OBJETIVO GERAL
Esclarecer que a cura divina acontece hoje.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conceituar a cura divina na Bíblia;
Pontuar a cura divina como parte da salvação;
Refletir sobre a cura divina e os desafios atuais
TEXTO ÁUREO
“É ele que
perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades.”
(Sl 103.3)
VERDADE PRÁTICA
A cura de enfermidades é um dos benefícios da obra redentora do Calvário.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
–
Isaías 53.4-6; Mateus 8.16,17
Isaías 53.4 – Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
5 – Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.
6 – Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
Mateus 8.16 – E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos,
17 – para que se cumprisse o que fora
dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e
levou as nossas doenças.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A mensagem sobre a cura divina é uma doutrina importante pregada pelos pentecostais. É a percepção de que o Evangelho é pleno, diz respeito tanto à alma quanto ao corpo. É preciso reafirmar essa doutrina em nossos dias. A cura divina é um dos muitos sinais que confirmam a mensagem do Evangelho.
A igreja antiga esperava que essa realidade acontecesse enquanto se proclamava a mensagem de salvação. Assim como Jesus curou no passado, Ele continua a fazer atualmente. Nosso Senhor sentia-se compelido a curar pessoas, sua compaixão era visível quando se relacionava com os doentes. Essa imagem também deve ser a de toda igreja que vive na dimensão do Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
Assim como Jesus fez no passado, Ele deseja atualmente curar e libertar os enfermos e os oprimidos. Ele demonstrou misericórdia e compaixão ao tomar sobre si as nossas enfermidades e dores. O caráter e a compaixão de Jesus permanecem imutáveis na atualidade. Deus é fiel para curar as nossas enfermidades.
PONTO CENTRAL:
A cura
divina é para hoje.
| Lição 10 – O Senhor Jesus Cura Hoje
Capitulo 4
Porque Alguns Não São Curados
Como já frisei no prefácio deste livro,
certamente não tenho todas as respostas sobre a cura divina. Entretanto, creio
que a Palavra de Deus ajudar-nos-á a compreender, por exemplo, porque algumas
pessoas não alcançam a cura nem pela própria oração, nem pela oração de outrem.
Eis algumas razões:
1. Falta de Fé
(Tg
1.6,7)
A fé deve estar presente sempre que formos orar acerca de qualquer assunto. Este princípio tem de ser aplicado quando nos achegamos a Deus. "Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam" (Hb 1 1.6). A fé, na Bíblia, não é simplesmente uma atitude mental. Ela envolve fidelidade e obediência para com Deus e sua vontade.
2. Pecado Oculto
(Tg 5.14-15; Sl 66.18)
Não há dúvida de que Deus espera que
confessemos nossos pecados, estando bem ou mal de saúde. Quando tentamos
encobrir pecados em nossa vida, enganamo-nos a nós mesmos.
3. Egoísmo
(Tg 4.3)
Alguns desejam saúde perfeita por razões
egoístas, e não para maior glória de Deus. É claro que o Todo-poderoso é bom e
compreensivo. Mas se vamos usar a cura para continuar em nossa velha maneira de
ser, sem observar sua Palavra nem dar-lhe o primeiro lugar em tudo, Ele não tem
motivos para curar-nos.
4. Confirmação da Fé
(Tg 1.3; Sl 119.67,71)
Não podemos nos esquecer também de que muitas
vezes a doença bate-nos à porta a fim de que exercitemos a nossa fé, e nos
tornemos mais ousados em nossa confiança para com Deus. Não foi isso o que
aconteceu a Jó e a Ezequias?
5. Pecado para a Morte
(1 Jo 5.16,17)
Desobediência deliberada para com a Palavra de
Deus e blasfêmia contra o Espírito Santo poderão certamente conduzir à doença e
à morte.
6. Coração Rancoroso
(Mt 18.32.35)
Como
cristãos, devemos conhecer a prática do perdão em nosso viver diário. "De
sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus"
(Fp 2.5).
A maior
lição de perdão foi ensinada por Jesus, ao exortar Pedro a perdoar as ofensas
do próximo até setenta vezes sete. De fato, se soubermos que nosso irmão tem
algo contra nós, ainda que seja ele quem nos tenha magoado, devemos pedir-lhe
perdão, antes de deixarmos nossa oferta no altar (Mt 5.23,24). Como poderíamos
esquecer as palavras do Mestre na cruz.: "Pai, perdoa-lhes, porque não
sabem o que fazem" (Lc 23.34).
7.
Premeditada Desobediência à Vontade Divina
(Êx 15.26; Dt 28.45)
O
Senhor tem-nos revelado seu plano para uma vida abundante e bem sucedida. As
Escrituras falam claramente sobre a qualidade de vida que Deus deseja para seus
servos. Ele concedeu-nos o modelo completo na pessoa de seu Filho, Jesus
Cristo. Se, deliberadamente, escolhermos desobedecer a vontade de Deus e suas
leis, teremos de suportar os resultados da desobediência.
8.
Orgulho
(2 Co 12.7-9)
Nas Escrituras, o Senhor trata severamente as pessoas que deixam a soberba e o egoísmo dominarem suas vidas e ações. Nabucodonosor, no Antigo Testamento, oferece-nos um exemplo (Dn 4.29-37). O mesmo ocorre com o rei Herodes (At 12.21-24).
Capitulo 5
O Desejo de
Deus em Curar o Homem
A maior
prova do desejo divino em curar o homem é que Deus, em sua Palavra, promete
realmente fazê-lo. Foi Ele mesmo quem providenciou tais meios, como já foi dito
no primeiro capítulo. Se assim não fora, seríamos incapazes de estabelecer uma
base bíblica para o assunto. Aquele que providenciou os meios para a salvação e
a redenção, não deixou de providenciar também os meios para a cura.
1. Ele Deseja Curar
(Mt 8.2,3)
Como é maravilhoso observar o "Deus Encarnado"
declarando: "EU QUERO". Palavras não poderiam descrever melhor a
compaixão e a disposição do Senhor em curar o doente.
2. Ele
Promete Curar
(Is 53.4,5; Sl 105.37; 107.20)
Poderia
Deus fazer uma promessa e não cumpri-la? Tanto no Antigo quanto no Novo
Testamento, vemos repetidas evidências de sua fidelidade para com suas
promessas.
3.
Comprovado no Ministério Terreno de Cristo
(Mt
4.23; 8.16,17; 9.35 e 10.1)
Uma
importante fração do ministério de Cristo foi despendida na obra de curar e
libertar. Desgastou-se tanto nesse mister que, em várias ocasiões, ele e seus
discípulos viram-se obrigados a tirar um tempo para recuperar as forças físicas
e mentais (Mc 6.30-32).
4. Um
Sinal do Compromisso Cristão
(Mc 16.17)
Jesus
declarou que a cura divina seria um sinal do compromisso divino com a Grande
Comissão. Isso aconteceu depois de sua crucificação e ressurreição, quando Ele
ainda instruía os discípulos acerca das responsabilidades do Reino e a tarefa
de evangelizar o mundo. Jesus claramente afirmou que o restabelecimento de um
enfermo, pela imposição de mãos, seria um sinal de que Deus estava cooperando
com os crentes no desempenho da tarefa de proclamar o Evangelho.
5.
Jesus Veio Livrar o Homem do Pecado e do Castigo Enfermidades são
conseqüências da queda do homem no Éden.
Os
versículos de Mateus 8.17 e 1 Pedro 2.24 não deixam dúvida de que Cristo levou
sobre si nossas dores, bem como nossos pecados. Almejando fazer-nos
"sãos", ele carregou com nossas enfermidades. Que amoroso Salvador e
Senhor!
6. O Caráter de Deus Um de seus nomes é
Jeová-Rafá,
"O Senhor que cura". Seu próprio nome revela seu desejo de curar.
Capítulo 6
Os Dons de
Curar
Dentre
os vários dons espirituais que operam na Igreja, encontram-se os dons de curar
(1 Co 12.9). Observe atentamente que eles são distribuídos pelo Espírito Santo,
e estão no plural. Como já afirmamos, os dons de curar estão diretamente
relacionados ao evangelismo. São designados em Marcos 16 como um sinal para o
cristão e o infiel. Fortes evidências indicam serem eles abundantes na expansão
evangelística, como no caso de Filipe, em Samaria. A vida e o ministério do
apóstolo Paulo, especialmente em seus esforços missionários em estabelecer
igrejas, sustentam esta conclusão.
O salvo
deve ter um forte fundamento doutrinário a fim de evitar o fanatismo, o
misticismo e o engano. Satanás tem feito imitações, e usado o óbvio para
confundir o cristão acerca do sobrenatural. Há também homens vorazes que
procuram tirar vantagens do miraculoso para ganho próprio, logrando iludir até
mesmo os escolhidos. Precisamos estar conscientes acerca destes fatos:
• Os dons de curar são concedidos pelo
Espírito Santo.
• Nenhum homem pode roubar a glória de Deus;
e, desta, desfrutar impunemente.
• Curas genuinamente divinas são realizadas
pelo poder do nome de Jesus.
• Um servo fiel jamais usurpará o poder de
Deus, reivindicando a si próprio, o mérito da cura.
• O agradecimento do que recebe a cura, e do
público em geral, deve ser dirigido sempre para Deus. Nenhum misticismo foi
encontrado em quaisquer das curas operadas por Cristo ou pelos apóstolos. Elas
eram realizadas abertamente, visível a todos, e homem nenhum recebia a honra a
não ser o Pai Celeste. Eis alguns dos meios usados por Deus na cura de
enfermos:
1. Tocando ou Impondo as Mãos, Segundo
Orientação Divina
(Mc
16.18) Em alguns cultos, seria totalmente impossível o ministro impor as mãos
sobre todas as pessoas, por causa da grande audiência, ou da numerosa
quantidade de enfermos. Em algumas de nossas cruzadas no Brasil, e em outros
lugares, reunimos multidões de até dez mil pessoas, o que torna impossível
tratar com cada uma em particular. Em semelhantes casos, fazemos uma oração
coletiva, e encorajamos as pessoas a confiar no toque especial de Cristo. Em
pequenos ajuntamentos, porém, é possível impor as mãos sobre cada um,
individualmente.
2. Uma Palavra Proferida com Autoridade Divina
(At 3.6) Em muitas de nossas cruzadas, temos
visto centenas de pessoas serem curadas de uma só vez, ao declararmos o poder e
a autoridade do nome de Jesus. No Salmo 107:20, há uma relevante declaração:
"Enviou-lhes a sua palavra e os sarou". A palavra com autoridade
divina.
3. A
Presença Física de Um Homem de Deus
(At. 5.15,16) É claro que o Senhor pode curar
sem a presença de uma terceira pessoa. Temos numerosos testemunhos de
indivíduos que foram curados num leito de hospital, no trabalho, ou sozinho em
casa. No entanto, muitas vezes Deus prefere a presença de outra pessoa de fé,
através de quem a cura é concedida, após a oração e a declaração da autoridade
do nome de Jesus.
4. À
Distância (Jo 4.49-52) Um dos mais significantes milagres de cura, no
ministério de Cristo, foi efetuado sem a sua presença física. Ele simplesmente
declarou que a cura fora efetuada. O pai acreditou, e o filho foi completamente
restaurado. Todos ficaram atônitos ao descobrir que o milagre ocorrera na hora
exata em que Jesus declarara: "Vai, teu filho vive". '.
5. O
Termo Dons Certas pessoas são grandemente usadas na cura de determinadas
enfermidades, e têm obtido grandes resultados, orando por doenças específicas.
Acredito que esta é a razão do termo "dons" estar no plural. Em meu
próprio ministério, tenho visto mais pessoas serem curadas de tumores, bócios
(papos), do que de quaisquer outras enfermidades.
Capitulo 7
A Obra de Curar
Não
poderia concluir este livro sem especificar determinados fatos de extrema
importância acerca da cura divina. Cresci no Brasil, e investi a maior parte de
minha vida e do meu ministério nesta nação. Possuindo grande extensão geográfica
e numerosa população, o Brasil distingue-se como uma nação extremamente
religiosa. Embora seja a maior nação católica romana do mundo, é também onde se
encontra o maior número de pentecostais. Avulta-se, de igual modo, como o maior
centro de divulgação e prática dos cultos afros. Segundo algumas esta-
tísticas, oitenta e cinco milhões de brasileiros são adeptos da macumbaria!
O povo
de minha nação acredita no sobrenatural.
Mas a
fonte nem sempre é Deus. As forças satânicas empenham- se em imitar as forças
divinas. Afinal, Satanás tem seus magos e feiticeiros que podem até transformar
cajados em serpentes. Há, contudo, uma tremenda diferença entre os milagres
realizados pelo poder de Deus e aqueles forjados pelo inimigo. Considero da
maior importância as seguintes observações:
1.
Somente Permanecerão
as Curas Operadas por Deus Nunca vi uma pessoa curada por Deus ser molestada
novamente pela mesma doença, no mesmo local. Deus faz o trabalho completo. Ele
não apenas alivia a dor e impede o avanço da doença, como também vai
diretamente ao órgão afetado e torna-o completamente novo, sem precisar de
transplantes. Ele não pronuncia palavras mágicas sobre o enfermo, como o faria
um curandeiro, mas, com amor, trata de cada partícula do homem, curando-o definitivamente.
2. Ao Ministrar para Enfermos, toda a
Glória Tem de Ser Dirigida a Deus
(Mt
28.19,20) Se a cura divina faz-se presente no ministério público de um servo de
Deus, seja em cultos na igreja, em campanhas, em programas de rádio ou
televisão, a ênfase tem de recair sempre sobre a salvação em Cristo Jesus. De
acordo com a Palavra de Deus, a cura a acompanhará como um sinal (Mc 16.17,18).
Deve-se evitar, rigorosamente, a exaltação da pessoa e dos meios. Que toda a
glória seja concentrada em Cristo. As massas tendem, facilmente, a idolatrar o
homem a quem conseguem ver, em vez de adorar a Cristo, a quem não podem ver.
2. A Fé em Deus e em Seu Nome Trará a Cura
É necessário demonstrar total confiança no
caráter de Deus e em sua Palavra. A incredulidade sufoca a operação de curas e
outros milagres (Lc 4.23-29). E um mistério que o Filho de Deus haja sido
rejeitado em sua própria cidade, e não tenha obtido êxito em seu ministério
local. Sendo que, a poucas milhas dali, na cidade de Cafarnaum, os habitantes
maravilharam-se de sua doutrina e dos milagres que Ele realizava. Para que a
cura lenha lugar, a fé deve fazer- se presente.
3. O Maior de Todos os Milagres é a Cura da Alma e o Perdão dos Pecados
Está mais que patente que o ministério de
Cristo inclui também a cura do corpo (Mc 2.5-12). Não é extraordinário que
exatamente o oposto esteja ocorrendo em nossos dias? O que estou querendo
dizer? Os líderes religiosos e o público em geral, nos dias de Cristo, não
tinham dificuldade em acreditar no poder curador de Jesus. Seu maior problema
era admitir que Ele tivesse autoridade para perdoar pecados. Hoje, aceita-se
como verdade teológica o fato de que Ele tem poder para perdoar pecados e
salvar o homem, mas têm-se dificuldades em acreditar que o Senhor Jesus possa
de igual modo curar as doenças. O Senhor Jesus declarou àquela audiência
incrédula: "Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra
autoridade para perdoar pecados (disse ao paralítico): A ti te digo:
Levanta-te, toma o teu leito, e vai pra tua casa. E levantou-se, e, tomando
logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e
glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos" (Mc 2.10-12).
4. Nem Todos os que Oram Serão Curados
Veja
no quarto capítulo por que alguns não são curados. Os que ministram a enfermos
devem aprender a encarar o fato de que nem todos usufruirão dos benefícios da
cura divina. Isto foi claramente demonstrado na vida do Senhor Jesus, conforme
mencionamos no ponto três deste capítulo.
São
muitos os fatores que implicam no impedimento da cura. Há anos, aprendi, por
experiência própria, a não ficar desencorajado, frustrado ou embaraçado, se
alguém não alcançar a cura através de minha instrumentalidade. Em nossas
cruzadas, tenho visto muitas pessoas, depois do culto, voltarem a suas casas
ainda usando muletas, cadeiras de roda, ou sendo guiados pela mão de um amigo,
sem terem sido curadas.
Mas
também tenho testemunhado acerca de muitas outras pessoas jogando suas muletas
para o alto, empurrando suas cadeiras de roda vazias, ou correndo e saltando, e
louvando a Deus por lhes haver aberto os olhos ou os ouvidos, ou ainda por lhes
haver removido um câncer. Portanto, devo confiar em Deus, e deixar os
resultados com Ele.
5. Às Vezes, apenas Uma Pessoa na Multidão É Curada (Jo 5.3-9)
Não posso explicar, nem jamais compreenderei,
até chegar no céu, por que Jesus não curou toda a multidão de enfermos que se
achava na área do tanque de Betesda em Jerusalém, ao invés de curar apenas
aquele único homem. Creio que com uma só palavra, Ele poderia ter curado toda
aquela gente cega, coxa, fraca e paralítica, mas escolheu não fazer assim. Ele
andou em meio aquelas pessoas e, provavelmente, seu corpo haja tocado algumas
delas enquanto descia os degraus, mas ele mirou naquele único homem. Devemos
aceitar a soberania de Deus e seu propósito de modo absolutamente distinto. Não
me cabe buscar aqui qualquer explicação humana sobre os métodos divinos.
6. Em Sua Soberania, Deus Cura a Quem lhe Apraz
Outra lição que tenho aprendido através dos
anos é que não cabe a mim escolher quem será curado. Isto é com Deus. Não devo
questionar seu juízo, ou sua vontade. Em muitas de nossas cruzadas no
estrangeiro, tanto crentes quanto não-crentes têm sido curados. Aparentemente,
o mesmo se deu no ministério de Cristo. Em muitas ocasiões, Ele primeiro curou
a pessoa e, só depois, perdoou-lhe os pecados (Jo 5.14). Aparentemente, curar é
uma obra da graça, como o é a salvação. Nós não o merecemos, porém Deus, em sua
bondade, o faz.
7. Não Existe um Modelo Padrão de como Deus Cura
Uma das coisas mais intrigantes a respeito de
Deus é que, muitas vezes, Ele escolhe as coisas loucas para confundir os que se
dizem sábios; e as fracas para confundir os que se julgam fortes (1 Co 1.27).
Não há fórmula prescrita pela qual Deus
ministra a cura.
Em 2 Reis 5.1-14, Eliseu determinou que Naamã
mergulhasse sete vezes no rio Jordão. Já em Isaías 38.21, o profeta prescreve
ao moribundo Ezequias que coloque emplastro de figos sobre a chaga. Vemos, em
João 9.6,7, o Senhor Jesus abaixar-se, cuspir na terra, fazer lodo e aplicá-la
nos olhos de um cego, e, em seguida, ordenar-lhe que fosse se lavar.
Depois de salvar a Paulo de um naufrágio, Deus
permitiu que ele fosse picado por uma víbora. Nenhum dano, porém, sobreveio ao
apóstolo, e o nome de Deus foi glorificado na ilha de Malta (At 28.3-6).
"Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e o os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos" (Is 55.8,9). O único meio de se obter a cura é através da fé.
Capitulo 8
Curas
Milagrosas nos Dias Atuais
Em
nossos quarenta e dois anos de ministério, realizando cruzadas no Brasil e ao
redor do mundo, temos orado pelos enfermos a cada culto. Nossas publicidades
mencionam a oração pelos enfermos, sem denominar tais reuniões de "culto
de milagres" ou "cura pela fé". Nossa preocupação primordial é
trazer as pessoas a Cristo. E, Ele, conforme já o acentuamos, faz com que sua
Palavra seja acompanhada de sinais.
O culto
inclui cânticos, entrevistas e pregação, enfatizando sempre a Cristo e a
mensagem de salvação. Só depois de as pessoas atenderem ao convite para receber
a Cristo como Salvador, é que oramos pelos enfermos numa intercessão coletiva.
Os testemunhos são dados no final do culto, ou na noite seguinte, após a pessoa
haver sido cuidadosamente examinada por meus companheiros. O testemunho tem de
ser comprovado também por amigos e parentes. Tenho visto milhares e milhares
serem curados pelo poder de Deus.
Aqui
estão alguns testemunhos para a edificação de sua fé:
Epilepsia
A
entrada dos formandos no Central Bible Colege, em Springfield, Missouri, estava
prestes a acontecer, quando uma jovem senhora chamou-me:
-
Irmão Johnson, pode esperar um instante, por favor? Preciso contar-lhe algo.
Rapidamente, ela narrou-me seu testemunho:
- Irmão Johnson, sou uma formanda. O senhor
provavelmente não se lembra de mim, mas eu o ouvi pregar no Wisconsin Camp
Meeting, quando tinha doze anos. Minha mãe levou-me à frente para receber
oração, mas não lhe contou qual era meu problema. Desde que nasci, vinha
sofrendo constantes ataques epiléticos. Naquele dia, o irmão estava todo
molhado de suor, e parecia cansado quando saiu do templo. Eu queria que
soubesse que, desde então, nunca mais tive outro ataque. Obrigada por sua
oração.
Você
pode imaginar o entusiasmo e o louvor que havia em meu coração naquela noite,
quando desafiei o auditório de formandos, estudantes, seus amigos e parentes,
com aquele maravilhoso testemunho zumbindo em meus ouvidos. Sim, Jesus é fiel
para honrar as petições feitas em seu nome. Louvado seja Deus!
Mão Mirrada
Ao término do culto, na Assembléia de Deus
Bethesda, em Fortaleza, chamei os enfermos à frente para orar. A igreja estava apinhada.
Pessoas aglomeravam-se na entrada e nas passagens. Tantos enfermos acorreram à
chamada, que lhes foi impossível chegar à frente para submeter-se à imposição
de mãos. Encorajei-os, então, a confiar em Jesus para a cura, no lugar onde
estavam, enquanto o pastor local juntava-se a mim numa oração coletiva. Ainda
orávamos, quando uma senhora começou a gritar de alegria, e a movimentar seu
braço que estivera mirrado e inútil por vários anos. Seguiram-se muitas outras
curas, inclusive a de outra senhora que coxeava há anos, por causa de um sério
ferimento na perna.
Foi
quase impossível contar o número das pessoas curadas instantaneamente pela
presença do Cristo Vivo.
Estrabismo
Na
cidade de Cosmópolis, no interior de São Paulo, estávamos orando por uma
multidão com graves achaques físicos, quando, de repente, uma jovem mãe veio
correndo em direção à plataforma com sua filha, uma linda e loira garotinha de
dois anos. Ela testificou que sua filhinha fora estrábica (vesga) desde o
nascimento, mas seus olhos tornaram-se perfeitamente normais durante a oração
pelos enfermos.
Bócio
Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul,
durante uma semana de cruzada em praça pública, centenas de pessoas eram
curadas todas as noites, enquanto ministrávamos aos enfermos. O delegado
testemunhou um notável milagre, quando uma senhora, ao seu lado, foi curada de
um imenso papo, maior que uma laranja.
Ele
disse que o papo foi secando-se até tornar-se um bocadinho de pele enrugada que
desapareceu "para dentro do pescoço da mulher", enquanto ela o
massageava.
Coxeadura
Em
1970, numa grande cruzada em Belém, Pará, sete aleijados saíram de suas
cadeiras de roda e andaram perante dez mil assistentes.
Uma
enorme multidão seguiu-os através das ruas da cidade, enquanto eles empurravam
suas próprias cadeiras a seus lares, em testemunho de suas curas.
Em
1983, em nossa cruzada no Rio de Janeiro, dois homens coxos foram curados
diante de 200.000 pessoas. Puseram-se a andar e a correr no meio da multidão,
enquanto os conselheiros abriam alas para eles exercitarem-se. Um deles deixou
a reunião, carregando suas muletas sobre os ombros e glorificando a Deus. Tão
numerosas têm sido as curas ao longo desses muitos anos de ministério, que
seria impossível relatá-las em um único volume.
Conclusão
"Portanto, também vós, visto que temos a
rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas", creiamos na Palavra de Deus e
atentemos para a necessidade dos enfermos à nossa volta.
Se você
está doente, deixe-me encorajá-lo a confiar em Deus para ser curado. Se houver
algum obstáculo em sua vida, que precisa ser removido ou perdoado, entregue-se
a Deus e permita que Ele, em sua sabedoria, venha curá-lo no corpo e na alma.
"Eu sou o Senhor que te cura!"
Autor Bernhard Johnson
O missionário Johnson era ainda membro vitalício do Conselho Administrativo da CPAD. Em 1995, aprouve a Deus recolhê-lo às mansões celestes.
ESTUDOS DIVERSOS
A CURA DIVINA (BE - CPAD)
Mt 8.16,17 “E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou a todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças. ”
A PROVISÃO REDENTORA DE DEUS.
(1)
O problema das enfermidades e das doenças está fortemente vinculado ao problema
do pecado e da morte, i.e., às consequências da queda. Enquanto a ciência
médica considera as causas das enfermidades e das doenças em termos
psicológicos ou psicossomáticos, a Bíblia apresenta as causas espirituais como
sendo o problema subjacente ou fundamental desses males. Essas causas são de
dois tipos: (a) O pecado, que afetou a constituição física e espiritual do
homem (e.g., Jo 5.5,14), e (b) Satanás (e.g., At 10.38; cf. Mc 9.17, 20.25; Lc
13.11: At 19.11,12).
A provisão de DEUS através da redenção é tão abrangente quanto as conseqüências da queda. Para o pecado, DEUS provê o perdão; para a morte, DEUS provê a vida eterna, e a vida ressurreta; e para a enfermidade, DEUS provê a cura (cf. Sl 103.1-5; Lc 4.18; 5.17-26; Tg 5.14,15). Daí, durante a sua vida terrestre, JESUS ter tido um tríplice ministério: ensinar a Palavra de DEUS, pregar o arrependimento (o problema do pecado) e as bênçãos do reino de DEUS (a vida) e curar todo tipo de moléstia, doença e enfermidade entre o povo (4.23,24).
A REVELACÃO DA VONTADE DE DEUS SOBRE A
CURA.
A vontade de DEUS no tocante à cura divina é
revelada de quatro maneiras principais nas Escrituras.
A
declaração do próprio DEUS. Em Êx 15.26 DEUS prometeu saúde e cura ao seu povo,
se este permanecesse fiel ao seu concerto e aos seus mandamentos (ver Êx 15.26,
nota). Sua declaração abrange dois aspectos: (a) “Nenhuma das enfermidade porei
sobre ti [como julgamento], que pus sobre o Egito”; e (b) “Eu sou o SENHOR, que
te sara [como Redentor]”. DEUS continuou sendo o Médico dos médicos do seu
povo, no decurso do AT, sempre que os seus sinceramente se dedicavam a buscar a
sua face e obedecer à sua Palavra (cf. 2Rs 20.5; Sl 103.3).
O ministério de JESUS. JESUS, como o Filho
encarnado de DEUS, era a exata manifestação da natureza e do caráter de DEUS
(Hb 1.3; cf. Cl 1.15; 2.9). JESUS, no seu ministério terreno (4.23,24;
16;
9.35; 15.28; Mc 1.32-34,40,41; Lc 4.40; At 10.38), revelava a vontade de DEUS
na prática (Jo 6.38; 14.10), e demonstrou que está no coração, na natureza e no
propósito de DEUS curar todos os que estão enfermos e oprimidos pelo diabo.
A provisão da expiação de CRISTO. (Is 53.4,5;
Mt 8.16,17; 1Pe 2.24). A morte expiatória de CRISTO foi um ato perfeito e
suficiente para a redenção do ser humano total — espírito, alma e corpo.
Assim como o pecado e a enfermidade são os
gigantes gêmeos, destinados por Satanás para destruir o ser humano, assim
também o perdão e a cura divina vêm juntos como bênçãos irmanadas, destinadas
por DEUS para nos redimir e nos dar saúde (cf. Sl 103.3; Tg 5.14-16). O crente
deve prosseguir com humildade e fé e apropriar-se da plena provisão da expiação
de CRISTO, inclusive a cura do corpo.
O ministério contínuo da igreja. JESUS
comissionou seus doze discípulos para curar os enfermos, como parte da sua
proclamação do reino de DEUS (Lc 9.1,2,6). Posteriormente, Ele comissionou
setenta discípulos para fazerem a mesma coisa (Lc 10.1, 8,9, 19). Depois do dia
de Pentecoste o ministério de cura divina que JESUS iniciara teve
prosseguimento através da igreja primitiva como parte da sua pregação do
evangelho (At 3.1-10; 4.30; 5.16; 8.7; 9.34; 14.8-10; 19.11,12; cf. Mc 16.18;
1Co 12.9,28,30; Tg 5.14-16). O NT registra três maneiras como o poder de DEUS e
a fé se manifestam através da igreja para curar: (a) a imposição de mãos (Mc
16.15-18; At 9.17); (b) a confissão de pecados conhecidos, seguida da unção do
enfermo com óleo pelos presbíteros (Tg
16); e (c) os dons espirituais de curar concedidos à igreja (1Co 12.9). Note que são os presbíteros da igreja que devem cuidar desta “oração da fé”.
IMPEDIMENTOS À CURA.
Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos
à cura divina, como:
(1) pecado não confessado (Tg 5.16); (2) opressão ou domínio demoníaco (Lc 13.11-13); (3) medo ou ansiedade aguda (Pv 3.5-8; Fp 4.6,7); (4) insucessos no passado que debilitam a fé hoje (Mc 5.26; Jo 5.5-7); (5) o povo (Mc 10.48); (6) ensino antibíblico (Mc 3.1-5; 7.13); (7) negligência dos presbíteros no que concerne à oração da fé (Mc 11.22-24; Tg 5.14-16); (8) descuido da igreja em buscar e receber os dons de operação de milagres e de curas, segundo a provisão divina (At 4.29,30; 68; 8.5,6; 1Co 12.9,10,29-31; Hb 2.3,4); (9) incredulidade (Mc 6.3-6; 9.19, 23,24); e (10) irreverência com as coisas santas do Senhor (1Co 11.29,30). Casos há em que não está esclarecida a razão da persistência da doença física em crentes dedicados (e.g., Gl 4.13,14; 1Tm 5.23; 2Tm 4.20). Noutros casos, DEUS resolve levar seus amados santos ao céu, durante uma enfermidade (cf. 2Rs 13.14,20).
O QUE DEVEMOS FAZER QUANDO EM BUSCA DA
CURA DIVINA.
O que deve fazer o crente quando ora pela
cura divina para si?
Ter
a certeza de que está em plena comunhão com DEUS e com o próximo (6.33; 1Co
11.27-30; Tg 5.16; ver Jo 15.7 nota).
Buscar
a presença de JESUS na sua vida, pois é Ele quem comunica ao coração do crente
a necessária fé para a cura (Rm 12.3; 1Co 12.9; Fp 2.13; ver Mt 17.20, nota
sobre a fé verdadeira).
Encher
sua mente e coração da Palavra de DEUS (Jo 15.7; Rm 10.17).
Se
a cura não ocorre, continuar e permanecer nEle (Jo 15.1-7), examinando ao mesmo
tempo sua vida, para ver que mudanças DEUS quer efetuar na sua pessoa.
Pedir
as orações dos presbíteros da igreja, bem como dos familiares e amigos (Tg
5.14-16).
Assistir a cultos em que há alguém com um
autêntico e aprovado ministério de cura divina (cf. Atos 5.15,16; 8.5-7).
Ficar
na expectativa de um milagre, i. e., confiar no poder de CRISTO (7.8; 19.26).
Regozijar-se
caso a cura ocorra na hora, e ao mesmo tempo manter-se alegre, se ela não
ocorrer de imediato (Fp 4.4,11-13).
Saber
que a demora de DEUS em atender as orações não é uma recusa dEle às nossas
petições. Às vezes, DEUS tem em mente um propósito maior, que ao cumprir-se,
resulta em sua maior glória (cf. Jo 9.13; 11.4, 14,15, 45; 2Co 12.7-10) e em
bem para nós (Rm 8.28).
Reconhecer que, tratando-se de um crente
dedicado, DEUS nunca o abandonará, nem o esquecerá. Ele nos ama tanto que nos
tem gravado na palma das suas mãos (Is 49.15,16).
Nota: A Bíblia reconhece o uso apropriado dos recursos médicos (9.12; Lc 10.34; Cl 4.14).
DOENÇAS NA BÍBLIA - Dicionário Bíblico
Wycliffe
É
difícil discutir as doenças mencionadas na Bíblia com qualquer grau de certeza.
Uma razão para isto é que elas recebem o nome de acordo com os sintomas e não
por processos patológicos. Assim, a paralisia poderia ser desencadeada pela
pólio, trauma, desequilíbrio nervoso, ou várias outras causas. Não é
absolutamente certo que o definhamento de Levítico 26.16 e Deuteronômio 28.22
fosse tuberculose. Em segundo lugar, as referências às doenças são quase sempre
incidentais na narrativa. Elas são registradas mais pelo seu significado
histórico do que médico.
Finalmente,
não temos certeza de quais doenças existiam na época do AT, embora autópsias em
múmias egípcias tenham mostrado evidências de tuberculose, arterioselerose,
artrite, câncer, pedras na vesícula, pedras na bexiga, esquistossomose e
varíola. Para um estudo informativo sobre o conhecimento e a prática médica na
antiga Mesopotâmia e no Egito antigo, veja A. Dudley Dennison, “Medicine",
BW, pp. 368-373.
Os israelitas obviamente tinham um
conhecimento prático de anatomia. Isto é visto em suas descrições dos órgãos de
animais sacrificados. Acreditava-se corretamente que o sangue era o princípio vital:
“A vida [a alma] da carne está no sangue” (Lv 17.11). As funções emocionais
eram, às vezes, atribuídas a certos órgãos. O coração, por exemplo, era
considerado o centro do pensamento e da vontade (Ez 18.31).
A
expressão “entranhas de misericórdias” (Cl 3,12) enfatiza a relação entre
psycke (“alma”) e soma (“corpo”), o que tem sido corroborado em nossos dias
pela pesquisa psicossomática.
As palavras heb. para doença e enfermidade
vêem das raizes hala (“estar doente” ou “fraco”) e dawa (“estar enfermo”).
Estas palavras são sempre modificadas por outras frases descritivas tais como
“doente e a ponto de morrer”. As palavras heb. para cura vêem da raiz rapa
’(“curar”, “costurar”, “consertar”), e haya (“reviver”, “restaurar à vida”), e
‘arak (“prolongar”).
O NT usa expressões gr. tais como astheneia (“fraqueza”, “fragilidade”), malakia (“moleza”, “debilidade”), e noseo (“estar doente״ ou “enfermo"). As palavras gr. para saúde e cura vieram das raízes hygiaino (“estar saudável” ou “forte”), therapeuo (“servir", “atender a”, “cura”, “restaurar a saúde”), e iaomai (“curar”, “tomar sadio”).
Causas das Doenças
A doença é apenas parte de um conceito maior
- o sofrimento do homem. Nas Escrituras é dito que o sofrimento é um dos
resultados do pecado. DEUS ameaçou enviar doenças sobre Israel se o povo o
desobedecesse (Dt 28.15,22,27,28). Embora a doença fosse freqüentemente
considerada um castigo direto pela desobediência (por exemplo, o homem enfermo
no tanque de Betesda, Jo 5.14), ela também poderia vir de Satanás, como
aconteceu no caso de Jó (Jó 2.7). CRISTO falou da mulher paralítica “a qual há
dezoito anos Satanás mantinha presa” (Lc 13.16). Além disso, a doença poderia
às vezes vir para o próprio bem ao nomem e para a glória de DEUS (por exemplo,
o “espinho na carne” de Paulo, q.v., e 2 Coríntios 12.7-9).
Os discípulos, olhando para a doença apenas
como um castigo pelo pecado, perguntaram a JESUS sobre um homem que havia
nascido cego: “Quem pecou, este ou seus país, para que nascesse cego? JESUS
respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem
nele as obras de DEUS” (Jo 9.1-3).
Nem sempre pode ser possível distinguir se uma doença é o resultado de causas puramente naturais, um ato de DEUS, ou a operação maligna de Satanás. Talvez estas três possam estar ativas ao mesmo tempo. Po- Tém, seja qual for a causa da doença de um cristão, lhe é prometido que um dia o sofrimento será removido, quando DEUS “limpará de seus olhos toda lágrima” e não haverá mais dor (Ap 21.4).
Os Médicos e a Medicina
Existe cerca de uma dúzia de referências a
médicos na Bíblia. A rai2 heb. é rapa’ (“curar”). A Bíblia Sagrada refere-se a
Jeová como “o Senhor que te sara” (Êx 15.26). A primeira referência a um médico
está em Gênesis 50.2 (embora estes médicos egípcios possam ter sido apenas
embalsamadores dos mortos). Nos tempos bíblicos, assim como agora, os médicos
eram solicitados a curar as doenças e aliviar o sofrimento (Jó 13.4; Jr 8.22; 2
Cr 16.12).
Os médicos eram considerados em alta estima
pelos judeus. O filho de Sirac escreveu por volta de 190 a.C.: “Honre um médico
de acordo com a necessidade dele, com as honras devidas a ele, pois
verdadeiramente o Senhor o criou; pois do Altíssimo vem a cura; e do rei ele
deve receber uma dádiva. A habilidade do médico deve levantar sua cabeça; e à
vista dos grandes homens ele deve ser admirado״ (Sir 38.1-3).
Na
época do NT havia duas maneiras de treinar os médicos. Era muito comum que um
homem auxiliasse como aprendiz a um médico estabelecido. Ele também poderia ir
a um tipo de escola de medicina, geralmente associada a um templo pagão. As
duas escolas que mais conhecemos eram as escolas de medicina de Pérgamo e
Alexandria.
Os remédios usados nos tempos bíblicos eram
rudimentares e na maioria dos casos não muito eficazes. Entre aqueles que são
mencionados na Bíblia, estavam unguentos aplicados no local (Is 1.6), emplastos
(Is 38.21), e bálsamos (Jr 8.22; Gn 37.25). As folhas de certas árvores eram
aparentemente usadas como ervas medicinais (Ez 47.12). Pensava-se
supersticiosamente qne a mandrágora, um membro da família da batata,
desenvolvia a fertilidade (Gn 30.14-16). Os cidadãos de Laodicéia são
conhecidos por terem tido uma escola de medicina e de terem preparado um pó ou
pomada para olhos fracos. Ao falar-lhes, o Senhor usou uma alusão a um colírio
(Ap 3.18).
O vinho era sugerido como estimulante (Pv
31.6), e também usado como um anti-séptico. O bom samaritano atou as feridas de
seu paciente “aplicando-lhes azeite e vinho״ (Lc 10,34). Paulo recomendou um pouco
de vinho para o alívio do desconforto gástrico de Timóteo (1 Tm 5.23). O vinho
azedo misturado com fel e mirra teria algumas propriedades sedativas. Ele foi
oferecido a CRISTO, provavelmente para aliviar o seu sofrimento (Mc 15.23).
O tratamento cirúrgico era geralmente mínimo.
As únicas operações mencionadas na Bíblia são a circuncisão, a castração e o
fechamento de feridas. Mas o código de Hamurabi regulamentava a cobrança dos
médicos para grandes operações e cirurgias dos olhos na Babilônia, como também
para o restabelecimento de um osso quebrado e para a cura de um tendão
distendido (ANET, pp. 175ss.). O papiro de Edwin Smith, do Egito, descreve 48
casos cirúrgicos incluindo contingências como ferimentos acidentais, e feridas
de batalha.
O escritor do terceiro Evangelho e de Atos era médico? As evidências internas sugerem que sim. Ele usa vários termos médicos encontrados em Hipócrates, Galeno e em outros escritos médicos, embora não sejam encontrados no restante do NT. Ele também observa algumas particularidades médicas, tais como a intensidade da febre, se uma doença era congênita ou adquirida, ou qual lado ao corpo estava afetado (Lc 4.38; Act 3.2; Lc 6.6). Ao escrever sobre a mulher que tinha um fluxo de sangue (Lc 8.43), ele hones- tamente declara que ela não poderia ser curada pelos médicos; entretanto, é mais polido em relação à sua profissão do que Marcos, que acrescenta que ela “havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior...” (Mc 5.26). Estes fatos tendem a corroborar com a outra evidência de que Lucas, “o médico amado” (Cl 4.14), foi o autor do terceiro Evangelho e do livro de Atos.
Leis Mosaicas de Saúde
A lei dada por DEUS a Moisés continha regras
extraordinárias com relação à saúde pública. Embora o principal propósito
destas regras fosse tomar um homem cerimonialmente limpo, a limpeza higiênica,
no entanto, estava envolvida. Quais sâo as principais preocupações de um fiscal
de saúde pública noje? Contaminação da água e dos alimentos, descarte de
esgoto, doenças infecciosas, educação quanto à saúde - todos estes assuntos são
tratados nas leis mosaicas de saúde.
Tem sido dito que algumas das leis de saúde
eram muito rígidas e talvez desnecessárias para a saúde pública, mas deve ser
lembrado que o homem antigo não possuía o nosso entendimento sobre as doenças.
Ser exageradamente rígido por amor à simplicidade é melhor do que errar na
direção oposta. Com a nossa habilidade médica para distinguir entre o perigoso
e o inofensivo, não precisaríamos observar algumas destas mesmas precauções,
mas isto não seria verdadeiro naquela época. Novamente, deve ser lembrado que a
razão inicial para estas ordenanças era a pureza cerimonial.
As leis mosaicas de saúde (Lv 11-15) incluem regras de circuncisão, consumo de carne, parto, infecções de pele, contaminações por secreções e excrementos, procedimentos para remoção e disposição dos mortos, limpeza pessoal e relações sexuais.
Milagres de Cura
Vários milagres de cura estão registrados na Bíblia. Outros milagres, embora não sejam de cura, mas de juízo, sâo de natureza médica. Estes incluem as pragas no Egito (Êx 9,13-15; 12.12,13), a matança dos filisteus diante da arca (1 Sm 5.6), a dizimação do exército de Senaqueribe (2 Rs 19.35), a mâo ressequida de Jeroboão (1 Rs 13,1-6) e a lepra de Geazi (2 Rs 5.27). Embora DEUS possa ter usado processos de doenças naturais, o sobrenatural é envolvido no momento certo.
No AT, os milagres parecem centralizar-se em
torno da época do êxodo e do ministério de Elias e Eliseu. Aqueles que foram
registrados são mais freqüentemente milagres da natureza, com menos de uma
dúzia envolvendo a cura (por exemplo, Abimeleque, Gênesis 20.17; Miriã, Números
12.10-15; a serpente de bronze, Números 21.5-9; o filho da viúva, 1 Reis
17.17-24; o filho da sunamita, 2 Reis 4.18-37; Naamã, 2 Reis 5.1-14; Ezequias,
2 Reis 20.1-7).
Por
outro lado, o NT registra uma proporção maior de milagres de cura. Estes foram
operados por CRISTO ou por seus seguidores, em seu nome. Dos 35 milagres de
CRISTO registrados no NT, 26 envolvem curas. Em seis destes casos, demônios
foram expulsos. Detalhes cuidadosos são dados sobre muitos destes casos,
especialmente por Lucas, o médico· Algumas destas pessoas são até identificadas
pelo nome (Bartimeu, a filha (Je Jairo, Maria, Lázaro; também Enéias, Êutico e
o pai de Públio em Atos).
Alguns tentaram explicar os milagres de cura
de CRISTO através de uma base psicológica. De acordo com esta teoria, as
doenças curadas eram apenas funcionais ou psicossomáticas. É verdade que as
pessoas podem ter as suas doenças aliviadas pela “fé” em homens ou coisas. Mas
este tipo de cura está muito distante da cura de doenças orgânicas realizadas
por CRISTO como cegueira congênita (Jo 9.1), artrite avançada da espinha (Lc
13.11), hemorragia prolongada (Lc 8.43), lepra (Lc 5.12; 17.12) e até mesmo a
morte (Lc 7.12; 8.49-55; Jo 11.1-44). Somente negando a confiabilidade dos
documentos do NT é que se poderia imaginar que as curas realizadas por CRISTO
eram de caráter psicológico.
Além de sua natureza predominantemente orgânica, as curas realizadas pelo Senhor eram completas e instantâneas (com exceção do homem cuja visão foi restaurada em auas etapas, Mc 8.22-25). Além disso, elas consistiam de várias doenças diferentes que são difíceis de tratar até mesmo com as técnicas médicas de hoje. Poucas - se é que alguma - poderiam ter uma recuperação espontânea. E não há nenhuma evidência da ocorrência de uma recaída após as curas realizadas por CRISTO.
Possessão Demoníaca
A possessão demoníaca é um fenômeno que
parece ter ocorrido com mais freqüência na época de CRISTO. Das 26 pessoas
curadas por CRISTO, seis são mencionadas como tendo sido possuídas por
demônios. Muitas outras pessoas sem nenhuma enfermidade física aparente foram
libertas de opressão demoníaca (Mt 8.16; Mc 1.34,39; Lc 6.18). Pouca ou nenhuma
menção é feita à possessão demoníaca no AT. CRISTO e o NT parecem distinguir
entre as doenças comuns e aquelas que sâo acompanhadas pela possessão demoníaca
(Mt 10.8; Mc 1.34; Act 5.16). A possessão demoníaca podia ser acompanhada por
sintomas físicos (por exemplo, cegueira, surdez e mudez, Mt 12.22; Mc 9.25),
manifestações neurológicas (por exemplo, epilepsia, Lc 9.39,42), ou sintomas
mentais (Lc 4.33; 8.27; Mc 7.25).
O diagnóstico da possessão demoníaca, porém,
levanta alguns problemas difíceis. O que a distinguia das doenças naturais?
Como uma pessoa poderia reconhecê-la como tal? Se não há nenhuma característica
distinta que tipifique a condição, elas são tendências suicidas e o uso da
pessoa pelo demônio como porta-voz.
Por outro lado, nas Escrituras, a doença
física é freqüentemente atribuída a Satanás. CRISTO falou da mulher que andava
curvada como alguém a quem “Satanás mantinha presa"’ (Lc 13.16). Ela
estava possuída por demônios? JESUS não se dirigiu a nenhum demônio quando a
curou. A solução sugerida por A Rendle Short é a seguinte: “Não é que os
escribas e fariseus e as pessoas comuns diagnosticassem a possessão demoníaca
com muita freqüência; o fato é que suas idéias eram muito imaturas, e eles
falhavam em reconhecer que poderia existir uma obra do diabo muito mais ampla”
(The Bible and Modern Medicine, p. 121).
Se isto é verdade, então pode não ser sempre possível encontrar sinais específicos para diagnosticar e distinguir a possessão demoníaca de outras doenças.
Doenças de Pele
Várias lesões de pele são mencionadas no AT.
Algumas delas foram infligidas como aflições sobre Israel por desobediência ao
Senhor (Dt 28.27). A coceira é provavelmente sarnq, ainda conhecida por este
nome descritivo, E causada por um inseto, o Acarus scabei. O escorbuto não é o
que conhecemos hoje como escorbuto (causado pela deficiência ae vitamina C),
mas sim uma “crosta de ferida”. A palavra vem de uma raiz que significa ״cocar” ou
“ficar áspero”. Isto possivelmente cobre uma gama ae doenças de pele que incluí
eczema e psoríase. A aspereza ou o tumor vem de uma raiz significando “estar
inflamado” ou “quente". Os tumores são comuns hoje embora melhor
controlados, graças a antibióticos modernos. A úlcera de Ezequias pode ter sido
um carbúnculo ou possivelmente antraz (2 Rs 20.1,7). O antraz é contraído do
gado ou de couros e pêlos secos de animais infectados. Sem tratamento pode ser
fatal.
A lepra é freqüentemente mencionada na
Bíblia. Miriã, Naamã e o rei Uzias contraíram esta doença. As instruções para o
seu diagnóstico são dadas em Levítico 13; ela aparentemente incluía mais do que
aquilo que hoje chamamos de lepra (causada pelo Lepra bacillm de Hansen).
Infelizmente, o termo lepra teve seu significado mudado nas línguas inglesa e
portuguesa. Mesmo na Idade Média, a palavra era usada para descrever várias
disfunções na pele, tais como a tinha. Harold M. Spinka declara; “Minha opinião
é que a lepra, como também as doenças mencionadas nos diferentes diagnósticos -
por exemplo, a psoríase crônica, a sí- filis, o pênfigo, a dermatite
herpetiforme, a varíola, o fungo infeccioso e a pioderma - eram incluídas sob o
título geral de lepra” (“Lepra nos Tempos Hebraicos Antigos”, JASA, XI [março
de 1959], 17-22). Também é demonstrado que a lepra do AT não é idêntica à lepra
de hoje, pelo fato de que havia a lepra de casas e das roupas (Lv 13.47; 14.37)
- provavelmente algum tipo de mofo ou fungo. Veja Lepra.
A aflição de Jó tem sido objeto de muita
especulação. É improvável que ele tenha tido tumores comuns, pois eles não se
estenderíam da cabeça aos pés e não coçariam tão severamente (Jó 2.7,8). A
descrição pode ser da varíola, que é de ataque repentino, extensiva, e pode
coçar em um estágio. No entanto, uma pessoa com varíola estaria provavelmente
doente demais para falar, como Jó foi capaz de fazer. Pelagra, psoríase,
eczema, dermatite herpetiforme e demartite esfoliativa, foram sugeridas como
possibilidades. Dermatite herpetiforme, uma rara doença de pele, iria coçar
intensamente, e não afetaria gravemente a saúde geral de Jó.
A dermatite esfoliativa é generalizada, crônica, terrível, produz muita coceira e é associada a tumores provenientes da própria coçeira.
Doenças dos Olhos e Ouvidos
Tanto a cegueira congênita quanto a adquirida
são mencionadas na Bíblia. A infecção por tracoma ainda é uma causa comum de
cegueira adquirida em muitas partes do mundo. Este vírus causa uma saída de
líquidos de má aparência e pode ter sido o problema de Léia (Gn 29,17). Talvez
seus olhos fossem estrábicos (strabísmus). O tracoma poderia ter sido o espinho
na carne de Paulo (2 Co 12.7-10); suas próprias palavras sugerem algum tipo de
problema nos olhos (cf Gl 6.11 com 4.14,15; Act 23.2- 5). A varíola também pode
causar uma ul- ceração repugnante e uma mancha na córnea, com perda de visão.
A catarata era provavelmente a causa da
cegueira de Isaque e Eli em sua idade avançada. Esta se caracteriza por uma
opacidade progressiva do cristalino dos olhos. Em Levítico 21.20, a palavra
heb. para “belida” (q.v) sugere uma mancha que causa uma visão confusa,
provavelmente uma catarata. A oftalmia
neonatal (Ophthalmia nconato- rurri) causa uma conjuntivite grave e cegueira em
crianças recém-nascidas, É geralmente o resultado de uma infecção por gonorréia
na mãe. Esta provavelmente era responsável por boa parte da cegueira infantil.
Também existem muitos tipos de anomalias congênitas dos olhos, que poderiam
resultar em cegueira total a partir do nascimento. Veja Cegueira.
A surdez também era comum nos tempos bíblicos, embora seja difícil determinar sua causa.
Deformidades Ortopédicas
As deformidades ortopédicas teriam sido
comoventes em uma época em que pouco poderia ser feito para corrigi-las. O
mendigo coxo que foi curado naquele encontro com Pedro é um destes casos (Act
3.2-8). Uma vez que era coxo de nascença, ele podería ter tido um pé torto
congênito, spina bifida, ou paralisia cerebral. A mulher curada por CRISTO de
uma enfermidade que a acometia por 18 anos, tinha provavelmente uma forma grave
de artrite que fazia com que ela se curvasse para frente (Lc 13.11-13). Isto
soa como artrite reumática, que atinge mais as mulheres do que os homens.
A coxeadura de Jacó, adquirida por sua luta corporal com o anjo de DEUS, pode ter sido causada por um deslocamento de quadril (Gn 32.25,31,32). Pode-se caminhar com uma coxeadura por um deslocamento anterior. A dor aguda e a deficiência podem também indicar uma ruptura de disco intervertebral, produzindo a dor ciática.
Doenças Neurológicas
A paralisia era evidente na população judaica
dos dias de JESUS. Era, sem dúvida, freqüentemente, causada por acidentes bem
como pela tuberculose da espinha e pela pólio. A paralisia é raramente
mencionada no AT.
O paralítico curado por CRISTO (Lc 5.18)
tinha, possivelmente, um ferimento ou uma lesão no osso da espinha, que causava
pressão na medula espinhal. Isto resultaria em paralisia da parte inferior do
corpo. O homem curado no tanque de Betesda (Jo 5.5- 8) era alguém parcialmente
paralisado. Um ferimento de nascença, pólio, esclerose múltipla, ou um derrame
poderia ter causado esta paralisia. O homem que tinha a mão ressequida também
era parcialmente paralisado (Lc 6.6-10). Sua atrofia muscular poderia ter
resultado de uma incapacidade de usar uma das mãos. Ele pode ter sido vítima de
algum ferimento, pólio, ou possivelmente esclerose lateral amiotrófica, que
afeta os pequenos músculos da mão. O fato clinicamente significativo é que
CRISTO o curou de forma instantânea e completa.
O servo do centurião (Lc 7.2; Mt 8.5) também
estava paralisado. No entanto, sua condição era aguda; ele estava perto da
morte, e sofrendo grande dor, Isto sugeriría tétano ou uma grave compressão da
medula espinhal proveniente de um tumor, abscesso ou hemorragia. O filho da
mulher sunamita teve um ataque repentino de dor de cabeça (2 Rs 4.18-20). Ele
morreu dentro de seis horas como conseqüência daquilo que pode ter sido uma
insolação, meningite, hemorragia subaracnóide, ou mais provavelmente de malária
cerebral.
Obstetrícia
A esterilidade era um problema que afligia
muitos casais nos tempos bíblicos, assim como acontece hoje. Sara, Raquel, a
esposa de Manoá, Ana, a mulher sunamita e Isabel, tinham esta enfermidade.
Os partos no Israel antigo eram geralmente executados com a mãe em um “assento de nascimento’’ (Êx 1.16), ou sentada no colo de outra mulher (Gn 30.3). (Nesta segunda passagem a prática referida pode ser a de colocar a criança recém-nascida nos joelhos daquela que poderia dar legitimidade ou o direito de herança - Ed.]. Após o nascimento do bebê, o umbigo era cortado, o bebê era lavado com água, esfregado com sal, e enrolado em panos (Ez 16.4). Tamar deu à luz habilmente a gêmeos com um deles em uma posição transversal (Gn 38.27-30).
Doenças Mentais
Há apenas algumas referências às doenças
mentais no AT. Davi fingiu estar louco, de uma forma convincente (1 Sm
21.12-15); Saul tinha depressões recorrentes e mostrava sintomas de paranóia (1
Sm 16.14,23; 18.8-11,28,29; 19.9,10). Nabucodonosor teve sintomas psicóticos,
vivendo como um animal por sete anos. R. K. Harrison classifica sua doença como
licantropia ou boantropia, uma forma específica de paranóia (IOT, pp.
1114-1117).
O escritor de Provérbios 17.22 relacionou as
emoções ao corpo, e assim antecipou a medicina psicossomática quando escreveu:
“O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido virá a secar os
ossos”.
A relação entre a doença mental e a possessão demoníaca é incerta e controversa. O “homem com espírito imundo”, de Gadara (Mc 5.2-5), lembra o que classificaríamos hoje como psicótico, embora os outros “endemoninhados” curados por CRISTO tivessem sintomas orgânicos de doenças físicas.
Doenças Internas
A febre alta é um sintoma e não propriamente
uma doença. Ela poderia estar relacionada à malária, à tifóide, à paratifóide,
à varíola, à insolação, ao tifo, ou a várias outras doenças (Lv 26.16; Dt
28.22; Lc 4.38).
A
pestilência enviada por DEUS sobre os filisteus (1 Sm 5.6,96.5 ;12־) era
provavelmente a peste bubônica. Esta doença foi descrita por Hipócrates 400
anos antes de CRISTO. Ela devastou a Europa na Idade Média e tem as
características de alta mortalidade, incidência repentina, transmissão por
roedores mortos, e a presença de glândulas in- guinais aumentadas (na virilha).
É interessante notar que os filisteus colocaram cinco imagens de ouro dos
tumores e ratos ao lado da arca. [Alguns têm sugerido que os “tumores” eram
hemorróidas, de acordo com a versão KJV em inglês, “emerods”. - Ed.]
Uma outra peste foi usada por DEUS para
destruir o exército de Senaqueribe (2 Rs 19.35). Existem duas doenças que
poderiam matar um grande número de pessoas dentro de 24 horas - cólera e a
praga pneumônica. Provavelmente tenha havido alguns casos no acampamento antes
do pico da epidemia.
O gigantismo é causado por um desarranjo de
ordem endócrina. Golias é um exemplo familiar e possivelmente tinha um tumor
pituitário anterior. Ogue, rei de Basã, precisava de uma cama de aprox. 4
metros de comprimento (Dt 3.11). Um gigante com 12 dedos nas mãos, e 12 dedos
nos pés é descrito em 2 Samuel 21.20.
A hidropisia é causada pela fluidez dos
tecidos. E sintomático de certas doenças, sendo a mais comum a insuficiência
cardíaca. O homem a quem CRISTO curou com esta condição pode ter sofrido de
câncer, doença do coração, fígado ou rins (Lc 14.2).
A disenteria foi a doença que causou a febre
debilitante do pai de Públio (Act 28,8). Em casos fulminantes de disenteria
bacilar, há evacuacâo de sangue e muco (daí o “fluxo de sangue* mencionado na
versão KJV em inglês), e a morte pode vir rapidamente.
A ciência médica traz o esclarecimento sobre
várias mortes descritas na Bíblia. O rei Asa morreu com uma grande doença em
seus pés (2 Cr 16.12-14), Seu caixão foi cheio com perfumes. Isto sugere uma
gangrena de seus pés que teria causado um odor Fétido. A gangrena (também
“cancro” ou “câncer”) era reconhecida como uma doença destruidora que consome o
tecido em uma parte do corpo, geralmente um membro (2 Tm 2.17). Ela pode ser
causada por um ferimento ou por uma falha no sistema circulatório sanguíneo. O
rei Jeorão foi acometido por uma doença incurável que causou um prolapso do
reto (2 Cr 21.18,19). Esta pode ter sido uma grave disenteria amebiana ou um
câncer do reto. Nabal era, provavelmente, um alcoólatra crônico. Após um
episódio de alcoolismo agudo, ele aparentemente teve um acidente vascular
cerebral (derrame). Ficou em coma por dez dias e morreu sem recobrar a
consciência (1 Sm 25.36-38).
Ananias e Safira morreram repentinamente e sem aviso (Act 5.1-10). Eles podem ter sido atacados por uma trombose coronária. Herodes Agripa foi consumido por vermes intestinais (Act 12.23). Eie provavelmente tinha uma obstrução intestinal causada por vermes parasitários e pode ter morrido devido a uma perfuração intestinal, e sua peritonite resultante.
Os Sofrimentos e a Morte de CRISTO
A forte tradição cristã declara que o suor de
JESUS caiu ao chão como gotas de sangue como o resultado de sua angústia no
Getsêmani (Lc 22.44). Isto pode ter sido a rara emissão de sangue pelas
glândulas sudoríparas. Discute-se se os versículos 43 e 44 foram escritos por
Lucas, de acordo com a evidência daquele que é considerado o melhor manuscrito
(veja Suor de Sangue). Há mais de 100 anos, foi sugerido por Stroud que CRISTO
morreu de hérnia cardíaca (isto é, urna ruptura do coração). Esta se tornou uma
opinião comumente defendida, mas é bastante improvável. A hérnia cardíaca, além
do trauma, é rara, e quando ocorre afeta aqueles cujos, corações já estão
seriamente debilitados. E improvável que o coração de CRISTO estivesse enfermo
à luz de sua atividade energética anterior, e de sua perfeita condição física
para cumprir as exigências sacrificiais (1 Pe 1.19).
Também foi sugerido que CRISTO morreu de
asfixia pela debilitação a respiração enquanto estava na cruz. Uma posição
ereta prolongada também poderia levar a uma coagulação venosa e a uma
insuficiência circulatória periférica. Uma diminuição do rendimento cardíaco e
a conseqüente diminuição do fluxo de sangue para os tecidos causariam um nível
de oxigênio mais baixo no cérebro.
Também
compatível tanto com a história bíblica como com a probabilidade médica é a
dilatação aguda do estômago. Isto é visto hoje como uma complicação
pós-operatória rara e fracamente compreendida. Ela também pode seguir um estado
de choque. O golpe da lança teria liberado o fluido aquoso acumulado no
estômago dilatado de nosso Senhor. O sangue provavelmente tenha vindo do
coração perfurado e dos grandes vasos. Após um golpe como este, não se pode ter
qualquer dúvida quanto à sua morte.
A despeito de qual tenha sido a causa imediata de sua morte, a importância da crucificação reside no significado da morte de CRISTO, Podemos dizer com Isaías: *Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados” (Is 53.5).
Princípios de Saúde na Bíblia -
Dicionário Bíblico Wycliffe
A Bíblia tem muito a dizer sobre cura e
saúde. Em suas páginas podem ser encontrados muitos princípios sólidos para uma
vida saudável, tanto do ponto de vista médico quanto do psicológico. A
resistência física e o bem- estar do corpo nunca são desprezados nem
rejeitados, mas são habilmente Tesumidos na oração do apóstolo: “Amado [acima
de tudo], desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim
como bem vai a tua alma” (3 Jo 2).
A
lei de Moisés defíniu regras específicas que serviram para prevenir doenças, e
ela conti- nna sendo um “modelo de critério sanitário e higiênico” (R. K.
Harrison, “Healing, Health”, IDB, II, 542). O Código Sanitário Mosaico
estipulou o descanso físico periódico por meio da observância do sábado; regras
alimentares que diminuíam a possibilidade de contaminação com solitária e
doenças tais como triquiníase e tularemia; profilaxia sexual e proibição de
relações incestuosas, comuns entre povos vizinhos; limpeza, por meio da lavagem
do corpo e das roupas; e normas sanitárias para os exércitos nos campos, que
evitavam o surgimento de epidemias de doenças infecciosas (Dt 23.12,13).
A prevenção de doenças psicossomáticas é assegurada pela obediência à Palavra de DEUS. “Favo de mel são as palavras suaves: doces para a alma e saúde para os ossos” (Pv 16.24; cf. 3.8; 4.22; 12.18; 13.17; 15.1,4). O conceito de saúde inclui todas as áreas da existência individual - o corpo, a mente e o espírito - como sugere o salmista: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em DEUS, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e o meu DEUS” (Sl 42.11). O perdão dos pecados e a purificação trarão saúde e cura (Jr 30.12-17; 33.6-8). A obra redentora de CRISTO é a maior força curativa conhecida pelo homem; pois a culpa, a amargura, o ódio, a inveja e outras atitudes negativas são removidas, pois elas mesmas são doenças e causam todo tipo de enfermidades físicas e mentais. Os psiquiatras reconhecem o amor como sendo *o único antídoto que pode salvar o homem das inúmeras doenças produzidas pelas emoções da nossa natureza má” (S. I. McMillen, None of These Diseases, p. 78). Portanto, o novo mandamento do Senhor JESUS CRISTO (Jo 13.34) e as diversas exortações dos apóstolos (por exemplo, Ef 4.25-32; Fp 4.4-8; 1 Pe 3.8-12) são a base para a cura e a saúde física e mental.
A Cura Divina
Adicionalmente aos princípios de saúde, a
Bíblia ensina que o ser humano pode recorrer a DEUS para uma cura direta,
quando outras possibilidades de cura falharem. A cura divina é um assunto sobre
o qual existem diferenças de opinião desde o princípio da história da igreja
cristã. Os protestantes e a igreja católica afirmam a sua prática, assim como
os adeptos da Ciência Cristã e outras seitas ditas cristãs, juntamente com os
muçulmanos e muitas das religiões pagãs.
Todos os cristãos concordam que a Bíblia
ensina que DEUS curou e pode curar os homens de todos os tipos de doenças; o
fato de que no Antigo Testamento Miriã foi curada da lepra (Nm 12.10-15) e de
que o Senhor JESUS CRISTO curou muitos leprosos (Mc 1.40-44; Lc 17.12-19)
prova, uma vez que essa doença ainda é muito difícil de controlar, e às vezes
impossível de curar, que não se excluí nenhuma doença. Ao proclamar: “Eu sou o
Senhor, que te sara״, DEUS
prometeu aos israelitas que como resultado da sua obediência, Ele não lançaria
sobre eles nenhuma das doqnças que havia lançado sobre os egípcios (Ex 15.26;
cf, 23.25; Sl 105. 37). Davi deu testemunho com respeito ao homem temente a
DEUS. “O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; tu renovas a sua cama na
doença” (Sl 41.3). O salmista repetidamente ora e agradece a DEUS pela cura (Sl
6.2; 30.2; 103.3; 107.20; 147.3). A obediência à Palavra de DEUS e uma atitude
misericordiosa são comprovadamente essenciais para a cura e para a saúde (Sl
107.20; Pv 4.20-22; Is 58.6-8). Algumas das curas registradas na Bíblia Sagrada
ocorreram com o uso de algum expediente, como no caso de Ezequias, por meio de
uma pasta de figoq (2 Rs 20.2-11; cf. 1 Tm 5.23; Tg 5.14,15; Ex 15.23-26; Jr
8.22; 1 Sm 16.16; Mt 9.12). Outras ocorreram sem nenhum expediente, como por
exemplo, no caso de Miriã.
Certamente, a Bíblia não se opõe ao uso de
expedientes para a cura, uma vez que o próprio Senhor JESUS CRISTO considerava
normal que as pessoas fossem aos médicos (Mt 9.12). No caso de Asã, que tem
sido citado como uma prova do contrário, os “médicos” que ele buscou na
realidade eram o equivalente a mágicos pagãos (2 Cr 16.12). O ato de Asa
revelou uma falta de fé em DEUS e uma dependência de homens que eram muito
parecidos com os curandeiros modernos. Na parábola do bom samaritano, o Senhor
JESUS afirma que azeite e vinho foram aplicados sobre as feridas do viajante
espancado (Lc 10.34). A mulher que tinha um fluxo de sangue sofria de uma
doença que ultrapassava o conhecimento da medicina daque- a época, e não
justifica a rejeição que alguns cristãos demonstram em relação aos remédios
comprovadamente eficazes (Mc 5.25,26; Lc 8.43). E significativo que Paulo tenha
escolhido Lucas, um médico (Cl 4.14) como o seu companheiro de viagem.
Também existe um tipo de cura do qual participam alguns fatores adicionais, embora eles não sejam verdadeira mente terapêuticos, mas simplesmente simbólicos. Por exemplo, na cura de Naamã, o leproso, a sua entrada no Jordão parece faiar da fé por parte de Naamá e d a purificação, por parte de DEUS (2 Rs 5.14). Também na cura de um cego, o Senhor JESUS cuspiu nos seus ollios (Mc 8.23), e no caso do nomem que era cego de nascença, Ele fez uma mistura de terra e saliva (Jo 9.6). A imposição das mãos sobre o corpo do doente, realizada pelo Senhor JESUS e pelos discípulos (Lc 13.11-13; Mc 6.13), e a unção da pessoa enferma com azeite são símbolos da presença Divina, e do poder curativo Divino (Mc 6.13; Tg 5.14).
Várias
Teorias Sobre a Cura Divina
Essas teorias se baseiam em algumas suposições de caráter geral
1.
Ao procurar a cura, estamos escolhendo entre DEUS e os médicos.
PoR
exemplo, A. B, Simpson escreveu: “Se você não consegue confiar no Senhor, então
chame o médico... se você não consegue escolher o melhor de DEUS, então escolha
o segundo melhor dEJe" (R. V. Bingham, The Bible and tke Body, p. 20).
A rejeição ao uso de remédios revelados por DEUS ao homem, como os usados na medicina moderna, a favor da cura divina direta, não é em si mesma um ato razoável de fé na confiança e dependência, mas as Escrituras não parecem indicar que essa deva ser a regra geral para todos os crentes. Muitos cristãos estão vivos hoje devido às modernas descobertas da medicina e especialmente das práticas cirúrgicas.
2.
A cura é uma parte da salvação possibilitada por CRISTO na cruz, tanto quanto é
o perdão aos pecados.
Como
uma prova, podemos citar Isaías 53.4a e 5c: “Verdadeiramente, ele tomou sobre
si as nossas enfermidades e nossas dores levou sobre si... pelas suas
pisaduras, fomos sarados”, juntamente com Mateus 8.16,17. “E ele, com a sua
palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos,
para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz. Ele tomou
sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças”.
É
verdade que a palavra hebraica holi traduzida como “sofrimento” normalmente
significa doença ou enfermidade, e a palavra mak’obotn significa dor, seja
física on mental. A. J. Gordon apóia a idéia de cura com a reconciliação na
obra The Ministry ofHecding, ao escrever: “Aqui existe uma referência a alguma
coisa além do companheirismo solidário com os nossos sofrimentos. O jugo da sua
cruz, pelo qual Ele nos liberou das nossas iniqüidades, também levou as nossas
doenças: de modo que, de alguma maneira, é verdade que ‘Àquele que não conheceu pecado. ^DEUS Pai] o
fez pecado por nós’. O Senhor também fez com que Aquele que não conheceu
enfermidades... ficasse enfermo por nós. A passagem parece ensinar que CRISTO
suportou por delegação tanto as nossas doenças quanto as nossas iniqüidades”
(pp. 16-17).
No entanto, grande parte dos evangélicos discorda dessa interpretação. Eles pensam que as passagens mencionadas somente provam que CRISTO suportou as nossas doenças como uma carga pesada de sofrimento. É verdade que a palavra grega bastazo usada em Mateus 8.17 é usada no sentido de levar cargas (Gl 6.2; Rm 15.1), e é usada por Galen no sentido de remoção das doenças (Arndt, p. 137), mas nunca para referir-se a CRISTO suportando o pecado imputado. Somente em um outro trecho único do Novo Testamento existe uma sugestão de cura pela expiação. Em 1 Pedro 2.24, o apóstolo conecta a expressão “pelas suas feridas fostes sarados” com o sacrifício da morte de CRISTO na cruz, mas não existe menção explícita a uma doença física. O argumento também estabelece que CRISTO nos redimiu da maldição da lei (Gl 3.13), da qual as enfermidades são um aspecto definido (Dt 28.21-27,59-61). Além disso, a cura, como uma primeira bênção da ressurreição, é prometida para os nossos corpos mortais por meio do ESPÍRITO SANTO que habita em nós (Rm 8.11; cf. 6.12 no tocante a “corpo mortal”).
3.
As enfermidades podem ser o resultado do pecado.
Embora seja verdade que muitas enfermidades são uma punição pelo pecado enviada por DEUS - por exemplo, as pragas que afligiram Israel quando eles se rebelaram contra DEUS na peregrinação pelo deserto (Nm 11.33; 14.37; 16.47; 25.8,9,18), algumas são usadas por DEUS para a sua própria glória (Jo 9.3) e outras para o bem da pessoa que as sofre (2 Co 12.7-10; veja Espinho na Carne).
4.
A enfermidade pode ser atribuída ao diabo.
William
Branham, um evangelista que pregava a cura divina, por exemplo, orava aa
seguinte maneira; “Saia dele/dela, demônio do câncer", F. F. Bosworth
explicava as enfermidades como sendo causas pela “opressão do demônio” {Ckrist
tke Healer, p, 1). Ele baseou o seu argumento no que Pedro disse aos gentios
sobre o ministério de JESUS: Ele “andou fazendo o bem e curando a todos os
oprimidos do diabo” (Act 10.38). Oral Roberts concorda com Bosworth (Oral
Roberts, IfYou Xeed Healing, p. 16). Há outros trechos que dâo suporte a esta
afirmação, como Lucas 13.16 que fala da mulher “a qual há dezoito anos Satanás
mantinha presa”. O argumento de CRISTO de que Ele não expulsava demônios por
Belzebu (Lc 11.14-23); a permissão de DEUS para que Satanás afligisse Jó com
chagas malignas (Jó 2.7), assim como algumas referências ao poder de Satanás
(Jo 12.31; Hb 2.14,15; 1 Jo 3.8; 5.19) são usados para corroborar esse ponto de
vista.
Embora esteja claro pelas Escrituras que Satanás freqüentemente inflige doenças sobre os homens, está igualmente claro que isso só ocorre com a permissão de DEUS. DEUS, como soberano, pode usar o sofrimento infligido por Satanás, e pelo homem, para os seus próprios objetivos e glória, e o faz (Rm 8.18,22,23,26,28). Muitas enfermidades, no entanto, derivam de outras causas que não são o resultado de uma ação direta de Satanás.
Causas das Enfermidades
Podem
ser encontradas auatro principais razões para as enfermidades:
1.
Unia conseqüência da maldição que caiu sobre a raça humana depois do pecado de
Adão e Eva.
Neste sentido, todas as enfermidades derivam do primeiro pecado do homem, embora isso não signifique que uma enfermidade de um indivíduo seja devida ao seu próprio pecado. O fato de que existe uma árvore com todos os tipos de frutas para a cura das nações em Ezequiel 47.12 e Apocalipse 22.2, indica que as enfermidades são o resultado do pecado de Adão e Eva, e que devem ser removidas, assim como a maldição trazida por aquele pecado será removida (Rm 8-18-23; cf. Gn 3.18,19).
2.
Ignorância e falta de cuidados.
Existem muitos casos em que a doença é causada pela ignorância do homem e até mesmo pela sua própria falta de cuidados. Uma prova do primeiro caso é a alta taxa de mortalidade de recém-nascidos até que Semmelweis e Lister descobrissem os anti-sépticos; porém a doença constante nos lares de alguns cristãos, em contraste com a maravilhosa saúde desfrutada por outros, se deve freqüentemente ao segundo caso. Com o progresso do conhecimento da medicina, diminui a ocorrência de vários tipos de doenças e a expectativa de vida do homem aumenta.
3.
Pecado individual.
A
doença pode ser diretamente causada pelo pecado do homem, como no caso da
disseminação de uma doença venérea, ou uma doença crônica causada pelo
alcoolismo. A doença também pode ser enviada por DEUS como uma punição, como no
caso do pecado da presunção de Uzias (2 Cr 26.19,20). O Senhor JESUS CRISTO
ordenou a um dos doentes crônicos que Ele tinha curado, “Eis que já estás são;
não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior״ (Jo 5.14).
4.
Como um castigo, para o desenvolvimento do caráter.
Este
uso particular da doença e dos acidentes, para treinar e desenvolver os filhos
de DEUS, não pode ser ignorado. O Senhor corrige àquele a quem ama (Hb 12.6). O
crente deve encarar a sua passagem por diversos testes e provas (que podem
incluir doenças) como uma bênção, porque se ele suportá-los pacientemente eles
irão Tesultar no fruto aprazível da justiça, e ele receberá a coroa da vida
como uma recompensa (Tg 1,2-4,12). Jó foi levado ao reconhecimento do seu orgulho
e da sua atitude de autojustificação por meio das suas aflições, e
arrependeu-se no pó e nas cinzas (Jó 40.4; 42.6). Paulo viu o espinho na sua
carne como algo que Satanás poderia usar para esbofeteá-lo (2 Co 12.7), mas
também como algo que DEUS usava para conservá-lo humilde e fazer com que ele
confiasse no ESPÍRITO SANTO, em sua graça e em seu poder (vv. 9,10);
conseqüentemente, o apóstolo se regozijou com isso. O fato de a doença poder
ser usada por DEUS para o desenvolvimento do caráter, da fé e da humildade nos
seus próprios filhos faz com que seja impossível continuar a vê-la como sendo
sempre o resultado imediato do pecado.
Nas ocasiões em que o Senhor JESUS CRISTO
não apenas curava os enfermos, mas também os perdoava dos seus pecados, como no
caso do paralítico trazido por quatro amigos (Mt 9,2-8; Mc 2.3-12; Lc 5.18-26),
não fica provado que a doença do homem era devida aos seus pecados, mas que
CRISTO estava exercendo a sua própria prerrogativa, como DEUS, de perdoar
pecados. E foi sob esse enfoque que os escribas e os fariseus enxergaram a
situação (Mt 9,3; Mc 2.7; Lc 5.21). Ao mesmo tempo, como foi visto acima, é
verdade que alguns estão doentes devido aos seus próprios pecados.
O fato de Paulo ter curado tantos outros (Act 19.11,12), mas ele próprio não ter sido aliviado, mesmo tendo orado por isso três vezes, mostra que a vontade de DEUS é a de que alguns sofram, para o seu próprio bem (2 Co 12.10). Isto também prova que a cura não depende exclusivamente da nossa fé em DEUS; mas também depende da vontade de DEUS. A “oração da fé” que cura o doente em Tiago 5.15 é aquela oração despertada por DEUS, na qual o filho de DEUS tem a certeza, antes de pedir, de que o seu pedido está de acordo com a vontade de DEUS, e que será atendido. Isto fica claro em 1 João 5.14,15, onde se lê: “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.”
As Curas Realizadas pelo Senhor JESUS
CRISTO e Pela Igreja Primitiva
Como as enfermidades não faziam parte da
criação original, ao contrário eram uma coisa má, o Senhor JESUS nunca hesitou
em curar os enfermos. Quando um leproso questionou se era a sua vontade
purificá-lo da doença, o Senhor JESUS imediatamente baniu esse pensamento e
curou o homem (Mc 1.40-42). Em sua missão de desfazer as obras do diabo (1 Jo
3.8), Ele fez todos os esforços possíveis para expulsar os demônios e curar os
enfermos. Portanto, o seu ministério destinava-se tanto à mente e à alma quanto
ao corpo. O seu objetivo era a restauração de toda a personalidade. Assim, a
cura bíblica inclui as necessidades do homem como um todo.
De certo modo, as curas realizadas pelo
Senhor JESUS CRISTO devem ser classificadas em uma categoria especial. Através
delas, Ele demonstrou e provou que era o Filho de DEUS. Ele as realizou com o
seu poder peculiar, e com o do ESPÍRITO SANTO, que Ele possuía de forma
ilimitada. Elas confirmaram a sua Pessoa e também o seu poder (Lc 4.14-21 com
Is 61.1,2; Mt 11,2-5; 15.30,31 com Is 35.5,6). Os milagres e os dons
espirituais de cura (1 Co 12.9,28) dos discípulos e da igreja primitiva eram
semelhantes, no sentido de provar que esses homens eram verdadeiros seguidores
de CRISTO, e assim corroboravam com eles e com o seu ministério. Os milagres de
Filipe em Samaria, a cura do mendigo coxo na porta do templo, e do coxo de
Listra abriram as portas para a oportunidade de testemunhar a respeito de
CRISTO (Act 3,4; 8.6- 8; 14.8-18).
Por outro lado, nem os milagres de JESUS nem
os dos apóstolos eram simplesmente sinais; eles eram uma função salutar do
reino de DEUS. Com a sua compaixão, o Senhor trazia verdadeiro alívio às
multidões de sofredores que necessitavam de cura. Os escritos dos líderes da
igreja dos três primeiros séculos dão testemunho do fato de que a oração e a
expulsão dos demônios, como meios de cura, continuavam sendo eficientes, pelo
menos em parte (veja a pesquisa de A. Harnack, The Mission and Expansion of
Christianity, pp. 120-146).
Tanto o Senhor JESUS CRISTO, como no caso dn
homem cego de nascença (Jo 9.1-38), quanto os apóstolos, como no caso do coxo
curado por Pedro no templo (Act 3.1-11), curaram aqueles que inicialmente não
tinham nenhuma fé. Mas CRISTO e os apóstolos também curaram outras pessoas com
base na fé que elas possuíam (Mt 9.29; Mc 5.34; 10.52; Lc 7.50; 8.48; 17.19;
Act 14.9). Isto prova que as curas do Novo Testamento somente algumas vezes se
basearam na fé da pessoa que foi curada. O mesmo é verdade quando ocorrem as
curas genuínas por meio do ministério dos servos de DEUS dos nossos dias.
FONTE: APAZDOSENHOR.OR
VEJA:
LIÇÃO ORIGINAL CPAD - 2007
Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2007
Título: As promessas de Deus para a sua
vida
Comentarista: Geremias do Couto
Lição 5: A promessa da cura divina -
Data: 04 de Novembro de 2007
Videoaula - pastor Esequias Soares
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