Conscientizar
a respeito da coragem diante da morte.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I- Mostrar a consciência de Paulo
quanto à padecer por Jesus;
II-
Apontar
a coragem para enfrentar as ameaças de morte;
III- Destacar as acusações e prisão de Paulo no Templo.
Texto Áureo
“E assim nós, que
vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de
Jesus se manifeste também em nossa carne mortal.”
(2 Co 4.11)
Verdade Prática
O
Espírito Santo nos prepara para sofrer por Jesus Cristo e suportar as angústias
e aflições na obra de Deus.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 21.7-15
7- E nós, concluída a
navegação de Tiro, viemos a Ptolemaida, e, havendo saudado os irmãos, ficamos
com eles um dia.
8- No dia seguinte,
partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesareia; e,
entrando em casa de Filipe, o evangelista, que um dos sete, ficamos com ele.
9- Tinha este quatro
filhas donzelas, que profetizavam.
10- E, demorando-nos ali
por muitos dias, chegou da Judeia um profeta, por nome Ágabo;
11- e, vindo ter
conosco, tomou a cinta de Pauto e, lingando-se os seus próprios pés e mãos,
disse: Isto diz o Espirito Santo; Assim ligarão os judeus, em Jerusalém, o
varão de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios.
12- E, ouvindo nós isto,
rogamos-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a
Jerusalém,
13- Mas Paulo respondeu:
Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só
a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.
14- E, como não podiamos
convencê-lo, nos aquietamos, dizendo: Faça-se a vontade do Senhor!
15-Depois daqueles dias,
havendo feito os nossos preparativos, subimos a Jerusalém.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O
nosso tempo é marcado pelo imediatismo. Pouco de nós se prepara a morte. Aliás,
só de ouvir a palavra “morte”, muda o humor, a tristeza domina o ambiente. A
vida e o ministério de Paulo mostram que a coragem diante da morte não é
escapismo, mas resultado concreto da dimensão profunda da fé que domina a vida
do cristão. Essa dimensão salvífica mudou o olhar do apóstolo para o que faz
sentido na vida concreta. Dessa forma, ter de escolher entre estar com Cristo e
permanecer na Terra, o apóstolo não tinha dúvida: escolheria estar com Cristo. Para
Paulo, permanecer neste mundo só se justificaria se fosse para desgastar-se
pela causa do Evangelho.
PONTO CENTRAL
Tenha coragem diante da
morte.
SUBSÍDIO PEDAGÓGICO
Inicie
a aula desta semana com a seguinte pergunta: Você tem medo da morte? Deixe os
alunos refletirem e responderem. Em seguida, procure relacionar na lousa, os
motivos que os alunos alegam mais temer a morte. Geralmente, há motivos de
caráter familiar, profissional, planejamentos futuros. A luz das respostas dos
alunos, exponha este primeiro tópico, destacando a consciência que o apóstolo
Paulo tinha a respeito da inevitabilidade de seu padecimento por Cristo. Ele
sabia do perigo que corria, mas algo muito maior imperava em sua consciência e
não o permitia retroceder no propósito de pregar o Evangelho.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“[…]
Para o crente cujos pecados foram perdoados, a morte já não tem nenhum
aguilhão. A morte é ganho, não perda (Fp 1.21,23). Além disso, o pecado e a lei
estão intimamente associados, pois pela lei vem o conhecimento. do pecado’ (Rm
3.20; cf. 7.7-11). Mas Cristo nos redimiu da maldição da lei (Gl 3.13). A
morte, juntamente com os inimigos que trouxeram a morte a todos (o pecado e a
lei), foram vencidos pela ressurreição (Fee, 805). Em louvor, Paulo exclama:
‘Mas graças a Deus, que nos dá a vitória [sobre a morte] por nosso Senhor Jesus
Cristo’ (v.57). Deus ‘da’, não ‘dará”, a vitória. Os crentes participam na
vitória de Cristo mesmo durante sua existência terrena, já que a morte perdeu
seu poder aterrorizador. A morte, embora continue sendo um inimigo, está
‘incapacitada’, porque Cristo a venceu (Bruce, 156-57)” (Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento: Romanos-Apocalipse. Vol. 2. Rio de
Janeiro: CPAD, 2012. p.252).
Paulo
sofreu acusações de todos os tipos, mas sua consciência não o acusava. “A
consciência é a percepção interior que testifica junto à nossa personalidade no
tocante ao certo ou errado das nossas ações. Uma boa consciência diante de Deus
dá o veredito de que não temos ofendido nem a Ele, nem à sua vontade. A
declaração de Paulo (provavelmente com referência à sua vida pública diante dos
homens) é sincera; note Fp 3.6, onde ele declara: ‘segundo a justiça que há na
lei, irrepreensível’. Antes da sua conversão, ele chegou a crer que praticava a
vontade de Deus ao perseguir os crentes (26.9). A dedicação de Paulo a Deus,
sua total resolução em agradá-lo e sua vida ‘ir repreensível até mesmo antes de
sua conversão a Cristo, deixam envergonhados e julgados os crentes professos
que se desculpam de sua infidelidade a Cristo, alegando que todos pecam e que é
impossível viver diante de Deus com uma boa consciência” (Bíblia de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.1682).
CONCLUSÃO
A atitude de sofrer pelo nome de Jesus tem sido abandonada nos tempos modernos. A visão que Paulo tinha da missão evangelizadora o fazia enfrentar toda e qualquer oposição e sofrimento. O apóstolo podia dizer: “Por que a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (2 Co 4.17).
| CPAD – O APÓSTOLO
PAULO – Lições da Vida e Ministério do Apóstolo dos Gentios para a Igreja de
Cristo | Lição 12: A Coragem do Apóstolo Paulo diante da Morte
Introdução
|
A |
leitura dessa escritura por si só merece uma
apreciação especial. Entretanto, de forma objetiva, destacamos a preocupação do
apóstolo Paulo com a ameaça dos discursos vãos que falsos mestres faziam no
seio da igreja para corromper a sã doutrina. Paulo apela ao bom senso pastoral
de Timóteo para que ele enfrente com autoridade os falsos mestres e mantenha o
modelo de tudo quanto foi ensinado acerca da genuína doutrina cristã. Em todas
as cartas paulinas, há um cuidado em manter a sã doutrina ensinada por Jesus
aos seus apóstolos, que passaram a ensinar a igreja do primeiro século. Paulo
afirma ter recebido a revelação do mesmo evangelho sem acrescentar ou diminuir
a essência da doutrina dos apóstolos (At 2.42; Ef 2.20).
I – Ortodoxia versus
Heterodoxia
Esses
dois termos técnicos no campo da teologia bíblica são necessários para
esclarecer as distinções de conteúdo do ensino da doutrina bíblica, pois são
termos que ajudam a compreensão da preocupação de Paulo com a invasão de
heresias na mente dos cristãos.
1. Ortodoxia Significa
aquilo que É Reto, Direito
Na
teologia cristã, a ortodoxia refere-se à manutenção das “sãs palavras” (2 Tm
1.13). A definição técnica para a palavra “ortodoxia” diz respeito à “absoluta
conformidade com um princípio ou doutrina”.
Na língua grega do Novo Testamento, essa
palavra tem o prefixo orthos e significa “aquilo que é direito, reto, certo” (1
Tm 4.1,2). A doutrina cristã é ortodoxa enquanto ela for mantida exatamente como
Cristo a deixou e ensinou aos seus discípulos. Já a falsa doutrina é
heterodoxa, porque ensina “doutrina diferente, falsa que nada tem com a genuína
doutrina de Cristo”.
2. Heterodoxia Significa
Diverso, Diferente
Heterodoxia
é um termo grego que dá o sentido de “opinião diferente; oposição aos padrões,
normas ou dogmas estabelecidos”.
O
prefixo da palavra heteros significa “diverso”. A sã doutrina tem um só
parecer, enquanto a heterodoxia implica numa diversidade de opiniões sobre um
mesmo assunto. Na mente de Paulo, era necessário manter a unidade doutrinária
da fé cristã e combater com veemência as falsas doutrinas, formuladas de
conceitos pagãos filosóficos.
Paulo adverte que a ortodoxia da fé cristã
deveria sempre ser fortalecida com o ensino sadio e não aceitar a quebra da
unidade doutrinária. Por isso, o apóstolo lançou um “anátema” sobre o falso evangelho.
Para ele, os falsos ensinos eram doutrinas de demônios para corromper a sã
doutrina de Cristo (1 Tm 4.1).
II – A Ameaça de
Corrupção
Doutrinária
1. A Advertência do
Apóstolo
No texto de 1 Timóteo 1.3, Paulo adverte
acerca de alguns para
“que
não ensinem outra doutrina”. O zelo do apóstolo em preservar a “sã doutrina”
era porque os homens que não respeitavam o ensino dos apóstolos eram pessoas
sem escrúpulos. Paulo identifica-os como “lobos cruéis” vestidos de ovelhas que
investiam em cima do rebanho de Deus não poupando ninguém (At 20.29,30). A
palavra
“outra”
é “heteros”, ou seja, “diversa”, por isso, “outra doutrina” era aquela que nada
tinha a ver com a genuína doutrina de Cristo.
2. Os Problemas de Ordem Doutrinária
As
igrejas plantadas por Paulo e alguns outros apóstolos no mundo dos gentios, como
Filipos, Tessalônica, Colossos, Éfeso, Creta e Corinto e outras mais, sofreram
com a inserção de conceitos filosóficos na interpretação das doutrinas ensinadas
pelos apóstolos. Havia no seio dessas igrejas
judeus que afirmavam ter aceitado o evangelho de Cristo, mas queriam costumes e
conceitos para a vida da igreja, principalmente dos gentios convertidos. Eles
traziam em sua bagagem religiosa ideias do legalismo judaico aliado ao
gnosticismo. Eram coisas como “circuncisão”, rito específico para judeus, a guarda
do sábado, a abstenção de certos alimentos e outros costumes judaicos, as quais
queriam impor aos gentios em sua nova vida com Cristo Jesus. É lamentável que
ainda haja espíritos judaizantes no seio da igreja de hoje que confundem a
liturgia cristã com a liturgia judaica. A igreja pertence a um novo tempo e
obedece ao Novo Testamento.
3. Fábulas e Genealogias
Intermináveis (1 Tm 1.4)
Alguns
daqueles falsos mestres usavam fábulas e lendas da vida judaica, tais como “a propagação
dos anjos” (Cl 2.18- 23), as quais, além de não possuírem conteúdo concreto,
torciam o sentido real das verdades bíblicas, e Paulo advertiu que essas coisas
deveriam ser refutadas veementemente. A questão da genealogia tem a ver com
crendices judaicas que nada contribuem para a salvação em Cristo. Historicamente, as genealogias são importantes,
mas no projeto divino, as genealogias serviam apenas para indicar a origem do
Salvador do mundo, Jesus Cristo. Porém, os judeus cristãos entendiam que as
genealogias davam-lhes direitos em primazia na vida da igreja, porque Jesus
havia vindo dos judeus. Era, de fato, uma vaidade racial ostentada por esses
judeus que discriminavam os gentios cristãos. Paulo refutou essa ideia equivocada
dos judeus, declarando que a graça de Deus não faz acepção de raça, cor, etnia
nem cultura, mas que alcançou a todos de igual modo.
III – A Igreja É Guardiã
da Sã Doutrina
1. A Igreja É “Coluna e
Firmeza da Verdade”
Paulo
declarou à igreja de Éfeso que o papel dela era de sustentar a verdade divina
perante o mundo (1 Tm 3.15). Portanto, o comportamento da igreja frente às
heresias e doutrinas falsas é o de
“sustentar
a sã doutrina”. A igreja é a demonstração viva e santa da verdade do evangelho.
Seu papel é o de sustentar, manter e defender a verdade contra todo erro e oposição
intelectual, religiosa e filosófica dos falsos mestres.
2. O Objetivo do Zelo
pela Sã Doutrina
Depois
do apóstolo Paulo combater o falso ensino que corrompia o evangelho genuíno
pregado e ensinado pelos apóstolos, apresentou a sua advertência como um
mandamento, dizendo: “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e
de uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (1 Tm 1.5).
A palavra grega para a expressão inicial é
telos, que significa “fim, finalidade, intuito, alvo, propósito”. Já a palavra
“mandamento” é paragello, que significa “exortação, admoestação”, e Paulo
referia-
se
à lei judaica da qual aqueles falsos mestres judeus dentro da igreja
jactavam-se de conhecê-la e de cumpri-la. Paulo, então, antecipa-se e demonstra
que os falsos mestres não tinham nem mesmo o apoio da Lei, mas essa mesma Lei
Mosaica estava perfeitamente de acordo com o evangelho que era pregado e ensinado
na igreja.
3. Paulo Ameniza o Rigor
da Palavra Mandamento com a Palavra Amor
O
texto de 1 Timóteo 1.5 diz: “o fim do mandamento é o amor”.
Naturalmente,
o amor é o elemento essencial para um comportamento equilibrado, e, nesse
texto, “o amor” surge como um freio, ou como um instrumento de equilíbrio no
combate às falsas doutrinas. Aqueles falsos mestres eram pessoas frívolas e
infladas de vaidade e presunção.
O objetivo de Paulo não era incitar aqueles
opositores ao combate de palavras e contendas, mas, sim, o de combater as
ideias erradas. A segunda expressão de 1 Timóteo 1.5 é a continuação da frase
que fala de amor; mas que tipo de amor? “O amor de um coração puro”. Ora, entende-se
que esse amor procede de dentro para fora, pois não se trata de um sentimento
atribuído ou recebido, mas trata-se de algo producente, que brota como uma
planta.
Sem dúvida, quando o nosso coração é santificado
pelo Espírito Santo, a pureza que emite é interior. Um coração sujo e entenebrecido
pelo pecado não pode agir com atitude amorosa; já um coração limpo diante de
Deus recebe e vê as coisas de Deus com transparência. Ainda
mais,
agir com “uma boa consciência” (1 Tm 1.5) significa saber fazer um julgamento
imparcial, porque consegue perceber as diferenças entre o que é mau e o que é
bom. Por último, manifestar “uma fé não fingida” (1 Tm 1.5) significa agir sem
simulação, sem fingimento, sem hipocrisia. O apóstolo Paulo associa “uma boa
consciência” com o que o crente conhece acerca da verdade e que não se deixa
contaminar pelos falsos ensinos.
Conclusão
A
Bíblia é a fonte genuína da doutrina cristã, e a sua base fundamental está nas Escrituras.
Elas não foram forjadas por mentes humanas, mas foram reveladas e inspiradas
pelo Espírito Santo. Cabe a nós, que cremos na Bíblia Sagrada, ensiná-la sem
forçar interpretações que fogem de nossa hermenêutica sagrada. A exemplo de
Paulo, devemos zelar a sã doutrina para edificação espiritual da igreja de
Cristo.
Lições da Vida e
Ministério do Apóstolo dos Gentios para a Igreja de Cristo



Nenhum comentário:
Postar um comentário