A Evangelização em Tempos de Pandemia
TEXTO
BÍBLICO BÁSICO
Salmo
91.1-11
1 -
Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente
descansará.
2 - Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu
refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.
3 -
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa.
4 - Ele
te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas estarás seguro; a sua
verdade é escudo e broquel.
5 - Não
temerás espanto noturno, nem seta que voe de dia,
6 - nem
peste que ande na escuridão, nem mortandade que assole ao meio--dia.
7 - Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua
direita, mas tu não serás atingido.
8 -
Somente com os teus olhos olharás e verás a recompensa dos ímpios.
9 - Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio! O
Altíssimo é a tua habitação.
10 - Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma
chegará à tua tenda.
11 -
Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os
teus caminhos.
TEXTO ÁUREO
Quando passares pelas águas, estarei
contigo, e, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo
fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.
Isaías 43.2
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá
ser capaz de:
•
perceber as implicações da Covid-19 na sociedade como um todo;
•
utilizar as formas possíveis de evangelização, durante e depois da pandemia;
•
praticar a assistência físico-emocional-espiritual, embasada no amor ágape.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro
professor, hoje, os saberes são produzidos em grandes quantidades e a
circulação do conhecimento acontece com uma velocidade incrível. A informação
se torna, a cada dia, mais acessível a todos; é a chamada socialização e democratização
do conhecimento. Nossos alunos, praticamente, não visitam mais as bibliotecas,
porque quase tudo pode ser encontrado na internet. Porém, nem sempre estas
fontes são confiáveis. É preciso propor ações que promovam e orientem educadores
cristãos a utilizar as mídias e novas tecnologias da comunicação e da
informação em benefício da educação desenvolvida na Escola Dominical.
O
advento das mídias sociais desenvolveram na sociedade um novo padrão de
relacionamento com a informação e o conhecimento. Com o episódio da Covid-19,
esta nova maneira de educar e comunicar o conhecimento ganhou uma abrangência
ainda maior (Adaptado de: CHAVES, G. V. Educação Cristã - Uma jornada para toda
a vida. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2012, p. 92).
Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra
introdutória
No final de 2019, um novo tipo de vírus corona
foi identificado como a causa de um conjunto de casos de pneumonia em Wuhan,
cidade chinesa na província de Hubei. Esse vírus espalhou-se rapidamente, resultando
em uma epidemia, primeiro em toda a China e, em seguida — em forma de pandemia —,
alcançou os demais continentes e países do mundo.
Em fevereiro
de 2020, o novo coronavírus foi identificado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) como o
responsável pela doença, a qual se designou
Covid-19, isto é, doença por coronavírus 2019. Os principais sintomas dessa
doença são: febre alta, tosse seca e síndrome respiratória aguda. Seu período
de incubação varia entre 4 e 14 dias.
Apesar do clima de apreensão e pânico
instalado no mundo, é necessário lembrar que as tragédias ao longo da história
sempre deixaram um legado de reflexão, aprendizado e transformações.
A pandemia provocada pelo novo coronavírus
mobiliza o planeta em torno de ações emergenciais e imediatas. Surge, assim,
uma consideração inevitável: como será o mundo depois da Covid-19? Por conseguinte,
todo cristão verdadeiramente comprometido com o Reino de Deus sente-se premido
pelo questionamento: como deve ser a ação evangelística da Igreja no mundo
pós-pandemia?
Essa crise mundial na saúde traz à Igreja de
Cristo a responsabilidade de uma nova abordagem para alcançar as pessoas para
Cristo. Ele mesmo declarou: Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que
venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos e vede as terras,
que já estão brancas para a ceifa Jo 4.35).
LPD 63 - Discipulado Cristão — Teologia e Prática
SOBRE(O)NATURAL
Há mais coisas entre o céu e a
terra
do que sonha nossa vã filosofia
William Shakespeare,
trecho de Hamlet.
O vírus tem nome, sigla e uma
identidade própria conhecida por todos. Embora invisível, é impossível não o
perceber, afinal, ele avança com seus tentáculos por muito mais do que simplesmente
nossa saúde.
Ao longo dos últimos meses, o
novo coronavírus tornou-se essa “entidade sobrenatural” que é sentida nas mais
diversas áreas da vida. Repercute nos delineamentos da economia, nas crises
sociais e no direcionamento político; está nas rodas de bar, nos almoços em
família e nas reuniões de negócio; é tema de orações, preces, rezas, pensamentos
e energias de todas as religiões.
A forma como foi recepcionado
pela humanidade conferiu-lhe um status de semi-divindade. Seu rápido
espalhamento mostra uma presença marcante sobre todos; sua letalidade, um poder
ímpar. Muitos curvaram-se a ele, não por amor ou reverência, mas por puro e
sincero medo. Como nas ficções científicas mais dramáticas, o cenário parece
apocalíptico, à medida que corremos contra o tempo atrás de soluções que nossos
maiores esforços não podem encontrar.
Afinal, o vírus veio sobre tudo o que nos é natural e tomou de nós a
naturalidade da vida. Sua chegada não comportou explicações e a repercussão dos
seus efeitos ainda paira desconhecida, seja em termos físicos, emocionais,
afetivos, econômicos ou espirituais.
A empreitada do vírus contra a
humanidade é avassaladora e incontrolável. Aliás, a falta de possibilidades de
contenção ou alternativas para convivência torna-nos impotentes diante dessa
realidade.
Olhar para o cenário descrito
é, sem dúvidas, desesperador.
Aliás, esse é o clima cotidiano de todos que procuram se manter minimamente
informados durante a pandemia. Não há soluções naturais que pareçam capazes de
dirimir a crise, sequer, de mitigar os prejuízos.
Na outra ponta desse cenário,
pessoas nomeiam filhos nascidos durante a quarentena como “Corona”, “Covid”,
“Lockdown”.
É o mundo reconhecendo o
poderio microscópico que tomou conta da nossa realidade natural.
*****
Essa “identidade sobrenatural”
do coronavírus é meramente figurativa; ele não deixa de ser um fator natural
que repercute de forma natural sobre os diversos aspectos concretos de nossa
vida – as relações de causa e efeito, embora exponenciais, são claras.
É importante deixar claro que
o vírus atua sobre o que é natural, porém, não possui poderes sobrenaturais.
O jogo de palavras é
proposital e nos leva a uma reflexão sobre o papel do verdadeiro sobrenatural
diante das características do cenário atual, isto é, como nosso conhecimento
sobrenatural de Deus pode ser um meio de desmascarar essa fantasia de sobre- naturalidade
conferida ao coronavírus.
Se é verdade que diversos
aspectos da vida estão sendo impactados pelas circunstâncias da pandemia, o
mesmo não devemos afirmar acerca da realidade sobrenatural que o Espírito Santo
nos revela. A vida transformada pelo Espírito, com base no conhecimento da boa,
perfeita e agradável vontade de Deus, deve permanecer hígida e firme mesmo em
tempos de instabilidade.
Isso porque a vida
transformada promove-nos uma cosmo- visão diferenciada, fruto da nova criatura
que somos em Jesus
Cristo. Trata-se de uma redefinição da maneira como enxergamos o mundo,
a partir da influência determinante da Verdade revelada por Deus em nós. A
cosmovisão cristã atribui novos significados a antigos conceitos e nos auxilia
na interpretação de circunstâncias naturais. Com isso, define quem somos a partir
das declarações que o próprio Deus faz a nosso respeito.
Essa cosmovisão se estrutura
por meio da renovação diária de entendimento (Rm 12.2). Segundo Paulo, é um
processo genuíno que se agiganta gradualmente, conforme a medida de fé que Deus
repartiu com cada um, para que tenhamos temperança em conhecer e, com isso,
determinar nosso mindset* diante de todas as situações.
Portanto, percebemos uma
prevalência de influência da realidade sobrenatural sobre as circunstâncias
naturais e não o contrário. É dizer, os aspectos destrutivos da emergência do coronavírus
não são tão capazes de minar nossas convicções espirituais quanto elas são
capazes de nos fortalecer para enfrentá-lo. Para pôr termo ao jogo de palavras:
sobre o que está sobre o nosso natural (vírus), há uma realidade sobrenatural
(cosmovisão cristã) que prevalece.
*****
TRECHO DO LIVRO: Reflexões em Tempo de
pandemia
Leonardo Dantas Costa
|| “As
igrejas em meio à pandemia do novo coronavírus”
As igrejas
buscam encontrar ou aperfeiçoar a melhor forma de promover a evangelização no
espaço do ambiente digital e também manter a comunhão dos fiéis.
A maioria das igrejas em todo o mundo
iniciou ou aprimorou o ministério online, considerando o “novo normal”.
A pandemia do Novo Coronavírus
impôs a necessidade de distanciamento e isolamento social. À medida em que a
Covid-19 derruba e atropela os aspectos de vida das pessoas, as igrejas também
vão se adaptando às restrições, de forma dinâmica, e encontrando maneiras de
realizar os seus cultos, e atender seus membros.
Em uma questão de semanas, a
maioria das igrejas em todo o mundo iniciou ou aprimorou o ministério online,
considerando o “novo normal” para 2020, passando a transmitir as celebrações
via internet, deixando temporariamente para o porvir, a realização dos cultos
presenciais.
E, nesse clima de pandemia, as
igrejas buscam encontrar ou aperfeiçoar a melhor forma de promover a
evangelização no espaço do ambiente digital e também manter a comunhão dos
fiéis.
As autoridades ainda não sabem
definir se estamos caminhando para o final da pandemia no Brasil. Enquanto
isso, considerando o atual momento, as igrejas continuam se adequando para
encontrar ou aperfeiçoar a melhor forma de gestão, de liturgia, de
evangelização, e principalmente manter a comunhão e permanência dos membros.
Para responder perguntas relacionadas ao tema, convidamos o pastor
Geremias do Couto que tem atuação ministerial em áreas específicas. É escritor, teólogo e jornalista, envolvido nas áreas da
educação cristã e evangelísticas; teve participação ativa nas cruzadas do
saudoso missionário Bernhard Johnson; também coordenou o projeto Minha
Esperança Brasil, realizado pela Associação Evangelística Billy Graham; dirigiu
o Festival de Esperança, com Franklin Graham em 2010, e mantém os vínculos de
parceria com o My Hope Project, da mesma organização.
Seara News
– Quais os desafios para as igrejas nesse momento?
Pr.
Geremias Couto – Há
muitos desafios, entre eles compreender o momento em que estamos vivendo. Sem
discutir as origens da pandemia e as suas consequências, ela é um fato que
mexeu com a vida de todos os segmentos, inclusive as igrejas, que tiveram de
adaptar-se à nova realidade. As que voltaram a ter cultos presenciais, precisam
cumprir as normas preventivas para que possam reunir-se. Ainda assim, muitas
continuaram a transmitir os seus cultos online, como continuam a fazer as que
ainda não foram liberadas. Mas a verdade é que elas precisam repensar a sua
liturgia, atualizar-se e não deixar desassistidos os seus membros, em todos os
aspectos, o que considero o maior desafio.
A pandemia
do novo coronavírus levou muitas igrejas adaptarem suas estruturas para o
ambiente digital, quais os benefícios dessa mudança? Alguma área pode ser prejudicada?
Como se costuma dizer, crises geram
oportunidades. Acredito que a pandemia tem permitido às igrejas a aprenderem a
utilizar o ambiente digital, que difere radicalmente do ambiente presencial.
Essa é uma das áreas pelas quais tenho lutado. O ambiente das redes virtuais
amplia a presença da igreja na propagação do Evangelho, pois é um lugar onde
não há fronteiras. Esse seria um dos benefícios. Tenho participado com
regularidade de reuniões de trabalho online com líderes de todo o mundo que, em
tempos normais, exigiria uma logística com um custo altíssimo, envolvendo
deslocamento, alimentação e hospedagem, o que não ocorre no mundo virtual. Pode
haver prejuízos? Sim. Como, por exemplo, a inconstância de quem assiste os
cultos online, já que, longe de outros olhares, sente-se livre para ficar
“beliscando” de “live” em “live” ou paralelamente ficar se ocupando de ver o
que está acontecendo no mundo virtual. Isso fica muito no terreno do
compromisso que a pessoa tem com Deus.
Muitas
igrejas estão promovendo lives. Levar o dia a dia da igreja para o online
garante a comunhão e permanência dos membros?
Sim e não. Primeiro, entendemos que a Igreja
é o Corpo Místico de Cristo. Nesse sentido, o ambiente virtual permite a
comunhão entre os irmãos, já que mesmo distantes uns dos outros, fisicamente, é
a congregação se reunindo para a adoração. Por isso, acho mais adequado o uso
de aplicativos que permitem essa interação do que simplesmente uma “live” por
uma das grandes redes. Ali se pode ver quem está assistindo, vários irmãos e
irmãs podem participar conduzindo a oração, a leitura da Palavra,
compartilhando testemunhos, num ambiente mais intimista do que numa “live” nas
redes mundiais. Em segundo lugar, embora acredite que o uso dessas ferramentas
veio para ficar (imagine como elas podem ser úteis num ambiente de perseguição
religiosa), o desafio é achar que as reuniões virtuais substituem as reuniões
presenciais. À medida que a flexibilização avança, a igreja não pode prescindir
de se reunir fisicamente, mesmo que tenha de adotar as medidas restritivas até
que a pandemia passe. A reunião virtual não substitui a Assembleia Solene da
congregação. No entanto, uma coisa a pandemia revelou: o “templismo” não é mais
importante do que a igreja. Esta se reúne até debaixo de uma jabuticabeira. Uma
terceira situação é aquela em que a pessoa descobre que há “live” onde
predomina o entretenimento e outras em que predomina o Evangelho. Isso pode já
estar gerando alguma espécie de rotatividade.
Como as
igrejas podem realizar a missão de evangelizar nesse contexto pandêmico e de
isolamento social?
Sigo a linha recomendada pelo Apóstolo
Paulo: pregar a tempo e fora de tempo. Acho que nunca houve em qualquer outra
época da história uma oportunidade tão singular de propagar o Evangelho ao
redor do mundo como nestes tempos de predomínio das redes virtuais acentuado
pela pandemia. Creio que mesmo depois de voltar aos cultos presenciais, a
ferramenta não deve ser abandonada, mas cada igreja deve buscar encontrar o
“tom certo”, a “linguagem própria das redes” para continuar a proclamar o
Evangelho sem mistura – genuíno – mas levando em conta que o mundo virtual tem
suas próprias características, diferente das reuniões presenciais.
Além de
levar conforto, ânimo e coragem para continuar a vida dentro desse cenário,
qual a importância da evangelização para a experiência de cada pessoa
evangelizada?
A importância tem de ser valorada tanto pelo
que representa para igreja quanto pelo que representa para as pessoas que estão
sendo evangelizadas. Só há um meio de as pessoas virem a Cristo: a pregação do
Evangelho. É o Espírito quem toma a Palavra pregada e a aplica no coração do
pecador, convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo. Assim, é relevante
para a igreja, que cumpre o seu papel, e também é relevante para quem ouve,
pois teve a oportunidade de conhecer a verdade desde que o Evangelho tenha sido
pregado de modo claro, simples, objetivo e genuíno.
Qual a sua
visão do retorno à normalidade das atividades das igrejas considerando o antes,
o durante e o depois da pandemia?
A meu ver, sem esquecer os propósitos de
Deus em todas as coisas, tudo dependerá da forma como a igreja através de sua
liderança assistiu aos membros durante a pandemia. Que conforto levou? Como
infundiu coragem nos irmãos? Como exerceu a generosidade em momentos
emergenciais de alguns de seus membros? Tirando esses pontos, pode ser que
muitos irmãos tenham descoberto igrejas que levam o Evangelho mais a sério do
que nas igrejas em que estão. Outros encontraram igrejas onde o entretenimento
predomina. Ou seja, acredito que haverá alguma espécie de rotatividade não de
grande monta, mas de acomodação. Num primeiro momento, quando tudo se
normalizar, os templos ficarão cheios, mas não creio que se possa dizer que se
trate de um avivamento. Este, no entanto, poderá ocorrer à medida que a igreja,
nesta nova fase, depois das consequências da pandemia, tenha um nível mais
profundo de comprometimento com Deus.
Que lições
podemos aprender com a pandemia da Covid-19?
Primeiro, que não temos o controle sobre a
história, o tempo e as circunstâncias. Deus é soberano sobre todas as coisas.
Segundo, que a pandemia é um retrato da condição deste mundo caído. Antes da
Queda, tudo era perfeito. Após a Queda, surgiram espinhos, cardos, bactérias, vírus
e tantas outras pestilências que adoecem o planeta. Terceiro, que, de alguma
forma que eu não tenho como definir, Deus pode estar usando este mal para algum
propósito além do nosso conhecimento. Quarto, enquanto Jesus não voltar ou não
partirmos ao seu encontro, outras pandemias virão. Quinto, em quaisquer
circunstâncias devemos descansar em Deus, pois “singramos as tempestades desta
vida com os olhos no porto”, onde o Senhor nos aguardar para receber-nos como
filhos amados de Deus.
Uma
mensagem aos leitores diante da proximidade do retorno à vida normal.
Continuemos com os olhos fitos em Cristo.
Ele é o “maquinista” do trem que nos leva em segurança até a estação final – a
estação de desembarque.
Pastor Geremias Couto
Título: COMO EVANGELIZAR NA PANDEMIA?
COMO EVANGELIZAR NA PANDEMIA?
É possível pregar em tempos de pandemia? Com
toda certeza, existe várias formas e ferramentas para levar o evangelho da
salvação. Evangelismo é anunciar as boas novas em Cristo às pessoas, é mostrar
que Deus não esqueceu delas. Temos vivido transformações socioculturais,
principalmente envolvendo o uso da tecnologia. Com a pandemia vieram mudanças e
inovações que resolveram e problemas de conexão entre pessoas. Hoje a
prioridade está sendo a necessidade do isolamento social para evitar a
disseminação de um vírus, e com isso muitas organizações e igrejas estão se
adequando a dar continuidade a suas atividades. Nesse contexto apresentamos
algumas formas de evangelização durante esse momento:
• Utilizando o whatsapp
- Lembre de um amigo,
conhecido ou familiar, converse com ele(a) e apresente um versículo ou uma
palavra.
- Crie um grupo de oração
com escalas de horários.
- Crie um grupo de estudo
com os jovens e desenvolvam projetos para alcançar pessoas nas suas redes
sociais.
• Utilizando as redes
sociais (facebook, instagram e youtube):
- Faça encontros digitais;
- Grave seu testemunho e
compartilhe;
- Convide amigos na sua
rede social para participar de cultos ou encontros digitais; - Divulgue os
encontros (peça aos amigos)
• Utilizando folhetos,
cartas ou recados:
- Escreva mensagens
(folhetos, cartas ou recados), coloque em um envelope, saia ao bairro de sua
casa e coloque na caixa do correio em cada residência.
- Para chamar ainda mais
atenção, coloque recados dentro de bexigas e prenda nos portões das casas do
seu bairro. A pessoas ficaram curiosas e terão uma surpresa.
• Utilizando carro de som
- Alugue um carro com um som profissional,
pare em um local aberto como uma praça e leve uma mensagem curta. Os moradores
poderão ouvir.
Sabemos o quanto esse momento está sendo
difícil para muitas pessoas. O diagnóstico positivo para Covid-19 tem sido
motivo de desespero, e por isso que nós, como Cristãos, precisamos levar
esperança.
Deixamos aqui uma dica que pode fazer a
diferença: Reúna virtualmente os jovens, obreiros, irmãs do círculo de oração
para intercederem diariamente para os irmãos enfermos. Se souber do diagnóstico
de algum conhecido, mande entregar uma cesta de chocolate ou biscoitos com uma
mensagem escrita, esse ato demonstrará amor e fará a pessoa se sentir acolhida.
Promotoria/SEMADI
Autor: David Roach Cristianity Today Biografia do autor: David
Roach é escritor em Nashville Data de publicação: 09/04/2020 Data de inclusão
no acervo: 25/06/2021
Dezenas de milhares de pessoas clamaram pela salvação através de
um click desde o início do surto. O aumento é temporário ou o prenúncio de
maior testemunho do evangelho online?
Milhões de pessoas preocupadas que se voltaram
ao Google ansiosas por causa do COVID-19 se conectaram com evangelistas cristãos
em seus resultados de busca — levando a um aumento nas conversões online em
março.
Nas Filipinas, uma mulher chamada Grace chegou
a um site sobre o medo de coronavírus hospedado pela organização de evangelismo
da Internet Global Media Outreach (GMO). "Por favor, ajude-me a não me
preocupar com tudo", escreveu ela em uma conversa com um conselheiro
voluntário. "O que está acontecendo agora é muito confuso." O
conselheiro explicou que somente Jesus pode trazer paz duradoura, e Grace
recebeu Jesus como seu Salvador.
Já nos EUA, uma voluntária da Associação
Evangelística Billy Graham (BGEA) conversou on-line com uma jovem mãe chamada
Brittany, preocupada com a possibilidade do COVID-19 tirar a sua vida e a de
seus filhos. O voluntário ofereceu esperança e paz, e Brittany também aceitou a
Cristo.
Três dos maiores ministérios de evangelismo
on-line — OGM, BGEA e Cru — respondem cumulativamente por pelo menos 200
milhões de apresentações do evangelho na Internet a cada ano. Todas as três
organizações afirmam que o número de pessoas que buscam informações on-line a
respeito de Jesus aumentou desde que o surto do COVID-19 foi declarado uma
pandemia no início de março.
Entre meados de março até o final do mês, o
OGM registrou um aumento de 170% nos cliques nos anúncios de mecanismos de
busca para encontrar esperança. Os cliques nos anúncios sobre medo aumentaram
57% e a preocupação, 39%. As 12,4 milhões de apresentações do evangelho do
ministério em março representaram um aumento de 16% em relação à media mensal
em 2019.
Essa recente onda corresponde a uma
constatação mais ampla de um professor da Universidade de Copenhague: em março
pesquisas na Internet relacionadas à oração em 75 países dispararam para seus
níveis mais altos em cinco anos.
"Estamos vendo milhões de pessoas dispostas
a falar sobre fé diante do medo", disse Michelle Diedrich, diretora de
jornada de investigadores da OGM, "e estamos nos preparando para estar
disponível para elas".
Pastores, evangelistas e ministérios online
tendem a contar uma história semelhante: o COVID-19 escalou uma tendência já
significativa em direção ao evangelismo na Internet. À medida que a
disseminação do vírus diminui, eles procurarão determinar se o aumento no
testemunho on-line pode ser sustentado — e como eles podem melhorar o discipulado
para esses novos crentes. Apenas uma fração das pessoas que crêem on-line se
envolve em grupos de acompanhamento ou relata começar a frequentar uma igreja
local.
Evangelismo via 'elétrons e avatares'
Em março, a BGEA lançou páginas de entrada com
recursos sobre coronavírus em seis idiomas (inglês, espanhol, português,
coreano, chinês mandarim e árabe). A associação também lançou campanhas de
mídia social com o tema "medo".
Nas primeiras quatro semanas, 173.000 pessoas
visitaram os sites e mais de 10.000 clicaram em um botão indicando que tomaram
decisões por Cristo, disse Mark Appleton, diretor de evangelismo na Internet da
BGEA. Isso além do tráfego já registrado nos sites evangelísticos da BGEA, que
inclui o SearchForJesus.net e o PeaceWithGod.net, e recebe cerca de 30.000
visitantes por dia. (A CT relatou em 2015 que as apresentações on-line do
evangelho pela BGEA eram equivalentes a uma cruzada diária de Billy Graham.)
Um visitante da página do coronavírus, um
jovem de 17 anos chamado Donmere, disse a um voluntário no chat: "Eu
realmente não sou uma pessoa religiosa, mas não sei mais a quem recorrer,
exceto Deus". Quarenta e cinco minutos depois, Donmere era um seguidor de
Cristo e materiais de discipulado já haviam sido indicados a ele. A conversão
de Donmere se encaixa no perfil de experiências típicas de salvação na
Internet.
O pastor Mark Penick, em sua dissertação de
doutorado em 2013 na Dallas Baptist University, estudou convertidos que vieram
a Cristo através do site evangelístico IAmSecond.com. Por meio de entrevistas
aprofundadas com 37 indivíduos em 17 estados, Penick constatou que todos os
seus entrevistados “experimentaram um dilema intransitável” como um divórcio,
perda de emprego ou crise financeira que os deixou procurando e questionando.
88% disseram que encontrar um site cristão não era planejado, mas ocorreu
"por iniciativa própria" (através de ações como clicar em um anúncio
ou resultado de um mecanismo de busca). Cerca de 75% tinham "problemas
pessoais de disfunção e dependência" antes de suas conversões online.
Poucas análises acadêmicas sobre evangelismo
na Internet já foram registradas — a maioria são dissertações e projetos de
doutorado em iniciativas evangelísticas específicas — mas em 2014, o Pew
Research Center descobriu que o testemunho on-line informal era relativamente
comum. Um em cada cinco americanos disse que compartilhava sua fé online pelo
menos semanalmente, e 60% disseram ter visto a religião compartilhada online
pelo menos uma vez por semana.
Em 2018, a Barna Research relatou que a
maioria dos cristãos concorda que a tecnologia está facilitando a evangelização
e que 58% dos não-cristãos disseram que alguém compartilhou sua fé com eles no
Facebook, enquanto outros 14% ouviram um testemunho através de outros canais de
mídia social.
Ed Stetzer, diretor do
Centro de Evangelismo Billy Graham no Wheaton College, disse que os
missiologistas geralmente têm uma visão favorável do evangelismo na Internet.
"Historicamente, sempre pensamos em
evangelismo sendo feito com os pés e o rosto", disse ele. “Nós vamos e
pregamos. Mas as pessoas se sentem bem com a possibilidade de envolver elétrons
e avatares” no século XXI.
Na Cru, testemunhar também envolve emojis.
Entre as ferramentas de evangelismo digital da Cru para os campi das
faculdades, há uma pesquisa a ser respondida com emojis para iniciar uma
conversa espiritual. A presença online da Cru também inclui aplicativos
evangelísticos para celular, apresentações do evangelho em vários idiomas e
artigos online usando as necessidades detectadas como pontes para o evangelho.
Um dos sites evangelísticos mais eficazes do ministério, o EveryStudent.com,
recebeu 56 milhões de acessos no ano passado e registrou 657.000 decisões para
Cristo.
Em resposta ao COVID-19, a Cru adicionou 52
novos recursos aos seus sites. Um aumento semelhante no tráfego levará o
ministério a ultrapassar o número total de visitantes do EveryStudent.com no
ano passado em 20 milhões em 2020 e o número de decisões para Cristo em mais de
300.000.
O ministério InterVarsity USA, que foca em
universitários, relatou um aumento semelhante no interesse espiritual em meio
ao COVID-19. Em um anúncio on-line de angariação de fundos, exibido na primeira
semana de abril, o ministério afirmou: Na última semana vimos mais decisões
iniciais de seguir Jesus do que em qualquer outra época do ano passado".
Um estudo do American Enterprise Institute
sugeriu que os jovens alvos de ministérios como Cru e InterVarsity podem estar
mais preocupados com o coronavírus — pelo menos em alguns aspectos — do que com
os colegas nas gerações mais velhas.
A pesquisa constatou que 53% dos jovens de 18
a 29 anos estão preocupados em poder pagar os custos básicos de moradia em meio
à pandemia. 59% das pessoas entre 30 e 49 anos expressaram a mesma preocupação,
em comparação com apenas 29% dos americanos com 65 anos ou mais. Em todas as gerações,
as pessoas disseram que o surto de coronavírus fez com que elas se sentissem
mais próximas de Deus, incluindo 14% dos não religiosos.
Apesar do aumento documentado do interesse religioso
à medida que o COVID-19 varre o mundo, ainda não está claro quanto do aumento
do tráfego religioso na Internet se deve ao aumento desse interesse e quanto é
simplesmente uma substituição temporária da atividade religiosa pessoal. A Cru,
por exemplo, colocou todos os seus grupos de evangelismo e discipulado on-line
através do software de videoconferência Zoom.
Em um único dia no final de março, a Cru
realizou 746 ligações Zoom, em comparação com 474 durante todo o mês de
fevereiro, antes do início do distanciamento social para os EUA. Em 29 de
março, apenas 7% das igrejas americanas ainda estavam realizando reuniões
presenciais e a maioria havia se mudado para a Internet, de acordo com uma
pesquisa da LifeWay Research. Apenas 8% dos pastores protestantes disseram que
não haviam fornecido sermões ou cultos on-line para suas congregações durante o
mês de março.
A
Grande Comissão digital
Independente do impacto no tráfego da Internet
ser permanente ou temporário, fica claro que o alcance do evangelismo on-line é
global. Durante uma semana em março, os recursos digitais da Cru foram
acessados de todos os países do mundo, disse o vice-presidente da Cru, Mark
Gauthier.
Graças às ferramentas on-line, o corpo de
Cristo "tem a capacidade de plantar igrejas em todo grupo de pessoas não
alcançadas" com menores custos de recursos do que qualquer outra época,
disse ele. "Este é um dos maiores momentos da história da igreja para o
cumprimento da Grande Comissão."
Os locais críticos do COVID-19 receberam um
foco evangelístico on-line específico. A BGEA lançou uma campanha de mídia
social em espanhol voltada para a Espanha, onde cerca de 120.000 testaram
positivo para o coronavírus e quase 11.000 morreram. Durante a primeira semana
da campanha, 93.000 pessoas visualizaram postagens direcionadas do Facebook por
pelo menos 10 segundos. Mais de 1.000 pessoas conversaram em mensagens sociais
em uma única semana com voluntários da BGEA em inglês e espanhol.
O evangelista batista Sammy Tippit tem planos
de pregar o evangelho nos próximos meses no Irã, onde 45.000 casos do COVID-19
foram relatados. Aos 72 anos, Tippit experimentou o poder do evangelismo na
Internet apenas nos últimos quatro anos. Sua jornada on-line começou pregando
sermões evangelísticos para aldeias na Índia via Skype. Isso levou a um evento
do Skype, onde 10.000 indianos se reuniram para assistir à pregação de Tippit
por vídeo, e 5.000 indicaram o desejo de dedicar suas vidas a Cristo.
Para acompanhar esses novos crentes, Tippit
começou a fazer vídeos de discipulado de três minutos e a distribuí-los nas
mídias sociais. Os vídeos decolaram e agora uma rede global de seus parceiros
ministeriais está se preparando para distribuir vídeos de dois sermões de
Tippit a seus amigos não-cristãos nos dias 30 e 31 de maio. Os sermões serão
traduzidos para 10 idiomas e distribuídos pelo aplicativo de mensagens WhatsApp
em quase 70 países, com um público previsto de 10 milhões de pessoas.
Uma estação de televisão no Irã soube dessa
ênfase e está firmando parceria com Tippit para distribuir os sermões
evangelísticos para mais 6 milhões de pessoas.
Apenas uns poucos evangelistas estão
realizando ministérios online nessa escala, disse Tippit, presidente da
Conferência dos Evangelistas Batista do Sul. Mas "muitas pessoas que
conheço" estão "fazendo algo no Facebook" e atingindo centenas.
Tippit planeja treinar outros evangelistas para expandir seu alcance através da
Internet.
Ponto
fraco do evangelismo de massa
A maior dificuldade com o evangelismo online é
o acompanhamento. Enquanto 60.000 pessoas por dia no ano passado indicaram nos
sites da OGM que haviam tomado decisões por Cristo (compromissos pela primeira
vez ou rededicações), o ministério só conseguiu rastrear 5.244 pessoas durante
todo o ano que se conectaram a uma igreja local depois de iniciar sua jornada
com Cristo. "Este foi o nosso maior desafio", disse Diedrich.
Agora, com o coronavírus mantendo as portas
das igrejas fechadas por enquanto, os novos crentes precisarão depender ainda
mais dos recursos da web para o discipulado.
Das 10.000 pessoas que indicaram decisões de
salvação durante a campanha COVID-19 da BGEA, cerca de 2.030 solicitaram
acompanhamento. Para a BGEA, canalizar novos convertidos para cursos de discipulado
on-line é uma parte importante do processo de acompanhamento, além de
incentivar novos crentes a se conectarem a uma igreja local. Em março, o
ministério viu 3.043 pessoas matriculadas em cursos de discipulado, 37% acima
da média mensal de matrículas. A Cru afirma que 40% dos indivíduos que
registram decisões pela salvação através do EveryStudent.com seguem para o
acompanhamento on-line. Isso inclui trabalhar através de uma série de lições de
discipulado e a oportunidade de interagir com alguém pelo chat para discutir o
que está aprendendo.
No entanto, a dificuldade de acompanhar
aqueles que professam a fé não é exclusiva do evangelismo na Internet. O mesmo
problema afetou cruzadas e outras formas de evangelismo em massa, disse
Stetzer.
"Este tem sido o ponto fraco de todo
mundo nos últimos cem anos", disse ele. No entanto, “não devemos nos
afastar porque esse é o desafio. Deveríamos lidar com a questão ”através de“
laços mais fortes com as igrejas locais”.
Apesar do desafio de acompanhamento, os benefícios
do evangelismo on[1]line
parecem superar suas desvantagens. Os missiologistas observam a disposição dos
candidatos a discutir assuntos espirituais em maior profundidade por causa do
anonimato oferecido on-line. As pessoas também geralmente confiam no
aconselhamento bíblico em sites que aparentam ser respeitáveis e profissionais.
Além disso, o testemunho na Internet cria uma oportunidade de menor estresse
para as tentativas iniciais de evangelismo de cristãos que podem se sentir
hesitantes em compartilhar sua fé pessoalmente.
Um voluntário on-line da BGEA relatou: “Eu
moro em frente ao meu vizinho há 10 anos e acabei de compartilhar o evangelho
com ele pela primeira vez, porque comecei a evangelizar na Internet e aprendi como
realmente conversar com as pessoas”, disse Appleton.
Entre as próximas fronteiras no
compartilhamento on-line do evangelho está o Dia Mundial de Divulgação 2020.
Com previsão para 30 de maio, o dia foi amplamente divulgado on-line pelo
COVID-19 e pela natureza cada vez mais digital do mundo. Uma coalizão
internacional de organizadores estabeleceu uma meta de mobilizar 100 milhões de
crentes para compartilhar o evangelho com 1 bilhão de pessoas em todo o mundo
em maio.
Entre os principais métodos evangelísticos,
serão postados testemunhos pessoais on-line, que depois serão compartilhados
com amigos via texto ou mídia social. (A Convenção Batista do Sul lançou uma
campanha semelhante, já que a pandemia causou ajustes forçados no seu esforço
evangelístico Who's Your One?).
Se todo cristão enviasse uma apresentação do
evangelho para uma pessoa on-line e pedisse a sua opinião, Gauthier disse:
"você veria muitas pessoas tendo a chance de conhecer a Cristo e também
muitos frutos".
Referências Roach, David.
Pesquisas na Internet Sobre
o Coronavírus Levam Milhões a Ouvir Sobre Jesus. Artigo em formato digital.
Cristianity Today, 2021.
Pandemia e um novo jeito de fazer igreja: o
que mudou?
_______________________________
A
pandemia trouxe muitas mudanças, uma delas é o novo jeito de fazer igreja. Ao
invés de ativista, a igreja precisa focar em discipulado, desenvolvimento de
líderes e investimento na nova geração.
________________________________
Uma recente pesquisa
feita pela Envisionar, uma organização que trabalha para capacitar e ajudar
líderes cristãos a cumprirem sua chamada e ministério, apontou que 49% dos
pastores estão estressados por conta do aumento das demandas ministeriais. A
igreja vive uma profunda crise. Por conta disso, a pandemia trouxe um novo
jeito de fazer igreja.
• Os líderes que perdemos
• Igrejas no vermelho: como manter as contas
em dia
O pastor Josué Campanhã, que, além de diretor
da Envisionar, é visionário e reconhecido como um expert em liderança e
planejamento, afirma “estamos encerrando um ciclo da igreja ativista, onde tudo
é atividade, conferência e eventos para iniciar uma igreja de processos”.
Isso significa, segundo ele, que o pastor
precisa migrar a igreja que seja focada em discipulado, desenvolvimento de
líderes e ainda investir na nova geração. Confira na entrevista!
Entrevista
Comunhão – A pesquisa afirma que os
líderes já estavam cansados antes da crise pandêmica e a situação só se agravou
com a pandemia de covid-19. Por quê?
Josué Campanhã – Antes da pandemia,
a igreja já tinha um ativismo, os pastores e líderes estavam à beira da
exaustão. Com a pandemia, os pastores tentaram manter todas as atividades que
faziam no presencial, mas agora no formato on-line. Isso fez com que o cansaço
e a exaustão dobrassem. Quem tinha três cultos presenciais, tentou fazer três
cultos on-line, quem tinha campanha, pequeno grupo, reunião, tentou ir tudo
para o on-line. Depois, eles perceberam que não iam conseguir. Aí entra um
segundo agravante, que foi a piora da pandemia e desde que a covid-19 se
instaurou no Brasil já vivemos várias ondas.
E o cansado dos pastores aumentou mais ainda,
pois além de não conseguirem fazer tudo o que queriam on-line, ninguém sabia e
até hoje ninguém sabe totalmente o modelo futuro de igreja. Em sua maioria, os
pastores tiveram que aprender a pregar sem ter público, tiveram que investir em
equipamentos ou buscar alguma outra fonte, para aprender a fazer até com
pouquíssimos recursos e os membros sumiram.
O ativismo que era feito antes pela igreja, na
verdade, não vai funcionar no modelo digital. A liderança terá que reduzir
muito o número de atividades. Esse ativismo era consequência da falta de
discipulado, da falta de tarefas que a igreja não estava fazendo. Mas, agora,
quem está enxergando a possibilidade de começar de novo está começando focado
nessas coisas e quem ainda não enxergou isso, está tentando ainda fazer tudo
que fazia antes agora.
A igreja terá que ter uma nova postura. Ou
seja, os problemas que estavam debaixo do tapete, antes da pandemia, como a
falta de discipulado, falta de investimento em nova geração, falta de
investimento em treinamento de líderes e uma série de outras coisas e toda
energia estava sendo canalizada para eventos, simplesmente afloraram. E agora
isso terá que mudar radicalmente
Por
que essa pesquisa é importante? Em que ela vai ajudar?
As
pesquisas nos ajudam em decisões estratégicas, servem como um aliado, mas nunca
para confrontar, colocar na parede ou detonar uma pessoa, uma organização. No
momento que vivemos, por exemplo, é crucial sabermos como está o novo modelo ou
novo estilo de vida das pessoas. É impossível pensar na igreja daqui para
frente sem identificar os comportamentos, o que mudou na vida das pessoas com a
pandemia ou vai continuar.
Tem coisas que mudaram, mas não vão persistir,
como por exemplo, ficar preso em casa. Por outro lado, ficar em casa aproximou
os pais dos filhos, e mostrou o quanto eles não estavam investindo nos seus
filhos, e também mostrou que as pessoas estavam extremamente cansadas do
ativismo. A pesquisa também revelou que as pessoas não querem voltar com aquele
estilo ativista da igreja. Um dos maiores alívios hoje para os membros da
igreja é que não precisam mais ficar indo em 10 atividades por semana, agora
podem escolher qual querem participar.
Então, a pesquisa nos ajuda em como é que
direcionamos a igreja do futuro, quais são as coisas estratégicas, como
alcançamos o novo membro que temos agora, como direcionamos a forma de alcançar
pessoas para Jesus a partir de agora, e como enfatizarmos os relacionamentos.
Então, o pastor ou líder que souber usar a pesquisa a seu favor vai chegar
muito mais rápido e muito mais assertivo nessa nova igreja que precisa ser
construída.
A falta de novos líderes já é um
problema antigo da Igreja brasileira. E o levantamento revelou que para cada
dois pastores ou líderes entre 40 a 60 anos de idade, se tem apenas um pastor
ou líder abaixo de 40 anos de idade para substituí-los. Então, é possível
afirmar que a igreja vive numa crise profunda?
No que se refere ao pastor e a liderança da
igreja capacitar novos líderes, estamos sim, numa crise profunda e ainda mais
perdendo líderes nesse momento, que estavam exaustos, cansados e que não querem
voltar para aquele estilo de liderança que tinham. Então, é crucial os pastores
criarem capacitação de líderes, e processos de longo prazo para gerar novos
líderes, porque senão eles vão ficar cada vez mais sozinhos.
Já do ponto de vista de formação pastoral
diria que a crise é grande, mas ainda não é aguda, pois ainda temos cinco a dez
anos, que se fizermos a lição de casa rápido, dá para resolver esse problema de
um pastor mais jovem, abaixo de 40 anos, para cada dois que precisariam ser
substituídos.
A formação pastoral não é rápida, mas, ao
mesmo tempo, quem está na faixa de 40, 60 ou acima de 60, começar a investir na
nova geração de liderança, equipando-os para se tornarem futuros pastores,
talvez precisem esticar um pouquinho mais o tempo em que eles estavam pensando
em ficar na liderança. Mas é possível reverter isso no médio e longo prazo.
Para isso, é preciso ter um programa de capacitação de líderes para a igreja e
para a sociedade como um todo, para despertar pessoas que se tornarão pastores
daqui para frente. Essa é uma das mais importantes e gigantes tarefas que temos
hoje na igreja, para resolver nos próximos cinco a dez anos.
Quais
sugestões os pastores ficarem menos estressados?
Estamos encerrando um ciclo da igreja
ativista, onde tudo é atividade, conferência e eventos e agora estamos iniciando
uma igreja de processos. Hoje, o pastor precisa se concentrar em migrar de uma
igreja de eventos, estrutura e atividades para uma igreja de processos, focada
em discipulado, desenvolvimento de líderes e investimento na nova geração. Isso
garante a igreja atual, a sustentabilidade e a longevidade da igreja nos
próximos anos.
Referências Cerqueira, Priscilla. Pandemia e
um novo jeito de fazer igreja: o que mudou?
5 maneiras de evangelizar durante a pandemia
do Covid-19
Entre as muitas
perturbações causadas pelo coronavírus, os líderes da igreja se viram
repentinamente confrontados com o desafio de testemunhar sem contato face a
face e pastorear seus rebanhos sem se reunir corporativamente. Isso significa
que as igrejas em todos os lugares, muitas pela primeira vez, estão explorando
como fornecer conteúdo de ensino on-line.
Em meio a circunstâncias
incomuns e difíceis, nossa missão permanece a mesma porque “o evangelho não
pode ser colocado em quarentena.” Isso não significa que a missão seja fácil.
Todos nós fomos despertados para “consertar o avião no ar.” Onde as massas
buscarão conforto neste difícil momento de pandemia? Meca está deserta. O papa
ficou sozinho em São Pedro. As igrejas estão vazias. Aqui estão cinco ideias
simples para aproveitar esta temporada para avançar o evangelho.
1. Tente alcançar um amigo ou familiar
perdido.
Eu estou aproveitando esse
tempo de distanciamento social para marcar reuniões de Zoom com a família.
Pergunte como eles estão e como você pode orar por eles nesse período de
incerteza. É o momento perfeito para quebrar o gelo com amigos não-cristãos com
quem você não conversa há um tempo. Nunca conheci alguém ofendido por uma
oferta de oração.
Pegue sua lista de amigos
e envie uma mensagem para todos que você conhece. Incentive os membros da sua
igreja a procurar amigos e estabelecer horários para alcançá-los. Use o Zoom ou
de alguma outra maneira para vê-los cara a cara. Faça algo curto e simples.
Nunca conheci alguém ofendido por uma oferta de oração. A maioria das pessoas
aprecia o cuidado e a preocupação genuínos.
2. Grave seu testemunho e compartilhe-o nas
redes sociais
Todo mundo está online
agora, e a maioria tem mais tempo disponível, por isso a transmissão ao vivo
tem um grande potencial. Prepare um testemunho de dois minutos e compartilhe-o
casualmente por vídeo nas mídias sociais. Você pode se surpreender com quantas
visualizações e comentários receberá. Incentive as pessoas a comentar ou enviar
mensagens com perguntas. Considere responder perguntas ao vivo ou aprofundar a
conversa por mensagem direta ou por smartfone.
3. Realize campanhas de distribuição de
literatura
Um pastor na zona sul de
São Paulo me disse que a sua igreja está
realizando campanhas de doação de alimentos, deixando sacolas plásticas com um
livro dentro para que as pessoas o retirem e substituam por alimentos.
Igualmente, livros são colocados dentro das sacolas de alimentos para as
pessoas carentes.
Nem toda pessoa vem a uma
igreja ou série de reuniões evangelísticas para ouvir o evangelho. O trabalho
de distribuição de literatura nos permite entregar as mensagens de Deus nas
mãos dessas pessoas, que também precisam desesperadamente ouvi-las: “Nossas
publicações podem ir a lugares onde não se poderão realizar reuniões. Em tais
lugares, o distribuidor de livros e folhetos toma o lugar do pregador vivo.
Pela obra de publicações a verdade é apresentada a milhares que de outro modo
não a ouviriam” (CEv 8.2).
Devemos também considerar
os meios de comunicação social como um novo meio empolgante pelo qual as
pessoas podem se tornar expostas à Palavra de Deus. Facebook, Instagram,
Twitter e outras redes sociais estão enraizadas na cultura popular e podem ser
usadas como meios para colocar a verdade nas mãos e nas casas das pessoas. As
igrejas estão começando a descobrir a utilidade desses meios, bem como outras
formas modernas de comunicação. Elas estão usando mensagens de texto em grupo
para que os ministérios melhorem a comunicação e para construir e manter comunidades
unidas, especialmente entre os jovens.
4. Realize projetos sociais de atendimento às
necessidades
Uma crise pode criar
oportunidades missionárias. Hoje, há pessoas necessitadas que não estavam há um
mês atrás. E as pessoas tendem a ser receptivas à mensagem de Cristo durante
uma fase de problemas e transição. O período em que as pragas devastaram o
Império Romano: a Peste Antonina (165-180 d.C.) e a Peste Cipriana (249-262
d.C.) foi de grande crescimento do cristianismo.[1] O sociólogo Rodney Stark observou
em seu livro O triunfo do cristianismo que os cristãos procuravam ajudar os
doentes, mesmo arriscando suas próprias vidas: “Indiferentes ao perigo,
cuidaram dos enfermos, atendendo a todas as suas necessidades e ministrando-os
em Cristo”.[2] O mesmo ocorreu em 1527, durante a Peste Negra ou Peste
Bubónica, que se espalhou por toda a Europa, matando perto de 60 milhões de
pessoas e destruindo quase 2/3 da população. Enquanto muitos fugiam, o grande
reformador protestante Martinho Lutero e sua esposa Katherine, depois de passar
muito tempo em oração, decidiram que ficariam.[3] Eles viram uma enorme
oportunidade para o ministério e serviço para Cristo. Eles transformaram sua
casa em um hospital e começaram a ministrar para curar todos os afetados pela praga.
E o que tudo isso
significa para você e eu hoje? Em vez de ceder ao medo, veja a crise como uma
oportunidade para atender às necessidades da comunidade e cultivar o solo do
coração humano através de um relacionamento de confiança para dar relevância e
credibilidade à proclamação do evangelho.
Aqui na zona leste de São
Paulo, por exemplo, algumas igrejas têm aproveitado o momento para iniciarem
projetos como a doação de máscaras, ginástica para quarentena, encontros para
empreendedores, cursos de gastronomia, etc. Outro exemplo vem da rede UNASP que
está promovendo cartilhas educativas em Saúde para orientar a população em como
cuidar da higiene, melhorar a imunidade e conviver com pessoas que tem a
COVID-19.
5.Crie Classes Bíblicas virtuais
e séries de colheita online
Sua igreja provavelmente terá muitos visitantes on-line nas
próximas semanas. Você pode configurar uma chamada pelo WhatsApp ou Zoom e
compartilhar o evangelho com aqueles que expressaram interesse em coisas
espirituais. Foi o que fiz com as pessoas da minha área que entraram em contato
com a Novo Tempo durante a Semana Santa. Liguei para 35 pessoas me
identificando com a Novo Tempo e convidando-as para um grupo de estudo da
Bíblia via WhatsApp e Zoom. Tenho 25 pessoas comigo.
Nas últimas semanas,
muitos dos meus amigos pastores tornaram-se evangelistas digitais. Conversei
recentemente com um pastor que se sentiu estressado com todos os detalhes de
montar uma transmissão ao vivo e aprender rapidamente como pregar para uma
pequena câmera. A produção de vídeo não é fácil e consome muito tempo. Aqui
estão algumas sugestões práticas de como as redes sociais podem ser usadas para
a comunicação da Palavra de Deus:
Seja visual: Compartilhe
a tela, usando imagens e vídeos para reforçar o ensino. As ilustrações fazem
com que as pessoas tenham tanto a oportunidade de ver, como de ouvir a
mensagem. Esse duplo impacto reforça a verdade e ajuda o pregador a manter-se
focado no assunto. E não se esqueça de desligar o seu WhatsApp, pois o som da
chegada de mensagens será ouvido na transmissão sem que você perceba;
Permita vídeo desligado:
Muitas pessoas não querem o constrangimento de mostrar a sua casa ou o seu
rosto, por isso não insista que ativem o vídeo;
Adicione intervalos para reflexão.
Divida o ensino com perguntas guiadas de discussão/reflexão. Isso ajudará a
entender seus pontos e dará oportunidades para o espectador envolver o material
com outras pessoas (em casa ou online).
Inclua mais vozes: incorpore o diálogo
entre as pessoas em seu serviço on-line.
Crie espaço para relacionamentos.
Faça enquetes. Inclua um período de perguntas e respostas.
Sinto que este momento de
crise é a oportunidade para dar ao mundo respostas que somente a Palavra de
Deus dá. O mundo secular pode explicar por que coisas assim acontecem. Com
certeza podem lhe dizer que X + Y = Z, mas não podem lhe dar o significado mais
profundo, filosófico e teológico. Mas a Palavra de Deus aborda crises como
esta, e explica-nos como e por que elas acontecem. Ela também dá esperança,
segurança, paz e conforto. Talvez nunca tenhamos um momento mais oportuno para
proclamar as boas.
Emilio Abdala
Em tempos de pandemia e isolamento social, a Casa Publicadora das
Assembleias de Deus (CPAD) ajuda você a evangelizar!
O objetivo do projeto é incentivar a todos os cristãos a cumprirem
a missão que o Senhor Jesus deixou para os seus discípulos. Evangelize!
Para isso, a editora disponibilizou, gratuitamente, 14 modelos de folhetos
virtuais, com diferentes mensagens de evangelização, além do livreto Luz para
Sua Vida (o evangelho de João). Escolha aquele que seja mais adequado à
ocasião ou à pessoa, preencha o formulário, clique em enviar e pronto, você
acaba de abençoar uma vida. Se preferir, envie o e-mail para você mesmo para
baixar o PDF do folheto e enviar por WhatsApp para a sua rede de contatos.
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Editora Central Gospel - Pr. Gilmar Vieira Chaves:
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