segunda-feira, 19 de abril de 2021

Lição 04: Dons de Poder

 


OBJETIVO GERAL

Examinar os dons de poder.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I – Definir o que significa o dom da fé;

II – O Evidenciar biblicamente os dons de curar;

III – Discorrer a respeito do dom de maravilhas.

Texto Áureo

“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.”

(1 Co 2.4,5)

Verdade Prática

Os dons de poder são capacitações especiais em situações que demandam a ação sobrenatural do Espírito Santo na vida do crente.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Prezado professor, na lição de hoje estudaremos os dons de poder. Aquele que concede os dons é imutável e deseja que a sua Igreja continue a manifestar o Evangelho com poder e graça. Todavia, sabemos que o Todo-Poderoso distribui os dons de poder quando os seus servos tem como prioridade servir ao próximo.

 

Sua prioridade tem sido servir a Deus e ao próximo? Segundo Stanley Norton à medida que formos ativos em alcançar o mundo, tornamo-nos vasos que podem ser usados pelo Senhor. Busque com zelo os dons de poder, pois eles são indispensáveis a igreja atual.

PONTO CENTRAL

Os dons de poder servem para confirmar uma mensagem de poder.

INTRODUÇÃO

O ministério terreno de Jesus foi marcado por inúmeros milagres, principalmente curas. A história eclesiástica comprova que a Igreja do primeiro século também operou maravilhas no poder do Espírito Santo. Entre os primeiros cristãos sobejavam os dons de poder. Se Jesus não mudou

e os dons espirituais são para a Igreja de hoje, por que atualmente não vemos as manifestações dos dons de poder em nosso ambiente com mais frequência?

 

Será falta de conhecimento a respeito do assunto? Ou será

por causa do mau uso que alguns fazem das dádivas divinas? Nesta lição estudaremos a respeito dos dons de poder. Veremos como eles são necessários à vida da igreja. Se você deseja recebê-los e usá-los para a glória do nome do Senhor, proporcionando a edificação da igreja, busque-os com fé em oração.

CPAD – Adultos – Tema: Dons Espirituais e Ministeriais – Servindo à Deus e aos Homens com Poder Extraordinário |




                            CAPÍTULO 4

 

DONS DE PODER

“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1 Co 2.4,5).

   Paulo, maior intérprete do evangelho de Jesus Cristo, doutrinando através de sua Carta aos Romanos, declarou: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do gre­go” (Rm 1.16 — grifo nosso). Na época em que se tornou discípulo de Jesus, após sua dramática conversão, no caminho de Damasco, já havia muitos “evangelhos” estranhos, apócrifos, que pregavam “outro Jesus” (2 Co 11.4). Mas o evangelho genuíno tinha que ser um evangelho que demonstrasse ao mundo que era a mensagem de Deus aos homens, através de sinais, prodígios e maravilhas, que o diferençava dos “outros evangelhos”. Jesus, em seu ministério terreno, demonstrou que não viera trazer mais uma corrente filosófica para o mundo. As nações já conheciam as filosofias gregas, de Platão, Aristóteles, Heródoto, e outros.

   O Budismo, o Hinduísmo, o Xintoísmo e outras religiões dominavam o Oriente.

   O Judaísmo era a religião consagrada na Palestina. Mas não se viam sinais de poder impactante e transformador na vida dos seus adeptos nem daqueles a quem pregavam seus ensinos. Mas Jesus começou, transformando “água em vinho” (Jo 2.10). Curou cegos, paralíticos, ressicados, lunáticos, e fez o que nenhum líder de religião fizera ou haveria de fazer: ressuscitou mortos, inclusive Lázaro, cujo corpo já entrara em estado de decomposição avançada (jo 11.43).

   O cristianismo apresentou-se como um movimento do Espírito Santo para a salvação de almas e libertação dos males resultantes do pecado. Além de demonstrar o poder sobre as forças das enfermidades, Jesus demonstrou que tinha poder sobre as forças da natureza. Acalmou a tempestade, repreendendo o vento e o mar (Mt 8.23-27); andou por cima das águas e fez passar a tormenta (Mt 14.22-34). E, para provar que tinha suprema autoridade sobre todos os poderes, expulsou demô­ nios, libertando os oprimidos do Diabo (M t 8.28-34 e referências). A História da Igreja é uma história de pregação e de poder de Deus. Neste capítulo, meditaremos sobre os dons de poder, tão necessários à igreja, nestes tempos trabalhosos a que se referiu Paulo (1 Tm 3.1).

            I - O DOM DA FÉ (1 C o 12.9)

   1. SIGNIFICADO DE FÉ

   A palavra fé (gr. pisteuó-, lat. Fides) “E a confiança que depositamos em todas as providências de Deus. E a crença de que Ele está no co­ mando de tudo, e que é capaz de manter as leis que estabeleceu. E a convicção de que a sua palavra é a verdade”.1A melhor definição de fé é enunciada pelo autor do livro aos Hebreus, que recebeu uma profunda inspiração para a descrição dessa virtude cristã;

  “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). Vemos, nessa definição, três elementos essenciais à fé:

  1) Ela é fundamento ou base para a confiança em Deus;

  2) Ela envolve a esperança ou expectativa segura do que se espera da parte de Deus;

  3) Ela é “a prova das coisas que não se veem” , mas sáo esperadas, ou significa convicção antecipada.

   2. A FÉ COMO DOM

   É a capacidade concedida pelo Espírito Santo para o crente rea­lizar coisas que transcendem à esfera natural, visando o benefício e a edificação da igreja. Podemos entender melhor o significado do dom da fé, através de declarações negativas em relação a outros tipos de fé. Não é a fé salvífica, que é despertada pela proclamação da Palavra de Deus (Rm 10.17; E f 2.8); não é a fé como doutrina, que denota a per­ manência do crente, vivendo de acordo com a Palavra de Deus, ou a sã doutrina (2 C o 13.5); não é a fé como fruto do Espírito, que consiste nas virtudes, que devem ser cultivadas pelo crente, na comunhão com o Espírito Santo. Não é dada, é buscada e desenvolvida (G1 5.22); o dom da fé também não é a fé natural, que resulta da observação da natureza. Se tudo existe, de maneira organizada e com propósito, há pessoas que creem no Criador (Rm 1.19,20).

  O dom da fé “Pode ser considerado como um dom especial da fé para uma necessidade particular. Alguns o definem como ‘a fé que re­ move montanhas’, trazendo manifestações incomuns ou extraordinárias do poder de Deus” .2 Esse dom é concedido, num momento especial, quando só um milagre resolve algo que não tem solução, no meio da igreja, ou na vida de um servo de Deus, que atende a seus propósitos. Podemos entender que esse dom foi usado por Moisés, quando o povo de Israel percebeu que Faraó estava no seu encalço após a saída do Egi­to.

  De um lado e do outro, as montanhas; pela frente, o Mar Vermelho; por trás o exército egípcio com carros e cavalos. A resposta do líder do Êxodo foi uma demonstração de uma fé fora do comum. “Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós, e vos calareis” (Êx 14.13,14). Ele “viu” o livramento de Deus antes que acontecesse. Se tivesse falhado em sua fé, teria havido uma tragédia contra a sua liderança.

  Vemos esse dom operando na vida de Daniel. Quando soube do de­creto do rei, proibindo que alguém fizesse qualquer pedido ou súplica a qualquer pessoa ou a qualquer Deus, e não unicamente ao rei, seria lan­çado na cova dos leões famintos, Daniel continuou orando ao Senhor como o fazia três vezes ao dia. Foi acusado pelos seus adversários, e foi lançado na cova dos leões. O próprio rei viu que Daniel tinha fé em seu Deus (Dn 6.16). Daniel foi salvo da morte (Dn 6.23).

   Certamente, o exemplo do profeta Elias, diante dos profetas de Baal e de Asera, no Monte Carmelo, também envolveu o dom da fé. Ele fez um desafio aos profetas dos deuses falsos. Propôs que o Deus que respondesse com fogo seria o verdadeiro Deus. E Deus honrou sua fé, fazendo cair fogo do céu sobre o altar encharcado de água (1 Rs 18.22-39). Em sua viagem a Roma, o apóstolo Paulo foi vítima de um gran­ de naufrágio. Escapando na Ilha de Malta, ele e os demais náufragos foram acolhidos com hospitalidade. Ali, experimentou um milagre ex­ traordinário.

   Ao colocar alguns pedaços de madeira numa fogueira, foi picado por uma cobra venenosa, conhecida na região. Os nativos logo imaginaram que Paulo iria perecer dentro de poucas horas, pois sabiam que o efeito do veneno era mortal. Mas o servo de Deus, simplesmente, sacudiu a mão e a víbora cai no fogo, e nada lhe aconteceu (At 28.1-6). Esse dom da fé não se desenvolve. E concedido, em ocasiões espe­ciais, para a resolução de algum problema insolúvel aos meios normais, racionais, ou naturais. E só é dado a quem já tem fé em Deus e em suas promessas.

   “Esse dom em ação gera uma atmosfera de fé, que dá con­ vicção de que agora tudo é possível (cf. Jo 11.40-44; Mc 9.23). [...] Esse dom é um impulso poderoso à oração da fé (cf. T g 5.17), pois impõe a certeza de que para Deus tudo é possível (cf. Lc 1.37; Mc 10.27).”3 Quando se diz que tudo é possível deve-se ter em mente que se tem em mente tudo o que é de acordo com a vontade de Deus.

    II - D ONS DE CURAR (1 CO 12.9)

  Os dons de curar são recursos espirituais, de caráter sobrenatural, que atuam na cura de enfermidades físicas, psicossomáticas ou emo­cionais. Sua concessão à igreja deve-se ao fato de que Deus quer dar saúde a seu povo. N o Antigo Testamento, Ele se manifestava ao povo de Israel como o “Jeová Rofeca”, ou “Jeová Rafá” — O Senhor que Sara (Êx 15.26; SI 103.3). São dons de grande valor na pregação do evange­lho.

   As pessoas em geral são descrentes do poder de Deus. Mas, quando  veem uma cura de impacto, como a cura de câncer, de diabetes, de para­lisia, ou de doenças degenerativas, com Alzheimer, doença de Parkinson, e outras, são compelidas a ter sua fé despertada para o poder de Deus em suas vidas.

   Milagres de cura, sem transformação de vidas, pelo poder do evangelho de Cristo, tornam-se apenas elementos de “shows” para glorificação do pregador. Mas quando as curas contribuem para a glori­ficação a Deus, têm grande valor para a divulgação do evangelho. E promessa de Jesus à sua igreja a delegação de poder para curar en­fermidades, como parte da missão de pregar o evangelho (Mc 16.15-18 ). Como os sinais devem seguir “aos que crerem”, pode-se entender que pode haver curas, ministradas por uma pessoa, que não tem o dom ou dons de curar. Num momento, um evangelizador, num hospital, ou em outro lugar, pode dizer para um doente:

  “Em nome de Jesus seja curado”, e o enfermo levantar-se sadio para glória do Senhor. No entanto, no meio da congregação local, em qualquer lugar, é necessário que se busquem os dons de curar, que poderão ser usados, em momentos ou situações em que Deus queira manifestar o seu poder curador, para glória de Jesus Cristo.

   É interessante notar que todos os outros dons estão no singular. Mas os dons de curar estão no plural. Não há, portanto, um “dom de curar”, mas uma variedade deles. Os estudiosos não são unânimes na interpretação des­ se assunto. Há quem acredite que um crente, que possui tais dons, tenha ca­ pacidade para curar qualquer enfermidade. A pluralidade dos dons de curar parece indicar que há pessoas que têm o dom de orar por determinadas enfermidades; e outras, para orar por outros tipos de doenças. Stanley Horton diz “que ninguém pode dizer: ‘Eu tenho o dom de curar’, como se este dom pudesse ser possuído e ministrado ao bel-prazer da pessoa.

   Cada cura necessita de um dom especial, não à pessoa o dom, mas por meio daquela pessoa para o indivíduo doente, de forma que Deus receba toda a glória. Ele é quem cura (At 4.30)”.4 Infelizmente, o que se vê, em muitos programas de TV, de determi­nadas igrejas, é o endeusamento do pastor, do bispo ou apóstolo, que ministra curas de maneira cotidiana. Não ousamos dizer que pessoas não são curadas, em tais igrejas. Mas a exaltação do ministrante de curas ofusca a glória que só pertence a Deus.

  Diz Boyd acerca desses dons: “Não concordamos com a opinião de que este dom garante a libertação do enfermo, independente da soberania divina ou das condições espirituais e morais do enfermo”.5 De fato, há ensinos heréticos, desde o século passado, no seio de igrejas evangélicas, notadamente das neopentecostais, que entendem que o possuidor do dom ou dos dons de curar têm poderes ilimitados.

   Não é bem assim. Se uma pessoa está doente, pode buscar a cura, através da oração da fé. No entanto, Deus não está obrigado a atender todos os pedidos ou súplicas pela cura de nenhuma pessoa. Pr. Eurico Bergstén corrobora esse entendimento, quando afirma: “Esse dom não significa uma capacidade de curar quando e como a pessoa quer, porém é sempre uma transmissão de poder do Espírito Santo. Por isso, é indispensável que o portador do dom esteja ligado a Cristo e siga a sua direção...”.6

   E desejável que os crentes em Jesus procurem “com zelo os me­ lhores dons” (1 C o 12.31). Certamente, os dons de curar são muito necessários, num mundo em que as enfermidades têm-se multiplicado assustadoramente, a despeito dos notáveis avanços da medicina. Es­ses dons são recursos especiais à disposição da igreja do Senhor Jesus Cristo, para, sob a soberania de Deus, e segundo a fé, os crentes sejam beneficiados com a cura das enfermidades físicas ou emocionais.

III - Operação de Milagres (Co12 .10)

   Milagres (gr. sêm eion) são a intervenção sobrenatural na ordem normal da natureza. O dom de milagres provoca “o desprendimento da energia divina, a fim de operar grandes mudanças na ordem natural das coisas. Um milagre é uma manifestação de poder sobrenatural no reino natural”.7

   Esse dom também é chamado de dom de operação de maravilhas (gr. energemata dunameõn). Desses termos gregos derivam as palavras “energia” e “dinamite” . São palavras plurais, no idioma ori­ ginal. Isso dá a entender que pode haver uma variedade enorme de milagres, operados pelo poder do Espírito Santo. Assim como a dinamite explode rochas consideradas impenetráveis, o dom de milagres anula a ordem natural das coisas. Muitas vezes, é uma verdadeira explosão do poder de Deus, no mundo natural ou na esfera espiritual. N a travessia do Mar Vermelho, temos um exemplo extraordinário de um milagre, operado por Deus.

  O povo de Israel, com cerca de 3 milhões de pessoas, jamais teria condições de adentrar as águas à sua frente, acossado pelo exército de Faraó. Mas Deus fez o impossível, alterando o curso dos elementos da natureza. “Então, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas. E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram como muro à sua direita e à sua esquerda” (Ex 14.21,22). Em meio a uma grave crise climática, em Israel, uma viúva clamou ao profeta Eliseu para que seus dois filhos não fossem levados cativos para pagar dívidas deixadas pelo seu esposo.

   Eliseu indagou o que ela tinha em casa, e, em resposta, a mulher disse que só tinham “uma boti­ ja de azeite” (2 Rs 4.2).

   Algo como meio litro ou um pouco mais. Mas isso não significava nada diante do grande problema da dívida que a mulher tinha que pagar, para não perder a guarda de seus dois filhos. A ordem normal das coisas, à luz dos costumes e leis de seu tempo, exigia que ela entregasse os filhos ao credor. Mas a fé do profeta ultrapassou os limites do plano natural e, con­ fiando em Deus, disse à mulher que conseguisse muitos vasos com seus vizinhos, e os enchesse com aquela pequena quantidade de azeite. A mulher obedeceu ao profeta, e presenciou, com seus filhos um milagre extraordinário. À proporção que derramava o azeite nas vasilhas, o azei­ te aumentava. Aquilo que parecia ser o fim, foi o começo de um novo tempo na vida daquela pobre viúva.

   O profeta de Deus disse: “Então, veio ela e o fez saber ao homem de Deus; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto” (2 Rs 4.7).

   O gra­víssimo problema só teve solução mediante a intervenção do poder de Deus na ordem social e econômica daquela família. O fenômeno em que o sol se deteve por quase um dia inteiro, para que Josué pudesse vencer os amorreus, é um exemplo típico de um mi­lagre ou de maravilha operada por Deus envolvendo seus servos. Pelas leis da mecânica celeste, o sol se põe, no final da tarde, ou “se põe”, como se diz na linguagem figurada. Mas, se a noite caísse, Israel não teria condições de vencer os poderosos exércitos inimigos. Tal situação exigia uma ação de emergência. E Josué, o líder da tomada da terra prometida, pôs sua fé em ação, e confiou em Deus, ao determinar que o Sol se detivesse em Gibeão, e a lua se detivesse, no vale de Aijalom. 49

   Diz a Bíblia que, contrariando todas as leis da mecânica celeste, houve um fenômeno jamais visto: “E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isso náo está escrito no Livro do Reto? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. E náo houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o Senhor, assim, a voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel” (Js 10.13,14). Esse fato tem causado críticas na mente dos incrédulos, pois imaginam que tal relato não passa de uma lenda judaica. Tal visão é compreensível, pois os críticos usam o pensamento racional, lógico, natural. Enquanto o milagre é sobrenatural, fora da lógica e da humana. Deus não está sujeito às leis da natureza.

   Quando Ele quer, suspende seus efeitos e cumpre os seus propósitos para o seu povo, ou para um servo seu. Quem mais operou milagres foi Jesus. Após ministrar sua palavra, Jesus entrou no barco com seus discípulos, acompanhado de outros barquinhos. Inesperadamente, levantou-se, no mar, um grande tem­poral de vento, provocando ondas que cobriam o barco. Talvez pelo cansaço da jornada, Jesus estava repousando na popa da embarcação, enquanto seus discípulos enfrentavam a tormenta. “E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança” (Mc 8.38,39). Nenhum homem, até hoje, teve o poder de falar ao vento e ao mar, na tempestade, e os elementos da natureza ouvirem a sua voz. Mas Jesus mostrou, mais de uma vez, que tem poder sobre a natureza, que Ele mesmo criou (Jo 1.3). O mais terrível inimigo do homem, em sua condição humana, é a morte (1 C o 15.26). E decreto divino, por causa do pecado (Gn 2.17).

   O homem nasce, desenvolve-se e morre. É o curso natural da existência biológica. Uns morrem mais cedo; outros, mais tarde. Mas Jesus, o criador, doador e Senhor da vida, pode, quando Ele quer, interromper esse curso da natureza humana. Em seu ministério, Jesus demonstrou seu poder sobre a morte física. Ele ressuscitou o filho único de uma viúva, de Naim, quando o féretro já estava a caminho do cemitério (Lc 7.11-16). Jesus ressuscitou a filha de Jairo, que falecera fazia pouco tempo (Mc 5.22-24). Alguém poderia alegar, em sua mente racionalista, que a menina experimentara apenas um estado cataléptico, ou sono pro­fundo e passageiro.

   Mas para que não pairassem dúvidas sobre o poder sobrenatural de Cristo sobre a morte, Ele se deixou demorar onde se encontrava, ao receber a notícia de que Lázaro, seu amigo, de Betânia, estava muito enfermo. Em seguida, ele cientifica aos discípulos de que Lázaro houvera morrido. Ao chegar em Betânia, já fazia quatro dias do seu falecimento. Não havia a mínima condição para reverter aquela situação, pois o corpo do defunto já estava sofrendo os efeitos da de­ composição. Mas para Jesus, nada é impossível (Lc 1.37). Após consolar a família, Jesus se dirigiu ao túmulo, mandou que fizessem o que as pessoas poderiam fazer naturalmente, tirando a pe­ dra que fechava a entrada da sepultura (Jo 11.43-45).

   Completando a demonstração real de que a morte não vence o autor da vida, Jesus ressuscitou, após três dias na sepultura, cumprindo o que Ele predissera para seus discípulos (Lc 24.1-8). Se é a vontade de Deus, e motivo para glorificação ao seu nome, ele pode conceder autoridade a qualquer de seus servos para operar mila­gres extraordinários.

   No entanto, quando o pregador, por permissão de Deus, opera milagres para sua promoção pessoal, de seu ministério ou da igreja a que pertence, resta a dúvida se aquele milagre foi de Deus ou de outra origem. Pior ainda, quando o operador de milagres o faz, visando obter ganhos financeiros e enriquecimento pessoal. Isso não glorifica a Deus. É procedimento lastimável, suscetível do juízo de Deus no momento próprio.

   Conclusão

   Nestes tempos trabalhosos a que se refere Paulo (2 Tm 3.1), a igreja cristã está sendo submetida aos piores ataques de sua história. Nos seus primórdios, houve ataques dos impérios humanos, e ela resistiu, e ven­ceu; venceu os ataques das heresias, do gnosticismo, do arianismo e de outras falsas doutrinas. No século passado, enfrentou o ataque dos sis­ temas ditatoriais, como o nazismo e o comunismo.

   Nos dias presentes, persistem os ataques dos falsos ensinos, que só podem ser derrotados com a verdade da Palavra de Deus. Nos últimos anos, estão se fortalecendo os ataques do materialismo, através dos poderes das nações, dos governos, políticos e magistrados, que aprovam leis infames contra a Palavra de Deus e a Igreja de Cristo. São as “portas do inferno”, em suas últimas investidas contra o evangelho. Elas não prevalecerão, como Cristo afirmou. Mas a igreja precisa demonstrar, de modo incisivo, que dispõe de recursos sobrenaturais para cumprir sua missão na terra.

   Os dons de poder fazem parte do arsenal espiritual que garante a vitória da Igreja contra as hostes do mal.52

    DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS

    - ELINALDO RENOVATO DE LIMA

 

 

                      COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO

Paulo maior intérprete do evangelho de JESUS CRISTO, doutrinando através de sua Carta aos Romanos, declarou: “Porque não me envergonho do evangelho de CRISTO, pois é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que crê primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16 — grifo nosso). Na época em que se tornou discípulo de JESUS, após sua dramática conversão, no caminho de Damasco, já havia muitos “evangelhos” estranhos, apócrifos, que pregavam “outro JESUS” (2 Co 11.4). Mas o evangelho genuíno tinha que ser um evangelho que demonstrasse ao mundo que era a mensagem de DEUS aos homens, através de sinais, prodígios e maravilhas, que o diferençava dos “outros evangelhos”.

JESUS, em seu ministério terreno, demonstrou que não viera trazer mais uma corrente filosófica para o mundo. As nações já conheciam as filosofias gregas, de Platão, Aristóteles, Heródoto, e outros. O Budismo, o Hinduísmo, o Xintoísmo e outras religiões dominavam o Oriente. O Judaísmo era a religião consagrada na Palestina. Mas não se viam sinais de poder impactante e transformador na vida dos seus adeptos nem daqueles a quem pregavam seus ensinos. Mas JESUS começou, transformando “água em vinho” (Jo 2.10). Curou cegos, paralíticos, ressicados, lunáticos, e fez o que nenhum líder de religião fizera ou haveria de fazer: ressuscitou mortos, inclusive Lázaro, cujo corpo já entrara em estado de decomposição avançada (jo 11.43). O cristianismo apresentou-se como um movimento do ESPÍRITO SANTO para a salvação de almas e libertação dos males resultantes do pecado.

Além de demonstrar o poder sobre as forças das enfermidades, JESUS demonstrou que tinha poder sobre as forças da natureza. Acalmou a tempestade, repreendendo o vento e o mar (Mt 8.23-27); andou por cima das águas e fez passar a tormenta (Mt 14.22-34). E, para provar que tinha suprema autoridade sobre todos os poderes, expulsou demônios, libertando os oprimidos do Diabo (Mt 8.28-34 e referências). A História da Igreja é uma história de pregação e de poder de DEUS. Neste capítulo, meditaremos sobre os dons de poder, tão necessários à igreja, nestes tempos trabalhosos a que se referiu Paulo (1 Tm 3.1).

Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 43-44.

Dons de poder

Os dons de poder formam o segundo grupo dos dons do ESPÍRITO SANTO, e existem em função do sucesso e do cumprimento da grande comissão dada por JESUS CRISTO. Como o Evangelho é o poder de DEUS, é natural que tenha a sua pregação confirmada com sinais e maravilhas sobrenaturais, que ratificam esse Evangelho e lhe dão patente divina.

Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.

I. Definições

A base da palavra portuguesa poder é o latim, posse, ser capaz. O poder consiste na capacidade de agir; é potência (vide); é uma virtude mediante a qual uma pessoa ou uma coisa pode tomar algo uma realidade. Poder é capacidade em potencial; é força ativa em operação; é o direito de ser ou de fazer alguma coisa; é qualquer forma de energia. Na física, o poder é a taxa com que a energia é convertida ou transferida em trabalho. Biblicamente falando, DEUS é o Ser Todo-Poderoso (onipotente), sendo ele a fonte originária de todos os outros estados e atos de poder.

Palavras Bíblicas Envolvidas:

No hebraico:

1. koach , «ser firme», «agir vigorosamente», «produzir•. Essa palavra figura por cento e vinte e uma vezes, de Gên. 31:6 a Zac. 4:6. Esse termo é usado em todos os tipos de conexão, divina e humana.

2. Oz, «força», «dureza», segurança.., «majestade». Esse vocábulo ocorre por noventa e quatro vezes, conforme exemplificamos em Lev. 26:19; Esd. 8:22; Sal. 59:16; 62:11; 63:2; 66:3; 78:26; 90 :11,' 150:1; Eze. 30:6; Hab. 3:4. Também é palavra usada para indicar qualquer tipo de poder.

3. Geburah, «valor», «poder.., «força», «domínios: usada por sessenta e uma vezes, conforme se vê, por exemplo, em Deu. 3:24; Jui. 5:31; I Reis 15:23; II Reis 10:34; I Crê. 29:12,30; Est. 10:2; Isa. 11:2; Jer. 9:23; 10:6; Eze. 32:29,30; Dan. 2:20,23; Miq. 3:3; 7:16. Um bom número de outras palavras hebraicas também aparece, mas elas são, essencialmente, sinônimos dessas três palavras hebraicas.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos. Vol. 1. pag. 310.

 

                            I - O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)

1. O que significa fé?

A palavra fé (gr. pisteuó, lat. Fides) “E a confiança que depositamos em todas as providências de DEUS. É a crença de que Ele está no comando de tudo, e que é capaz de manter as leis que estabeleceu. É a convicção de que a sua palavra é a verdade”. A melhor definição de fé é enunciada pelo autor do livro aos Hebreus, que recebeu uma profunda inspiração para a descrição dessa virtude cristã; “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). Vemos, nessa definição, três elementos essenciais à fé:

1) Ela é fundamento ou base para a confiança em DEUS;

2) Ela envolve a esperança ou expectativa segura do que se espera da parte de DEUS;

3) Ela é “a prova das coisas que não se veem”, mas são esperadas, ou significa convicção antecipada.

Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 44.

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de DEUS" - Ef 2.8). (Aqui fala da fé para ser salvo e não do Dom da Fé concedida ao crente para realização de causas impossíveis).

Fé. Oração fervorosa, alegria extraordinária e coragem incomum acompanham o dom da fé. Não se trata da fé salvífica, mas da fé milagrosa para uma situação ou oportunidade especial.

HORTON. Staleym. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Editora CPAD.

2. A fé como dom.

Definição do dom da fé - Minha concepção - Ev. Henrique

DOM DA FÉ - É necessário fé para andar na rua, para comer, para assentar em uma cadeira plástica, para comer, para ser salvo, para crêr na escatologia, para crêr nas promessas de DEUS, etc..., mas, nenhuma desses tipos de fé é o dom da fé.

O dom da fé é uma fé sobrenatural vinda do ESPÍRITO SANTO para o crente crêr na realização de uma grande ação de DEUS em algo, como a morte, por exemplo. É ver o morto se levantando, mesmo este estando ainda no caixão.

Os exemplos mais claros são as várias ressurreições de mortos vistas na bíblia. Vem em nosso espírito a certeza de que algo impossível de acontecer, já está acontecendo. Esta fé é comunicada ao nosso espírito pelo ESPÍRITO SANTO - é sobrenatural, é imediata, é divina.

Veja exemplos no tópico 3

É a capacidade concedida pelo ESPÍRITO SANTO para o crente realizar coisas que transcendem à esfera natural, visando o benefício e a edificação da igreja. Podemos entender melhor o significado do dom da fé, através de declarações negativas em relação a outros tipos de fé. Não é a fé salvífica, que é despertada pela proclamação da Palavra de DEUS (Rm 10.17; Ef 2.8); não é a fé como doutrina, que denota a permanência do crente, vivendo de acordo com a Palavra de DEUS, ou a sã doutrina (2 Co 13.5); não é a fé como fruto do ESPÍRITO, que consiste nas virtudes, que devem ser cultivadas pelo crente, na comunhão com o ESPÍRITO SANTO. Não é dada, é buscada e desenvolvida (G1 5.22); o dom da fé também não é a fé natural, que resulta da observação da natureza. Se tudo existe, de maneira organizada e com propósito, há pessoas que creem no Criador (Rm 1.19,20).

O dom da fé “Pode ser considerado como um dom especial da fé para uma necessidade particular. Alguns o definem como ‘a fé que remove montanhas’, trazendo manifestações incomuns ou extraordinárias do poder de DEUS”. Esse dom é concedido, num momento especial, quando só um milagre resolve algo que não tem solução, no meio da igreja, ou na vida de um servo de DEUS, que atende a seus propósitos.

Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 45.

3. Exemplo Bíblico do dom da fé.

Esse dom da fé não se desenvolve. É concedido, em ocasiões especiais, para a resolução de algum problema insolúvel aos meios normais, racionais, ou naturais. “Esse dom em ação gera uma atmosfera de fé, que dá convicção de que agora tudo é possível (cf. Jo 11.40-44; Mc 9.23). [...] Esse dom é um impulso poderoso à oração da fé (cf. Tg 5.17), pois impõe a certeza de que para DEUS tudo é possível (cf. Lc 1.37; Mc 10.27).”3 Quando se diz que tudo é possível deve-se ter em mente que se tem em mente tudo o que é de acordo com a vontade de DEUS.

O mais terrível inimigo do homem, em sua condição humana, é a morte (1 Co 15.26). E decreto divino, por causa do pecado (Gn 2.17). O homem nasce, desenvolve-se e morre. É o curso natural da existência biológica. Uns morrem mais cedo; outros, mais tarde. Mas JESUS, o criador, doador e Senhor da vida, pode, quando Ele quer, interromper esse curso da natureza humana. Em seu ministério, JESUS demonstrou seu poder sobre a morte física. Ele ressuscitou o filho único de uma viúva, de Naim, quando o féretro já estava a caminho do cemitério (Lc 7.11-16).

JESUS ressuscitou a filha de Jairo, que falecera fazia pouco tempo (Mc 5.22-24). Alguém poderia alegar, em sua mente racionalista, que a menina experimentara apenas um estado cataléptico, ou sono profundo e passageiro. Mas para que não pairassem dúvidas sobre o poder sobrenatural de CRISTO sobre a morte, Ele se deixou demorar onde se encontrava, ao receber a notícia de que Lázaro, seu amigo, de Betânia, estava muito enfermo. Em seguida, ele cientifica aos discípulos de que Lázaro houvera morrido. Ao chegar em Betânia, já fazia quatro dias do seu falecimento. Não havia a mínima condição para reverter aquela situação, pois o corpo do defunto já estava sofrendo os efeitos da decomposição. Mas para JESUS, nada é impossível (Lc 1.37).

Após consolar a família, JESUS se dirigiu ao túmulo, mandou que fizessem o que as pessoas poderiam fazer naturalmente, tirando a pedra que fechava a entrada da sepultura (Jo 11.43-45). Completando a demonstração real de que a morte não vence o autor da vida, JESUS ressuscitou, após três dias na sepultura, cumprindo o que Ele predissera para seus discípulos (Lc 24.1-8).

Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 45-46.

Exemplos de dom de fé em operação (Observação minha - Ev. Henrique):

Na ressurreição de mortos.

JESUS - E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora. João 11:43

Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se.

Atos dos Apóstolos 9:40

Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se.

Atos dos Apóstolos 9:40

Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se.

Atos dos Apóstolos 9:40

Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se.

Atos dos Apóstolos 9:40

Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se.

Atos dos Apóstolos 9:40

Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se.

Atos dos Apóstolos 9:40

Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se.

Atos dos Apóstolos 9:40

Pedro - Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se. Atos dos Apóstolos 9:40

Paulo - E, estando um certo jovem, por nome Êutico, assentado numa janela, caiu do terceiro andar, tomado de um sono profundo que lhe sobreveio durante o extenso discurso de Paulo; e foi levantado morto. Paulo, porém, descendo, inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse:  Não vos perturbeis, que a sua alma nele está.  Atos dos Apóstolos 20:9-10.

 

II - DONS DE CURAR (1 Co 12-9)

Observação minha - Ev. Henrique - Devemos nos lembrar também de que existem doenças e existem enfermidades. Basicamente a diferença está na dor: enquanto os doentes sentem dor (exemplo: artrite, hérnea de disco, enxaqueca, etc...), os enfermos possuem enfermidades que não lhes causa dor (exemplo: cegueira, surdez, mudez, etc...).

Pelo fato de Paulo não curar nem Timóteo (1 Tm 5.23) e nem Trófimo (2 Tm 4.20), podemos deduzir que Paulo possuía dom para curar certos tipos de doenças e enfermidades e outras não.

Todos os crentes podem e devem ser usados em curas (Mt 10.8; Mc 16.18), mas nem todos terão o dom de curar, embora seja possível.

1. O que são os dons de curar?

Os dons de curar são recursos espirituais, de caráter sobrenatural, que atuam na cura de (observação minha - Ev. Henrique - doenças aqui incluídas) enfermidades físicas, psicossomáticas ou emocionais. Sua concessão à igreja deve-se ao fato de que DEUS quer dar saúde a seu povo. No Antigo Testamento, Ele se manifestava ao povo de Israel como o “Jeová Rofeca”, ou “Jeová Rafá” — O Senhor que Sara (Êx 15.26; SI 103.3). São dons de grande valor na pregação do evangelho. As pessoas em geral são descrentes do poder de DEUS. Mas, quando veem uma cura de impacto, como a cura de câncer, de diabetes, de paralisia, ou de doenças degenerativas, com Alzheimer, doença de Parkinson, e outras, são compelidas a ter sua fé despertada para o poder de DEUS em suas vidas. Quando as curas contribuem para a glorificação a DEUS, têm grande valor para a divulgação do evangelho.

E promessa de JESUS à sua igreja a delegação de poder para curar doenças e enfermidades, como parte da missão de pregar o evangelho (Mc 16.15-18).

Como os sinais devem seguir “aos que crerem”, pode-se entender que pode haver curas, ministradas por uma pessoa, que não tem o dom ou dons de curar. Num momento, um evangelizador, num hospital, ou em outro lugar, pode dizer para um doente: “Em nome de JESUS seja curado”, e o enfermo levantar-se sadio para glória do Senhor. No entanto, no meio da congregação local, em qualquer lugar, é necessário que se busquem os dons de curar, que poderão ser usados, em momentos ou situações em que DEUS queira manifestar o seu poder curador, para glória de JESUS CRISTO.

Os dons de curar estão no plural. Não há, portanto, um “dom de curar”, mas uma variedade deles. Os estudiosos não são unânimes na interpretação desse assunto. A pluralidade dos dons de curar parece indicar que há pessoas que têm o dom de orar por determinadas enfermidades; e outras, para orar por outros tipos de doenças.

Stanley Horton diz “que ninguém pode dizer: ‘Eu tenho o dom de curar’, como se este dom pudesse ser possuído e ministrado ao bel-prazer da pessoa.

Não é bem assim. Se uma pessoa está doente, pode buscar a cura, através da oração da fé. No entanto, DEUS não está obrigado a atender todos os pedidos ou súplicas pela cura de nenhuma pessoa. Pr. Eurico Bergstén corrobora esse entendimento, quando afirma: “Esse dom não significa uma capacidade de curar quando e como a pessoa quer, porém é sempre uma transmissão de poder do ESPÍRITO SANTO. Por isso, é indispensável que o portador do dom esteja ligado a CRISTO e siga a sua direção...”.

E desejável que os crentes em JESUS procurem “com zelo os melhores dons” (1 Co 12.31). Certamente, os dons de curar são muito necessários, num mundo em que as enfermidades têm-se multiplicado assustadoramente, a despeito dos notáveis avanços da medicina. Esses dons são recursos especiais à disposição da igreja do Senhor JESUS CRISTO, para, sob a soberania de DEUS, e segundo a fé, os crentes sejam beneficiados com a cura das enfermidades físicas ou emocionais.

Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 46-48.

No grego, tanto o dom (curar), como o seu efeito, estão no plural, o que dá a entender que existe uma variedade de modos na operação deste dom. Assim, um servo de DEUS pode não ter todos os dons de curar, e, por isso, às vezes, muitos não são curados por sua intercessão. Por exemplo, Paulo orou pelo pai de Públio, que se achava com febre e disenteria, na ilha de Malta, e JESUS o curou (At 28.8), porém foi forçado a deixar o seu amigo Trófimo doente em Mileto: 2 Tm 4.20.

Como são diferentes os tipos de doenças e enfermidades, é evidente que há um dom de cura para cada tipo de doença ou enfermidade, sejam elas orgânicas, psicossomáticas ou de patogenia espiritual.

Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.

Podemos juntar a nossa fé com a do enfermo e, juntos, estabelecer o ambiente de amor e aceitação no qual os dons da cura fluem melhor. No corpo de CRISTO há poder e força para a satisfação das necessidades de um membro fraco. A cura possui aspecto encarnacional.

HORTON. Staleym. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Editora CPAD.

Marcos 16 - Os cinco exemplos relacionados a seguir são confirmados especialmente pelos Atos dos Apóstolos. Expulsão de demônios encontramos ali em 5.16; 8.7; 16.16ss; novas línguas em 2.1-11; 10.46; 19.6-8; milagres com serpentes em 28.3-6 e curas em 3.1-10; 4.30; 5.12,15; 9.12,17,33s,29ss; 14.8ss; 19.11; 28.8s. Só para a preservação em caso de veneno falta um exemplo.

Se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados. Como com seu Senhor, a imposição de mãos também para eles não é um meio de transmitir poder (cf. 7.32), mas é um gesto de bênção e intercessão.

Adolf Pohl. Comentário Esperança Evangelho de Marcos. Editora Evangélica Esperança.

2. A redenção e as curas.

EM QUE SE FUNDAMENTA A CURA DOS CRENTES?  (http://www.ifamilia.com.br)
1 – REDENÇÃO - Que a cura física, assim como a cura espiritual estavam inclusas na obra redentora de CRISTO, é constantemente salientada, tanto pelo Velho como pelo Novo Testamento.
Observe estas declarações com relação á liberdade do povo de Israel do Egito : Ex. 15:25-26 > Esta era uma parte vigente do pacto de DEUS com Israel. As doenças pertenciam aos egípcios (pecadores) e não ao povo de DEUS, que conhecia o Seu poder libertador e andava de acordo com o pacto feito com Ele. Sl. 105:37; Sl. 103:2-3; Is. 53:4-5; Mc. 8:16-17 e III João 2. Estes e muitos outros versículos bíblicos nos mostram que a nossa redenção não foi somente espiritual, mas física também. Assim como Ele remove o nosso pecado, assim também ele deseja remover as nossas doenças. Mesmo no Velho Testamento, a cura física era parte do Pacto. A cura era, experimentada por muitos. Havia ritos, ofertas e cerimônias especiais que eram usados para trazer a cura á pessoa enferma. Quando JESUS curava, Ele muitas vezes também, perdoava os pecados.
Muito freqüentemente, Ele ligava a doença com o pecado, e perdoava o pecado antes que Ele curasse. Os dois também são ligados por Tiago 5:14-16. Os dois grandes aspectos do ministério de CRISTO na terra foram: Curar os enfermos e perdoar os pecados. 1 Pd.2:24; Rm.5:12.
2) FÉ - JESUS ministrava ás pessoas Segundo a fé delas. Ele dizia freqüentemente: “Seja-vos feito segundo a vossa fé”, ou alguma declaração semelhante. Os benefícios tanto do Antigo Testamento como do Novo Testamento eram e são baseados na fé, o que envolve a confiança e a obediência.
2 Co. 5:7 > Isto significa que concordamos com a Palavra, aceitamo-la em nossa vida pessoal e agimos com confiança. Mc. 11:24 > Esta fé deve ser baseada apenas na Palavra de DEUS, em Romanos 10:17 diz: “ De sorte que a fé vêm pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de DEUS”. Hb. 10:23; Sl, 89:34; Is. 55:11; Ap.12:11 e Mt. 4:4 a 11.

1 Co 15.47 O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. 48 Qual o terreno, tais são também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os celestiais. 49 E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial. 50 E, agora, digo isto, irmãos: que carne e sangue não podem herdar o Reino de DEUS, nem a corrupção herda a incorrupção. 51 Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, 52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 53 Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. 54 E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.

BEP (CPAD) - Rm 8.23 TAMBÉM GEMEMOS. Embora os crentes possuam o ESPÍRITO e as suas bênçãos, eles também gemem no íntimo, ansiando por sua plena redenção. Gemem por duas razões. 

(1) Os crentes, por viverem num mundo pecaminoso que entristece o seu espírito, continuam experimentando a imperfeição, a dor e a tristeza. Os gemidos do crente expressam a sua profunda tristeza sentida ante essas circunstâncias (cf. 2 Co 5.2-4). 

(2) Gemem ao suspirar por sua redenção total e pela plenitude do ESPÍRITO SANTO que serão outorgadas na ressurreição. Gemem pela glória a lhes ser revelada e pelos privilégios da plena filiação celestial (cf. 2 Co 5.2,4).

Em CRISTO está a libertação das doenças da alma.  

Sl 103.3 É ele quem perdoa todas as tuas iniqüidades, quem sara todas as tuas enfermidades,

Não há enfermidade que JESUS não cure, não há doença que JESUS não cure, ELE é a cura para as nações, ELE é a cura do corpo, da alma e do espírito humano. JESUS é única a cura para o pecado!

"Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, que habita em vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos?" (1 Co 6.19). Fomos comprados e isso inclui corpo, alma e espírito.

Romanos 8.11 E, se o ESPÍRITO daquele que dos mortos ressuscitou a JESUS habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a CRISTO também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu ESPÍRITO que em
vós habita. Essa é nossa esperança, é nossa certeza pela fé Nele.
 

ADÃO E CRISTO

ADÃO

· O corpo natural veio primeiro

· O primeiro homem tornou-se alma vivente

· Teve origem do pó da Terra

· Aqueles que vieram do pó são como ele

· Nascemos à semelhança de Adão

CRISTO

· Corpo espiritual vem posteriormente

· O Último Adão é espírito vivificante

. Sem Princípio de dias

· É celestial e divino

· Os celestiais são como Ele

· Seremos semelhantes a CRISTO


As curas são resultado do poder vivificador do ESPÍRITO SANTO operando em nosso corpo mortal. A cura está em nós porque aquele que dá poder para haver cura mora em nós. Um dia teremos corpos celestiais que nunca mais vão adoecer, será corpo incorruptível. Enquanto isso não acontece devemos orar uns pelos outros para que todos tenham saúde física, pois JESUS levou na cruz tanto nossos pecados quanto nossas enfermidades (Is 53).

3. A necessidade desses dons.

QUAL É O PROPOSITO DOS DONS DE CURAR? (http://www.ifamilia.com.br)
1 – DEUS ama ao Seu povo e quer que ele tenha uma boa saúde, referindo-se à saúde total: corpo, alma e espírito. Não há limites com relação ao que DEUS deseja dar-nos como uma herança no Reino. 3 João 2:4.
2 - A saúde e a cura divina são aspectos da retificação da maldição da lei. 1 João 3:8; Gl.3:13. A redenção envolve o retirar-se o homem totalmente dos efeitos das maldições envolvidas na lei, os quais incluem as doenças e as enfermidades. O homem não tem que suportar doenças se ele aceitar toda a provisão feita para ele na Nova Aliança. Isto é uma parte integrante das bênçãos da Nova Aliança.
3 – Isto foi designado para confirmar a nossa mensagem com sinais e maravilhas.  Hb.2:3-4. Isto era uma parte da grande comissão. Mc. 16:15-20. João 5:36 > JESUS não somente pregou o Evangelho do Reino, mas Ele também o demonstrou Lc. 8:1. Um dos maiores erros da historia é a separação de curas com a pregação da mensagem da Salvação. Isto equivale a pregar-se “metade do Evangelho”, o que nunca produzirá os resultados que DEUS intencionou que a pregação do evangelho produzisse.

III - O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)

Observação minha - Ev. Henrique - Esse dom modifica uma realidade natural. Esse dom dá poder para mudar a natureza das coisas. É a ação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO na natureza ou na coisa que seria natural não ser mudada.

1. O dom de operação de maravilhas.

Milagres (gr. sêmeion) são a intervenção sobrenatural na ordem normal da natureza. O dom de milagres provoca “o desprendimento da energia divina, a fim de operar grandes mudanças na ordem natural das coisas. Um milagre é uma manifestação de poder sobrenatural no reino natural”. Esse dom também é chamado de dom de operação de maravilhas (gr. energemata dunameõn). Desses termos gregos derivam as palavras “energia” e “dinamite”. São palavras plurais, no idioma original. Isso dá a entender que pode haver uma variedade enorme de milagres, operados pelo poder do ESPÍRITO SANTO.

Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 48.

Por milagres ou maravilhas, entende-se todo e qualquer fenômeno que altera uma lei preestabelecida. “Milagres” e “Maravilhas”, são plurais da palavra “poder” em Atos 1.8, que significa: atos de poder grandiosos, sobrenaturais, que vão além do que o homem pode ver.

A operação de milagres acontece, (Acrescimo meu - Ev. Henrique - na maioria das vezes), em relação às operações de DEUS (Mt 14.2; Mc 6.14; G14.5 e Fp 3.21) ou de Satanás: 2 Ts 2.7,9; Ef 2.2.

Nesses atos de poder de DEUS que infligem derrota a Satanás, poderíamos incluir o juízo de cegueira sobre Elimas, o mágico (At 13.9-11). Também pode ser classificado como milagre o resultado da operação divina na cura de determinadas enfermidades, para as quais ainda não há remédio, como por exemplo: certos tipos de câncer, cegueira de nascença, surdez de nascença, mudez de nascença, e determinados tipos de paralisia de nascença etc.

A capacidade de ação de DEUS nunca esteve condicionada ao tempo e ao espaço, mas à capacidade humana de crer naquilo que DEUS diz. Ontem, hoje e sempre prevalece a declaração divina: “Se creres verás...”, Jo 11.40.

Raimundo F. de Oliveira. A Doutrina Pentecostal Hoje. Editora CPAD.

Operação de maravilhas. "A operação de maravilhas" consiste em dois plurais: de dunamis (façanhas de grande poder sobrenatural) e energêma. A palavra grega para "milagre", em João, enfatiza o seu valor como sinal para encorajar as pessoas a crer e a continuar crendo. Atos dos Apóstolos enfatiza a continuação dessa obra na Igreja, demonstrando que CRISTO é vencedor.

HORTON. Staleym. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Editora CPAD.

Operação de Maravilhas (12.10a)

A palavra maravilhas (ou milagres; dynameon) enfatiza o elemento do poder, e pode se referir à capacidade de realizar extraordinários esforços físicos (2 Co 11.23-28). João Calvino relaciona esse tipo de poder milagroso a acontecimentos como a cegueira de Elimas (At 13.11) e morte repentina de Ananias e Safira (At 5.1-10).

Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 336.

Paulo exercia esse dom, e «autenticava» assim seu apostolado e autoridade. (Ver II Cor. 12:12). Assim também autenticava ele o evangelho que pregava. (Ver Rom. 15:18 e ss.). Esse dom pode incluir a ressurreição de mortos (Atos 9:36 e ss. 20:9 e ss.).

Vários outros prodígios podem ser incluídos, mais ou menos na categoria das coisas que JESUS fez, como a multiplicação dos pães, a transformação de água em vinho, e coisas similares. Nessa categoria cabem os «sinais» e «maravilhas» operados pelos apóstolos, a exemplo de JESUS (ver Atos 2:43 e 22).

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 3. pag. 188.

2. Exemplos bíblicos.

Na travessia do Mar Vermelho, temos um exemplo extraordinário de um milagre, operado por DEUS. O povo de Israel, com cerca de 3 milhões de pessoas, jamais teria condições de adentrar as águas à sua frente, acossado pelo exército de Faraó. Mas DEUS fez o impossível, alterando o curso dos elementos da natureza. “Então, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas. E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram como muro à sua direita e à sua esquerda” (Ex 14.21,22).

Em meio a uma grave crise climática, em Israel, uma viúva clamou ao profeta Eliseu para que seus dois filhos não fossem levados cativos para pagar dívidas deixadas pelo seu esposo. Eliseu indagou o que ela tinha em casa, e, em resposta, a mulher disse que só tinham “uma botija de azeite” (2 Rs 4.2). Algo como meio litro ou um pouco mais. Mas isso não significava nada diante do grande problema da dívida que a mulher tinha que pagar, para não perder a guarda de seus dois filhos. A ordem normal das coisas, à luz dos costumes e leis de seu tempo, exigia que ela entregasse os filhos ao credor.

Mas a fé do profeta ultrapassou os limites do plano natural e, confiando em DEUS, disse à mulher que conseguisse muitos vasos com seus vizinhos, e os enchesse com aquela pequena quantidade de azeite. A mulher obedeceu ao profeta, e presenciou, com seus filhos um milagre extraordinário. À proporção que derramava o azeite nas vasilhas, o azeite aumentava. Aquilo que parecia ser o fim foi o começo de um novo tempo na vida daquela pobre viúva. O profeta de DEUS disse: “Então, veio ela e o fez saber ao homem de DEUS; e disse ele: Vai, vende o azeite e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto” (2 Rs 4.7). O gravíssimo problema só teve solução mediante a intervenção do poder de DEUS na ordem social e econômica daquela família.

O fenômeno em que o sol se deteve por quase um dia inteiro, para que Josué pudesse vencer os amorreus, é um exemplo típico de um milagre ou de maravilha operada por DEUS envolvendo seus servos. Pelas leis da mecânica celeste, o sol se põe, no final da tarde, ou “se põe”, como se diz na linguagem figurada. Mas, se a noite caísse, Israel não teria condições de vencer os poderosos exércitos inimigos. Tal situação exigia uma ação de emergência. E Josué, o líder da tomada da terra prometida, pôs sua fé em ação, e confiou em DEUS, ao determinar que o Sol se detivesse em Gibeão, e a lua se detivesse, no vale de Aijalom.

Diz a Bíblia que, contrariando todas as leis da mecânica celeste, houve um fenômeno jamais visto: “E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isso não está escrito no Livro do Reto? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o Senhor, assim, a voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel” (Js 10.13,14).

O milagre é sobrenatural, fora da lógica humana. DEUS não está sujeito às leis da natureza. Quando Ele quer, suspende seus efeitos e cumpre os seus propósitos para o seu povo, ou para um servo seu.

Quem mais operou milagres foi JESUS. Após ministrar sua palavra, JESUS entrou no barco com seus discípulos, acompanhado de outros barquinhos. Inesperadamente, levantou-se, no mar, um grande temporal de vento, provocando ondas que cobriam o barco. “E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança” (Mc 8.38,39). Nenhum homem, até hoje, teve o poder de falar ao vento e ao mar, na tempestade, e os elementos da natureza ouvirem a sua voz. Mas JESUS mostrou, mais de uma vez, que tem poder sobre a natureza, que Ele mesmo criou (Jo 1.3).

Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 48-51.

Observação minha - Ev. Henrique - Muitos milagres confundem as pessoas que ao contemplar sua ação pensam ser uma cura. Alguém que nasceu aleijado, alguém nasceu cego, alguém nasceu surdo, etc...

O  milagre contraria o curso normal dessas coisas agindo na natureza dessas coisas e transformando o caos em bênção. Assim o aleijado anda, o cego vê, o surdo ouve.

Através desse dom uma chuva pode parar de repente, ao contrário disso, pode começar a chover (Elias disse para não chover por 3 anos e aconteceu, orou para chover e aconteceu).

 Atos dos Apóstolos 3:2-8 - E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. 6- E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de JESUS CRISTO, o Nazareno, levanta-te e anda. 7- E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram. 8 - E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a DEUS.

3. O milagre instigou a perplexidade dos discípulos (v. 27): “Aqueles homens se maravilharam”. Eles estavam, havia muito, acostumados com o mar, e durante toda a sua vida nunca tinham visto uma tempestade se acalmar tão imediatamente. Este fato tinha em si todos os sinais e marcas de um milagre. “Isso foi feito pelo Senhor e é coisa maravilhosa aos nossos olhos”.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 100-101.

3. Distorções no uso dos dons de curar e de operação de maravilhas.

Se é a vontade de DEUS, e motivo para glorificação ao seu nome, ele pode conceder autoridade a qualquer de seus servos para operar milagres extraordinários. No entanto, quando o pregador, por permissão de DEUS, opera milagres para sua promoção pessoal, de seu ministério ou da igreja a que pertence, resta à dúvida se aquele milagre foi de DEUS ou de outra origem. Pior ainda, quando o operador de milagres o faz, visando obter ganhos financeiros e enriquecimento pessoal. Isso não glorifica a DEUS. É procedimento lastimável, suscetível do juízo de DEUS no momento próprio.

Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 51.

1) O Privilégio da Cura Divina (5.14,15a)

A oração em tempos de enfermidade é nosso dever e nosso privilégio em CRISTO. Provavelmente, deveríamos observar essa prática cristã mais do que fazemos.

A Bíblia ensina a doutrina da cura divina e cabe a nós procurar fazer a oração da fé pela cura do doente.

2) Cura e Perdão (5.15b,16a)

Entre os judeus, a doença geralmente era atribuída ao pecado. JESUS rejeitou essa visão como um princípio universal (Jo 9.1-2), mas em outro texto sugere o que sabemos ser um fato, que em muitos casos o pecado é a causa de uma enfermidade específica (cf. Jo 5.14).

Nesses casos, presume-se que a pessoa que procura a cura também se arrependeu do seu pecado e está procurando o perdão divino.

3) Oração Eficaz (5.16b-18)

Quando devemos esperar que nossas orações sejam respondidas por DEUS? Tiago deixa claro que orações desse tipo devem vir de um justo (v. 16), i.e., alguém que está num relacionamento correto com DEUS e o homem. Uma tradução da última frase do versículo 16 é a seguinte: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (ARA). A única oração de um injusto que DEUS promete ouvir é a oração de arrependimento. Baseado na palavra traduzida por “oração fervorosa” (Bíblia Viva, energoumene).

Cada pessoa que ora sabe que há tempos em que o ESPÍRITO SANTO a ajuda em sua oração.

A. F. Harper. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 195-196.

Tiago 5.14 “Está alguém entre vós doente?”: para muitos é um tormento que haja enfermidade também na vida do cristão.

a) A Bíblia vê a enfermidade relacionada com o pecado humano. “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23), e a enfermidade como precursora da morte é igualmente decorrência do pecado. É verdade que JESUS baniu a conclusão de que o portador de uma enfermidade especial também deve ter pecado de maneira especial (Jo 9.2ss). No entanto, alguém pode constatar em si mesmo a doença como decorrência de seu pecado e curvar-se debaixo dela – dando razão ao julgamento de DEUS.

b) Acontece, porém, que os pecados nos foram perdoados em decorrência do sofrimento expiatório de JESUS. Será que nesse caso não deveriam ter sido retiradas também todas as consequências do pecado? Afinal, JESUS não carregou também todas as nossas enfermidades (Is 53.4)? “Tudo fez DEUS formoso no seu devido tempo” (Ec 3.11). Na consumação não haverá mais enfermidade nem morte, nem “sofrimento” (pela perda de entes queridos), “clamor” (de lamentação e acusação, de falta de paz e de guerras), “dor” (da doença e das feridas). “E a morte não existirá mais” (Ap 21.4). Com a primeira vinda de JESUS, DEUS dá o primeiro passo e cura, sempre que for acolhido, a causa oculta do mal: perdoa o pecado e concede a sua paz. JESUS declara: “Peçam, e receberão” (Mt 7.7). Toda oração correta é atendida, embora com freqüência de modo diferente e em momento diferente do que imaginamos, porém de forma melhor e em tempo mais acertado.

2 – O enfermo e a igreja (v. 14)

O NT também fala dom especial da graça (em grego chárisma) de cura dos enfermos (1Co 12.9,28,30). Havia, nas igrejas, cristãos em que a efusão do ESPÍRITO de DEUS trouxe consigo esse dom, da maneira como outros recebiam outras dádivas. Aqui não se fala de um carisma especial. É possível que esses “anciãos”, em grego presbýteroi (literalmente: “mais idosos”), naqueles primórdios do cristianismo e nas igrejas às quais Tiago escreveu, ainda nem sequer fossem detentores de um cargo regulamentado, mas que simplesmente se tratava de cristãos mais antigos, mais maduros. Confiando nessa palavra da Bíblia também hoje, na hora da enfermidade, podemos chamar à nossa casa tais cristãos, a fim de que nos prestem esse serviço.

3 – A igreja e seus enfermos (v. 14).

“Estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor”:

a) Quando alguém não puder vir à igreja, a igreja tem de ir até ele: “Se um membro sofre, todos os membros participam do seu sofrimento” (1Co 12.26 [TEB]). Por meio dos anciãos a igreja visita o enfermo. O próprio JESUS atribuiu uma importância especial à visita a enfermos e concedeu à oração conjunta uma promessa especial (Mt 25.36; 18.19).

b) Os anciãos da igreja oram, não apenas, mas também por saúde. – Eles “ungem com óleo”. Esse era também um remédio caseiro contra doença e contusão (Lc 10.34). Contudo o ungem “em nome do Senhor”. Nesse sentido o óleo na Escritura sempre representa um sinal para o ESPÍRITO SANTO. Foi por isso que no AT reis e sacerdotes eram ungidos (Êx 29.7; Nm 35.25; 1Sm 9.16; 10.1; 16.12). E João escreve: “Recebestes a unção” (1Jo 2.27). O ESPÍRITO SANTO concede força (Rm 15.13; 1Co 2.4; 2Tm 1.7) começando pelo íntimo e chegando ao físico.

Será que não é suficiente impor a mão como sinal de bênção? É obrigatório que suceda ainda uma unção com óleo? Em várias outras passagens da Escritura constatamos que há imposição de mãos para bênção e cura sem a unção com óleo (At 5.12; 14.3; 19.11). Sem dúvida podemos aderir a essa regra. Contudo, quando alguém por simples obediência à presente palavra da Bíblia deseja recorrer à unção com óleo ou a solicita para si, ele de qualquer forma tem em seu favor uma boa razão da Escritura.

4 – A tríplice promessa dada a essa oração (v. 15).

15 “A oração da fé” é a oração que se origina da fé. É a oração de um crente, ou seja, de uma pessoa que está “em CRISTO”, na comunhão de vida com ele, e que se dirige ao Senhor com toda a sua confiança. É para uma oração desse tipo que foram dadas estas promessas:

a) “A oração salvará o enfermo”

b) “O Senhor o levantará”

c) “Se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados” Não se trata aqui apenas de cuidado pelo corpo, mas ao mesmo tempo e acima de tudo de cuidado espiritual.

5 – A premissa de perdão e cura (v. 16).

16 a) “Confessai, pois, os pecados uns aos outros”: aqui o foco principal é o enfermo. Que nos dias de enfermidade não apenas esperemos uma “aprazível visita”, mas aproveitemos essa situação limítrofe em que nos encontramos para um desnudamento total de nossa vida perante DEUS, na qual os irmãos são testemunhas e parceiros de oração!

b) “E orai uns pelos outros”: não devemos deixar os companheiros cristãos que sofrem (e tampouco os semelhantes em geral) tão sozinhos como ocorre com frequência, mas temos de visitar e apoiá-los por meio desse serviço sério de oração. Tiago escreve: “Todos falhamos em muitas coisas” (Tg 3.2).

6 – Uma frase genérica sobre a oração no presente contexto (v. 16).

“A oração de um justo”: Tiago tem em vista a justiça perante DEUS, que nos foi conquistada e presenteada por JESUS. – “De muito é capaz, quando tornada eficaz, a súplica do justo”: Como isso acontece?

a) Por parte do ser humano. No v. 17 afirma-se a respeito de Elias que ele orava “fervorosamente”.

b) Por parte de DEUS. Nossa oração é “tornada eficaz” por intermédio do grande sumo sacerdote JESUS CRISTO, que intervém em nosso favor (Rm 8.34; 1Jo 2.1; Hb 4.14; 7.25s; 8.1), e através do ESPÍRITO SANTO, que nos “assiste em nossa fraqueza” e nos representa perante DEUS “como lhe convém” (Rm 8.26s).

Fritz Grünzweig. Comentário Esperança Carta De Tiago. Editora Evangélica Esperança.

Joseph Exell interpretou a unção com óleo como um símbolo do poder divino, ao mesmo tempo que era uma ajuda para a fé da pessoa enferma. Foi com esse propósito que JESUS usou a saliva e o lodo em duas de Suas curas. Exell enumera quatro razões para sustentar a sua tese; Em primeiro lugar, o óleo não é medicinal aqui em Tiago porque o texto náo diz que o óleo cura nem que o óleo mais a oração curam, mas que a oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o levantará.

Em segundo lugar, são os presbíteros, autoridades espirituais e não sanitárias, que devem aplicar o óleo em nome do Senhor. Se a unção fosse medicinal, ela poderia ser feita por qualquer outra pessoa, sem a necessidade da convocação dos presbíteros.

Em terceiro lugar, a cura não vem como o efeito terapêutico do óleo, mas como um conjunto de fatores; imposição de mãos, unção com óleo, oração da fé, confissão de pecados e perdão.

Em quarto lugar, as palavras “em nome do Senhor” colocam os limites da cura. O poder está na autoridade invocada pelo nome de JESUS.

A cura vem pelo poder do nome de JESUS e não pelo efeito terapêutico do óleo. Na verdade, o uso do nome do Senhor, no rito da unção, faz do ato um rito religioso e não uma prática medicinal. Outro argumento que fortalece a tese da simbologia espiritual é que Tiago recomenda o óleo para todas as espécies de doenças, enquanto o óleo naqueles dias era usado apenas para alguns tipos de enfermidades.

Argumentando a respeito da simbologia espiritual do rito prescrito em Tiago 5.14, William MacDonald diz que O poder da cura não está no óleo, mas o óleo simboliza o ESPÍRITO SANTO em seu ministério de cura (ICo 12.9,28). Em momento nenhum Tiago atribui ao óleo qualquer poder intrínseco de cura.

LOPES. Hernandes Dias. TIAGO Transformando provas em triunfo. Editora Hagnos. pag. 145-146.

ELABORADO: Pb Alessandro Silva e complementos do EV. Luiz Henrique

 FONTE: APAZDOSENHOR.ORG


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