TEXTO ÁUREO
“Sucedeu, pois, que, havendo eles passado, Elias
disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti.
E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim”
(2Rs 2.9).
VERDADE
PRÁTICA
A história de Elias e Eliseu
nos inspira a andarmos com pessoas que desfrutam de intimidade com Deus e que,
por isso, vale a pena serem seguidas e imitadas.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis 2.1-15.
1 — Sucedeu, pois, que, havendo o SENHOR de
elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu com Eliseu de Gilgal.
2 — E disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque
o SENHOR me enviou a Betel. Porém Eliseu disse: Vive o SENHOR, e vive a tua
alma, que te não deixarei. E assim foram a Betel.
3 — Então, os filhos dos profetas que estavam em
Betel saíram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu
senhor por de cima da tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos.
4 — E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui,
porque o SENHOR me enviou a Jericó. Porém ele disse: Vive o SENHOR, e vive a
tua alma, que te não deixarei. E assim vieram a Jericó.
5 — Então, os filhos dos profetas que estavam em
Jericó se chegaram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o
teu senhor por de cima da tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei;
calai-vos.
6 — E Elias disse: Fica-te aqui, porque o SENHOR
me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que te
não deixarei. E assim ambos foram juntos.
7 — E foram cinquenta homens dos filhos dos
profetas e, de longe, pararam defronte; e eles ambos pararam junto ao Jordão.
8 — Então Elias tomou a sua capa, e a dobrou, e
feriu as águas, as quais se dividiram para as duas bandas; e passaram ambos em
seco.
9 — Sucedeu, pois, que, havendo eles passado,
Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado
de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre
mim.
10 — E disse: Coisa dura pediste; se me vires
quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não, não se fará.
11 — E sucedeu que, indo eles andando e falando,
eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias
subiu ao céu num redemoinho.
12 — O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai,
carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando das suas
vestes, as rasgou em duas partes.
13 — Também levantou a capa de Elias, que lhe
caíra; e voltou-se e parou à borda do Jordão.
14 — E tomou a capa de Elias, que lhe caíra, e
feriu as águas, e disse: Onde está o SENHOR, Deus de Elias? Então, feriu as
águas, e se dividiram elas para uma e outra banda; e Eliseu passou.
15 — Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que
estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu.
E vieram-lhe ao encontro e se prostraram diante dele em terra.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
- I. Expor o
final do ministério de Elias;
- II. Destacar o pedido destemido de Eliseu;
- III. Registrar a concretização do início do ministério de Eliseu.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Converse com seus alunos
sobre a importância de se ter um sucessor ministerial, e que esse sucessor seja
confirmado por Deus. A Bíblia diz que Eliseu ficou com o manto utilizado por
Elias (2Rs 2.15). Quando Elias foi levado ao céu, Deus começou a confirmar o
ministério de Eliseu através da operação de muitos milagres (2Rs 2.15-25). Em
toda Bíblia, com exceção de Jesus, nenhuma outra pessoa teve tantos milagres
registrados por intermédio de seu ministério quanto Eliseu. Peça a seus alunos
para fazerem uma lista dos milagres de Eliseu, e destacarem o modo de Deus
agirem cada um deles.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O ministério de Elias estava
terminando quando Deus o ordenou que ungisse seu sucessor. O escolhido foi
Eliseu (1Rs 19.16). Eliseu era muito próximo e leal a Elias. Antes de ser
levado aos céus pelo Senhor, Elias perguntou a Eliseu sobre o que ele gostaria
de receber de sua parte. E Eliseu mais que depressa pediu porção dobrada do
espírito de Elias sobre ele (2Rs 2.9). E assim foi. O fim do ministério de
Elias e o início do de Eliseu são os assuntos desta lição.
PONTO CENTRAL
Devemos nos espelhar em pessoas que possuem as
características de um fiel servo de Deus.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO—PEDAGÓGICO
Utilizando uma técnica
didática denominada “Tempestade Cerebral”, proponha à classe a seguinte
questão: O que significa “porção dobrada do espírito de Elias”?
Como funciona a técnica? O
professor fará a pergunta e cada aluno, um após o outro, deverá respondê-la
imediatamente sem ter o tempo suficiente para estruturar ou ordenar logicamente
a resposta. As ideias serão captadas em estado nascente. A partir do uso desta
técnica o professor avaliará o nível de conhecimento da classe acerca do
assunto. A seguir, coloque no quadro a resposta abaixo, avaliando-a com eles.
No contexto do Antigo
Testamento, geralmente, o sucessor das funções familiares era o primogênito. O
sucessor tinha direito a porção dobrada da herança deixada aos outros filhos
(Dt 21.17). O que Eliseu estava pedindo a Elias era para ser seu sucessor no
ministério profético.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“Os filhos dos profetas (ver 1Rs 20.35 nota)
pelo que parece, concentravam-se em três locais principais: Gilgal, Betel e
Jericó (2.3,5,15; 4.38). Deus, por certo, enviou Elias a esses locais a fim de
encorajá-los pela última vez e lhes anunciar que Eliseu seria o seu novo
dirigente (vv.1,15).
[…] O termo ‘porção dobrada’ não significa
terminantemente o dobro do poder espiritual de Elias; refere-se, antes, ao
relacionamento entre pai e filho, em que o filho primogênito recebia o dobro da
herança que os demais (Dt 21.17). Eliseu estava pedindo que seu pai espiritual
lhe conferisse uma medida abundante do seu espírito profético, para, deste
modo, ele executar a missão de Elias. Deus atendeu ao pedido de Eliseu, sabendo
que o jovem profeta estava disposto a permanecer fiel a Ele, apesar de toda a
apostasia espiritual, moral e doutrinária a seu redor” (Bíblia de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.574).
CONHEÇA MAIS
“Eliseu seguira Elias durante muito tempo, e
não o abandonaria neste momento em que aguardava a benção de sua partida. […]
As águas do Jordão anteriormente cederam diante da arca; agora, perante o manto
do profeta, como um sinal da presença de Deus. Quando Deus leva os seus fiéis
ao céu, a morte representa o Jordão que eles devem cruzar, e encontram um
caminho por onde devem passar. A morte de Cristo dividiu as águas para que
passem os redimidos do Senhor. Onde está, ó morte, o teu aguilhão, o dano que
podes causar, o teu terror?”. Para saber mais leia: Comentário Bíblico Matthew
Henry. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p.297.
SUBSÍDIO
DEVOCIONAL
“[…]
Elias foi levado ao céu assim como Enoque (Gn 5.24), sem experimentar a morte.
(1) O traslado milagroso de Elias ao céu foi o selo divino da aprovação com
destaque, da obra, do caráter e ministério desse profeta. Elias permanecera em
tudo fiel à palavra de Deus no decurso de todo o seu ministério. Até ao último
momento, vivera em prol da honra de Deus, tomara posição firme contra o pecado
e a idolatria de um povo apóstata e despertara o remanescente fiel de Israel.
Teve uma comitiva magnífica para conduzi-lo em triunfo ao céu. (2) A
trasladação de Enoque e Elias assemelha-se ao arrebatamento futuro do povo fiel
de Deus, à segunda vinda de Cristo (1Ts 4.16,17)” (Bíblia de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.574).
“2Rs 2.9 Deus concedeu o pedido de Eliseu
porque os motivos de Eliseu eram puros. O objetivo principal de Eliseu não era
ser melhor ou mais poderoso do que Elias, mas realizar mais para Deus. Se
nossos motivos forem puros, não teremos que ter medo de pedir grandes coisas a
Deus; pelo contrário, devemos estar dispostos a pedi-las.
E quando pedirmos que Deus nos dê grande
poder ou habilidade, precisamos examinar nossos desejos e nos livrar de
qualquer egoísmo que encontrarmos.
2Rs 2.11 Elias foi levado para o céu sem
morrer. Ele é a segunda pessoa mencionada nas Escrituras a ter essa honra.
Enoque foi a primeira (Gn 5.21-24). Pode ser que os demais profetas não tenham
visto Deus tomar Elias porque poderiam ter dificuldades em acreditar no que
veriam. Seja qual for o caso, eles quiseram procurar Elias (2Rs 16-18). A falta
de qualquer traço físico do profeta iria confirmar o que havia acontecido e
fortalecer a fé destes homens. A única pessoa levada ao céu em forma corpórea
foi o Senhor Jesus, depois de sua ressureição (At 1.9)” (Bíblia de Estudo
Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.753).
CONCLUSÃO
O que identifica um profeta de Deus
atualmente não é o uso de uma capa, mas o modo de viver, suas virtudes e
comportamento. A exemplo de Eliseu, devemos nos espelhar em homens e mulheres
de Deus que sejam genuínos imitadores de Cristo. E não apenas isso: precisamos
também ser exemplo para os outros, refletindo a imagem do Senhor, não somente
nas palavras, mas, principalmente, nas ações.
Título: O plano de Deus para Israel em
meio à infidelidade da nação — As correções e os ensinamentos divinos no
período dos reis de Israel
Comentarista: Claiton Pommerening
O que podemos aprender com a vida de Eliseu?
RESPOSTA
Eliseu, cujo nome significa "Deus é
salvação", foi o sucessor de Elias no ofício de profeta em Israel (1 Reis
19:16, 19-21; 2 Reis 5:8). Ele foi chamado para seguir Elias em 1 Reis 19:19 e
passou os próximos anos como protegido do profeta, até que Elias foi levado
para o céu. Foi durante esse tempo que Eliseu começou o seu ministério, o qual
durou cerca de 60 anos e abrangeu os reinos dos reis Jeorão, Jeú, Jeoacaz e
Joás.
O chamado inicial de Eliseu é
instrutivo. Depois de uma demonstração poderosa do poder de Deus contra os
profetas de Baal e o retorno da chuva depois de uma longa seca, a rainha
Jezabel perseguiu a vida de Elias. Com medo, o profeta fugiu. Ele foi renovado
por um anjo e preparado para uma jornada de quarenta dias para o Monte Horebe.
Lá, Elias confessou que acreditava ser o único profeta fiel que restava. Deus
disse a Elias para voltar para casa, ungir Hazael o rei da Síria, Jeú o rei de
Israel e Eliseu para sucedê-lo como profeta. Deus disse: "Quem escapar à
espada de Hazael, Jeú o matará; quem escapar à espada de Jeú, Eliseu o
matará" (1 Reis 19:17). Ele também assegurou a Elias que restavam 7.000
que não haviam se curvado a Baal.
Elias obedeceu à palavra de Deus e
encontrou Eliseu, o qual estava lavrando com dois bois naquele momento. Elias
colocou seu manto ao redor de Eliseu — um sinal de que as responsabilidades de
Elias cairiam sobre Eliseu, e Eliseu deixou seus bois e correu atrás do
profeta. Eliseu pediu apenas para dizer adeus a sua família e depois voltaria
para Elias. Eliseu voltou, matou seus bois, queimou seu equipamento, deu a
carne ao povo e então seguiu Elias como seu servo. Eliseu respondeu à chamada
imediatamente. Ele se afastou completamente da sua vida anterior —
essencialmente fazendo uma celebração e não se dando a opção de retornar aos
seus bois. Eliseu não só deixou sua antiga vida, mas se tornou um servo em sua
nova vida (1 Reis 19:21).
Eliseu parecia amar Elias como a um
pai. Ele se recusou a deixar Elias antes de Elias ser levado para o céu, apesar
de Elias ter dito a Eliseu para ficar para trás. Elias permitiu que Eliseu
ficasse com ele e perguntou o que poderia fazer pelo seu protegido antes de
partir. Eliseu solicitou uma porção dupla do espírito de Elias. Este não foi um
pedido ganancioso, mas sim uma indicação de que Eliseu queria ser considerado
filho de Elias. Elias disse a Eliseu que, se ele visse Elias quando fosse levado,
então a porção dupla seria de Eliseu. De fato, Eliseu viu a carruagem de fogo e
os cavalos de fogo que separavam os homens e viu Elias sendo levado para o céu
em um redemoinho. Eliseu pegou o manto de Elias e caminhou até o rio Jordão.
Eliseu atingiu a água com o manto, e a água se dividiu, assim como fizera para
Elias. Os outros profetas que testemunharam isso reconheceram que o espírito de
Elias agora descansava em Eliseu. Como Deus havia decretado, Eliseu seria agora
Seu profeta para o povo (2 Reis 2:1–18).
Como Deus havia dito a Elias na
montanha, foi durante o ministério de Eliseu que a adoração organizada de Baal
foi erradicada (2 Reis 10:28). Em seu ministério, Eliseu viajou muito e serviu
como conselheiro de reis, um companheiro das pessoas comuns e um amigo de
israelitas e estrangeiros.
Há muitos relatos bem conhecidos do
serviço de Eliseu como profeta. Ele curou as águas de Jericó (2 Reis 2:19–21) e
foi zombado por jovens a quem ele acabou amaldiçoando, resultando na morte
deles por meio de ataque de ursos (2 Reis 2:23–25). Ele multiplicou o óleo de
uma viúva (2 Reis 4:1–7). Ele profetizou um filho para uma rica família
sunamita que o hospedou e mais tarde ressuscitou o mesmo filho (2 Reis 4:8–37).
Eliseu também removeu veneno de uma panela de guisado (2 Reis 4:38-41) e
multiplicou vinte pães de cevada para alimentar cem homens (2 Reis 4:42-44).
Ele curou Naamã da lepra (2 Reis 5) e fez flutuar um machado emprestado (2 Reis
6:1-7). Os milagres que Eliseu realizou são, em sua maior parte, atos de ajuda
e bênção. Outros se assemelham fortemente a alguns dos milagres de Cristo, tais
como a multiplicação de alimentos (Mateus 16:9-10) e a cura de leprosos (Lucas
17:11-19).
Eliseu ofereceu conselho ao rei de
Israel. Um incidente fala de Eliseu alertando o rei sobre os movimentos do rei
da Síria. Quando o rei da Síria descobriu que Eliseu é quem estava frustrando
seus planos, ele procurou capturar o profeta. Quando o servo de Eliseu, Geazi,
viu os arameus que tinham vindo contra eles, ficou com medo. Mas Eliseu disse a
ele que não tivesse medo porque "mais são os que estão conosco do que os
que estão com eles. Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos
para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava
cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu" (2 Reis 6:16-17).
Não se pode deixar de lembrar como Eliseu tinha visto carruagens semelhantes de
fogo quando Elias foi levado para o céu. Eliseu então orou para que os arameus
fossem atingidos pela cegueira. Eliseu levou-os a Samaria, a capital de Israel,
antes de pedir ao Senhor que abrisse os seus olhos. O rei de Israel se
perguntou se deveria matar os cativos, mas Eliseu aconselhou-o a preparar
comida para eles. Quando terminaram a festa, os arameus voltaram para seu
mestre e a Síria parou de atacar Israel. Eliseu também profetizou outros
eventos de importância nacional e internacional em relação a Israel e Síria.
O rei Jeoás, ou Joás, reinava na época
da morte de Eliseu. O rei visitou Eliseu enquanto o profeta estava doente e
chorou por ele. Eliseu instruiu Jeoás a pegar um arco e flechas e atirá-los
pela janela. Quando Jeoás fez isso, Eliseu disse-lhe que essa era a flecha da
vitória de Deus sobre a Síria. Eliseu então disse ao rei que golpeasse o chão
com as flechas, mas Jeoás parou depois de apenas três vezes. Eliseu ficou
irado. Se Jeoás tivesse atingido o chão cinco ou seis vezes, ele teria
destruído a Síria completamente, mas agora apenas os derrotaria três vezes (2
Reis 13:14–19).
Da morte de Eliseu, 2 Reis 13:20 diz
simplesmente: "Morreu Eliseu, e o sepultaram". Mas a passagem
continua falando de invasores moabitas que vinham a Israel toda primavera:
"Sucedeu que, enquanto alguns enterravam um homem, eis que viram um bando;
então, lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, logo que o cadáver tocou os
ossos de Eliseu, reviveu o homem e se levantou sobre os pés" (2 Reis
13:21). Parece que Deus escolheu demonstrar seu poder através do profeta mesmo
depois da sua morte.
Jesus falou de Eliseu em Lucas 4:27.
O povo havia rejeitado Jesus em Nazaré e Ele disse-lhes que "nenhum
profeta é bem recebido na sua própria terra" (Lucas 4:24). Jesus disse que
havia muitos leprosos em Israel no tempo de Eliseu, mas apenas Naamã, um sírio,
foi curado.
Um estudo da vida de Eliseu revelará
a humildade do profeta (2 Reis 2:9; 3:11), seu amor óbvio pelo povo de Israel
(2 Reis 8:11-12) e sua fidelidade em um ministério vitalício. Eliseu foi
obediente ao chamado de Deus, seguindo Elias avidamente e fielmente. Eliseu
claramente acreditava em Deus e confiava nEle. Eliseu buscou a Deus e, por meio
dele, Deus trabalhou poderosamente.
FONTE: https://www.gotquestions.org/Portugues/pessoas-biblia-eliseu.html
2 Reis 2:1-8 - Elias
Despede-se de seus Amigos, Especialmente de Eliseu - Comentário Bíblico
Exaustivo - Antigo Testamento e Novo Testamento - Matthew Henry
Os tempos de Elias, e os eventos referentes
a ele, são tão pouco datados como aqueles de qualquer grande homem na
Escritura. Não somos informados de sua idade, nem em que ano do reinado de
Acabe ele apareceu pela primeira vez, nem em que ano do reinado de Jorão
desapareceu, e por essa razão, não se pode conjeturar por quanto tempo ele
atuou. Supõe-se que vinte anos ao todo. Aqui somos informados de:
I
Que Deus tinha determinado levá-lo ao
céu em um redemoinho (v. 1). Ele faria isso, e é provável que o fizesse saber
de seu propósito algum tempo antes, que Ele iria em breve levá-lo do mundo, não
pela morte, mas pela passagem de seu corpo e alma para o céu, como Enoque foi,
só fazendo-o passar por uma mudança necessária para qualificá-lo para ser um
habitante do mundo dos espíritos, como aqueles que serão encontrados vivos na
volta de Cristo deverão experimentar. Não nos cabe dizer por que Deus colocaria
tal honra peculiar sob Elias, acima de qualquer outro dos profetas. Ele foi um
homem sujeito às mesmas paixões que nós, conheceu o pecado, mas nunca provou da
morte. Por que motivo ele foi assim dignificado, assim diferenciado, como um
homem a quem o Rei dos reis teve prazer em honrar? Podemos supor que:
1. Deus olhou para seus serviços passados, os quais foram eminentes e
extraordinários, e quis conceder-lhe uma recompensa por eles e um encorajamento
para os filhos dos profetas para andarem nos passos de seu zelo e fidelidade,
e, custasse o que custasse a eles, testemunharem contra as corrupções da era em
que viviam.
2. Ele olhou para baixo, para o presente estado de escuridão e degeneração da
igreja, e quis dar uma prova muito perceptível de outra vida após esta, e
direcionar os corações dos poucos fiéis para cima, em sua direção, e na daquela
outra vida. 3. Ele olhou adiante para a dispensação evangélica, e, no translado
de Elias, deu um tipo de figura da ascensão de Cristo e da abertura do reino
dos céus para todos os crentes. Elias tinha, pela fé e pela oração, convivido
muito com os céus, e agora ele é levado para lá, para nos assegurar que, se
tivermos comunhão com os céus, enquanto estivermos aqui na Terra, em breve
estaremos lá, a alma (o ser humano) será feliz lá, e para sempre.
II
Que Eliseu tinha determinado, enquanto
continuasse na Terra, apegar-se a ele, e não deixá-lo. Elias parecia querer
livrar-se dele, o teria deixado para trás em Gilgal, em Betel, em Jericó (vv.
2,4,6). Alguns pensam em humildade. Ele sabia o que a glória de Deus tinha
designado para ele, mas não parecia se orgulhar disso, nem desejava que isto
fosse visto pelos homens (os favoritos de Deus não desejam ter proclamado
diante deles que eles são assim, como os favoritos dos príncipes terrestres
fazem), ou que ainda isto fosse para testá-lo, e fazer sua adesão constante a
ele a mais recomendável, como Noemi persuadindo Rute que voltasse. Em vão Elias
lhe pede para que permaneça aqui ou ali. Ele decide não ficar em lugar nenhum
abandonando o seu senhor, até ele ir para os céus, e deixá-lo para trás nesta
Terra. “Não importa o que aconteça, te não deixarei;” E por que isto? Não
somente porque ele o amava, mas:
1. Porque ele desejava ser edificado por sua convivência santa e divina por
todo o tempo em que ele permanecesse na terra. Isto tinha sido sempre
lucrativo, mas, nós podemos supor, que agora fosse mais do nunca. Nós devemos
fazer uns aos outros todo bem espiritual que pudermos, e conseguir
reciprocamente tudo o que pudermos, enquanto estivermos juntos, porque nós
estamos juntos apenas por um pouco de tempo.
2. Porque ele desejava ter certeza no que se referia à sua partida, e vê-lo
quando ele fosse levado, para que sua fé fosse confirmada e seu conhecimento do
mundo invisível aumentado. Ele tinha seguido Elias por muito tempo, e não o
deixaria agora quando esperava pela partida abençoada. Que aqueles que seguem a
Cristo não fracassem pelo cansaço no final.
III
Que Elias, antes de sua partida,
visitou as escolas dos profetas e despediu-se deles. Parece que havia muitas
escolas de profetas em muitas cidades de Israel, provavelmente até mesmo na
própria Samaria. Aqui nós encontramos filhos dos profetas, e um considerável
número deles, mesmo em Betel, onde um dos bezerros foi erigido, e em Jericó, a
qual foi mais tarde construída em desafio a uma maldição divina. Em Jerusalém,
e no reino de Judá, eles tinham sacerdotes e levitas, e o serviço do templo,
cuja falta, no reino de Israel, Deus graciosamente supriu com aquelas escolas,
onde os homens eram treinados e empregados na prática da religião e devoção, e
às quais pessoas boas recorriam para solenizar as festas previstas com oração e
o ouvir, quando eles não tinham locais próprios para sacrifícios ou incensos, e
assim a religião era mantida num tempo de apostasia geral. Havia muito de Deus
entre esses profetas, e mais eram os filhos da desolada do que os filhos da
mulher casada. Nenhum dos grandes sacerdotes era comparável àqueles dois
grandes homens, Elias e Eliseu, os quais, até onde sabemos, nunca ministraram
no templo de Jerusalém. Estes seminários de religião e virtude, cuja fundação é
provável que tenha ocorrido por iniciativa de Elias, ele agora visita, antes de
sua partida, para instruí-los, encorajá-los, e abençoá-los. Note: Aqueles que
estão indo para os céus devem se preocupar com aqueles que vão deixar para trás
na Terra, e devem deixar com eles suas experiências, testemunhos, conselhos e
orações (2 Pe 1.15). Quando Cristo disse, com triunfo: Eu já não estou mais no
mundo, ele acrescentou, com ternura: Mas eles estão. Pai, guarda-os.
IV
Que os filhos dos profetas tinham
conhecimento (ou pelo próprio Elias, ou pelo espírito da profecia em alguns de
seu próprio convívio), ou suspeitaram pela solenidade da despedida de Elias,
que ele seria logo removido. E:
1. Eles contaram isso a Eliseu, tanto em Betel (v. 3) quanto em Jericó (v. 5):
Sabes que o Senhor, hoje, tomará o teu senhor por de cima da tua cabeça? Isto
eles disseram não o censurando pela perda, ou esperando que quando seu mestre
tivesse ido ele se colocasse no mesmo nível que eles, mas para mostrar quão
ocupados estavam com esse assunto e ansiosos por esse evento, e para prevenir
Eliseu que se preparasse para a perda. Não sabemos que nossas mais próximas
relações, e mais queridos amigos, devem em breve ser levados de nós? O Senhor os
tomará. Nós os perdemos quando Ele, a quem pertencem, os chame, pois é aquele
que tira e ninguém pode impedir. Ele leva embora tanto os superiores a nós
quanto os inferiores, e também os que estão no mesmo nível que nós. Por isso,
cumpramos cuidadosamente o dever de cada relacionamento, para que possamos
refletir sobre ele com conforto quando vier a ser dissolvido. Eliseu sabia
disso muito bem, e o seu coração se encheu de tristeza com esta notícia (como
os discípulos em um caso similar, João 16.6), e por essa razão ele não
precisava ouvir falar disso, não estava interessado em ouvir falar do assunto,
e não seria interrompido em suas contemplações acerca desta grande preocupação,
nem seria levado a interromper o serviço que prestava ao seu mestre: Também eu bem
o sei; calai-vos. Ele não fala com raiva, ou com desprezo aos filhos dos
profetas, mas como alguém que estava bem e os queria acalmar e tranqüilizar, e
que estava, com um silêncio terrível, esperando o evento: Também eu bem o sei;
calai-vos (Zc 2.13).
2. Eles próprios foram para serem testemunhas à distância, embora não pudessem
assistir de perto (v. 7): Cinqüenta homens dos filhos dos profetas pararam de
longe, tentando satisfazer sua curiosidade, mas Deus assim ordenou, que eles
deviam ser testemunhas oculares da honra que o céu concedeu àquele profeta, o
qual era desprezado e o mais indigno entre os homens. Os trabalhos de Deus são
muito merecedores de nossa atenção, quando uma porta é aberta no céu o chamado
é: Sobe aqui, sobe e veja.
V
Que a abertura milagrosa do rio Jordão foi o preâmbulo para a passagem de
Elias para a Canaã celestial, como tinha sido para a entrada de Israel na Canaã
terrena (v. 8). Ele devia ir para o outro lado do Jordão para ser transladado,
porque lá era a sua terra natal e porque ele devia estar próximo ao lugar em
que Moisés morreu, e para que assim a honra pudesse ser colocada na parte do
país que era mais desprezada. Ele e Eliseu podiam ter cruzado o Jordão em uma
balsa, como outros faziam, mas Deus iria engrandecer Elias em sua saída como
fez com Josué em sua entrada, pela divisão deste rio (Js 3.7). Como Moisés
dividiu o mar com a sua vara, assim Elias dividiu o Jordão com seu manto,
ambos, vara e manto, sendo os emblemas — os distintivos de seu ofício. Estas
águas que antes cederam à arca, agora cederam ao manto do profeta, manto que,
para aqueles que careciam da arca, era um sinal equivalente da presença de
Deus. Quando Deus levar os seus fiéis para o céu, a morte é o Jordão que,
imediatamente antes de sua passagem, eles deverão atravessar, e eles
encontrarão um caminho através dele, um caminho seguro e confortável. A morte
de Cristo dividiu as águas para que os resgatados de Deus possam passar. Onde
está, ó morte, o teu aguilhão, a tua ferida, o teu terror?
2 Reis 2:9-12 - Elias É
Arrebatado, e Eliseu Lamenta - Comentário Bíblico Exaustivo - Antigo Testamento
e Novo Testamento - Matthew Henry
Aqui:
I
Elias cumpre seu desejo, e deixa
Eliseu como seu herdeiro, agora o ungindo para que seja profeta em seu lugar,
mais do que quando lançou a sua capa sobre ele (1 Reis 19.19).
1. Elias, estando grandemente satisfeito com a constância da afeição e da
atenção de Eliseu, lhe fez uma pergunta sobre o que ele deveria realizar para
ele, que bênção deveria deixar para ele ao partir. Elias não diz (como o bispo
Hall observa): “Pede-me o que queres que te faça quando eu tiver ido, no céu eu
estarei mais apto a te favorecer”, mas: “Pede-me antes que eu vá”. Podemos
falar com nossos amigos na Terra, e eles podem nos responder, mas não temos
acesso a nenhum amigo que esteja no céu, a não ser CRISTO, e DEUS nele. Abraão
nos não conhece.
2. Eliseu, tendo esta justa
oportunidade de se enriquecer com as melhores riquezas, roga por uma porção
dobrada de seu espírito. Ele não pede por riquezas materiais, nem por honra,
nem ausência de problemas, mas pede para estar qualificado para o serviço de
DEUS e de sua geração. Ele pede: (1) Pelo ESPÍRITO, não que Elias tivesse
capacidade de conceder os dons e as graças do ESPÍRITO. Por essa razão ele não
diz: “Dê-me o ESPÍRITO” (ele sabia muito bem que isso era dom de DEUS), mas:
“Peço-te que ele esteja sobre mim, intercede junto a DEUS por mim nesse
sentido”. CRISTO disse a seus discípulos que pedissem o que quisessem, não
alguma coisa, mas tudo, e prometeu enviar o ESPÍRITO, com muito mais autoridade
e certeza do que poderia Elias. (2) Por seu espírito, porque ele deveria ser um
profeta em seu lugar, continuar seu trabalho, para gerar os filhos dos profetas
e encarar os inimigos deles, porque ele deveria encontrar as mesmas
dificuldades e lidar com a mesma geração perversa, de maneira que, se ele não
tiver seu espírito, não terá força suficiente para enfrentar a tarefa. (3) Por
uma porção dobrada de seu ESPÍRITO. Ele quer dizer o dobro do que tinha Elias.
É uma ambição sagrada procurar com zelo os melhores dons, e aqueles que nos
tornarão mais úteis a DEUS e a nossos irmãos. Note: Nós todos, tanto ministros
quanto povo, temos que colocar diante de nós os exemplos de nossos
predecessores, trabalhar a exemplo do espírito deles, e ser sérios com DEUS
buscando a graça que os conduziu em seu trabalho e os habilitou a cumpri-lo.
3. Elias prometeu-lhe o que ele pediu,
mas sob duas condições (v. 10). (1) Contanto que ele valorizasse e estimasse
isto muito: isso ele o ensina a fazer ao chamá-lo coisa dura, não tão difícil
para DEUS realizar, mas muito grande para ele esperar. Aqueles que estão mais
preparados para as bênçãos espirituais são aqueles mais sensíveis ao quanto
elas valem e à sua própria indignidade para recebê-las. (2) Contanto que ele se
mantivesse próximo a seu senhor, até ao final, e fosse o observasse: Se me
vires quando for tomado de ti, assim se te fará, do contrário, não. Uma atenção
diligente às instruções de seu senhor, e uma observação cuidadosa de seu
exemplo, principalmente agora nesta última cena, eram a condição e seriam um
meio adequado de obter muito de seu espírito. Observar cuidadosamente a maneira
de sua ascensão seria também de grande utilidade para ele. Os confortos dos
santos que partiram, e suas experiências, ajudarão poderosamente tanto a dourar
nossos confortos quanto a fortalecer nossas resoluções. Ou, talvez, isto fosse
planejado apenas como um sinal: “Se DEUS te favorecer tanto a ponto de fazer
com que me vejas quando eu ascender, aceita isso como um sinal de que Ele fará
isso para você, e confia nisso.” Os discípulos de CRISTO o viram ascender e,
por causa disso, tiveram certeza de que, em pouco tempo, seriam preenchidos por
seu ESPÍRITO (At 1.8). Podemos supor que depois disso Eliseu orou seriamente:
Senhor, Mostra-me esse sinal para bem.
II
Elias é levado ao céu num carro de
fogo (v. 11). Como Enoque, ele foi trasladado, para não ver a morte. E foi
(como Cowley o expressa) o segundo homem que saltou o fosso no qual todo o
resto da humanidade caiu e ele não foi para o céu descendo. Muitas perguntas curiosas
poderiam ser feitas sobre este assunto, mas não poderiam ser respondidas. Que
nos baste a informação que temos aqui sobre:
1. O que o seu Senhor, quando chegou, o
encontrou fazendo. Ele estava conversando com Eliseu, instruindo-o e
encorajando-o, orientando-o em seu trabalho, e estimulando-o, para o bem
daqueles que ele deixava para trás. Ele não estava meditando ou orando, como
alguém completamente enlevado pelo mundo para o qual estava indo, mas como
alguém dedicado à pregação, como alguém preocupado com o reino de DEUS entre os
homens. Nós nos enganamos se pensamos que nossa preparação para os céus é feita
apenas pela contemplação e os atos de devoção. A utilidade que representamos
para os outros nos será cobrada como qualquer outra coisa. Pensar em coisas
divinas é bom, mas falar delas (se isso vier do coração) é melhor, porque é
para a edificação (1 Co 14.4). CRISTO ascendeu ao céu enquanto estava
abençoando seus discípulos.
2. Que escolta seu Senhor lhe enviou — um carro de fogo, com cavalos de fogo, o
qual apareceu ou descendo sobre eles das nuvens ou (como pensa o bispo Patrick)
correndo na direção deles por sobre o chão: nesta forma os anjos apareceram. As
almas de todos os fiéis são carregadas por uma invisível guarda de anjos para
dentro do seio de Abraão. Mas, tendo Elias carregado seu corpo consigo, esta
guarda celestial tornou-se visível, não numa forma humana, como de costume,
embora eles pudessem tê-lo carregado em seus braços, ou o levado como nas asas
de uma águia, mas isto seria carregá-lo como a uma criança, como a um cordeiro
(Is 40.11,31). Eles aparecem na forma de um carro e cavalos, para que ele
pudesse conduzir com pompa, para que pudesse conduzir em triunfo, como um
príncipe, como um vencedor, sim, mais do que vencedor. Os anjos são chamados na
Escritura de querubins e serafins, e a aparência deles aqui, embora possa
parecer estar abaixo de sua dignidade, corresponde a ambos os nomes. Pois (1)
Serafim significa flamejante, e diz-se que DEUS faz deles um fogo abrasador (Sl
104.4). (2) Querubim (na opinião de muitos) significa carruagens, e eles são
chamados de os carros de DEUS (Sl 68.17), e diz-se que Ele montou num querubim
(Sl 18.10), aos quais talvez exista uma alusão na visão de Ezequiel de quatro
seres viventes, e rodas, como cavalos e carros. Na visão de Zacarias eles
também são representados assim (Zc 1.8; 6.1. Compare com Apocalipse 6.2ss.).
Veja a prontidão dos anjos para fazerem a vontade de DEUS, mesmo nos serviços
mais desprezíveis, para o bem daqueles que devem ser herdeiros da salvação.
Elias devia mudar-se para o mundo dos anjos, e por essa razão, para mostrar
quão desejosos eles estavam de sua companhia, alguns deles viriam buscá-lo. O
carro e os cavalos apareceram como fogo, não por queimar, mas pelo brilho, não
para torturá-lo ou consumi-lo, mas para tornar sua ascensão notável e ilustre
aos olhos daqueles que ficaram de longe para vê-la. Elias tinha queimado com
zelo santo por DEUS e por sua honra, e agora, com o fogo sagrado ele foi
refinado e trasladado.
3. Como ele foi separado de Eliseu.
Este carro os separou. Note: Os mais queridos amigos devem partir. Eliseu tinha
afirmado que não o deixaria, mas agora ele é deixado para trás por Elias.
4. Para onde ele foi carregado. Ele subiu ao céu num redemoinho. O fogo tende a
subir. O redemoinho ajudou a carregá-lo através da atmosfera, para fora do
alcance da força magnética da terra, e então, quão suavemente ele ascendeu
através do puro éter para o mundo dos espíritos sagrados e abençoados que nós
não podemos conceber.
“Mas onde ele parou nunca se saberá,
Até que a Natureza Fênix, envelhecida,
Aspire tornar-se um ser melhor,
Subindo ela mesma, como ele, para a eternidade em fogo.”
Cowley.
Uma vez Elias, em aflição, tinha desejado morrer. Mas DEUS foi tão gracioso com
ele a ponto de não apenas não aceitar seu pedido na ocasião, mas de honrá-lo
com este privilégio singular, de que ele nunca veria a morte. E por este
exemplo, e por aquele de Enoque: (1) DEUS mostrou como os homens deveriam
deixar o mundo se não tivessem pecado, não pela morte, mas pela trasladação.
(2) Ele concedeu um vislumbre daquela vida e imortalidade que são trazidas à
luz pelo evangelho, da glória reservada para os corpos dos santos, e da
abertura do reino dos céus para todos os crentes, como então ocorreu para
Elias. Isso também foi uma figura da ascensão de CRISTO.
III
Eliseu comovido lamenta a perda do
grande profeta, mas o assiste com um elogio (v. 12).
1. Ele viu isto. Assim ele recebeu o sinal pelo qual lhe fora garantida a
concessão de seu pedido por uma dupla porção do espírito de Elias. Ele olhou
fixamente para o céu, de onde ele esperava receber aquele dom, como os
discípulos fizeram em Atos 1.10. Ele viu por um momento, mas a visão foi
prontamente tirada de sua vista. E nunca mais o viu.
2. Ele rasgou suas próprias roupas,
como sinal da noção que tinha de sua própria perda e da de todos. Embora Elias
tivesse ido triunfantemente para o céu, este mundo não podia dar-se ao luxo da
sua ausência, e por isso sua remoção devia ser muito lamentada pelos sobreviventes.
Sem dúvida, os corações daqueles cujos olhos estão secos são duros, quando
DEUS, ao levar embora homens úteis e leais, pede choro e lamentação. Embora a
partida de Elias tenha aberto o caminho para a eminência de Eliseu,
especialmente desde que ele estava agora seguro da dupla porção de seu
espírito, ele lamentou a perda de Elias, porque o amava, e poderia tê-lo
servido para sempre.
3. Ele falou de Elias de forma muito
honrável, mostrando o motivo de tanto lamentar sua ausência. (1) Ele próprio
tinha perdido o guia de sua mocidade: Meu pai, meu pai. Ele viu sua própria
condição como a da criança sem pai atirada ao mundo, e lamentou isto da forma
adequada. Quando CRISTO deixou seus discípulos, não os deixou órfãos (Jo
14.15), mas Elias teve que fazê-lo. (2) O público tinha perdido seu melhor
guardião. Ele era os carros de Israel, e os seus cavaleiros. Ele teria levado
todos para os céus, como nesse carro, se não fosse por culpa deles mesmos. Eles
não usavam carros e cavalos em suas guerras, mas Elias era para eles, por seus
conselhos, reprovações, e orações, melhor do que a mais poderosa força de
carros e cavalos, e evitou os julgamentos de DEUS. Sua partida foi como a
derrota de um exército, uma perda irreparável. “Seria melhor ter perdido todos
os nossos homens de guerra do que ter perdido esse homem de DEUS.”
--------------------------------------------------------------------------------------------------
ELISEU, SUCESSOR DE
ELIAS (II Reis 2:1-8:15) - Comentário Neves de Mesquita
Era nosso plano concluir esta seção, de
Roboão a Jeú de Israel, em um só capítulo. Verificamos depois que ficaria muito
longo, e não nos parecem muito interessantes do ponto de vista prático,
capítulos longos. Daí, então, decidimos escrever um capítulo, abordando os
milagres de Eliseu, o homem que mais demonstrou o poder de DEUS nas operações
sobre a natureza. É bem certo que Elias, por um ou outro motivo, ocupa lugar
mais preeminente na história que Eliseu; mas parece, por outro lado, que DEUS
reservou a este homem rude, "calvo", um simples Iavrador, a tarefa de
revelar até que ponto a transgressão dos princípios da religião revelada pode
produzir a ruína. Coube-lhe a ingrata tarefa de trabalhar num dos períodos mais
turbulentos da história de Israel, sob o domínio de Acabe e sua mulher,
Jezabel. Se o autor for feliz em coordenar os muitos milagres, operados por
Eliseu, de maneira a impressionar o leitor destas notas, estará ele bem pago
dos seus pequenos esforços, para dar ao povo evangélico do Brasil uma idéia do
panorama religioso e político de Israel.
Convirá dizer que a história de Israel
é peculiar. A Teocracia estava em pleno desenvolvimento, isto é, o governo de
DEUS sobre o povo de Israel. Para que tal programa se realizasse era necessário
que os fundamentos da mesma Teocracia não fossem abalados por deuses
concorrentes ou por quaisquer outros desvios religiosos. Foi justamente o que
aconteceu nos turbulentos dias de Jeroboão I a Jeú. A introdução de tantas
divindades em Israel desde os dias de Salomão, cada qual procurando demonstrar,
através dos seus adoradores a verdadeira, a mais importante, nos destinos da
vida do povo, com grave prejuízo para a verdadeira revelação de DEUS,
necessariamente criaria o ambiente que nós apreciamos nestes capítulos dos
livros dos Reis.
Tem parecido a alguns críticos que
DEUS é ciumento. Não é certo. DEUS é o verdadeiro DEUS, o único DEUS, e,
tolerar outros ao Seu lado, comprometeria não apenas o nome, mas a verdade, a
verdade de DEUS e a verdade religiosa. Portanto não havia compromisso entre o
culto a DEUS e o prestado a Baal ou a outra qualquer divindade. Cremos que esta
palavra explica tudo.
1. A Sucessão (2:1-18)
Encontramos Elias e seu colega
Eliseu, em Gilgal. Havia diversos lugares com este nome, mas o aqui mencionado
parece ser o Gilgal, perto de Jericó, onde Josué estabeleceu o seu quartel
general, logo depois de atravessar o Jordão. Que teria Elias ido fazer ali não
sabemos. Nós o encontramos em Samária lutando com os três grupos de capitães e
soldados de Acazias. Provavelmente logo após haver comunicado a mensagem de que
o rei morreria daquela doença, partiu para o leste, de onde Eliseu era nativo
(Abel-Meolá, localidade não identificada, entre o mar de Nazaré e o Mar Morto).
Eliseu havia sido ungido uns sete anos antes aí por 895, mais ou menos, e desde
então nunca mais se apartou do seu mestre e professor. Havia recebido mensagem
de DEUS de que Elias seria tomado dentro daqueles dias, a mesma transmitida aos
grupos de profetas que habitavam por ali. Sabendo que ia ficar só, procurou
agarrar-se ao mestre, na esperança, aliás bem sucedida, de receber o poder do
profeta. De Gilgal partiu Elias para Betel, localidade muito nossa conhecida,
desde os tempos de Jacó. Elias deseja afastar-se de Eliseu, mas este estava
decidido a não abandonar o companheiro, e foi com ele até o momento supremo.
Os grupos de profetas tinham igualmente
recebido mensagem da breve retirada de Elias. E assim Eliseu foi informado pelo
grupo de discípulos, em Betel. Antes de prosseguirmos em nosso estudo, faremos
bem em verificar os vários grupos de profetas, ou filhos dos profetas, encontrados
em diversos lugares.
1) Já vimos o grupo de 400 (I Reis
22:6). Alguns comentadores os qualificam de falsos profetas. Nós temos posição
diferente. Agora é um grupo em Betel (2:3); outro estava em Jericó (2:5), que
também havia recebido a mensagem da breve tomada de Elias. Todos estavam
informados do que ia ocorrer. Mais adiante eram cinqüenta homens, filhos dos
profetas (2:7). Filhos dos profetas era uma designação perfeita da identidade
do oficio, pois não eram filhos no sentido genético, mas no professoral.
2) Samuel é (I Sam. 10:10) considerado
o fundador da profecia em Israel, ou o seu maior encorajador, naqueles
longínquos dias da história. Esse esforço se agigantou nos dias de Elias e
Eliseu. O profeta Amós parece indicar que os profetas eram filhos de profetas
(Amós 7:14); essa expressão, porém, pode dar o sentido rigoroso do ofício, isto
é, filho de profeta segundo a escola, o que realmente Amós não era. A palavra
"filho" no hebraico indica efetivamente a filiação da pessoa, segundo
seu pai ou mãe, mas também segundo a escola de onde procedia. Também não havia
escolas no sentido moderno do termo, e que só pudesse ser profeta o que saísse
dessa escola. Numa época de avivamento espiritual, o ESPÍRITO de DEUS poderia
tocar qualquer homem, mesmo não filiado a uma determinada classe. Todos os que
se sentiam tocados por DEUS se agrupavam e formavam então uma espécie de
escola. Os Ben-Nabhi podiam ser ou não discípulos dos profetas. Os comentadores se dividem em apreciações,
que não podemos fazer por carência de espaço. Estava em foco nesses dias era a
tomada de Elias ao céu num carro de fogo, e Eliseu desejava ardentemente
receber poder para continuar o serviço de Elias, seu mestre. Aproximaram-se do
Jordão, a fim de passar para o outro lado, no chamado vau de Jericó. Elias
tocou as águas com o seu manto e elas se dividiram como acontecera anos atrás,
quando os israelitas passaram a pé enxuto. Depois de passarem, Elias é franco
com o seu companheiro e diz: "Pede-me o que queres que eu te faça, antes
que seja tomado de ti" (v. 9). Pediu porção dobrada do seu espírito. Elias
achou demasiado, mas no caso de Eliseu ver a sua subida ao céu, então o pedido
seria aceito; caso contrário, não. Realmente, Eliseu recebeu porção dobrada do
poder de Elias, porque os milagres por ele realizados foram tantos e de tal
monta que nem mesmo Moisés chegou a tanto.
Elias foi recebido em cima, sem passar
pela morte. Homem feliz e ditoso. Antes, só Enoque tivera tal ventura, embora
este Autor entenda que Moisés também foi elevado acima, sem passar pela morte,
tão misteriosa foi esta, conforme vimos no comentário a Josué.
Tem-se notado e com muita razão que a vida de Eliseu não está bem enquadrada no
livro dos Reis, pois ele não era rei. Todavia, não tendo deixado qualquer
documentação de suas atividades, e tendo-se preocupado com a estruturação dos
quefazeres reais e elementos da Teocracia, a sua vida foi incluída dentro do
quadro dos reis, onde operou. A ele cabia a tarefa de representar o Rei Ideal,
o que outros infelizmente não fizeram, salvo exceções muito honrosas. Podemos
imaginar o que seria a história do Reino do Norte, sem o registro das
atividades de Eliseu e mesmo de Elias. Teríamos a impressão de que DEUS havia
abandonado de todo o seu povo. Portanto, vamos agrupar os milagres de Eliseu,
constituindo com eles um capítulo especial, mesmo que não tenha esta
designação.
-------------------------------------------------------
2. Sucede Eliseu Elias
( 2: 1-25 ) - Comentário Bíblico Wesleyana
1 . E aconteceu que, quando o Senhor estava para tomar Elias
ao céu num redemoinho, Elias partiu de Gilgal com Eliseu 2 E
disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui aqui, peço-te; porque o Senhor me
enviou, na medida do Betel. E disse Eliseu: Vive o Senhor, e vive a tua
alma, não te deixarei. E assim foram a Betel. 3 E os
filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu, e disse-lhe:
Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a tua
cabeça-a-dia? E ele disse: Sim, eu o sei; . segurar sua paz
vós 4 E Elias lhe disse: Eliseu, fica comigo aqui,
peço-te; porque o Senhor me enviou a Jericó. E ele disse: Vive o
Senhor, e vive a tua alma, não te deixarei. Então, foram para
Jericó. 5 E os filhos dos profetas que estavam em Jericó se
chegaram a Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor
por sobre a tua cabeça-a-dia? E ele respondeu: Sim, eu o sei; . segurar
sua paz vós 6 E Elias lhe disse: Fica-te aqui aqui,
peço-te; porque o Senhor me enviou ao Jordão. E ele disse: Vive o
Senhor, e vive a tua alma, não te deixarei. E ambos
continuou. 7 E foram cinqüenta homens dos filhos dos profetas,
e pararam defronte deles, de longe; e eles dois pararam junto ao
Jordão. 8 Então Elias tomou a sua capa e, dobrando-a, feriu as
águas , e eles foram divididos cá e para lá, a fim de que eles passaram ambos a
pé enxuto. 9 E aconteceu que, quando eles passado, Elias disse
a Eliseu: Pede o que eu te faça, antes que seja tomado de ti. E disse
Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre
mim. 10 E ele disse: Tu pediste: Coisa difícil , no
entanto , se tu me ver quando eu estou tomado de ti, assim será a ti
; mas se não for, não deve ser assim. 11 E aconteceu que,
indo eles andando e falando, eis que, lá apareceu um carro de fogo,
com cavalos de fogo, o que os separaram tanto em pedaços; e Elias subiu ao
céu num redemoinho. 12 O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu
pai, carros de Israel e seus cavaleiros
E não o viu mais, e ele tomou conta de suas
próprias roupas, e as rasgou em duas partes. 13 Também levantou
a capa de Elias, que dele caíra, e voltou, e parou à beira do
Jordão. 14 E tomou a capa de Elias, que dele caíra, e feriu as
águas, e disse: Onde está o Senhor, o DEUS de Elias? e quando feriu as
águas, eles foram divididos lá e para cá; e Eliseu passou.
15 E quando os filhos dos profetas que estavam em Jericó, defronte
dele o viu, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E
vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em
terra. 16 E disseram-lhe: Eis que agora, existem com os teus
servos há cinqüenta homens valentes; deixá-los ir, pedimos-te, em busca do
teu senhor, para que o ESPÍRITO do Senhor, tomou-o e lançasse em algum dos
montes, ou em algum dos vales. E ele disse: Vós não deve
enviar. 17 E quando eles insistiram com ele, até que se
envergonhou, disse ele, em Enviar. E enviaram cinqüenta homens; e
eles buscaram três dias, porém não o acharam. 18 E eles
voltaram para ele, enquanto ele ficara em Jericó; e ele disse-lhes: Eu não
vos digo, não foi?
19 E os homens da cidade
disseram a Eliseu: Eis, pedimos-te, a situação desta cidade é agradável, como o
meu senhor vê; mas a água é ruim, eo miscarrieth terra. 20 E
ele disse: Trazei-me um novo botija, e ponde nele sal. E trouxeram a
ele. 21 E saiu ele ao manancial das águas e, deitando sal nele,
e disse: Assim diz o Senhor, eu ter curado estas águas; não haverá dali mais
morte ou abortando. 22 E aquelas águas ficaram sãs, até o dia
de hoje, de acordo com a palavra de que Eliseu disse.
23 E ele subiu dali até
Betel; e como ele estava indo pelo caminho, não saiu jovens rapazes para
fora da cidade, e zombavam dele, e disse-lhe: Sobe, tu careca; ir para
cima, tu careca. 24 E ele olhou para trás e viu, e os
amaldiçoou em nome do Senhor. Então saiu duas ursas saíram do bosque, e
despedaçaram quarenta e dois rapazes deles. 25 E foi dali para
o monte Carmelo, e dali ele voltou para Samaria.
Elias tinha sido submetido a uma ameaça de morte. Ele havia carregado em
uma luta de vida ou morte em nome de Jeová contra Baal-adoração. Profetas
do Senhor, bem como profetas de Baal tinha ido para a morte como
resultado. Reis estava sob julgamento divino. Ambos Acabe e Acazias tinha
morrido, como a palavra do Senhor por intermédio de Elias havia declarado.
O dia finalmente chegou quando Elias
deve contar com o futuro. No entanto, em vez de ser dado um enterro, ele
foi levado para cima por um redemoinho (v. 11 ).
Não só, mas também Eliseu Elias e as bandas de profetas em Betel e Jericó
estavam conscientes para a ocasião especial (cf.
vv. 1-3 , 5 , 7 , 9 ). Não há
nenhuma razão dada para o pedido de Elias que Eliseu retornar de acompanhá-lo. No
entanto, este pedido demonstra a determinação de Eliseu para ir com Elias
(v. 2 ). Eliseu tinha se tornado um amigo dedicado e leal de
Elias. Outros exemplos notáveis de tal amizade são: Rute para Naomi,
Jonathan para Davi, Timothy para Paulo.
Ele não pode ser sem significado que Elias visitou Gilgal, Betel e Jericó
(vv. 1 , 2 , 4 ). Em cada um desses lugares
lá residia uma colônia de profetas (cf. vv. 3 , 5 ; 2
Reis 4:38 ). A visita de Elias para cada colônia pode ter sido para
inspirar a sua lealdade para com o Senhor.
A visitação para as colônias de
profetas concluídas, Elias e Eliseu atravessou o rio Jordão, por meio da
separação milagroso da água. Então Elias disse a Eliseu: Pergunte o
que eu te faça, antes que seja tomado de ti (v. 9). Por fim, o
caso de que ambos estavam cientes foi explicitamente mencionado. Elias
estava a tomar. No entanto, antes que a ocorrência, ele se ofereceu para
ajudar no que for Eliseu Eliseu necessário.
Uma ocasião como Eliseu pode ser mais
revelador. Seu mestre estava prestes a partir e estava oferecendo qualquer
ajuda Eliseu pôde escolher. Qual seria o seu pedido ser? Fora de seu
desejo mais íntimo ele pediu:Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito
sobre mim (v. 9 ). Esta súplica revelou desejo sincero de
Eliseu para suceder Elias em sua responsabilidade profética. Aqui havia
escolha glamourosa ou atraente durante a dinastia de Omri. No entanto,
revelou o material heróico de Eliseu.
Há uma lição mais esclarecedor do
poder de influência elaborado a partir de uma comparação entre o rei Acazias e
Eliseu, o profeta. O rei ficou sob a forte influência da idolatria em
razão da família real, mas Eliseu foi fiel ao Senhor por causa da influência de
Elias. Isso ilustra graficamente o quadro geral dos reis e os profetas do
Reino do Norte. Os líderes políticos recorreram ao expediente religiosa e
compromisso, enquanto os profetas denunciaram que a política e pregou que só o
Senhor é DEUS. Julgamento foi visitada sobre os reis, mas honra tardia foi
concedido os profetas por gerações posteriores.
Após a partida de Elias Eliseu recebeu
o selo de seu comissionamento profética como sucessor de Elias. Ele viu a
verdade, embora negligenciado, o poder de DEUS, que estava disponível para
Israel: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus
cavaleiros ! (V. 12 ). A visão dos carros foi a
promessa de que o pedido de Eliseu foi concedida (cf. v. 9 ).
Ao voltar para a Jordânia, Eliseu deve ter feito a divisão do rio como um teste
para o cumprimento de seu pedido. Os profetas que vi o livro, apressou-se
a curvar-se em presença de Eliseu (v. 15 ). Como ele veio para
Jericho deu ajuda à cidade por milagrosamente purificar a primavera
fornecimento de água para a cidade. Em seu caminho de Jericó a Betel ele
pronunciou uma maldição sobre um grupo de meninos desrespeitosas.
------------------------------------------------------------
Eliseu assume o posto
de profeta (2.1-18) - Comentário - NVI (F. F. Bruce)
A saída de cena de Elias é entrelaçada
intimamente com a introdução de Eliseu como figura-chave no grupo dos
profetas. Assim como Josué foi chamado a ser o sucessor de Moisés, Eliseu
foi desafiado a assumir a difícil tarefa de seguir o pioneiro de
um novo estágio no desenvolvimento de Israel. Mas enquanto Josué
tinha liderado o povo na época da conquista da terra, Eliseu preparou o
remanescente para uma época em que o povo de Israel seguiria os amorreus
cujas práticas tinham absorvido de maneira tão fácil (lRs 21.26).
Tanto Elias quanto Eliseu (v. 1)
tinham um pressentimento do que iria acontecer enquanto iam de Gilgal (não a
cidade mais conhecida na baixa elevação de Js 4.19 etc., mas uma cidade
nas montanhas entre Siló e Betei, possivelmente aquela mencionada em
Dt 11.30) para Betei. v. 2. Fique aqui era um teste da determinação de
Eliseu. Então foram (heb. “desceram”) a Betei (na verdade, Gilgal
ficava localizada num ponto um pouco mais baixo que Betei, mas a rota
incluía uma descida final do outro lado da montanha). Um centro dos
discípulos dos profetas (v. 3) em Betei, o local odiado do
pseudo-santuário de Jeroboão, é aqui mencionado pela primeira vez. Eles
prontamente reconhecem tanto Elias quanto Eliseu e também têm
um pressentimento da partida de Elias. v. 4. Jerico havia sido
reconstruída não muito tempo antes na antiga colina de Hiel (lRs
16.34) em um desafio à maldição de Josué. A colônia de profetas,
tradicionalmente conhecida como “fonte de Eliseu”, estava
localizada próximo dali, e essa também é a primeira menção de uma
comunidade de profetas ali. O último estágio os leva ao rio Jordão (v. 6), que
figura entre os últimos sinais proféticos de Elias quando ele “desfaz” a
entrada vitoriosa quatro séculos antes. Finalmente ele faz um convite a
Eliseu: 0 que posso fazer em seu favor (v. 9). v. 9. Faze de mim o
principal herdeiro de teu espírito profético (heb. “Dá-me porção dupla
do teu espírito”; v. Dt 21.17): isso marcaria Eliseu como o primeiro ou
o líder mais importante entre os profetas que Elias estava deixando.
Elias deixa a questão em suspense: se você me vir quando eu for separado
de você, terá o que pediu (v. 10). A partida veio quando apareceu um carro
de fogo [...] que os separou, e Elias foi levado aos céus
num redemoinho (não no carro de fogo). O grito de Eliseu: Meu pai!
Meu pai! (no sentido de reverência e dependência), os carros de guerra e os
cavaleiros de Israel! (v. 12) encontra eco mais tarde na sua própria morte
(13.14) e tem sido interpretado como (a) um epitáfio igualando o
valor de Elias a mais do que poder militar ou (b) o júbilo por uma partida
triunfal, como se Eliseu compartilhasse com o negro spiritual a idéia
de que foi o carro de fogo, e não o redemoinho, que levou Elias para casa.
A confiança de Eliseu nesse novo poder foi então imediatamente testada. Depois
da primeira ocorrência de bateu nas águas (v. 14), o grego
acrescenta: “e elas [as águas] não se dividiram”, para deixar claro que a
água do rio tinha retomado o seu fluxo durante o tempo em que os profetas
estavam no lado oriental. O TM dá a mesma impressão, sem fazer o acréscimo
específico. A pergunta de Eliseu: Onde está agora o Senhor, o DEUS de
Elias? é seguida no hebraico de “até (ou também) ele”. A NEB
relaciona isso a Eliseu: “ele também bateu nas águas” (assim também a
versão alemã Elberfelder). Gray acrescenta isso à pergunta: “Onde está Javé, o
DEUS de Elias, até ele?”. A segunda ocorrência do verbo no texto (tendo
batido na água) não está nessa forma no original. No hebraico, está
simplesmente, como na primeira ocorrência, “bateu na água”. E
traduzido dessa forma na NVI para deixar claro que Eliseu não bateu duas
vezes na água. Não há explicação como a oferecida em Js 3.16, e, de
fato, um tal desmoronamento da margem dificilmente conseguiria explicar duas
divisões seguidas da água. O significado religioso é claramente
paralelo às experiências do mar Vermelho e do rio Jordão dos israelitas
que estavam avançando para a conquista da terra, e simboliza o
poder imutável de Javé em circunstâncias mutáveis.
Os cinquenta homens (v. 17) não testemunharam o evento todo, mas viram Eliseu
voltar pelo Jordão e o reconheceram como herdeiro de Elias, prestando-lhe o
devido respeito (v. 15). E compreensível que Eliseu se oponha ao pedido
deles de procurar o teu mestre (v. 16), embora em virtude da insistência
ele tenha ficado constrangido (v. 17; NEB: “não teve coragem de
resistir”). Eles não o encontraram, e, como no caso de Moisés, ele
não teve um túmulo conhecido. Como Eliseu já tinha percebido (v.
18b), não deveria haver a admiração saudosa que um túmulo
venerado geraria. A obra de Elias estava concluída; uma obra
impetuosa de juízo que se tornou simbólica (Ml 4.5,6), até idealizada (Jo 1.21)
e reconhecida no final dessa era em João Batista (Mt
3.1-10). Depois de Moisés e Elias, DEUS não tinha nada de fundamentalmente novo
a dizer até a vinda daquele com quem eles se juntaram no monte da
transfiguração (Mc 9.4).
Memórias de Eliseu (2.19—8.16)
Eliseu começou a seguir Elias já quase no final do reinado de Acabe (lRs
19.19-21). A partida de Elias se deu após a morte de Aca-zias; assim, o
ministério exclusivo de Eliseu abarcou os reinados de Jorão, Jeú e Joacaz. Ele
morreu durante o reinado de Joás (13.14), depois de 50 anos de vida
pública, uma figura nacional reverenciada cujas proezas
foram orgulhosamente contadas e recitadas (8.4). Os incidentes
registrados estão, portanto, espalhados ao longo de 50 anos. Não há
indicação clara de ordem histórica, e é difícil inferir alguma ordem da
narrativa. O texto não evidencia princípio de seleção. A maioria
dos incidentes contém atos aparentemente miraculosos e em certo nível
indicam o interesse fortuito do povo em contos sobre pessoas
extraordinárias. Provavelmente as “grandes coisas que Eliseu fez” eram
contadas repetidamente e preservadas pela companhia dos profetas. Num
nível mais profundo, a coleção desconexa de histórias propõe a questão da
intenção do autor. Aqueles críticos que a priori já não acreditam em
histórias de milagres devem dizer por que esses relatos específicos foram
inventados e preservados. Aqueles que estão dispostos a aceitá-los tentam
entender o seu propósito, e, fora muitas interpretações alegóricas
engenhosas, duas sugestões principais podem ser feitas. Eliseu é (a)
o símbolo do interesse contínuo de Javé pela política instável da nação
moribunda e de seus vizinhos (3.4-27; 6.8—7.20; 8.7-15;
9.1-3) e (b) também o meio de Javé
fortalecer o remanescente para que mantenha vivo o verdadeiro e caloroso
relacionamento pessoal de confiança e reverência entre os pobres de espírito
(2.19-22; cap. 4; 6.1-7; 8.1-6). As histórias de Naamã (cap. 5) e dos
moleques de Betei (2.23-25) fazem a ponte entre as duas categorias. Em
tudo isso, Eliseu precisa ser avaliado à luz da sua época. Ainda estava
por vir “o mensageiro que quando proferissem insultos contra ele não
retaliaria”, e o povo de Betei presenciou a justiça sem misericórdia.
A condenação de Moabe (como as declarações posteriores de Amós, Am
1.1) retratou um DEUS que ainda usava nações como seus executores.
Embora não se possa deduzir nenhuma seqüência histórica exata do
texto, a tabela a seguir retrata a posição que tentamos adotar neste
comentário.
853 O avanço assírio é temporariamente
interrompido em Garcar c. 852 Morre Acazias. Jorão se torna rei
2.19-22; 2.23-25 campanha contra Moabe 3.1-27 Eliseu no Carmelo e em
Samaria
4.1-7; 4.8-37
fome (possivelmente 6.24—7.20 cabe aqui)
4.38-41 ? 4.42-44
Eliseu em Damasco 8.7-15 c. 843 Hazael assassina Ben-Hadade II. A
Síria perturba Israel durante 40 anos. c. 841 Jeú assassina Jorão e
se torna rei.
Os assírios retomam a ofensiva e
pressionam até a costa do Mediterrâneo. Jeú paga tributos à Assíria.
A Assíria não está ativamente interessada no Oeste durante alguns anos.
8.1-6; 4.42-44? 6.1-7
814 Jeú morre, e o filho Jeoacaz reina.
6.8-23
802 Os assírios cercam Damasco. A pressão síria sobre Israel é atenuada.
?800 Ben-Hadade III sucede a Hazael. 798 Jeoás sucede a Jeoacaz
possivelmente 6.24—7.20 A visita de Naamã 5.1-27
A água da nascente é purificada
(2.19-22)
Se o incidente segue imediatamente a
2.18, a cidade (v. 19) é Jericó. Nesse caso, o incidente pode ser o
cancelamento final da maldição que já havia se cumprido em Hiel (lRs
16.34). O pedido é feito pelos homens da cidade — isso não se limita à
comunidade profética — mostrando a consideração apropriada (Como podes
ver. no heb., “como o meu senhor pode ver”.) a terra é improdutiva'. BJ: “país
estéril”. O verbo empregado em ê improdutiva é usado somente em referência
a pessoas, como em Ex 23.26. A tigela nova e o sal (v. 20) são
acessórios do ato profético, e tentativas de explicar quimicamente a
purificação da água não são convincentes, v. 22. até hoje a água permanece
pura\ fonte permanente de gratidão local a Javé e ao seu profeta.
Uma maldição em Betei (2.23-25)
v. 23. De Jericó Eliseu foi para Eetel liga os dois incidentes e destaca a
mudança repentina de graça e cura para maldição e castigo. Os meninos não
eram crianças inocentes de 2 ou 3 anos. O hebraico qãtãn pode significar
“pequeno” em contraste com grande em importância (18.24), embora geralmente
seja uma referência à imaturidade (lRs 11.17); na'ar é usado com
freqüência em relação a homens jovens (e.g., lRs 11.28; 2Rs 4.22); yeled,
meninos (equivalente a “jovens”) no v. 24, é igualmente ambíguo (v. lRs 12.14).
O contexto precisa ser levado em consideração, e aqui sugere um bando
de moleques à espera numa emboscada, que sai após o profeta
para zombar dele (observe: Voltando-se). Suma daqui: em algumas
versões, “sobe” (ARA, ARC e B] refletem literalmente o heb.), é um
comentário sarcástico acerca da partida de Elias, careca pode ser
referência a um tipo de coroa de clérigo que os profetas usavam ou
simplesmente um insulto grosseiro, v. 24. olhou [...] e os amaldiçoou:
qãlal “falar mal de”, Ex 22.28; SL 62.4, não o herem, “dedicação”,
a entrega de alguém para a destruição (v. comentário de lRs 20.42); depois
disso, Eliseu seguiu o seu
caminho, ursas eram comuns naquela região montanhosa na época,
um perigo constante, embora o povo e o autor os tenham considerado um
castigo. Se os meninos estavam espelhando o desprezo dos seus pais pelo
novo profeta, Ex 20.5 poderia ser um comentário apropriado, v. 25. prosseguiu até
o monte Garmelo: onde parece ter tido uma residência (4.25) e dali voltou
a Samaria (onde é encontrado em casa em 5.3 e 6.32). Parece que o
profeta de Javé podia agora viver em Israel sem ser molestado.
-------------------------------------------------------------------------------------
FONTE: APAZDOSENHOR.ORG
Nenhum comentário:
Postar um comentário