sábado, 3 de abril de 2021

Lição 02: Os Alicerces da Experiência Conjugal

 


                           TEXTO BÍBLICO BÁSICO

 Cantares 8.5-7,13,14

 5 - Quem é esta que sobe do deserto e vem encostada tão aprazivelmente ao seu amado? Debaixo de uma macieira te despertei, ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz.

 6 - Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, labaredas do Senhor.

 7 - As muitas águas não poderiam apagar esse amor nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam.

 13 - Ó tu que habitas nos jardins, para a tua voz os companheiros atentam; faze-ma, pois, também ouvir.

14 - Vem depressa, amado meu, e faze-te semelhante ao gamo ou ao filho dos corços sobre os montes dos aromas.

 1 Coríntios 13.4-8a

4 - O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece,

5 - não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

 6 - não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

7 - tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

8 - O amor nunca falha.

TEXTO ÁUREO

Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.

Hebreus 13.4.

OBJETIVOS

Saber que o Livro de Cantares é um grande poema de amor, que tipifica o relacionamento ideal entre um homem e uma mulher;

Conhecer quatro pilares indispensáveis à manutenção da saúde emocional de todo e qualquer casamento;

Entender que fidelidade, amizade, honra e santidade são colunas que nos fazem viver um tipo de amor tão forte como a morte.

A experiência conjugal?

 Saber - Conhecimento Pilares

 Fidelidade,

 Amizade,

 Santidade

 Honra

 Como devem proceder os Novos Casais?

 Palavra Introdutória

  O Livro de Cantares de Salomão é um poema lírico escrito para exaltar as virtudes do amor entre um marido e sua esposa. O poema claramente apresenta o casamento como um plano de Deus. Um homem e uma mulher devem viver juntos dentro do contexto do casamento. O livro de Cantares traz alguns elementos indispensáveis ao robustecimento da união conjugal: Romantismo (poesia);

 Linguagem afetiva (diálogo);

 Erotização (toque da sensualidade)

Cumplicidade (companheirismo).

1.1.    O poder do amor

Qual é a sua opinião sobre o amor? A força do amor é capaz de alterar:

 A personalidade,

 O temperamento,

 Os valores,

  A espiritualidade

  As prioridades de ambos os cônjuges. Ninguém que se casa volta a ser o que era antes.

1.2.    Põe-me como selo sobre o teu coração

 No contexto do casamento, alguém que toma a decisão de estar com o outro, na verdade, quer estar no outro. Põe-me não apenas na sua vida, mas põe-me como selo dentro de você, no seu coração. O amor é, de fato, forte como a morte.

1.2.1.     O amor é muito mais que um sentimento; ele sempre

será fruto de uma decisão pessoal

 Quais atitudes podem ser tomadas para fortalecer o relacionamento do casal?

1.2.2.     Amor não se clona, amor não se copia

 Cada casal enfrenta desafios conjugais diferentes, cada um tem sua forma especial de viver o amor. O amor, para ser sadio, precisa, assumir sua identidade. Quanto mais autênticos e verdadeiros formos para reconhecer nossas limitações pessoais, tanto maior será nossa força no enfrentamento dos desafios do amor.

1.3.    Põe-me como selo sobre o teu braço

 Está selado, está confirmado, eu sou teu. Está registrado para que todos vejam. O verdadeiro amor é explícito, perceptível, visível; ninguém pode escondê-lo, pois está estampado na alma, como uma tatuagem.

1.4.    O amor resiste aos dilúvios da vida nem as muitas águas

podem afogar o amor (Ct 8.7).

 O casal precisa estar preparado para cada fase do casamento, se fortalece em meio às lutas, às quedas e às lágrimas. Deus o forja de tal modo que nada pode separar o que Ele uniu.

2.       OS PILARES DO CASAMENTO

 Deus instituiu o casamento e tem a receita para um casamento feliz. Ninguém se casa para ser infeliz; no entanto, muitas pessoas se casam e são infelizes no casamento. Por que? Porque não observam os preceitos divinos para a felicidade conjugal. Elogiar o cônjuge tem um efeito mais positivo do que criticá-lo. Agir com doçura é melhor do que agir com grosseria. Ser romântico é melhor do que ser casca grossa. Ser fiel é melhor do que viver flertando com a infidelidade. Viver em santidade produz felicidade; mas andar no reduto do pecado traz desgosto para a alma.

2.1.    O pilar da fidelidade

 Quando falta fidelidade — o oxigênio da relação conjugal —, o casamento entra em estado de asfixia; colapsa e agoniza até à morte.. O que temos a dizer sobre infidelidade conjugal no meio do povo de Deus?

2.1.1.     Quanto mais fiel se é, mais protegida estará a

 Em termos metafóricos, pode-se dizer que a fidelidade é como um muro que protege o relacionamento. Todo homem e toda mulher precisa ter a certeza de que seu cônjuge é — para ele e para ela — um jardim fechado, um manancial cerrado, uma fonte selada (Ct 4.12). Ninguém mais tem acesso, senão ele(a).

2.1.2.     Consequências da infidelidade conjugal

 Além de abrir caminho para o divórcio, a infidelidade conjugal:  Gera insegurança

  Abre feridas na alma e no coração

  abre brechas para o diabo contaminar com maldição a família.

2.2. O pilar da amizade Fidelidade e amizade são como gêmeas siamesas, ambas conectam-se uma à outra em seu nascedouro. O marido deve ser o melhor amigo da esposa e a esposa a melhor amiga do esposo. amigos verdadeiros são leais; eles não traem a confiança um do outro, jamais.

2.2.1. Que belos são os teus amores, irmã minha

 Os apaixonados, em Cantares, não são meros amantes que se fixam única e exclusivamente na dimensão erótica da relação, eles são também irmãos (Ct 4.10). Há entre eles a força categórica, terminante e resoluta da amizade; há companheirismo, acolhimento, interlocução e diálogo.

2.2.    O pilar da santidade

É fatal para o casamento: Imoralidades, Pornografias Obscenidades Traição

2.3.1. A responsabilidade dos homens Cristo amou a Igreja e entregou-se por ela para santificá-la (Ef 5.25,26).

 Maridos, santifiquem sua esposa; santifiquem seu casamento. Não levem para dentro de sua casa nada que possa torná-la impura. Nosso Senhor Jesus Cristo purifica Sua Igreja com a Palavra (Ef 5.27); façam vocês o mesmo em seu lar.

2.4. O pilar da honra A honra é uma virtude que consolida a vida a dois; é o cimento que fortalece a relação e confere segurança à pessoa amada. Homens e mulheres que se sentem esquecidos, ignorados ou menosprezados na relação conjugal tendem a desenvolver inseguranças e um sentimento de insignificância, tornando-se, assim,pessoas vulneráveis.

   CONCLUSÃO

  Querer melhorar o casamento sem a bênção ou sem a ajuda de Deus equivale a tentar esculpir pedras com as próprias mãos. Ninguém conseguirá este feito sozinho e, se tentar empreendê-lo, ainda poderá sair ferido. Por isso, coloque-se diante Daquele que pode fazê-lo experimentar uma verdadeira revolução de amor. Lembre-se: fidelidade, amizade, honra e santidade são colunas que nos fazem viver um tipo de amor tão forte como a morte.

            Que Deus nos abençoe!

 Lição 02: Os Alicerces da Experiência Conjugal

LIÇÕES DA PALAVRA DE DEUS – No 50 – JOVENS E ADULTOS

TÍTULO: Família Cristã – Proteção, Parceria e Amor


         Lição 02 - Os Alicerces da Experiência Conjugal

Texto: Ct 8.5-7,13,14; ICo13.4-8

Objetivos da Lição:

Saber que o Livro de Cantares é um grande poema de amor, que tipifica o relacionamento ideal entre um homem e uma mulher;

Conhecer quatro pilares indispensáveis à manutenção da saúde emocional de todo e qualquer casamento;

Entender que fidelidade, amizade, honra e santidade são colunas que nos fazem viver um tipo de amor tão forte como a morte.

Introdução

  O propósito do livro de Cantares de Salomão:

Segundo Donald Stamps, comentarista da Bíblia de estudo Pentecostal, o tema do livro de Cantares é o amor conjugal. Ele foi escrito aproximadamente em 960 a.C. por Salomão. O título pode ser traduzido literalmente por “Cântico dos Cânticos” que significa o Maior Cântico. Esse livro faz parte dos livros considerados “Escritos Sagrados” dos judeus e era lido sempre na festa da Páscoa. O primeiro versículo indica que Salomão escreveu o Livro de Cantares de Salomão e estes cânticos foram selecionados entre os 1.005 que ele teria escrito “Compôs três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco” (1Rs 4:32), provavelmente durante a primeira fase de seu reinado.

   Abaixo segue parte do comentário de Donald Stamps:

“Este livro foi inspirado pelo Espírito Santo e inserido nas Escrituras para ressaltar a origem divina da alegria e dignidade do amor humano no casamento. O livro de Gênesis revela que a sexualidade humana e o casamento já existiam antes da queda de Adão e Eva no pecado (Gn 2.18-25). Embora o pecado tenha maculado essa área importante da experiência humana, Deus quer que saibamos que a dita área da vida pode ser pura, sadia e nobre.”

   Nesta lição, discorreremos sobre quatro deles - fidelidade, amizade, santidade e honra -, por serem indispensáveis à manutenção da saúde emocional de todo e qualquer casamento.

1. A Louvação do Amor no livro de Cantares

Propósito e conteúdo

  A mensagem do livro de Cantares trata dos seguintes temas:

• A perfeição do homem e da mulher criados à imagem de Deus

• A sexualidade humana dentro dos limites estabelecidos por Deus

• A integridade do amor humano

• A nobreza de manter-se puro antes do casamento e da fidelidade após o casamento

  O propósito do livro, é celebrar o amor sexual entre um homem e uma mulher dentro do matrimônio instituído por

Deus (Ct. 2:3-7, 16; 7:9-12).

  A mensagem de Cântico dos cânticos está na contramão da perversão que se tornou o relacionamento sexual entre um homem e uma mulher, e mostra a dignidade da afeição erótica heterossexual dentro dos limites que Deus estabeleceu (Gn. 2:23-24; Rm. 1:24-32). Além disso o livro mostra que Deus criou o sexo também para o prazer e não apenas para a procriação (Ct. 6:2-3; Ct. 7:10-13; Ct. 8:1-3).

  O livro de Cântico dos cânticos é o livro que possui mais abordagens de interpretação em toda a Bíblia: Dramática, tipológica, poética, cúltica, alegórica, didática e literal,

Cantares é, por assim dizer um grande poema de amor, que tipifica o relacionamento ideal entre um homem e uma mulher. Em todo o livro, estão presentes alguns elementos indispensáveis ao robustecimento da união conjugal, a saber: romantismo (poesia); linguagem afetiva (diálogo) ; erotização (toque da sensualidade) e cumplicidade (companheirismo).

1.1. O Poder do amor

  "O amor é forte como a morte" Ct8.6

Por que o amor é forte como a morte? Porque ele, o amor pega o homem nos caminhos da vida, ninguém fica sem amar, essa é uma escolha que o ser humano não faz. O que o homem decide é o que, a quem amar. Amar errado, amar as coisas erradas, os caminhos errados, a pessoa errada... Mas o não amar é impossível. O desfio é o amor ao certo, amar segundo os planos do Eterno, do Criador. Porque o amor é forte como a morte, isto é, ninguém escapa da certeza que vai morrer. O amor também tem essa característica forte, jamais escaparemos dele. Para não amar errado eu preciso ser comprometido com o meu parceiro (a), não só emocionalmente, mas mentalmente, com a minha razão, com meu entendimento....

1.2. Põe-me como selo sobre o teu coração

  Na antiguidade, quando os reis escreviam ao povo uma mensagem, uma portaria, uma lei, um edito, colocava na carta ou no comunicado o seu selo. O monarca marcava com a imagem que estava no seu anel, aquele papel de comunicado. O selo era garantia que o comunicado era realmente oficial, e não um boato, um charlatão falando em nome do rei. Selo é um sinal de autoridade e autenticidade. Servia também para testemunhar um documento.

   Naquela época havia uma tradição em que os apaixonados usavam um colar com uma jóia pendurada perto do coração. Nessa jóia havia o nome ou a figura desenhada da pessoa amada. Era o selo do amor.

  Por como selo no coração é marcar o outro com a certeza do amor compromissado em aliança dos casais.

  Amar é ser para o outro, é ser no outro; não é apenas sentir algo por alguém, mas fazer parte da vida desse alguém

até que a morte separe a ambos.

1.2.1. O amor é muito mais que um sentimento; ele sempre será fruto de uma decisão pessoal

  Muito embora o autor afirme que o amor é uma decisão pessoal, eu acredito que o amor é razão, sim. Mas vai muito além disso. O amor é também emoção e ação. Se você se casa com alguém por quem seu coração não pulsa, você se casou por amizade ou carinho, não por amor. Seu amado tem de ser seu amigo, mas não pode ser só seu amigo.

  O amor é muito mais complexo do que a simples definição “uma decisão pessoal” tenta fazer parecer.

Mas também temos que entender que a realidade do amor conjugal está diretamente relacionada às atitudes que tomamos para fortalecer o nosso relacionamento.

  É no coração - o espaço sagrado do ser - que o amor tem origem. Ali, ele cresce se projeta para a vida e para o cotidiano.

1.2.2. Amor não se clona, amor não se copia

  Pelo fato de sermos seres únicos, cada indivíduo desenvolverá, com o seu cônjuge, o seu jeito próprio de amar, a sua forma especial de viver o amor. O amor para ser sadio precisa com o tempo, assumir a sua identidade.

1.3. Põe-me como selo sobre o teu braço

O verdadeiro amor é explícito, perceptível, visível, ninguém pode escondê-lo, pois está estampado na alma, como uma tatuagem.

Ele lhe diz para colocá-lo como selo sobre seu coração e sobre o seu braço, pois a fidelidade dela a ele e a marca dele sobre ela devem atingir não só sua alma, seus sentimentos, mas sua maneira de agir dali para frente. Os braços falam de abraçar, amar, agarrar, conquistar, alcançar, libertar.

1.4. O amor resiste aos dilúvios da vida

  O amor resiste às intempéries, aos desconfortos e ás tempestades da vida – ele é como a Pira Olímpica, que sobrevive aos jogos e assiste à coroação dos vencedores. As competições acabam, mas a chama permanece acesa, para servir de testemunho à História.

2.Os Pilares do casamento

  Tanto o homem como a mulher precisam aprender a arte de conviver — “viver em comum com outrem em intimidade, em familiaridade” (Aurélio), viver com ou ao lado do cônjuge.  

  Ninguém precisa ter medo de ler os deveres conjugais apontados por Paulo em Efésios 5.22, 33. Nem as mulheres, nem os homens, nem os pastores, a não ser que a leitura seja machista (problema antigo) ou feminista (problema moderno). Paulo é muito equilibrado e combina a submissão feminina com o amor masculino, ou este com aquela. Gasta duas vezes mais palavras com o marido que com a esposa. E a referência para ambos é o casamento de Jesus Cristo com a Igreja.

   A experiência conjugal alicerça-se em diversos pilares. Agora, para que o casamento seja abençoado pelo menos 04 pilares são indispensáveis: fidelidade, amizade, santidade e honra.

2.1. O Pilar da Fidelidade

  É impossível construir uma relação conjugal saudável, forte como a morte, se faltar fidelidade (Hb13.4)

Quando falta fidelidade – o oxigênio da relação conjugal -, o casamento entra em estado de asfixia; colapsa e agoniza até a morte.

  Agora uma ressalva: talvez nós como ministros religiosos que celebram casamentos precisemos mudar um pouco o discurso - Temos enfatizado mais a fidelidade do que a realização pessoal dos cônjuges. É nosso dever dar a mesma importância à fidelidade e à felicidade, pois uma leva à outra e vice-versa. A felicidade conjugal torna quase impossível o adultério, e a fidelidade conjugal torna quase impossível a abertura de feridas de cura demorada e sofrida.

2.1.1. Quanto mais fiel se é, mais protegida estará a relação

   Todo homem e toda mulher precisa ter a certeza de que seu cônjuge é -para ele e para ela – um jardim fechado, um manancial cerrado, uma fonte selada (Ct 4.12). Ninguém mais tem acesso, senão ele (a).

  O projeto conjugal concretiza o deixar pai e mãe e constituir uma realidade nova.

Não é infiel apenas o cônjuge que trai o parceiro carnalmente. A infidelidade começa no coração. Quando o afeto caminha a esmo e as energias afetivas não são profundamente orientadas já começou o processo ruinoso da infidelidade. Quando se comentem muitos deslizes nesse campo já se quebrou o encanto da fidelidade mesmo que não tenha ocorrido a infidelidade carnal.

   A fidelidade é uma virtude dinâmica, quer dizer, ela impulsiona a pessoa que assume esse compromisso a buscar e criar, a cada instante, a maneira de vivê-lo.

  Ninguém que assume um compromisso desse gênero tem certeza e segurança que no futuro amará da mesma forma a pessoa que agora ama de uma maneira. A fidelidade não pede este absurdo. Pede que cada dia se busque nova maneira de amar o outro, dando o melhor de si. O compromisso liga a pessoa com situações do passado, do presente e do futuro.

  Infantil quando um casal afirma que não há entre os dois o mesmo amor que existia no tempo do noivado. É falta contra a fidelidade quando se pretende voltar ao passado e não amar como hoje se deveria amar. Fixar-se no passado é fugir da realidade e deixar de caminhar rumo ao futuro.

2.1.2. Consequências da infidelidade conjugal

  Abre caminho para o divórcio

Gera insegurança

Abre feridas na alma e no coração

Abre brechas para o diabo contaminar com maldição a família.

2.2. O pilar da amizade

  A amizade se sustenta no bom trato, no companheirismo, na empatia e na solidariedade; deste modo, pode se afirmar que amigos verdadeiros não tem prazer na violência, aspereza ou grosseria; ao contrário, eles são afetuosos e gentis uns com os outros.

2.2.1. Que belos são os teus amores, irmã minha

  Amigos irmãos tem o desejo sincero de verem-se felizes – muitas vezes em detrimento de seus desejos pessoais. O elo que sustenta o relacionamento conjugal é feito de sexualidade sadia, amizade autêntica e fraternidade genuína.

  Amizade conjugal: estudo revela que quem considera o cônjuge seu melhor amigo é mais feliz no casamento (publicado The New York março de 2015)

  Estudo conduzido pelos economistas John Helliwell, da Faculdade de Economia de Vancouver, e Shawn Grover, do

Departamento Canadense de Finanças, concluiu: estar em um relacionamento estável torna as pessoas mais felizes e mais satisfeitas com a vida do que as que ficam solteiras, principalmente durante os períodos mais difíceis – como a crise da meia-idade, por exemplo.

  A dupla analisou dados sobre bem-estar de duas pesquisas nacionais no Reino Unido e da Gallup World Poll – e descobriu, mesmo considerando a satisfação pessoal pré-casamento, que na maior parte do mundo o casamento torna as pessoas mais felizes. Curiosamente, a felicidade conjugal ultrapassa, e muito, o período da lua-de-mel. Uma razão para isso talvez seja devido ao papel da amizade na relação. Quem considera o cônjuge seu melhor amigo tem duas vezes mais satisfação com o casamento do que os demais.

2.3. O pilar da santidade

  O casamento é a primeira relação humana. Tem sobrevivido a milhares de anos na história da humanidade. Ao mesmo tempo, o casamento está constantemente sob ataque. Muitos procuram diminuir a santidade desta relação especial de um homem e uma mulher, apoiando casamentos de homossexuais. Outros negam a sua permanência, defendendo o divórcio por qualquer motivo. E muitas pessoas simplesmente ignoram a importância do casamento, vivendo amigadas e desrespeitando o plano divino para um compromisso especial e exclusivo entre duas pessoas.

  Deus definiu o casamento quando criou o primeiro casal. Ele disse: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gênesis 2:24).

    Observamos nestas palavras os elementos básicos da aliança do casamento: uma decisão de entrar num novo relacionamento (deixar pai e mãe); um compromisso assumido (unir-se a sua mulher); uma relação especial que sela a aliança (tornar-se uma só carne).

  Agora vejamos que não são apenas os atos de traição maculam o leito conjugal: imoralidades, pornografias e obscenidades tornam impuro o casamento (Mt5.28)

2.3.1. A responsabilidade dos homens

  Cristo amou a igreja e entregou-se por ela para santifica-la (Ef.5.25,26). Maridos santifiquem seu casamento. Não levem para dentro deus a casa nada que possa torna-la impura.

  Nosso   Senhor Jesus Cristo purifica Sua igreja com a

Palavra (Ef.5.27); façam vocês o mesmo em seus lares.

A Santidade no seu casamento significa que o seu cônjuge está separado para um propósito maior - nada que seja comum ou cotidiano, mas especial e único. A pessoa que se tornou santa para você tem um lugar em seu coração que não pode ser ocupado por nenhum rival. Ela é sagrada para você, uma pessoa a ser elogiada, defendida e honrada.

2.4. O pilar da honra

   No filme “300”, o rei Leônidas falou para seu filho: “A força de um espartano está no guerreiro próximo a ele. Dê respeito e honra a ele, e isto lhe será dado”.

  Acredito que essas palavras são propícias para a relação conjugal. Nenhum casamento se mantém com qualidade sem respeito e honra. Esses são laços indispensáveis numa relação a dois.

  Dar honra não se limita à profissão de elogios aleatórios e esporádicos; antes implica reconhecer, de fato, o valor de outrem em nossa vida.

  Homens e mulheres que se sentem esquecidos, ignorados ou menosprezados na relação conjugal tendem a desenvolver inseguranças e um sentimento de insignificância, tornando-se assim, pessoas vulneráveis.

  Honre seu cônjuge com afeto, na comunicação, na aparência física, nas finanças, na honestidade, no companheirismo, nos compromissos domésticos, na admiração.

  Honre seu cônjuge diante de seus pais, filhos e amigos, pois quanto mais você o fizer, mais forte será seu relacionamento.

  Conclusão

  Uma lição importante do Livro de Cantares, encontra-se no seguinte trecho (Ct 1,15-2,3):

  O amado fala 1,15 Eis que és bela, amada minha, eis que és bela! Teus olhos, pombas...

  A amada fala 1,16a Eis que és belo, meu amor! Tão atraente és, quanto viçoso é nosso leito...

  O amado declama 1,17a As vigas de nossas casas, cedros; (Fortes, saudáveis, 37 mt altura, Tempestade não derruba, não quebra, não vai perecer, não vai destuir). nosso teto, ciprestes! (Poderoso para curar feridas, estancar hemorragias)

  A amada declama 2.1 Eu, um narciso de Saron, uma açucena do vale!

  O amado declara 2.2 Como uma açucena entre os espinhos, assim é minha amada entre as jovens...

  A amada declara 2.3 Como macieira entre as árvores do bosque, assim é meu amor entre os jovens... Em sua sombra eu suspirei e me assentei, E seu fruto é doce ao paladar...

   Homens, se temos olhos, que estes olhem para nossas esposas, nos olhos delas, e falem para elas que as amam , e que nossas casas são cedros, e que o teto de vocês são ciprestes, que ela é bela e seus olhos, pombas... maridos, falem com suas esposas: tenham certeza de que elas gostam muito disso.   Falem: e ouvirão a amada, suspirando – eu sou do meu amado!

  Mulheres tratem bem de seu leito, mantendo-o viçoso. Não sintam vergonha de olhar para seu marido e confessar aos 30 anos, aos 40, aos 50, aos 60... que ele a atrai e que você está viva! E que se sente tomada de ternura e de desejo. Fale para ele que o ama. Não se sinta menos cristã porque gosta dos beijos de sua boca. Permita-se viver ao lado de seu marido, e sinta plenamente o vigor com que Deus brindou vocês.

   Mulheres maravilhosas, mulheres vitoriosas que fazem de nós homens pequenos-bobos de amor, e tolos poetas, que não fazem poesia. Nós nos calamos de amor... é o amor quem declama.

  Querer melhorar seu casamento sem a benção ou sem a ajuda de Deus é quase impossível (Jo15.5). O Senhor Jesus pode nos fazer experimentar uma verdadeira revolução de amor.

  Seu casamento, diz o poeta bíblico, deve ser comemorado, desfrutado e reverenciado.

  Lembre-se: fidelidade, amizade, honra e santidade são colunas que nos fazem viver um tipo de amor tão forte como a morte.

Que Deus nos abençoe!

      Amor Verdadeiro Conforme Cantares

Pr. Davi Merkh

  Enquanto o mundo fala muito sobre paixão e amor verdadeiro, alguns acham que Deus fica vermelho ou gagueja quando toca em assuntos românticos. Nada mais distante da verdade!

Deus não somente fala sobre a paixão romântica, foi Ele quem a criou e abençoou. Não é de estranhar que Ele dedicou um livro inteiro da Bíblia sobre esse assunto . . . o livro conhecido como o "Cântico dos Cânticos" (ou Melhor dos Cânticos) ou seja, o livro de CANTARES.

  Alguns na história da igreja têm "alegorizado" este livro (imaginando que sua mensagem só fala do o amor de Deus para com Israel, ou talvez um tipo da "paixão" entre Cristo e Sua igreja). Mas nada é mais normal do que uma palavra divina sobre o mais importante dos relacionamentos humanos. Deus se interessa, sim, no desenvolvimento do amor matrimonial, inclusive o "namoro", as núpcias, a lua-de-mel e o cotidiano de vida a dois.

Deus fala, sim, sobre amor e paixão, e não gagueja! A mensagem do livro fica clara: Deus criou e abençoou o amor verdadeiro entre um homem e uma mulher. Mas quais as características desse amor? Como identificá-lo? Como distinguir entre "paixão" superficial e amor genuíno? Essas perguntas perturbam adolescentes e jovens à procura do seu "príncipe encantado". Complicam a vida dos pais que desejam orientar seus filhos no caminho espinhoso do amor. O livro de Cantares identifica muitos elementos do amor verdadeiro, mas dois se destacam. O amor verdadeiro sabe ESPERAR e o amor verdadeiro é EXCLUSIVO.

Vamos investigar cada característica à luz do livro mais romântico da Palavra de Deus.

I. A Esperança do Amor Verdadeiro

  Há muitas "estrofes" no "Cântico dos Cânticos", mas somente 2 frases repetidas como "refrão" no livro. Cada frase se encontra exatamente três vezes, espalhadas no início, meio e fim do livro. Servem como "coros" que ecoam a mensagem do livro. O primeiro refrão simplesmente diz "não acordeis nem desperteis o amor, até que este o queira". A frase aparece pela primeira vez em 2:7: Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis nem desperteis o amor, até que este o queira. Mais tarde se repete em 3:5 e 8:4. Três vezes, em momentos de intensa paixão entre a noiva e o noivo, ela exorta suas amigas sobre a natureza do verdadeiro amor. O amor verdadeiro sabe esperar, e por isso, pode desfrutar ao máximo as delícias que Deus sempre tencionou para o casal. Amor verdadeiro não é precipitado, precoce, adiantado ou impaciente. Não precisa manipular as circunstâncias para "ganhar" o amor. Não precisa seduzir para chamar atenção para si mesmo. Não precisa "se entregar" com medo de perder o amado.

   É interessante notar que a mensagem do nosso mundo é exatamente o contrário - o amor é precipitado, apressado, forçado até ao ponto em que a pessoa que espera o tempo de Deus é considerada ultrapassada, estranha, talvez até mesmo homossexual. Que engano de Satanás! Que tristeza quando crianças de 8, 10, ou 12 anos "namoram", até pelo incentivo de seus pais. Que pena quando adolescentes que não "ficam" são considerados caretas pelos colegas. Que tragédia quando jovens universitários que ainda são virgens são marginalizados como "extraterrestres"! A mensagem de Cantares é simples mais clara:   Deus reserva os maiores prazeres matrimonias e amorosos para aqueles que saibam esperar o  tempo dEle! Mas mágoas e ressentimento esperam os que adiantam o tempo de Deus nos relacionamentos românticos. Tudo isso bate bem com o texto clássico de amor bíblico, 1 Coríntios 13, que descreve o amor verdadeiro assim: "É paciente... não arde em ciúmes... não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses... tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta". O livro de Hebreus bate na mesma tecla: "Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros." (Hb 13:4)Por quê alguns apressam o amor? Há muitos fatores, mas a falta de confiança na soberania e no amor de Deus certamente se destacam. Deus tem, sim, um plano maravilhoso para nossas vidas.

   Ele nos ama mais que nós nos amamos. Mas o medo de ficar na "solteirice" às vezes leva para relacionamentos precipitados.   A pressão de colegas também faz com que abaixemos nosso padrão. Quando esquecemos que Deus tem tudo sob controle; que Ele quer nosso bem; e que Ele desperta o amor na hora certa, é fácil cair na tentação de tomar a situação em nossas mãos". Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu... tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar...tudo fez Deus formoso no seu devido tempo" (Ecl 3:1, 5,11)Como aplicar esse princípio do amor que espera?

1) Para Jovens:

 a) Espere o amor verdadeiro! Não ceda às pressões de ser precipitado no ficar, no namorar, no noivar, no casar. É difícil esperar, às vezes parece difícil demais, mas Deus não permitirá que você seja tentado além da sua capacidade de suportar.

 b) Confie na soberania de Deus-Ele tem tudo sob controle, e tem um tempo determinado para você. Não pense que será um "encalhado" para o resto de sua vida se não "fazer a coisa acontecer".

  Deus ama você, e tem um plano maravilhoso para sua vida!2) Para Pais:

 a) Leve em conta a seriedade das emoções e dos sentimentos de seus filhos. São verdadeiros, mesmo que impensados às vezes.

 b) Mantenha portas abertas para conversar, aconselhar e dialogar com seus filhos sobre relacionamentos românticos e especialmente sobre a pureza moral.

c) Proteja o coração dos seus filhos! Seja o "guardião da porta" do jardim deles (Ct 4:12).

  Saia com seus filhos em particular para conversar e OUVIR sobre questões do coração.

 Acima de tudo, lembre-se de que Deus reserva os maiores prazeres românticos para aqueles que saibam esperar o tempo dEle! Mas mágoas e ressentimento esperam os que adiantam o tempo de Deus nos relacionamentos à dois.

  Amor Verdadeiro conforme Cantares (II)

  Certa vez alguém comparou o casamento às moscas na tela da janela da cozinha: as que estão fora querem entrar, e aquelas que estão dentro querem sair. Para evitar o segundo quadro, e facilitar que o primeiro aconteça sem maiores prejuízos, Deus nos deixou um livro inteiro da Bíblia. Este livro traça a história do amor romântico desde seu início e passando pelos altos e baixos do namoro, noivado, lua-de-mel e cotidiano do casamento. O livro conhecido como o "Cântico dos Cânticos" (o melhor dos cânticos) ou seja, CANTARES, inclui dois refrãos que revelam as características do verdadeiro amor. O amor verdadeiro sabe

ESPERAR e o amor verdadeiro e EXCLUSIVO.

  Descobrimos a ESPERANÇA do amor verdadeiro na repetição da frase "não acordeis nem desperteis o amor, até que este o queira." O amor espera, pois confia num Deus soberano, em Seu plano perfeito. (Veja o primeiro artigo nessa série.) Mas o amor verdadeiro também é exclusivo, pois crê que esse plano inclui UM homem para UMA mulher para uma VIDA

INTEIRA. Poucas pessoas no mundo hoje pensam desse jeito, mas o que parece-me ser ainda mais triste é o fato de que muitos na igreja não concordam, ou pensam que essa exclusividade começa só com o casamento. Mas nada na Bíblia nos dá base para pensar que a fidelidade conjugal começa somente DEPOIS do casamento.

  Cabe agora investigar a EXCLUSIVIDADE do amor conforme Cantares. O refrão que também se repete três vezes (no início, meio e fim do livro) ecoa esse princípio: 2:16 O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios. (É interessante notar que, no argumento do livro, a noiva fala da exclusividade do seu amor, guardado ANTES da consumação do casamento. Ele se reservou exclusivamente para o amado.)

  O refrão se repete mais duas vezes no livro:

6:3 Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios. 7:10 Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim.

  O princípio não pode ser mais claro - no plano perfeito de Deus, EU NÃO SOU MEU—EU PERTENÇO A OUTRO! Cantares usa a figura de um jardim para descrever a noiva que soube guardar seu coração até o casamento "Jardim fechado és tu, minha irmã, noiva minha, manancial recluso, fonte selada" (Ct 4:12). Mais tarde, o texto a descreve como sendo um muro, resistente às seduções, em contraste com uma porta que deixa qualquer um entrar (Ct 8:8-10).

   O ponto é que mesmo antes de conhecer seu amado, ele se reservou exclusivamente para ele. O Novo Testamento aplica essa verdade ao contexto do casal casado, em que o corpo de cada um pertence ao outro: "A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e, sim, o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e, sim, a mulher." (1 Co 7:4)Moças, se Deus permitir, seu  Príncipe Encantado está assentado em cima do seu cavalo branco em algum canto do mundo, com uma sapatilha de vidro em sua mão, saindo agora de uma longa viagem a seu encontro.    Não saia 15 minutos antes que ele chegue para ficar com algum sapo que nunca será príncipe! O amor verdadeiro não somente espera, mas é exclusivamente reservado para a pessoa que   Deus escolheu para você.

  Gostaria de oferecer algumas sugestões para proteger a exclusividade de seu coração:

1) Para Jovens:

a. Preserve-se agora para depois! Lembre-se de que provavelmente existe alguém neste mundo com somente seu nome escrito na tábua do seu coração.

b. Confie em seus pais, parentes (em Cantares os irmãos são guardiões do coração da noiva!) e seus líderes espirituais e amigos sábios para lhe dar direção e conselho em questões do seu coração.

c. Faça um voto de pertencer exclusivamente a pessoa escolhida por Deus para você!

d. Ore pelo seu futuro cônjuge!

e. Se você já "pisou na bola" , confesse seu pecado a Deus e confie que Ele lhe dará um "novo começo". Não viva debaixo da culpa, mas na graça de Jesus.

2) Para Pais:

a. Lembrem-se: A responsabilidade de proteger o jardim dos filhos é sua (Pv 23:26 Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos.")

b. Preparem seus filhos para a exclusividade do casamento através do seu exemplo de fidelidade conjugal; ensino bíblico sobre pureza moral; vigia das amizades e dos relacionamento românticos de seus filhos.

c. Orem pelo futuro cônjuge de seus filhos! Deus não passa vergonha, nem gagueja quando fala de paixão romântica. Foi Ele quem inventou o amor, e Ele tem um plano perfeito para sua vida.

Deus reserva os maiores prazeres românticos para aqueles que saibam esperar o tempo dEle!

Por isso, o amor perfeito é caracterizado por Esperança e Exclusividade:

"Não acordeis nem desperteis o amor, até que este o queira."

"Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu"

FONTE: ADVEC/TAQUARA-SEDE



                           Tomando decisões juntos

 Autor: Luciano Subirá

   Há uma ordem de governo e autoridade estabelecida por Deus no lar. O marido é chamado o cabeça (Ef 5.22-24), e entendemos que como tal tem direito à palavra final. Porém, isto não quer dizer que o homem esteja sempre certo ou que não deva ouvir sua mulher. Encontramos no Velho Testamento uma ocasião em que o próprio Senhor diz a Abraão, seu servo:

 “Ouve Sara, tua mulher, em tudo o que ela te disser” (Gn 21.12).2

  No Novo Testamento vemos Pôncio Pilatos desprezando o conselho de sua mulher e se dando mal com isto (Mt 27.19).

  Precisamos considerar ainda que ser líder não significa ser autoritário. Quando o apóstolo Pedro escreveu aos presbíteros (que compõem o governo da Igreja Local), disse em sua epístola que eles não deveriam ser “dominadores do povo” (1 Pe 5.3). Isto mostra que autoridade e autoritarismo são duas coisas distintas. Vejo muitos maridos dizerem que suas esposas TÊM que obedecê-los! Mas ao dizer que as esposas devem ser submissas, Deus não estava instituindo o autoritarismo no lar. Vale ainda lembrar que Jesus declarou que aquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido (Lc 12.48). Os homens precisam se lembrar de que em matéria de responsabilidade do lar terão que responder a Deus numa medida maior que as mulheres. Mas não é preciso que o homem carregue o peso desta responsabilidade sozinho.

  É importante que o casal dialogue e tome decisões juntos. Desde que casamos, minha esposa e eu sabemos quem é o cabeça do lar, mas foram muitas raras as vezes em que tomei uma decisão por mim mesmo. Sempre conversamos e discutimos sobre nossas decisões. Às vezes já estamos de acordo no início da conversa, e às vezes precisamos de muita conversa para amadurecer bem o que estamos discutindo. Mas sabemos a bênção de caminhar em acordo e cultivamos isto entre nós. Entendo que se a mulher é chamada de “auxiliadora” na Bíblia, é porque o homem precisa de sua ajuda. E a ajuda da mulher não está limitada à atividades domésticas. A Bíblia fala com esta figura, que deve haver uma relação de companheirismo. Creio que como auxiliadora, a mulher deve ajudar a tomar decisões.

  Este é um processo que exige ajuste. Na hora de discutir alguma decisão, ou mesmo a forma de ser e se comportar de cada cônjuge, vemos o quanto é difícil ouvir ao outro. Mas devemos atentar para o ensino bíblico sobre isto:

  “Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha” (Pv 18.13)3 Tiago nos adverte o seguinte:

  “Sabeis estas cousas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tiago 1.19).

  A verdade é que normalmente somos prontos para falar e irar-se um contra o outro, mas tardios para dar ouvidos ao que o outro tem a dizer. E isto precisa ser mudado em nós! Para que haja acordo, precisamos aprender a ouvir. *Texto extraído do livro “O Propósito da Família”.

Subirá, Luciano.



      Em 2017, o renomado pastor Josué Gonçalves apresentou um vídeo que aponta para os principais deveres do casamento que não devem ser negligenciados e direciona o casal a desenvolver atitudes e reflexões a fim de estabelecer um matrimônio saudável. Quais são os sete deveres mútuos do casamento?

  Os sete deveres mútuos do casamento dizem respeito à convivência real de duas pessoas independentes e diferentes que se uniram para os mesmos propósitos e ideais.

  O sucesso do matrimônio está relacionado com a busca pelo consenso, a “boa vontade”, o diálogo constante e a capacidade de "tolerância''. Sendo através do desejo de convivência que as responsabilidades do marido e da mulher se impõem.

   Veja abaixo os pontos principais desses sete deveres:

   1.Fidelidade:

   Ser fiel na relação matrimonial, ou melhor, nas múltiplas facetas do matrimônio, esse é o eixo de consolidação do matrimônio que está na base da sociedade. A fidelidade não se restringe apenas ao sexo; limitar a fidelidade apenas sob esse aspecto pode acarretar num casamento ilusório e morto porque não consegue por si só sustentar o matrimônio. O casal deve ser fiel em tudo relacionado ao matrimônio (a convivência social, sexo, educação dos filhos, religião, profissão, finanças, alegrias e tristezas).

   2. Afeição:

  O lar deve ser uma “central terapêutica” de amor. Preste atenção no amor! É responsabilidade do casal aferir esse medidor que pode crescer ou definhar. O amor é comparável ao jardim, se você não cultiva, não rega, não cuida, ele morre… O amor é como uma “fogueira acesa”, remetendo ao versículo em Provérbios (Pv.26:20) que diz “sem lenha o fogo se apaga”. Por isso, o amor precisa ser nutrido, diariamente alimentado.

   3. Cooperação:

  Você sabe o que significa cooperar? Significa operar junto. Cooperação é o terceiro pilar significativo para o bom funcionamento da relação de um casal. O cônjuge sozinho não pode garantir o bom funcionamento da relação do casal, nem pode garantir o bom funcionamento do matrimônio. Os diversos tipos de relacionamento que fogem ao matrimônio, não podem ter força para separar o casal. Apenas, para fortificá-los, devem ser TESOURO fabricaebd.org 3 instrumentos para favorecer a união do casal ainda mais. Esse aspecto merece atenção pois abarca inclusive, a igreja, os amigos, a família de origem e outros relacionamentos.

  Você sabe quais são as duas palavras mais poderosas na vida de um casal?

  Alguns poderiam responder com as palavras amor e respeito; outros ainda, com perdão e misericórdia. Contudo, nenhuma dessas tentativas seria a palavra mais poderosa na vida do casal.

  As duas palavras mais poderosas na vida de um casal é CONTA COMIGO! reforçando a importância da cooperação.

   4. Tolerância:

  A convivência matrimonial é o meio ideal para se aprender a flexibilizar e tolerar.

  Nesse processo é fundamental que o cônjuge aprenda a respeitar a opinião do outro. Frequentemente é observável que é exatamente na divergência que o casal encontra um eixo para alcançar melhores escolhas a fim de validar e resolver os desafios do dia a dia. As opiniões diferentes, quando respeitadas, não levam ao desastre, mas, sim, enriquecem aquele que aprende a conviver com elas.

   5. Submissão:

   A submissão mútua é um aspecto negligenciado na ética cristã, à luz da palavra de Deus, os cônjuges devem subordinar-se um ao outro. Em Efésios 5:21 afirma “Sujeitai-vos uns aos outros em amor”.

   É agradável observar a resposta do casal sobre quem manda em casa. Geralmente, a mulher responde não ser ela e o marido também afirma não ser ele.

   Raramente é respondido que quem manda é o amor... Quando o amor é determinante na casa, cada um cumpre muito bem o seu papel. Essa é uma boa resposta para que haja crescimento saudável e sustentável.

   6. Diálogo:

   Sobre o diálogo, deve ser franco e sincero. O matrimônio vive do diálogo entre os cônjuges. O silêncio pode se tornar uma “arma terrorista” que destrói o lar, uma forma de indiferença que mina aos poucos. Lembrando que o contrário de amor não é ódio, mas a indiferença.

   Não podemos permitir que os canais de comunicação sejam bloqueados. A vida do casamento passa pelos meios de comunicação que existem no matrimônio e que, por sua vez, não havendo diálogo não existe casamento saudável, reafirmando “o divórcio sempre é precedido pela morte do diálogo”.

  7. Perdão: O perdão é a humildade para admitir erros e prontidão, para confessar pecados num diálogo aberto. O arrependimento e o perdão são os elementos especificamente cristãos que enriquecem o matrimônio e o tornam uma verdadeira escola de fé. Consigo compreender o porquê de Jesus ter dado aquela resposta a Pedro quando ele perguntou: até sete vezes eu devo perdoar meu irmão? E Jesus disse: Não, Pedro. Não é até sete vezes, mas setenta vezes sete. (Mt.18:22)

   Ou seja, 490 vezes e acrescento que essa quantidade é diária. Sem perdão é impossível conviver

   Casamento é para quem aprendeu a arte de perdoar. O perdão sustenta o diálogo que, por sua vez, sustenta a unidade e é na unidade do casal que está sua força.

   Deus abençoe você, Deus abençoe sua família, Deus abençoe sua casa. Lembrem-se, nenhum sucesso justifica o fracasso de uma família ou de um casamento. Você nasceu para vencer! Gonçalves, Josué.

                 Casais parecidos com Deus

  Uma outra maneira como Deus se torna parte em nosso casamento é como modelo e referência para nossas vidas. O Senhor é o padrão no qual devemos nos espelhar:

  “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” (Efésios 5.1).

  O Novo Testamento revela com clareza que o plano divino para cada de nós é conformarmo-nos com a imagem do Senhor Jesus Cristo.

   “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8.29).

   As Escrituras declaram que fomos “predestinados” (destinados de antemão) para sermos conformes à imagem de Jesus. Cristo é nosso referencial de conduta. O apóstolo João declara que “aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (1 Jo 2.6). O apóstolo Pedro afirmou que devemos seguir os Seus passos, o que significa: caminhar como Ele caminhou (1 Pe 2.21). A transformação que experimentamos na vida cristã é progressiva (a Bíblia chama “de glória em glória”) e tem endereço certo: tornarmo-nos semelhantes a Jesus (2 Co 3.18).

   O Senhor Jesus atribuiu ao “coração duro” o grande motivo da falência do matrimônio (Mt 19.8). As promessas de Deus ao Seu povo no Antigo Testamento eram de um transplante de coração (Ez 36.26); o Senhor disse que trocaria o coração de pedra (duro, da natureza humana decaída) por um coração de carne (maleável, com a natureza divina). A nova natureza deve afetar nosso casamento. Se Deus passar a ser o modelo ao qual os cônjuges buscam se conformar, certamente se aproximarão um do outro e viverão muito melhor.

   Pense em dois cônjuges cristãos manifestando as nove características do fruto do Espírito (G1 5.22,23): amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Se manifestarmos a natureza de Deus, andaremos na plenitude do propósito divino para os relacionamentos. Cresci ouvindo meu pai dizer (e aplicar em relação ao casamento) o seguinte: “Quando duas coisas se parecem com uma terceira, forçosamente, serão iguais entre si”. Ele dizia que se o marido e a mulher vão se tornando parecidos com Deus, então eles ficam mais parecidos um com o outro.

   Quero falar de apenas três valores (entre muitos) que encontramos na pessoa de Deus e que deveríamos reproduzir em nossa vida espiritual matrimonial. Certamente muitos casamentos podem ser salvos somente por praticar estes princípios: amar, ceder e perdoar .

  A importância de amar

   Se Deus será parte de nosso casamento como modelo e referência, então temos que aprender a andar em amor, uma vez que as Escrituras nos revelam que Deus é amor (1 Jo 4.8). A revelação bíblica de que Deus é amor não foi dada apenas para que saibamos quem Deus é, mas para que nos tornemos imitadores d’Ele:

   “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados, e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave” (Efésios 5.1-2).

   Há diferentes palavras usadas no original grego (língua em que foram escritos os manuscritos do Novo Testamento) para amor: “eros” (que retrata o amor de expressão física, sexual), “storge” (que fala do amor familiar), “fileo” (que aponta para o amor de irmão e / ou amigo), e “ágape” (que enfoca o amor sacrificial). Quando a Bíblia fala do amor de Deus, usa a palavra “ágape”; este é o amor que devemos manifestar.

   Ao escrever aos coríntios, o apóstolo Paulo ensina como é a expressão deste amor:

    “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúme, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13.4-7).

    Se imitarmos a Deus e manifestarmos este tipo de amor, as coisas certamente serão bem diferentes em nosso matrimônio!

   A importância de ceder

   A grande maioria das brigas e discussões gira em torno de quem está certo, de quem tem razão. Muitas vezes, não vale à pena ter a razão; há momentos em que a melhor coisa é ceder, quer isto seja agradável, quer não. Observe o que Jesus Cristo nos ensinou a fazer:

   “Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que Ihe emprestes” (Mateus 5.39-41).

   Se seguirmos a Deus, como nosso modelo e referencial e aos seus princípios, o casamento tem tudo para funcionar. O matrimônio não é um desafio por causa da pessoa com quem convivemos, e sim porque esse convívio suscita nossa carnalidade e egoísmo e mostra quem nós somos. A dificuldade não está no cônjuge, e sim na nossa inaptidão em ceder. Se amadurecermos nesta área, nossa vida conjugal definitivamente colherá os frutos.

  A importância de perdoar

  Se imitarmos nosso modelo e referencial, que é Deus, e perdoarmos como Ele perdoa como um ato de misericórdia e não de merecimento; incondicional e sacrificialmente – levaremos nosso relacionamento a um profundo nível de cura, restauração e intervenção divina. A instrução bíblica é muito clara em relação a isto:

  “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Efésios 4.32)

   Concluindo, sem Deus (presente, intervindo e como nosso referencial) no casamento será impossível viver a plenitude do propósito divino para o matrimônio, mesmo um casal que nunca se divorcie viverá toda sua vida conjugal aquém do plano de Deus. Por melhor que pareça sua relação aos olhos humanos, ainda estará distante do que poderia e deveria viver. *Texto extraído do livro “O Propósito da Família”.

Subirá, Luciano.

      Fonte: fabricaebd.org  

 


            A SEGURANÇA DO AMOR CONJUGAL

           O livro dos cânticos dos cânticos, ou cantares de Salomão é um conjunto de poesias que celebra a beleza do amor conjugal. São poesias de beleza grandiosa, onde as comparações entre o ser humano e a natureza é uma constante. A união de um homem com uma mulher, em uma aliança de amor é o tema desse conjunto de poesias. Vive-se hoje uma idéia que ninguém é de ninguém, essa idéia é extremamente prejudicial para a família.

   Os filhos não são mais de ninguém, pois a mãe também não é de ninguém, e o pai também não é de ninguém. O plano de Deus para o casal é que o cônjuge pertença ao outro. É o pertencer ao outro que traz segurança emocional para o esposo e para a esposa. Uma relação saudável, que gera confiança e cumplicidade é necessária, o selo da aliança necessita ser feito  entre as partes. “Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço” (Ct 8.6a). Colocar o amor com um selo, como sinal de propriedade é base para um relacionamento dar certo.

   Alguns anos atrás, as pessoas tratavam as outras pelo nome do cônjuge, da esposa ou esposo. Era Juvenal de Maria, A Tânia do Ronaldo... Essa maneira de tratar as pessoas identificava-nas como tendo uma aliança. Na antiguidade, quando os reis escreviam ao povo uma mensagem, uma portaria, uma lei, um edito, colocava na carta ou no comunicado o seu selo. O monarca marcava com a imagem que estava no seu anel, aquele papel de comunicado. O selo era garantia que o comunicado era realmente oficial, e não um boato, um charlatão falando em nome do rei. Por como selo no coração é marcar o outro com a certeza do amor compromissado em aliança dos casais. Catares de Salomão continua expressando porque é necessário que o amor seja celebrado com uma aliança (não falo do anel, que é o símbolo da aliança), mas sim do pacto entre um homem e uma mulher. Diz: “porque o amor é forte como a morte” (8.6b). Por que o amor é forte como a morte? Porque ele, o amor pega o homem nos caminhos da vida, ninguém fica sem amar, essa é uma escolha que o ser humano não faz. O que o homem decide é o que, a quem amar. Amar errado, amar as coisas erradas, os caminhos errados, a pessoa errada... Mas o não amar é impossível. O desfio é o amor ao certo, amar segundo os planos do Eterno, do Criador. Porque o amor é forte como a morte, isto é, ninguém escapa da certeza que vai morrer. O amor também tem essa característica forte, jamais escaparemos dele. Para não amar errado eu preciso ser comprometido com o meu parceiro (a), não só emocionalmente, mas mentalmente, com a minha razão, com meu entendimento.... O amor não é passageiro, Diz o cantares: 8:7

  “As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam”.

   Quando a aliança chegou á concretização o texto sagrado diz que “as muitas águas não pode apagar este (um homem com a sua mulher) amor”. As tempestades que um casal passa, pode prejudicar a qualidade emocional do casamento, mas jamais destruir o amor. Mulheres feridas, homens traídos, falam que não amam mais, que odeia um ao outro, que querem matar. Todas essas falácias são esconderijos para camuflar a vergonha, a dor do dissabor amoroso. Também para justificar socialmente, mostrar-se forte.

   Quando aprofunda a conversa, a verdade vem à tona: as tempestades, as trovoadas, os ventos, jamais pode apagar o amor, se ele realmente existir. Você e o seu marido são aliados, sua esposa é sua aliada, portanto é preciso identificar o problema que está entre vocês dois. Em um relacionamento conjugal é necessário entender isso. Se as pessoas envolvidas em aliança identificar os problemas, vai parar de achar que a esposa ou esposo é o problema, quando na verdade é aliando (a), e aliado íntimo. Acabar um relacionamento por mais difícil que seja a situação, é um prejuízo para todas as partes envolvidas, cônjuges e filhos. O amor jamais acaba ele é forte como a morte, as muitas águas, as muitas enchentes não podem destruí-lo, portanto há tempo para restaurar os estragos feitos pela tempestade, vai e procure seu amado (a), procure ajuda com conselheiros que entendem o valor do casamento.

CIRLON PEREIRA

FONTE: ESCOLA BEREANA- ADVEC

 


QUAL O VERDADEIRO SENTIDO DE CANTARES DE SALOMÃO?

        Não é fácil responder esta pergunta porque ela vem quase sempre de uma grande confusão na mente de quem pergunta provocada por opiniões divergentes de líderes muitas vezes respeitados e influentes. Quero deixar bem claro que não é errado haver divergência de opiniões de líderes evangélicos sobre temas secundários, isso muitas vezes é sadio, afinal, nós temos liberdade para pensar e dar nossa opinião; isto foi conquistado pela reforma e não nos pode ser tirado.

Historicamente o livro em apreço sempre foi interpretado de uma forma espiritual e alegórica. Os comentaristas geralmente falam deste livro como sendo a revelação do amor de Deus para com Israel e consequentemente do amor de Jesus pela Igreja. Muitos versículos são usados para defender esta interpretação: (Ez 16; Ef 5.25; Ap 22.17) entre outros ¹. Na verdade, não podemos desprezar a verdade de que o amor de Cristo pela igreja foi simbolizado pelo amor que o marido deve ter por sua esposa (Ef 5.25), de que da mesma forma o amor de Jeová por Israel foi simbolizado (Ez 16), e de que nós somos a noiva de Cristo (Ap 22.17). Porém no Novo Testamento não há qualquer referência ao livro de Cantares para justificar esta interpretação, apesar de entender que ela é válida desde que o propósito principal do livro não seja desprezado.

          O propósito do livro de Cantares de Salomão:

     Segundo Donald Stamps, comentarista da Bíblia de estudo Pentecostal, o tema do livro de Cantares é o amor conjugal. Ele foi escrito aproximadamente em 960 a.C. por Salomão. O título pode ser traduzido literalmente por “Cântico dos Cânticos” que significa o Maior Cântico. Esse livro faz parte dos livros considerados “Escritos Sagrados” dos judeus e era lido sempre na festa da Páscoa. Abaixo segue parte do comentário de Donald Stamps:

“Este livro foi inspirado pelo Espírito Santo e inserido nas Escrituras para ressaltar a origem divina da alegria e dignidade do amor humano no casamento. O livro de Gênesis revela que a sexualidade humana e o casamento já existiam antes da queda de Adão e Eva no pecado (Gn 2.18-25). Embora o pecado tenha maculado essa área importante da experiência humana, Deus quer que saibamos que a dita área da vida pode ser pura, sadia e nobre [...] ².”

         O Pastor Elinaldo Renovato também afirma:

“A ordem de crescer e multiplicar não foi dada a solteiros, mas a casados. Gn 1.27,28. - Deus não quis que o homem vivesse só. Gn 2.18,24; Sl 68.6;113.9. - Deus exorta o homem a desfrutar o sexo com a esposa e não com a namorada ou a noiva; Em Cantares de Salomão, tem-se a exaltação do amor conjugal e não entre solteiros. Ct 4.1-12; Ef 5.22-25. ³”

O que podemos ver atualmente é o desprezo por este livro em sua mensagem central que é ressaltar sobre a atividade sexual em sua forma lícita de prática. Logo, este livro pode ser utilizado para falar mais abertamente sobre o que é lícito ou não em relação ao sexo, pois suas revelações nesta área são muitas, apesar da difícil assimilação por causa dos símbolos

utilizados no livro. Por exemplo, o “jardim fechado” citado no cap. 4 e v. 12 é visto como uma referência à virgindade da noiva, podendo ser usada para defender a pureza sexual de nossos jovens antes do casamento. São muitas as contribuições deste livro para a igreja e o apelo é para que olhemos para ele com mais cuidado e para que aproveitemos tudo o que nos pode oferecer, afinal, “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,” (2 Tm 3.16).

FONTE: http://crescendoparaedificar.blogspot.com/2017/04/licao-02-os-alicerces-da-experiencia.html


A experiência conjugal alicerça-se em diversos pilares. Nesta lição, discorreremos sobre quatro deles — fidelidade, amizade, santidade e honra —, por serem indispensáveis à manutenção da saúde emocional de todo e qualquer casamento. O texto bíblico básico do presente estudo (Ct 8.5-7,13,14) é uma porta que se abre ao entendimento sólido desta reflexão. Boa aula!

          

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