TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Atos 2.1-4,12-18
1 - Cumprindo-se o dia
de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 - e, de repente, veio
do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em
que estavam assentados.
3 - E foram vistas por
eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um
deles.
4 - E todos foram cheios
do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito
Santo lhes concedia que falassem.
12 - E todos se
maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto
dizer?
13 - E outros, zombando,
diziam: Estão cheios de mosto.
14 - Pedro, porém,
pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes:
Varões judeus e todos os
que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
15 - Estes homens não
estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia.
16 - Mas isto é o que
foi dito pelo profeta Joel:
17 - E nos últimos dias
acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os
vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e
os vossos velhos sonharão sonhos;
18 - e também do meu
Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e
profetizarão.
TEXTO ÁUREO
E ele mesmo deu uns para
apóstolos,
e outros para profetas,
e outros para evangelistas,
e outros para pastores
e doutores.
Efésios
4.11
OBJETIVOS
Saber que a igreja atual é a
continuação da igreja apostólica, com as mesmas características e prerrogativas
espirituais;
Identificar
as
duas correntes de interpretação a respeito da contemporaneidade dos dons
espirituais;
Explicar algumas razões por que
os profetas são necessários na igreja de hoje.
A SUPREMACIA DAS ESCRITURAS
Por Pr. Hernandes Dias Lopes
Deus
existe e ele se revelou. Revelou-se de forma multiforme: por meio da criação,
através da consciência, nas Sagradas Escrituras e sobretudo, por meio de Jesus.
Por isso, podemos conhecê-lo. Tudo quanto Deus quis que o homem soubesse a seu
respeito está patente nas Escrituras. Devemos examiná-las, porque elas
testificam acerca de Deus. Uma pergunta, porém, precisa ser feita: as
Escrituras são confiáveis? Podemos ter garantia de que seu conteúdo é inerrante
e infalível? As Escrituras são suficientes para termos uma fé madura e uma vida
abundante? Para responder a essas perguntas, vamos considerar três verdades:
Em primeiro lugar, as Escrituras são
inerrantes quanto ao seu conteúdo. As Escrituras não contêm erros. A Palavra de
Deus não pode falhar. Seu conteúdo foi revelado por Deus. Seus autores foram
inspirados por Deus. Seu registro foi assistido pelo Espírito Santo de Deus.
Portanto, há acuracidade nas descrições, precisão nos relatos e inerrância nos
ensinos. A Palavra de Deus não é fruto da lucubração humana nem mesmo resultado
de elucidação vacilante da mente humana. A origem da Bíblia está no céu. Seu
verdadeiro autor, o Espírito Santo, foi quem inspirou homens santos para
registrar tudo quanto aprouve a Deus nos legar. A Bíblia foi escrita num
período de mil e cem anos. Cerca de quarenta homens usados por Deus, de
culturas diferentes, escreveram em tempos diferentes, para públicos diferentes
e não há sequer uma contradição. Isso, porque o próprio Deus é o seu autor.
Porque Deus é verdadeiro em seu ser, sua Palavra não pode falhar.
Em
segundo lugar, as Escrituras são infalíveis em suas profecias. As
profecias bíblicas são específicas, exatas, e muito bem definidas. Milhares de
profecias já se cumpriram e tantas outras estão se cumprindo literal e
fielmente. Nenhum livro religioso da história se compara à Bíblia neste
particular. Se colocássemos o cumprimento das profecias no campo da coincidência,
isso daria um número semelhante a dez elevado à décima sétima potência. A
probabilidade de você cobrir todo o Estado do Espírito Santo com moedas, com
uma camada de um metro, e marcar uma dessas moedas, esperando que um homem cego
a encontre, é a mesma das profecias bíblicas terem se cumprido por uma mera
consciência. Muitos críticos, arrotando uma sapiência arrogante, tentaram
desacreditar a Bíblia, mas seus argumentos insolentes caíram no pó do
esquecimento e a Bíblia, sobranceira e vitoriosamente, triunfa vitoriosa. A
Bíblia é a bigorna de Deus que quebra todos os martelos dos críticos.
Em
terceiro lugar, as Escrituras são suficientes quanto à doutrina e vida.
Não precisamos de outras revelações extra bíblicas para conhecermos tudo quanto
Deus quer que saibamos para termos uma vida plena. Aliás, Deus lança uma
maldição sobre aqueles que subtraem das Escrituras o que nelas estão e sobre
aqueles que acrescentam a elas o que nelas não estão. A Bíblia tem uma capa
ulterior. A revelação de Deus está completa e o cânon está fechado. Não existem
novas revelações. Não existem mensagens novas, vindas direto de Deus, à sua
igreja. As igrejas apostólicas hoje não são aquelas que nomeiam novos supostos
apóstolos, trazendo novas doutrinas forâneas às Escrituras, mas aquelas que
seguem a doutrina dos apóstolos. Toda doutrina que não emana das Escrituras é
falsa doutrina. Toda ética que não está calçada pela verdade das Escrituras
produz um comportamento reprovável. Não precisamos correr atrás das últimas
novidades do mercado da fé, em busca de conhecimento e experiência que nos
levem à uma vida mais profunda com Deus. Ao contrário, devemos examinar as
Escrituras, pois na Palavra de Deus temos um reservatório inesgotável e uma
fonte inexaurível de todo acervo que devemos crer e praticar. A Bíblia é, de
fato, nossa única regra de fé e prática: inerrante, infalível e suficiente!
ENTREVISTAS
RODOLFO
GARCIA MONTOSA
MINISTÉRIO
PROFÉTICO NOS DIAS DE HOJE
Estamos atentos à instrução de Paulo:
"Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o dom de profetizar..."(1
Coríntios 14:39)? A busca pelo dom da profecia para a edificação da igreja é
algo a ser almejado?
Sim,
cremos na contemporaneidade dos dons do Espírito Santo e que, à luz das Santas
Escrituras, todos os dons e ministérios deles consequentes são também para os
nossos dias e que esta sua rica contemporaneidade visa à edificação do Corpo de
Cristo, e que, no seu exercício há ordem e decência.
Apesar
da histórica e intencional maneira de Deus falar com seu povo através dos
profetas, tanto na época do Antigo Testamento quanto nos tempos da igreja até
os dias de hoje, muitas barreiras foram e ainda são colocadas para inibir esse
ministério. Para conversar sobre o assunto, entrevistamos o Pr. Rodolfo
Montosa, autor do livro “Ministério Profético”.
Instituto
Jetro - A Bíblia é clara, "sem profecia o povo se corrompe". Ao
desenvolver os dons, sobretudo profetizando, podemos entender que a Igreja fará
diferença no mundo? É isso que está faltando nos dias de hoje nas igrejas: as
profecias?
Rodolfo - Quando entendemos que
profecia é a palavra que vem de Deus para nos orientar, direcionar, edificar,
exortar e consolar, fica mais fácil afirmar que a igreja deve ser o ambiente
propício para essa manifestação do Espírito Santo de Deus. Não somente essa,
mas a igreja de Jesus deve ser a manifestação dos dons do Espírito. Caso
contrário, estará fadada a tornar-se um bom clube de serviços, de pessoas boas,
bem intencionadas, sensíveis ao próximo, mas sem conexão direta com o Senhor.
Instituto Jetro - Então devemos
retornar para algumas perguntas básicas: O que é profecia? Qual o propósito das
profecias? O ambiente da profecia? Quem pode profetizar?
Rodolfo
- Profecia é falar da parte de Deus a respeito de algo que está escondido aos
nossos olhos e que abre para novos horizontes e possibilidades. Em geral,
profecia está ligada ao futuro, não somente prevendo o futuro, mas também
formando o futuro. Seu principal ambiente sempre será o amor. Segundo o profeta
Joel, reforçado pela compreensão do apóstolo Pedro, nossos filhos e nossas
filhas profetizarão. Paulo incentivou a igreja de Corinto a que todos buscassem
profetizar.
Instituto Jetro - A Bíblia está
recheada de profecias no Antigo e Novo Testamento, mas muitos pastores e líderes
não sabem as diferenças. Parecem constrangidos de falar sobre profecia nos dias
de hoje por pensar nas profecias do Antigo Testamento. Poderia falar sobre
isso?
Rodolfo - Já percebeu que não existe
falsificação de relógio barato, mas somente daqueles que valem milhares de
dólares? Da mesma maneira podemos entender que a profecia tem valor tão
estimado que gera o risco de falsificações fraudulentas. Por causa do medo do falso,
muitos líderes sérios tem rejeitado o verdadeiro. Essa é a razão, em minha
opinião, que tem afastado a prática das profecias em nosso meio. Ao líder
cristão maduro cabe, portanto, estar tão treinado e familiarizado com o
verdadeiro ao ponto de rapidamente perceber e rejeitar o falso.
Instituto
Jetro - Além dessa visão errônea, há alguns inibidores do ministério
profético. Quais são eles e como vencê-los?
Rodolfo - A incredulidade é o principal
inibidor. Desde antigamente, Jesus não pode operar mais milagres, sinais e
maravilhas por causa da incredulidade. Em consequência, os profetas são
desrespeitados ao ponto de se tornarem objeto de piada e escárnio, como
aconteceu com Jesus. Quando essa cultura se instala, há grande prejuízo ao povo
de Deus. A maneira de vencer é através do ensino equilibrado e honesto da
Palavra de Deus. Essa é a proposta do livro: ajudar no resgate deste ensino.
Instituto
Jetro - Como saber se a profecia é mesma de Deus? Como julgar as profecias
e os falsos profetas?
Rodolfo - Toda profecia deve ter o filtro da
coerência com a Palavra, com o testemunho dos líderes maduros que nos cercam e
com o testemunho interior do nosso coração. Com relação aos falsos profetas,
desenvolvo o ensino no livro de que profeta verdadeiro é próCristo; o falso é
"anti-Cristo". Profeta verdadeiro é submisso a autoridades; o falso é
autônomo. Profeta verdadeiro é motivado por amor; o falso é motivado por
ganância ou vaidade. Profeta verdadeiro promove edificação; o falso promove
medo ou bajulação. Profeta verdadeiro vive em harmonia com a igreja local; o
falso fica pulando de galho em galho. Profeta verdadeiro usa seus dons de
maneira altruísta, por amor a Cristo, em benefício do Seu povo; o falso usa
seus dons para seus próprios objetivos, por amor a si mesmo, em benefício
próprio. Profeta verdadeiro está a serviço das pessoas; o falso quer servir-se
do povo. Profeta verdadeiro promove o outro; o falso faz autopromoção.
Instituto
Jetro - No livro há um capítulo sobre as etapas das profecias, poderia
falar sobre elas?
Rodolfo
- Utilizo-me do acróstico RIA para identificar três perguntas chaves no
processo. Tudo começa com a REVELAÇÃO - ou seja, o que Deus está falando? -
seguida pela INTERPRETAÇÃO - ou seja, qual o significado do que Deus falou? - concluindo
com a APLICAÇÃO - ou seja, o que devo fazer a partir do que Deus falou?
Instituto Jetro - Qual a diferença do
dom da profecia e o ofício da profecia?
Rodolfo - Dom da profecia refere-se à capacidade
dada pelo Espírito Santo para que alguém profetize sobre a vida de outra pessoa
(1 Co 12 e 14). Já o ofício da profecia é um ministério levantado por Cristo na
igreja e concedido a determinadas pessoas que o exercerão com o objetivo de
equipar a igreja para que todos profetizem. Veja no meu caso: quando estou
trazendo esse ensino na igreja local, estou exercendo o oficio de profeta.
Quando oro particularmente por alguém e entrego uma palavra específica, estou
profetizando. Todos podem profetizar, mas nem todos terão o ofício de profeta.
Instituto Jetro - O que diria do
Ministério profético na vida de Jesus e no livro de Atos dos Apóstolos?
Rodolfo - Tanto a vida de Jesus quanto a vida da
igreja em seus primeiros dias narrados em Atos nos inspiram a desejar o
ambiente profético. Se tirarmos a realidade das profecias de ambos, perderemos
o sentido da operação soberana de Deus. A profecia é, sem dúvida, um jeito
peculiar que Deus escolheu em toda a Bíblia para mostrar que é Senhor soberano
na história. Assim também pode acontecer em nossas vidas nos dias de hoje.
Instituto
Jetro - Qual a mensagem/conselho para pastores das Igrejas brasileiras à
respeito das profecias e para restaurar o ministério profético do Novo
Testamento em suas igrejas?
Rodolfo - Citaria o apóstolo Paulo: Segui o amor
e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis.
Modestamente ofereço o livro para ajudar na perspectiva bíblica nessa
caminhada.
Rodolfo Montosa
exerce a função de presidente da BR Consórcios, pastor da 1a. IPI de Londrina e
fundador do Instituto Jetro, além de ser conselheiro de diversas instituições.
Administrador pela FGV-SP, com MBA pela USP-SP, e Teologia pela FTSA. Escritor
e compositor, casado com Cibele e pai de Ana Beatriz, Giovana e Gustavo.
Site: http://www.institutojetro.com Título
da entrevista: Ministério Profético nos dias de hoje Autor: Rodolfo Garcia
Montosa
FONTE:
Capitulo 13
Uma palavra aos que profetizam
Quando de início comecei a atuar
profeticamente, eu nem mesmo sabia da existência da profecia. Fui criado no
ambiente de uma igreja evangélica bem tradicional, que não tinha nenhum entendimento
acerca dos dons
espirituais. Cheguei a
rebelar-me com a
igreja e com o Senhor, escolhendo
seguir o meu próprio caminho.
No meu segundo ano de estudos na
universidade, Deus começou a me atrair para si. Isso não
foi algo que
aconteceu do dia
para a noite
porque meu coração
estava cheio de orgulho,
de rebeldia e de uma
postura de independência. Por
dois anos Deus
desafiou as bases da minha vida e
confrontou as minhas atitudes e os meus atos pecaminosos. Nesse processo,
comecei a relacionar-me com Deus devocionalmente. Participei, também, de um
ministério de intercessão na minha igreja evangélica conservadora.
Servindo
nesse ministério de
intercessão, fiquei “sabendo”
de coisas que
tinham acontecido, que estavam
acontecendo e que
estavam por acontecer
na vida de
certas pessoas por quem eu tinha orado. Então eu usava essa informação
que eu tinha recebido de Deus para
orar de forma
bem específica por
aquelas situações, e
comecei a ver resultados que para mim eram
impressionantes.
Naquele tempo o nosso pastor começou a
ensinar algumas verdades da Bíblia de que eu
nunca havia ouvido falar,
e eu fiquei
como que vidrado nelas. Isso
culminou num encontro em que eu
fui batizado no
Espírito Santo, curado
de uma enfermidade
física e liberto de uma opressão
demoníaca, tudo acontecendo em cinco minutos. Obviamente isso me impeliu ainda
mais na minha devocional e no que fazia para o Senhor.
Embora eu vinha tendo revelações de Deus ao
orar pelos outros, na verdade nunca
havia pensado que eu tinha
dons proféticos, provavelmente
porque eu nem sabia o que
seria “profético”. Entretanto, alguns dias depois daquele
encontro com Deus,
comecei a saber de
fatos sobre pessoas
e situações que
eu não teria
como saber por
via natural.
Embora
isso tivesse ocorrido
antes, nas minhas
intercessões, agora eu
estava tendo revelações em horas
em que não estava orando, durante o transcurso normal do dia.
Lembro-me
muito bem de
quando mencionei a
um amigo meu
os segredos do seu
coração. Nós dois ficamos impressionados, porque sabíamos que Deus havia me
revelado o que estava acontecendo
com ele. Isso
me chocou tanto
que comecei a
procurar na Bíblia uma
palavra que me
explicasse o que
estava acontecendo. Descobri
então que eu
tinha recebido uma palavra
de conhecimento, e
a partir daí
Deus passou a
me ensinar sobre
a profecia.
Nesse
processo, Deus falou-me
sobre um chamado
no ministério profético,
embora eu não tivesse entendimento algum sobre o que isso significaria
na prática. Comecei então a orar pelos
dons e também
passei a estudar
este assunto e
este ministério, mas
não encontrei direção alguma a respeito a não ser na Bíblia, no Espírito
Santo, e num grupo de amigos que eram espiritualmente tão imaturos quanto eu.
Comecei
a crescer espiritualmente, cometi
alguns erros, fiquei
frustrado, cheguei a interromper
ministrações por ter
me sentido perturbado
e passei por
muitas rejeições. Pediram-me para
sair de uma ou duas igrejas, fui acusado de coisas que não tinha feito, e eu
era tão imaturo quanto seria de se esperar de qualquer um que tivesse o meu
histórico, o meu dom profético e a minha teimosia. Foi nesse tempo que eu me
casei.
Além
da minha esposa,
Deus começou a
trazer outras pessoas
para a minha
vida, pessoas que poderiam
ajudar-me. Homens tais
como Rick Joyner,
Robin McMillan e Bob
Jones puderam discipular-me através do seu exemplo e amizade. Eles amaram-me,
deram-me oportunidades para ministrar e me exortaram quando necessário. Passei
então a atuar profeticamente de um modo que foi muito bom para a igreja, e Deus
abriu portas para que eu ministrasse em outras congregações, além da nossa
igreja local.
Mas em meio a todos os meus erros e
sucessos, uma coisa nunca me deixou. Não me esqueço nunca do fato de que me
tornei profético simplesmente por ter buscado Deus em minha vida e por
servir a outras
pessoas através da
oração intercessória. De
fato, posteriormente encontrei na
Escrituras que o
fundamento da maioria
dos ministérios proféticos é ter
um relacionamento pessoal com Deus e interceder por outras pessoas.
A importância da Palavra
Quero acrescentar que, depois de ter sido
batizado no Espírito Santo, a Bíblia tornou-se
um livro totalmente
novo para mim.
Eu a vinha
lendo por muitos
anos, mas as
coisas então começaram a
ter sentido para
mim de um
modo como eu
nunca antes havia entendido. Desenvolvi
também um amor
tão grande pela
Bíblia que não
dava para ficar longe
dela por muito
tempo. Embora a
minha hora devocional
e a minha
intercessão tenham sido a minha porta de entrada no ministério profético,
devorar a Palavra escrita –que foi o que eu passei a fazer –serviu para dar-me
os esquemas e a estrutura de que eu precisava para ter entendimento.Nas
Escrituras “temos ainda mais firme a palavra profética” (II Pedro 1:19 –IBB) e,
para sermos proféticos, nós temos –como todos os que tiveram este dom antes de
nós –de comer o rolo (veja Ezequiel 3:1-4; Apocalipse 10:8-11). À medida que me
entreguei ao estudo e aplicação
das Escrituras na
minha vida, Deus
começou a “falar”
comigo, não apenas acerca de
pessoas, mas também acerca de igrejas, cidades e nações. Por guardar a
Palavra em meu
coração, passei a
compreender os propósitos
proféticos de Deus
de um modo muito mais profundo.
Economia de Deus.
Se
uma pessoa pavimentar
ruas com ouro,
dizemos que ela
é extravagante. Entretanto, Deus
também é econômico. Ele parece ter prazer em realizar várias coisas ao
mesmo tempo em
nossa vida. No
meu caso, enquanto
eu crescia no
conhecimento do Senhor, eu
também crescia numa
sensibilidade que me
preparava para atuar profeticamente. Então,
quando este dom
se desenvolveu um
pouco mais, também
o meu relacionamento com o Senhor tornou-se bem mais estreito em minha
devoção a ele, pela maravilha das revelações que ele compartilhava comigo.
Em nossa busca por nos tornarmos proféticos
temos que ter uma devoção cada vez maior ao Senhor Jesus. Se não estiver sendo
assim, temos de fazer sérios ajustes na forma de como
procurá-lo. O que
adianta tornarmo-nos a
pessoa deste mundo
que mais seja dotada profeticamente, se já foi
deixado o nosso primeiro amor?
Este capítulo não é uma exortação no sentido de que os dons nãosejam buscados,
mas apenas procura lembrar que temos que buscá-los juntamente com o Senhor, em
vez de buscar tão somente a ele.
Finalmente,
lembre-se de que
todos nós ainda
estamos aprendendo. Não se deixe levar
por um comportamento
como se você
tivesse um doutorado
nesta matéria, ou acreditando que
você é doutor
neste campo. Os
maiores profetas de
nossos dias ainda estão
tendo revelações dadas
em lampejos e
fragmentos. Temos de
ser mais humildes
e com uma fome
bem maior de
Deus. Precisamos de
maiores revelações, melhores interpretações, vidas mais retas e
um amor maior. Temos de ter o coração que Paulo tinha para que nos aprofundemos
mais no Senhor:... para o
conhecer, e o
poder da sua ressurreição, e
a comunhão dos
seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte. (Filipenses 3:10)
Este é o coração que o Senhor está procurando
em nós: primeiro, que o nosso maior desejo seja conhecê-lo; segundo, que
queiramos conhecer o poder da sua
ressurreição (a capacitação que ele
tem para nós);
terceiro, que estejamos
dispostos a compartilhar dos sofrimentos do
Senhor e seremos
rejeitados tal como
ele foi; finalmente,
que nos disponhamos a dar a nossa
vida pelos nossos amigos, assim como ele deu a sua vida.
Deus
não está procurando
aqueles que somente
possam falar as
palavras dele; ele está procurando os que amam o seu Filho
com tudo o que tem. A nossa vida gira em torno destes quatro
pontos (conhecer o
Senhor, andar no
seu poder, participar
dos seus sofrimentos, e dar a
nossa vida pelos outros). Não profetizemos apenas com a nossa boca, mas também
com a nossa vida.
EXTRAÍDO DO LIVRO:
Escola
de Profetas - Kris Vallotton
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