Lição 6 – Os Desafios da
Evangelização na Atualidade
Discipulado Cristão - Teologia e Prática 41
EVANGELIZAÇÃO: DEFINIÇÃO E MODALIDADES
Texto Bíblico Básico
– Romanos
10:8-17
Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e
no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos,
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres
que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para
a salvação.
Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.
Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é o Senhor de
todos, rico para com todos os que o invocam.
Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem
não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés
dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas
coisas.
Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na
nossa pregação?
De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.
TEXTO ÁUREO
Porque, se
anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa
obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!
1 Coríntios 9.16
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá
ser capaz de:
• compreender e internalizar o conceito de
evangelização;
• identificar os desafios da evangelização nos
dias atuais;
• entender os principais desafios brasileiros
da evangelização.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, nesta lição estudaremos o
desafio da evangelização nas suas diversas formas ou modalidades. É muito
importante que seu aluno seja desafiado a posicionar-se frente às necessidades
e às diversas maneiras de aplicar-se à evangelização nesta última hora da
Igreja. Que nos sirvam de referência as palavras de Jesus: É necessário que
façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando
ninguém pode trabalhar (Jo 9.4 ARA). O tempo de colocar a mão no arado e falar do
amor de Deus chama-se aqui e agora. Existem bilhões de vidas preciosas que
ainda não ouviram falar do poder salvador de Cristo Jesus. Há muito a fazer em
prol do Reino de Deus. A evangelização do mundo é uma tarefa urgente que deve
ser realizada por todos os salvos. Boa aula!
COMENTARIO
Palavra introdutória
A necessidade de obedecer ao
imperativo de Jesus na Grande Comissão ainda é assunto relevante e urgente nos
nossos dias. Diante de nós estão as multidões que precisam arrepender-se dos
seus pecados, crer em seus corações e confessar com a boca a respeito da
salvação: Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração,
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o
coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação (Rm
10.9,10 ARA). Paulo, o apóstolo abortivo, declarou: Prega a palavra, insta,
quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a
longanimidade e doutrina (2 Tm 4.2 ARA). O cristão, verdadeiramente engajado,
está sempre em estado de prontidão para pregar em todo momento, seja ele
oportuno ou não. As características do mundo atual trazem consigo diversos
desafios no que diz respeito às formas de evangelização aos mais diferentes
segmentos da sociedade: este é o assunto central desta lição.
Discipulado Cristão -
Teologia e Prática 41
Título: Viver pregando x Pregar vivendo
Pastor Luciano Subirá
Há uma enorme diferença entre viver pregando e
pregar vivendo. Alguns se tornaram
pregadores de Cristo. Falam sobre Ele e o que Ele tem feito, mas não demonstram
isto em suas vidas. Outros demonstram isto por meio de sua vida e dispensam até
mesmo palavras:
“Semelhantemente vós, mulheres, sede submissas
a vossos próprios maridos; para que também, se alguns deles não obedecem à
Palavra, sejam ganhos sem palavra pelo procedimento de suas mulheres,
considerando sua vida casta, em temor”. (1 Pedro 3.1,2)
Acredito que muitas vezes só deveríamos falar
de Jesus depois que nossa própria vida conseguiu chamar a atenção dos outros.
Pedro também ensinou sobre isto:
“Antes
santificai a Cristo como Senhor em vossos corações; e estai sempre preparados
para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da
esperança que há em vós”. (1 Pedro 3.15)
O propósito deste ensino é despertá-lo a
buscar o poder do Espírito Santo em sua vida. Sem ele, jamais chegaremos a ser
o que Deus quer que sejamos: testemunhas eficazes. Somente pelo poder do
Espírito é que romperemos numa vida cristã vitoriosa e frutífera. E quando isto
acontecer, basta compartilharmos com outros o que nós temos vivido… Acredito
que o processo de nos tornar testemunhas envolve três estágios distintos:
1)
Primeiro o poder de Deus deve agir em nós
2)
Depois contamos aos outros o que experimentamos
3)
Então Deus confirma este testemunho com sinais
TESTEMUNHANDO O QUE PROVAMOS
Quando
Jesus libertou o endemoninhado gadareno, aquele homem quis acompanhá-lo em suas
viagens e segui-lo, mas o Mestre lhe fez outra proposta: “Jesus, porém, não lho
permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes o
quanto o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti. Ele se retirou, pois, e
começou a publicar em Decápolis tudo quanto lhe fizera Jesus; e todos se
admiravam”. (Marcos 5.19,20)
Qual
era o assunto que este homem deveria abordar ao conversar com as pessoas? Sua
única mensagem era dizer o que Cristo lhe havia feito e com isto comunicar o
que Deus queria fazer em favor de cada um dos homens. Quando falamos daquilo
que provamos o impacto é muito maior nos que nos ouvem. O mesmo se deu com aquela
mulher samaritana que Jesus encontrou junto ao poço de Jacó:
“Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, foi à
cidade e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto
tenho feito; será este, porventura, o Cristo? Saíram, pois, da cidade e vinham
ter com ele…muito samaritanos daquela cidade creram nele, por causa da palavra
da mulher, que testificava: Ele me disse tudo quanto tenho feito”. (João
4.28-30 e 39) No início, as pessoas foram atrás de Jesus por causa da
experiência dela; depois, isto já não foi mais necessário, pois começaram a ter
suas próprias experiências:
“E
muitos mais creram por causa da palavra dele; e diziam à mulher: Já não é pela
tua palavra que nós cremos; pois agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que
este é verdadeiramente o Salvador do mundo”. (João 4.41,42)
OS SINAIS QUE SE SEGUEM
“E
disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem
crer e for batizado, será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes
sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão
novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não
lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados.
Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à
direita de Deus. Eles, saindo, pregaram por toda parte, cooperando com eles o
Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam”. (Marcos
16.15-20)
Deus
prometeu que avalizaria nosso testemunho com mais provas ainda. Mas o processo
de nos fazer testemunhas segue, como já afirmei, um ciclo. Primeiro provamos o
poder de Deus e temos nossas experiências, depois as contamos. E quando
testemunhamos o que provamos, Deus fará mais para aqueles que nos ouvem. O
livro de Atos também nos mostra Deus honrando o testemunho dos apóstolos:
“Com
grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e
em todos eles havia abundante graça”. (Atos 4.33).
Muitos cristãos têm tentado entrar direto
neste estágio final sem permitir que o processo se estabeleça em sua própria
vida no padrão que Deus estabeleceu. Mas nunca acontecerá assim! O estágio
final é quando Deus coopera conosco (que já provamos o poder) e avaliza o
testemunho com mais sinais. Foi exatamente assim que se deu com os apóstolos:
“Testificando Deus juntamente com eles, por
sinais e prodígios, e por múltiplos milagres e dons do Espírito Santo,
distribuídos segundo a sua vontade”. (Hebreus 2.4) É hora da Igreja romper em
sinais e milagres. Mas primeiro precisamos levar os cristãos a entenderem a
importância de, individualmente, experimentar o poder de Deus, para depois
rompermos numa demonstração maior do poder de Deus (1 Co 2.4).
Acredito que neste momento o que mais
precisamos é nos voltar para o Senhor em oração, do mesmo jeito que os
apóstolos fizeram no início (At 1.14). Isto desencadeará nossa própria
experiência com o poder do Espírito Santo que, por sua vez, quando
compartilhada, gerará ainda mais sinais para os outros. Foi assim com os
apóstolos; depois de 10 dias perseverando em oração no cenáculo, foram cheios
do Espírito Santo:
“E
todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas,
conforme o Espírito concedia que falassem”. (Atos 2.4) Depois, ao testemunhar
de Jesus na casa de Cornélio, Pedro vê Deus avalizar seu testemunho dando
àquele grupo a mesma evidência do derramar do Espírito, a ponto de Pedro
comparar a experiência deles com a sua própria:
“Respondeu então Pedro: Pode alguém porventura
recusar a água para que não sejam batizados estes que também, como nós,
receberam o Espírito Santo?” (Atos 10.47) Tenho provado isso em minha própria
vida. Os sinais e evidências que eu mesmo passei a provar ao ser cheio do
Espírito Santo são reproduzidos hoje por meio de meu ministério em favor de
outras pessoas. Experiências novas começaram a acontecer e demonstrar em minha
vida que de fato Jesus está vivo e presente ao nosso lado todos os dias. Sem
isso (mesmo tendo crescido no evangelho e sabendo expor de cor o plano de
salvação) eu não seria uma testemunha eficiente.
Meu
desejo é que sua vida seja um reflexo da ação do Espírito Santo, mostrando
assim que Jesus Cristo de fato está vivo. Que ao pregar, você possa falar não
só daquilo que você soube dele, e sim daquilo que tem provado. E se você não
tem provado muito, está na hora de se despertar e cumprir com sua
responsabilidade de busca-lo até que Seu poder atue em sua vida a ponto de
fazer de você uma testemunha eficaz! Muitos estão adormecidos e suas vidas não
refletem o propósito de seu chamado. Para estes, o Espírito Santo diz:
“Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre
os mortos, e Cristo te iluminará “. (Efésios 5.14)
Um relatório divulgado pela Missão Juvep apontou sobre
realidades e desafios mundiais para a evangelização
A Missão Juvep divulgou um relatório
denominado “Como ouvirão”, que apresenta os desafios das igrejas na evangelização
no mundo. Trata-se de um documento de 140 páginas com mapas, tabelas e gráficos
que mostrem a realidade no Brasil.
O objetivo do relatório é apresentar um
panorama dos principais desafios missionários e do avanço do Evangelho no
Brasil e no mundo, bem como promover maior conhecimento dos desafios existentes
e suprir com informações os diversos atores envolvidos com a obra missionária,
a fim de despertar novas iniciativas e oração em favor dos desafios.
Segundo Alisson Medeiros, coordenador do
Departamento de Pesquisas da Missão Juvep e membro do Departamento de Pesquisas
da Associação de Missões Transcurais Brasileira (AMTB), a intenção é lançar uma
nova edição a cada ano, com atualização de dados e acréscimos de informações.
De acordo com a missióloga Bárbara Burns,
que redigiu o prefácio, as informações do relatório são ótimas ferramentas para
serem compartilhadas em conferências missionárias e escolas de estudos
missiológicos.
O conteúdo do relatório apresenta gráficos
com 32 mapas, 27 gráficos e 15 tabelas. O documento está disponível para
download gratuito em um arquivo no formato PowerPoint, com as imagens em alta
resolução. O intuito é que os recursos possam ser utilizados em aulas,
palestras e reuniões.
Realidades e desafios
Dentre os diversos assuntos apresentados no
relatório, o conteúdo destaca o crescimento populacional mundial, o fenômeno da
urbanização global, a crescente migração internacional, a situação da pobreza
extrema, e a ameaça do islamismo se tornar a religião com o maior número de
adeptos até 2030.
No que diz respeito à evangelização, o
relatório apresenta números sobre povos que ainda não conhecem o evangelho, a
necessidade de 63 mil novos missionários na região conhecida como Janela 10/40,
a carência de tradução da Bíblia para mais de 2 mil línguas, e o crescimento da
perseguição aos cristãos ao redor do mundo.
O relatório também pontua os desafios
missionários no Brasil, apresentando informações sobre os chamados povos
minoritários, representados pelas populações dos segmentos tradicionais como:
ciganos, indígenas, quilombolas, sertanejos e ribeirinhos.
Além de apresentar tantos dados e
informações relevantes, o relatório Como Ouvirão é um convite para a Igreja e
encarar os desafios da missão.
“A Igreja de Jesus tem a missão de pregar o
Evangelho, e tornar Cristo conhecido entre todos os povos da terra. Que o
Senhor multiplique o número daqueles cujos pés são belos por pregarem as boas
novas! E que o Senhor também multiplique o número daqueles que enviam”, diz o
relatório.
FONTE: https://comunhao.com.br/desafios-da-evangelizacao/
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