TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Mt 6.22,23,25-27,31-34
A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem
bons, todo o teu corpo terá luz;
Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto,
a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis
de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que
haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que
o vestuário?
Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros;
e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com
que nos vestiremos?
Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem
sabe que necessitais de todas estas coisas;
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas.
Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de
si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
TEXTO ÁUREO
Se, pois, todo o teu corpo é luminoso, não tendo em
trevas parte alguma, todo será luminoso, como quando a candeia te alumia com o
seu resplendor.
Lucas 11.36
OBJETIVOS
COMPREENDER a importância do olhar para a vida;
SABER que se não soubermos enxergar corretamente a vida, trevas emanarão de
nós; e o oposto também é verdade: se soubermos olhá-la de modo acertado, luz irradiará
de nosso ser;
ENTENDER como nós, individualmente, como membros de uma família, considerando a
dimensão do olhar, podemos agradar a Deus.
Deus abençoe
sua vida!
Lição 04 – A
importância do olhar
Texto Bíblico Básico:
Mateus 6.22,23,25-27,31-34
Texto Áureo:
Lucas 11.36 “Se, pois, todo o teu corpo é luminoso,
não tendo em trevas parte alguma, todo será luminoso, como quando a candeia te
alumia com o seu resplendor”
OBJETIVOS:
Ø compreender
a importância do olhar para a vida;
Ø saber que
se não soubermos enxergar corretamente a vida, trevas emanarão de nós; e o
oposto também é verdade: Se soubermos olhá-la de modo acertado, luz irradiará
de nosso ser; e
Ø entender
como nós, individualmente, como membros de uma família, considerando a dimensão
do olhar, podemos agradar a Deus.
PALAVRA INTRODUTÓRIA
Os
profissionais da área da psiquê humana no sentido analítico costumam avaliar
seus pacientes a partir de três elementos principais: o olhar; as palavras e os
gestos.
O OLHAR: Revela as intenções do
coração; até mesmo as que desejamos esconder. Por essa razão, costuma-se dizer
que as pessoas que têm dificuldades para manter os olhos fixos em seu
interlocutor, em uma conversa, precisam de ajuda, pois denunciam,
inconscientemente inverdades e inseguranças ocultas.
AS PALAVRAS: Existe uma máxima
psicanalítica que diz: Quando Pedro me fala de João, sei mais de Pedro do que
de João. Significa dizer que; quando uma pessoa fala de outra, na prática
revela mais de si mesma. Mesmo quando um paciente se recusa a falar, o
terapeuta avalia os silêncios.
OS GESTOS: O corpo fala (movimentos
rápidos de pernas e pés, pupilas dilatadas, pernas ou braços cruzados etc.); e
os especialistas são unânimes em dizer que a linguagem corporal costuma ser
mais precisa que a verbal, pois é controlada por impulsos inconscientes.
1 – QUAL A IMPORTÂNCIA DO OLHAR NA VIDA?
1.1.
O olhar aponta o foco do nosso presente:
Algumas perguntas a serem refletidas e
respondidas:
1 - Quem é você?
2 - Está Feliz?
3 - Está realizado?
4 - Quais são as suas carências?
5 - Quem são os seus verdadeiros amigos?
6 - O que você quer da vida?
7 - Qual a sua missão? E no contexto familiar?
O que você responderia à sua alma se ela lhe fizesse essas perguntas? Fomos
chamados por Deus à existência terrena com um propósito eterno.
1.2.
O olhar direciona o nosso futuro
Você já se
perguntou onde e como estarei daqui há cinco anos?
Uma pessoa
cujo olhar esteja preso ao abismo da própria inércia, muito provavelmente, terá
um futuro estável, perturbador e incerto, pois não enxerga um horizonte.
Não devemos deixar para amanhã o que se pode
fazer hoje (Mateus 25 1-13)
1.3.
O olhar revela as verdades da nossa alma
O olhar saudável vê uma imagem só, e não duas
como sucede no caso de certas doenças dos olhos. O conceito está baseado na
antiga concepção de que os olhos são as janelas pelas quais a luz entra no
corpo. Os olhos maus correspondem aos olhos enfermos que não funcionam
corretamente e assim não podem captar uma única imagem, mas sempre enxergam
duas imagens distintas. Jesus está ensinando sobre a faculdade espiritual,
utilizando-se do símbolo da visão (Efésios 1.18).
Somos
desafiados pelas Escrituras Sagradas a Luz de Deus a guiar nossos passos e vida
segundo as suas verdades e teremos um olhar sadio e simples (Salmo 119.105).
Isso só através da Palavra (Salmo 119.130).
1.4. O
olhar orienta os nossos relacionamentos
Tanto na mente Tanto no coração Tenha um olhar
sincero com as pessoas, não se sinta incomodado perante seu cônjuge, seus pais,
seus filhos. (Provérbios 10.9)
2
OLHARES QUE AGRADAM A DEUS.
2.1. Olhar para
formar uma família (Gn29.10-31) História de Jacó
2.2.
Olhar arrebatador (Ct 4.9)
O amante
declara que o olhar da sua amada arrebatou ou roubou o seu coração, assim o seu
coração pertencia unicamente a ela.
2.3.
Olhar de Pomba (Ct 1.15; 4.1)
A pomba mencionada nesse livro era a pomba das
rochas, que tinha seu habitat nas terras costeiras, ao longo da garganta do
Jordão e nos montes a Oeste. Estas aves são notáveis por sua devoção e afeição
aos seus parceiros. No cortejo unem suas cabeças e cada um cruza o bico, bem
parecido com um beijo de namorado. Esse tipo de olhar relatado pelo amante
significa a simplicidade e a sua confiança na amada. Em sua descrição realizada
sobre o amado, Sulamita também qualifica o seu olhar como de pomba afirmando a
limpidez, vivacidade e chamas que havia no seu olhar (Ct 5.12)
2.4.
OLHAR QUE FASCINA (Ct 6.5)
Salomão diz que o olhar da sua amada o
subjugava, o atraia irresistivelmente, o encantava e o seduzia. 2.5. OLHAR DE
PRAZER (Ez 24.16)
O Senhor conhece o tipo de olhar que temos
para o nosso cônjuge. Ezequiel recebe uma notícia triste, onde perderia aquela
que era o prazer ou deleite dos seus olhos a sua esposa. (** meditar**)
2.6.
OLHAR DA PUREZA (Gn 24.64-67)
Vindo Rebeca para encontrar-se com Isaque, o
vê de longe e cobre o seu rosto, em ato de respeito e pureza.
2.7.
OLHAR EM DEUS (Sl 25.15)
O segredo para um casal vencer os perigos para
uma união duradoura é ambos manterem os olhos fixos no Senhor.
3 -
OLHARES QUE DESAGRADAM A DEUS (OLHARES MAUS)
3.1 – O
OLHAR DO ASSÉDIO SEXUAL (Gn 39. 1-20)
A história do jovem José que fugiu do assédio
a sua senhora, pois não se enxergava como um produto sexual e ensinando com
essa atitude a valorização da pureza (Gn 39.6,7). Ao ser assediado o jovem
israelita manteve-se constante no seu propósito de não ceder aos desejos dela
“Mas ele recusou” (Gn 39.8), afinal entendia que era :
1º Um pecado
contra Deus
2º Não fazia
parte de sua função
3º Seria uma
traição contra o homem que confiou nele Obs: A mulher de Potifar só é lembrada
como “A mulher de Potifar”, ou seja uma mulher sem nome. Quanto a José, até nos
dias de hoje é mencionado como exemplo p nossas vidas.
3.2 – O
OLHAR DA FICADA (Gn 34)
Siquem era um heveu e príncipe tribal que se
deixou levar pela popular ficada, um relacionamento marcado pela ausência de
sentimento afetivo e de responsabilidade.
3.3 – O
OLHAR DA PROVA DE AMOR (Jz 14.16)
Sansão
(Pequeno Sol) foi levantado para ser um juiz, no qual o Senhor começaria a
libertar a nação de Israel da mais duradoura das opressões a dos filisteus (Jz
13.1,4-6,24)
3.4 – O
OLHAR DA PAIXÃO (2 Sm 13)
Etimologicamente a palavra paixão vem do latim
tardio “Passionis”, que significa “sentimento muito forte em relação a uma
pessoa e objeto”. A história de Amnom e Tamar simplifica a gravidade da paixão
que leva a situações embaraçosas e termina em muito sofrimento.
O QUE É
A PAIXÃO?
É uma atração física:” Enamorou-se de Tamar, a
fomosa irmã de Absalão”.
É uma inquietação: “Angustiou-se Amnom, até
adoecer, pois era virgem, e lhe parecia impossível fazer coisa alguma com ela”
(2 Sm 13.2; 2 Tm 2.22).
3.5 – O OLHAR DO ADULTÉRIO (2 Sm 11.1-5)
O livro de Samuel é o único dos escritos
canônicos a relatar este episódio lamentável na vida do rei de Israel Davi,
talvez por seguir um princípio bíblico na qual tudo que foi escrito nas
Escrituras Sagradas é para o nosso ensino ( Rm 15.4) e nos serve como exemplo
para não cometermos o mesmo erro (1 Co 10.11)
Jesus ensinando sobre o perigo do adultério
chama atenção sobre o olhar: “Eu, porém, vos digo: Qualquer que olhar para uma
mulher com intenção impura, no coração já cometeu adultério com ela.” ( Mt
5.27). Quando este olhar controla a nossa vida desprezamos a Palavra de Deus (2
Sm 12.9) O verbo hebraico “Bazá” traduzido para desprezar, na passagem tem o
significado de “Fazer pouco de”. O olhar do adultério é o primeiro passo que
desencadeia todo o processo da tentação, culminando no ato do adultério (Tg
1.14,15; Gl 5.19) Este olhar maligno é despertado também atualmente pela
tecnologia, através de revistas, filmes, sites e DVDs pornôs que na atualidade
estão ao alcance de todos mediante celulares, computadores e tablet.
Conclusão:
Aprendendo a cuidar do nosso olhar, pois esse
olhar vai nos dizer quem somos, hoje, e aonde chegaremos, amanhã, pelas mãos de
Deus. Que Deus nos abençoe para não cairmos nesses laços de Satanas!!!
ADVEC – ASSEMBLEIA DE DEUS VITÓRIA EM CRISTO |
TAQUARA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – CLASSE DOS PROFESSORES LPD n.º 50 – Família
Cristã: Proteção, Parceria e Amor 2.º Trimestre de 2017
Para entendermos a importância do olhar,
precisamos diferenciar o olhar para a vida do olhar na vida. Quando olhamos
para a vida, seja qual for o seu nível, vamos observar manifestações que
chamamos de circunstâncias ou momentos que podem ser bons ou ruins, favorável
ou desfavorável, nestes momentos é que percebemos a importância do olhar na
vida; pois se não soubermos enxergar corretamente a vida; corremos o risco de
ficar oscilando entre luz e trevas. “A candeia do corpo são os olhos, de sorte
que se os teus forem bons todo o teu corpo terá luz” (Mateus 6:22).
Devemos ter cuidado, pois podemos estar em
trevas pensando que estamos na luz. “Se, portanto, a luz que em ti há são
trevas quão grandes serão tais trevas” (Mateus 6:23b).
Para ter
certeza que estamos na luz devemos, devemos fundamentar a nossa vida na palavra
de Deus. “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos”
(Salmo 119:105).
E ter um relacionamento verdadeiro com o
Senhor Jesus que é a luz do mundo. “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não
andara em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12).
Podemos observar 4 níveis de olhar que podem
se manifestar na vida:
Ø O olhar
natural, que manifesta-se nestes aspectos estudados na Lição 4.
Ø O olhar da
Fé, que agora direciona e nosso viver. “Como está escrito, mas o justo vivera
da fé” (Romanos 1:17b).
Ø O olhar do
entendimento, que é iluminado por Deus. “Tendo iluminado os olhos do vosso
entendimento” (Efésios 1:18a).
Ø O olhar do
espírito, que é aberto por Deus. “E o Senhor abriu os olhos do moço e viu” (2
Reis: 6:17b).
Cinco coisas
para as quais você nunca deve olhar:
1 - Não olhe para nada que a (o) impeça de
obedecer a Deus. “E se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o e jogue-o fora.
É melhor entrar na vida com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado
no fogo do inferno” (Mateus 18:9 - NVI).
2 - Não olhe para coisas inúteis. “Desvia os
meus olhos das coisas inúteis; faze-me viver nos caminhos que traçaste” (Salmo
119:37 - NVI).
3 - Não olhe para as atrações do mundo. “Pois
tudo o que há no mundo – a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação
dos bens – não provém do Pai, mas do mundo” (1 João 2:16 - NVI).
4 - Não olhe para o lado escuro da vida. “Os
olhos são a candeia do corpo. Quando os seus olhos forem bons, igualmente todo
o seu corpo estará cheio de luz. Mas quando forem maus, igualmente o seu corpo
estará cheio de trevas” (Lucas 11:34 - NVI).
5 - Não
desvie o olhar do caminho de Deus para você. “Olhe sempre para frente, mantenha
o olhar fixo no que está diante de você” (Provérbios 4:25 - NVI).
Lição 04 – A importância do olhar Pr. Antônio Cruz
Lição 4 - A Importância do Olhar
TEXTO BÍBLICO BÁSICO:
Mateus 6:22,23,25-27,31-34.
1. QUAL A
IMPORTÂNCIA DO OLHAR NA VIDA?
Para
onde está voltado o seu olhar? Mantenha o foco em seus sonhos no presente e
conquiste-o no futuro. O olhar revelará as verdades da alma. O foco e a
conquista de um sonho tira a pessoa do abismo da frustração.
Uma
visão sincera é a melhor maneira de enxergar a vida. Uma coisa é ter visão,
sonhos e planos, outra coisa é ter ilusão e delírio. Deus é sempre sincero
conosco em nossas vidas e também em nossos sonhos. Ele realizará por nós tudo o
que for melhor e benéfico e também nos dará somente aquilo que estamos
preparados para receber. Não adianta olhar o horizonte e não estar preparado
para conquista-lo.
Daniel, Misael, Hananias e Azarias na
Babilônia ambos tinham excelentes visões, mas para receberem o que tinham para
eles, primeiro eles deveriam estar preparados. Visavam adorar ao Senhor, mas
enxergaram fornalha, fogo, covas e leões. Não adianta somente ter visão, tem de
estar preparado para a caminhada que a visão pode lhe levar.
2. OS OLHARES QUE AGRADAM A DEUS
O nosso interior também agrada ao nosso
Senhor. Para muitos, pedir ou receber tem mais valor do que agradecer. Mas para
Deus a gratidão vale e muito. Quanto mais O buscarmos, mais Dele teremos;
quanto mais Dele temos, mais gratidão é necessário.
Muitos
pedem e poucos agradecem; muitos recebem e poucos voltam para demonstrar
gratidão; muitos são os pedintes e poucos são os gratos; muitos são os que
pedem e poucos são os adoradores; muitos querem as bênçãos; poucos querem o
Deus que dar as bênçãos.
A nossa
gratidão ao Senhor tem de ser plena, pois em tudo vemos a potente mão de Deus
em nosso favor. A percepção do agir de Deus em nossas vidas é perceptível até
em um não que recebemos. Ele permite um não no presente e alarga as fronteiras
no futuro.
A
fidelidade de Deus é tão grande que nos constrange.
Um
simples gesto e ação do Senhor é capaz de trazer sobre nossas vidas abundâncias
de bênçãos. O homem tem uma memória curta e esquece rapidamente das vitórias
concedidas por Deus e esse defeito tem de ser consertado, pois é muito bom
render graças ao Senhor (Salmos 92:1-2). Olhe para o lado. Olhou? Com certeza o
que você enxergou precisou de alguém para ser criado.
O ser
humano, para evoluir, precisou de pessoas ao seu lado, pois ninguém evolui
sozinho. Famílias foram criadas primeiramente por que duas pessoas se amaram e
uma das formas de conquista é justamente o olhar.
Um
olhar é capaz de dizer: eu te amo. Um olhar amoroso a cada manhã para o cônjuge
é algo que alegra o dia de qualquer um e faz parecer que está nas nuvens
Olhar para o lado ou para o próximo e não
para si próprio, para alguns é uma tarefa bem difícil. Na Bíblia encontramos
alguns exemplos de pessoas que não souberam valorizar o próximo antes de si
mesmo.
1. Jonas (1:2-3)
2. Davi (2° Samuel 11)
3. Judas (Mateus 26:14-16)
Ter um
olhar amoroso é algo tão simples, mas para muitos é bastante dificultoso. O
homem olha para o próximo com um olhar de desprezo e para si próprio com um
olhar de exaltação, algo que deveria ser totalmente o inverso (Fp. 2:3-4).
O alvo
do nosso olhar é o céu. Jesus ao ser crucificado ficou no centro entre dois
ladrões e todos puderam ver o Mestre sendo entregue por toda a humanidade. A
multidão que ali estava para enxergá-Lo teria de olhar para o alto, pois Jesus
estava sendo crucificado em um monte chamado Gólgota. Para muitos era um
blasfemo que estava em cruz, mas para outros era o alvo da salvação e socorro
bem presente na hora da angústia.
Qual o
alvo de seu olhar? Jesus? Caso sim, o seu olhar está no principal alvo. Ele
está acima de todas as coisas. Ele está além do desemprego, da dor e perdas. O
nosso olhar fixado Nele é a garantia de Sua soberania em nossas vidas e se
necessário for, nos faz caminhar sobre as águas para encontrá-lo.
As
pessoas que tem o olhar voltado para Deus tem em si um olhar de esperança.
“Mas eu
esperarei continuamente, e te louvarei cada vez mais.” (Salmos 71:14)
A esperança e a fé são os combustíveis que
precisamos, ambas nos fazem crer no impossível e no sobrenatural.
Conclusão
Ao
longo desta lição podemos observar a importância do nosso olhar e da nossa
gratidão com Deus. Também podemos notar que o nosso futuro está garantido por
Ele e que jamais nos desamparará.
Olhando
para Deus teremos um futuro próspero. Interessante que olhamos para Ele e Ele
olha para nós. Qual tem sido o nosso olhar para com o Senhor e como Ele tem nos
olhado? Essa reflexão com certeza irá melhorar a perspectiva de nosso olhar e
alvo.
Ele é
o alvo do nosso olhar!
Autor: Fernando
Gomes
O olhar de Jesus
O olhar é uma das características mais lindas
do ser humano. Através do olhar demonstramos amor, compaixão, alegria. Mas
também, com o mesmo olhar, demonstramos ódio, raiva, angústia, dor. É por isso
que muitas pessoas dizem que os olhos são o espelho da alma, pois eles refletem
muito bem o que estamos sentindo em nosso interior. Às vezes, quando medito nas
palavras de Jesus e naquilo que Ele fez, fico imaginando como seria o olhar
d’Ele.
Sei que, ao contrário do que muitos pensam,
Jesus não fica nos olhando para encontrar defeitos e ver as coisas erradas que
fazemos. Não. A Bíblia diz em 2 Crônicas 16:9 que o olhar do Senhor não é de
acusação, mas de bondade e misericórdia: "Porque, quanto ao Senhor, seus
olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo
coração é totalmente dele".
No livro de Marcos, no Novo Testamento,
encontramos muitas passagens que falam sobre o olhar de Jesus. Alguns estudiosos
da Bíblia afirmam que grande parte das informações contidas neste livro foram
dadas por Pedro, que conhecia muito bem o olhar de Jesus. Por isso, quero
compartilhar com você algumas passagens que comprovam isso:
O olhar de Jesus é acolhedor
O olhar de Jesus é aquele que nos acolhe,
abraça, traz para perto, familiariza. Veja:
"Então chegaram a mãe e os irmãos de
Jesus. Ficando do lado de fora, mandaram alguém chamá-lo. Havia muita gente
assentada ao seu redor; e lhe disseram: "Tua mãe e teus irmãos estão lá
fora e te procuram". "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?
", perguntou ele. Então olhou para os que estavam assentados ao seu redor
e disse: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus,
este é meu irmão, minha irmã e minha mãe" (Marcos 3:31-35). Jesus olhou
para aquelas pessoas e os chamou de "meus irmãos e minha mãe". Como é
maravilhoso saber que todos que fazem a vontade de Deus são considerados seus
familiares íntimos.
O
olhar de Jesus é compreensivo
Em outra passagem do livro de Marcos, há um
momento em que Jesus fala sobre como seria sua morte e ressurreição: "Disse-lhes Jesus: "Vocês todos me
abandonarão. Pois está escrito: 'Ferirei o pastor, e as ovelhas serão
dispersas'. Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a
Galileia". Pedro declarou: "Ainda que todos te abandonem, eu não te
abandonarei!" Respondeu Jesus: "Asseguro-lhe que ainda hoje, esta
noite, antes que duas vezes cante o galo, três vezes você me negará". Mas
Pedro insistia ainda mais: "Mesmo que seja preciso que eu morra contigo,
nunca te negarei". E todos os outros disseram o mesmo" (Marcos
14:27-31).
Nós sabemos que, apesar de prometer que nunca
negaria a Cristo, Pedro ficou com medo de morrer ao ser reconhecido como seu
discípulo e por três vezes O negou. Depois disso, ele foi tomado por
sentimentos de angústia, remorso e culpa. Naquele momento em que o galo cantou,
seu olhar encontrou o de Jesus e ele foi muito impactado. Veja:
"O Senhor voltou-se e olhou diretamente
para Pedro. Então Pedro se lembrou da palavra que o Senhor lhe tinha dito:
'Antes que o galo cante hoje, você me negará três vezes'. Saindo dali, chorou
amargamente" (Lucas 22:61,62).
Essa troca
de olhares foi marcante para Pedro e fez ele repensar sua atitude. O olhar de
Jesus nos confronta, nos faz enxergar quem realmente somos, e ao mesmo tempo
nos mostra o quanto somos amados por Ele.
O olhar de Jesus busca corações com fé
No capítulo 5, temos o episódio da cura da
mulher que sofria há anos com um fluxo de sangue. Veja: "Jesus foi com
ele. Uma grande multidão o seguia e o comprimia. E estava ali certa mulher que
havia doze anos vinha sofrendo de uma hemorragia. Ela padecera muito sob o
cuidado de vários médicos e gastara tudo o que tinha, mas, em vez de melhorar,
piorava. Quando ouviu falar de Jesus, chegou-se por trás dele, no meio da
multidão, e tocou em seu manto, porque pensava:
"Se eu tão-somente tocar em seu manto,
ficarei curada". Imediatamente cessou sua hemorragia e ela sentiu em seu
corpo que estava livre do seu sofrimento. No mesmo instante, Jesus percebeu que
dele havia saído poder, virou-se para a multidão e perguntou: "Quem tocou
em meu manto?" Responderam os seus discípulos:
"Vês a multidão aglomerada ao teu redor e
ainda perguntas: 'Quem tocou em mim?" Mas Jesus continuou olhando ao seu
redor para ver quem tinha feito aquilo. Então a mulher, sabendo o que lhe tinha
acontecido, aproximou-se, prostrou-se aos seus pés e, tremendo de medo,
contou-lhe toda a verdade. Então ele lhe disse: "Filha, a sua fé a curou!
Vá em paz e fique livre do seu sofrimento" (Marcos 5:24-34).
Perceba nesta passagem que uma multidão estava
ao redor de Jesus e tocavam Nele. Certamente elas tinham necessidades, doenças
e precisavam de um milagre, mas não receberam o que precisavam, pois lhes
faltou fé. Quando Jesus perguntou "Quem me tocou?", ele ficou olhando
ao redor para ver quem havia feito isso. Na verdade, Ele já sabia quem tinha
tocado suas vestes, mas era preciso que aquela mulher soubesse disso. O olhar
de Jesus continua o mesmo até hoje. Ele se compadece do sofrimento de todas as
pessoas, mas Ele precisa que elas creiam Nele, para que o Seu poder seja
liberado.
O olhar de Jesus é cheio de compaixão
Veja agora o relato no capítulo 3 de Marcos:
"Noutra ocasião ele entrou na sinagoga, e estava ali um homem com uma das
mãos atrofiada. Alguns deles estavam procurando um motivo para acusar Jesus;
por isso o observavam atentamente, para ver se ele iria curá-lo no sábado.
Jesus disse ao homem da mão atrofiada:
"Levante-se e venha para o meio".
Depois Jesus lhes perguntou: "O que é permitido fazer no sábado: o bem ou
o mal, salvar a vida ou matar?" Mas eles permaneceram em silêncio. Irado,
olhou para os que estavam à sua volta e, profundamente entristecido por causa
dos seus corações endurecidos, disse ao homem: "Estenda a mão". Ele a
estendeu, e ela foi restaurada. Então os fariseus saíram e começaram a
conspirar com os herodianos contra Jesus, sobre como poderiam matá-lo"
(Marcos 3:1-6).
Um homem com a mão ressequida (seca, sem
circulação de sangue) participava dessa reunião. A Bíblia mostra que aquele
homem tentou se esconder e esconder a sua deformidade, mas o mais maravilhoso
de tudo é que Jesus pode ver até o que escondemos.
Ele chamou aquele homem para o meio de todos.
Porém, aquele dia era sábado e os religiosos diziam que não era permitido fazer
muitas coisas, inclusive curar. Mas Jesus desceu do Céu para mudar isso! Ele
olhou ao redor, triste com coração duro daqueles religiosos que estavam ali
apenas por causa de uma doutrina criada por homens e não por Deus. Eles não
entendiam o que era misericórdia, e isso irritou o Senhor.
Nessa
passagem, entendemos que o olhar de Jesus possui compaixão, mas também
indignação. Com qual deles você quer que Ele olhe para você? OLHE PARA JESUS
Muitas vezes nós até ouvimos a Palavra de Deus, mas não permitimos que Ele olhe
dentro dos nossos olhos. Quem sabe você esteja passando um momento delicado em
sua vida, então, este é o momento de você fabricaebd.org 5 olhar para Cristo.
Como aprendemos nessa mensagem, o olhar do Senhor é tudo o que precisamos!
A Palavra diz:
"Nada, em toda a criação, está oculto aos
olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem
havemos de prestar contas. Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote
que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à
fé que professamos, pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer[1]se
das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de
tentação, porém, sem pecado. Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com
toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos
ajude no momento da necessidade" (Hebreus 4:13-16). Então, sejam quais
forem as circunstâncias, lembre-se: os olhos do Senhor estão sobre você e Ele
não quer te condenar. Ele quer te salvar, e por isso Jesus morreu na cruz pelos
seus pecados, para que hoje você fosse perdoado e livre de toda prisão
espiritual.
O Pastor Antônio Junior
também é escritor e influenciador digital, sendo considerado um dos mais
relevantes criadores de conteúdo no segmento cristão
Olhando para o alto
Fomos chamados para viver acima das
circunstâncias e ter os nossos olhos no Senhor. As Escrituras Sagradas nos
dizem que Satanás veio para roubar, matar e destruir (Jo 10.10). Esta era uma
das menções bíblicas que eu mais gostava de pregar, dando ênfase ao fato de que
Cristo, por sua vez, veio para nos dar vida e vida com abundância.
Eu sempre dizia que o diabo vive tentando
roubar a saúde, o dinheiro e a família de cada vivente, pois ele não quer que ninguém
seja feliz sob as bênçãos de Deus. Mas o fato é que o diabo não está tão
preocupado com estas coisas, elas não são seu verdadeiro alvo. O que ele
verdadeiramente quer é roubar nossa fé e relacionamento com Deus. Este é seu
fim, seu grande objetivo; mas roubar a saúde, o dinheiro e a família, são MEIOS
QUE ELE USA para tentar conseguir chegar onde realmente quer.
Portanto, precisamos aprender a viver olhando
para o alto, com nossos olhos fixos no Senhor em todo tempo, independentemente
das circunstâncias à nossa volta. E o processo de ser mais que vencedor tem a
ver com isto. No fim da prova Deus não somente nos dá a vitória, como também
nos ensina a apegarmo-nos mais a Ele, vivendo acima das situações externas.
A geração
atual de crentes vive olhando somente para as coisas terrenas, não tem seus
olhos em Deus. Nossa pregação praticamente só enfatiza o que é terreno, quase
não se leva as pessoas a olharem o celestial; mas segundo a exortação bíblica,
devemos levantar nossos olhos:
“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente
com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita
de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque
morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.”
(Colossenses 3.1-3) Note o mandamento da Palavra que vem como um imperativo:
Buscai e pensai nas coisas do alto, não nas que são da terra. Em toda a Bíblia
encontraremos advertências quanto à termos nossos olhos no alto em vez de na
terra.
No Tabernáculo de Moisés, que Deus o mandou
construir segundo o exato modelo das visões que ele teve no monte, é
impressionante a ênfase figurada que o Senhor deu deste assunto. Quando mandou
Moisés fazer as quatro coberturas que se sobrepunham como teto da tenda da
revelação, o Pai Celestial mandou que elas fossem todas bordadas, embelezadas;
eram um verdadeiro espetáculo artesanal que ninguém hoje poderia reproduzir,
pois a arte não era meramente humana, Deus havia enchido os artesãos com seu
Espírito para que pudessem executar o modelo divino ordenado.
Portanto, quando alguém entrava na tenda da
revelação, se queria ver algo belo tinha que olhar para cima, para o alto. Mas
se conservasse seus olhos no chão não veria beleza alguma, pois Deus nunca
mandou que fizessem nenhum tipo de piso, aonde acampavam utilizavam-se da
própria terra do local. Enquanto o teto era indescritivelmente belo, o chão era
feio, de terra. Assim também é na vida cristã, a beleza do andar com Deus está
quando aprendemos a olhar para o alto, para Deus mesmo e as coisas celestiais;
não há beleza numa vida de preocupação somente com o terreno.
Não há nada espiritualmente belo num evangelho
que só prega sobre o dinheiro e os caprichos deste mundo como se isso fosse a
prosperidade bíblica! Não se engane, nossos olhos devem se levantar bem acima
do que é terreno, sejam os atrativos deste mundo ou as circunstâncias negativas
que nos cercam; devemos olhar para o alto em todo tempo.
Crentes que só se preocupam com o dinheiro e
seus negócios, não servirão ao propósito divino da colheita de almas, pois para
se ter a sensibilidade espiritual de ver a necessidade dos perdidos é preciso
tirar os olhos das coisas terrenas e levantá-los para os céus. Jesus mesmo
disse:
“erguei os olhos e vede os campos, pois já
branquejam para a ceifa” (Jo 4.35). Por que o Mestre disse isto aos discípulos?
Porque enquanto eles só haviam pensado em buscar comida e saciar sua fome
naquela aldeia de samaritanos, Jesus se preocupara em ganhar aquela mulher que
estava junto ao poço de Jacó, e ela por sua vez, trouxe praticamente toda a
aldeia para ouvi-lo.
Então ele lhes diz que se nossos olhos
estiverem no chão, cuidando apenas das coisas terrenas, não enxergaremos os
campos brancos para a ceifa; ou seja, não teremos a sensibilidade de ver a
necessidade espiritual das pessoas. Temos que olhar para o alto se queremos ser
úteis ao Senhor, pois aqueles que só olham para o chão desanimam-se nas horas
difíceis e deixam de servi-Lo. Já quanto aos que têm seus olhos no Senhor, não
há o que os faça parar.
Prender nossos olhos no chão é o grande plano
satânico contra nossas vidas; ao atacar nossa saúde, família e bens, o que o
maligno quer de fato é tirar nossos olhos do Senhor, fazendo com que fitemos
somente o chão, o terreno. Embora, como diz meu pai, tirar os olhos da terra
não significa tirar os pés do chão a perda do pragmatismo e da disciplina). Há
um texto bíblico que revela esta astúcia do inimigo em seus ataques;
examinêmo-lo com suas figuras espirituais:
“E veio ali uma mulher possessa de um espírito
de enfermidade, havia já dezoito anos; andava ela encurvada, sem de modo algum
poder endireitar-se. Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre
da tua enfermidade; e, impondo[1]lhe
as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava glória a Deus.” (Lucas
13.11-13)
Esta mulher andava encurvada por quase duas
décadas, e não havia meios de se endireitar pois sua doença era espiritual e
não física. Tratava-se de um espírito maligno de enfermidade, um agente de
Satanás prendendo seu corpo. Sabe, há uma figura aqui; esta mulher vivia
olhando somente para o chão; sua costa encurvada a impedia de andar olhando
para cima. Podemos ver em operação na vida desta mulher o verdadeiro plano
maligno contra cada cristão; Cristo disse que ela estava numa prisão de
Satanás: “Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado,
esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?” (Lucas
13.16) Estar numa prisão de Satanás não quer dizer que o próprio príncipe das
trevas a prendia pessoalmente, pois já vimos que era um enviado dele, um
espírito de enfermidade, quem realizava o trabalho. Mas Jesus mostrou que tal
espírito maligno só estava cumprindo ordens de seu chefe, o que nos permite ver
que o plano era de Satanás e a execução era do subalterno dele.
Por que é importante notar isto? Para
entendermos que o inimigo não nos ataca só por atacar, ele tem planos e
estratégias para tentar nos derrubar e devemos nos prevenir contra ele!
Que tipo de prisão era esta que Jesus
mencionou? Não era a doença e nem o espírito de enfermidade em si, mas a que
ponto ele levava esta mulher. Ela não podia olhar para o alto! É isto que o
diabo quer, que tiremos os nossos olhos de Deus; esta era uma crente da época,
pois foi chamada de “filha de Abraão”, referência dada não só por ser
naturalmente descendente do patriarca, mas por esperar na promessa divina feita
a ele.
Também vemos
que ela estava na sinagoga, o que poderíamos chamar de a igreja da época. Não
se tratava de uma pecadora qualquer que nada queria saber acerca de Deus, mas
de alguém que o temia, cria n’Ele e queria andar em sua presença.
Semelhantemente,
Satanás tenta nos prender com os olhos no chão, para que não olhemos para cima.
E por que ele nos ataca desta forma? Porque ele não pode nos arrancar das mãos
de Deus, como Jesus mesmo falou:
“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço,
e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as
arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da
mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um.” (João 10.27-30)
O diabo jamais poderá nos tirar das mãos de
Jesus! Nunca! Temos um claro pronunciamento de Jesus Cristo neste sentido. Mas
ele vai atacar com sutileza; ele quer nos indispor com o Senhor, fazendo com
que nos voltemos contra Ele, porque então nós mesmos desceremos dos braços do Senhor
e estaremos expostos. No livro do Apocalipse, o Senhor faz menção da doutrina
de Balaão, que costumava ensinar Balaque a por tropeços diante dos filhos de
Israel para que pecassem (Ap 2.14).
Lemos em Números que Balaque contratou Balaão
para amaldiçoar a Israel pois tinha medo de ser por ele destruído na batalha.
Deus advertiu a Balaão que não fosse após Balaque, mas ele amou o prêmio da
injustiça e desobedeceu. Mas não conseguiu amaldiçoar ao povo do Senhor, pois
em cada uma das quatro vezes em que tentou fazê-lo, Deus mudou suas palavras em
bênçãos sobre os israelitas. Vendo que nada podia contra o povo, Balaão
aconselhou Balaque, rei dos moabitas, a enviar as mulheres do seu povo ao
arraial dos israelitas para que se prostituíssem com eles e então os levasse a
adorar os deuses delas.
Qual foi o pensamento de Balaão? Ele viu que
não havia como tocar o povo pois eles estavam debaixo da proteção divina e com
Deus ninguém pode; então a única saída seria colocar o povo contra Deus, visto
que Deus não abandonaria o povo. E quando através do pecado da prostituição e
também da idolatria o povo se afastou do Senhor, então ficou vulnerável, e a
ira do Senhor se acendeu contra o povo.
O que Balaão não podia fazer contra o povo,
fez com que o próprio povo fizesse contra si mesmo! É assim que o diabo age.
Uma vez que ele não pode tirar-nos da mão do Senhor, nem fazer nada contra
nossas vidas por permanecemos em Cristo, então tenta nos colocar contra o
Senhor, para que saiamos do colo d’Ele e fiquemos vulneráveis.
Esta é a razão porque o maligno tanto tenta
prender nossos olhos nas coisas materiais, para que quando conseguir tocar
nelas isto venha a doer em nós a tal ponto de nos indispormos contra Cristo.
Mas na vida daquele que ama o Senhor e tem os olhos n’Ele, o inimigo não
consegue isto.
Isso nos
permite ver porque Satanás investe tanto contra o que possuímos, não porque
seja isto o que ele queira, mas por ser o meio para que ele tente chegar onde
realmente quer chegar: minar nossa fé e relacionamento com o Senhor.
Mas diante disto podemos também enxergar
porque Deus permite o inimigo investir contra estas áreas de nossas vidas; cada
ataque maligno pode ser visto como um tempo de treinamento e adestramento para
os soldados do exército divino. No paralelo natural, nunca vemos num quartel os
soldados prepararem[1]se
para a guerra passando um ano inteiro deitados em redes com sombra e água
fresca.
Não! Pois
isto não prepara ninguém! Também o Senhor não treina seu exército no bem-bom da
vida, mas em meio às provas e tribulações. E muitas vezes Deus permitirá o
ataque do maligno contra seus bens materiais para que ao fim você não apenas
vença, mas seja mais que vencedor, seja alguém tratado pelo Senhor; pois
enquanto Satanás nos tira algo tentando fazer com que nosso coração egoísta se
volte contra Deus, o Senhor por sua vez, permite que aquilo seja
temporariamente tirado até que nosso coração aprenda a não se apegar àquilo
mais do que a Deus.
Às vezes será do interesse não só do diabo,
mas também de Deus que algo nos seja temporariamente tirado. Percebi isto
depois de um acidente de carro que tive; não era somente Satanás que queria me
tirar o carro e o ministério, mas naquele momento singular da minha vida Deus
também queria muito fazê-lo! Não só para me conduzir ao seu plano para a minha
vida, mas para me fazer entrar no “tratamento de Deus comigo”.
Mas o golpe do diabo doeu em mim porque minhas
coisas valiam mais para mim do que eu imaginava; meus olhos estavam no chão e
não no alto. Mas Deus me ensinou, e como Paulo posso dizer que aprendi. Quando
um homem ou uma mulher de Deus colocam seus olhos no Senhor e assim permanecem,
serão vitoriosos. Tenho aprendido que os ataques mais atrozes do inimigo, como
aqueles em que pessoas chegaram ao ponto de morrer por Cristo, não visavam
tocar nas circunstâncias e nem mesmo na vida destas pessoas; o diabo não queria
que morressem, mas que, por medo da morte negassem Jesus.
Cada vez que um mártir derramou seu sangue
pelo evangelho, Satanás não ganhou, só perdeu. Pois o heroísmo dos mártires
somente fortaleceu o evangelho, nunca o enfraqueceu. Nosso conceito de vitória
ainda é muito carnal, terreno; mas os mártires foram além disto e venceram ao
diabo (Ap 12.11), pois sabiam manter seus olhos no Senhor. Veja um exemplo
disto: TESOURO fabricaebd.org 8 “Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os
olhos no céu e viu a u a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e
disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus.
Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram
contra ele. E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas
deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão,
que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então,
ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com
estas palavras, adormeceu.” (Atos 7.55-60) O relato bíblico diz que Estevão,
cheio do Espírito, FITOU OS OLHOS NO CÉU. Algo que o Espírito Santo vai operar em
nós à medida em que nos rendemos a Ele, é tirar nossos olhos do chão para o
céu; das coisas terrenas para as celestiais. Estevão foi o primeiro mártir e
nos deixou um modelo perfeito de vitória sobre o inimigo: seus olhos estavam em
Deus, não no que é terreno.
E neste texto tenho descoberto um princípio
espiritual figurado muito forte: Quando nossos olhos estão no Senhor, somos
anestesiados para os ataques malignos contra nossa vida! Estevão foi milagrosa
e sobrenaturalmente anestesiado por Deus contra as pedradas que o mataram; o
texto diz que enquanto o apedrejavam ele invocava ao Senhor e orava, e mais:
diz que ele se colocou de joelhos, e à semelhança de Cristo na cruz, pediu que
o pecado de seus assassinos fosse perdoado.
Ninguém que
está sendo apedrejado faz isto; nossa imediata reação é cobrir o rosto e se
proteger como puder; mas os olhos de Estevão não estavam em si mesmo, estavam
nos céus, e em razão disto podemos dizer que ele foi fortalecido por Deus, ou
até mesmo que foi “anestesiado”. Seria impossível em condições normais ele se
ajoelhar e ficar olhando para o alto sem se defender, mas algo aconteceu com
ele.
E quando colocamos os nossos olhos no Senhor
independentemente de que tipo de situação estamos enfrentando, algo também vai
acontecer conosco; seremos confortados e anestesiados pelo Senhor, e Satanás
não será vitorioso. Pelo contrário, nós é que seremos mais que vencedores! No
caso de Estevão, o que veio além da vitória não foi o tratamento, pois ele
passou à glória celestial, mas além de vencedor ele recebeu um galardão mais
glorioso. É isto que acontece com os mártires; Hebreus 11.35 diz que alguns não
aceitaram seu livramento porque visavam uma maior recompensa.
Quando passamos pelas provas e tribulações,
Deus não somente nos prepara a vitória que inevitavelmente virá, mas usa o
tempo em que nela estamos para tratar com nossa alma. O Senhor lida com todo
apego excessivo que temos nas coisas terrenas e nos ensina a ter os olhos
n’Ele.
Isto é ser mais que vencedor. É ser tratado
por Deus e chegar ao fim da adversidade melhor do que entramos
Nome do autor:
Luciano P. Subirá.
10 razões pelas quais o contato visual é tudo no falar em público
Quando você está na frente de um público, o
contato visual estratégico tem o poder de mudar a forma como as pessoas pensam
de você. Aqui está o porquê.
Se houver
uma coisa simples que você possa fazer para aumentar seu impacto como
apresentador, persuadir os outros a ver as coisas como você as vê e tornar mais
provável que seu público diga sim à sua ideia, é um contato visual sustentado e
intencional com alguém pessoa de cada vez.
Para começar a colher os frutos do contato
visual assertivo, basta praticar um pouco todos os dias.
Você está disposto e é capaz de tentar? Você
deveria tentar. Em um estudo feito no mês passado na revista Environment and
Behavior, pesquisadores da Cornell University manipularam o olhar do coelho de
desenho animado nas caixas de cereais Trix e descobriram que os indivíduos
adultos eram mais propensos a escolher Trix em vez de marcas concorrentes se o
coelho estivesse olhando para elas, do que de longe.
"Fazer
contato visual, mesmo com um personagem em uma caixa de cereal, inspira fortes
sentimentos de conexão", disse Brian Wansink, professor da Escola Dyson de
Economia e Administração Aplicada de Cornell. Então, se você quiser se conectar
com seu público, olhe as pessoas nos olhos, uma de cada vez.
Aqui estão
10 razões pelas quais os palestrantes devem olhar para as pessoas, uma de cada
vez, ao se dirigir a um público de qualquer tamanho.
1. Focar os
olhos ajuda você a se concentrar. Quando seus olhos vagueiam, eles captam
imagens aleatórias e estranhas que são enviadas ao seu cérebro, tornando-o mais
lento.
2. Quando
você deixa de fazer contato visual com seus ouvintes, você parece menos
autoritário, menos crível e menos confiante.
3. Quando
você não olha as pessoas nos olhos, é menos provável que elas olhem para você.
E quando param de olhar para você, começam a pensar em algo diferente do que
você está dizendo e, quando isso acontece, param de ouvir.
4. Quando
você olha alguém nos olhos, é mais provável que essa pessoa olhe para você,
mais provável que o ouça e mais, que compre você e sua mensagem.
5. Quando
você olha uma pessoa nos olhos, comunica confiança e crença em seu ponto de
vista. Um dos meios mais poderosos de comunicar confiança e convicção é o
contato visual contínuo e focado.
6. O contato
visual concentrado e sustentado faz com que você se sinta mais confiante e aja
de forma mais assertiva. Pode parecer estranho no início, mas quando você
pratica, torna-se um hábito que lhe dá poder.
7. Quando
seus ouvintes veem seus olhos examinando seus rostos, eles se sentem convidados
a se envolver com você. Eles se sentem encorajados a sinalizar como se sentem
sobre o que você está dizendo - acenando com a cabeça, franzindo a testa ou
erguendo as sobrancelhas com ceticismo.
8. Como
resultado, seus ouvintes são transformados de receptores passivos em participantes
ativos. Seu monólogo assume a forma de um diálogo, embora seja um no qual você
fala palavras enquanto elas falam com gestos e expressões faciais. Seu discurso
ou apresentação de repente é uma conversa.
9. No
entanto, para ter um diálogo bem-sucedido com seu público, você deve responder
ao que seus ouvintes estão sinalizando. Portanto, por exemplo, quando você vê
ceticismo, pode dizer: "Sei que parece difícil de acreditar, mas prometo
que o investimento faz sentido. Os dados o confirmam."
10.Por fim,
quando você olha alguém nos olhos por três a cinco segundos, naturalmente vai
desacelerar seu discurso, o que o fará parecer mais presidencial. Na verdade,
você descobrirá que é capaz de fazer uma pausa, que é uma prática que ajudou o
presidente Obama a se tornar um orador poderoso e eficaz.
Olhar nos
olhos dos outros pode fazer você se sentir como se estivesse olhando para eles,
mas você não está fazendo nada disso. Você está sendo simultaneamente assertivo
e empático, porque está afirmando sua opinião e, em seguida, observando seus
rostos para entender sua resposta. Com a prática, você dominará essa importante
habilidade e a transformará em um comportamento que o ajudará bem em todas as
áreas de sua vida.
Extraído de: https://www.inc.com/sims-wyeth/10-reasons-why-eye-contact-can[1]change-peoples-perception-of-you.html Traduzido por: Luiz Alberto Leal do Nascimento
A
importância do contato visual na sala de aula
Os professores costumam reclamar de
disciplina, de falta de atenção, do uso de celular na sala de aula e de muitos
outros problemas, muitos dos quais resultam em falha de comunicação entre
professor e alunos ou entre os próprios alunos. É bem sabido que a fala é
apenas uma parte da comunicação, mas os professores muitas vezes se esquecem ou
subestimam a importância da comunicação não verbal em seu próprio desempenho e
no de seus alunos. Um aspecto da comunicação não verbal é o uso dos olhos para
transmitir mensagens. Os olhos são uma ferramenta poderosa tanto para o
professor quanto para o aluno, mas muito tempo em sala de aula é gasto com os
olhos firmemente fixados no livro, no quadro, no chão, na janela ou vagando
aleatoriamente pelo ambiente de ensino e aprendizagem.
Os professores que trabalham em todas as
disciplinas nas escolas secundárias sempre foram aconselhados a desenvolver 'o
visual' como parte de sua personalidade docente.
'O visual' varia de 'fique quieto, por favor',
passando por 'não vou te dizer de novo' até 'não mexa comigo, filho', e nesse
aspecto é visto como tendo uma função disciplinar. Enquanto isso, o mundo dos
negócios aceitou o contato visual como um componente importante para alcançar o
sucesso em fazer apresentações e melhorar o relacionamento entre representante
e cliente, enquanto nos dias de hoje é possível encontrar muitos sites que
oferecem conselhos sobre como estabelecer relacionamentos pessoais através do
uso criterioso de contato visual.
Pesquisadores e profissionais de Programação
Neurolinguística (PNL) trouxeram a noção de linguagem corporal e contato visual
de volta à atenção dos professores de línguas, mas principalmente no contexto
de fornecer pistas sobre a natureza do aluno, e não em termos de ferramentas de
ensino. Recentemente, tivemos o prazer de assistir às aulas de inglês na
Universidade de Economia de Izmir e vimos muitos pares de olhos realizando
muitas funções. Aqui estão algumas das coisas das quais fomos lembrados ou
aprendemos de novo: • 'O visual' ainda funciona, mas não exagere ou você se
tornará uma caricatura de si mesmo.
• Estabelecer
uma função de gerenciamento na sala de aula envolve contato visual desde o
início. Esteja em sua sala de aula antes dos alunos e dê-lhes as boas-vindas
individualmente com uma combinação de contato visual e seus nomes ao entrarem
na sala.
• Fale com
seus alunos, não com o livro, o quadro ou a tela.
• Os olhos
podem definir o tom de uma aula. Quando a aula começar, ande pela sala
procurando ver se os alunos estão prontos - livros fora, canetas e papel à mão,
telefones celulares desligados. Caso contrário, o contato visual deve ser
suficiente para corrigir a situação.
• Tente
ensinar parte de uma lição sem dizer nada. Isso deve lembrá-lo de como a
paralinguística é importante, além de ajudar a controlar o tempo de conversação
do professor.
• Um bom contato visual não significa encarar ou olhar fixamente. Muitos alunos provavelmente acharão isso desconfortável e, consequentemente, desviarão os próprios olhos e perderão a concentração
• O contato visual bom também não significa que os
olhos vão de um aluno para outro ao redor da sala - isso não tem efeito algum.
Recomenda-se que haja contato visual de três a cinco segundos para que a
comunicação não-verbal ocorra.
• Observe
seus alunos e também ouça-os, principalmente durante a execução de tarefas.
Procure sinais de estar entediado ou perdido.
• Incentive
seus alunos a fazer contato visual enquanto trabalham juntos em pares ou
grupos. Comece treinando-os para ouvir uns aos outros usando apenas respostas
não verbais.
• A pesquisa
mostra que existe uma forte ligação entre a quantidade de contato visual que as
pessoas recebem e seu grau de participação na comunicação do grupo - no número
de turnos em uma conversa em grupo, por exemplo. • A abordagem da PNL para o
contato visual é holística e individualista, mas é fortemente baseada na
premissa de que o bom contato visual aumenta o rapport.
• Economize
tempo e esforço com mensagens específicas transmitidas pela expressão visual e
facial. Mostre elogios, incentive com frequência e desaprovação ocasionalmente.
Lembre aos alunos que eles devem saber uma resposta ou que poderiam dar uma
resposta se tentassem.
• Use o
contato visual como uma técnica de correção.
• Indique e
solicite respostas visualmente. Se o nomeado não estiver assistindo, alguém o
cutucará.
• O contato
visual é, fundamentalmente, economia de tempo e esforço.
Muito do que
foi dito acima provavelmente parecerá transparentemente óbvio, apenas natural e
um aspecto do comportamento humano inato ou desenvolvido ao longo do tempo. Mas
observe a si mesmo, observe seus colegas e observe seus alunos.
Traduzido por: Luiz Alberto Leal do
Nascimento Extraído de: The Internet TESL Journal, vol. X, No. 8, agosto de
2004
Estudo sobre Mateus 6:22-23
Biblioteca Bíblica William
Barclay
A ideia que
está por trás desta passagem é de uma simplicidade infantil. O olho é
considerado como a janela por onde entra a luz que ilumina a totalidade do
corpo. A cor e o estado da janela são os que decidem quanta luz receberá uma
habitação. Se a janela estiver limpa, é de cor clara e o vidro não distorce as
imagens, a habitação será inundada por uma luz pura e abundante, que iluminará
todos os cantos. Se o vidro da janela está sujo, ou é de cor escura, ou está
chamuscado, ou coberto pela geada, a luz encontrará obstáculos, entrará
distorcida, suja, e a habitação ficará escura.
A qualidade da luz que entra em uma
habitação depende do estado da janela que deva atravessar para fazê-lo. É
assim, diz Jesus, como a luz que penetra no coração e a alma de cada homem
depende do estado espiritual dos olhos que deva atravessar, porque os olhos são
a janela do corpo. O conceito que fazemos das pessoas depende dos olhos com que
as olhemos. Há certos fatores muito evidentes que nos podem cegar e distorcer a
nossa visão.
(1) O preconceito pode alterar nossa visão. Não há nada que seja tão
capaz de destruir nossa capacidade de julgamento como os preconceitos que
tenhamos. Nos impedem de formar as opiniões claras, razoáveis e lógicas, que
são nosso dever. Cega-nos por igual ante os fatos e o significado destes. Quase
todos os novos descobrimentos tiveram que abrir caminho, lutando contra
irracionais preconceitos estabelecidos.
Quando James Simpson descobriu as
virtudes do clorofórmio teve que lutar contra os preconceitos religiosos e
médicos de sua época. Um de seus biógrafos escreve: "O preconceito, a
paralisante determinação de percorrer somente os caminhos conhecidos,
levantou-se contra ele e fez todo o possível para neutralizar os efeitos dessa
nova bênção." "Muitos clérigos sustentaram que o intento de liberar a
mulher de sua maldição primitiva era lutar contra a lei divina."
Uma das coisas mais necessárias na
vida é o exame ousado que seja capaz de nos demonstrar quando atuamos a partir
de princípios válidos e quando somos vítimas de nossos preconceitos
irracionais. Qualquer homem que seja miserável por seus preconceitos tem olhos
que obscurecem e distorcem sua visão da realidade.
(2) O ciúme pode alterar nossa visão. Shakespeare nos deu uma expressão
clássica desta paixão na tragédia de Otelo. Otelo, um mouro, que se tornou
famoso por seus atos de valentia, casa-se com Desdémona. Esta o ama com total
dedicação e completa fidelidade. Como general do exército de Veneza, Otelo
promove a Cássio em lugar de promover a Lago. Este é consumido pelo ciúme, e
mediante uma meticulosa tramóia, e distorcendo os fatos para seu próprio
benefício, semeia na mente de Otelo suspeita com respeito à fidelidade de
Desdémona. Inventando evidências para demonstrar suas afirmações, acende em
Otelo uma paixão de ciúme tão desmedida que este termina assassinando a Desdémona,
afogando-a com um travesseiro.
A. C. Bradley escreve: "Ciúme como o de Otelo transformam a natureza
humana em um caos, e liberam a besta que todo homem encerra." Muitos
casamentos, muitas amizades, foram destroçados pelo ciúme, que é capaz de fazer
aparecer circunstâncias perfeitamente inocentes como ações culpadas, e que nos
cegam à verdade e à realidade.
(3) O orgulho pode alterar nossa visão. Em sua biografia de Mark
Rutherford, Catherine Macdonald MacLean inclui uma observação particularmente
cáustica com respeito ao John Chapman, o editor e livreiro de quem em uma época
Rutherford fora empregado: "Belo como um Lorde Byron, de maneiras amáveis,
era extremamente atrativo para as mulheres, e ele se acreditava ainda mais atrativo
do que em realidade era."
O orgulho afeta de duas maneiras a
visão de qualquer homem, porque nos torna incapazes de ver a nós mesmos tal
como somos em realidade e de ver a outros como em realidade são. Se estamos
convencidos de nossa extraordinária sabedoria, nunca seremos capazes de
perceber nossas tolices; e se formos cegos para tudo o que não sejam nossas
virtudes, nunca perceberemos nossos defeitos. Sempre que nos comparemos com
outros, suporemos uma vantagem em nós. Jamais estaremos em condições de nos
criticar a nós mesmos, e portanto jamais seremos capazes de melhorar. A luz em
que deveríamos ver a nós mesmos e a outros será total escuridão.
Mas aqui Jesus fala de uma virtude em
particular que enche de luz os olhos, e de um defeito que os obscurece. Em
nossas versões se qualifica o olho como bom, são ou simples e mau. E este é o
significado literal do grego, mas as palavras bom e mau são aqui empregadas, em
um sentido muito comum no grego do Novo Testamento, como generoso e
generosidade. Tiago diz, com respeito a Deus, que ele dá a todos abundantemente
(Tiago 1:5), e o advérbio que usa, em grego, é o mesmo que aparece em nosso
texto como adjetivo. Paulo exorta a seus amigos a ofertar liberalmente. Temos
aqui, outra vez, o mesmo vocábulo (Romanos 12:8). Paulo, também, lembra aos
cristãos de Corinto da liberalidade ou generosidade das Iglesias da Macedônia,
e fala de sua própria generosa beneficência com todos os necessitados (2
Coríntios 9:31). Para obter um texto mais fiel ao original devemos traduzir
aqui generoso em lugar de bom ou simples. Jesus elogia o olho generoso.
Por oposição, prestemos atenção ao
nome do defeito que Jesus condena. Nossas versões dizem mau ou maligno. E este
é, certamente, o significado mais comum da palavra grega que aparece neste
lugar no texto original. Contudo, tanto no Novo Testamento como na Septuaginta,
este vocábulo também significa normalmente miserável ou avaro ou mesquinho.
Deuteronômio nos fala do dever de emprestar ao irmão que necessita. Mas esta
disposição se complica com a lei de que cada sete anos deviam considerar-se
todas as dívidas perdoadas. Era muito provável que se estivesse perto o
"sétimo ano", o avaro se negasse a emprestar, por temor a que seu
devedor se acolhesse ao cancelamento de dívidas com que podia beneficiar-se ao
chegar o momento, e deste modo jamais lhe devolvesse o que tinha recebido. Por
isso a lei estabelece: "Guarda-te não haja pensamento vil no teu coração,
nem digas: Está próximo o sétimo ano, o ano da remissão, de sorte que os teus
olhos sejam malignos para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada, e ele clame
contra ti ao SENHOR, e haja em ti pecado" (Deut. 15:9).
As palavras sublinhadas são exatamente
as mesmas que aparecem no ensino de Jesus. É evidente que aqui olhos maus
significa com mesquinhez, de modo avaro, com má vontade. Voltamos a encontrar a
expressão em Provérbios 23:6, onde a V.M. diz literalmente: "Não coma o
pão daquele que tem olho mau." Quer dizer "Não seja hóspede daquele
que grunhe por cada bocado que você come."
Assim também em Provérbios 28:22, onde
lemos: "O homem que se apressa em busca da riqueza tem olho maligno"
(V.M.), e significa: "O avaro, que sempre desconfia de outros, busca
apropriar-se de tudo o que pode." Para chegar ao significado exato
das palavras de Jesus em vez de "olho mau" deveríamos traduzir olho
avarento.
De modo que Jesus afirma: "Não há
nada como a generosidade para nos permitir ver a vida e as pessoas de maneira
correta: e não há nada como a avareza para fazer com que nossa visão das coisas
e das pessoas seja incorreta."
(1) Devemos ser generosos em nossos julgamentos com respeito a outros.
Uma das características da natureza humana é pensar sempre o pior, e encontrar
um prazer maligno em repetir o pior. Todos os dias vemos assassinar a boa
reputação de pessoas perfeitamente inocentes na fofoca de pessoas cujos juízos
estão impregnados de veneno. O mundo se veria livre de muito sofrimento se
buscássemos pensar o melhor e não o pior com respeito a nosso próximo, e se
nossa interpretação de suas ações fosse sempre "generosa".
(2) Devemos ser generosos em nossas ações. Em sua biografia de Mark
Rutherford, Catherine Macdonald MacLean nos conta a respeito dos dias em que
Rutherford foi trabalhar em Londres: "Desde essa época pode perceber-se
nele o começo de sua carinhosa piedade pelas almas dos homens que haveria de
converter-se em um de seus hábitos... A pergunta que o queimava, preocupado
como estava pelo destino de muitos de seus vizinhos no subúrbio onde iria
trabalhar, era, ‘O que eu posso fazer? Como posso ajudá-los?’ Parecia-lhe,
naquele tempo, como sempre, que até a ação mais simples possuía maior valor que
a mais veemente indignação que só se expressa em palavras.”
Quando Mark Rutherford trabalhava com
Chapman, ele editor, vivia e trabalhava no mesmo lugar que George Eliot – ou
Maria Evans, que tal era seu verdadeiro nome. Uma coisa lhe impressionou de
maneira particular com respeito a esta mulher: "Era pobre. Possuía uma pequena renda,
e mesmo que esperava poder ganhar a vida como escritora, seu futuro era
incerto. Mas era fantasticamente generosa. Sempre estava ajudando aos cães
coxos a subir as soleiras, e a pobreza de outros a fazia sofrer mais que a sua
própria. Chorava com mais amargura por não poder ajudar a alguma irmã
necessitada, que por qualquer de suas próprias privações."
Quando começamos a nos sentir assim, é
quando podemos ver a outros, e às coisas, em uma perspectiva correta. É então
quando nossos olhos se enchem de luz.
Há três grandes males do espírito pouco
generoso, do "olho maligno".
(1) Faz com que nos seja impossível viver conosco mesmos. Quem inveja
permanentemente o êxito de outros, diminuindo o seu, apesar de que um pouco de
generosidade poderia repartir felicidade a outros, fechando seu coração frente
às necessidades imperiosas de outros, transforma-se em uma das mais tristes
criaturas da Terra – o homem avarento. Em seu interior crescem uma amargura e
um ressentimento que lhe priva de toda felicidade, que roubam sua paz e
destroem sua alegria.
(2) Faz com que nos seja impossível viver com os demais. O avaro é aborrecido
por todos: não há indivíduo mais desprezado que o de coração miserável. A
caridade cobre multidão de pecados, mas o espírito ambicioso, por outro lado,
torna inúteis uma multidão de virtudes. Por mais mau que seja o homem generoso,
sempre haverá quem o ame; por melhor que seja o avaro, todos o detestarão.
(3) Faz com que nos seja impossível viver com Deus. Não há ninguém tão generoso
como Deus; em última análise, não pode haver comunhão entre dois seres que
fundam sua existência em princípios diametralmente opostos. Não pode haver
comunhão entre o Deus que vive inflamado por um profundo amor, e o avaro, cujo
coração está congelado pela mesquinharia.
O olho avarento distorce nossa visão;
o olho generoso é o único capaz de ver com clareza, porque é o único que vê
como Deus vê.
FONTE: http://crescendoparaedificar.blogspot.com/2017/04/licao-04-importancia-do-olhar.html
AULA : PASTOR RICARDO SILVA
Nenhum comentário:
Postar um comentário