro, "o ano aceitável do Senhor", e o segundo, "o dia da
vingança do nosso Deus". Segundo alguns exegetas, o “ano aceitável"
seria uma alusão ao Ano do Jubileu no Antigo Testamento. Era um ano muito
esperado pelos hebreus, pois se celebrava somente a cada cinquenta anos. De
acordo com a Biblia de Estudo Pentecostal (CPAD), em nota sobre Levítico 25.8-
34,
  Três
características distinguiam o ano do Jubileu (ano este, que ocorria a cada
cinquenta anos). (1) Todos os escravos israelitas eram libertados. (2) Toda
propriedade dos ascendentes que tivesse sido vendida era devolvida à família
original. (3) A terra permanecia em repouso, sem cultivo. O propósito de Deus
ao instituir esse ano especial era garantir a justiça e impedir os ricos de
acumular riquezas e adquirir terras às custas dos pobres. 13
  Cristo
trouxe para Israel e para o mundo "o ano aceitável do Senhor", o
tempo de plena libertação da escravidão do pecado, do mundo, da carne e do
Diabo. Esse "ano aceitável" já é presente. Os salvos já o
experimentam desde quando aceitaram a Cristo. A salvação em Cristo é abrangente
e profunda:
   Mas
graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma
de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos
servos da justiça [...]. Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de
Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. (Rm
6.17,18,22)
  Porém,
de modo bem evidente, Jesus não disse que traria no seu ministério "o dia
da vingança de nosso Deus" (Is 61.2). Isso porque esse dia ainda não
chegou. Virá na consumação dos séculos, no juízo de Deus sobre os impios, sobre
a humanidade incrédula e rebelde contra o Senhor.
 II - JESUS E A ORAÇÃO NO SEU MINISTÉRIO
  Jesus,
no seu ministério terreno, foi um exemplo de vida de oração. Ele era Deus, mas
ao mesmo tempo era humano, o Filho do Homem. Para cumprir a sua missão nessa
condição, Ele precisou renunciar a muitos aspectos da sua divindade:
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento
que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por
usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de
servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem,
humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.5-8)
  Ele
não usou os seus atributos de onipotência e onipresença diante dos homens antes
de ressuscitar. Fez sempre uso da sua onisciência. Assim, experimentou todas as
situações por que os homens passam, inclusive nas tentações. Ele "[...] em
tudo foi tentado, mas sem pecado" (Hb 4.15). Por isso, valorizou o seu
relacionamento com o Pai, sempre dedicado à vida de oração.
1.
JESUS VALORIZAVA A ORAÇÃO
A Oração do Pai Nosso
  Somente
Mateus registra essa oração padrão, ensinada por Jesus. Em meio ao Sermão da
Montanha, após proferir vários ensinos preciosos sobre o que Ele preconizou
para os seus seguidores, Jesus incluiu o ensino sobre como orar e disse para
eles que não deveriam orar como "os hipócritas", que oravam "em
pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens"
(Mt 6.5). Jesus deu orientações sobre como se deve orar, segundo a sua vontade,
de forma até didática, quando se tratar de oração individual. Ele orientou até
mesmo sobre a discrição na oração. O Senhor Deus não se impressiona com
exibições de santidade na oração: "Mas tu, quando orares, entra no teu
aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e
teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará" (6.6); e ainda exortou
para não se imitar os hipócritas, que usavam de repetições sem sentido:
  E,
orando, não useis de vās repetições, como os gentios, que pensam que, por muito
falarem, serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai
sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes. (6.7-9)
  Em
seguida, ensinou a oração padrão, que é referência para todas as outras:
  Portanto,
vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.
Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu. O pão
nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós
perdoamos aos nossos devedores. E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do
mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém! (Mt
6.9-13).
 2. JESUS VIVEU EM ORAÇÃO
  Além
de ensinar a orar, Jesus foi um exemplo na oração. Mesmo sendo Deus na condição
humana, Ele buscou ao Pai em diversas ocasiões.
  Ele
orou no batismo
  “E
aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus,
orando ele, o céu se abriu" (Lc 3.21). Mateus não registra o que Jesus
orou, mas "o céu se abriu" com a sua oração. Isso é um exemplo para
nós! Se queremos mesmo ver o céu ser aberto com as bênçãos de Deus sobre nós,
então devemos orar sempre.
  Ele
orou para escolher os seus discípulos
Jesus deu um exemplo maravilhoso sobre como
devem ser escolhidos obreiros para a sua obra. Ele tinha um número maior de
seguidores, mas resolveu escolher apenas doze para caminharem ao seu lado, no
maior curso de evangelização que houve no mundo. Para selecioná-los, contudo,
não apenas olhou para eles e viu a aparência de cada um, ou o seu grau de
instrução, ou mesmo o caráter de cada um; Ele passou uma noite de vigília,
orando a Deus:
  E
aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração
a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze
deles, a quem também deu o nome de apóstolos: Simão, ao qual também chamou
Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé;
Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas
Iscariotes, que foi o traidor. (Lc 6.12-16)
Que saibamos orar a Deus, o Senhor, quando
tivermos que escolher alguém para realizar a sua obra em nosso ministério.
  Ele orou grato a Deus por revelar-se aos
humildes
  Depois
que enviou os setenta discípulos "de dois em dois, a todas as cidades e
lugares aonde ele havia de ir", eles trouxeram com muita alegria um
relatório maravilhoso do que o Senhor operara por meio deles no nome de Jesus.   Jesus fez-lhes saber que eles foram
bem-sucedidos, porque os guardou, pois lhes declarou que vira "Satanás,
como um raio, cair do céu”, e que se alegrassem muito mais por estarem os seus
nomes escritos nos céus:
  Naquela mesma hora, se alegrou
Jesus no Espírito Santo e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da
terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste
às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve. (Lc 10.21; Mt 11.25)
  Temos
uma grande verdade revelada por Cristo nessa oração. Deus não revela as suas
verdades e nem os seus mistérios a pessoas que se julgam grandes, orgulhosas ou
presunçosas, "a pessoas que se julgam grandes", "aos sábios e
inteligentes", segundo o mundo, mas revela-as "às criancinhas",
"aos pequeninos" (Mt 11.25), ou seja: Deus quer trabalhar com os
humildes, os simples, que não se exaltam a si mesmos.
  Jesus orou três vezes no Getsêmani
  Antes
de ser preso e levado ao Calvário, Jesus foi ao Getsêmani com os seus
discípulos:
  A primeira oração. Chegando ali, deixou-os e disse: "[...]
Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando consigo Pedro e os dois
filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito". Foi
uma oração cheia de tristeza:
  Então,
lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e
vigiai comigo. E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando
e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja
como eu quero, mas como tu queres. E, voltando para os seus discípulos,
achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudeste vigiar
comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito
está pronto, mas a carne é fraca. (Mt 26.36-41 grifo acrescido)
  Nessa
oração, Jesus deixou um precioso ensino sobre a atitude que devemos ter quando
oramos ao Senhor Deus. Ele pediu ao Pai que, "se possível", afastasse
dEle aquela tribulação, mas concluiu a sua primeira oração, dizendo:
"[...] todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres". Essa é
uma resposta aos que propagam a chamada "confissão positiva" da tal
"teologia da prosperidade", segundo a qual o crente tem o direito de
"exigir", "determinar" e "decretar", e Deus, por
sua vez, tem que atender as suas exigências na oração. Esses pregoeiros
triunfalistas precisam voltar evangelho e aprender com Jesus a lição do
Getsêmani.
  A segunda oração. Com a alma cheia de angústia, Jesus foi mais
adiante e orou ao Pai:
  E, indo segunda vez, orou,
dizendo: Meu Pai, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se
a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez adormecidos, porque os seus
olhos estavam carregados. (Mt 26.42,43)
  Jesus
mais uma vez demonstrou a sua humildade e submissão à vontade do Pai. Ele não
decretou e nem determinou que Deus mudasse aquela situação angustiante, mas
repetiu: "[...] faça-se a tua vontade".
  A
terceira oração. Mais uma vez, voltando do lugar solitário onde fora orar,
Jesus encontrou os seus discípulos adormecidos:
  E,
deixando-os de novo, foi orar pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras.
Então, chegou junto dos seus discípulos e disse-lhes: Dormi, agora, e repousai;
eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem será entregue nas mãos dos
pecadores. Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que me trai. (Mt
26.44-46 - grifo acrescido)
III - A NECESSIDADE DE UM MINISTÉRIO NA UNÇÃO
DO ESPÍRITO SANTO
  Nenhum
ministério vinculado à Igreja do Senhor Jesus pode ser bem-sucedido se os que
nele são envolvidos não tiverem uma vida na unção do Espírito Santo. Como já
fizemos alusão, a maior falha da Reforma Protestante (século XVI), com Martinho
Lutero, João Calvino, Ulrico Zuinglio e outros reformadores, foi não dar o
devido valor à unção e à ação do Espírito Santo. Faltou o Solus Spiritus. Houve
grandes avivamentos na Europa, mas depois se desvaneceram porque lhes faltava a
marca da unção do Espírito Santo.
  Todos
os grandes avivamentos, como visto nos capítulos 2 e 3 sobre o Avivamento no
Antigo e no Novo Testamentos, começaram com algumas características
fundamentais e indispensáveis. Primeiro, sob a fundamentação na Palavra de
Deus; segundo, com muita oração e com a unção do Espírito Santo. Assim foi no
ministério de Jesus e no dos seus apóstolos, que continuaram a missão que lhes
foi confiada, bem como em grandes movimentos avivados nos séculos passados.
  Nos
dias de hoje, na maior parte do mundo, como dissemos, parece que uma
"frente fria espiritual tem caído sobre o mundo", inclusive sobre
países e nações que já experimentaram a manifestação do poder de Deus. Que o
Senhor nos abençoe e nos guarde! E que possamos ver o cumprimento da promessa
de Deus de derramar o seu Espírito de forma abundante:
  Porque derramarei água sobre o
sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua
posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes. (Is 44.3) E há de ser
que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e
vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens
terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias,
derramarei o meu Espírito. (JI 2.28,29)
  No
Pentecostes, quando do derramamento e do batismo no Espírito Santo, diante de
pessoas de nada menos de quinze nações, com os sinais evidentes da poderosa
manifestação do Espírito Santo, como nunca acontecera, Pedro pôs-se em pé e
proclamou o significado daquele maravilhoso acontecimento diante dos que
achavam que os discípulos estariam embriagados:
  Mas isto é o que foi dito pelo
profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito
derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas
profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão
sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas
servas, naqueles dias, e profetizarão; e farei aparecer prodigios em cima no
céu e sinais em baixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se
converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes de chegar o grande e glorioso
Dia do Senhor; e acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo (At 2.16-21-grifo acrescido).
  "Os
últimos dias", de acordo com a mensagem do Novo Testamento, começaram com
a vinda de Jesus ao mundo para revelar o evangelho da Salvação e só terminarão
quando da sua segunda vinda para pôr fim à Grande Tribulação, libertar Israel
da destruição pelos seus inimigos e implantar o seu reino milenial. Antes
disso, os últimos dias trarão juízo divino sobre todo o principado do mal,
sobre os demônios e o seu líder. Será o "[...] dia da ira e da
manifestação do juízo de Deus, o qual recompensará cada um segundo as suas
obras" (Rm 2.5,6). Tudo isso acontecerá "antes de chegar o grande e
glorioso Dia do Senhor". A primeira parte dos "últimos dias" é
plena de bênçãos e maravilhas da parte de Deus. A segunda parte, porém, será de
juízo sobre toda impiedade e sobre todos que fazem rebelião contra Deus,
Cristo, a sua Palavra e a sua Igreja.
  11"Qual a origem do coaching? O Coaching é uma das
metodologias de desenvolvimento humano e empresarial, e também de aceleração de
resultados, que mais tem contribuído para que indivíduos e empresas alcancem
seus objetivos em um curto espaço de tempo... Trata-se basicamente de um
processo de desenvolvimento humano, profissional e empresarial, que agrega e
utiliza conhecimentos de diversas áreas, como Administração de Empresas,
Psicologia, Neurociência, Linguagem Ericksoniana, Gestão de Pessoas e de
Negócios, entre muitas outras, em que o coach, profissional especializado por
aplicar as técnicas e ferramentas do Coaching, compreende os objetivos de seu
cliente, também chamado de coachee dentro do processo, e o auxilia a alcançar
estes mesmos objetivos, Hipnoterapia
Espaço detempo." Disponível em um curto
https://www.ibccoaching.com.br/portal/coaching/qual-origem-coaching/. Acesso em
13 de março de 2022. emEricksoniana esuastécnicas. Disponível
em12A http://albertodellisola.com.br. Acesso em 14 de
março de 2022.
13Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,
p. 223.
  AVIVA A TUA OBRA – O chamado das
Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus

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