quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Central Gospel - Lição 13 : O Discipulado e a Maturidade


 

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

 - Mt 4.18-22; Jo 8-31,32; 13.34,35

18- E JESUS, andando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.

19-E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.

20- Então, eles, deixando logo as redes, seguiram-no. E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com Zebedeu, seu pai, consertando as redes; e chamou-os.

Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.

João 8-31,32

31-JESUS dizia, pois, aos judeus que criam nele:

Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos

32- e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

João 13.34,35

34- Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.

35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se

vos amardes uns aos outros.

TEXTO AUREO

Não me escolhestes

vós a mim, mas eu

vos escolhi a vós,

 e vos nomeei, para que vades

e deis fruto, e o vosso fruto

 permaneça.

 João 15.16ª

OBJETIVOS

Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:

- compreender as relações - estabelecidas entre discipulado e maturidade;

- entender as implicações do discipulado - para o Cristão amadurecido;

- conhecer o preço do discipulado para o cristão amadurecido.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Professor, você está de parabéns por ter vencido mais uma etapa à frente deste grupo. Este é o momento para você fazer uma retrospectiva dos assuntos ensinados e observar se ficou algum assunto pendente ou alguma dúvida. Aproveite a ocasião para promover uma reunião festiva, de gratidão ao Senhor pelas vitórias alcançadas no decorrer deste período. Incentive os alunos à obtenção da nova revista, a fim deque estudem o assunto do próximo encontro.

 Excelente aula!

COMENTÁRIO

Palavra introdutória

Nesta lição, verificaremos as relações estabelecidas entre discipulado e maturidade, bem como analisaremos as implicações e o preço do discipulado para o cristão amadurecimento.

CONCLUSÃO

JESUS enfatizou: a marca mais sublime, o emblema, o sinal, a característica maior do verdadeiro discípulo é o amor: Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros (Jo 13.35).O dom mais excelente (o amor) é a essência do Criador (1Jo 4.8): foi por amor que Ele deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16); é por amor que Ele continua manifestando Sua benignidade, bondade, misericórdia e salvação a nós todos os dias. Portanto, como discípulos maduros, não deixemos de anunciar a boa nova de salvação, por meio de ações e palavras amorosas cotidianamente.

LPD Nº 67 - Maturidade Cristã, Decisão pessoal e mudança de mentalidade 

            

           Negar a Si Mesmo

  Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, A SI MESMO SE NEGUE, tome a sua cruz e siga[1]me” (Mc 8.34 – grifo do autor).

  O que significa a exigência de Jesus apresentada aos que aspiravam a ser seus discípulos? Quando ele disse a si mesmo se negue, o que, exatamente, isso queria dizer?

   Desde o início da história humana, o grande conflito que nós, humanos, temos com Deus é uma guerra de vontades. O Senhor disse ao primeiro casal que não era da vontade dele que comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal; mas eles escolheram sua própria vontade e comeram. A obediência é um requisito definido pelo criador para regrar o seu relacionamento com a humanidade desde o início; e o perigo de comprometer isso tudo sempre residiu na vontade e no poder de escolha dos homens, que tendem a diferir da vontade e das ordenanças divinas. Essa foi a razão pela qual Deus advertiu a Caim, antes de ele pecar:

  “… o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gn 4.7).

  Nossos desejos carnais trabalham contrários ao propósito divino, portanto, são contra nós! Nosso Senhor Jesus Cristo não veio apenas remover a culpa e a condenação do pecado; ele veio para restaurar o propósito inicial, comprometido pela desobediência do homem e suas trágicas consequências.

   Mas é ridículo acharmos que pode haver a restauração plena de tudo o que o homem tinha antes da queda sem que a mesma dimensão de obediência a Deus (e plena sujeição ao seu senhorio) seja restabelecida, como no princípio.

   O evangelho de Cristo é uma mensagem de obediência. Temos tentado proclamar uma mensagem de fé desacompanhada da obediência, e isso não se harmoniza com a revelação bíblica. Aliás, por duas vezes, Paulo relaciona, em sua carta aos Romanos, a obediência com a fé.

  “Por meio dele e por causa do seu nome, recebemos graça e apostolado para chamar dentre todas as nações um povo PARA A OBEDIÊNCIA QUE VEM PELA FÉ E vocês também estão entre os chamados para pertencerem a Jesus Cristo” (Rm 1.5,6, NVI – grifo do autor).

   “Ora, àquele que tem poder para confirmá-los pelo meu evangelho e pela proclamação de Jesus Cristo, de acordo com a revelação do mistério oculto nos tempos passados, mas agora revelado e dado a conhecer pelas Escrituras proféticas por ordem do Deus eterno, para que todas as nações venham A CRER NELE E OBEDECER-LHE; sim, ao único Deus sábio seja dada glória para todo o sempre, por meio de Jesus Cristo. Amém” (Rm 16.25-27, NVI – grifo do autor).

   Na verdade, há uma inquestionável conexão nas Escrituras entre crer e obedecer. Cristo nos mandou pregar o evangelho a toda criatura e disse que os que cressem seriam salvos (Mc 16.15,16). Portanto, o evangelho requer do homem uma resposta de fé. Mas o mesmo Jesus também ordenou que fizéssemos discípulos das nações e os ensinássemos a guardar (obedecer, cumprir, atender) tudo o que ele havia ensinado (Mt 28.19,20). Fé e obediência andam juntas!

  Em seu precioso livro Coração ardente: acendendo o amor por Deus, John Bevere diz o seguinte sobre isso:

  “Na Bíblia, crer significa não somente reconhecer a existência de Jesus, mas também obedecer à sua vontade e à sua Palavra. Em Hebreus 5.9, lemos: ‘E, uma vez aperfeiçoado, tornou-se a Fonte da salvação eterna para todos os que lhe obedecem’. Crer é obedecer”.

   Com isso em mente, é necessário reconhecer que a ordem de Cristo sobre negar a si mesmo não é uma mera tentativa de nos privar de algo supostamente bom. Trata-se do princípio da obediência sendo cultivado através do exercício da única coisa que pode barrar nossa inclinação ao pecado: o domínio próprio.

  Paulo definiu a autonegação nas seguintes palavras:

   “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.19,20). Em outra epístola, o apóstolo descreveu a maneira como podemos nos manter crucificados com Cristo:

  “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1Co 9.27). O que é a autonegação? Ela não deve ser confundida com autoflagelo. A linguagem de Paulo sobre “esmurrar o corpo” deve ser vista como figurada, o que percebemos, especialmente, quando ele fala sobre “reduzir o corpo à escravidão”. Aliás, para entender a não literalidade da afirmação do apóstolo, basta nos questionar: “De que forma essa segunda frase poderia ser literal?”

  Quando José, no Egito, disse não à sua vontade carnal de aceitar a proposta indecente da mulher de Potifar e adulterar com ela, ele estava “esmurrando seu corpo” e “reduzindo-o à escravidão”.

  Quando Jesus, no Getsêmani, orou para que a vontade do Pai celeste fosse feita, e não a sua, ele estava fazendo o mesmo.

   Richard Baxter declarou: “A morte perde metade de suas armas quando negamos em primeiro lugar os prazeres e interesses da carne”.

   Quem já entregou sua vida e tudo de si a Cristo, não tem mais nada a perder. Nāo há ameaças que possam intimidá-lo. É por isso que vemos, no livro de Atos, uma igreja “imparável”. Não havia prisões, ameaças, perseguições ou martírios que pudessem parar aquela primeira geração de cristãos.

  Que nível de rendição e entrega você já alcançou? Você já se dispôs ao mais profundo nível de doação a Deus? Ou sua vida ainda é valiosa demais aos seus próprios olhos? Essas são perguntas que precisamos fazer periodicamente.

  Alcançar essa dimensão de entrega e rendição em que nada mais importa, nem mesmo a nossa própria vida, não apenas fortalecerá nossa intimidade e comunhão com o Senhor, como também nos tornará “imparáveis” e invencíveis diante de nosso Adversário.

  Que o Senhor nos dê graça e nos ajude tanto a entender mais profundamente como a praticar esse princípio inegociável do seu reino! Artigo em formato digital:

    NEGAR A SI MESMO - Luciano Subirá

     Natural, Carnal e Espiritual

   Há nomenclaturas bíblicas que podem ser usadas para indicar fases de crescimento maturidade. Atente para as palavras que Paulo entregou em sua primeira carta aos coríntios:

   Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí[1]lo? Mas nós temos a mente de Cristo. E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Com leite vos criei e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis; porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens?

 1 Coríntios 2.14-16 / 3:1-3

  O apóstolo faz referência a homem natural, carnal e espiritual. Vamos tentar entender cada um desses adjetivos e o porquê de Paulo fazer a distinção classificatória:

  Natural

  A palavra grega traduzida como natural é psuchikos e significa, de acordo com Strong: “de ou que faz parte da respiração; que tem a natureza e características daquilo que respira; o principal da vida animal, o que os seres humanos têm em comum com os animais; governado pela respiração; a natureza sensual com sua dependência dos desejos e das paixões”. Alguns acreditam que psíquico, termo usado no original, indica o homem entregue à sua psiquê, à sua mente, à sua razão, mas essa mera definição colocaria qualquer um de nós, cristãos ou não, na mesma condição — já que todos nos movemos racionalmente. Contudo, diante da afirmação de Cristo a Nicodemos de que não se pode ver o Reino de Deus sem nascer de novo (Jo 3.3), muitos, com os quais eu, pessoalmente, concordo, optam pela definição de “homem natural” como alguém sem Cristo, um não convertido, ainda alheio ao Reino do Senhor — que é espiritual. Isso mostra que, se o homem não tem a Vida (Jesus) no plano espiritual, ele vive apenas naturalmente, é apenas homem “psíquico”.

   Carnal

   Aqui se faz menção a alguém já convertido, porém não desenvolvido espiritualmente. Isso fica evidente em I Coríntios 3.1, quando Paulo afirma: “Não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, corno a crianças em Cristo”. Há uma relação entre as expressões carnais e crianças em Cristo: ambas tratam de quem foi regenerado, mas não abandonou a infância espiritual. Consequentemente, ainda se alimenta de leite, quando já deveria viver e digerir bem o alimento sólido.

  Espiritual

  As verdades profundas da Palavra de Deus não podem ser plenamente entendidas com a razão, com nossa psiquê. Esse é o motivo de Paulo afirmar que elas se discernem espiritualmente. Os espirituais são aqueles que já cresceram e se desenvolveram a ponto de terem as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal (Hb 5.14). Drummond Lacerda, no livro Fora do Alcance das Crianças — A Plenitude de Deus Está Esperando Você Crescer, declara: “Ao inferir que os carnais são meninos, Paulo está dizendo-nos, de forma implícita, que os espirituais são os maduros”. Portanto, as palavras natural, carnal e espiritual indicam fases distintas: O natural ainda precisa converter-se. O carnal já se converteu, mas necessita crescer e desenvolver-se espiritualmente. O espiritual aprendeu a andar não mais segundo a carne, mas sob o domínio e a liderança de seu espírito, cheio do Espírito Santo e da Palavra de Deus.

   Para facilitar o entendimento, cito mais uma vez Kenneth Hagin e seu livro Crescendo Espiritualmente: “O homem natural é aquele que ainda não passou da morte para a vida. Não nasceu de novo; não foi recriado; nunca se tornou uma nova criatura em Cristo Jesus.

  O homem carnal é uma nova criatura, pois nasceu de novo, mas jamais se desenvolveu, nem cresceu. A triste verdade é que o homem carnal pode ficar nessa condição durante toda a sua vida. Talvez nunca passe da etapa da primeira infância na sua condição de nova criatura. É governado pelo seu corpo, pelos sentidos, não pelo seu espírito. O homem espiritual é aquele que se desenvolveu nos aspectos divinos. Seu espírito conquistou o domínio sobre seus processos intelectuais e conseguiu o controle sobre o seu corpo e seus sentidos físicos. Deus o governa por meio da Palavra”.

  Não importa como denominamos cada fase, o fato é que elas existem e precisam ser compreendidas. Se as Escrituras não optaram por termos únicos, penso que temos a liberdade de alternar entre os sinônimos. Melhor do que encontrar a nomenclatura perfeita é entender cada estágio, saber localizar em qual estamos — e em qual estão aqueles a quem Deus nos o cuidado —, para, a partir disso, trabalhar com a dieta correta, rumo à maturidade.

  Novamente, recorro às palavras de Drummond Lacerda: “Enquanto não houver o diagnóstico, nenhum remédio deverá ser ministrado ao doente. A cura começa com o reconhecimento. A maturidade também pode começar quando conseguimos enxergar onde estamos sendo imaturos. Deixar Deus nos mostrar onde estamos em nossa maturidade é importante para que possamos crescer”.

  NATURAL, CARNAL E ESPIRITUAL - Luciano Subirá










Nenhum comentário:

Postar um comentário