TEXTO BÍBLICO BÁSICO
João 1.35-46
No dia seguinte João estava outra
vez ali, e dois dos seus discípulos;
E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus.
E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus.
E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E
eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras?
Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele
aquele dia; e era já quase a hora décima.
Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o
haviam seguido.
Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que,
traduzido, é o Cristo).
E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de
Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
No dia seguinte quis Jesus ir à Galiléia, e achou a Filipe, e disse-lhe:
Segue-me.
E Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.
Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés
escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.
Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem,
e vê.
TEXTO ÁUREO
E
Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro,
e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.
Mateus
4.18
OBJETIVOS
Conhecer os principais episódios da vida
de André, ao longo do ministério terreno de Jesus;
Entender
que tão
importante quanto conhecer Jesus
é fazê-lo conhecido;
Compreender, a partir da vida de André, que o
evangelismo pessoal é, possivelmente, a técnica mais eficiente para apresentar
Jesus ao mundo.
3
ANDRÉ
O
apóstolo das pequenas coisas
Era André o irmão de Simão Pedro, um dos
dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus. Ele achou primeiro
o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer
Cristo), e o levou a Jesus.
João 1:40-42
André, o irmão de Pedro, é o menos conhecido
dos quatro apóstolos do primeiro grupo. Apesar de ser um membro daquele
quarteto de discípulos mais chegados, de um modo geral, André fica em segundo
plano. Ele não é incluído em vários dos acontecimentos importantes nos quais
vemos Pedro, Tiago e João juntos com Cristo (Mateus 17:1; Marcos 5:37; 14:33).
Em outros momentos críticos, porém, André encontra-se participando do círculo
mais íntimo (veja Marcos 1:29; 13:3). Não há dúvidas de que ele possuía um
relacionamento particularmente próximo com Cristo, uma vez que, em tantas
ocasiões, outras pessoas foram apresentadas pessoalmente ao Mestre através
dele. André foi o primeiro de todos os discípulos a ser chamado (João 1:35-40).
Como veremos em breve, ele foi responsável por apresentar seu irmão Pedro, mais
dominante, a Cristo (versículos 41-42). Seu desejo ardente de seguir Cristo,
combinado com o zelo em apresentar outros a ele, tipifica razoavelmente o
caráter de André.
Pedro e André eram, originalmente, da vila de
Betsaida (João 1:44). Os arqueólogos ainda não conseguiram determinar a
localização exata de Betsaida, mas a partir de descrições no Novo Testamento,
fica claro que se encontrava na região da Galileia, ao norte. A certa altura,
os dois irmãos mudaram-se para a cidade de Cafarnaum, um pouco maior e mais
perto de sua cidade natal. Na verdade, Pedro e André dividiam uma casa em
Cafarnaum (Marcos 1:29) e, de lá, tocavam juntos um comércio de pesca.
Cafarnaum era um ponto especialmente privilegiado, uma vez que se situava na
margem norte do mar da Galileia (onde a pesca era boa) e encontrava-se na
interseção de importantes rotas comerciais.
É provável que, desde a infância, Pedro e
André tivessem amizade com outros dois pescadores, também irmãos e nascidos em
Cafarnaum, Tiago e João, filhos de Zebedeu. Ao que parece, os quatro possuíam
certo interesse espiritual em comum, mesmo antes de encontrarem-se com Cristo.
Fica evidente que tiraram um ano sabático da pescaria e visitaram o deserto em
que João Batista estava pregando e tornaram-se discípulos de João. Foi lá que
se encontraram com Cristo pela primeira vez. E ao voltarem a pescar (antes de
Jesus chamá-los para serem seus discípulos em tempo integral), continuaram
trabalhando juntos. Assim, era bastante natural que esse pequeno grupo formasse
uma unidade coesa dentro do conjunto dos doze. Em muitos aspectos, esses quatro
pareciam ser inseparáveis.
Todos
os quatro, obviamente, desejavam ser líderes. Como grupo, exerciam uma espécie
de liderança coletiva sobre os outros discípulos. Já vimos que Pedro era, sem
dúvida, o membro dominante do grupo e aquele que costumava falar em nome dos
doze, quer ele quisesse, quer não. No entanto, fica claro que os quatro
discípulos do círculo mais íntimo tinham aspirações de liderança. É por isso
que, em certas ocasiões, envolviam-se naquelas discussões vergonhosas sobre
quem era o maior.
Esse
desejo fervoroso de liderar, que foi a causa de tantos conflitos quando estavam
juntos como grupo, acabou sendo imensamente valioso quando esses homens
seguiram cada um o seu caminho como apóstolos na igreja primitiva. Jesus os
estava treinando para a liderança e, no final, eles ocuparam importantes posições
de autoridade na igreja primitiva. Por esse motivo, as Escrituras
assemelham-lhes à própria fundação da igreja, “sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a
pedra angular” (Efésios 2:20).
Dos quatro que faziam parte do círculo mais
íntimo, porém, André é o que menos aparece. As Escrituras não nos relatam muita
coisa a seu respeito. Pode-se praticamente contar nos dedos quantas vezes ele é
mencionado especificamente nos Evangelhos. (Na verdade, exceto pelas passagens
em que são relacionados os doze discípulos, o nome de André aparece apenas nove
vezes no Novo Testamento, e a maioria dessas referências apenas menciona-o de
passagem).
André
viveu sua vida à sombra de seu irmão mais conhecido. Muitos dos versículos que
citam seu nome acrescentam que ele era irmão de Pedro, como se esse fosse o
fato que lhe conferia importância.
Em
situações como essas, em que um irmão se destaca tão mais do que o outro, é
comum encontrar ressentimento, rivalidade ou até mesmo separação entre os
irmãos. Mas no caso de André, não há qualquer evidência de que ele se ressentia
com a dominância de Pedro. Como vimos, para começar, foi André quem levou Pedro
a Cristo. Ele o fez imediatamente e sem hesitar. André devia ter plena
consciência da tendência de Pedro para liderar. Devia saber muito bem que,
assim que Pedro passasse a fazer parte do grupo de discípulos, ele assumiria o
comando, e André seria relegado a uma posição secundária. Ainda assim, André
levou seu irmão mais velho a Cristo. Só esse fato já diz muito sobre seu caráter.
Quase
tudo o que as Escrituras nos contam sobre André mostra que ele possuía a
atitude certa para exercer um ministério nos bastidores. Ele não procurava ser
o centro das atenções. Não parecia incomodar-se com aqueles que trabalhavam por
detrás das cenas. Evidentemente, tinha prazer em fazer aquilo que podia com os
dons que Deus lhe concedera e com o chamado que havia recebido, e também
permitia que os outros fizessem o mesmo.
De
todos os discípulos do círculo mais íntimo, André parece ser o menos contencioso
e o mais meditativo. Como já sabemos, a tendência de Pedro era ser impetuoso,
de precipitar-se tolamente e dizer a coisa errada na hora errada. Com
frequência era atirado, desajeitado, apressado e impulsivo. Tiago e João tinham
o apelido de “filhos do trovão”, por causa de suas tendências temerárias. Fica
evidente que também foram eles que provocaram várias das discussões sobre quem
era o maior. Mas não se vê nada disso em André. Sempre que ele fala — o que é
raro nas Escrituras — diz a coisa certa, e não a errada. Sempre que age
separadamente dos outros discípulos, faz o que é certo. Ao citá-lo pelo nome,
as Escrituras nunca relacionam a ele qualquer desonra.
Certamente, houve ocasiões em que, seguindo a
liderança de Pedro ou agindo em conjunto com todos os outros discípulos, André
cometeu os mesmos erros que eles. No entanto, sempre que seu nome é mencionado
expressamente — sempre que ele se destaca dos outros e age ou fala como um
indivíduo — as Escrituras o elogiam por aquilo que ele faz. Mesmo não tendo
chamado atenção sobre si, André foi um líder eficiente.
Apesar de serem irmãos, André e Pedro
possuíam estilos de liderança completamente diferentes. Contudo, assim como
Pedro encaixava-se perfeitamente em seu chamado, André adequava-se ao seu. Na
verdade, é possível que André seja um modelo melhor para a maioria dos líderes
da igreja do que Pedro, pois grande parte daqueles que entram para o ministério
trabalha em certa obscuridade, como André, ao invés de ter renome e ser
proeminente como Pedro.
O nome
de André significa “varonil” e parece ser uma descrição apropriada. É claro que
o tipo de pesca com rede, que ele e os outros realizavam, exigia um bocado de
força física e hombridade. No entanto, André também possuía outras
características relativas à varonilidade. Era ousado, decidido e ponderado. Não
havia nada de frágil nem melindroso nele. Ele era impulsionado por uma
fervorosa paixão pela verdade e estava disposto a sujeitar-se a dificuldades e
rigores mais extremos, a fim de alcançar esse objetivo.
Lembre-se de que quando Jesus encontrou-se com
ele pela primeira vez, André já era um homem devoto que havia se juntado aos
discípulos de João Batista. João Batista era conhecido por sua aparência rude e
estilo de vida espartano. Usava “vestes de pelos de camelo e um cinto de couro;
a sua alimentação eram gafanhotos e mel silvestre” (Mateus 3:4). Ele vivia e
ministrava no deserto, isolado de todos os confortos e conveniências da vida
urbana. Uma pessoa que seguia a João Batista como seu discípulo dificilmente
era do tipo frágil.
O
evangelho de João descreve o primeiro encontro de André com Jesus. Ocorreu no
deserto, onde João Batista estava pregando o arrependimento e batizando os
convertidos. O apóstolo João registra o episódio como uma testemunha ocular,
pois tanto ele como André eram discípulos de João Batista. (O apóstolo João não
se identifica pelo nome. Mantém-se anônimo em seu evangelho até o final. No
entanto, a maneira que ele relata detalhes desse encontro, dando-nos até a hora
do dia, sugere que ele possuía informações de primeira mão sobre esse
acontecimento. Fica evidente que ele era o outro discípulo mencionado no
relato).
O encontro pessoal de André com Jesus
ocorreu no dia depois do batismo de Jesus (João 1:29-34). André e João estavam
ao lado de João Batista quando Jesus passou por eles e João Batista disse: “Eis
o Cordeiro de Deus!” (versículo 36). Imediatamente, os dois deixaram João
Batista e passaram a seguir a Jesus (versículo 37). Não imagine que estavam
sendo volúveis ou infiéis ao seu mentor. Pelo contrário, João Batista já havia
negado explicitamente ser o Messias: “Este foi o testemunho de João, quando os
judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem:
Quem és tu? Ele confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo”
(versículos 19-20). Quando o povo pressionou João Batista, pedindo uma
explicação sobre quem ele era, esta foi sua resposta: “Eu sou a voz do que
clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías”
(versículo 23).
João
Batista, portanto, já havia dito nos termos mais claros e diretos que era
apenas um precursor do Messias. Tinha vindo para preparar o caminho e colocar o
povo na direção certa. Na verdade, o cerne da mensagem de João Batista era a
preparação para o Messias, que viria muito em breve. Assim, André e João
estavam envolvidos pela emoção da expectativa messiânica, aguardando apenas que
a Pessoa certa fosse identificada. Por esse motivo, logo que ouviram João
Batista identificar a Cristo como o Cordeiro de Deus, os dois discípulos sem
demora e ansiosamente deixaram João para seguir Cristo. Fizeram o que era
certo. O próprio João Batista, certamente, aprovou a decisão deles.
O relato bíblico prossegue: “E Jesus,
voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi
(que quer dizer Mestre), onde assistes? Respondeu-lhes: Vinde e vede. Foram,
pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com ele aquele dia”
(versículos 38-39).
Era
por volta das 16 horas (“a hora décima”, de acordo com o versículo 39) quando
encontraram Cristo. Seguiram-no até o lugar onde estava hospedado e passaram o
resto do dia com ele. Uma vez que esse lugar ficava perto de João Batista, no
deserto, provavelmente, tratava-se de uma casa alugada ou, possivelmente, de um
quarto numa hospedaria simples. No entanto, esses dois discípulos tiveram o
privilégio de passar a tarde e a noite em comunhão particular com Jesus e
partiram convencidos de que haviam achado o verdadeiro Messias. Eles
encontraram, conheceram e começaram a ser ensinados por Jesus naquele mesmo
dia. Assim, André e João tornaram-se os primeiros discípulos de Cristo.
Observe a primeira coisa que André fez: “Ele
achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que
quer dizer Cristo), e o levou a Jesus” (versículos 41-42). A notícia era boa
demais para ele guardá-la só para si, de modo que André foi procurar aquela
pessoa que ele mais amava no mundo, que ele mais desejava que conhecesse Jesus,
e a levou até Cristo.
Como vimos no capítulo anterior, Pedro e
André voltaram para Cafarnaum e continuaram a trabalhar como pescadores depois
de terem se encontrado com Cristo pela primeira vez. Foi numa ocasião
posterior, talvez vários meses depois, que Jesus foi à Galileia para ministrar.
Ele havia começado seu ministério em Jerusalém e nos arredores da cidade, onde
havia purificado o templo e incitado a hostilidade dos líderes religiosos. No
entanto, quando voltou para a Galileia, a fim de pregar e curar, acabou
chegando a Cafarnaum. Lá, encontrou novamente os quatro irmãos enquanto estes
pescavam. Mateus 4 registra esse encontro:
Caminhando
junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que
lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim,
e eu vos farei pescadores de homens. Então eles deixaram imediatamente as
redes, e o seguiram. Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de
Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia de seu pai,
consertando as redes; e chamou-os. Então eles, no mesmo instante, deixando o
barco e seu pai, o seguiram. (versículos 18-22)
Foi então que deixaram a pescaria para
dedicar-se a um discipulado mais permanente e de tempo integral.
Lucas
5:1-11 apresenta um relato paralelo desse episódio. No entanto, no relato de
Lucas, o nome de André não é mencionado. Sabemos que ele estava lá e foi
incluído, pois o registro de Mateus deixa isso claro. No entanto, André ocupava
de tal forma o segundo plano, que Lucas nem sequer mencionou seu nome. Era,
como dissemos, o tipo de pessoa que raramente tomava a frente. Permanecia um
tanto escondido. Certamente, era parte do grupo e deve ter seguido a Cristo tão
ansiosa e prontamente quanto os outros, no entanto, desempenhou um papel
silencioso na sua obscuridade.
Ele havia passado toda a sua vida à sombra
de Pedro e, ao que parece, aceitava esse papel. Era justamente isso que o
tornava tão útil. Sua disposição em ser um ator coadjuvante, com frequência,
permitia que ele percebesse coisas que os outros discípulos apresentavam
dificuldade em compreender. Assim, sempre que ele aparece em primeiro plano, o
que pode ser visto é sua capacidade enigmática de encontrar imenso valor em
coisas pequenas e modestas.
ELE ENXERGAVA O VALOR DAS PESSOAS COMO
INDIVÍDUOS
Em se
tratando de lidar com pessoas, por exemplo, André apreciava plenamente o valor
de uma única alma. Era conhecido por levar indivíduos, e não multidões, a
Jesus. Quase toda vez que o vemos nos relatos dos Evangelhos, ele está levando
alguém a Jesus. Lembre-se de que a primeira coisa que fez ao descobrir Cristo
foi buscar Pedro. Esse episódio indica o estilo de ministério de André. Quando
Jesus alimentou a multidão de cinco mil pessoas, foi André quem levou o menino
até o Senhor e disse: “Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois
peixinhos” (João 6:9).
João
12:20-22 fala de alguns gregos que procuraram Filipe e pediram para ver Jesus.
Tratava-se, provavelmente, de gentios que conheciam a reputação de Jesus e
desejavam vê-lo. João 12:21 diz que esses homens “se dirigiram a Filipe, que
era de Betsaida da Galileia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus. Filipe
foi dizê-lo a André, e André e Filipe o comunicaram a Jesus”.
É importante
o fato desses homens terem ido falar com Filipe, mas Filipe levou-os a André e
deixou que André os apresentasse ao Mestre. Por que o próprio Filipe
simplesmente não os levou até Jesus? Talvez porque fosse naturalmente tímido,
ou talvez não tivesse confiança suficiente em seu relacionamento com Cristo.
Talvez Filipe tenha se atrapalhado e ficado confuso quanto ao protocolo
correto. Ou ainda, é possível que Filipe não estivesse certo de que Jesus
desejava vê-los. De qualquer modo, Filipe sabia que André podia apresentar
pessoas para Cristo.
André não ficava confuso quando alguém
desejava ver Jesus. Ele simplesmente os levava ao Mestre. Ele entendia que
Jesus iria querer encontrar-se com qualquer pessoa que desejasse conhecê-lo
(veja João 6:37).
André,
obviamente, não perdia a compostura e nem se sentia desconfortável em
apresentar pessoas a Cristo, pois ele o fazia o com frequência. Ao que parece,
ele conhecia bem a Jesus e não se sentia inseguro quanto a levar outros a ele.
Em João 1, ele levou Pedro a Cristo, tornando-se, assim, o primeiro
missionário. Depois, levou os gregos a Cristo, fazendo dele o primeiro
missionário internacional.
Uma
coisa que tenho observado em todos os meus anos de ministério é que os aspectos
mais importantes do evangelismo, normalmente, ocorrem com o indivíduo de
maneira pessoal. A maior parte das pessoas não se aproxima de Cristo em
resposta direta a um sermão que ouviu num lugar lotado. Elas vão até Cristo por
causa da influência de um indivíduo.
A
igreja que pastoreio procura nutrir um ambiente evangelístico, e as pessoas
estão aproximando-se de Cristo com regularidade. Quase todo domingo, em nosso
culto da noite, batizamos vários crentes novos. Cada um dá um testemunho antes
de ser batizado. Na maioria dos casos, eles falam como chegaram a Cristo
principalmente por causa do testemunho de um colega de trabalho, vizinho,
parente ou amigo. De vez em quando, ouvimos pessoas dizerem que converteram-se
numa resposta direta a uma mensagem na igreja ou um sermão no rádio. No
entanto, mesmo nesses casos, a conversão, normalmente, deve-se à influência de
um indivíduo que, para começar, encorajou pessoa a escutar o programa de rádio
ou ir à igreja. Não há dúvidas de que a maneira mais eficaz de levar pessoas a
Cristo é conduzilas uma a uma, de modo individual.
Tanto
André como seu irmão Pedro possuíam um coração evangelista, mas seus métodos
eram completamente distintos. Pedro pregou em Pentecostes e três mil pessoas
passaram a fazer parte da igreja. Não há nada nas Escrituras indicando que
André em algum momento tenha pregado para uma multidão ou movido grandes
massas. Mas lembre-se de quem levou Pedro a Cristo. De acordo com a providência
soberana de Deus, o ato de fidelidade de André, ao conduzir seu irmão a Cristo,
foi o ato individual que levou à conversão do homem que iria pregar o magnífico
sermão em Pentecostes. Todos os frutos do ministério de Pedro são também, em
última análise, frutos do testemunho fiel e individual de André.
Muitas vezes é assim que Deus trabalha.
Poucos já ouviram falar de Edward Kimball. Seu nome é uma nota de rodapé nos
registros da história da igreja. Contudo, ele foi o professor de escola
dominical que levou D. L. Moody a Cristo. Certa tarde, ele foi à loja de
sapatos em que Moody, na época com 19 anos, trabalhava em Boston, encurralou-o
num canto do depósito onde ficava o estoque e apresentou-lhe Cristo.
Kimball era a antítese do evangelista
ousado. Ele era um homem tímido e de fala mansa. Foi até a loja de sapatos
atemorizado, tremendo e sem saber ao certo se tinha coragem suficiente para
confrontar aquele rapaz com o evangelho. Na época, Moody era rude e claramente
iletrado, mas a ideia de falar-lhe de Cristo fazia Kimball tremer na base. Anos
depois, Kimball relembrou esse episódio. Moody havia começado a frequentar sua
classe de escola dominical. Era evidente que Moody não sabia absolutamente nada
sobre a Bíblia. De acordo com Kimball,
Decidi
conversar com Moody sobre Cristo e sobre sua alma. Dirigi-me à loja de sapatos
Holton’s. Quando estava quase lá, perguntei-me se era uma boa ideia visitá-lo
em horário comercial. Pensei, ainda, que minha missão poderia envergonhar o
rapaz e que quando eu fosse embora os outros vendedores iriam zombar de Moody e
perguntar se eu estava tentando transformá-lo num bom menino. Enquanto refletia
sobre essas coisas, passei reto pela loja e nem sequer percebi. Então, quando
descobri que havia passado em frente a porta, decidi correr até ela e acabar
com aquilo o mais rápido possível. [5]
Kimball
encontrou Moody trabalhando no depósito, embrulhando sapatos e colocando-os nas
prateleiras. De acordo com Kimball, seu discurso foi “hesitante”. Mais tarde
comentou: “Jamais consegui lembrar-me exatamente daquilo que falei: foi algo
sobre Cristo e seu amor — e só.” Ele admitiu que foi um “apelo fraco”. [6]No
entanto, naquela mesma hora e naquele lugar, Moody entregou seu coração a
Cristo.
É claro que D. L. Moody foi usado
poderosamente pelo Senhor como evangelista tanto nos Estados Unidos como na Inglaterra.
Seu ministério teve um impacto enorme nos dois lados do Atlântico, ao longo de
quase toda a segunda metade do século 19. Milhares de pessoas testemunharam ter
encontrado a Cristo por causa de seu ministério. Entre aqueles que se
converteram através de Moody, estavam homens como C. T. Studd, o grande missionário
pioneiro, e Wilbur Chapman, que também se tornou um conhecido evangelista.
Posteriormente, Moody fundou o Moody Bible Institute, onde milhares de
missionários, evangelistas e outros obreiros cristãos foram treinados ao longo
do último século e enviados para todo o mundo. Tudo isso começou quando um
homem foi fiel em levar outra pessoa a Cristo.
Ao
que parece, era assim que André costumava ministrar: face a face. Muitos
pastores adorariam ver suas igrejas abarrotadas de pessoas com a mentalidade de
André. Um número excessivamente grande de cristãos acha que, pelo fato de não
poderem falar diante de grupos ou por não terem dons de liderança, estão
isentos da responsabilidade de evangelizar. Há poucos que, como André,
compreendem o valor de cultivar a amizade com uma só pessoa e levá-la a Cristo.
ELE
ENXERGAVA O VALOR DAS DÁDIVAS INSIGNIFICANTES
Algumas pessoas têm uma visão mais clara da
situação geral simplesmente porque apreciam o valor das pequenas coisas. André
encaixa-se nessa categoria. Isso fica claro no relato de João sobre os cinco
mil que foram alimentados.
Jesus havia se dirigido para o alto de um
monte a fim de tentar ficar a sós com seus discípulos. Como acontecia com
frequência quando ele tirava uma folga do seu ministério público, as multidões
clamorosas foram atrás dele. Era pouco antes da Páscoa, o feriado mais
importante do calendário judaico. Esse episódio ocorreu, portanto, exatamente
um ano antes de Cristo ser crucificado.
De
repente, uma turba enorme se aproximou. Haviam descoberto, de algum modo, onde
Jesus estava. Era quase hora de comer e, ao pregar para o povo, Jesus iria usar
o pão como ilustração. Assim, ele deixou claro que desejava alimentar a multidão.
Perguntou a Filipe onde poderiam comprar pão. João acrescenta um comentário
editorial para enfatizar o fato de que Cristo estava soberanamente no controle
dessas circunstâncias: “Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem
sabia o que estava para fazer” (João 6:6).
Filipe fez as contas rapidamente e concluiu
que tinham apenas duzentos denários em dinheiro. Um denário era o pagamento de
um dia para um trabalhador comum, de modo que duzentos denários equivaliam
aproximadamente ao salário de oito meses. Era uma quantia considerável, mas a
multidão era tão grande que mesmo duzentos denários não eram o suficiente para
comprar comida para todos. A visão de Filipe foi sobrepujada pelo tamanho da
necessidade. Ele e os outros discípulos ficaram sem saber o que fazer. Ao
relatar o mesmo episódio, Mateus informa que os discípulos disseram: “O lugar é
deserto, e vai adiantada a hora: despede, pois, as multidões para que, indo
pelas aldeias, compre para si o que comer” (Mateus 14:15).
Mas Jesus respondeu: “Não precisam
retirar-se, dai-lhes, vós mesmos, de comer” (versículo 16). Os discípulos devem
ter ficado em estado de choque. O que Jesus estava pedindo parecia absurdo.
Foi
então que André falou. “Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois
peixinhos; mas isto que é para tanta gente?” (João 6:9). É claro que até mesmo
André sabia que cinco pães de cevada e dois peixinhos não seriam suficientes
para alimentar cinco mil pessoas; mas, (a seu modo típico) ainda assim levou o
menino a Jesus. O Senhor havia ordenado aos seus discípulos que alimentassem o
povo e André sabia que ele não daria uma ordem como essa sem torná-la possível
de ser cumprida. Assim, André fez o melhor que pôde. Identificou a única fonte
de comida disponível e certificouse de que Jesus soubesse dela. Algo dentro
dele parecia entender que nenhuma dádiva é insignificante nas mãos de Jesus.
João prossegue com sua narração:
Disse
Jesus: Fazei o povo assentar-se; pois havia naquele lugar muita relva.
Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil. Então Jesus tomou
os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os
peixes, quanto queriam. E, quando já estavam fartos, disse Jesus aos seus
discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca. Assim,
pois, o fizeram e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que
sobraram aos que haviam comido. (versículos 10-13)
Que
lição incrível! O fato de tão pouco poder ser usado para realizar tanto foi um
testemunho do poder de Cristo. Nenhuma dádiva é insignificante em suas mãos.
O próprio Senhor ensinou aos seus
discípulos a mesma lição em Lucas 21:1-4: “Estando Jesus a observar, viu os
ricos lançarem suas ofertas no gazofilácio. Viu também certa viúva pobre lançar
ali duas pequenas moedas; e disse: Verdadeiramente, vos digo que esta viúva
pobre deu mais do que todos. Porque todos estes deram como oferta daquilo que
lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu
sustento”.
Em
outras palavras, a pessoa pobre que dá tudo o que tem está dando uma oferta
muito maior do que a pessoa rica que contribui com ofertas mais altas, mas que
são apenas parte de sua abundância. A capacidade que Deus tem de usar uma
dádiva não é de forma alguma influenciada pelo tamanho dessa dádiva. É a
fidelidade sacrificial do ofertante, e não o tamanho da oferta, que serve como
verdadeira medida da importância de sua dádiva.
Trata-se de um conceito de difícil compreensão
para a mente humana. No entanto, de alguma forma, André parecia saber
instintivamente que não estava desperdiçando o tempo de Jesus ao levar a ele
uma oferta tão ínfima. Não é a grandeza de uma dádiva que conta, mas sim a
grandeza do Deus a quem ela é ofertada. André preparou o caminho para o
milagre.
É claro que, para servir a multidão, Jesus
nem precisava do almoço daquele menino. Ele poderia ter criado alimento do nada
com a mesma facilidade. No entanto, o modo que ele alimentou os cinco mil serve
de ilustração para o modo que Deus sempre opera. Ele toma as dádivas
sacrificiais e insignificantes de pessoas que contribuem fielmente e as
multiplica de modo a realizar coisas monumentais.
ELE ENXERGAVA O VALOR DO SERVIÇO
IMPERCEPTÍVEL Algumas pessoas não querem participar da banda, a menos que
possam tocar o bumbo. Essa era a tendência de Tiago e João. O mesmo valia para
Pedro. Mas não era o caso de André. Em momento algum ele é citado como
participante de grandes discussões. Estava mais preocupado em levar pessoas a
Jesus do que com quem recebia o crédito ou quem estava no poder. Não almejava a
honra. Nunca o ouvimos dizer qualquer coisa, a menos que esteja relacionada a
levar alguém a Jesus.
André é o retrato perfeito daqueles que
trabalham em silêncio nos lugares humildes, “não servindo à vista, como para
agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de
Deus” (Efésios 6:6). Ele não era uma coluna impressionante como Pedro, Tiago e
João. Era uma pedra mais humilde. Era uma daquelas pessoas raras, dispostas a
ficar em segundo lugar e dar apoio. Ele não se importava em ficar escondido,
desde que o trabalho estivesse sendo realizado.
Essa é
uma lição que muitos cristãos de hoje fazem bem em aprender. As Escrituras
advertem sobre buscar posições de proeminência e alerta aqueles que desejam ser
mestres, que serão julgados de acordo com padrões mais elevados: “Meus irmãos,
não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior
juízo” (Tiago 3:1).
Jesus
ensinou aos discípulos: “Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo
de todos” (Marcos 9:35). É preciso um tipo especial de pessoa para ser um líder
com um coração de servo. André era assim.
Tanto quanto sabemos, André jamais pregou
para multidões ou fundou igrejas. Ele nunca escreveu uma epístola. Não é
mencionado no livro de Atos nem em qualquer uma das epístolas. André é mais uma
silhueta do que um retrato nas páginas das Escrituras.
Na
verdade, a Bíblia não relata o que aconteceu a André depois de Pentecostes.
Seja qual for o papel que tenha desempenhado na igreja primitiva, ele
permaneceu nos bastidores. Diz a tradição que ele levou o evangelho para o
norte. Eusébio, o historiador da igreja na antiguidade, diz que André chegou
até o leste europeu. (Por isso André é o santo padroeiro da Rússia. Também é o
padroeiro da Escócia). Acabou sendo crucificado na Acaia, na região sul da
Grécia, próximo a Atenas. Um relato diz que levou a Cristo a esposa de um
governador provincial romano, enfurecendo o marido. Ele exigiu que sua esposa
renunciasse sua devoção a Jesus Cristo e ela se recusou. O romano ordenou,
então, que André fosse crucificado.
De
acordo com as ordens do governador, aqueles que crucificaram o apóstolo,
amarraram-no à cruz em vez de pregá-lo, a fim de prolongar seu sofrimento. (Diz
a tradição que se tratava de uma cruz em forma de X). Conforme a maioria dos
relatos, ele ficou pendurado na cruz durante dois dias, exortando aqueles que
passavam por ele a buscarem a salvação em Cristo. Depois de uma vida toda de
ministério à sombra de seu irmão mais famoso e a serviço do Senhor, ele teve
uma sina semelhante à de outros discípulos, permanecendo fiel e ainda
procurando levar as pessoas a Cristo até o fim.
Ele foi desprezado? Não. Ele foi
privilegiado. Foi o primeiro a ouvir que Jesus era o Cordeiro de Deus. Foi o
primeiro a seguir Cristo. Foi parte do círculo mais íntimo e que teve mais
acesso a Cristo. Seu nome será gravado, juntamente com o nome dos outros
apóstolos, nas fundações da cidade eterna, a Nova Jerusalém. O melhor de tudo é
que ele teve uma vida toda de privilégio, fazendo o que ele mais gostava:
apresentando indivíduos ao Senhor.
Graças a Deus por pessoas como André. São elas
que, trabalhando em silêncio, de modo fiel, porém, imperceptível, dando ofertas
ínfimas, mas sacrificiais, alcançam as maiores realizações para o Senhor. Não
recebem muito reconhecimento, mas não é isso que buscam. Só querem ouvir o
Senhor dizer: “Fizeste um bom trabalho.”
O legado de André é o exemplo que ele deixou
para nos mostrar que em um ministério eficaz, muitas vezes, são as pequenas
coisas que contam — as pessoas como indivíduos, as dádivas insignificantes e o
trabalho discreto. Deus se compraz de tais coisas, pois “escolheu as coisas
loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do
mundo para envergonhar os fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo,
e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim
de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1Coríntios 1:27-29).
12 homens extraordinariamente
comuns
MacArthur, John
Quem é Quem Na Bíblia Sagrada
ANDRÉ.
Este
vocábulo deriva do termo grego que significa
“hombridade”.
André, o primeiro dos doze apóstolos a ser chamado por Jesus, foi rapidamente
ofuscado por seu irmão Simão Pedro, que ele próprio levou ao Senhor (Jo
1.40-44). Natural de Betsaida, da Galiléia, André previamente fora seguidor de
João Batista e estava presente quando este apontou Jesus como o Cordeiro de
Deus. Juntamente com os outros três discípulos chamados em João 1, André recebeu
sua comissão formalmente como discípulo itinerante, de tempo integral, no
início do ministério de Jesus na Galiléia. Na época, André, Pedro, Tiago e João
eram todos pescadores (Mt 4.18; Mc 1.16). André faz par com seu irmão Pedro na
lista dos doze discípulos em Mateus 10.2 e Lucas 6.14 (mas não em Mc 3.18 ou At
1.13), para sugerir que pelo menos parte do tempo os dois irmãos formavam uma
dupla no ministério de Cristo (cf. Mc 6.7). Marcos 13.3 registra que estes
quatro discípulos pescadores estavam presentes no “Discurso de Jesus”, no monte
das Oliveiras”. Em João 6.8, André informou a Jesus, um pouco constrangido, que
só havia cinco pães e dois peixes disponíveis para a multidão de cinco mil
homens. Em João 12.22, ele também foi um dos intermediários os quais disseram a
Jesus que certos gregos desejavam falar com Ele. A despeito das alegações
contrárias, não existe um padrão consistente no comportamento de André, nem
dados suficientes nas páginas das Escrituras para se deduzir qualquer princípio
teológico significativo baseado em seu caráter ou sua personalidade. Vários atos
apócrifos são atribuídos a ele, embora sem nenhuma evidência histórica. Nada
mais é conhecido sobre ele com algum fundamento histórico. C.B.
Quem é Quem Na Bíblia Sagrada: a
História de Todas as Personagens da Bíblia – Paul Gardner
1: 35-51
A chamada dos primeiros discípulos Afirmação
repetida de o Cordeiro de Deus ( 35 ) destina-se a entender que os dois
discípulos que seguiram Jesus tinha pego algo de significado que aquele a quem
João tinha mencionado. Não há nada na história para sugerir que João Batista
esperava qualquer um de seus discípulos o abandonaram; Pelo contrário, o que
emerge é que ele viu que isso era parte de sua missão de anunciar Jesus. O fato
de que o nome de um dos discípulos é dado sozinho, pode significar que o outro
era João o autor. A ideia seguiu no v. 37 certamente não tem o sentido pleno
iria adquirir mais tarde, como o discipulado. Sua resposta para a pergunta de
Jesus e dirige-se a ele como o rabino mostrar sua intenção séria de seguir. O
título respeito "rabino" e não estava em causa (como foi mais tarde)
alguém que foi treinado em uma escola rabínica. Você pode perguntar por que no
v. 39 mencionou a hora décima. Se João estava usando o método judaico de tempo
normal acerto de contas, seria ao pôr do sol e foi se inferir que uma visita ao
final do dia.
A
maneira como se diz que André encontrou seu irmão Simão Pedro primeiro ( DHH :
"em primeiro lugar"), sugere que havia pego a grande importância do
encontro com Jesus. João dá duas pistas para o personagem de Andrew neste
Evangelho ( cf. 6: 8 ; 12: 22 ). O termo Messias ( 40 ) é traduzido por João
para o benefício de seus leitores não-judeus. Tanto o Heb. Messias como o gr.
Cristo derivada de uma raiz que significa "o ungido". Embora a AT
ungir a idéia era principalmente relacionada com a escolha dos reis, no NT o
conceito é aplicado a Jesus em um sentido mais amplo para incluir a idéia de um
profeta, sacerdote e rei ungido. Assumiu-se que há uma contradição entre este
anúncio e as contas sinóticos sugerem que Jesus não foi reconhecido como
Messias até a confissão de Pedro em Cesareia de Filipe. Mas não há necessidade de
supor que aqui os discípulos tinham apenas uma ideia muito geral do que ele
realmente quis dizer messianismo. No v. 42 , há uma forte ênfase nas relações
pessoais que cobrem André, Simão e Jesus. Novamente, há uma diferença entre
João e os Sinópticos sobre quando o nome foi dado a Pedro Simon. Esta é dada no
início do ministério, enquanto que em Matt. 16:18 é confirmada após a confissão
de Pedro. É interessante notar que aqui Jesus usa o tempo futuro, indicando o
que aconteceu como Matt. 16:18. Tanto Pedro, Cefas significa "pedra",
o que sugere que Jesus estava pensando no "Rocky" forma caráter
proposta de Simon. Até agora, diz-se que pelo menos três discípulos seguiram
Jesus. Mas João menciona dois outros, antes de começar sua conta do ministério
de Jesus no cap. 2 . Para Felipe, Jesus tomou a iniciativa de dizer-lhe para
seguir. Felipe volta a ser mencionado várias vezes neste Evangelho ( 6: 5 ; 12:
21 , 14, 8 ). Parece ter sido um homem de espírito prático. Embora se diga que
Filipe, André e Pedro eram de Betsaida, viviam em Cafarnaum ( Marcos 1:21 ,
29). Um novo exemplo de testemunho pessoal que levou a outro Jesus mencionou
aqui quando Filipe encontrou Natanael. Como o assunto do testemunho é tão
importante no Evangelho, o método pelo qual Pedro e Natanael foram trazidos
para Jesus é muito significativo. O testemunho pessoal sempre foi um dos mais
fecundos para levar para ser discípulos de métodos de Jesus. Há uma diferença
na maneira que Philip apresentou Jesus em relação a Andrew, uma vez que ele não
mencionou o Messias, mas para aquele de quem Moisés escreveu na Lei e os
Profetas.mesma coisa.
A
referência a Jesus de Nazaré levou a uma expressão cética Nathanael ( 46 ).
Obviamente Nazaré tinha algum tipo de má reputação ea maneira como seu povo
rejeitou Jesus concorda com essa reputação. O encontro entre Jesus e Natanael é
muito instrutivo. Primeiro, notamos a elevada opinião que Jesus disse sobre ele
( 47 ).
O pensamento de um verdadeiro israelita, em
quem não há dolo pode ter sido causado pela história de Jacó, que foi, sem
dúvida, na mente no v. 51 . Em segundo lugar, notamos a sua mente curiosa: Como
é que você me entende? Aqui está um elemento surpresa sugerindo que Nathaniel
não tinha encontrado antes de Jesus. Em terceiro lugar, notamos conhecimento
prévio de Jesus a ficar impressionado Natanael. Não há nenhuma maneira de saber
o que era Natanael debaixo da figueira, mas o ponto principal aqui é a visão
rara de Jesus, que foi claramente reconhecido por Natanael. Sua resposta foi
poderoso. Ele não só reconheceu Jesus como rabino, mas como Filho de Deus e Rei
de Israel. Novamente, mesmo nesta fase inicial, houve uma compreensão de Jesus
como o Filho de Deus, mesmo que rudimentar. João havia apresentado as
referências iniciais do caráter divino do Filho do Homem no prólogo de trazer
aqui para o núcleo do ministério de Jesus emergente. As coisas maiores do v. 50
são explicados em 51 , que fala do desenvolvimento da visão espiritual. A idéia
de ver anjos subindo e descendo sobre o Filho do Homem parece ser um eco da
história de Jacó ( Gen. 28 :. 12 ). O significado da afirmação é que o céu
agora está aberto para comunicação permanente com aqueles cujo representante é
o próprio Cristo, com o título de Filho do Homem. Nathanael Notavelmente este
título foi substituído pelo Filho de Deus, porque isso mostra que o aspecto
humano de Jesus é tão importante quanto o diviNúmeros
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