CENTRAL GOSPEL : Família
Cristã – Proteção, Parceria e Amor
Lição 07: Relacionamentos Saudáveis
TEXTO
BÍBLICO BÁSICO
Salmo 127
1 - Se o
Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o Senhor não
guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.
2 - Inútil vos será levantar de madrugada,
repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.
3 - Eis que os filhos são herança do Senhor, e
o fruto do ventre, o seu galardão.
4 - Como flechas na mão do valente, assim são
os filhos da mocidade. 5 - Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava;
não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.
Salmo 128
1 -
Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!
2 - Pois comerás do trabalho das tuas mãos,
feliz serás, e te irá bem.
3 - A tua mulher será como a videira frutífera
aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua
mesa.
4 - Eis que assim será abençoado o homem que
teme ao Senhor!
5 - O Senhor te abençoará desde Sião, e tu
verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.
6 - E verás os filhos de teus filhos e a paz
sobre Israel.
TEXTO ÁUREO
Lança o teu pão sobre as águas,
porque, depois de muitos dias,
o acharás
Eclesiastes 11.1
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá
ser capaz de
• saber o que fazer para construir um
relacionamento saudável em família, considerando alguns fatores que orle tam a
dinâmica familiar;
• conhecer as bases sobre as quais a
família está estruturada, a saber: sentimentos, relacionamentos, atitudes e
valores;
• entender que família perfeita é
aquela que reconhece s imperfeição e, ainda assim, dispõe-se a curar as feridas
q ela mesma gerou.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
As experiências
de vitórias vividas por um crente pode tornar-se bênção para a vida de alguém
que esteja desanimado, decepcionado e sem forças para continuar lutando.
Seria proveitoso se você, professor, em seu
plano de aula reservasse alguns minutos para que algum aluno pude contar uma
experiência pessoal.
Testemunhos pessoais costumam ser
edificantes, ta para quem recebeu a bênção como para quem os ouve. A
participação do aluno é ingrediente indispensável nessa aventura singular de
mudanças e transformações. Sem participação efetiva, nada acontece, fica-se
apenas gira em círculos, sem que se chegue a lugar algum, pois é por m de sua
experiência pessoal e atuação direta que o aluno chega à aprendizagem.
Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Apesar de, no estrato social, observarmos
formações familiares diferentes, de acordo com o IBGE, a família nuclear
(formada por pais e filhos) é o modelo predominante da sociedade brasileira.
Independente de constituirmos ou não uma
família nuclear, uma realidade se impõe a todo e qualquer agrupamento de pessoas:
ninguém pode estar junto, sem se relacionar.
O
relacionamento interpessoal Implica um conjunto de normas de comportamento, os
quais orientam as influências recíprocas que se estabelecem entre os membros de
dado grupo.
Nesta lição,
considerando alguns fatores que orientam a dinâmica familiar, veremos o que
devemos fazer para construir um relacionamento saudável em nossa casa.
O relacionamento interpessoal é objeto de estudo de áreas como a Sociologia e a Psicologia. Esse tipo de interação humana é marcado pelo contexto no qual o indivíduo está inserido —familiar, escolar, profissional ou comunitário, por exemplo.
LPD Família
cristã - Proteção, parceria e amor 47
Princípios para Uma Boa Comunicação no Lar
A comunicação inteligente, respeitosa e
harmoniosa é o cerne de um relacionamento familiar saudável. Podemos dar vida
ou matar o relacionamento dependendo da maneira como nos comunicamos. A Palavra
de Deus diz que “a morte e a vida estão no poder da língua” (Pv 18.21). Os
conflitos dentro do lar são gerados por uma comunicação deficiente. Queremos
alistar alguns princípios importantes para uma boa comunicação.
Em
primeiro lugar, precisamos aprender a ouvir com mais atenção. Todos nós temos
necessidade de alguém que nos ouça. Tiago diz que devemos ser pessoas prontas
para ouvir (Tg 1.19). Quem ama tem tempo para a pessoa amada; busca agradar a
pessoa amada, bem como, compreender a pessoa amada. Assim, quando nos dispomos
a ouvir, demonstramos que a outra pessoa tem valor e prioridade para nós.
Agindo assim, estaremos construindo pontes de contato e pavimentando a estrada
de uma comunicação saudável.
Em
segundo, precisamos aprender a falar com mais amor. Uma comunicação harmoniosa
depende da capacidade de falar a coisa certa, na hora certa, da maneira certa,
com a pessoa certa, com a motivação certa. Às vezes nós pecamos não a respeito
do que falamos, mas como falamos. A maneira de dizer é tão importante quanto o
que se diz. Tiago diz que devemos ser tardios no falar (Tg 1.19), enquanto
Paulo alerta para o fato de que devemos falar a verdade em amor (Ef 4.15). Se
não tomarmos cuidado, poderemos ferir com a nossa língua a pessoa que mais amamos.
Em
terceiro lugar, precisamos aprender a elogiar com mais generosidade. O elogio
sincero é um bálsamo para a alma e um tônico para o coração. Um elogio sincero
vale mais do que mil críticas. Um ditado chinês diz que apanhamos mais moscas
com uma gota de mel do que com um barril de fel. Temos necessidades emocionais
que precisam ser supridas e Deus instituiu a família para que pudéssemos
ajudar-nos uns aos outros. A família precisa cultivar um ambiente gostoso de
comunhão, de amizade e de afeto, onde as pessoas sejam valorizadas pelo que são
e não apenas pelo seu desempenho. Devemos reafirmar nosso amor uns pelos outros
dentro do lar, sendo aliviadores de tensões e bálsamos do céu na vida uns dos
outros.
Em
quarto lugar, precisamos aprender a perdoar com mais compaixão. Não há família
perfeita nem relacionamentos perfeitos. Todo relacionamento familiar precisa de
renúncia e investimento. Toda família precisa exercer o perdão. Sem perdão não
há relacionamentos saudáveis. Todos nós decepcionamos as pessoas e elas nos
decepcionam. As pessoas têm a capacidade de nos ferir. Nós sofremos mais por
causa de relacionamentos do que por causa de outros problemas. Pessoas roubam
mais nossa alegria do que circunstâncias. Por esta razão, precisamos aprender a
perdoar assim como Deus em Cristo nos perdoou. O perdão deve ser imediato,
completo e incondicional. Pelo perdão somos libertos e curados. Através do
perdão temos a oportunidade de recomeçar e reconstruir uma relação quebrada. O
perdão nos ajuda a fechar feridas, a tapar brechas e a construir novos sonhos.
Em
quinto lugar, precisamos aprender a cultivar um relacionamento de intimidade
com Deus. O casamento deve ser um cordão de três dobras, onde Deus é a parte
mais forte e aquele que une as outras duas dobras. O salmista diz que se Deus
não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam. A maior necessidade da
família é da presença de Deus. O casamento e todo o relacionamento familiar
precisam estar edificados sobre uma relação pessoal e íntima com Deus. Nada nem
ninguém podem substituir a presença de Deus na família. Podemos ter dinheiro,
sucesso e muitas conquistas, mas sem Deus, tudo isso é chocho e vazio. É a
presença de Deus que dá sentido e sabor ao relacionamento conjugal e familiar.
Princípios
para uma boa comunicação no lar
– Pr.
Hernandes Dias Lopes
Famílias
Saudáveis, Não Famílias Perfeitas
Ana e Marcos se casaram depois de alguns anos
de namoro e noivado. No dia do casamento, eles fizeram um pacto: “nossa família
será perfeita”. No segundo ano de casamento, Ana e Marcos tiveram um bebê.
Contudo, logo depois do nascimento do filho, Marcos perdeu o emprego e a
situação financeira ficou muito complicada. Além disso, a saúde da criança era
muito instável. Aquele momento difícil acabou abalando o relacionamento do
casal, que passou a ter discursões muito frequentes. Em uma delas, Ana
questionou: “onde está a família perfeita que combinamos ter”?
O casal resolveu buscar ajuda e encontraram
um conselheiro cristão, que os ajudou a entender alguns pontos importantes.
Eles entenderam que o pacto que haviam feito no dia do casamento era
inalcançável. Em um mundo imperfeito, não poderão existir famílias perfeitas.
Eles também entenderam que as altas expectativas que eles estabeleceram para a
vida, acabaram gerando grandes frustrações. Sendo assim, eles precisavam de
expectativas mais reais. Com o tempo, Ana e Marcos entenderam que, ao invés de
buscarem uma família perfeita, deveriam buscar uma família saudável e terem
expectativas reais a respeito da vida. Agindo assim, quando algum problema
chegasse, não haveria frustrações tão grandes a ponto de abalar a felicidade do
lar.
Assim
como Ana e Marcos, muitas famílias têm construído pensamentos irreais a
respeito do que elas poderão se tornar. Aqueles que buscam a perfeição familiar
irão se frustrar rapidamente. O que devemos buscar é ter uma família saudável,
e isso passa pela construção de uma mentalidade correta a respeito do que é a
família e do que esperar das relações familiares.
A mente como ponto de partida
Existem
muitos aspectos importantes na construção da mentalidade humana. Um deles são
os hábitos que as pessoas desenvolvem. A maioria das coisas que fazemos ao
longo do nosso dia é guiada pelos hábitos que formamos. Charles Duhigg cita, em
seu livro sobre o poder dos hábitos, um artigo publicado por um pesquisador da
Duke University em 2006. Nesse artigo, o autor afirma ter descoberto que mais
de 40% das ações que as pessoas realizam todos os dias, não eram decisões de
fato, mas sim hábitos.
Os
hábitos, dizem os cientistas, surgem porque o cérebro está o tempo todo
procurando maneiras de poupar esforço. O cérebro busca criar uma rotina, assim
ele se esforça menos para trabalhar. Daí a importância de desenvolvermos
hábitos espirituais. Quando isso fizer parte da nossa rotina, será bem mais
fácil realizá-los. Temos que ter a consciência de que a “verdadeira felicidade
será o resultado de todo desprendimento, de toda crucifixão do próprio eu. Ao
ser ganha uma vitória, a próxima será mais fácil de alcançar”. É necessário que,
dentro das famílias que querem ser saudáveis, se formem bons hábitos físicos,
mentais e espirituais. Isso tem tudo a ver com a formação do modelo mental, que
contribui com relações familiares saudáveis.
O modelo familiar divino
Apenas
o criador da família poderia apresentar o modelo ideal e, a partir dele,
poderemos guiar as nossas famílias. Por isso, precisamos olhar para a criação
da família no Éden.
Tudo o que Deus criou era perfeito. Nem uma
sombra de mal havia em toda a Terra até então. Vamos observar o trecho da
Bíblia que descreve os momentos finais da semana literal da criação, focando
sobre a criação da família.
“E
disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora
idônea para ele” (Gênesis 2:18). Embora tudo fosse perfeito, ainda faltava algo
para que ficasse completa a criação. O “não bom” era uma referência ao fato de
ainda faltar algo. Havia uma coisa “não boa” na criação perfeita: o homem
estava só.
Adão
estava na companhia de todos os animais, dos próprios anjos e poderia ter a
presença de Deus face a face. Mesmo assim, ainda sentia falta de algo. A
companhia de Deus e dos anjos não era sufi ciente para Adão. “O homem não foi
feito para habitar na solidão; ele deveria ser um ente social. Sem companhia, as
belas cenas e deleitosas ocupações do Éden teriam deixado de proporcionar
perfeita felicidade. Mesmo a comunhão com os anjos não poderia satisfazer seu
desejo de simpatia e companhia. Ninguém havia da mesma natureza para amar e ser
amado”.
Também
chama a atenção o fato de que, embora Deus soubesse que o homem sentiria falta
da mulher, deixou o homem sentir falta primeiro, para só então criá-la. Essa
foi a estratégia divina. (v. 19-20). “Então o Senhor Deus fez cair um sono
pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a
carne em seu lugar; E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma
mulher, e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e
carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada”
(Gênesis 2:21-23).
Assim
estava formada a primeira família da Terra, a partir da qual todas as outras
seriam formadas e para a qual todas as outras deveriam olhar. A descrição da
família edênica deve estar na mente de todos aqueles que buscam ter uma família
saudável em nossos dias. No Éden, Deus estabeleceu as bases sobre as quais
nossas famílias seriam felizes. É fundamental também reforçar que a felicidade
está intimamente ligada com as escolhas que fazemos.
Família
saudável
Em um mundo dominado pelo pecado, a única
maneira de se manter saudável é estando em constante contato com o médico da
alma, Jesus Cristo. Ele mesmo se apresentou assim quando disse: “Não necessitam
de médico os sãos, mas, sim, os doentes” (Mateus 9:12). As famílias que estão
doentes, podem e devem se aproximar de Cristo para que recebam cura.
A
família ideal e perfeita, criada no Éden, não pode ser alcançada por nós nesse
momento. A imperfeição, imposta pelo pecado, nos impede de chegarmos à perfeição.
Porém, isso não indica que devemos nos conformar com famílias infelizes.
Famílias perfeitas não existem, mas as famílias reais felizes, sim.
A
família real, que é feliz, tem seus problemas, enfrenta seus desafios, mas
nunca se desvincula da fonte da verdadeira felicidade, Jesus Cristo. A
consciência de que os problemas chegarão e de que a família será imperfeita
gera expectativas reais e evita frustrações grandes que podem afetar a saúde da
família.
É aqui
que o assunto da formação dos hábitos e a saúde da família se tocam. Uma
família só será realmente saudável se o hábito da busca diária por Cristo for
uma realidade em seu cotidiano. Não existe a possibilidade de mentalidade
saudável no ambiente familiar se a base filosófica dessa mentalidade não estiver
em Deus e na Sua Palavra.
Dicas práticas
Nessa
altura da discussão, já deve ter ficado clara a importância da mente para a
construção de um ambiente familiar saudável. Jesus falou sobre isso quando
disse: “Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem”
(Mateus 15:18). A palavra coração é uma referência à mente humana. Cristo,
sendo o criador, sabia como os pensamentos moldam a vida.
Por
isso, seguem algumas dicas práticas para a formação de um pensamento que ajude
na saúde da família.
Estudem
constantemente a Bíblia. É na palavra de Deus que encontraremos a verdadeira
fonte de sabedoria. A partir dela, construiremos pensamentos saudáveis que nos
ajudarão no cotidiano familiar. Pensamentos saudáveis precisam substituir pensamentos
doentios.
Nome do autor: Bruno
Lacerda
Relacionamentos Familiares
Salmos 128
Introdução:
Há uma crise moral e familiar em todos os
níveis da sociedade. Isso dificulta falar sobre relacionamentos familiares. São
muitos os problemas, diversos os pensamentos, pequenas as soluções e diminutos
os interessados em uma melhoria. Isso porque cada um parece estar buscando seus
interesses pessoais sem contemplar a família. Vários tipos de relacionamentos
envolvem e disputam atenção com a família. Então o que fazer? O autor do Salmo
128 descreve a convivência de uma família abençoada por Deus. Isso nos inspira
a buscar neste salmo algumas respostas para os relacionamentos.
Como
deve ser os relacionamentos da família?
Vamos
encontrar algumas áreas de relacionamentos citadas no Salmo 128, conhecido como
Salmo da Família:
1- Relação com Deus
v.1 “Bem-aventurado aquele que teme ao
SENHOR e anda nos seus caminhos”
O primeiro nível do relacionamento familiar
deve ser a sua relação com Deus.
Muitas
famílias são cercadas de pessoas, atividades e conforto e não encontram tempo
para buscar a Deus. Quantas festas de Natal, Páscoa e outras que passam sem uma
oração sequer. Parece que Deus nem foi convidado. Existem famílias que só se
reúnem para falar de Deus quando estão num velório. A família vai bem quando
busca direcionar suas decisões e planos de acordo com a vontade de Deus,
através da oração familiar e aprendizado conjunto da Palavra.
A
bênção de Deus é para “todas as famílias da terra” (Gênesis 12.3) e a família
do cristão é abençoada pela fé nesta promessa. Orar juntos, ir à Igreja e viver
na presença de Deus são formas de cultivar sua vida espiritual em família.
Precisamos buscar os caminhos e os pensamentos
de Deus, que são mais altos que os nossos (Isaías 55.8,9) para não cair nas
vaidades do mundo e “buscai ao Senhor enquanto se pode achar” (Isaías 55.6).
Como está o relacionamento de sua família com Deus? Reúna-se em família para
buscar ao Senhor!
2- Relação no Trabalho
v.2 “Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz
serás, e tudo te irá bem”
A
segunda área de relacionamento citada no salmo é o trabalho. Cada família é
marcada pela área profissional que ocupam. A rotina da família de um médico é
diferente da rotina de um pedreiro, um padeiro, um policial, professor, etc.
Isso tudo acaba determinando muito sobre o relacionamento em família, sendo
necessário organizar o tempo para não se perder em meio ao ativismo.
Não
adianta trabalhar muito e ganhar muito dinheiro e perder a maior de todas as
propriedades que é a família. Não ver os filhos crescer, deixar de compartilhar
momentos difíceis com o cônjuge e passar o tempo todo ocupado sem poder
apreciar um ao outro são ilusões que têm enganado muitas famílias. O salmista
declara que o trabalho é razão de:
-
Sustento: “do trabalho de tuas mãos comerás”
-
Satisfação: “feliz serás”
-
Sucesso: “tudo te irá bem
Assim é
a vida de quem sabe equilibrar o trabalho como bênção de Deus para a família!
Você
tem trabalhado demais? Cuide bem de sua família!
3- Relação com a Casa
v. 3 “no interior de tua casa”
O
salmista destaca o interior da casa como uma área importante do relacionamento
familiar.
A
família foi criada por Deus. O Senhor Jesus Cristo veio viver em família e
priorizou o lar até os 30 anos. Andou por muitos lugares onde Ele se encontrava
com as pessoas, mas o lugar que mais frequentou foi a casa, o ambiente familiar
das pessoas. Ensinou que o relacionamento com Deus deve ser tão íntimo e
intenso como o de pai e filho.
A casa,
o lugar onde todos passam horas e horas juntas, tem perdido o seu valor
principalmente nos grandes centros urbanos. Não há mais privacidade no lar, por
falta de espaço, pela poluição sonora e vários outros fatores. Em muitas
famílias a casa tem sido “visitada” pelos familiares que não têm tempo de estar
em casa e isso atrapalha a convivência, porque é dentro de casa que se faz
intimidade, que descansamos, alimentamos, onde podemos ter privacidade e encontrarmos
com as pessoas que podemos confiar. É importante priorizar estar em casa com a
família.
A falta
de autocontrole sobre o aparelho de televisão tem impedido muitas famílias de
terem momentos de descontração e bate-papo, pois passam a maior parte do pouco
tempo que têm para estarem juntos, assistindo TV e o pouco que conversar é
sobre a programação que toma a atenção de todos.
Você
passa pouco tempo em casa? Aprenda a curtir sua casa como um Lar!
4-
Relação Conjugal
v.3ª
“Tua esposa ... será como a videira frutífera” O bom relacionamento entre
marido e mulher é indispensável na vida familiar. O salmista descreve a mulher
dentro de casa toda feliz como uma parreira cheia de uvas. Ou seja, todos
querem estar perto dela. O cristianismo quebrou o tabu de que o homem é maior
em autoridade que a mulher e os colocou juntos em submissão (estar sob a mesma
missão) ao Senhor. A mulher amando e respeitando seu marido e o homem amando a
esposa como Cristo amou a Igreja (Efésios 5.25). Se o homem amar a mulher
assim, qualquer mulher terá prazer em ser submissa e quando a mulher é submissa
o homem a ama muito. Isso é recíproco.
O
planejamento familiar é de suma importância porque muitas decisões e
compromissos precipitados comprometem a felicidade familiar. É necessária muita
comunicação e de qualidade, para que cada um entenda e assuma a sua função,
compreendam suas expectativas mútuas e juntos possam administrar o lar com
sabedoria e satisfação. A felicidade conjugal não pode ser patrocinada por
apenas um dos cônjuges e sim deve ser compartilhada em cada momento, inclusive
nas dificuldades.
Como está sua vida conjugal?
A
felicidade deve ser construída em conjunto!
5- Relação com os Filhos
v.3b “teus filhos, como rebentos da
oliveira, à roda da tua mesa”
Outra área
de relacionamento familiar é com os filhos.
O
salmista descreve o relacionamento entre pais e filhos com um momento de
confraternização ao redor de uma mesa. Contudo, sabemos que esta cena é cada
vez mais rara no meio das famílias.
O
número de filhos criados sem o pai ou a mãe tem aumentado consideravelmente.
Pais deixam os filhos por conta de outra pessoa para ir trabalhar e perdem a
rica oportunidade de educa-los pessoalmente. Com isso muitas crianças recebem
uma educação falha e os pais perguntam ‘onde foi que eu errei?’.
É
determinante para o futuro das famílias a convivência e o respeito mútuo entre
pais e filhos. Muitos são os casos de pais que não tiveram tempo para os filhos
porque tinham que trabalhar para prover um futuro digno para eles, e quando os
filhos crescem não sabem gozar desse “futuro digno” porque não tiveram uma
educação familiar e não aprenderam as lições básicas da vida que só um pai e
uma mãe podem ensinar.
No
relacionamento entre pais e filhos, quando os pais mostram o seu papel, cumprem
suas obrigações e ensinam os filhos, a tendência é haver correspondência de
parte dos filhos que se sentem amados pelos progenitores.
Você
tem tempo para seus filhos?
Curta
seus filhos o máximo que puder!
6- Relação com a Igreja
v.4 “Eis como será abençoado o homem que teme
ao SENHOR”
O relacionamento com a Igreja deve fazer
parte de todas as famílias.
A
Igreja cristã começou dentro de casas, com as famílias. Infelizmente quando
começaram a reunirem-se em templos, as famílias foram ficando em segundo plano.
É importante a convivência da igreja com a família e da família com a igreja.
Igrejas fundadas por famílias são igrejas fortes. É impressionante a força
missionária de famílias bem estruturadas que constituem lideranças cristãs
sólidas e consistentes, deixando resultados por gerações.
A
Igreja é uma extensão da casa como “Família de Deus” (Efésios 2.19). A palavra
de Deus traz promessas de salvação para as famílias (Atos 16.31), então
precisamos determinar em nosso coração que “eu e minha casa serviremos ao
Senhor” (Josué 24.15).
Se a
família vai bem a igreja está ótima, mas se houver omissão por parte da Igreja,
as famílias desmoronam carregando consigo a Igreja que deveria ser o seu apoio.
Inadmissível mesmo é ver a Igreja de Cristo conformando-se com a presente
situação do mundo e até mesmo se adaptando aos novos “padrões morais” da
modernidade. As coisas desse mundo são passageiras, mas os preceitos de Deus,
bem como Ele próprio, são eternos.
Sua
família congrega em alguma Igreja?
A
Igreja é uma extensão da família!
7-
Relação com a Sociedade
v.5 “O
SENHOR te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém
durante os dias de tua vida”
Por
último, o texto indica a relação da família com a Jerusalém que representa a
sociedade ao redor da família.
Parece
que o ser humano, o quanto mais tem facilidade, mais complica as coisas. Quanto
mais há meios de comunicação menos é o diálogo e o acordo entre as pessoas. A
mídia tem usado de todo tipo de sensacionalismo para distorcer valores morais,
desvalorizando a família, o lar e incentivando relacionamentos
descomprometidos. O mundo tem inculcado uma mentalidade interesseira e egoísta,
onde tudo deve ser em troca de alguma coisa. O verdadeiro amor doa desinteressadamente,
de graça dá e de graça recebe.
A
família depende do meio em que está inserida, mas não pode absorver tudo o que
há ao seu redor. O lar precisa ser protegido dos contra ataques mundanos que
procuram se infiltrar para enfraquecer os relacionamentos familiares. O
equilíbrio é a saída para ter uma família saudável sem perder amigos ou se
isolar da sociedade. Por isso a Palavra de Deus orienta até mesmo quanto às
visitas na casa das pessoas (Provérbios 25.17). Muitas vezes as influências
externas prejudicam a relação da família.
Como é
a relação de sua família com os vizinhos?
Abra sua casa, mas não a deixe desprotegida!
Cuide
bem de seu relacionamento familiar!
Conclusão
Relacionamento é algo que não se faz sozinho.
Por isso não adiante colocar a culpa em um membro da família apenas. Quando há
um erro, este deve ser assumido e corrigido juntos. As vitórias também devem
ser compartilhadas.
Parece
que quanto mais pessoas se têm para conviver, mais difícil é conviver com as
pessoas e quanto mais pessoas temos ao nosso redor mais estamos sozinhos. O ser
humano não foi criado para viver só e muito menos infeliz em meio a muitas
pessoas. A solução para sarar os relacionamentos familiares é desarmar as
pessoas umas contra as outras, assumindo uma atitude pacífica perante os
conflitos. É preciso encarar a situação familiar, conjugal, sexual e do
relacionamento entre pais e filhos com coragem para mudar antes que seja tarde
demais. Foi para isso que Messias veio “para destruir as obras de Satanás” (I
João 3.8) e “para converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos seus
pais” (Malaquias 4.6), bem como do marido, da mulher, dos amigos, irmãos,
namorados... de todos mutuamente um ao outro.
Sua família está bem cuidada?
Faça
sua parte pela família!
Nome
do autor: Pr. Welfany Nolasco Rodrigues
Por
uma família saudável
No ano
de 2002, segundo o IBGE foram realizados no Brasil 715 mil casamentos. Naquele
mesmo ano houve 225 mil divórcios e separações judiciais, o que significa que
um terço das uniões podem terminar em separação. Dos casais que se separam, 80%
têm filhos menores.
Diante
destas realidades, tem os que nos perguntar por que as famílias se dividem, por
que os casamentos ruem. Sugiro, à luz da revelação bíblica, que há quatro
razões gerais a explicar o fracasso familiar, sabendo que a primeira razão está
na base das outras.
1 – As famílias ruem porque os familiares não
têm relacionamentos saudáveis com Deus.
O salmo
127.1 deixa evidente esta verdade: Se Deus não edificar a família, ela são
subsistirá. Sem um relacionamento saudável com Ele, os relacionamentos uns com
os outros, na família inclusive, são muito difíceis.
Ter um
lar nominalmente cristão não garante casamentos felizes e duradouros.
Ter um
lar genuinamente cristão garante; e entendo por genuinamente cristão aquele lar
constituído por pessoas que buscam o Reino de Deus e Sua Justiça em primeiro
lugar. O problema é que só Deus sabe que lar é nominalmente cristão e que lar é
genuinamente cristão, isto é, o lar que mantém um relacionamento saudável com o
Senhor, passa por dificuldades, provocadas por fatores internos e externos, mas
permanece firme porque é edificado por Deus. Relendo o salmo 127.1, talvez um
cristão o tome como uma promessa a se cumprir magicamente: todo cristão tem um
lar firme e forte. No entanto, é preciso repetir, o cristão terá um lar firme e
forte se dele Deus for o Senhor, e esse senhorio não se exerce a partir da
membresia de uma igreja ou de uma confissão da fé a Jesus Cristo, mas a partir
de uma submissão a esse Deus como Senhor. Submeter o lar a Deus é deixar que
Ele o edifique, e quando Ele o edifica nada o divide; mesmo quando a morte
vier, a família ficará firme com os que sobreviverem.
2 – Como não têm relacionamentos saudáveis
com Deus, os familiares podem pôr os seus desejos como fundamentos de suas
vidas.
Há uma
condição para que a vida familiar seja agradável: é quando todos se esforçam
para torná-la saudável. No entanto, quando os corações que a integram, por falta
do temor a Deus, colocam a satisfação dos seus desejos como os fins supremos
das suas vidas, o resultado é a fragilização do vínculo familiar.
A razão é simples – nossos desejos, como
aprendemos na Bíblia estão contaminados com o pecado. Jeremias ensinou: “O
coração é mais enganoso que qualquer outra coisa, e sua doença é incurável.
Quem é capaz de compreendê-lo”? (Jer. 17.9)
Quando
o coração se constitui no fundamento da casa, cada um só vê o seu bem-estar, os
seus projetos, os seus sonhos. As prioridades na família não são as mesmas,
quando as há. O egoísmo mata o amor, o egoísmo inviabiliza o convívio. O
egoísta só olha numa direção: para si mesmo. Não se relaciona com os outros.
Olha somente para si mesmo. Ele acha que pode sozinho edificar o seu lar, sem
depender dos outros, sem depender de Deus, porque o seu lar é ele e aqueles que
orbitam ao seu redor. O egoísta não vive em família. Quando os desejos pessoais
prevalecem, os familiares não conseguem conviver com as suas diferenças. Elas
existem não para estilhaçar os relacionamentos, mas para fortalecê-los.
3 – Como não têm relacionamentos saudáveis
com Deus pode haver envolvimentos inadequados.
Segundo o IBGE, 60% das separações foram
requeridas por “conduta desonrosas ou graves violações dos deveres conjugais”.
Nisto o adultério, a infidelidade são os mais devastadores. Sabemos o que a
infidelidade faz na vida de filhos, esposa e esposo. A sociedade procura
reativar a infidelidade, tentando passar a noção de que é aceitável até para salvar
o casamento…
Jesus
colocou as coisas nos devidos lugares: Vocês ouviram o que foi dito: Não
adulterarás. Mas eu lhes digo: Qualquer que olhar para uma mulher para
desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. (Mat. 5.27-28) Jesus
sabia que o adultério não é um pecado solitário e que há vários que lhe são
associados sendo a infidelidade o maior deles. Do seu espectro fazem parte a
auto-suficiência, a vaidade, a mentira, a lascívia, o desrespeito, dentre
outros.
Não
podemos justificá-lo com a frase: O casamento não estava bem, por isto
aconteceu, se estivesse bem não aconteceria.
Cada cristão deve cuidar para não cair na
sedução. Todo cristão deve deixar Deus dirigir os seus desejos para que se
tornem desejos puros.
4 – Como não têm relacionamentos saudáveis
com Deus, há dificuldades diante da escassez
Por isto as famílias não resistem à
experiência da escassez. As dificuldades econômicas, produzindo o não
atendimento das necessidades básicas dos integrantes da família, podem trazer
conflitos internos insuperáveis.
A falta
de morada adequada, a falta de recursos para aquisição de alimentos, a falta de
saúde de um dos familiares, e outras, podem desencadear processos destrutivos.
Quando as faltas que agudizam e se prolongam, será preciso muita fé para que a
família fique unida.
Há
esposas que não suportam o desemprego do marido e se vão embora. Há maridos que
não resistem a uma enfermidade prolongada da esposa e buscam satisfações. Há
pais que não resistem ao desvio prolongado dos filhos e desistem. Há filhos que
se cansam de honrar os seus pais, quando eles se mostram indignos a seu
respeito.
No
entanto, devem lembrar que votaram continuar casados mesmo sob o peso da
escassez, porque fidelidade só é fidelidade quando atestada pela vida.
O
cuidado fundamental, para todos, é manter Deus no centro das relações
familiares. A presença de Deus no centro da família não garante que nela não
haverá a experiência da escassez. Mesmo com o Senhor edificando a nossa casa,
nela poderá faltar alimentos, saúde e até afeto. A morte pode levar alguém da
família mesmo da família temente a Deus, disso sabemos.
Quando
Deus é o centro da família, Ele, por Sua bondade, capacita a família a superar
suas dificuldades, dando-lhe discernimento, sabedoria e vigor. Sem Ele, uns
lançarão culpas sobre os outros, culpas que esfacelarão os vínculos.
Adaptado de artigo do Pr. Israel Belo de
Azevedo
Nome do autor:
Ministério de Casais IBI
Estudo Família
- Uma boa raiz entre
homem, mulher e filhos
A família, criação de Deus, é a comunidade
primária da raça humana. Ela antecede qualquer instituição, povo ou nação. Foi
a célula primogênita da sociedade. Milênios se passaram e, junto com eles,
muita coisa mudou no mundo. As mais diferentes culturas de todos os lugares do
planeta sofreram grandes transformações ao longo de sua história. O mapa
político e social dos continentes já mudou várias vezes. No entanto, os seres
humanos continuam integrando-se em famílias.
Um projeto tão bem elaborado e consistente
quanto este não poderia ter surgido ao acaso ? e, mesmo que tivesse acontecido
assim, dificilmente seria uma unanimidade. Por isso, não é difícil concluir que
sua origem é divina. Deus é o Criador da família e, como tal, o único com
autoridade e direito de decidir o que ela é, para que existe e como deve
funcionar.
A família só pode viver e se desenvolver normalmente se contar com a presença e a bênção de Deus. "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela" (Salmos 127.1).
Apesar da boa raiz que a sustenta, a família sofre ataques constantes e mortais. O inimigo de nossas almas sabe que, destruindo os relacionamentos entre marido e mulher, pais e filhos, estará condenando à sociedade à morte. Por isso, a crise que vive a nossa geração focaliza-se principalmente nos lares. Assim como o primeiro pecado foi cometido dentro da família e atentou contra ela (Gênesis 3.6), também em nossos dias a maioria dos pecados se cometem no seio familiar.
Nos lares, vivem-se tensões, contendas,
discussões, injúrias, gritos, ofensas, ressentimentos, amarguras e até
separações e divórcios. A família é o foco dos ataques de Satanás, que trama
sem parar contra ela ? infelizmente, em diversas oportunidades, ele ainda conta
com a colaboração de pais ou filhos para facilitar esta tarefa. As evidências
desta ofensiva diabólica estão diante de nós: deterioração dos valores
tradicionais, crescimento dos conflitos e um número crescente de separações em
proporções alarmantes. E nós, o que estamos fazendo?
Será que a Igreja tem algo a oferecer à nossa
sociedade, alguma coisa que possa salvá-la? Há mesmo solução em Jesus Cristo
para esta crise, como costumamos alardear, ou nosso discurso é ineficaz diante
da morte de tantos lares? O Evangelho tem mesmo o poder de promover a
ressurreição de tantas famílias das quais a vida fugiu? Se você me permite
responder minha própria pergunta, afirmo enfaticamente que sim. Por acreditar
que a deterioração da família deve-se ao fato de que a ordem de Deus para ela
tem sido ignorada, abandonada e alterada por critérios humanos, também estou
convencido de que contamos com recursos para a reconstrução dos lares:
Orientação precisa da Palavra de Deus
Somos muito privilegiados! Através de sua
Palavra, Deus nos instrui sobre todos os aspectos da vida fa miliar. Seus
ensinamentos são claros, simples, precisos e perfeitos (Salmos 19.7-9). E são
para todas as famílias da terra, em todos os tempos.
O poder transformador do Espírito Santo
Mediante o Espírito Santo, temos em nós a força de Deus para sermos mudados,
melhorados e aperfeiçoados até chegarmos a ser famílias saudáveis e santas,
para a glória de Deus. O fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.22-23), manifesto
em nós, faz aflorar todas as virtudes necessárias para uma maravilhosa
convivência familiar.
A valiosa ajuda da comunidade cristã
Na igreja,
sempre encontraremos pastores e irmãos mais instruídos, a quem possamos
recorrer em busca de sabedoria, conselho e orientação. Ademais, haverá ali
famílias bem formadas que serão, para nós, exemplo e modelo valiosos, de quem
podemos aprender e em quem podemos nos espelhar?
Como Criador da família, Deus é o único com
autoridade e direito de decidir o que ela é, para que existe e como deve
funcionar?
Queremos lares projetados por Deus.
Queremos aprender a ser famílias que vivem a realidade do Reino de Deus aqui na
terra, debaixo do senhorio de Cristo. ?(...) tendo por certo isto mesmo, que
aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus?
(Filipenses 1.6).
Creio, de todo o coração, que Deus nos
aperfeiçoará até chegarmos a ser um povo com as características que o agradam:
famílias sólidas, estáveis; solteiros que mantêm sua pureza; casais que
convivem em harmonia e fidelidade; pessoas que vivem com a dignidade inerente a
todo ser humano; pessoas diligentes, responsáveis, trabalhadoras, generosas e
prontas para o serviço cristão, vivendo num ambiente de amor, ordem e paz.
Apesar de conhecermos bem as ciladas do diabo
? tanto pelo que a Palavra de Deus nos ensina quanto por nossas experiências
diárias?, não podemos incorrer no escapismo de culpar o inimigo por tudo que
conspira contra o lar. É preciso lembrar que boa parte dos problemas
enfrentados pela família ocorre em função das inabilidades humanas e da falta
de disciplina em relação aos projetos do Senhor para as vidas de seus filhos.
Penso que determinados obstáculos começam
dentro da própria estrutura do lar. Ao identificá-los, assumi-los e,
humildemente, colocá-los diante do Pai celestial, a família pode dar o primeiro
passo para ver realizado o milagre da Ressurreição dentro da própria casa.
Gostaria de refletir sobre alguns deles com você.
Carência de
propósito
Muita gente simplesmente não determina
propósito algum para sua vida. Casa, trabalha, se esforça, adquire casas, tem
filhos, mas não sabe bem para quê.
Se perguntarmos à maioria dos noivos por que
motivo pretendem casar, eles não saberiam dar uma resposta clara. São capazes
de planejar os mínimos detalhes do casamento "o vestido, a festa, a
viagem, os móveis, a lista de convidados etc. ", mas provavelmente jamais
se fazem esta pergunta fundamental: "Por que vou casar?". Esta falta
de propósito leva muitos pais a crer que cumpriram seu dever em relação aos
filhos se forem bons provedores de comida, roupa, moradia, saúde, educação,
recreação etc. Não se dão conta de que, ainda que tudo isso seja necessário,
não constitui precisamente o fundamental.
Objetivos
equivocados
A carência de um propósito claro para a
família faz com que nos desviemos para os objetivos equivocados e façamos dos
meios um fim, e do secundário, o principal:
Ganhos materiais: o progresso material tem se
transformado no objetivo principal de muitas famílias. A grande meta é o
suposto? conforto?. Perde-se a vida desejando e trabalhando para alcançar o
desejado; depois, segue-se trabalhando para manter o alcançado. O pensamento
está sempre atrás de alguma nova aquisição. Neste caso, as pessoas sacrificam e
adiam a família por causa do lucro. ?E (Jesus) disse ao povo: Acautelai-vos e
guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na
abundância das coisas que possui? (Lucas 12.15).
Gratificação
pessoal e egoísta
Há aqueles que se casam pensando somente em
si mesmos. Seu objetivo não é dar, mas receber; não servir, mas ser servidos. E
isto acontece no âmbito da vida material, na vida sexual e no tocante às
responsabilidades familiares. A única garantia, porém, é a do fracasso do lar.
Endeusamento da própria família:
Alguns fazem da família um fim em si. Seu
projeto pessoal de felicidade e conveniência converte-se na meta mais alta da
vida familiar. Mesmo sem se dar conta, consideram Deus apenas um excelente meio
para alcançar o bem-estar. Tais famílias vivem tão-somente preocupadas com sua
própria fama e seu nome. Dedicam-se por inteiro à própria comodidade e ao
prazer pessoal.
Obtenção de
benefícios
Este é o objetivo da maioria dos casamentos
que se constituem, ainda que inconscientemente. É claro que há benefícios
legítimos que Deus mesmo tem outorgado ao casamento, como a alegria de viver em
companhia, o afeto, a felicidade, o deleite que proporciona o ato sexual, a
alegria de pertencer a um núcleo familiar, a cobertura espiritual, a proteção,
os filhos etc.
A questão, porém, diz respeito a saber se é
razoável fazer destes benefícios o propósito para a família. Mais adiante,
durante o desdobramento deste texto, veremos que a resposta não é tão simples
quanto parece. Diante de nossas limitações, não é difícil concluir que a
família só pode experimentar a verdadeira vida plena se adotar os padrões de
Deus como conduta e a glória do Senhor como objetivo. ?Porque dele, e por ele,
e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém?
(Romanos 11.36).
E há motivos de sobra para depositarmos no
Pai nossa inteira confiança. Pense bem: Deus é o Criador da família. Ele criou
todas as coisas, fez o homem e a mulher e os uniu em casamento. E instituiu o
casamento para todas as gerações. Como Autor da vida, é Ele quem dá os filhos
aos casais. Deus também é Dono da família. Tudo que foi criado pertence a Deus.
Portanto, a família lhe pertence. ?Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o
mundo e aqueles que nele habitam? (Salmos 24.1).
Sendo o Criador, o Dono e o Sustentador da
família, é natural que o Pai celestial tenha um propósito para ela, assim como
ele reserva um plano para todas as criaturas e para o universo, como um todo.
Isto significa que também para os lares o Senhor traçou uma meta. ?(...) nele (...)
também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito
daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade? (Efésios
1.11).
Nem sempre a idéia de submeter a família ao
plano de Deus agrada. Há quem prefira determinar os próprios rumos, desprezando
a vontade e a autoridade que o Senhor exerce em amor. No entanto, quando nos
conscientizamos de que a família existe para a glória daquele que a criou, a
conseqüência natural é a felicidade e o bem-estar ? que constituem os
acréscimos, não o propósito central. O fim supremo da família é a glória de
Deus. ?Mas buscai primeiro o seu Reino e a sua justiça, e todas estas coisas
vos serão acrescentadas? (Mateus 6.33).
Entender este propósito de Deus para a
família é fator fundamental para a compreensão da importância de mantê-la viva
? afinal, a grande mensagem da Ressurreição é a vida. Há perguntas cuja
resposta é crucial para a saúde do lar. Para que Deus instituiu o casamento?
Por que deu uma esposa a Adão? Para que fez homem e mulher uma só carne?
Deus tem um propósito eterno: desde antes da
fundação do mundo, determinou ter uma família com muitos filhos semelhantes a
seu Filho Jesus. "Porque aqueles que antes conheceu, também os predestinou
para que fossem feitos conforme à imagem de seu Filho, para que Ele seja o
Primogênito entre muitos irmãos" (Romanos 8.29). Boa parte dos problemas
enfrentados pela família ocorre em função da falta de disciplina em relação aos
projetos do Senhor para as vidas de seus filhos "Como também nos elegeu
nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante
dele em amor; e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo,
para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade" (Efésios
1.4-5).
A família existe em função do propósito
eterno de Deus, para cooperar com sua realização. Deus quer ser pai de uma
grande família. Malaquias afirma o propósito de Deus ao fazer do homem e da
mulher "uma só carne", quando diz: "E não fez Ele somente um,
ainda que lhe sobejava espírito" E por que somente um?
Não é que buscava descendência piedosa?
"Portanto guardai-vos em vosso
espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade?
(Malaquias 2.15).
Não foi Adão
quem quis ter uma família, mas Deus deu aos homens a capacidade de se
multiplicar e ter filhos. E aprouve a Deus gerar, a partir desta descendência,
muitos homens e muitas mulheres que se tornaram filhos por meio de Jesus
Cristo. ?Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei
uma ajudadora que lhe seja idônea? (Gênesis 2.18). Deus não deu ao homem uma
simples companheira, mas uma ajudadora idônea, para que neles e através deles
pudesse realizar seu plano.
Tenha sempre isto em mente: a família foi programada para Deus para cooperar com o propósito eterno do Senhor. E assim como a sepultura não foi capaz de impedir a realização deste propósito, também a família pode viver ainda hoje o milagre da Ressurreição.
Autor: Carlos Alberto Bezerra
Nesta lição, considerando alguns fatores que orientam a dinâmica familiar, veremos o que devemos fazer para construir um relacionamento saudável em nossa casa.
Junte sua família e boa aula!
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