domingo, 19 de dezembro de 2021

Lição 13: A Gloriosa Esperança do Apóstolo

 


Texto Áureo

“Mas nos, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por capacete a esperança da salvação. 

(1 Ts 5.8)

Verdade Prática

A esperança gloriosa da volta de Jesus traz sobriedade para as nossas vidas, e disposição para exercer a fé e o amor em esperança.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Timóteo 4.6-8; 1 Tessalonicenses 5.1-11

2 Timóteo 4

6- Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo.

7- Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.

8- Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia, e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.

1 Tessalonicenses 5

1- Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos escreva,

2- porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como ladrão de noite.

3- Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.

4- Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão;

5- porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia, nós não somos da noite nem das trevas.

6- Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrias.

7-Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam. embebedam-se de noite.

8- Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor e tendo por capacete a esperança da salvação.

9- Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,

10- que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.

11- Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.

OBJETIVO GERAL

Enfatizar a gloriosa esperança dos cristãos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I- Ressaltar a consciência de Paulo diante da morte;

II- Apresentar a doutrina bíblica de Paulo sobre a volta do Senhor;

III- Expor sobre os tempos e as estações até a volta do Senhor.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Esta aula é uma oportunidade impar para falar da esperança cristã. Todo verdadeiro cristão tem uma esperança latente em sua caminhada com Cristo no mundo: o dia do encontro com o seu Senhor. O apóstolo Paulo cultivava diariamente essa esperança. Seu desejo era estar com Cristo para sempre. Que a lição desta semana nos ajude a priorizar a esperança cristã em nossa caminhada com Cristo. Uma das bênçãos mais extraordinária é preservar a esperança cristã diante das experiências difíceis no mundo.

PONTO CENTRAL

A volta do Senhor é a gloriosa esperança dos Cristãos.

SUBSÍDIO PEDAGÓGICO

Inicie esta lição relembrando a lição passada, onde tratamos da coragem do apóstolo diante da morte. Mostre aos alunos que a coragem de Paulo diante da morte tinha como base a esperança cristã no porvir. Se cultivarmos diariamente essa esperança, tendemos a perder o medo que paralisa. Quem perde esse medo é capaz de fazer coisas extraordinárias. Por isso, afirme que se cultivarmos uma verdadeira esperança no porvir, lidaremos melhor com as coisas presentes. Quanto mais ligados ao futuro celestial, melhor lidaremos com o presente material. É tempo de aprofundar essa certeza imaterial cristã, para viver num mundo materialista e anticristão. Atentemos para essência do que Jesus nos ensinou: “o meu Reino não é deste mundo” (Jo 18.36).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“A Bíblia indica dois aspectos da Segunda Vinda de Cristo. Por um lado, Ele virá como Preservador, Libertador ou Protetor ‘da ira vindoura’ (1 Ts 1.10). ‘Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira’ (Rm 5.9). Devemos manter-nos espiritualmente vigilantes, viver a vida sóbria, equilibrada com domínio próprio, e usar a armadura do Evangelho: a fé, o amor e a esperança da salvação, porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele. Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros (1 Ts 5.9-11). […] Por outro lado, a justiça de Deus será vindicada ‘quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder, como labaredas de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo… quando vier para ser glorificado nos seus santos e para se fazer admirável, naquele dia, em todos os que creem’ (2 Ts 1.7,8,10)” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.632,33).

CONHEÇA MAIS

*Sobre as Duas Fases da Segunda Vinda

“Arrebatamento. [Se dará) nos ares. Cristo vem para aqueles que lhe pertencem, Manifestação Gloriosa. Cristo vem à terra com aqueles que the pertencem.” Para ler mais, consul te a Enciclopédia Popular de Profecia Biblica, editada pela CPAD. p.415.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“O desejo do apóstolo Paulo não era estar com Abraão, mas, sim, com o Senhor. Indicou que tão logo se ausentasse do corpo (ao morrer), estaria presente com o Senhor (2 Co 5.6-9; Fp 1.23). Essa foi a promessa de Jesus ao ladrão moribundo na cruz: ‘Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso (Lc 23.43). Numa visão, Paulo foi arrebatado ao terceiro céu, que também chama de Paraiso (2 Co 12.1-5). Jesus diz que se trata de um lugar preparado, onde há bastante espaço (Jo 14.2). É um lugar de grande alegria, de comunhão com Cristo e com os irmãos na fé, que ressoa adorações e cânticos (Ap 4.10,11; 5.8-14; 14.2,3; 15.2-4). […] Paulo ansiava pelo corpo ressurreto que será imortal, que não estará sujeito à morte nem à decadência” (Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.622).

CONCLUSÃO

A bendita esperança de Paulo deve ser a nossa. Ao longo do ministério do apóstolo, somos estimulados a viver no Espírito e, ao mesmo tempo, em vigilância, preparando-nos para o encontro com o nosso Senhor. Que vivamos no Espirito, aguardando a bendita esperança. O Senhor Jesus pode voltar a qualquer momento para arrebatar a sua Noiva. Andemos, pois, no Espirito.

| Lição 13: A Gloriosa Esperança do Apóstolo

| CPAD – Adultos – Tema do Trimestre: O APÓSTOLO PAULO – Lições da Vida e Ministério do Apóstolo dos Gentios para a Igreja de Cristo

 



Introdução

A

 esperança relaciona-se de forma especial com o caráter de

Deus tanto no Antigo como no Novo Testamento. Ele é a esperança dos justos, porque suas promessas garantem tudo quanto tem prometido. Nas cartas de Paulo, a esperança cristã inclui a fé em Deus e no ato salvífico de Cristo no calvário e percebe-se também que a esperança tem um caráter escatológico.

   No texto base desse tema, deparamo-nos com o apóstolo Paulo alertando a igreja de Tessalônica para as coisas que poderiam destruir a esperança. Em meio ao sofrimento, o crente precisa apegar-se à esperança das promessas das Escrituras. A esperança é a fonte da força presente para os fiéis que creem no que Deus realizou em Cristo, e a garantia dessa esperança está no fato de que o Espírito Santo fortalece a nossa fé e que, se morrermos, temos uma herança eterna com Deus em sua glória. Quando foi para Roma, ele sabia que enfrentaria o espectro da morte, mas não se deixou esmorecer pela certeza íntima de algo superior na eternidade.

I – Paulo Aclara a Doutrina da Volta do

Senhor

1. Paulo Dá Continuidade ao Assunto sobre a Volta do Senhor (1 Ts 5.1)

  Havia uma preocupação entre os cristãos de Tessalônica quanto a

“tempos e estações” em que haveria de ocorrer a volta do Senhor.

   Faziam-se cálculos estéreis sobre a época da vinda de Cristo, e Paulo usa no versículo 4 a palavra “mas” que é, de fato, uma conjunção aditiva. No capítulo 4, Paulo falou de modo claro sobre a ressurreição dos mortos em Cristo e o arrebatamento dos vivos em Cristo.

   O capítulo 5 dessa primeira carta de Paulo dá continuidade ao capítulo 4, quando ele fala sobre a parousia, ou seja, a volta de Cristo. Nós, pentecostais, adotamos a linha de interpretação “pre-tribulacionista” e, nessa linha de pensamento, cremos que a volta de

Cristo acontecerá em duas fases distintas.

   Na primeira fase de sua vinda, Ele virá,apenas para os salvos pela graça e descerá até “as nuvens” (1 Ts 4.15,16), onde se encontrará com a igreja remida pelo seu sangue. Os mortos em Cristo terão o privilégio de encontrarem-se com Cristo primeiro que os vivos naquele dia, e os vivos serão arrebatados e juntamente se encontrarão com o Senhor nos ares (1 Ts 4.13-17).

   Portanto, a primeira fase da parousia de Cristo será invisível para o mundo. Porém, a segunda fase da vinda do Senhor será visível, e Ele descerá em grande glória e, literalmente, será visto pelo mundo, especialmente pelos judeus (Zc 14.2,3). Nessa fase, Ele virá pessoalmente para livrar Israel da destruição dos exércitos confederados pelo Anticristo e desfará pelo seu poder o Anticristo, o falso Profeta e o Diabo e implantará o seu reino milenial (Ap 19.11-16).

    A Igreja não entrará na Grande Tribulação, mas será tirada da terra antes que o Anticristo instale o seu governo mundial. O Anticristo será destruído na vinda do Senhor e, juntamente com o Falso Profeta, será lançado no lago de fogo (Ap 19.20).

    Com esse ensino, o apóstolo Paulo garantia aos tessalonicenses que a esperança tinha conteúdo e valia a pena confiar e esperar a volta do Senhor.

2. Paulo Explica sobre “Tempos e Estações” com os Sinais que Precederiam a Volta do Senhor (1 Ts 5.1)

    Tem sucedido ao longo da História da Igreja a tentativa de alguns teólogos em separar os termos “tempos e estações”, também utilizados por Jesus no último discurso aos seus discípulos logo depois de sua ressurreição (At 1.6,7). Jesus promete-lhes que haveriam de receber a promessa do Pai e que seriam batizados com o Espírito Santo, “não muito depois destes dias” (At 1.5). Esse tempo era esperado por todo o Israel, e os discípulos entenderam que poderia ser o tempo da restauração do reino a Israel. Ora, Jesus diz a eles com firmeza: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At 1.7).

   Os judeus acreditavam, de modo geral, que o Messias, o filho de

Davi e herdeiro do seu trono, faria essa restauração. Na verdade, o tempo da restauração do reino a Israel acontecerá depois da volta do Senhor para instalar o seu reino milenial (Rm 11.25,26). Os tessalonicenses não deveriam preocupar-se com “tempos e estações” que envolvem o Dia do Senhor, os quais estão ligados a

Israel e seus contemporâneos depois do arrebatamento da Igreja. É lamentável que muitos pregadores pentecostais estejam adotando a ideia da “midi-tribulação” e declarando que a Igreja entrará no período da Grande Tribulação. Ora, a “Grande Tribulação” não é para a Igreja, e sim para Israel e o mundo de então, porque, antes que o Anticristo apareça definitivamente, o Senhor arrebatará a sua Igreja.

   O que Paulo queria deixar para os tessalonicenses era que a sua vinda seria repentina como o “ladrão de noite”, especialmente para aqueles que irão experimentar os sofrimentos daquele tempo. Os mortos em Cristo estão seguros e ressuscitarão antes que o Senhor venha para desfazer o poder do Anticristo.

II - Paulo Prevê a sua Morte (2 Tm 4.6-8)

1. Paulo Via a sua Morte como uma Libação perante o Senhor (2 Tm 4.6)

   As convicções doutrinárias de Paulo acerca do futuro davam-lhe esperança para enfrentar a morte física de modo positivo. Ele via o seu iminente martírio como uma libação de sangue derramada sobre o altar do sacrifício.

   Quando Paulo escreveu a carta para Timóteo, usou a palavra libação quando estava preso em Roma, e ele sabia que a hora de morrer pelo nome de Jesus estava se aproximando. Mas por que Paulo usou o termo libação? O apóstolo trouxe à memória o ritual de libação que era feita como oferta pacífica perante o Senhor. A libação podia ser com água, vinho ou sangue de um animal sacrificado como oferta pacífica a Deus.

   No texto de 2 Timóteo 1.8,9, Paulo declara-se prisioneiro de Cristo, mesmo estando prisioneiro do Império Romano. Ele diz a Timóteo: “Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes, participa das aflições do evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e chamou com uma santa vocação”. Na realidade, Paulo antevia sua morte como uma libação, isto é, como o derramar de sua vida em oferta pacífica perante o Senhor. Ele previa sua morte sem qualquer sentimento de medo, nem de frustração e tinha a consciência de que iria padecer pelo nome de Jesus.

    O Espírito Santo que o guiava em todas as coisas fez com que ele sentisse que “o tempo da sua partida estava próximo”, e Paulo usa um eufemismo comum para falar da sua própria morte. Ele via a sua morte como tendo feito um combate ferrenho, mas que chegava ao fim do combate como um vencedor e pronto para receber o seu galardão das mãos do Grande General, Jesus Cristo. Por isso, ele diz: “combati o bom combate” (2 Tm 4.7).

2. Paulo Analisa a História de seu Ministério com Atitude de Gratidão (2 Tm 4.7)

   Paulo esteve preso por duas vezes em Roma, e, na primeira prisão, a motivação era religiosa e estava ligada à perseguição contra os judeus em Roma em 49 d.C., sob o domínio do imperador Cláudio

(At 18.2), mas Paulo foi liberto, dando sequência à sua missão de pregar o evangelho.

   No ano 54 d.C., assumiu o império o insano e cruel Nero e, ainda sob o seu domínio, em 64 d.C., Nero provocou um terrível incêndio na cidade e culpou os cristãos, havendo uma grande destruição dos principais bairros da cidade de Roma. Paulo ainda estava fora de Roma, possivelmente em Trôade, quando foi levado e preso pelos soldados de Nero. Chegando a Roma - dessa feita, a sua segunda prisão -, ele não teve algumas regalias que teve na primeira. Dessa vez, ele foi lançado num lugar lúgubre, úmido, frio e desprovido de qualquer conforto. Foi nessa prisão que Paulo escreveu sua segunda carta a Timóteo. Ele entendeu que havia chegado a hora de enfrentar a morte; por isso, na carta, ele não pede oração para ser liberto da prisão, mas apenas aconselhou Timóteo e a igreja sob o seu pastoreio. Quando ele declarou: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”, o apóstolo dos gentios estava tranquilo em poder morrer com a certeza de ter concluído sua carreira. Nessas palavras, Paulo trazia à memória toda a sua história e, com erros e acertos, não tinha do que se arrepender, pois era o legado que este deixava para os seus companheiros dos últimos anos, como Timóteo, Tito, Silas, Tíquico, Erasto, Trófimo, Priscila e Áquila e tantos outros.

   Mesmo estando sozinho na prisão esperando o momento de sofrer o seu martírio, Paulo podia olhar para o presente da sua vida naquele momento com uma atitude serena. Ele sabia que não podia evitar a morte física; por isso, também sabia que sua morte seria como um alívio das cargas emocionais e ministeriais que ele levou até aquele momento clímax de sua vida.

   Deixar o corpo e galgar o Céu na presença de Deus era a conquista maior; significava mudar de endereço. Ele declarou aos coríntios: “Mas temos confiança e desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2 Co 5.8). Aos filipenses, ele disse que o seu dewsejo era “partir e estar com Cristo, porque isto é ainda melhor” (Fp 1.23). Ele também podia olhar para o futuro com a certeza de seu galardão e ver pela fé que o seu trabalho não foi em vão, porque “a coroa da justiça” estava guardada para ele e que receberia essa coroa naquele Dia. O texto de 2 Timóteo 4.8 contém suas palavras: “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada”.

Conclusão

  Algumas privações marcaram sua alma como homem, e, naquela prisão, Paulo não tinha amigos, mas tinha necessidades físicas, mentais e emocionais. Mesmo se sentindo abandonado e encerrado naquela prisão, foi assistido pelo Espírito Santo, que o ajudou a suportar tudo aquilo (2 Tm 4.16).

  Quando foi levado ao patíbulo para ser decapitado, Paulo não perdeu a confiança nas promessas do Senhor, que o confortou (2 Tm 4.17). Segundo a história, Paulo foi decapitado, e a sua cabeça rolou na poeira para fora do corpo em seu suplício, mas sua alma e espírito imediatamente foram trasladados para o Paraíso.

  O APÓSTOLO PAULO – Lições da Vida e Ministério do Apóstolo dos Gentios para a Igreja de Cristo


         

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