Lição
12 - A Urgência do Discipulado
CPAD
: O
Verdadeiro Pentecostalismo
TEXTO ÁUREO
“Portanto,
ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo.”
(Mt 28:19)
VERDADE
PRÁTICA
Chamamos
de discipulado na fé o aprendizado de um discípulo por meio de seu mestre, na
igreja, para ajudar a desenvolver o seu crescimento espiritual.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus
28:16-20; Atos 2:42-47
Mateus 28
16 – E os onze
discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha
designado.
17 – E, quando
o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
18 – E,
chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na
terra.
19 – Portanto,
ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo;
20 –
ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu
estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
Atos 2
42 – E
perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações.
43 – Em cada
alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 – Todos os
que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 – Vendiam
suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha
necessidade.
46 – E,
perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam
juntos com alegria e singeleza de coração,
47 – louvando
a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor
à igreja.
OBJETIVO
GERAL
Esclarecer
a urgência do discipulado.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
- Conceituar
o discipulado;
- Elencar o
tripé do discipulado: Palavra, Comunhão e Serviço;
- Mostrar
que o discipulado gera um crescimento sadio para a igreja.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A relação mestre e discípulo é o modelo bíblico do verdadeiro discipulado. Talvez essa relação seja vista de maneira desconfiada atualmente, pois o olhar de certa parte da sociedade moderna revela desconfiança para qualquer proposta em que, de um lado, haja alguém que ensine; do outro, alguém que imite. Talvez ainda, esse fastio contemporâneo tenha a ver com ideias pedagógicas críticas que veem uma “relação de opressão” entre mestre e discípulo, professor e aluno. Infelizmente, essas ideias modernas têm descaracterizado o ideal bíblico de discipulado. O ensino bíblico mostra que é necessário que haja alguém experiente e idôneo que ensine e pessoas dispostas a aprenderem com o objetivo de atingir a “estatura de varão perfeito” (Ef 4:11-14). Na fé cristã, a relação entre o mestre e o discípulo é atemporal. O nosso mestre por excelência é o Senhor Jesus. Espere-se que os crentes mais experientes atuem no sentido de ensinar aos mais novos a imitarem o nosso Senhor e Salvador (1 Co 11.11).
INTRODUÇÃO
O discipulado acompanha a pregação do Evangelho desde o princípio e é de fundamental importância como base inicial na formação cristã no novo convertido. A forma que a igreja local o desenvolverá somará na formação do caráter cristão para o bem ou para o mal.
PONTO CENTRAL:
Discipular é atuar no crescimento e desenvolvimento do cristão.
Revista CPAD Lições Bíblicas Adultos 1 trimestre
2021
Tema da revista: O Verdadeiro Pentecostalismo: A Atualidade da Doutrina Bíblica sobre a Atuação do Espírito Santo
Sete inimigos do
discipulado
https://www.revistamda.com/sete-inimigos-do-discipulado/
JESUS disse em João 15.8 “Nisto é glorificado meu
Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”.
JESUS, nesse texto, deixa claro que o discipulado
gera frutos, muitos frutos. Então, por que muitos discipulados não estão dando
frutos? Porque existem algumas situações que atrapalham o discipulado de
dar frutos. O “bom discipulado” sempre dá fruto. Quando o discipulado não está
dando frutos é porque alguma coisa está atrapalhando.
São diversos os fatores que poderiam ser
mencionados. Porém, sete deles são, inegavelmente, inimigos do discipulado:
1.
A falta de preparo
Todo o discipulado, para gerar frutos, precisa de um
preparo. O discipulador precisa se preparar para se encontrar com o seu
discípulo no dia e hora marcados. Ele precisa ter um conteúdo para compartilhar
com o seu discípulo. Ele não pode ir de qualquer maneira, sem um preparo do que
vai compartilhar.
Da mesma maneira que um Pastor se prepara para
ministrar um culto, ou um líder se prepara para liderar uma célula, é
extremamente importante que se vá para a reunião de discipulado preparado.
Como?
É preciso separar um texto Bíblico como base para o que vai ser compartilhado;
Bem como, um “modelo” daquilo que vai ser compartilhado
e/ou perguntado ao discípulo;
2.
O domínio do discipulador
O
discipulado não pode ter domínio, ou pressão, do discipulador. “Não por força
nem por violência, mas sim pelo meu ESPÍRITO, diz o Senhor dos Exércitos”
(Zacarias 4.6b).
O
discipulador precisa ter esta verdade em seu coração. Ninguém muda a vida de
ninguém. Quem tem o poder de mudar as pessoas é o ESPÍRITO SANTO de DEUS. O
discipulador precisa entender bem a verdade de que ele não é “dono” do seu
discípulo.
O papel do
bom discipulador é motivar o seu discípulo a crescer em DEUS e a ter
experiências com DEUS. Pois, são essas experiências que vão transformando o
discípulo.
Se o discipulado for baseado no domínio opressor por
parte do discipulador, o discipulado não dará frutos.
3.
A falta de transparência
Quando há falta de transparência entre as partes, a
reunião de discipulado “trava” e a vida do discípulo fica paralisada,
“engessada”.
Quando o discípulo não é transparente
com o seu discipulador, invariavelmente, ele vive debaixo de opressão,
depressão e desânimo. Ele já chega para a reunião de discipulado assim,
desmotivado. E, tudo isso apenas porque ele não tem sido transparente a
respeito das coisas que ele tem sentido, das coisas que ele tem pensado e das
coisas que ele tem enfrentado no seu dia a dia.
O “bom
discipulado”, o discipulado que frutifica, precisa de transparência.
4.
A falta de compromisso
Este inimigo
pode aparecer tanto por parte do discípulo, quanto por parte do discipulador.
O discípulo
sem compromisso é aquele que se esquece facilmente das reuniões de discipulado
agendadas e nem se preocupa em dar uma satisfação pelo simples fato dele não
ter se lembrado da mesma. É como se ele não estivesse “nem aí” para as reuniões
agendadas.
Porém,
também acontece com discipuladores que se esquecem de suas reuniões de
discipulado. O discípulo o procura, agenda a reunião e quando ele chega para a
reunião o discipulador não está ou não pode atendê-lo por haver esquecido o
compromisso marcado.
Essas duas situações minam o discipulado pouco a
pouco fazendo com que ele não funcione da maneira com que tem que funcionar e o
torna infrutífero.
5.
A soberba
Uma das
coisas mais terríveis que pode acontecer em um discipulado é o discipulador
estar cuidando e discipulando de alguém que é soberbo. A pessoa quando é
soberba ela acredita que já sabe de tudo e sobre tudo.
Então, se o
discipulador vai compartilhar um texto bíblico, ela já diz que o conhece e que
já sabe o que se quer dizer; se o discipulador vai compartilhar outro assunto
qualquer, ela também faz questão de dizer que conhece sobre o assunto e não tem
nada mais a aprender sobre aquilo; enfim, tudo ela centraliza no conhecimento
dela. Por isso, para ser um bom discípulo e cooperar para que o discipulado
seja frutífero, como é da vontade do Pai, é preciso ser humilde, quebrantado e
ter o desejo de sempre aprender um pouco mais com o discipulador.
É preciso
que cada um se esvazie de si mesmo para que se aprenda um com o outro. Pois
também podem acontecer casos onde o discipulador é soberbo e só ele fala nas
reuniões de discipulado. Isso também é muito ruim. Isto impede o discípulo de
expressar uma experiência ou uma dificuldade, por exemplo, e acaba por afastar
o coração do discípulo, impedindo o discipulado de frutificar.
6.
A mentira
A Bíblia
diz, em João 8.44, que o diabo é o pai da mentira. Em Atos 5, a Palavra nos
conta que Ananias e Safira morrem em decorrência de uma mentira. E, também por
causa da mentira, muitos discipulados estão morrendo.
São
Discípulos que contam mentiras para seus discipuladores para se desculpar ou
para se justificar. São discipuladores que contam pequenas mentiras para os
seus discípulos. A mentira quebra a confiança do relacionamento de discipulado
e faz dos discipulados infrutíferos.
7
. A fofoca
Nem sempre a
fofoca vem por parte do discipulador, que pode contar a vida de seu discípulo,
como se pensa. É bem verdade que esta é uma possibilidade verdadeira, porém,
que não deve acontecer. O discipulador precisa ser alguém de muita confiança
onde, tudo o que ele receber de informação de seu discípulo ele vai guardar
para si.
Agora,
também é verdade que existe o caso de discípulos que sentam e não falam sobre
si, antes, falam de outras pessoas, do vizinho, do parente, do irmão da igreja…
de qualquer um, menos dela mesma.
O discipulado é para o discípulo abrir as suas dificuldades, falar sobre o que ele está passando, pedir ajuda e orientação sobre como avançar e vencer a fase que ele está vivendo.
ENSINO
DINÂMICO PARA OS NOVOS CONVERTIDOS
- PARTE I
INTRODUÇÃO
A classe de novos convertidos na Escola
Dominical é uma expressão ou extensão do amplo Ministério do Discipulado.
O Discipulado é um ministério pessoal,
ilimitado e flexível. É uma das formas mais rápidas de aumentar o número de
batismos e aprofundar a qualidade de vida dos que são alcançados para CRISTO.
Antes de conhecer as peculiaridades de
sua classe e os métodos mais adequados a serem adotados, o ensinador de Novos
Crentes precisa saber de antemão o que significa ser discípulo. Quem não é
discípulo não pode fazer discípulos!
A palavra "discípulo",
mathetés, é usada 269 vezes nos Evangelhos e em Atos. Significa pessoa
"ensinada" ou "treinada", aluno, aprendiz. (Texto-base: Mt
28.19,20.)
Nos Evangelhos, JESUS define a palavra discípulo de cinco maneiras:
1) Discípulo é um crente que está envolvido com a Palavra de DEUS de maneira
contínua (Jo 8.31).
2) Discípulo é aquele que ama sacrificialmente, sem medir esforços (Jo 13.35; 1
Jo 3.16).
3) Discípulo é alguém que permanece diariamente em união frutífera com CRISTO
(Jo 15.8).
4) Discípulo é aquele que assume a sua cruz e segue a CRISTO (Lc 14.27).
5) Discípulo é aquele que renuncia tudo que tem (Lc 14.33)
I. O PERFIL DOS ALUNOS
Quem são seus alunos? Naturalmente são novos convertidos. A diferença e a
ênfase está justamente nisto: não são alunos comuns.
1. São como crianças recém-nascidas em CRISTO que precisam ser identificadas
logo após o nascimento.
O pecador se arrepende; o ESPÍRITO SANTO o regenera (novo nascimento) =
conversão.
Devem ser recepcionados imediatamente após a conversão e identificados, através
da "Ficha de identificação e triagem".
Na triagem:
- Oferece literatura;
- Orienta sobre os principais trabalhos da
igreja;
- Orienta quanto a matrícula na EBD: ideal
orientadores para cada faixa (crianças, adolescentes, jovens e adultos).
Qual a finalidade da identificação?
- Ter como localizá-los.
- Conhecer a realidade de seus alunos.
Sondagem * Coleta de dados * Conhecimento da
realidade * Diagnóstico * Estratégia de Trabalho
(Nome, endereço, data de nascimento, data da decisão, origem religiosa, sua
relação com a comunidade, histórico familiar, nível sócio-econômico, cultura,
necessidades pessoais, limitações físicas; perguntas dos tipo: É a primeira vez
que está se decidindo? Está vindo de outra igreja? Qual? Quanto tempo esteve
por lá?).
- Elaborar programa de assistência.
- Formar comissões de visitadores (que atendam as
peculiaridades dos decididos: idade, sexo, formação etc.)
"A salvação é de graça, mas o
discipulado custa tudo o que temos." Billy Graham
Você precisa conhecê-los realmente! Vamos fazer um
teste? Pense em três novos convertidos de sua igreja.
- Sabe o nome deles?
- Pode lembra-se onde eles moram?
- Sabe a data do aniversário deles?
- Sabe como vão indo nos estudos ou no trabalho?
- Mantém boas relações com suas famílias?
- Conhece algum problema em particular?
- O que poderia dizer sobre seu testemunho
cristão?
- Há alguma coisa especial de que necessitam?
- Quando foi que aceitaram a CRISTO?
2. São pessoas especiais que requerem atenção
especial.
a) São totalmente dependentes espiritualmente.
- Só conseguem digerir os aspectos mais simples
das verdades espirituais.
"Com leite vos criei e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem tão pouco ainda agora podeis" (1 Co 3.1-3). - Precisam ser alimentadas por outrem.
- Têm dificuldade em falar (de explicarem a razão
da fé).
b) Falta-lhes um senso adequado de valores.
Agarram-se a detalhes sem importância,
em vez de aprenderem o que tem realmente valor.
(Eles se escandalizam facilmente; se apegam a rudimentos de doutrinas; podem
criar dogmas)
- O professor deve apresentar a CRISTO como
Senhor e não apenas como Salvador (senhorio de CRISTO Mt 16.24).
Muitos querem as bênçãos do Salvador mas não o aceitam como Senhor. Precisamos aceitar o senhorio de CRISTO (diferente da Confissão Positiva). - O professor deve apresentar a real proposta do
evangelho.
Livrar o homem da perdição eterna (diferente do Evangelho da Prosperidade).
3. São pessoas carentes que requerem cuidados
especiais.
a)"Alimentação" adequada (leite racional).
Não haverá crescimento espiritual independente da Palavra de DEUS.
"Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos o leite racional,
não falsificado, para que por ele vades crescendo" (1 Pe 2.2).
Quando o homem aceita a CRISTO torna-se nova criatura, ou seja, nasce de novo.
Não se pode administrar à criança recém-nascida alimentos sólidos, antes, o
leite materno.
O novo convertido precisa conhecer as doutrinas básicas da salvação. Portanto,
inicialmente, deve afastar-se de assuntos complexos e especulativos.
A princípio, a criança é alimentada pelos outros; mais tarde, começa a
alimentar-se por conta própria e finalmente, quando adulta, passa a alimentar
outros.
Um dos alvos do fazedor de discípulos é ensinar o discípulo a alimentar-se, de
forma que ele possa, mais tarde alimentar também outros.
b) "Meio-ambiente" propício (lar espiritual).
Não haverá crescimento espiritual fora do contexto da comunhão cristã.
"Até que todos cheguemos à unidade
da fé, e ao conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da
estatura completa de CRISTO" (Ef 4.13).
Observando as palavras de Paulo em
Efésios 4.13 - "Até que todos cheguemos..." verificamos que o meio
ambiente propício ao crescimento espiritual é encontrado no contexto da
comunhão cristã (lar espiritual, família espiritual).
Não é suficiente o contato que o professor tem com o aluno durante a aula na
Escola Dominical. O professor deve proporcionar um meio-ambiente propício para
um inter-relacionamento com outros crentes onde se compartilham idéias, verdades
aprendidas na Palavra, aspirações, e onde haja compreensão.
c) Precisam de um referencial no novo grupo de convivência.
Geralmente a primeira referência do novo convertido na igreja é o professor
(discipulador) de sua classe na Escola Dominical.
ENSINO
DINÂMICO PARA OS NOVOS CONVERTIDOS
- PARTE II
II.
O PERFIL DO PROFESSOR
Em linhas gerais, o professor da classe
de novos convertidos precisa ser um crente fiel, espiritual e seguro conhecedor
das doutrinas bíblicas, além de ter comprovada capacidade para ensinar.
Conhecimentos teológicos
mínimos: DEUS, JESUS CRISTO, ESPÍRITO SANTO, Trindade, homem, pecado,
soteriologia: (regeneração, redenção, expiação, propiciação, justificação,
santificação).
Formação pedagógica, se possível.
1. Pré requisitos gerais.
a) Vocação autêntica.
A vocação floresce no próprio cerne da
personalidade. Significa a propensão fundamental do espírito, sua inclinação
geral predominante para um determinado tipo de vida e de atividade, no qual
encontrará plena satisfação e melhores possibilidades de auto-realização.
- Sociabilidade. A educação e o ensino são
fenômenos de interação psicológica e social; temperamentos egocêntricos,
fechados, incapazes de abrir e manter contatos sociais comum certo calor e
entusiasmo, não estão talhados para a função do magistério; este exige
comunicabilidade e dedicação à pessoa dos educandos e aos seus problemas.
- Amor paedagogicus. Simpatia e interesse
natural pelos alunos e desejo de auxiliá-los nos seus problemas e anseios.
Geralmente a escolha de um professor favorito se baseia num relacionamento pessoal e não na capacidade para ensinar. Os alunos se lembram dos professores que mostraram interesse especial e cuidam delas antes de se lembrarem daqueles que tinham bons dotes de oratória. - Apreço e interesse pelos valores da
inteligência e da cultura. O professor que realmente tem vocação para o
magistério é naturalmente um estudioso, um leitor assíduo, com sede de
novos conhecimentos capaz de se entusiasmar pelo progresso da ciência e da
cultura.
b) Aptidões específicas.
São atributos ou qualidades pessoais
que exprimem certa disposição natural ou potencial para um determinado tipo de
atividades ou de trabalho.
(Saúde, equilíbrio mental e emocional,
órgãos de fonação, visão e audição em boas condições; boa voz: firme,
agradável, convincente; linguagem fluente, clara e simples; autoconfiança e
presença de espírito; naturalidade e desembaraço; firmeza e desembaraço;
imaginação, iniciativa e liderança; habilidade de criação; boas relações
humanas.)
c) preparo especializado.
O conhecimento amplo e sistemático da
matéria ou da respectiva área de estudo é condição essencial e indispensável
para a eficiência do magistério cristão.
2. Pré requisitos específicos.
a) Ser chamado por DEUS para o ministério do ensino (Ef 4.11,12). (Pedir a
classe para ler o texto)
Os professores da EBD são
freqüentemente escolhidos pelos líderes e não vocacionados por DEUS. Os
vocacionados têm esmero (dedicação): "...se é ensinar, haja dedicação ao
ensino" (Rm 12.7b).
Esmero significa integralidade de
tempo no ministério - estar com a mente, o coração e a vida nesse ministério.
Ser professor é diferente de ocupar o cargo de professor.
b) Ter um relacionamento vital e real com JESUS CRISTO.
O que representa este relacionamento?
CRISTO é seu salvador pessoal; salvo-o de todo o pecado e é também Senhor e
dono da sua vida.
c) Esforçar-se em seguir o exemplo de JESUS.
JESUS é o maior pedagogo de todos os tempos; usou todos os métodos didáticos
disponíveis para ensinar.
d) Reconhecer a importância da sua tarefa e encará-la com seriedade.
Qual importância?
Quando um investimento espiritual é feito em outra vida, você participa de toda
a glória das recompensas espirituais que serão colhidas através da vida, para
sempre.
O apóstolo Paulo disse aos tessalonicenses: "Vós sois a nossa glória e
nosso gozo" (1 Ts 2.20).
Por que seriedade? Por causa do
juízo: "...meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que
receberemos mais duro juízo" (Tg 3.1).
e) Lealdade.
No apoio ao pastor; na assistência aos
cultos; na participação no sustento financeiro.
f) Disposição de aprender.
O homem é um ser educável e nunca
acaba de aprender. Aprendemos com os livros; com nossos alunos; aprendemos
enquanto ensinamos. "Não há melhor maneira de aprender do que tentar
ensinar outra pessoa." Quando não sabe uma resposta, é melhor ser honesto
e dizer que não sabe.
g) Saber planejar suas aulas.
Ter objetivos claros e definidos em
cada etapa do ensino.
- O que pretendo alcançar (Objetivos)
- Como alcançar (Métodos e recursos)
- Em quanto tempo (cronograma)
- O que fazer e como fazer (Procedimentos de
ensino)
- Como avaliar o que foi alcançado (Avaliação)
h) Entender o processo de aprendizagem.
- Até o séc XVI, a prender era memorizar.
- Séc XVII, fórmula de
"Comenius": compreensão, memorização, aplicação.
- Hoje, a aprendizagem é um processo: lento,
gradual e complexo - aprender é modificar o comportamento.
i) Conhecer variados métodos de ensino. (ver 3º
ponto do seminário)
j) Ensinar com motivação.
O professor não motiva, incentiva.
Deve saber e dominar o que vai
ensinar. Conhecer bem a Palavra, o currículo e a lição daquele dia. Este
conhecimento deve fazer parte de sua experiência.
l) Despertar o aluno para a salvação e o crescimento espiritual.
"Ele está se tornando semelhante a CRISTO?"
m) Viver o que ensina.
n) Ser crente integrado à sua igreja: presença nos cultos e atividades da
igreja; dizimista; manter-se distante dos ventos de doutrinas; eticamente
correto.
ENSINO
DINÂMICO PARA OS NOVOS CONVERTIDOS
PARTE
III
III.
O MÉTODO DE ENSINO
1. O ensino deve, em primeiro lugar, objetivar um plano de cultivo de
resultados, ou seja, a integração dos novos crentes.
a) Levar o novo convertido a alcançar a certeza de salvação.
Três passos para levar o novo
convertido a ter certeza de salvação:
- Levar o convertido a confiar no caráter de
DEUS.
DEUS não pode mentir (Tt 1.2). O caráter de DEUS é o fundamento para que a pessoa alcance a certeza de vida eterna. - Levar o convertido a compreender com clareza as
promessas de salvação feitas por DEUS (Jo 5.24; Ap 3.20).
- Levar o convertido a entender claramente as
condições estabelecidas por DEUS para alguém ser salvo.
O pecador precisa se arrepender (Is 55.7).
O pecador precisa confessar seus pecados (1 Jo 1.9).
O pecador precisa crer em JESUS (Jo 5.24).
O pecador precisa invocar o nome do Senhor (Rm 10.13).
b) Doutrinar o novo crente para que seja batizado conscientemente.
- Necessidade do batismo
- Valor e significado
- Forma bíblica do batismo (imersão, na
autoridade de JESUS (At 8:16; 10:48; 19:5), em nome do PAI e do FILHO e do
ESPÍRITO SANTO - Mt 28:19)
- Ceia, finalidade
- Para quem foi instituída a ceia (Jo 6:53-56; 1
Co 11:28)
- Igreja (origem, natureza, missão e destino)
c) Doutrinar o novo batizado para que adquira
firmeza doutrinária e se integre na comunhão da igreja.
- Crente e sua nova natureza
- Comportamento do cristão
- Vida devocional
- Mordomia cristã
- Testemunho
2. O ensino deve atender às dificuldades de
compreensão peculiares ao novo convertido.
a) Linguagem.
A linguagem deve ser comum entre o
professor e o aluno. O novo convertido não está familiarizado com a linguagem
evangélica.
b) Comunicação.
Quais são os principais problemas de
comunicação entre professores e alunos?
O método é definido através de padrões
de comunicação: unilateral, bilateral e multilateral.
- O professor está mais preocupado em expor a
matéria (transmitir conhecimento).
- O professor utiliza conceitos ou termos que
ainda não existem na experiência dos alunos novos convertidos.
- O professor não se preocupa em aumentar o
vocabulário de seus alunos.
- O professor coloca tantas idéias em cada
exposição que somente algumas delas são compreendidas e retidas.
- Alguns professores falam rápido demais ou
articulam mal as palavras. Outros, em voz baixa e tom monótono.
- O professor não utiliza meios visuais para comunicar
conceitos ou relações que exigem apresentação gráfica.
- professor tem suas idéias tão mal ou
perfeitamente organizadas, que não há lugar para a imaginação criativa dos
alunos.
c) Cultura Bíblica.
O conhecimento que possuem a respeito
de DEUS geralmente é alheio às Escrituras. Não compreendem a história, a
geografia, os costumes dos personagens bíblicos e sua aplicação para os nossos
dias.
d) Temas teológicos e doutrinários da Bíblia.
O novo convertido não está habituado a
expressões como: Regeneração, Justificação, Redenção, Expiação, Arrebatamento
da Igreja, Milênio, Escatologia etc.
e) Noções de tempo, espaço e circunstância no plano bíblico.
Neste aspecto quais providências o
professor deve tomar em relação a ministração do conteúdo da matéria?
3. O ensino deve ser planejado e não improvisado.
O professor deve preparar-se
profundamente para a aula (2 Tm 2.15).
a) Através da oração.
A oração é o segredo do poder no
ensino (Mc 1.35; Lc 5.16).
b) Com propósito preestabelecido.
O professor deve estabelecer os
objetivos da lição.
c) Através de estudo diário.
O professor deve preparar suas lições
com antecedência. Ou seja, diariamente, do início ao término da semana.
d) Material de estudo mínimo necessário.
- A Bíblia. Se possível, todas as legítimas
versões em português.
- Dicionário Bíblico
- Gramática da Língua Portuguesa
- Concordância Bíblica
- Chave Bíblica (resumo dos livros)
- Manuais de Doutrina
- Comentários
- Atlas Bíblico
- Didática Aplicada
- Apontamentos individuais
CONCLUSÃO
O Discipulado propicia à igreja local
maduros líderes centralizados em CRISTO e orientados para a Palavra.
Nem todo discipulador é professor da Classe de Novos Convertidos. Mas, todo
professor de Novos Convertidos deve ser um discipulador em potencial.
(por Marcos Tuler, que é pedagogo e chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD)
Discípulo
- (Strong Português) μαθητης mathetes - grego
1) aprendiz, pupilo, aluno, discípulo.
A palavra gr. mathetes empregada para
discípulo é usada aproximadamente 270 vezes nos Evangelhos e no livro de Atos.
Ela denota um pupilo que se submete aos proeessos de aprendizado sob a
responsabilidade de um professor. Esta palavra grega entrou nas línguas inglesa
e portuguesa como o termo matemática (em inglês mathematics), que significa
literalmente, “disposto a aprender . Na prosa ática, notadamente em Platão, ela
faz alusão ao estudante treinado por um filósofo ou orador retórico. O conceito
já era prevalecente no AT e é exemplificado pelos “filhos dos profetas”, que
foram os aprendizes que mais tarde substituíram Samuel, Elias e Eliseu. Algo
semelhante ocorre mais tarde, no caso de Paulo, que foi “criado... aos pés de
Gamaliel”. No NT, o termo é usado como uma alusão aos discípulos de João
Batista (Mt 9.14), dos fariseus (Mc 2.18) e de Moisés, indicando os adeptos
contemporâneos de seus ensinos (Jo 9.28).
Nas epistolas, o termo tnimetes, “seguidor", “imitador”, ocorre em
exortações para seguir o modelo de vida proposto por DEUS (Ef 5.1), descreve o
escritor como um apóstolo (1 Co 4.16; 11.1; Fp 3.17; 2 Ts 3,7,9), e se refere
ainda a outros crentes (Hb 6.12; 13.7). Veja Exemplo.
Em um sentido amplo, JESUS usou a palavra “discípulo" como descrição de
todos os seus seguidores vindo sob a influência de seu ensino, esforçando-se
para conformar-se aos seus princípios. Lucas refere-se a “toda a multidão dos
discípulos” (19.37). Em Atos 6.2, ele declara que os Doze convocaram a multidão
dos discípulos. JESUS disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente,
sereis meus discípulos” (Jo 8.31). Os discípulos de JESUS naqueles dias, e
sempre, são aqueles que respondem ao seu convite, “Aprendei de mim” (Mt 11.29).
Em um sentido restrito, discípulo (também apóstolo) aplica-se ao círculo
interno dos Doze, chamados em meio a um grupo maior para que pudessem estar com
CRISTO, ouvi-o expor os mistérios do reino que foram reservados para um grupo
seleto, testemunhar e posteriormente operar sinais e maravilhas que serviríam
como uma autenticação, e proclamar o Evangelho ao mundo.
Os doze eram os seguintes: Simão Pedro, André, Tiago de Zebedeu, João, Filipe,
Natanael (também conhecido como Bartolomeu), Tomé, Mateus (chamado Levi), Tiago
filho de Alfeu, Simão o zelote ou cananeu, Judas o irmão de Tiago e, às vezes,
chamado Tadeu, e Judas Iscariotes.
Embora carecessem de uma educação mais elevada, como hebreus estes homens
tinham uma base completa das doutrinas e da história de sua fé. Sua obtusidade
tentou mas nunca exauriu a paciência de JESUS, que não é menos tolerante para
com as nossas limitações em seu serviço. A lentidão da compreensão destes
homens constitui uma apologia à validade histórica daquilo que os Evangelhos
relatam a respeito ae JESUS. O Dr. A B. Bruce disse: “Eles eram pessoas de
mente lenta; muito honestos, mas muito inaptos para receber novas idéias...
Sabemos que nada além dos fatos poderia fazer com que tais homens cressem
naquilo que, atualmente, alguns lhes acusam de ter inventado”.
(Dicionário
Bíblico Wycliffe).
Seguidores de JESUS (Mt 5.1; Jo 2.12).
Treinamento e ensino para o seguidor de CRISTO.
Ensino bíblico básico para o novo convertido
desenvolver-se espiritualmente.
Instruções que abrangem vários aspectos da vida, na
área espiritual, emocional e social.
O ministério de mestre está entre os 5 ministérios
da Igreja (Ef 4:11).
O mestre vive o que prega e ensina o que vive.
E maravilharam-se da sua doutrina, porque os
ensinava como tendo autoridade e não como os escribas. Marcos 1:22
Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento. Provérbios 9:9
JESUS - Aprendei de mim...
Jo 12.45 E quem me vê a mim, vê aquele que me
enviou.
Paulo - Fp 3.17 Irmãos, sede meus imitadores, e
atentai para aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós;
1Ts 4.1,2 Finalmente, irmãos, vos rogamos e
exortamos no Senhor JESUS que, como aprendestes de nós de que maneira deveis
andar e agradar a DEUS, assim como estais fazendo, nisso mesmo abundeis cada
vez mais.
2Tm 3.14,15 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela que há em CRISTO JESUS.
Como vemos acima o cristão é representante de CRISTO
na Terra, portanto deve ser parecido com o mesmo para que possa desempenhar seu
papel de cristão perante sua família, a Igreja e o mundo.
Será que poderíamos dizer: Quem me vê a mim, vê JESUS? Oh! meu DEUS, tenha misericórdia de todos nós!
Não basta dar testemunho apenas, mas é preciso ser também testemunha e viver o evangelho de maneira plena, praticando o que se prega e tendo a manifestação do poder de DEUS como selo de autenticidade para nossa pregação (Mc 16:20).
2. A Grande Comissão Gn 1:26-30; Mt 28.18-20; Mc 16:15-20).
Gênesis 1 (Comissão Cultural)
26 - E disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre
o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.27 - E criou DEUS o homem ã sua imagem; à imagem de DEUS o criou; macho e
fêmea os criou. 28 - E DEUS os abençoou e DEUS lhes disse:
Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre
os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move
sobre a terra.29 - E disse DEUS: Eis que vos tenho dado toda erva
que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há
fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento.30 - E a todo animal da terra,
e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda a
erva verde lhes será para mantimento. E assim foi.
Mt 28 (Grande Comissão)
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as
em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO; ensinando-as a guardar todas
as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias,
até à consumação dos séculos. Amém! Mateus 28:19,20
Marcos 16 (Grande Comissão)
15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. 17 -E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;18 -pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.20 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
A
Grande Comissão
A ordem
pós-ressurreição de JESUS CRISTO aos seus discípulos como registrado em Mateus
28.19,20; Marcos 16.15-18; Lucas 24.46-49; Jo 20.21- 23 e Atos 1.4,5,8.
Sua integridade.
A autenticidade e a veracidade das
passagens da Grande Comissão, especialmente como encontradas em Mateus e Marcos
- Estudiosos evangélico têm defendido a veracidade como também a autenticidade
das passagens e defenderam bem a questão com base nas evidências internas e
externas.
Sua interpretação.
Essas palavras foram dirigidas aos apóstolos
como representantes da igreja de JESUS CRISTO, e dessa forma são parte da
comissão da igreja até o final dos tempos.
A Grande Comissão é dirigida à igreja e deve ser obedecida até o final dos
séculos, e que deve ser interpretada à luz de uma revelação completa.
A Grande Comissão não é um mandamento
isolado, arbitrariamente imposto sobre o cristianismo. Ela é uma soma lógica e
um fluxo natural do caráter de DEUS à medida que Ele é revelado nas Escrituras
(Ez 33.11; 1 Tm 2.4; 2 Pe 3.91, bem como do propósito e impulso missionários de
DEUS conforme revelado no AT (por exemplo, Is 49.6; 56.3-8; Jo 3.10; 4.2,11), e
historicamente encarnado na chamada de Israel (Gn 12.1-3; Êx 19.5,6; Is
42.6,7,19); da vida, teologia e obra salvadora de CRISTO como é revelada nos
Evangelhos (Mt 9.35- 11.1; Lc 19.10; Jo 10.16); da natureza e obra do ESPÍRITO
SANTO como predito por nosso Senhor e manifestado no Pentecostes e depois dele
(Act 2.17; 13.2,4; 16.6-10); e da natureza e projeto da igreja de JESUS CRISTO
como é revelado em Atos (Act 2.9-11,21,39; 13.46-49; 15.7-18) e nas epístolas
(Rm 10.18; Ef 2.11-22; 3,8-11; Cl 1.6,23). CRISTO declarou profeticamente que
seu Evangelho será pregado por todo o mundo como um testemunho para todas as
nações antes que venha o fim (Mt 24.14). O cumprimento desta profecia está
previsto na cena celestial descrita em Apocalipse 7.9,10. A comissão está,
dessa forma, firmemente baseada no corpo total da revelação, tanto no AT como
no NT. Ela forma uma unidade orgânica e uma parte integral dentro desta
revelação, e só recebe o seu significado e força verdadeiros se vista neste
relacionamento mais amplo.
A Grande Comissão não faz do
cristianismo uma religião missionária. O cristianismo é assim por causa de sua
fonte, natureza, e projeto como um todo. Os apóstolos tomaram-se missionários
não por causa de uma comissão, mas porque o cristianismo é o que é, e por causa
da habitação interior do ESPÍRITO SANTO que é um espírito de missões. O próprio
Senhor JESUS CRISTO fala da missão do ESPÍRITO SANTO como uma missão de
testemunho (Jo 15.26; 16.8-15). Desse modo, se as palavras específicas da
Grande Comissão nunca tivessem sido pronunciadas, ou se tendo sido pronunciadas
elas não tivessem sido registradas ou preservadas, o impulso e a
responsabilidade missionária da igreja não seriam sequer minimamente afetados. O impulso das missões prospera onde quer que
o cristianismo seja verdadeiramente conhecido, totalmente crido e genuinamente
experimentado.
Seu valor.
No entanto, é de imenso valor que a
Grande Comissão tenha sido ordenada pelo nosso Senhor, e registrada pelo
ESPÍRITO SANTO, através dos escritores dos Evangelhos. Embora não crie novas
obrigações para o cristianismo, esta ordem final de JESUS CRISTO concentra-se
fortemente no impulso e responsabilidade missionária além da dúvida e da
disputa razoável. Novamente, sua singularidade como o principal mandamento do
Senhor em seu ministério ressurreto a destaca como única entre as suas
palavras, e a toma mais do que apenas uma comissão entre muitos outros mandamentos
aos discípulos. A sua reafirmação por cada um dos escritores dos Evangelhos
testemunha sua tradição viva na igreja primitiva, e o livro de Atos demonstra
sua dinâmica no movimento original do cristianismo.
Sua natureza composta.
A Grande Comissão é um mandamento
composto. Seu registro em todos os quatro Evangelhos e em Atos é singular entre
as palavras de CRISTO e destaca sua importância na mente de cada escritor, sua
riqueza e plenitude de conteúdo, e a unidade e estilo de cada um dos Evangelhos.
Todos eles culminam na Grande Comissão e apontam para uma direção comum. O
cristianismo é centrífugo em natureza e impulso. O fato de que cada um dos
quatro evangelistas entrega a Grande Comissão de uma forma ou de outra, precisa
ser observado. Nenhum deles a entrega em sua totalidade. Embora cada um dos
evangelistas a apresente sob o seu próprio ponto de vista e com sua própria
ênfase, juntos eles completam uns aos outros, trazendo uma totalidade, como
mostra o seguinte esquema.
Mateus - a autoridade, o objetivo com
total inclusão e a extensão de tempo da obra.
Marcos - o método e o escopo geográfico
da obra.
Lucas - a mensagem e a universalidade
da obra.
João - o equipamento espiritual e a
natureza espiritual da obra.
Somente quando vemos todo o esquema como é apresentado nos quatro Evangelhos, é
que enxergamos a Grande Comissão em sua totalidade.
Seu alcance e padrão.
Uma análise da Grande Comissão revela
dois imperativos no grego original que dão direção à comissão. Estes são
encontrados em Mateus e Marcos nas palavras “fazei discípulos” e “pregai o
evangelho”. Assim, a Grande Comissão é como uma elipse com seus focos duplos.
Então, um estudo da Grande Comissão
composta como registrado nos quatro Evangelhos, produz os seguintes fatos. O
objetivo que inclui tudo é “fazei discípulos” de todas as nações, Para que este
propósito se cumpra, deve acontecer o seguinte.
1. Os cristãos devem se engajar em uma
proclamação intensiva e extensiva do Evangelho entre as nações do mundo,
comunicando significativamente o Evangelho de DEUS como está registrado nas
Escrituras.
2. Os cristãos devem conduzir as pessoas
a uma experiência da graça de DEUS que se toma disponível através da morte e
ressurreição de JESUS CRISTO, oferecendo o perdão dos pecados em seu Nome a
todos os que crerem no Evangelho.
3. Os cristãos devem separar as pessoas
de seus velhos relacionamentos pecaminosos (sem tirá-las de sua própria
cultura) e edificá-las dentro da nova congregação de DEUS através da prática do
batismo.
4. Os cristãos devem doutriná-las nos
preceitos do Mestre, e, assim, pela renovação de suas mentes, moldá-las no
verdadeiro discipulado cristão.
Este é o padrão do nosso ministério de acordo com a Grande Comissão. Nenhuma
das coisas essenciais podem ser omitidas ou negligenciadas. Nem o tempo exaure
a dinâmica ou a validade da comissão. Os mandamentos de CRISTO ligam cada
cristão a esta tarefa, até a consumação dos séculos.
(Dicionário Bíblico Wycliffe)
3. A educação cristã.
Precisamos perceber que ninguém motiva ninguém, por
que as pessoas têm suas próprias motivações para agirem desta ou daquela forma.
O que acontece é que através de fatores externos, os estímulos ou incentivos, o
professor crie condições para que os motivos sejam mais intensos ou não.
Notemos que
JESUS foi o mestre que melhor soube estimular seus alunos. CRISTO tinha como
objetivo principal em seu trabalho pedagógico fazer com que os alunos
desejassem aprender o conteúdo por ele ministrado aos mesmos e não se baseava
apenas na pura e simples transmissão do conteúdo em si, mas na completa
apreensão do mesmo. Notamos isso no texto do evangelho de João 4.5-30.
Neste texto vemos que JESUS ao ensinar
sobre o reino para a mulher samaritana, partiu do seguinte princípio, seria
importante que primeiro despertasse a atenção da mulher. E como fez isso? Ele
lhe faz um pedido, que de primeiro instante a surpreende não pela petição , mas
pelo fato de pedir algo a ela, sendo a mulher samaritana, segundo os registros
judeus não se davam com samaritanos. A seguir CRISTO diz-lhe algo que a deixa
sem ação, ou seja, é trazido a conversa um elemento novo, provocando a
curiosidade epistemológica. E a partir daí, toda a conversa é baseada em
estímulos, fazendo com que a atenção não seja de maneira nenhuma desviada do
que O Senhor JESUS desejava lhe ensinar. Ele conhecia as reais necessidades
dela, porém fez com que a aluna em questão tomasse consciência das mesmas.
Os mestres devem conhecer a verdadeira necessidade de conhecimento de seus alunos, para que o trabalho docente seja bem realizado. JESUS teve a atenção da mulher pois não começou sua aula fazendo uma "singela" exposição em 50" minutos sobre o Reino de DEUS, expondo seu brilhante conhecimento sobre o assunto a sua aluna, mas utilizou de uma estratégia pedagógica inteligente, no caso em questão tratava-se de uma conversa trivial, onde a estimulou buscando assim sua participação no processo de construção de seu conhecimento sobre o Reino de DEUS. A cada instante da conversa percebemos que a mulher samaritana estava cada vez mais interessada em perguntar mais e mais sobre o que JESUS estava a lhe ensinar. Até porque ele fez uso do conhecimento que possuía das necessidades de conhecimento de sua turma, no caso, constituída de apenas uma aluna, a mulher samaritana, visando uma verdadeira aprendizagem.
Obs.: Além de tudo isto a manifestação do ESPÍRITO SANTO estava sempre presente nos ensinos de JESUS, veja que a revelação do oculto (Dom Palavra de conhecimento para nós 1Co 12) trouxe àquela mulher a revelação de que estava falando com um profeta, dai para frente JESUS se apresentou, não como mais um dos profetas, mas como "o Profeta" prometido a Israel.
JESUS
ensinava por parábolas (Mc 4.1-3).
É de suma importância a parte dos ensinos que JESUS
trouxe através de Parábolas. As parábolas eram conhecidas pelo povo em geral e
já alguns profetas as tinham utilizado na mensagem divina, as JESUS faz maior
uso delas para ensinar o povo.
Podemos ver nas parábolas uma técnica pedagógica,
cujo objetivo é apresentar um raciocínio e uma conclusão, por detrás de uma
breve narração, facilitando sua memorização e permitindo que o ensinamento de
fundo, possa surgir gradativamente na mente dos ouvintes, até a sua plena
compreensão.
As parábolas
também têm a vantagem de prender a atenção das pessoas em coisas importantes a
serem transmitidas, evitando assim perguntas indesejáveis em outras áreas do
ensino, que não devem ser respondidas no momento.
Quando a parábola de JESUS é entendida, pode trazer
ensino valioso para a eternidade, sendo de grande importância para todas as
gerações seguintes.
O maior
problema da aprendizagem é o defeito que os homens têm de pré-julgar o que
ouvem antes de terminarem de ouvir, assim a parábola pode desviar essa
predisposição e tornar mais atrativo esse ensino.
Parábola
pode ser definida como "narração alegórica na qual o conjunto de elementos
evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior ou moral". É
preciso ouvir com atenção para se poder julgar e se ter uma conclusão
aceitável. Talvez a parábola do antigo testamento de maior repercussão tenha
sido a do profeta Natã em sua repreensão ao rei Davi pelo seus pecados de
adultério e assassinato contra o esposo de sua amada Bate-Seba, Urias.
Trecho da parábola:
2Sm 12.1E o
Senhor enviou Natã a Davi; e, entrando ele a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade
dois homens, um rico e outro pobre. 2O rico tinha muitíssimas ovelhas e vacas;
3mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma pequena cordeira que comprara e
criara; e ela havia crescido com ele e com seus filhos igualmente; do seu bocado
comia, e do seu copo bebia, e dormia em seu regaço, e a tinha como filha. 4E,
vindo um viajante ao homem rico, deixou este de tomar das suas ovelhas e das
suas vacas para guisar para o viajante que viera a ele; e tomou a cordeira do
homem pobre e a preparou para o homem que viera a ele. 5Então, o furor de Davi
se acendeu em grande maneira contra aquele homem, e disse a Natã: Vive o
Senhor, que digno de morte é o homem que fez isso. 6E pela cordeira tornará a
dar o quadruplicado, porque fez tal coisa e porque não se compadeceu. 7Então,
disse Natã a Davi: Tu és este homem.
As parábolas de CRISTO possuem a diferença fundamental de forçarem o ouvinte a tomar uma posição sobre o assunto. Sua estrutura impele as pessoas a refletirem sobre sua conclusão. Existe um aspecto positivo que parece sobressair em relação aos demais.
(Mt 13.1-23; Lc 8.4-15) 1 E outra vez começou a ensinar junto ao mar, e ajuntou-se a ele grande multidão; de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto ao mar. 2E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas e lhes dizia na sua doutrina: 3Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear. 4E aconteceu que, semeando ele, uma parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do céu e a comeram. 5E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda. 6Mas, saindo o sol, queimou-se e, porque não tinha raiz, secou-se. 7E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocaram, e não deu fruto. 8E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro, cem. 9E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça. 10E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola. 11E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do Reino de DEUS, mas aos que estão de fora todas essas coisas se dizem por parábolas, 12para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam, para que se não convertam, e lhes sejam perdoados os pecados. 13E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas? 14O que semeia semeia a palavra; 15e os que estão junto ao caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada no coração deles. 16E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais, que, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem; 17mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. 18E os outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra; 19mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera. 20E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, e a recebem, e dão fruto, um, a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um.
Para o povo humilde e simples as parábolas traziam ensinos de orientação moral, de consolação e de esperança para os aflitos. Eram a "moral da história", nesse ensino prático as pessoas viam seu cotidiano e assimilavam o ensino de maneira prática em suas vidas. Para as pessoas mais instruídas as parábolas funcionavam como chibatadas na alma e as levavam ao arrependimento ou ódio ao narrador das mesmas.Para os discípulos de JESUS (seus apóstolos) esses ensinos eram bem explicados para que mais tarde fossem registrados em seus escritos e na manutenção do ensino na Igreja emergente.
JESUS
é o Mestre por excelência.
Ele não ensinava como os fariseus - seus ensinos
refletiam o modo como vivia.
Ele não ensinava à moda dos escribas - seus ensinos
tinham autoridade.
Ele não ensinava como os filósofos gregos - seus
ensinos produziam vida eterna.
Ele não ensinava como os tribunos romanos - seus
ensinos impunham à ética do Reino.
Ele não ensinava tal qual os rabinos - seus ensinos
eram da Nova Aliança.
Ele não ensinava semelhante os monarcas - seus
ensinos eram graciosos.
Ele não estudou nas escolas rabínicas, mas muitos
rabinos se tornaram discípulos seu.
Ele não era membro do Sinédrio, mas os inquietou com
suas verdades.
Ele não era amigo de Pilatos, mas, no silêncio, o
ensinou a verdade.
Ele ensinava o que ouvira do Pai Eterno (Jo 15.15), enquanto outros, o que aprenderam nos livros.
A classe de
novos convertidos na Escola Dominical é uma expressão ou extensão do amplo
Ministério do Discipulado.
O Discipulado é um ministério pessoal, ilimitado e flexível. É uma das formas
mais rápidas de aumentar o número de batismos e aprofundar a qualidade de vida
dos que são alcançados para CRISTO.
Antes de conhecer as peculiaridades de
sua classe e os métodos mais adequados a serem adotados, o ensinador de Novos
Crentes precisa saber de antemão o que significa ser discípulo. Quem não é
discípulo não pode fazer discípulos!
A palavra "discípulo",
mathetés, é usada 269 vezes nos Evangelhos e em Atos. Significa pessoa
"ensinada" ou "treinada", aluno, aprendiz. (Texto-base: Mt
28.19,20.)
Nos Evangelhos, JESUS define a palavra discípulo de cinco maneiras:
1) Discípulo é um crente que está envolvido com a Palavra de DEUS de maneira
contínua (Jo 8.31).
2) Discípulo é aquele que ama sacrificialmente, sem medir esforços (Jo 13.35; 1
Jo 3.16).
3) Discípulo é alguém que permanece diariamente em união frutífera com CRISTO
(Jo 15.8).
4) Discípulo é aquele que assume a sua cruz e segue a CRISTO (Lc 14.27).
5) Discípulo é aquele que renuncia tudo que tem (Lc 14.33).
A
existência da igreja local decorre, essencialmente, de duas atividades
conjuntas: da evangelização e do discipulado.
A TAREFA DA
IGREJA NO DISCIPULADO
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as
em nome do Pai, e do Filho, e do ESPÍRITO SANTO;
ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu
estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! Mateus 28:19,20
a.
A visão da igreja quanto ao discipulado. Três importantes elementos
relacionados aos cristãos locais devem estar vinculados ao propósito de uma
igreja que deseja crescer em quantidade e qualidade: conservação,
desenvolvimento e multiplicação.
b. O quadriforme método
de JESUS. O texto de Mateus 28.19,20 apresenta o método quadriforme,
ordenado por JESUS: indo, fazendo discípulo, batizando e ensinando.
DISCIPULADO E
DISCÍPULO
a quem anunciamos, admoestando a todo homem e
ensinando a todo homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo homem
perfeito em JESUS CRISTO; Colossenses 1:28
até que todos cheguemos à unidade da fé e ao
conhecimento do Filho de DEUS, a varão perfeito, à medida da estatura completa
de CRISTO, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por
todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam
fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele
que é a cabeça, CRISTO, do qual todo o corpo, bem-ajustado e ligado pelo
auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o
aumento do corpo, para sua edificação em amor. Efésios 4:13-16
a. Que é
discipulado? É o trabalho cristão efetuado pelos membros da igreja, a fim
de fazer dos novos crentes-crianças, jovens e adultos -, autênticos
cristãos, cujas vidas se assemelham em palavras e obras do ideal
apresentado pelo Senhor JESUS CRISTO, conforme lemos em Mateus 28.18- 20; Colossenses 1.28,
29; Efésios 4.13-16.
b. Que
significa ser discípulo? A palavra discípulo no Novo Testamento quer dizer
um "aprendiz" e "seguidor do seu mestre".
A IGREJA
REALIZANDO O DISCIPULADO
Apolo era bom
pregador, mas ainda precisava ser discipulado - Ele começou a falar ousadamente
na sinagoga. Quando o ouviram Priscila e Áquila, o levaram consigo e lhe
declararam mais pontualmente o caminho de DEUS. Atos 18:26
Paulo era
instruído aos pés de Gamaliel, mas precisou do discipulado de Barnabé - E,
quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos
o temiam, não crendo que fosse discípulo. Então, Barnabé, tomando-o consigo, o
trouxe aos apóstolos e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor, e este
lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de JESUS. Atos 9:26,27
a.
A Igreja deve selecionar , pessoas para o discipulado. Os
primeiros crentes que JESUS escolheu para trabalhar foram: João e André (Jo 1.35-40);
este último trouxe seu irmão Pedro (Jo 1.41,42); Filipe e Natanael(Jo1.43-46);
Mateus (Mt9.9) e outros mais.
b. A igreja
deve concentrar sua atenção sobre os discipuladores. O pastor da
igreja é o ponto de partida para a dinâmica do ministério do discipulado.
c. A igreja deve treiná-Ios para a tarefa do discipulado. Foi num grupo pequeno, distinto, mas coeso, que JESUS investiu a maior parte do tempo do seu ministério.
Formemos evangelistas, mas não nos esqueçamos dos discipuladores!
A “doutrina
dos apóstolos” (At 2.42) é formada pelos ensinos de JESUS a seus apóstolos e
também pelas revelações do ESPÍRITO SANTO a eles sobre os escritos da lei e dos
profetas. esses ensinos podemos aprender lendo e meditando na Bíblia ou
frequentando cursos como a EBD e faculdades teológias, desde que nossos
professores vivam o que ensinam.
EDUCAÇÃO
A palavra grega paideia, “treinamento infantil”,
“instrução”, *alimentação”, é usada três vezes no NT. Ela abrange todo o
cultivo da mente e da moral de uma criança, e o emprego de ordens e
admoestações, censura e castigo, com a finalidade de atingir este objetivo (Ef
6.4). Quando aplicada a adultos, ela fala daquilo que desenvolve a alma,
corrigindo erros e controlando paixões através da “instrução” na justiça (2 Tm
3.16). Quando aplicada a crianças, tem o sentido de treinamento infantil ou
“castigo" (Hb 12.5,7,11; cf. Pv 3.11,12; 15.5).
Judaica
A educação judaica era primeiramente religiosa e,
até a época do Novo Testamento, dava-se em casa. Era dever do pai instniir seu
filho sobre as tradições religiosas (Êx 12.26,27; Dt 4.9; 6.7).
Era essencial que a criança aprendesse a ler as Escrituras. Felizmente, o
alfabeto hebraico com suas vinte e duas letras era muito mais fácil do que as
centenas de caracteres cuneiformes e hieroglíficos dos vizinhos de Israel, Em
Isaías 28,10, “mandamento e mais mandamento” é literalmente “s após s, e q após
q”, uma referência ao ensino do alfabeto. Em Isaías 10.19, lemos: “E o resto
das árvores da sua floresta será tão pouco, que um menino as poderá contar״. O homem
jovem de Juizes 8.14 ״escreveu" os nomes dos anciãos da cidade.
O ensino formal longe de casa não foi
atestado até a era intertestamentária. Ben Sirach (aprox. 180 a.C.) fala de uma
“casa de aprendizagem” (gr. otkos paideias, em heb. bethmidrash). Sob Jason
(175-171 a.C.), o sumo sacerdote helenizante, um ginásio foi estabelecido em
Jerusalém (1Mac 1.14; 2Mac 4.9; Josefo, Ant. xii.5.1). No helenismo, o ginásio
era a principal instituição educacional.
Simon ben Shetah (aprox. 75 a.C.) decretou uma lei que estabelecia que as
crianças deveriam ir à escola. O desenvolvimento decisivo, entretanto, veio com
a ordem de Josué ben Gamala, sumo sacerdote em 63-65 a.C., de que cada cidade
deveria ter uma escola para crianças a partir de seis anos de idade.
De acordo com a declaração de Judah ben
Tema (século II a.C) em Pirke Aboth 5.21, o programa de estudos a ser
desempenhado era: (a) as Escrituras - aos cinco anos; (b) o Mishnah - tradições
orais - aos dez anos; (c) a chegada da idade — aos treze anos; e (d) o Talmude
- comentários sobre o Mishnah - aos quinze anos. Esperava-se que os rapazes se
casassem aos dezoito anos.
As meninas recebiam educação em casa, e
freqüentemente eram feitos casamentos arranjados qnando tinham doze ou treze
anos. Elas iam à sinagoga, e algumas conheciam bem as Escrituras (cf. alusões
do Antigo Testamento no “Magnificat” de Maria, Lc 1.46-55).
A maioria dos pais não podia permitir
que seus filhos tivessem mais do que o ensino primário. Alguns rabinos
desprezavam aqueles que haviam estudado somente as Escrituras, tendo-os como
ignorantes, ‘am-ha’arets, “pessoas da terra” (cf. Jo 7.15; Act 4.13). Aqueles
que estudavam para se tomarem rabinos continuavam sua educação na academia de
Jerusalém, e eram ordenados com aproximadamente vinte e dois anos de idade.
As classes do primário reuniam-se nas
sinagogas, tendo o hazzan, ou responsável pelos rolos, como professor. O
professor tinha que ser um homem casado; nenhuma mulher tinha permissão para
ensinar (cf. 1 Tm 2.12). As crianças de várias idades sentavam-se no chão
diante do professor. A criança aprendería a ler as Escrituras em voz alta,
começando por Levítico. Em continuação, a criança prosseguia no conhecimento da
maior parte das Escrituras, embora alguns livros do AT, como, por exemplo,
Cantares de Salomão, não eram ensinados aos alunos imaturos.
A ênfase era colocada na memorização, e
o método era a repetição. Dizia-se que um professor do Mishnah chegava a
repetir uma lição 400 vezes! Os açoites eram usados nos casos de alunos
recalcitrantes. O Mishnah não considerava o professor culpado se o aluno
morresse em conseqüência de tais repreensões. A palavra heb. para educação,
musar, orígina-se da raiz ysr, “castigar, disciplinar”. O ensino dos meninos
começava ao amanhecer e freqüentemente continuava até o pôr-do-sol. Algumas pessoas têm questionado se eles
tinham horário de almoço! O período de aulas era reduzido para quatro horas
durante os meses quentes de julho e agosto. No dia que antecedia o sábado havia
apenas meio período de aulas, e as aulas eram suspensas por ocasião das festividades
religiosas.
A academia de Jerusalém para futuros
rabinos era famosa por ter professores como Hilel e Samai (século I a.C.). Aqui
Paulo estudou aos pés do ilustre neto de Hilel, Gamaliel (Act 22.3). Gamaliel
era um dos poucos rabinos que permitia que os alunos aprendessem o grego. Os
rabinos, como regra geral, não recebiam qualquer pagamento por ensinarem, mas
se sustentavam trabalhando como moleiros, sapateiros, alfaiates, oleiros etc.
(cf. Act 18.3). De fato, cada pai tinha o dever de ensinar um ofício a seu
filho.
Várias formas de discurso e figuras de
linguagem eram ensinadas nas escolas gregas e romanas. Paulo usa cerca de
trinta tipos diferentes de figuras retóricas em seus escritos. F. W. Farrar
sugere que ele pode ter recebido algum tipo de treinamento rudimentar de
retórica em Tarso. Por outro lado, a escassez de alusões clássicas (Act 17.28;
1 Co 15.33; Tt 1.12) e a qualidade de seu grego mostram que o apóstolo evitou
os excessos para que sua mensagem fosse a mais direta e inteligível para todos
os tipos de leitores, não utilizando todo o seu conhecimento clássico recebido
na afamada instituição em que estudou. Ele foi provavelmente enviado a
Jerusalém antes de completar treze anos. Alguns estudiosos têm discutido o fato
da palavra anatethrammenos, “criado”, em Atos 22.3, significar qne Paulo já
vivia em Jerusalém até mesmo antes desta idade. Embora tenha tido um grande
treinamento, Paulo repudia (1 Co 2.1) o uso da linguagem retórica elaborada e
pomposa tão comumente usada pelos oradores de sua época para ganhar o aplauso
dos ouvintes (por exemplo, Tértulo, Atos 24.1-8). Nem mesmo os escritores
romanos estavam satisfeitos. Petrônio, um contemporâneo de Paulo, escreveu:
“Ninguém se importaria com este artifício se apenas colocasse os nossos alunos
no caminho da verdadeira eloquência... Ação ou linguagem são a mesma coisa:
grandes frases como bolas de mel, cada sentença parecendo ter caído e se
enrolado em sementes de papoula e gergelim”.
Dicionário
Bíblico Wycliffe
II
- O TRIPÉ DO DISCIPULADO: PALAVRA, COMUNHÃO E SERVIÇO
Ensino da Palavra de DEUS na EBD e nos cultos de
ensino, inclusão do novo convertido nas visitas pastorais e no trabalho da
igreja como corais, vocais, bandas, evangelismo, etc... tudo isso vai fazer do
novo convertido um crente também ganahdor de almas.
1.
A Palavra.
Os apóstolos como mestres. Durante seu ministério, o
Senhor Jesus enviou os seus discípulos para ensinar (Mc 6.30). Mais tarde, o
Senhor mandou que fizessem discípulos de todas as nações, e ensinando-os a
observar tudo o que Ele havia ordenado (Mt 28.20). Depois do Pentecostes, que
ocorreu após a ascensão, os apóstolos ensinaram, ao povo que o Senhor Jesus
ressuscitou dos mortos (Act 4.2). O Concílio judeu mandou que Pedro e João
desistissem de ensinar no nome de Jesus (Act 4.18), uma ordem que eles não atenderam,
e foram presos no templo enquanto continuavam a ensinar (Act 5.21, 24ss.).
Apesar de uma outra severa advertência das autoridades, os apóstolos
continuaram a ensinar e pregar a Jesus Cristo (Act 5.42) até que toda Jerusalém
estivesse repleta de seu ensino (Act 5.28).
Barnabé e Paulo ensinaram durante um
ano inteiro na igreja que estava em Antioquia (Act 11.26; cf. 15.35). O
procônsul Sérgio Paulo ficou admirado com o ensino de Paulo sobre o Senhor
Jesus (Act 13.12). Quando os atenienses ouviram Paulo, eles o levaram ao
Areópago para que pudesse lhes expor seu novo ensino (Act 17.19). Paulo passou
dezoito meses em Corinto ensinando a Palavra de Deus (Act 18.11), e mais tarde
lembrou aos presbíteros efésios que ele lhes havia ensinado publicamente e de
casa em casa durante sua estada em Éfeso (Act 20.20). Apolo, embora conhecendo
apenas o batismo de João, ensinou diligentemente em Éfeso as coisas do Senhor
(Act 18,25). Os discípulos judeus acusaram Paulo diante de Tiago e dos
presbíteros em Jerusalém, de ter ensinado os gentios a abandonar as leis de
Moisés, a deixar a prática da circuncisão, e a abandonar os costumes judeus
(Act 21.21). Esta mesma acusação foi lançada pelos próprios judeus quando
descobriram Paulo no templo e
exclamaram contra ele como alguém que havia ensinado os homens em toda parte
contra os judeus, a lei, e o templo (Act 21.28). Pela palavra falada e escrita,
os apóstolos ensinaram a mensagem do cristianismo aos seus contemporâneos.
Mestres na igreja. Paulo refere-se
repetidamente à sua designação como mestre dos gentios na fé e na verdade (1 Tm
2.7; 2 Tm 1.11) e de sua doutrina (2 Tm 3.10; 1 Co 4.17). Ele negou que o
Evangelho que ele pregava tivesse sido ensinado por um homem; antes ele
declarou que o recebeu pela revelação de Jesus Cristo e pelo próprio Senhor
JESUS(Gl 1.12; 1 Co 11.23). O ensino de Paulo foi dirigido a todos os homens em
toda a sabedoria para que todo homem pudesse tomar- se maduro em Cristo (Cl
1.28; cf. Hb 6.1,2). Entre os dons e a capacitação do Cristo que subiu aos céus
a fim de equipar e treinar os membros de seu Corpo, estavam a capacitação para
se tornarem doutores (ou mestres; Efésios 4.11). Uma vez que os apóstolos,
profetas e evangelistas tinham a princípio uma grande mobilidade, é provável
que muitos dos mestres na igreja primitiva tenham tido um ministério de
viagens, visitando os crentes em uma certa cidade por um período mais curto ou
mais longo. E provável que a maioria ou todos os cinco homens citados em Atos
13.1 não estivessem residindo permanentemente em Antioquia.
O papel do mestre na igreja era
designado e desempenhado através da indicação Divina e da capacitação do
Espírito (1 Co 12.28), A integridade e a fidelidade para com a tarefa do ensino
são enfaticamente ordenadas (Rm 12.7; 1 Tm 4.11,13,16), tanto em sua preparação
como em seu conteúdo (Tt 2.1,7; 2 Tm 4.2). Aqueles que ensinam devem ser
considerados dignos de duplicada honra (1 Tm 5.17), e merecem o apoio daqueles
que são ensinados (Gl 6.6). O aspirante a mestre é solenemente advertido de que
esta atividade, em última instância, o envolverá em um julgamento mais rigoroso
(Tg 3.1).
Mas embora existam aqueles que são
especialmente selecionados para ensinar na igreja, cada crente deve envolver-se
neste ministério (Cl 3.16; 1 Co 14.6,26; Hb 5.12). Este deve ser para o
benefício de todos, e não deve ser complacente com desordem na adoração da
igreja (1 Co 14.6,19,26). O servo do Senhor deve ser apto para ensinar e evitar
contendas (2 Tm 2.24). Embora as mulheres sejam proibidas de ensinar os homens
na igreja (1 Tm 2.12), Paulo ordena que as mulheres idosas ensinem o que é bom
enquanto educam as mulheres mais jovens (Tt 2.3).
O ensino na igreja. Há uma referência
no NT a uma tradição cristã apostólica denominada diferentemente de sã doutrina
(Tt 2.7) ou de palavra fiel (Tt 1.9), que havia sido entregue à igreja (Rm
6.17; 16.17; Ef 4.21; Cl 2.7; 2 Ts 2.15; 2 Tm 2.2; Tt 1.9). Os primeiros
discípulos em Jerusalém dedicaram-se ao ensino dos apóstolos (Act 2.42). Parte
desta tradição era o AT, que é proveitoso, diz Paulo, para o ensino (Rm 15.4; 2
Tm 3.16; cf. 1 Tm 1.8-10). O ensino cristão, e somente ele (1 Tm 1.3), deve ser
confiado aos homens que crêem, que por sua vez serão capazes de ensinar aos
outros também (2 Tm 2.2; cf 1 Tm 4.11). O presbítero, portanto, deve ser apto
para ensinar (1 Tm 3.2), e deve permanecer firme na palavra fiel que lhe foi
ensinada, para que possa dar instrução na sã doutrina e oferecer uma apologia
eficaz para a fé (Tt 1.9). A obediência ao padrão da doutrina é creditada com o
poder moral para libertar o crente da escravidão do pecado (Rm 6.17). A
doutrina está de acordo com a piedade (1 Tm 6.3) e fornece o alimento
espiritual necessário ao crente (1 Tm 4.6).
Outros usos. O menino Jesus foi
encontrado por sua família sentado entre os doutores da lei no templo (Lc
2.46), Nicodemos foi chamado, por nosso Senhor, de mestre de Israel (Jo 3.10
etc.). João Batista ensinou a seus discípulos como orar (Lc 11.1). O Senhor
Jesus adverte que aquele que infringe o menor mandamento e assim o ensina aos
homens, será o menor no reino; e, ao contrário, aquele que observa e ensina
corretamente aos homens será grande no reino (Mt 5.19). Jesus censurou os
escribas e os fariseus por adorarem a Deus de forma vã, ensinando como
doutrinas os preceitos dos homens (Mt 15.9; Mc 7.7; cf. Is 29.13).
Paulo rogou a Timóteo que ensinasse as
sãs palavras de Jesus, e que rejeitasse aqueles que ensinam de outra maneira (1
Tm 6.2ss.). O apóstolo ensinou que havia aqueles que deveriam ser silenciados
visto que estavam perturbando famílias inteiras ensinando basicamente o que não
tinham o direito de ensinar (Tt 1.11), e também adverte Timóteo contra os
judaizantes que desejavam, em vão, se tornar mestres da lei (1 Tm 1.7). O mesmo
apóstolo exortou os efésios à integração espiritual e à participação vital de
todos dentro da igreja, para que eles não fossem agitados de um lado para outro
e levados ao redor por todo vento de doutrina (Ef 4.14).
O autor da epístola aos Hebreus adverte
seus leitores a não se deixarem envolver por doutrinas várias e estranhas (Hb
13.9), enquanto João ordena aos seus leitores que não se associem a alguém que
não permaneça na doutrina de Cristo (2 Jo 9,10). A igreja em Pérgamo é
criticada por ter alguns que aderiram ao ensino de Balaão e à doutrina dos
nicolaítas (Ap 2.14), enquanto a igreja em Tiatira é censurada por tolerar o
ensino de Jezabel (Ap 2.20,24)
Quando a Bíblia fala de doutrina dos póstolos está se referindo ao ensino de JESUS a eles e experiência deles próprios com o Senhor JESUS e com o ESPÍRITO SANTO que lhes ensinava a Palavra de DEUS e os usava para escrever mais da Palavra de DEUS.
Atos 2.41 De sorte que foram batizados os que
de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três
mil almas. 42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no
partir do pão, e nas orações.
43 Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos
apóstolos. 44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. 45
Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um
tinha necessidade. 46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e
partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, 47
louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava
o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
FONTE: APAZDOSENHOR.ORG
Nenhum comentário:
Postar um comentário