segunda-feira, 23 de março de 2020

Lição 13 - O Fruto do Espírito na Vida do Cristão

Lição 13 - O Fruto do Espírito na Vida do Cristão


                     TEXTO BÍBLICO BÁSICO                     

Gálatas 5.16-26
Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.
Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia,
Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Contra estas coisas não há lei.
E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.
Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.



TEXTO ÁUREO

Ou dizeis que a árvore
 é boa e o seu finto,
 bom, ou dizeis que a árvore
 é má e o seu fruto,
mau; porque pelo
 fruto se conhece a
árvore.
Mateus 12.33

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
1.1.    feira - Lucas 8.4-15
A parábola do semeador
1.2.    feira - Lucas 23.24-34
Jesus agiu com paz diante de Seus executores
1.3.    feira - Mateus 5.43-48
Bendizei os que vos maldizem
1.4.    feira - João 15.1-8
Cristo, a videira verdadeira
6ê feira - Mateus 7.15-20
Somos conhecidos por nossos frutos
Sábado - Colossenses 3.5-15
Devemos estar revestidos de amor


OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• buscar, no Espírito Santo, desenvolver o caráter de Cristo;
• exercer o fruto do Espírito Santo em todos os momentos;
• entender que a frutificação é consequência de uma vida de relacionamento com o Espírito Santo.


ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor, Jesus certa vez declarou: Onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração (Lc 12.34). O coração, na Bíblia, representa o centro de nossa vida. Aquilo que mais prezamos, portanto, é o que nos leva a estabelecer as nossas prioridades. Só priorizamos aquilo em que colocamos o nosso ser, isto é, o nosso coração. E, para que haja um ensino cristão eficiente, ele deve ser prioridade não só para o professor e o aluno, mas também para a igreja local.

Pode parecer estranho e óbvio demais dizer que o educador cristão deve ter o coração no ensino. Mas, se olharmos para a realidade de muitas de nossas igrejas, perceberemos que um grande número de professores, principalmente da Escola Dominical, não se interessam por esse ministério. Alguns são nomeados a contragosto, mas aceitam a indicação para não ferir suscetibilidades ou não parecer desinteressado da obra do Senhor. Outros são bem-intencionados, mas não possuem qualquer vocação para o ensino: assumem o cargo, porém são incapazes de perceber as próprias deficiências, e a classe acaba não tendo as suas necessidades atendidas. Professores que não dão prioridade ao ensino em geral só se lembram de sua função no final de semana, por isso fracassam pela falta de estudo e planejamento de sua aula (Extraído de: CHAVES, G. V. Educação Cristã — Uma Jornada Para Toda Vida, p.78).


COMENTÁRIO

Palavra introdutória

À medida que um cristão vai enchendo-se do Espírito Santo, o fruto do Espírito vai sendo produzido na sua vida, e ele é progressivamente transformado à imagem de Cristo. Certamente, tornar-se semelhante a Cristo é um processo contínuo, um exercício diário. Todos os dias somos chamados a despirmos dos velhos hábitos e a assumir a condição de filhos de Deus, tendo Jesus como nosso modelo.

Contudo, não podemos fazer isso pelo nosso próprio poder. Dependemos do Espírito Santo para alcançar este propósito. Aliás, essa é a obra dele em nós. Uma vez que estejamos cheios do Espírito Santo, teremos agregadas à nossa pessoa características do Filho de Deus. Isso nos identificará como autênticos cristãos, convertidos ao evangelho, e poderemos ajudar outros a terem um encontro com Cristo.

Precisamos ser cheios do Espírito para testemunhar e servir. Isso nos impelirá a buscar permanentemente esse revestimento de poder para vencer o mal, cumprir o nosso chamado com eficácia e alcançar a maior de todas as promessas: a vida eterna.

Na lição de hoje, abordaremos o fruto do Espírito descrito por Paulo aos irmãos da Galácia em três dimensões: em nosso relacionamento com Deus, em nosso relacionamento com o próximo e em nosso relacionamento com nós mesmos.

Portanto, a intenção desse estudo é entendermos um pouco melhor como essas características do Espírito Santo podem se evidenciar na vida do crente em Jesus, de tal forma que possamos ver suas aplicações em diferentes contextos.

1. EM NOSSO RELACIONAMENTO COM DEUS


A frutificação é o resultado natural de uma vida que está unida a Cristo, pela fé, sobretudo se colocarmos em destaque as palavras de Jesus. 
A analogia que Ele faz do fruto em Seu ensino sobre a videira, as varas e a boa colheita (Jo 15.1-5) lembra-nos de que, sem Cristo e sem o Espírito Santo (G1 4.6), nada podemos fazer (Jo 15.5).

O fruto do Espírito possui nove qualidades que ajudam o cristão a desenvolver melhor sou relacionamento com Deus, com o próximo e consigo mesmo: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Destes, o amor é o primeiro e o mais importante.

                                                            1.1. Amor

O amor (ou caridade) é a primeira e principal virtude observada no fruto do Espírito (1 Co 13.13), pois só é verdadeira a espiritualidade que tem como ponto de partida o mesmo sentimento altruísta e inabalável que Deus tem pela humanidade (Jo 3.16; 15.13).

Somente pelo amor autossacrificial, que foi expresso por Deus no sacrifício de Seu Filho, asse fruto pode ser produzido. Ele ocorre a partir do fluir do Espírito Santo em nosso interior. É esse sentimento que está na base de todos os demais dons listados em Gálatas 5.22.

1.2.  Alegria


Alegria ou gozo (gr. chara) significa regozijo e satisfação, os quais são motivados pela presença viva do Espírito Santo. Cristãos frutíferos não perdem tempo com infinitas reclamações ou queixas. Alicerçados na certeza da salvação proporcionada por Jesus, eles se mostram contagiados pelo prazer de estar em comunhão com Deus e pela certeza de que estão cumprindo Sua vontade (Fp 4.4; At 13.50-52).


1.3.  Paz


O termo paz (gr. eirene) significa concórdia, harmonia, reconciliação (Jo 14.25-27; 16.32; Rm 15.13). Esse aspecto do fruto do Espírito independe das situações da vida terrena (Jo 14.27). Devemos tanto viver em paz como promover a paz (Mt5.9; 1 Ts 5.13), pois somos uma comunidade reconciliada com Deus e de relacionamentos pacíficos (2 Co 13.11).

Quando a Igreja cumpre sua missão evangelizadora, concorre para que as pessoas tenham paz, pois, em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo (2 Co 5.17; Cl 1.19,20), perdoando-lhes os pecados (Rm 12.18) e guardando-lhes o coração e o pensamento (Fp 4.7).

O amor, a alegria e a paz são os três primeiros atributos do fruto do Espírito citados em Gálatas 5.22,23. Nossa permanência em Cristo deve produzir amor, alegria e paz em nosso coração. Uma vez que o amamos, guardamos Seus mandamentos, e quando guardamos Seus mandamentos, permanecemos cm Seu amor e o experimentamos do maneira mais profunda.

Em várias ocasiões ao longo do Evangelho de João, vemos Jesus falando sobre o amor do Pai por Ele. Enfatizamos de tal modo o amor de Deus pelo mundo e pela Igreja que nos esquecemos de como o Pai ama o Filho. Pelo fato de o Pai amar o Filho, colocou todas as coisas nas mãos dele (Jo 3.35) e revelou todas as coisas a Ele (Jo 5.20). O Pai ama o Filho desde antes da fundação do mundo (Jo 17.24); amou o Filho quando morreu na cruz (Jo 10.17). O mais impressionante é que os cristãos de hoje podem experimentar pessoalmente esse mesmo amor! Jesus orou para que o amor com que me amaste esteja neles, isto é, nos discípulos e nos cristãos de hoje (Jo 17.26). Como ramos da Videira, temos o privilégio de permanecer em Cristo e a responsabilidade de dar frutos (WIERSBE, Geográfica, 2007, p. 459).



2. EM NOSSO RELACIONAMENTO COM O PRÓXIMO

O nosso relacionamento com o próximo ó uma das melhores oportunidades de demonstrarmos que possuímos os atributos do Espírito Santo frutificados em nós. Ao lidar com alguém, é importante que sejamos longânimes, benignos e bondosos. O fruto do Espírito são características desenvolvidas no caráter cristão por intermédio da presença e da ação do Espírito Santo em sua vida. Esses atributos não nascem naturalmente do espírito humano, é necessário possuir o Espírito de Cristo e viver em santidade e obediência ao Senhor (Rm 8.9).


2.1.  Longanimidade


O termo longanimidade significa a capacidade de manter o ânimo, ter paciência. Em relação às promessas divinas, ela se revela como a necessária fé que o cristão precisa ter em Deus (2 Tm 4.7; Hb 11.1). Em relação ao próximo, indica a disposição que o cristão tem para perdoar (Ef 4.32).

2.2.  Benignidade

A benignidade traz consigo a ideia de gentileza, amorosidade, carinho (2 Co 6.6). Devemos ser pessoas benignas, desejosas de ajudar, nunca rudes ou grosseiras. Nosso exemplo é o próprio Deus, que nos trata com grande amor e carinho (Rm 2.4). A excelência de caráter e a consequente inclinação para o bem, que caracterizam a manifestação do fruto, são a fonte do ato salvífico de Cristo (Ef 2.7).

2.3.  Bondade

A palavra bondade significa beneficência (Rm 2.4,5). O sentido do termo vai além do conceito de benignidade, pois apresenta o bem em ação, motivado pelo amor (Ef 5.9). No ato da salvação, a bondade de Deus manifesta-se objetivamente na entrega de Seu Filho para morrer na cruz e em todas as obras que este realizou (Tt 3.4-6). Em nosso relacionamento com o próximo, a bondade nos motiva a tratar o outro de maneira compassiva e amorosa (Ef 5.2).

3. EM NOSSO RELACIONAMENTO COM MESMOS NÓS


Precisamos admitir que não é fácil frutificar espiritualmente, pois, todos os dias, travamos uma luta em nosso interior, onde os desejos pecaminosos da carne vivem em conflito com os propósitos espirituais de Deus (G1 5.17). Contudo, se possuirmos um relacionamento com o Espírito Santo, sairemos vitoriosos nessa guerra.

3.1. Fé

O termo fé ou fidelidade significa confiança e certeza (Mt 10.28-30). Sem fé, o testemunho cristão perde sua eficácia (Mt 8.26; 17.19,20). Na Bíblia, Deus revela-se como Aquele em quem se pode confiar plenamente. O Senhor demonstra total integridade em tudo o que revela e promete. Por meio da fé, conseguimos alcançar promessas e suportar as dificuldades que tentam nos fazer parar (Hb 10.23).

3.2.  Mansidão
A palavra mansidão significa a capacidade de não reagir com violência diante da afronta, resignação, dar outra face. A mansidão decorre da humildade, pois, para vivenciá-la, o cristão deve ser capaz de valorizar o outro e não ter de si um conceito maior do que convém (Rm 12.3). Esse fruto nos fará capazes de ter sempre uma resposta mansa, mesmo quando formos ofendidos ou maltratados (G1 6.1; 1 Pe 3.14-16).

A mansidão é um atributo que é trabalhado junto ao próximo, quando deixamos de agir com o outro da mesma maneira que ele nos tratou. Ele se encontra na categoria do relaciona mento com nós mesmos porque, independente do estímulo que recebamos de alguém (como uma provocação ou uma ofensa, por exemplo), devemos manter o controle do que vamos falar ou do que vamos fazer quando formos incitados.

3.3.  Temperança

O termo temperança significa domínio próprio, autodisciplina e autocontrole (1 Co 9.25 ARA). O domínio próprio fecha a lista de dons porque ele resume as características de uma pessoa que não age segundo leis exteriores e limitadoras da liberdade pessoal, antes, atua por consciência própria. Somos instruídos pela Palavra a dominar nossas paixões carnais (Gl 5.24; 2 Tm 2.22), a dominar nossa língua (1 Pe 3.10), enfim, a dominar nossa índole pecaminosa (Tt 2.12).

O Espírito Santo glorifica a Jesus reproduzindo Seu caráter nos cristãos. Ele o faz de três maneiras: levando os cristãos a vencerem a si mesmos e ao pecado; intercedendo por eles em oração e ensinando-os a orar; e revelando a vontade de Deus para a vida deles por intermédio das Escrituras Sagradas, possibilitando que a cumpram. Esses ministérios combinados formam o fruto do Espírito, que é a vida de Cristo em nós (BOICE, Central Gospel, 2011, p. 330).

CONCLUSÃO

Nosso relacionamento com o Espírito Santo nos possibilita produzir o caráter de Cristo, ou seja, a frutificação de atributos que nos aproximam mais de Deus e proporcionam um melhor relacionamento com o próximo e com nós mesmos. Contudo, não há como reproduzir as características encontradas em Gálatas 5.22,23 se não construirmos uma vida baseada em Cristo. Portanto, o fruto do Espírito é consequência de uma vida de obediência a Deus, santidade, oração e leitura da Sua Palavra.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. O que Jesus quis nos ensinar, ao fazer a analogia ca videira e do ramo (Jo 15.5)?
R.: Como os ramos não têm vida sem a videira, o cristão não dá frutos se não estiver enxertado em Jesus (Jo 15.2).

Central Gospel | Trimestre: 1° de 2020
| Comentarista: Pr. Geziel Gomes




DONS DE PODER

Na relação dos nove dons mencionados por Paulo em 1 Co 12 , très são identificados como dons de poder , fé, dons de curar e de operação de maravilhas (v. 9,10). Os dons de poder consistem no poder sobrenatural do Espírito Santo que capacita o cristão a fazer aquilo que não está ao alcance dos recursos humanos.

ü  Dons de curar fé, dom da operação de maravilhas


DONS DE REVELAÇÃO

 Os três primeiros dons constantes da relação dos nove mencionados por Paulo em 1 Coríntios 12 são identificados como dons de revelação: palavra da sabedoria, palavra do conhecimento ou ciência e discernimento de espíritos (v. Não existe especificamente mencionado um dom de revelação nas Escrituras.

ü  Discernimento de espíritos Palavra da ciência Palavra da sabedoria


DONS DE CURAR


Esse é o único dos nove dons da lista de 1 Coríntios 12 mencionado no plural. Sem dúvida, isso se deve à multiforme maneira em que ele costuma manifestar-se e ser concedido à Igreja_

Sobre essa questão, em Teologia sistemática: uma perspectiva pentecostal, David Lim manifestou um ponto de vista interessante:

Em Atos dos Apóstolos, muitos aceitaram o Evangelho e foram salvos depois de milagrosamente curados. No texto grego. a expressão inteira aparece no plural. Assim, parece que ninguém tem o dom exclusivo da cura. Pelo contrário, muitos dons de cura estão à disposição para satisfazer .


DOM DO ESPÍRITO SANTO

 A maioria dos teólogos pentecostais concorda em que esse dom seja o batismo com o Espírito Santo (At 2.38; 10.451. Trata-se de um dom, um presente, um favor, e nunca um premio. Deve-se entender também que não se trata de um atestado de santidade ou de maturidade cristã. Ele é indispensável a qualquer testemunha de Cristo.
ü  Domínio próprio -.Temperança


DOM/ DONS EM GERAL


Os dicionários definem dom como presente, dádiva, doação, oferenda, donativo, dote. Essas definições estão de acordo com Tiago 1.17: Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto. Etimologicamente, a palavra dom ou dons é tradução do vocábulo grego charismata, favor especial de Deus. Na Bíblia, há menção de vários tipos de dons, visto que a ocorre no texto sagrado com diferentes acepções. Jesus Cristo  o dom de Deus ( Jo 4.10 ; Rm 6.23, 2 Co 9:15; veja também Ec 3:13). O Espírito Santo é o dom de Cristo (At 2: 38). O senhor Jesus outorga dons ministeriais (Ef 4. 8,1) e espirituais (1 Co12.8-10). São dons providos para a Igreja, a fim de que, por meio deles, o povo de Deus realize a obra que lhe foi confiada.

CARISMA--CARISMATA

       Dom da fé
ü  Fé, dom da

Dom da palavra da ciência
ü  Palavra da ciência

Dom da palavra da sabedoria
ü  Palavra da sabedoria

Dom de cura
ü  Dons de curar

Dom de discernir os espíritos
ü  Discernimento de espíritos

Dom de interpretação de línguas
ü  Interpretação das línguas

Dom de interpretar
ü  Interpretação das línguas

Dom de operação de maravilhas
ü  Operação de maravilhas

Dom de profecia
ü  Profecia, dom de

Dom de profetizar
ü  Profecia, dom de


ALEGRIA
     1.         Alegria e gozo são palavras e experiências estreitamente ligadas ao Espírito Santo. À medida que Ele trabalha no coração do cristão, as tristezas relacionadas à vida anterior de pecado vão desaparecendo e dando lugar a uma alegria de natureza genuinamente espiritual da nova vida em Cristo.

             A alegria produzida pelo Espírito, sem dúvida, faz nítido contraste com aquela gerada pelas ilusões da vida presente.

Os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.
                                                                                              Atos 13.52

O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
                                                                                               Romanos 14.17

Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo. Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário.
                                                                                             Salmo 51.11,12

 2.      A alegria (ou gozo) é um gomo do fruto do Espírito. Deve fazer parte da vida de cada filho de Deus: Vocês seguiram o nosso exemplo e o exemplo do Senhor Jesus. Embora tenham sofrido muito, vocês receberam a mensagem com aquela alegria que vem do Espírito Santo (1 Ts 1.6 NTLH).
O gozo do Espírito produz resultados magníficos: disposição para o “sacrifício espiritual” (2 Cr 23.18); poder para testificar (Sl 107.22); triunfo sobre o egoísmo (Fp 3.3); força para o trabalho (Ne 8.10).

Essa alegria está relacionada à certeza do perdão dos pecados (At 8.7,8); à comunhão que se estabelece com Deus (Jo 15.4,11); à dedicação total (2 Co 8.2,5); à presença permanente de Cristo dentro de nós (Jo 15.10,11); à esperança da volta de Cristo (1 Pe 1.8,9; 4.13).

Em razão das peculiaridades dessa alegria, ela assume características muito espirituais; é um gozo santo (Lv 23.40), grande (Is 61.10), inefável (1 Pe 1.8) e contínuo (Fp 4.4).

Fruto do Espírito

AMOR
1.        A introdução do pecado no mundo produziu uma grande desfiguração do amor dentro do coração do ser humano. Em consequência, o que hoje a humanidade denomina amor em nada se identifica com a excelência do amor divino. Assim, uma das salutares atividades do Espírito Santo é derramar amor no coração da pessoa que se volta para Cristo: A esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5.5).

 O verdadeiro amor é o padrão pelo qual a nova realidade do cristão é construída, a fonte de todas as virtudes espirituais. Sem dúvida, é por essa razão que o amor ágape aparece em primeiro lugar na lista das virtudes que compõem o fruto do Espírito.

2.        O amor é a virtude mais importante no fruto do Espírito (1 Co 13.13). É altruísta e inabalável, o tipo de amor que Deus tem pela humanidade (Jo 3.16).

A leitura de Mateus 5.43-48 é imprescindível para entender o significado do amor. O texto registra as seguintes palavras de Jesus:

 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus.

Cristo apresenta aqui o padrão divino do amor, que deve ser seguido pelos humanos que se tornam filhos de Deus. A chuva e o sol concedidos a bons e maus, a justos e injustos igualmente refletem a disposição benevolente e incansável que devemos ter para com o nosso próximo, procurando apenas o seu bem, sem levar em conta o que possamos receber em troca. É esse tipo de amor que nos faz amar os inimigos (v. 44).

De acordo com Martyn Lloyd-Jones, em Estudos do Sermão do monte :

Esse é um princípio tremendamente importante, porquanto, conforme ensinou o Senhor Jesus, essa é a forma de amor que devemos ter e manifestar para com outras pessoas. O segredo inteiro de uma vida assim caracterizada é que o indivíduo se tenha desligado de todo e qualquer interesse. [...] Convém-nos amar nossos inimigos e fazer o bem àqueles que nos odeiam, orando por aqueles que desdenhosamente nos usam e nos maldizem. Sim, espera-se de nós que nos caracterizemos por essa atitude. [...] O Espírito Santo, o Espírito de amor, alegria e paz foi-nos conferido a fim de que, se não chegarmos a ter essa mesma atitude, fiquemos sem desculpa, porquanto tão somente estaremos desonrando lamentavelmente ao nosso grande e gracioso Senhor. (LLOYD-JONES, 1984)

Não há verdadeira espiritualidade, portanto, que não tenha como ponto de partida o amor que é fruto do Espírito.

Fruto do Espírito

BENIGNIDADE
Benignidade no grego ( chrēstotēs ) é o elemento do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22) que indica boa disposição no caráter e nas atitudes do justo, o que inclui a ternura, a compaixão e a doçura. É a virtude que nos torna benignos. Essa qualidade, por razões óbvias, é empregada na Bíblia com mais frequência em relação a Deus, como exclama o salmista: Louvai ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua benignidade é para sempre (Sl 107.1).

O ser humano tem em si a marca da maldade.
Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. Romanos 3.10-12
O ser humano regenerado deve cultivar as virtudes divinas, daí o mandamento apostólico: Sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo (Ef 4.32). O cristão que cultiva esse elemento do fruto do Espírito é aquele que trata com gentileza e complacência o seu próximo, sempre interessado em fazer-lhe o bem.
Fruto do Espírito
BOM ESPÍRITO
 Essa expressão foi usada num momento de grande angústia em Israel, durante um dia de oração, pranto e jejum, e faz parte de uma solene oração dirigida por alguns levitas: Deste o teu bom espírito, para os ensinar; e o teu maná não retiraste da sua boca; e água lhes deste na sua sede (Ne 9.20).
 BONDADE
O gomo do fruto do Espírito (Gl 5.22) que denominamos bondade (no grego, agathōsunē ) guarda estreita ligação com outra virtude: a benignidade, tornando-se, às vezes, dificultoso distinguir uma da outra. Mas, em geral, admite-se que a benignidade esteja mais ligada ao ser, enquanto a bondade se relaciona ao fazer. Assim, a bondade consiste na prática da benignidade. Por meio dela praticamos os atos altruístas e generosos a favor do próximo, o serviço que vai além da obrigação (Mt 5.44; 1 Ts 5.15). Fruto do Espírito Benignidade



                              AS COISAS MÁS
Gálatas (William Barclay)

Gálatas 5:16-21 Ninguém era mais consciente das tensões da natureza humana que Paulo. Para ele era essencial que a fé e a liberdade cristãs não significassem liberdade para satisfazer o aspecto mais baixo da natureza humana, mas sim liberdade para viver a vida do Espírito. Aqui o apóstolo nos oferece um catálogo de coisas que são más. Atrás de cada palavra há todo um quadro, por isso que se têm que considerar separadamente.

Fornicação: tem-se dito com verdade que a única virtude completamente nova que o cristianismo ofereceu ao mundo foi a castidade. O cristianismo veio a um mundo em que a imoralidade sexual não só se perdoava, mas também que se considerava como normal e essencial à atividade ordinária da vida.

Impureza: a palavra que usa Paulo (akatharsia) é de muito interesse. Pode empregar-se para o pus de uma ferida não desinfetada, para uma árvore que nunca foi podada e para um material que nunca foi peneirado. Em seu forma positiva (katharos, adjetivo que significa puro)usa-se ordinariamente nos contratos de aluguel para descrever uma casa que se deixa limpa e em boas condições. Mas o uso mais sugestivo do adjetivo katharos tem que ver com a purificação cerimonial que autoriza o homem a aproximar-se dos seus deuses. A impureza é então o que torna um homem inepto para apresentar-se perante Deus. É precisamente o contrário dessa pureza que pode ver a Deus. É o manchar a vida com aquelas coisas que nos separam de Deus.

Lascívia: esta palavra (aselgeia), foi bem definida como "disposição para todo prazer". O homem entregue a ela não conhece freio algum, ao contrário faz tudo o que o capricho e a insolência luxuriosa sugerem. Josefo a atribui a Jezabel quando construiu em Jerusalém, a cidade Santa, um templo a Baal. A idéia geral é a de alguém que chegou a tal extremo no gozo de seus prazeres e desejos que já não se preocupa do que as pessoas digam ou pensem.

 Idolatria: esta palavra refere-se à adoração de deuses feitos pela mão do homem. É o pecado no qual as coisas materiais chegam a ocupar o lugar de Deus.

Feitiçarias: esta palavra significa literalmente o uso de drogas. Este uso pode ser benéfico, como no caso da medicina; mas pode também significar envenenamento, e veio a estar muito especialmente relacionada com o emprego de drogas nas bruxarias e sortilégios que enchiam o mundo antigo.

Inimizades: a idéia é a do homem que se caracteriza pela hostilidade para com seus semelhantes; trata-se precisamente do oposto à virtude cristã do amor aos irmãos e a todo homem.

Contendas: originariamente esta palavra tinha que ver principalmente com a rivalidade pela recompensa. Até com relação a isto também podia ter um bom sentido, mas de fato significava com mais freqüência a rivalidade que encontra desafogo em contendas, rixas e discussões.

Ciúmes: esta palavra (zelos, de onde se origina a nossa), tinha originariamente um bom sentido: significava emulação, o elevado desejo de participar do nobre e de obtê-lo uma vez descoberto. Mas degenerou, e chegou a significar o desejo de possuir algo que outro tem; o mau desejo do que não é nosso.

 Iras: o termo que Paulo usa significa estalos e arrebatamentos do temperamento. Não descreve uma irritação que perdura, mas sim a cólera que se inflama e morre no momento. Discórdias (TB: "facções"): esta palavra tem uma história muito ilustrativa. É a palavra eritheia, que significava nas origens o trabalho de um operário contratado (erithos). Chegou a significar o trabalho remunerado. Logo passou a significar lutar por obter votos para uma acusação pública ou política, e descreve o homem que busca a acusação não por motivos de serviço, mas pelo proveito que pode lhe tirar. É a qualidade do homem essencialmente egoísta e que não tem nenhum conceito ou idéia de servir a seus semelhantes.

Dissensões: literalmente a palavra significa manter-se separados. Nelson atribuía uma de suas grandes vitórias à felicidade de ter estado à frente de um grupo de irmãos. A dissensão descreve uma sociedade em que acontece justamente o contrário, onde seus membros se fogem mutuamente em vez de partir ao uníssono.

Facções (RC: “heresias”; TB: “partidos”): poderiam descrever-se como dissensões cristalizadas. O termo é hairesis de onde provém heresia. Hairesis originalmente não era um termo pejorativo. Provém de uma raiz que significa escolher e se aplicava a uma escola de seguidores de um filósofo ou a algum grupo ou banda de pessoas que participavam de uma crença comum. Mas o trágico da vida está em que a pessoa que mantém diferentes pontos de vista termina com muita freqüência aborrecendo não os pontos de vista dos outros, mas sim às próprias pessoas. Deveria ser possível dissentir com alguém, sem deixar por isso de ser amigos.

Invejas: esta palavra (fthónos) é uma palavra ruim. Eurípides a chamou: "a maior das enfermidades entre os homens". Em essência não descreve o espírito que deseja — com nobreza ou sem ela — possuir algo que outro possui; descreve o espírito que não suporta absolutamente o fato de que outro possua essas coisas. Não é tanto que queira as coisas em si; simplesmente quer tirar do outro. Os estóicos a definiam como "tristeza por motivo de algum bem alheio". Basílio a chamava "tristeza pela boa sorte do próximo". Trata-se da condição nem tanto do ciumento quanto do amargurado.

 Bebedices: no mundo antigo não se tratava de um vício comum. Os gregos bebiam mais vinho que leite. Até os meninos bebiam vinho. Mas a proporção era de três partes de água com duas de vinho. Tanto gregos como cristãos condenavam a embriaguez como algo que reduzia o homem à condição de animal.

Glutonarias (TB: “orgias”): esta palavra (komos) tem uma história interessante. O komos era um grupo de amigos que acompanhavam o vencedor nos jogos depois de sua vitória. Dançavam, riam e cantavam seus louvores. Também descreve os grupos de devotos de Baco, o deus do vinho. O termo significa rebeldia não refreada e incontrolada; diversão que degenera em libertinagem.

 Quando chegamos realmente à raiz destas palavras nos damos conta que a vida não mudou tanto.

 AS COISAS BOAS
Gálatas 5:22-26

 Assim como nos versículos precedentes Paulo determinou as coisas más que são características da carne, agora se refere às coisas boas que são fruto do Espírito. Novamente vale a pena jogar um olhar a cada termo separadamente.

Amor: o termo do Novo Testamento para amor é agape. Não se trata de uma palavra de uso comum no grego clássico. Em grego há quatro termos para amor.

(a)             Eros é o amor de um homem a uma mulher; é o amor imbuído de paixão. O termo não se emprega no Novo Testamento.
(b)             Filia é o quente amor para com nossos próximos e familiares; é algo do coração e seus sentimentos.
(c)              Storge significa, antes, afeto, e se aplica particularmente ao amor de pais e filhos.
(d)             Ágape é o termo cristão, e realmente significa benevolência invencível. Significa que nada que alguém possa nos fazer por meio de insultos, injúrias ou humilhações nos forçará a buscar outra coisa senão o maior bem do mesmo. Portanto, é um sentimento tanto da mente como do coração; corresponde tanto à vontade como às emoções. O termo descreve o esforço deliberado — que só podemos realizar com a ajuda de Deus — de não buscar jamais outra coisa senão o melhor, até para aqueles que buscam o pior para nós.

 Alegria: o termo grego é cara e sua característica está em que a maioria das vezes descreve a alegria que tem sua base na religião e cujo fundamento real é Deus. (cf. Salmo 30:11; Romanos 14:17; 15:13; Filipenses 1:4,25). Não é a alegria que provém de coisas terrenas ou triunfos fúteis; muito menos o que tem sua fonte no triunfo sobre alguém com quem se esteve em rivalidade ou competição. É, antes, a alegria que tem Deus como fundamento.

Paz: no grego coloquial contemporâneo esta palavra (eirene) tem dois usos interessantes. Aplica-se à tranqüilidade e serenidade que goza um país sob o governo justo e benéfico de um bom imperador. E se usa para a boa ordem de um povoado ou uma aldeia. Nas aldeias havia um funcionário chamado superintendente da eirene da aldeia; este era o guardião da paz pública. No Novo Testamento o termo eirene ordinariamente representa o hebraico shalom, e não significa simplesmente liberdade de dificuldades, mas sim tudo aquilo que faz o bem supremo do homem. Aqui significa essa tranqüila serenidade do coração proveniente da plena consciência de que nosso tempo está nas mãos de Deus. É interessante advertir que tanto cara como eirene chegaram a ser nomes muito comuns na Igreja.

Paciência (makrothymia), uma palavra de grande significado. O autor de 1 Macabeus (8:4) diz que os romanos fizeram-se donos do mundo por makrothymia; alude-se aqui à tenacidade de Roma pela que jamais fazia a paz com o inimigo, até na derrota; uma sorte de paciência que conquista. Falando em geral, a palavra não se usa para a paciência com respeito a coisas ou acontecimentos, senão para a paciência com respeito às pessoas. Crisóstomo diz que é a graça do homem que podendo-se vingar não o faz; do que é lento para a ira. O que mais ilumina seu significado é seu uso muito comum no Novo Testamento com respeito à atitude de Deus e de Jesus para com os homens (Romanos 2:4; 9: 22; 1 Timóteo 1:18; 1 Pedro 3:20). Se Deus tivesse sido homem, faz tempo que teria levantado sua mão para destruir este mundo; mas tem tal paciência que suporta todos os nossos pecados e não nos despreza. Em nossa vida, em nossa atitude e nossos entendimentos com nossos semelhantes devemos reproduzir esta atitude de Deus para conosco, de amor, tolerância, perdão e paciência.

Benignidade e bondade são termos muito ligados entre si. Por benignidade é o termo crestotes. Com muita freqüência se traduz também por bondade (Tito 3:4; Romanos 2:4; 2 Coríntios 6:6; Efésios 2:7; Colossenses 3:12; Gálatas 5:22). É um termo positivo. Plutarco diz que é muito mais difundido que a justiça. Um vinho antigo se chama crestos, suave. O jugo de Cristo é crestos (Mateus 11:30), quer dizer, não roça nem incomoda nem mortifica. A idéia geral é a de uma amável bondade. O termo que Paulo usa para bondade (agathosyne) é peculiar da Bíblia; não ocorre no grego comum (Romanos 15:14; Efésios 5:9; 2 Tessalonicenses 1:11). É a mais ampla expressão da bondade; definese como "a virtude equipada para cada momento". Qual é a diferença? A bondade poderia — e pode — reprovar, corrigir e disciplinar; a crestotes só pode ajudar. Trench diz que Jesus mostrou agathosyne quando purificou o templo e expulsou os que o transformavam num mercado, mas manifestou crestotes quando foi amável com a mulher pecadora que lhe ungia os pés. O cristão necessita de uma bondade que seja ao mesmo tempo amável e enérgica.

Fidelidade (RC., "fé"). No grego popular esta palavra é comum para confiança. É a característica do homem digno de confiança.

Mansidão: praotes é a palavra que menos se presta à tradução. No Novo Testamento tem três significados principais,

(a) Significa submisso à vontade de Deus (Mateus 5:5; 11:29; 21:5).

 (b) Significa dócil: o homem que não é muito soberbo para aprender (Tiago 1:21).

(c) Com maior freqüência significa considerado (1 Coríntios 4:21; 2 Coríntios 10:1; Efésios 4:2). Aristóteles definiu a praotes como o termo médio entre a ira excessiva e a mansidão excessiva; como a qualidade do homem que está sempre irado mas só no momento devido. O que lança maior luz no significado da palavra é que o adjetivo praus aplica-se a um animal domesticado e criado sob controle; o termo fala do domínio próprio que só Cristo pode dar. Praotes refere-se ao espírito submisso a Deus, dócil em todo o bom e considerado para com seu próximo.

Domínio próprio (RC: “temperança”): o termo é egkrateia. Platão a aplica ao domínio próprio. É o espírito que dominou seus desejos e amor ao prazer. Aplica-se à disciplina que os atletas exercem sobre o próprio corpo (1 Coríntios 9:25) e do domínio cristão do sexo (1 Coríntios 7:9). No grego corrente aplica-se à virtude de um imperador que jamais permite que seus interesses privados influam no governo do povo. É a virtude que faz ao homem tão dono de si, que é capaz de ser servo de outros.

Paulo cria e experimentava por si mesmo a morte do cristão com Cristo e sua ressurreição a uma vida nova e pura em que tinha desaparecido todo o mau, da antiga existência, enquanto todo o amável e belo do espírito tinha alcançado sua fruição.

                                         Gálatas (William Barclay)



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