TEXTO BÍBLICO
BÁSICO
Efésios
5.8-21
8
- Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; an-dai
como filhos da luz
9
- (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade),
10
- aprovando o que é agradável ao Senhor.
11 - E não comuniqueis com as obras
infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as.
12
- Porque o que eles fazem em oculto, até dizê-lo é torpe.
13- Mas todas essas coisas se manifestam,
sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta.
14
- Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e
Cristo te esclarecerá.
15
- Portanto, vede prudentemente como andais, nâo como néscios, mas como sábios,
16
- remindo o tempo, porquanto os dias são maus.
17
- Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.
18
- E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do
Espírito,
19
- falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e
salmodiando ao Senhor no vosso coração,
20 - dando sempre graças por tudo a nosso Deus
e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,
21
- sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.
TEXTO ÁUREO
Vós,
porém, não
estais
na carne, mas
no
Espírito, se é que
o
Espírito de Deus
habita em vós. Mas,
se
alguém não tem o Espírito de Cristo,
esse
tal não é dele. Romanos 8.9
OBJETIVOS
Ao término do estudo
bíblico, o aluno deverá:
• conscientizar-se de que o avivamento não é apenas parte da
história da Igreja, ele também está presente nela hoje;
• buscar a capacitação, no Espírito Santo, para amar incondicionalmente;
• compreender que o Espírito Santo nos torna aptos para suportar
as tentações e as tribulações;
• lutar contra as concupiscência da carne com a ajuda do
Espírito Santo.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Caro professor, as
condições internas do aluno necessárias para efetivação da aprendizagem
chamam-se prontidão. Ele está pronto quando está motivado para aprender. A
aquisição de uma nova aprendizagem dependerá sem-pre de outras anteriores, que
são sua base, seu degrau. Desta maneira, há um movimento de continuidade e
encadeamento, fazendo com que a aprendizagem ocorra de forma progressiva e por
etapas. Por isso, a aprendizagem é um processo global, contínuo, cumulativo e
transferível. Ao mesmo tempo em que adquire um novo saber, a pessoa aumenta seu
patrimônio cultural e sua maneira de perceber a si e o mundo, e passa a ter
outro ângulo de visão e um novo modo de comportar-se frente aos desafios da
vida. É por meio dessa mudança no comportamento e nas atitudes que a
aprendizagem pode ser comprovada (Extraído de: CHAVES, G. V. Educação Cristã —
Uma Jornada Para Toda Vida. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2012, p. 54).
Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Charles H. Spurgeon declarou que "o poder
é uma prerrogativa exclusiva e especial de Deus e somente dele. Essa vantagem
encontra-se em cada uma das três pessoas da gloriosa Trindade": o Pai (Hb
11.3), o Filho (jo 1.3) e o Espírito Santo têm poder igual.
A
Bíblia confirma a declaração de Spurgeon. Nela, vemos que o poder pertence a
Deus e que Jesus prometeu revestir Seus seguidores com essa capacitação a fim
de que pudessem cumprir propósitos específicos (Lc 24.49; At 1.8).
O poder implica virtude, coragem e ousadia e
manifesta-se em várias dimensões, para o cristão testificar (At 1.8; 4.13-20;
17.2), operar sinais e maravilhas (At 3.8,9; 4.29,30; 5.15,16), suportar o
sofrimento (At 7.57-60; 16.16-40), ganhar almas (At 2.41; 4.4; 17.4), confirmar
a Palavra (Rm 15.18; Hb 2.4) e conhecer os mistérios de Deus (1 Jo 2.26,27).
Essa
capacitação foi amplamente usada pela Igreja primitiva e resulta do poder do
Espírito Santo (At 1.8). Ele concedeu uma unção
plena a Jesus para a realização de Seu ministério terreno (At 10.38), conferiu
fé a Estêvão para a pregação ousada (At 7) e outorgou dons a Paulo, de tal
maneira que o seu ministério foi plenamente confirmado por operação de
maravilhas (At 19.11,12).
Além disso, o Espírito atribuiu autoridade a Pedro e João, e
eles não temeram a fúria das autoridades romanas (At 3); dedicou notável
ousadia aos cristãos em períodos de aflição (At 4.31); viabilizou o pleno sucesso
a Filipe, no grande ministério evangelístico que resultou na divulgação da
Palavra em Samaria (At 8.1-25), e entregou sábia e firme direção à Igreja
primitiva para que executasse um audacioso plano missionário (At 13).
Deus atua segundo esse poder (Ef 3.20). Quanto mais o utilizamos, mais nos
aproximamos da Sua plenitude (Ef 5.18).
1. O REVESTIMENTO DO AMOR
O poder do Espírito Santo é o termo utilizado
para designar o momento em que a terceira pessoa da Trindade reveste-nos de
virtude para realizar obras específicas no Reino de Deus (At 1.8a). Dentre as
muitas capacidades que Deus espera que desenvolvamos, o amor é a principal
virtude de que devemos nos ocupar (jo 15.17).
Jesus resumiu toda a Lei Mosaica em dois grandes mandamentos, e
essa atitude não foi despropositada (Mc 12.29-31). O Mestre tinha consciência
de que se os judeus amassem o próximo com a mesma intensidade e com o mesmo
zelo devotados à Lei, aquele povo causaria um impacto sem precedentes na
história da humanidade. Quando o apóstolo Paulo escreveu aos Coríntios, ele
disse que a lei escrita mata, mas o Espírito de Deus dá vida (2 Co 3.6-8).
1.1. O amor sempre
Não
existem momentos bons ou ruins para praticar o amor, devemos exercê-lo sempre.
Certa vez, Pedro se aproximou de Jesus para lhe perguntar quantas vezes um
irmão deveria ser perdoado. O Mestre respondeu ao Seu discípulo: não até sete,
mas até setenta vezes sete (Mt 18.21,22).
Na verdade, Cristo estava
ensinando a Pedro que o amor precisa ser praticado sem limites (Mt 18.23-35).
Então, a questão não é quantas vezes se deve perdoar,
o ponto é: precisamos exercitar o perdão como uma expressão do amor que temos pelo
próximo.
1.2. O amor sem distinção
No Antigo Testamento, a Lei ordenava que
aquele que pecasse deveria receber uma punição em igual proporção ao mal que
tivesse causado (Êx 21.22-25). Por isso, ao ensinar sobre o amor, Jesus revogou
essa regra e instituiu um novo mandamento: amar o próximo é mais importante do
que pagar o mal com o mal (Mt 5.43-46; Rm 12.17).
O apóstolo Paulo
compreendeu perfeitamente a mensagem de Jesus, por isso ele usou sábias
palavras ao recomendar aos cristãos romanos: Não devam nada a ninguém, a não
ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a
Lei (Rm 13.8). O apóstolo constatou que era necessário eles despertarem para um
novo momento, no qual o amor é o principal mandamento (Rm 13.10,11).
O REVESTIMENTO DE RESILIÊNCIA
O
poder do Espírito Santo nos torna absolutamente capazes de suportar
experiências difíceis na vida. Contudo, ainda que alguns problemas nos
sobrevenham contundentemente, temos o Espírito para nos ajudar a vencer e
superar os desafios que enfrentamos. Um cristão
firmado em Cristo e revestido de poder (Rm 8.38,39): supera as perseguições (At
13.49-52), as afrontas (At 21.27-35), as tribulações (1 Ts 3.3) e as tentações
(1 Co 10.13).
2.1. Contra os Impulsos do
pecado
Cada um é tentado conforme seu próprio desejo,
ou seja, cada pessoa é seduzida de uma maneira específica, dependendo daquilo
que a atrai (Tg 1.14). Resistir às tentações é uma das capacidades que
recebemos quando estamos revestidos pelo Espírito Santo (1 Co 10.13).
Lembremo-nos da
experiência de Jesus, que foi levado ao deserto para ser tentado pelo diabo (Mt
4.1). Satanás tentou Cristo, sugerindo-lhe que transformasse pedra em pães,
pois sabia que o Mestre estava com fome depois de ter enfrentado um jejum de 40
dias (Mt 4.2). No entanto, Jesus havia recebido o Espírito Santo e estava
capacitado para resistir às investidas do diabo (Mt 3.16).
O inimigo usa aquilo de que mais gostamos para armar ciladas
contra nós (Ef 6.11). Portanto, para resistirmos firmemente às forças
espirituais do mal, devemos nos revestir de toda a armadura de Deus (Ef 6.13).
Nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os dominadores das trevas (Ef
6.12). Logo, contra seres espirituais, devemos usar as armas espirituais
fornecidas pelo poder do Espírito Santo (Ef 6.10).
2.2. Contra as aflições
Ao contrário do que muitos acreditam, nossas tribulações não
possuem a finalidade de nos fazer cair nem de nos afastar de Deus. Na verdade é
necessário que passemos por muitas delas para entrarmos no Reino de Deus (At
14.22).
Nossas
aflições são responsáveis por gerar em nós a perseverança, pois, quando
conseguimos suportá--las, ficamos mais fortes (Rm 5.3). O Espírito Santo usa
essas oportunidades para nos ensinar (1 Co 2.12-15).
O Senhor nos consola em nossas tribulações a fim de que
consigamos superar as lutas e as dificuldades. Então, além de nos fortalecer,
Ele também nos ensina a ajudar outras pessoas que padecem do mesmo problema (2
Co 1.3,4).
O Espírito Santo continua atuante, hoje, como era nos tempos da
Igreja primitiva. Um detalhe importante, por exemplo, é que o apóstolo Pedro
afirmou que o "poder" é para todos os que estão longe: todos quantos
o Senhor ; o nosso Deus, chamar (At 2.39).
3. O REVESTIMENTO PARA
TRIUNFAR
Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne
deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito tem a mente voltada para o que o
Espírito deseja (Rm 8.5).
Portanto, aquele que deseja ser um vencedor precisa estar
revestido do Espírito Santo, pois não satisfazemos os desejos da nossa carne
quando vivemos no Espírito (GI 5.16).
Estes são os males que o Espírito Santo nos
ajuda a vencer: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e
feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e
inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes (G1 5.19-21).
3.1. Sobre a carnalidade
Embora revestidos do Espírito Santo, não ficamos isentos de
sofrer com os desejos da nossa carne. A concupiscência
pode ser definida como uma intensa disposição para cobiçar algo. Por isso,
precisamos da ajuda do Espírito Santo para não cairmos em tentação (Mt 6.13),
pois a cobiça tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ter-se
consumado, gera a morte (Tg 1.15).
3.2. Sobre a soberba
Uma
das tentações que Jesus sofreu no deserto está diretamente relacionada à soberba.
Ao levá-lo a uma alta montanha, mostrar-lhe todos
os reinos do mundo — e oferecê-los a Jesus em troca de adoração —, Satanás
esperava que o Filho de Deus sucumbisse diante da soberba e da cobiça
(Mt 4.8,9).
Contudo,
o Mestre estava revestido pelo Espírito Santo e sabia que a cobiça da carne, a
cobiça dos olhos e a ostentação dos bens não provém do Pai, mas do mundo (1 Jo
2.16), por isso Cristo resistiu ao diabo (Mt 4.10,11).
O apóstolo Paulo também entendeu que a soberba é capaz de tirar
o homem dos caminhos de Deus. Por isso, ao recomendar que Timóteo separasse
homens para conduzir a igreja de Éfeso, Paulo o aconselhou a não escolher
recém-convertidos, pois, por lhes faltar maturidade cristã, eles poderiam se
corromper com a soberba (1 Tm 3.6).
O cumprimento da promessa do Espírito, dada no Antigo
Testamento, não se exaure no Livro de Atos, quando a Igreja alcança os gentios.
O poder do Espírito Santo permanece uma bênção presente e universal a tantos
quantos Deus, nosso Senhor, chamar, incluindo os que estão longe.
4. A CAPACITAÇÃO ESPIRITUAL
A
plenitude do Espírito Santo é uma das mais significativas e maravilhosas
experiências projetadas por Deus e destinadas aos membros de Sua Igreja.
Significa o revestimento de poder espiritual, prometido desde o Antigo
Testamento, também chamado de promessa do Pai (At 1.4).
4.1. Requisitos
A
primeira experiência de plenitude do Espírito Santo relatada nas Escrituras
ocorreu no dia de Pentecostes (At 2). Essa
experiência testifica a ressurreição de Jesus (Jo 16.7; At 2.32,33), só pode
ser concedida por Ele Jo 1.33; At 1.5). destina-se a todos os cristãos (Mt
3.11; Jo 7.39; 14.17; At 2.3,4; 10.44), foi prometida pelo Pai (At 1.4), é
oferecida aos que têm sede e creem (Jo 7.37-39) e concede autoridade especial a
quem a recebe (Lc 24.49).
Para recebê-la, o cristão deve crer de acordo
com as Escrituras Jo 7.37), pedir com fé (Mt 7.7; Lc 11.13; Tg 1.6), orar com
perseverança (Lc 18.1; At 1.14), obedecer de coração (Lc 24.49; At 1.4,12,13),
aproximar-se com confiança do Pai (Is 55.1; Jo 7.37,38), demonstrar profunda
sede por Deus (Si 143.6; Is 41.17; 44.3; Ap 21.6) e beber da água que Cristo
oferece (Jo 7.37; Ap 22.7).
CONCLUSÃO
Como você tem agido
diante do Espírito Santo para recebê--lo e para ser constantemente renovado por
Seu poder? Você tem sido uma pessoa de fé que se preocupa com o avivamento
hoje? Essas e outras questões relacionadas ao poder do Espírito disponível a
nós precisa ser respondida com um sonoro "SIM", para que a Igreja não
se esfrie, tendo à sua disposição tão maravilhoso poder de ser avivada
constantemente!
O poder do Espírito Santo está relacionado a
algo bem maior do que apenas manifestar o dom de falar línguas estranhas (At
2.4). Assim, quem é cheio do Espírito Santo apresenta o amor como principal característica,
suporta as adversidades com resiliência e torna-se um grande vencedor. Essa é a
grande capacitação que está disponível a todos os cristãos pelo Espírito Santo.
ATIVIDADE PARA
FIXAÇÃO
1. Por que o apóstolo Paulo disse aos romanos
que o amor é o elo perfeito (Cl 3.14)?
R.: Deus é amor.
Portanto, todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele (1
Jo 4.16). Não existe outra forma de estarmos em comunhão com o Senhor, se não
for pelo amor.
Lições
da Palavra de Deus - PROFESSOR 61
ATOS DOS APÓSTOLOS
Apoio à Lição 09 –
O Poder do Espírito Santo Ações poderosas do Espírito Santo na vida do cristão
Quando a Palavra de Deus cita pela primeira vez alguém, ela descreve sobre as características da pessoa de quem fala. E em Gênesis 1,2 diz que a característica do Espírito Santo é que Ele se move: "
... e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas." De três coisas negativas que podem acontecer na trajetória da vida cristã, duas delas atingem todos os cristãos durante sua vida (em algum tempo):
1. ACOMODAÇÃO: Se você pára, se acha que já sabe de tudo, se teu padrão de santificação é bom, saiba que acomodação não é sinônimo de estabilidade, é sinônimo de regressão. ACOMODAR = REGREDIR. Se você se acomodar vai levar uma vida cristã medíocre e isto pode levar você ao...
2. ESFRIAMENTO ESPIRITUAL = PERDA DO PRAZER NAS COISAS DE DEUS. Se você perder o prazer nas coisas de Deus, o Reino de Deus não é mais priorizado em sua vida. Se sua fé esfria vai haver aquecimento de sua natureza pecaminosa e velhos hábitos ressurgem em nossas vidas que já haviam sido vencidos e acontecem três coisas: a) cobiça da carne; b) cobiça dos olhos; c) soberba da vida. E se se acomoda, vive uma vida cristã medíocre, sem prazer nas coisas de Deus, você está vivendo no limite e poderá entrar na terceira negativa que é muito perigosa:
3. A QUEDA = que é pecar, desobedecer a Deus. (2Pedro 2,20-21). Quando cai na fé seu estado é pior do que antes de ter conhecido Jesus; apostata da fé; ser levado à condenação. Ações poderosas do Espírito Santo na nossa vida: Rm 8,6-26, Hb 5,9
A - RENOVAÇÃO = restabelecer
1. Ação do Espírito Santo que trabalha na nossa vida para restabelecer o progresso da vida cristã. Cria um movimento novo na nossa vida para restabelecer a vida cristã progressiva. (pode ser uma ação ou um fato, seja positivo ou negativo).
2. O espírito Santo fala através de uma palavra poderosa na vida do cristão <revelação, visão, fala direto ao seu coração> para tornar a ter vigor, tornar a ficar satisfeito.
4. O Espírito Santo utiliza um derramar de Sua presença sobre a pessoa e tira a pessoa do lugar de frieza.Trabalha na área da queda Renovação = fazer de novo, reconstruir, reformar. Ação sobrenatural do Espírito Santo que liberta, regenera e tira os hábitos. Rom 8,26
B - SUSTENTAÇÃO = ajuda nas nossas fraquezas, assistência contra toda oposição: INTERNA: Mateus 26,41. A natureza é fraca. Quando somos dominados por fraqueza fica fácil ceder, pecar, perder o ânimo, não tem força para prosseguir e vencer, dominado por covardia. O Espírito Santo nos sustenta para que estas fraquezas não sejam motivo de nossas derrotas.
EXTERNA: 2 Coríntios 2,10-11 Porque não desconhecemos os seus ardis. Efésios 6,10 Fortalecei-vos. O Espírito Santo nos sustenta para que estas fraquezas não seja motivo de nossas derrotas:
a) Intercede por nós com gemidos inexprimíveis - profundidade e a grandeza da intercessão.
b) Ação direta de seu poder para nos sustentar. E sustenta para que a tua fraqueza não o leva para guerra. Gálatas 5,17. O Espírito Santo fala ao nosso coração, em apoio, em alerta
... "sai desse lugar, sai fora, cuidado" O Espírito Santo tem poder para fazer oposição contra a carne assistência contra qualquer coisa que se oponha - você passa a ser guiado pelo Espírito Santo.
C - DIREÇÃO - O Espírito Santo tem autoridade para dirigir (guiar) a vida de qualquer pessoa. Quem é que está dirigindo a sua vida? - tem gente que está sendo dirigida por utopias (ilusão de vida) - tem gente que é dirigida por mentiras: fala o que não vive, o que não tem (pensa que a mentira é verdade). - Outros são dirigidos por jogo de interesses (políticos, econômicos, pessoais). - Aqueles que são dirigidos por suas emoções (Jeremias 17,9). - Alguns são dirigidos pela lógica (Provérbios 14,12). - Outros dirigidos por sua inteligência. - Outros por crendices (astrologias, caras, cristais etc). - Outros dirigidos por ignorância espiritual (fora da Palavra de Deus) - Outros dirigidos pelo diabo. - Outros pela mídia.
O Espírito Santo só vai dirigir tua vida se você permitir: O Princípio está em João 16,13
O Espírito Santo vos guiará em toda verdade. Então vemos que isto excluí duas coisas: - toda a mentira e - toda confusão (1Cor 14,33) Características do Espírito Santo em Poder e Autoridade para dirigir a tua vida: - dirige de maneira soberana (João 3,8). - dirige de maneira clara (Atos 8,29). - contraria nossos propósitos (Atos 16,6). - tem propósitos definidos para nossa vida (Atos 13,2). - Nos leva para caminhos não usuais (Mateus 4,1). - Nos dirige ao lugar certo (impulsiona) (Juízes 13,25). - Nos levar à vitória - Quer que sejamos vitoriosos.
D - FORTALECIMENTO
- O ser humano tem uma natureza fraca (interna) e - é assolado por Satanás (externo) - que o enfraquece - faz desanimar (não tem satisfação, humor ) - traz a incredulidade - o medo e viver no pecado.
O Espírito Santo trabalha para nos fortalecer:
1. At 2,17; Tito 3,6 Jesus derrama o Espírito Santo sobre nós (derramar = quantidade sem limite).
2. Efésios 5,16 - Enchei-vos (completo, total, satisfeita) O Espírito Santo derrama da Sua presença na tua vida para que você se encha e seja e esteja fortalecido para que você possa vencer o mundo, o diabo e as tentações. Se você for fortalecido pelo Espírito, você:
a. Consegue vencer teus inimigos.
b. Ninguém pode prevalecer sobre você (exemplo: Sansão).
c. Anunciavam com ousadia: Ousadia na fé para falar, acontecer e fazer (Atos 4,31-33).
d. Estilo de vida diferente e superior. Em todos eles havia abundante Graça de Deus (Atos 4,52).
Texto de Silas Malafaia.
FONTE : ADVEC-TESOURO
ATIVIDADES GERAIS DO ESPÍRITO SANTO
Uma relação completa das atividades do
Espírito Santo mencionadas nas Sagradas Escrituras seria muito extensa.
Portanto, o que se segue é um resumo.
Ele ajuda, concede dons, paz,
convida, ensina, expressa amor, bondade, vontade própria, fala, fortalece,
guia, lava, ouve, faz recordar, regenera, renova, reparte alegria, justiça,
vida, revela, santifica, unge e vivifica (veja Ne 9.20; Jo 14.26; 15.26;
16.12-14; At 10.38; 16.6,7; 21.11; Rm 1.4; 8.1,2,6,14,26; 14.17; 15.13,16,30; 1
Co 2.10-15; 12.11; Ef 3.16; 1 Ts 1.5,6; 1 Tm 4.1; Tt 3.5; Ap 2.7; 22.17).
O livro de Atos abrange cerca de 30
anos da história da Igreja. Nele se percebe a ação do Espírito Santo desde o
início da Igreja e em seu desenvolvimento.
Assim como Cristo se destacou nos
Evangelhos, o Espírito Santo, o Consolador prometido, sobressai em Atos. Alguns
estudiosos afirmam que o livro, em vez de Atos dos Apóstolos, poderia ser
chamado de Atos do Espírito Santo. Já em Atos 1.2, somos informados de que
Jesus deu mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos.
A promessa de poder do alto, por meio do
batismo com o Espírito Santo, é lembrada em seguida (At 1.5,8). O Espírito
Santo é mencionado por Pedro quando se votou pela escolha de um apóstolo
substituto para o lugar de Judas (At 1.16). O capítulo 2 de Atos é um marco
sublime, pois relata a descida do Espírito Santo sobre os cristãos reunidos no
cenáculo, no dia de Pentecostes, quando a Igreja foi oficialmente estabelecida.
O que temos nos capítulos desse livro
seguintes são relatos concisos ou detalhados da operação sobrenatural do
Espírito Santo, confirmando a Palavra e ditando os rumos da recém-criada
Igreja:
• O Espírito Santo se manifestou como línguas
de fogo que pairavam sobre os discípulos no Dia de Pentecostes (At 2.3); •
Sinais e maravilhas foram operados pelos apóstolos (At 2.43);
• Pedro e João ministraram cura a um
paralítico à porta do templo (At 3.1-11);
• O local de reunião dos cristãos
tremeu (At 4.31);
• Ananias e Safira morreram punidos
pelo Espírito Santo (At 5.1-10);
• Outros sinais e prodígios se
manifestaram pelas mãos dos apóstolos (At 5.12);
• Pessoas foram curadas pela sombra
de Pedro (At 5.15,16); • Um anjo abriu as portas da prisão (At 5.17-20);
• Por intermédio de Estêvão, Deus
realizou prodígios e grandes sinais entre o povo (At 6.8);
• Por intermédio de Filipe, Deus
realizou grandes sinais e maravilhas em Samaria (At 8.5-13);
• Saulo foi curado de cegueira (At
9.8-18);
• Enéias, um paralítico, foi curado
(At 9.32-35);
• Dorcas foi ressuscitada (At
9.36-42);
• Um anjo liberta Pedro da prisão (At
12.1-10);
• Um mágico ficou cego por perturbar os retos
caminhos do Senhor (At 13.6-11);
• Sinais e prodígios foram realizados
em Icônio (At 14.1-3);
• Grandes sinais e prodígios foram
realizados por Deus entre os gentios (At 15.12);
• Um espírito de adivinhação foi
expulso de uma moça (At 16.16-18);
• Paulo e Silas foram libertos da
prisão por um terremoto (At 16.23-26);
• Maravilhas extraordinárias foram
realizadas por Paulo em Éfeso (At 19.11,12);
• Um jovem foi ressuscitado em Trôade
(At 20.7-12);
• Paulo sobreviveu milagrosamente à
picada de uma víbora (At 28.3-6);
• Públio e vários enfermos na ilha de
Malta foram curados (At 28.8,9). Toda essa ação do Espírito Santo resultou em
muitas conversões (At 2.43,47; 8.6,12; 9.32-35,40-42; 13.11,12).
No Manual Bíblico de Halley , este observou:
Se tirássemos os milagres de Atos dos Apóstolos, pouca coisa
sobraria. Por mais que os críticos desfaçam do valor comprobatório dos
milagres, é inegável que Deus fez uso abundante de milagres ao lançar o
cristianismo no mundo. (HALLEY,2001)
O Espírito Santo assumiu o comando da Igreja.
ATUALIDADE DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
Ao contrário daqueles que negam a
possibilidade de alguém ser batizado com o Espírito Santo, em nossos dias
pode-se, sem qualquer dificuldade, comparando os textos bíblicos, chegar-se à
conclusão de que essa bênção e essa experiência são profundamente possíveis
hoje. Para começar, o Espírito Santo continua atuante hoje como era nos tempos
da Igreja primitiva. Nada indica que parte de Sua atividade tenha sido suprimida.
Um detalhe importante é que o apóstolo Pedro
afirmou que o batismo é para todos os que estão longe: tantos quantos Deus,
nosso Senhor, chamar (At 2.39). Obviamente, essa categoria não pode
restringir-se aos tempos apostólicos. Cabe aqui a observação de French L.
Arrington, no Comentário bíblico pentecostal :
Deus deseja que todo o seu povo tenha a mesma experiência
momentosa que os discípulos receberam no dia de Pentecostes. O cumprimento de
sua promessa do Espírito, dada no Antigo Testamento, não se exaure no livro de
Atos quando a Igreja alcança os gentios. Permanece uma bênção presente e
universal, a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar, incluindo todos os que
estão longe. (ARRINGTON, 2003)
Jesus prometeu batismo com o Espírito
a todos os que nele creem (Jo 7.37-39), o que por certo não limita essa dádiva
ao tempo dos primeiros cristãos. O mesmo se pode dizer desta outra promessa de
Jesus:
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e
abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem
bate, abrir-se-lhe-á. [...] Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas
aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles
que lho pedirem? Lucas 11.9-13
O profeta Joel predisse o Seu
derramamento sobre toda a carne (Jl 2.28-30).
Por fim, milhões de cristãos têm
recebido o batismo com o Espírito Santo ao longo dos séculos, sendo o exemplo
maior a eclosão do movimento pentecostal no início do século 20.
Batismo com o Espírito Santo
AUTORIDADE DO ESPÍRITO SANTO
As Sagradas Escrituras reconhecem, identificam
e declaram a autoridade do Espírito Santo. Primariamente, a Sua autoridade
deriva do fato de Ele ser Deus, visto que divindade inerentemente pressupõe autoridade.
A autoridade do Espírito tornou-se perceptível quando Jesus desempenhou o Seu
ministério terreno, uma vez que Ele esteve, na condição de pessoa humana,
debaixo dessa autoridade. Isso compreende o período que vai desde o nascimento
até a ascensão de Jesus.
Outro aspecto notável da autoridade
do Espírito é verificado na história da Igreja, quando Ele atuou de forma
soberana em muitas dimensões, especialmente na direção efetiva e no controle
absoluto, a partir do dia de Pentecostes.
Passados dois milênios, a Igreja
continua a depender da autoridade do Espírito. Se essa autoridade não fosse
real e explícita, a Noiva poderia fragilizar-se e deixar de alcançar a sua
meta. Para isso, o melhor que cada cristão deve fazer é seguir a recomendação
paulina: Enchei-vos do Espírito (Ef 5.18).
BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
Embora a expressão batismo com o
Espírito Santo não apareça literalmente na Bíblia, lemos que Jesus vos batizará
com o Espírito Santo (Lc 3.16). Ele também disse: Sereis batizados com o
Espírito Santo (At 1.5). Outras expressões encontradas no texto sagrado apontam
para o mesmo fenômeno espiritual, como estas, encontradas no livro de Atos:
Foram cheios do Espírito Santo (At 2.4), recebereis o dom do Espírito Santo (At
2.38) e caiu o Espírito Santo sobre (At 10.44). A ausência da expressão literal
em nada altera a realidade dessa experiência. Usa-se também, às vezes, a
expressão batismo no Espírito Santo.
O batismo com o Espírito Santo é uma das mais
significativas e maravilhosas experiências projetadas por Deus e destinadas aos
membros de Sua Igreja. Significa o revestimento de poder espiritual, prometido
desde o Antigo Testamento, também chamado promessa do Pai (At 1.4).
A primeira experiência de batismo com o
Espírito Santo ocorreu no Dia de Pentecostes (At 2). Esse batismo testifica a
ressurreição de Jesus (Jo 16.7; At 2.32,33); só pode ser concedido por Ele (Jo
1.33; At 1.5); destina-se a todos os cristãos (Mt 3.11; Jo 7.39; 14.17; At
2.3,4; 10.44). Ele foi prometido pelo Pai (At 1.4); é oferecido aos que têm
sede e creem (Jo 7.37-39); concede autoridade especial a quem o recebe (Lc
24.49).
Para recebê-lo, o cristão deve crer
de acordo com as Escrituras (Jo 7.37); pedir com fé (Mt 7.7; Lc 11.13; Tg 1.6);
orar com perseverança (Lc 18.1; At 1.14); obedecer de coração (Lc 24.49; At
1.4,12,13); aproximar-se com confiança do Pai (Is 55.1; Jo 7.37,38); demonstrar
profunda sede por Deus (Sl 143.6; Is 41.17; 44.3; Ap 21.6); beber da água que
Cristo dá (Jo 7.37; Ap 22.7).
Em A doutrina espiritual , o pastor
Raimundo de Oliveira assinalou que:
A Doutrina do Batismo no Espírito Santo é uma das pedras
basilares da Doutrina Pentecostal, por vários séculos; pois está provado que o
Batismo no Espírito Santo, além de bibliocêntrico é também prático e
experimental . (OLIVEIRA, 2007)
O pastor Estevam Ângelo de Souza, em
Nos domínios do Espírito , disse que:
O batismo no Espírito Santo é um ato de Deus pelo qual o
Espírito vem sobre o crente e o enche plenamente. É a vinda do Espírito Santo
para encher e apoderar-se do filho de Deus como propriedade sua.
Sobre a relação entre o batismo com o
Espírito Santo e a regeneração (outra obra do Espírito), na Bíblia de Estudo
Pentecostal , observou o pastor Donald Stamps:
O batismo com o Espírito Santo é uma obra distinta e à parte da
regeneração, também por Ele efetuada. Assim como a obra santificadora do
Espírito é distinta e completiva em relação à obra regeneradora do mesmo
Espírito, assim também o batismo no Espírito complementa a obra regeneradora e
santificadora do Espírito. No mesmo dia em que Jesus ressuscitou, Ele assoprou
sobre seus discípulos e disse: Recebei o Espírito Santo (Jo 20.22), indicando
que a regeneração e a nova vida estavam-lhe sendo concedidas [...] Depois, Ele
lhes disse que também deviam ser revestidos de poder pelo Espírito Santo (Lc
24.49; cf. At 1.5,8). Portanto, esse batismo é uma experiência subsequente à
regeneração .
A Declaração de verdades fundamentais
das Assembleias de Deus afirma também que a experiência do batismo com o
Espírito Santo é distinta e subsequente à experiência do novo nascimento.
Existem propósitos definidos para o
batismo, e o principal deles é fazer da pessoa que o recebe uma poderosa
testemunha de Cristo (At 1.8), capacitando-a a dar testemunho do evangelho (At
20.24), a conquistar almas (At 2.41; 4.4), a curar enfermos (At 3.8,9), a
sofrer por Cristo (At 7.55), a enfrentar perseguições (At 8.1-5), a ver a
Palavra confirmada (Hb 2.4) e a conhecer os mistérios divinos (1 Jo 2.20,27).
Esse batismo foi experimentado pela primeira vez em
Jerusalém, por volta do ano 33, no Dia de Pentecostes (At 2.1-4). Também foi vivenciado
em Samaria, no ano 34 (At 8.14-17); em Damasco, no ano 35 (At 9.17); em
Cesaréia, no ano 41 (At 10.24,44); em Éfeso, no ano 51 (At 19.1-6), e assim por
diante.
DICIONÁRIO DO ESPIRITO SANTO
GEZIEL GOMES
Apoio à Lição 09 –
O Poder do Espírito Santo Ações poderosas do Espírito Santo na vida do cristão
Quando a Palavra de Deus cita pela primeira vez alguém, ela descreve sobre as características da pessoa de quem fala. E em Gênesis 1,2 diz que a característica do Espírito Santo é que Ele se move: "
... e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas." De três coisas negativas que podem acontecer na trajetória da vida cristã, duas delas atingem todos os cristãos durante sua vida (em algum tempo):
1. ACOMODAÇÃO: Se você pára, se acha que já sabe de tudo, se teu padrão de santificação é bom, saiba que acomodação não é sinônimo de estabilidade, é sinônimo de regressão. ACOMODAR = REGREDIR. Se você se acomodar vai levar uma vida cristã medíocre e isto pode levar você ao...
2. ESFRIAMENTO ESPIRITUAL = PERDA DO PRAZER NAS COISAS DE DEUS. Se você perder o prazer nas coisas de Deus, o Reino de Deus não é mais priorizado em sua vida. Se sua fé esfria vai haver aquecimento de sua natureza pecaminosa e velhos hábitos ressurgem em nossas vidas que já haviam sido vencidos e acontecem três coisas: a) cobiça da carne; b) cobiça dos olhos; c) soberba da vida. E se se acomoda, vive uma vida cristã medíocre, sem prazer nas coisas de Deus, você está vivendo no limite e poderá entrar na terceira negativa que é muito perigosa:
3. A QUEDA = que é pecar, desobedecer a Deus. (2Pedro 2,20-21). Quando cai na fé seu estado é pior do que antes de ter conhecido Jesus; apostata da fé; ser levado à condenação. Ações poderosas do Espírito Santo na nossa vida: Rm 8,6-26, Hb 5,9
A - RENOVAÇÃO = restabelecer
1. Ação do Espírito Santo que trabalha na nossa vida para restabelecer o progresso da vida cristã. Cria um movimento novo na nossa vida para restabelecer a vida cristã progressiva. (pode ser uma ação ou um fato, seja positivo ou negativo).
2. O espírito Santo fala através de uma palavra poderosa na vida do cristão <revelação, visão, fala direto ao seu coração> para tornar a ter vigor, tornar a ficar satisfeito.
4. O Espírito Santo utiliza um derramar de Sua presença sobre a pessoa e tira a pessoa do lugar de frieza.Trabalha na área da queda Renovação = fazer de novo, reconstruir, reformar. Ação sobrenatural do Espírito Santo que liberta, regenera e tira os hábitos. Rom 8,26
B - SUSTENTAÇÃO = ajuda nas nossas fraquezas, assistência contra toda oposição: INTERNA: Mateus 26,41. A natureza é fraca. Quando somos dominados por fraqueza fica fácil ceder, pecar, perder o ânimo, não tem força para prosseguir e vencer, dominado por covardia. O Espírito Santo nos sustenta para que estas fraquezas não sejam motivo de nossas derrotas.
EXTERNA: 2 Coríntios 2,10-11 Porque não desconhecemos os seus ardis. Efésios 6,10 Fortalecei-vos. O Espírito Santo nos sustenta para que estas fraquezas não seja motivo de nossas derrotas:
a) Intercede por nós com gemidos inexprimíveis - profundidade e a grandeza da intercessão.
b) Ação direta de seu poder para nos sustentar. E sustenta para que a tua fraqueza não o leva para guerra. Gálatas 5,17. O Espírito Santo fala ao nosso coração, em apoio, em alerta
... "sai desse lugar, sai fora, cuidado" O Espírito Santo tem poder para fazer oposição contra a carne assistência contra qualquer coisa que se oponha - você passa a ser guiado pelo Espírito Santo.
C - DIREÇÃO - O Espírito Santo tem autoridade para dirigir (guiar) a vida de qualquer pessoa. Quem é que está dirigindo a sua vida? - tem gente que está sendo dirigida por utopias (ilusão de vida) - tem gente que é dirigida por mentiras: fala o que não vive, o que não tem (pensa que a mentira é verdade). - Outros são dirigidos por jogo de interesses (políticos, econômicos, pessoais). - Aqueles que são dirigidos por suas emoções (Jeremias 17,9). - Alguns são dirigidos pela lógica (Provérbios 14,12). - Outros dirigidos por sua inteligência. - Outros por crendices (astrologias, caras, cristais etc). - Outros dirigidos por ignorância espiritual (fora da Palavra de Deus) - Outros dirigidos pelo diabo. - Outros pela mídia.
O Espírito Santo só vai dirigir tua vida se você permitir: O Princípio está em João 16,13
O Espírito Santo vos guiará em toda verdade. Então vemos que isto excluí duas coisas: - toda a mentira e - toda confusão (1Cor 14,33) Características do Espírito Santo em Poder e Autoridade para dirigir a tua vida: - dirige de maneira soberana (João 3,8). - dirige de maneira clara (Atos 8,29). - contraria nossos propósitos (Atos 16,6). - tem propósitos definidos para nossa vida (Atos 13,2). - Nos leva para caminhos não usuais (Mateus 4,1). - Nos dirige ao lugar certo (impulsiona) (Juízes 13,25). - Nos levar à vitória - Quer que sejamos vitoriosos.
D - FORTALECIMENTO
- O ser humano tem uma natureza fraca (interna) e - é assolado por Satanás (externo) - que o enfraquece - faz desanimar (não tem satisfação, humor ) - traz a incredulidade - o medo e viver no pecado.
O Espírito Santo trabalha para nos fortalecer:
1. At 2,17; Tito 3,6 Jesus derrama o Espírito Santo sobre nós (derramar = quantidade sem limite).
2. Efésios 5,16 - Enchei-vos (completo, total, satisfeita) O Espírito Santo derrama da Sua presença na tua vida para que você se encha e seja e esteja fortalecido para que você possa vencer o mundo, o diabo e as tentações. Se você for fortalecido pelo Espírito, você:
a. Consegue vencer teus inimigos.
b. Ninguém pode prevalecer sobre você (exemplo: Sansão).
c. Anunciavam com ousadia: Ousadia na fé para falar, acontecer e fazer (Atos 4,31-33).
d. Estilo de vida diferente e superior. Em todos eles havia abundante Graça de Deus (Atos 4,52).
Texto de Silas Malafaia.
FONTE : ADVEC-TESOURO
A . O Espírito Santo dá poder
1. Ele dá vida
No domínio da natureza, é papel do Espírito
Santo dar vida a todas as criaturas animadas na terra, no céu ou no mar, como
está escrito: “Envias o teu Espírito, eles são criados”
(SI 104.30). E no sentido inverso, se Deus “para si recolhesse o seu espírito e
o seu sopro, toda a carne juntamente expiraria, e o homem voltaria para o pó”
(Jó 34.14- 15). Vemos aqui o papel do Espírito Santo dando e sustentando a vida
humana e animal.
Paralelamente
a isso, é papel do Espírito Santo dar-nos vida nova na regeneração. 2 Jesus
disse a Nicodemos: “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do
Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo”
(Jo 3.6-7; cf. v. 5, 8; 6.63; 2Co 3.6). Ele disse também: “ O espírito é o que
vivifica; a carne para nada aproveita” (Jo 6.63; 2Co 3.6; At 10.44-47; Tt
3.5).3 Coerente com essa função do Espírito Santo de dar vida é o fato de que
foi o Espírito Santo quem concebeu Jesus no ventre de Maria, sua mãe (Mt 1.18,
20; Lc 1.35). E no dia em que Cristo voltar, é o mesmo Espírito Santo quem irá
completar essa obra de dar vida concedendo a nova vida ressurreta ao nosso
corpo mortal: “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre
os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos
vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós
habita” (Rm 8.11).
2. Ele dá poder para o serviço
a.
Antigo Testamento. No Antigo Testamento, o Espírito Santo muitas vezes capacita
pessoas para serviço especial. Ele capacitou Josué com habilidades de liderança
e sabedoria (Nm 27.18; Dt 34.9), e deu poder aos juizes para libertar Israel de
seus opressores (observe como o Espírito do Senhor “veio sobre” Otoniel e m jz
3.10, Gideão em 6.34, Jefté em 11.29 e Sansão em 13.25; 14.6, 19; 15.14).
O
Espírito Santo veio poderosamente sobre Saul a fim de levantá-lo para a batalha
contra os inimigos de Israel (ISm 11.6), e quando Davi foi ungido rei, “o
Espírito do Senhor se apossou” dele daquele dia em diante (ISm 16.13),
capacitando-o para cumprir a tarefa de realeza para a qual Deus o havia
chamado.4 Numa espécie só um pouco diferente de capacitação, o Espírito Santo
dotou Bezalel com talentos artísticos para a construção do tabemáculo e de seu
equipamento (Êx 31.3; 35.31) e com capacidade para ensinar essas técnicas para
os outros (Êx 35.34).5 O Espírito Santo também protegeu o povo de Deus e
capacitou-o para vencer seus inimigos. Por exemplo, Deus colocou seu Espírito
no meio deles à época do êxodo (Is 63.11- 12) e, mais tarde, após seu retomo do
exílio, pôs seu Espírito no meio deles para protegê-los e guardá-los do medo (Ag
2.5). Quando Saul estava tentando capturar Davi à força, o Espírito Santo veio
sobre os mensageiros de Saul (ISm 19.20) e por fim sobre o próprio Saul (v.
23), levando-os a involuntariamente cair no chão e profetizar durante horas,
frustrando dessa forma o propósito de Saul e humilhando-o em resposta à sua
demonstração maligna de força contra Davi e Samuel. De modo semelhante,
enquanto Ezequiel profetizava julgamento pelo poder do Espírito Santo contra
alguns líderes de Israel (Ez 11.5), um dos líderes chamado Pelatias morreu (Ez
11.13). Dessa forma, o Espírito Santo trouxe julgamento imediato sobre ele.
Por
fim, o Antigo Testamento predisse o tempo em que o Espírito Santo ungiria um
Messias-Servo em grande plenitude e poder:
Repousará
sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o
Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do
Senho r. Deleitar-se-á no temor do Senhor... (Is 11.2-3) Isaías
profetizou que Deus diria o seguinte sobre esse Servo que estava para chegar: pus
sobre ele o meu Espírito” (Is 42.1), e que ele mesmo diria: “O Espírito do Se n
h o r Deus está sobre mim, porque o Sen h o r me ungiu” (Is 61.1; cf. Lc 4.18).
Antes
de encerrar esta discussão sobre a capacitação pelo Espírito Santo no Antigo
Testamento, devemos observar que às vezes se diz que não havia nenhum a obra do
Espírito Santo dentro das pessoas no Antigo Testamento. Essa idéia tem sido
inferida principalmente das palavras dejesus aos discípulos em João 14.17:
"... ele habita convosco e estará em vós”. Mas não devemos concluir desse
versículo que não havia nenhuma obra do Espírito Santo no interior das pessoas
antes do Pentecostes. Em bora o Antigo Testamento não fale com freqüência de
pessoas que tinham dentro de si o Espírito Santo ou que dele tinham a
plenitude, existem uns poucos exemplos: Josué é descrito como homem que tem o
Espírito (Nm 27.18; Dt 34.9), assim como Ezequiel (Ez 2.2; 3.24), Daniel (Dn
4.8-9, 18; 5.11) e Miquéias (Mq 3.8).(i Isso significa que quandojesus diz aos
seus discípulos “ele habita convosco e estará em vós” (Jo 14.17), não pode
estar dizendo que havia uma diferença absoluta “dentro/fora” entre a obra do
Espírito Santo na antiga aliança e na nova. Nem pode João 7.39 (“pois o
Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda
glorificado”) significar que não havia nenhuma atividade do Espírito Santo na
vida das pessoas antes do Pentecostes. Ambas as passagens devem ser maneiras
diferentes de dizer que a obra mais poderosa, mais plena do Espírito Santo,
característica da vida após o Pentecostes, ainda não havia começado na vida dos
discípulos. O Espírito Santo ainda não tinha chegado dentro deles do modo pelo
qual Deus havia prometido colocá-lo dentro do seu povo quando viesse a nova
aliança (Ez 36.26, 27; 37.14), nem o Espírito Santo havia sido derramado com
grande abundância e plenitude que caracterizaria a era da nova aliança (J1
2.28-29). Nesse sentido poderoso da nova aliança, o Espírito Santo ainda não
estava operando dentro dos discípulos.7
b. Novo Testamento.
A
obra capacitadora do Espírito Santo no Novo Testamento é vista primeiro e de
modo pleno na unção e capacitação de Jesus como o Messias. O Espírito Santo
desceu sobre Jesus por ocasião do seu batismo (Mt 3.16; Mc 1.11; Lc 3.22). João
Batista disse: “Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele” (Jo
1.32). Portanto, Jesus foi para a tentação no deserto “cheio do Espírito Santo”
(Lc 4.1); e depois de sua tentação, no início de seu ministério, “Jesus, no
poder do Espírito, regressou para a Galiléia” (Lc 4.14). Quando Jesus foi
pregar na sinagoga em Nazaré, declarou que a profecia de Isaías fora cumprida
nele: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar
os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da
vista aos cegos, para pôr em liberdade aos oprimidos, e apregoar o ano
aceitável do Senhor” (Lc 4.18-19). O poder do Espírito Santo na vida de Jesus
foi visto depois em seus milagres subseqüentes, à medida que ele expulsava
demônios com uma palavra e curava todos os que vinham a ele (Lc 4.36, 40-41). O
Espírito Santo se agradou em habitar em Jesus e dar-lhe poder, pois ele se
deleitava plenamente com a pureza moral absoluta da vida de Jesus. No contexto
de conversa a respeito de seu próprio ministério e da bênção do Pai sobre esse
trabalho, Jesus diz: “Deus não dá o Espírito por medida. O Pai ama ao Filho, e
todas as cousas tem confiado às suas mãos” (Jo 3.34-35).Jesus tinha uma unção
do Espírito Santo sem medida, e essa unção permanecia sobre ele (Jo 1.32, nvi;
cf. At 10.38).
O
Espírito Santo também capacitou os discípulos de Jesus s para vários tipos de
ministério. Jesus lhes tinha prometido: “... mas recebereis poder, ao descer
sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém,
como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra” (At 1.8).8 Há vários
exemplos específicos da atividade do Espírito Santo concedendo poder aos
primeiros cristãos para operar milagres à medida que eles proclamavam o
evangelho (note Estêvão em At 6.5, 8; e Paulo em Rm 15.19; ICo 2.4). Mas o
Espírito Santo deu também grande poder à pregação da igreja primitiva de modo
que, quando os discípulos eram cheios do Espírito Santo, proclamavam a Palavra
com coragem e grande poder (At 4.8,31; 6.10; lTs 1.5; IPe 1.12). Em geral,
podemos dizer que o Espírito Santo fala por meio da mensagem do evangelho à medida
que ela é proclamada de maneira eficaz ao coração das pessoas. O Novo
Testamento termina com um convite do Espírito Santo e da igreja, que juntos
chamam as pessoas à salvação: “O Espírito e á noiva dizem: Vem! E aquele que ouve,
diga: Vem!” (Ap 22.17). Na realidade, não só na pregação da mensagem do
evangelho, como também na leitura e no ensino das Escrituras, o Espírito Santo
continua a falar ao coração das pessoas a cada dia (veja Hb 3.7 e 10.15, onde o
autor cita uma passagem do Antigo Testamento e diz que o Espírito Santo está
agora falando aquela palavra aos leitores).
Outro
exemplo da capacitação dos cristãos para o serviço é a atividade do Espírito
Santo que consiste em conceder dons espirituais para equipar os crentes para o
ministério. Após alistar uma variedade de dons espirituais, Paulo diz: “Mas um
só e o mesmo Espírito realiza todas estas cousas, distribuindo-as, como lhe
apraz, a cada um, individualmente” (ICo 12.11). Uma vez que o Espírito Santo é
quem mostra ou manifesta a presença de Deus no mundo, não surpreende que Paulo
possa chamar os dons espirituais de “manifestações” do Espírito Santo (ICo
12.7).9 Os dons espirituais em atuação representam um sinal da presença de Deus
Espírito Santo na igreja.10
Na
vida de oração dos indivíduos crentes, verificamos que o Espírito Santo concede
poder para a oração e a tom a eficaz. “... não sabemos orar como convém, mas o
mesmo Espírito intercede por nós em gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26).11 E Paulo
diz que “temos acesso ao Pai em um Espírito” (Ef 2.18). Um tipo específico de
oração para a qual o Novo Testamento diz que o Espírito Santo dá poder é o dom
de orar em línguas (ICo 12.10-11; 14.2, 14-17).12
Outro
aspecto da obra do Espírito Santo em que ele concede aos cristãos o poder para
serviço é a capacitação do povo para vencer a oposição espiritual à pregação do
evangelho e à obra de Deus na vida das pessoas. Esse poder na guerra espiritual
foi visto primeiro na vida de Jesus, que disse: “Se, porém, eu expulso demônios
pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (Mt
12.28). Quando Paulo chegou a Chipre, enfrentou a oposição de Elimas, o mágico,
mas ele, “cheio do Espírito Santo, fixando nele os olhos, disse: O filho do
diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça,
não cessarás de perverter os retos caminhos do Senhor? Pois, agora, eis aí está
sobre ti a mão do Senhor, e ficarás cego, não vendo o sol por algum tempo. No
mesmo instante, caiu sobre ele névoa e escuridade, e, andando à roda, procurava
quem o guiasse pela mão” (At 13.9-11). O dom de “discernimento de espíritos”
(ICo 12.10), dado pelo Espírito Santo, é também uma ferramenta nessa guerra
contra as forças das trevas, assim como a Palavra de Deus, que funciona como “a
espada do Espírito” (Ef 6.17) na batalha espiritual. (30) As Doutrinas de
Cristo e do Espírito Santo.
As Doutrinas de Cristo e
do Espírito Santo
Teologia Sistematica [Wayne Grudem]
Avivamento pelo Espírito
Na Epístola aos Colossenses — escrita no ano
61, aproximadamente — , há menções da igreja de Laodicéia (2.1; 4.13,15,16) e
dos crentes laodicenses (4.16). Neste mesmo versículo, há também uma ordem para
que a epístola em apreço fosse lida na igreja dos laodicenses, e que a epístola
que viesse de Laodicéia fosse lida pelos colossenses.
A
Epístola de Laodicéia não foi incluída no cânon sagrado do Novo Testamento. A
razão disso não está revelada — talvez fossem mensagens preventivas de Deus
contra a mornidão e o formalismo espirituais, que estariam em formação naquela
igreja.
Deus
previne, avisa e adverte de antemão, e às vezes chamando as pessoas pelo nome,
como: “Abraão, Abraão”, “Simão, Simão”, “Moisés, Moisés”, “Saulo, Saulo”. A
carta de Jesus à igreja em Laodicéia, por meio de João (Ap 3.14-22), é de
aproximadamente 96 d.C. Se tudo foi assim, aquela igreja esfriou aos poucos,
até chegar ao estado crítico descrito em Apocalipse.
Necessidade
de avivamento. Quando, em que estado de coisas e em que situação a igreja
carece de um real avivamento do Espírito Santo? Quando nela prevalecem as
seguintes características negativas:
1)
Calmaria espiritual, paralização espiritual, indiferença e comodismo (Ez 37.9).
2)
Sonolência espiritual (Ef 5.14).
3)
Insensibilidade espiritual, mas também insensibilidade moral e social (cf. E f
4.19; Pv 23.35; I Tm 4.2).
4)
Secularismo — ou mundanismo. E o crente conformar-se com o mundo; “dar na forma
[fôrma] do mundo”, como diz literalmente Romanos 12.2:
“
... e não vos conformeis com este mundo”. É a contextualização da igreja com o
mundo, o que está muito em voga hoje.
5) Postura do crente apenas defensiva quanto
ao mal e ao pecado, e não de repúdio, aversão, horror e de combate espiritual
contra ele.
6)
Quando, na igreja, prevalece entre os crentes a hibernação espiritual (Ap
3.11). E o estado do crente que permanece meio-morto. Tem nome de que está vivo
espiritualmente, mas na realidade está morto, sem vida, sem fervor, sem
entusiasmo e sem condições de reagir a um tal estado de coisas.
Uma
igreja nesse estado pode ter: uma boa estrutura eclesiástica (“ossos”, Ez
37.3); muita organização (“nervos”, v.8); muito movimento e vaivém ( “carne”,
v.8); muito boa aparência (“pele”, v.8); mas tal igreja não tem vida espiritual
vibrante, transbordante e dinâmica, pela ausência do “Espírito de vida” (Ez
37.8,9; Rm 8.2).
7)
Também quando entre os crentes prevalece o desinteresse pelos cultos e passam a
se interessar mais pelas coisas e passatempos seculares, profanos, tentando
eles com isso preencher o seu vazio espiritual. Nesse estado, a perda de cultos
pelo crente não lhe traz falta. Vem, por fim, o abandono da Casa de Deus (cf. H
b 10.25; SI 27.4; 84.2,10; I22.I; Ag 1.4,9).
No
livro de Atos, vemos como Deus fez surgir a igreja avivada no Espírito Santo,
coisa que os crentes de Israel desconheciam. Cremos e oramos que do mesmo modo
Ele avivará poderosamente a sua igreja, nesses últimos dias que precedem a
volta de Jesus.
O
avivamento espiritual, como no princípio, é uma necessidade em nossos dias.
Hoje, muitas igrejas pensam estar experimentando um reavivamento, quando, na
verdade, tudo não passa de inovação, misticismo, falsificações e mudanças
injustificáveis na liturgia do culto, etc.
Características de um avivamento. Quais são,
pois, à luz da Palavra do Senhor, as características de um genuíno avivamento,
promovido pelo Espírito de Deus?
I)
Contrição total. Num verdadeiro avivamento, há contrição total pelo Espírito
Santo. Contrição é arrependimento, humilhação e confissão de pecados e males de
todos os tipos, na presença do Senhor; é quebrantamento espiritual em nosso
íntimo, acompanhado de profundo arrependimento de pecados. E tudo isso deve ser
demonstrado também em nosso exterior, pela poderosa ação do Espírito Santo.
Esses estados da alma têm a ver com o pecado,
no seu duplo aspecto: como delito praticado e como estado imanente no ser
humano — isto é, a pecaminosidade da natureza humana. Desta forma do pecado, o
crente precisa ser sempre vencedor, pelo “sangue da sua cruz [de Cristo]” (Cl
1.20), como bem nos mostra a passagem de Romanos 6.
E num tal contexto espiritual que o avivamento
se instala, e o Espírito Santo assume a primazia, predominando e prevalecendo.
Infelizmente, quem retarda e impede o avivamento da igreja não são os
incrédulos; somos nós, os crentes, inclusive obreiros. Basta ler passagens como
2 Crônicas 7.14 para se chegar a tal conclusão.
Um
real avivamento inclui, sim, os obreiros da igreja (cf. Zc 3.3). Qual era o
problema da igreja de Efeso? Seu pastor deixara o primeiro amor (Ap 2.4). E o
da igreja de Sardes? Seu pastor estava morto no seu estado espiritual e não
sabia (Ap 3.1). E o problema da igreja de Laodicéia? Seu pastor era morno (Ap
3.16).
Meditemos
sobre o termo “perfeito”, concernente ao crente no contexto do avivamento. O
referido termo aparece em passagens como Deuteronômio 18.13; Mateus 5.48; 2
Coríntios I3 .I I e Colossenses 1.28. Ele, em suma, diz-nos que o nosso inteiro
ser deve ser oferecido a Deus; tudo deve estar à disposição dEle: espírito, e
alma, e corpo. Não retenha nada! Ponha tudo no altar.
Em Marcos 12.30, vemos uma pormenorização
disso: nossa afeição (“de todo o teu coração, e de toda a tua alma”); nossa
cognição (“e de todo o teu entendimento”); e nossa volição (“e de todas as tuas
forças”). Sim, um avivamento começa e continua pela reconsagração total do
crente a Deus.
Que
façamos a oração do profeta Habacuque: “Ouvi, Senhor , a tua palavra, e temi;
aviva, ó Senhor , a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na
ira lembra-te da misericórdia” (3.2).
2)
Perdão e reconciliação. N o avivamento de Israel (I Rs 18), Deus usou como
instrumento humano o profeta Elias. N o cumprimento de sua missão, o primeiro
passo deste profeta foi “reparar o altar do S e n h o r , que estava quebrado”
(vv.30-32). Em seguida, ele colocou no altar doze pedras — que representavam as
doze tribos israelitas, completas e unidas — , e não apenas dez, o que
representaria incompletude e divisão de Israel, como era o caso do Reino do Norte
(dez tribos), ao qual o profeta pertencia.
E notável o fato de Elias trabalhar com doze
pedras no altar, sendo ele do reino das dez tribos! O que pode fazer um povo
dividido e desunido? Se, por acaso, realizarem alguma coisa de bom, os males de
sua desunião e da sua rebeldia atrofiarão tudo o que se fizer.
Em
Ezequiel 37, no grandioso avivamento ali retratado, “cada osso se uniu ao seu
osso” (vv.7,I7). Imagine um osso unindo-se a um corpo que não era o seu e, por
conseguinte, diferente na idade, na altura, etc. Isso daria numa imensa e
confusa babel, em que cada um estaria sem identificação, sem dono, sem direção;
e logo a seguir: deformações, anomalias, teratias, como indivíduos e como
grupo. Não é isso que está acontecendo por toda parte com os chamados
movimentos avivalistas de renovação carismática?
Sim,
um avivamento não é só de quebrantamento de espírito, mas também de perdão
total, com reconciliação entre os crentes, inclusive obreiros. Pessoalmente,
este autor tem visto, em nosso país, obreiros causando, fomentando e
acalentando inimizades no ministério. E ainda apresentam “justificativas”, além
de, pior ainda, acharem que isso que fazem é uma virtude!
Em
Atos 4.32, no primeiro avivamento da igreja, a Bíblia diz: “E era um o coração
e a alma da multidão dos que criam”. Deus pode fazer isso hoje, num
reavivamento — a unidade espiritual do seu povo. Portanto, o avivamento genuíno
envolve amplo perdão e reconciliação de uns com os outros; isto é, união e,
sobretudo, unidade. O que pode fazer um povo descontente, dividido e desunido?
3) Generosidade e abundância financeira. Em
Jerusalém ocorreu um avivamento de ampla e contínua generosidade entre os
crentes, de abundância financeira, nas contribuições para a obra de Deus em
geral: nos dízimos, nas ofertas, nas doações, na mão-de-obra voluntária, nos
auxílios; enfim, na cooperação de todas as formas (Atos 4.32-37).
Mas
também deve haver restituição aos outros, de tudo o que for alheio, que, porventura,
esteja em nosso poder. No avivamento espiritual sob o rei Ezequias, vemos em
ação a liberalidade financeira, espontânea, do povo, movida pelo Espírito de
Deus (2 Cr 31.5-10). No avivamento de Jerusalém ocorreu o mesmo. E que ocorra
da mesma forma em nossos dias!
4) Santidade interior e exterior. Segundo o
modelo bíblico, o reavivamento resulta em santidade do crente em toda a sua
maneira de viver (I Pe 1.15). Se um avivamento não resultar nisso — nessa
mudança de vida — tudo não passará de mero entusiasmo, mecanicismo e emoção,
como acontece com certos “avivamentos” orquestrados pelos homens. O avivamento
sob Esdras e Neemias, nesse sentido, obteve grandiosos resultados (Ne 8;
9.1-38; 10.1-39; 13).
A
santificação deve ocorrer em “todo o vosso espírito, e alma, e corpo” (I Ts
5.23). Isso significa que devemos ser santos em nosso viver, e em nossa conduta
— isto é, em nosso caráter, internamente — , e em nosso proceder, externamente.
Nossa vida natural é uma série diuturna de hábitos, práticas e costumes, que
podem ser bons ou maus, ou um misto dos dois. E evidente que um povo santo,
porque pertence a Deus, deve ter costumes santos.
Mantenhamo-nos,
pois, separados do mundo pecaminoso. Reflitamos sobre a advertência da Palavra
de Deus registrada em Eclesiastes 10.8: “Quem fizer uma cova cairá nela, e quem
romper um muro, uma cobra o morderá”. “Abrir uma cova”, aqui, é iludir o povo;
é fazer o povo errar e deixá-lo nesse estado. “Cova” é armadilha, embuste,
laço, simulação. “Romper um m uro” é eliminar a separação do pecado; é ficar
indefeso às investidas do mal; é renunciar à condição de “povo peculiar” (Ex
19.5; T t 2.14).
5)
Evangelização e missões. O avivamento promovido pelo Espírito Santo move e leva
a igreja a evangelizar e a fazer missões entre os povos. Evangelização e
missões são dois lados de um só assunto — de um mesmo trabalho para Deus (cf.
At 1.8; 5.42; 8.4; 13.1-4). E este trabalho é a atividade principal de uma
igreja avivada, um fato patente no livro de Atos dos Apóstolos, mas também na história
subseqüente da igreja, sempre que ela é reavivada.
6)
Louvor e adoração. Num a igreja realmente avivada, ouvem-se os “cânticos
espirituais”, mencionados em Efésios 5.19. O “som” vindo do céu (cf. At 2.2),
quando do derramamento inicial do Espírito sobre a igreja, fala disto. O
sentido de ‘espirituais”, aqui, vai muito além daquele que lhe é comumente
atribuído nos dias de hoje.
Uma
igreja com avivamento do Espírito não precisa de artistas, de atores da música
secular e de animadores de auditório — como se a Casa do Senhor fosse um palco
para comediantes — , nem de shows musicais, nem de torcida, nem de assovios,
por parte daqueles que só buscam chamar a atenção para si mesmos. Isso não é
avivamento; é aviltamento!
A
igreja carece, sim, de “verdadeiros adoradores” que adorem a Deus em espírito e
em verdade, conforme Jesus disse em João 4.24. Temos, atualmente, na igreja,
não muito do verdadeiro louvor e adoração que agrada ao Senhor, porque tais
coisas precisam ser precedidas de sacrifício espiritual ao Senhor (2 Cr
29.27,30; H b 13.15; SI 50.23, “sacrifício de louvor”).
Evitemos
brincar de crente, de culto e de igreja. Isso só acontece numa igreja em que
não há real avivamento. Em Mateus 6.2 e noutras passagens similares, Jesus
verbera duramente contra os fariseus, chamando-os de hipócritas, porque
brincavam de crente, simulavam, encenavam, fingiam espiritualidade. Pessoas
assim são vazias de avivamento e poder; vazias do Espírito Santo e da Palavra
de Deus.
7)
Renovação e batismo com 0 Espírito. N o genuíno avivamento há batismo com o
Espírito Santo, com línguas estranhas, e manifestação dos dons espirituais (cf.
SI 92.10; E f 5.18). Outrossim, a operação de milagres pelo Espírito Santo,
como os “sinais” prometidos por Jesus em Marcos 16.17,18, são uma realidade,
num avivamento bíblico norteado pela doutrina (At 2.42,43).
8)
Intercessão e jejum. A oração intercessória e o jejum, de modo constante, são
partes integrantes dos avivamentos reais, segundo a história da igreja (At
2.42; 2 Cr 7.14; SI 119 — aqui temos várias vezes o Salmista orando
“vivifica-me” ou “avivame”). Que busquemos, pela oração mtercessória, o
avivamento, como fez o profeta Habacuque (c. 609-605 a.C.), o qual profetizou
durante o declínio espiritual que se seguiu ao reinado de Josias (Hc 3.2).
9)
Palavra de Deus. A poderosa Palavra do Senhor sempre tem sido o instrumento
inicial de Deus em todos os avivamentos (cf. Ne caps. 8-10; Ed caps. 8-10). E
não pode ser diferente hoje: “Não é a minha palavra como fogo, diz o Senhor , e
como o martelo que esmiuça a penha?” (Jr 23.29). O avivamento de que
necessitamos deve ser de busca e de ensino da Palavra de Deus.
Precisamos
de um poderoso avivamento de ensino da Palavra de Deus, no templo, no lar, nos
educandános da igreja, nas publicações, nos hinos cantados, etc. (cf. At 2.42;
5.42). Esse movimento de ensino da Palavra, por sua vez, conduz à salvação dos
pecadores (At 13.12; SI 51.13; Lc 20.1). O avivamento pelo ensino da Palavra é
necessário para que vidas sejam “moldadas” (M t 28.19) por meio da
“disseminação do conhecimento das coisas do Senhor” (M t 28.20). Por exemplo, o
avivamento espiritual que precedeu o primeiro advento de Cristo teve como
instrumento divino a Palavra de Deus (Lc 3.2).
10) Destruição de ídolos. O verdadeiro
avivamento leva o crente a destruir os ídolos do coração. Sem uma vida avivada
no Espírito, as coisas naturais desta vida logo se tornam “deuses” dentro de
nós, como: riquezas, sucesso, posição ou status, cultura acadêmica, trabalho
extremado — de modo a deixar-nos sem tempo para a adorar a Deus — , glutonaria,
diversões e passatempos “inocentes”, vaidades do espírito humano, etc.
São
nesses casos ídolos do coração (Ez 14.3,4,7). Um tal ídolo em nossa vida é tudo
aquilo que nela toma o lugar do verdadeiro Deus, e que ocupa o nosso coração,
todo nosso tempo e toda nossa atenção. Samuel, o admirável homem de Deus, no
avivamento dos seus dias, exortou o povo a destruir os seus próprios ídolos (I
Sm 7.3-6).
Deus
é o Senhor absoluto da nossa vida, ou somos nós que mandamos em nós mesmos? Não
há meio-termo, pois Deus não divide o seu senhorio, nem a sua glória com
ninguém. Jacó, ao experimentar um avivamento do céu em sua vida, deu um basta
nos ídolos de casa (Gn 35.1-4). Em I João 5.21, está escrito: “Filhinhos,
guardai-vos dos ídolos”. Ora, tratando-se aqui de cristãos, a referência é a
ídolos do coração.
O modelo do avivamento pelo Espírito. Não há
dúvidas de que a solução divina para neutralizar, deter e restringir os males
que acossam os santos nesse tempo do fim é um verdadeiro avivamento, segundo o
modelo da Palavra de Deus: sem inovações descabidas, sem distorções, sem
manipulação humana, sem intermediários. O Espírito Santo é soberano. Que o
Senhor nos avive segundo a sua Palavra, como bem disse o Salmista (119.25,154).
Em
Levícico 10, dois sacerdotes ofereceram “fogo estranho” perante o Senhor e
foram mortos no mesmo instante, ali mesmo. '*Fogo estranho” era o fogo profano,
não-sagrado, não aprovado por Deus; fogo não obtido do altar dos sacrifícios.
Desse tipo de logo existe muito por aí, atualmente. Se a Lei continuasse em
vigor hoje, os cemitérios estariam repletos de falsos avivalistas mortos.
Atestado de Obito: “Morte espiritual prematura por falsa identidade ideológica
cristã”.
Mas
esse avivamento segundo o modelo bíblico — promovido pelo Espírito, pois “o
Espírito é o que vivifica” (Jo 6.63) — é harmônico e equilibrado (Èx 25.37,38;
I Rs 7.49,50). O fogo sagrado das lâmpadas do candelabro era regulado, para que
não se apagasse, mas também para que não se excedesse. Para isso, havia
acendedores ou espevitadores (lit., “avivadores”), bem como reguladores do fogo
(lit., “ajustadores do fogo, da chama”).
Nunca
devemos interpretar a Bíblia à luz das nossas experiências espirituais, mas
interpretar as nossas experiências espirituais à luz da Palavra de Deus. Do
contrário, cairemos no experiencialismo extremado e antibíblico, como estamos
vendo acontecer nos dias de hoje.
Avivamento
na casa de Deus e no lar. Somente o verdadeiro avivamento nos leva a amar,
zelar e ser assíduos, na Casa de Deus. Leia em sua Bíblia estas passagens:
Levítico 19.30; Salmos 27.4; 84.10; 93.5; Eclesiastes 5.1 e João 2.13-17. A
Casa do Senhor vem sofrendo hoje, em muitos sentidos; tudo por falta de
avivamento dos que a freqüentam.
O
avivamento deve acontecer igualmente na família, no lar cristão.
Não podemos ter igrejas avivadas, despertadas,
renovadas, santificadas, com lares distanciados de Deus, indiferentes e mesmo
refratários ao avivamento espiritual. Há várias passagens que comprovam esse
avivamento a partir da família (Gn 35.1-7; Ne 8.2,3; Ed 8.21; 10.1; 2 Cr 20.13;
31.18; Êx 38.8).
Vemos,
em Deuteronômio 20.5, que uma casa “edificada” precisa ser também “consagrada”.
O avivamento pentecostal que ocorreu na origem à igreja, no dia de Pentecostes,
ocorreu num lar, numa casa de família, e continuou assim (At I.1 3; 5.42; Rm
16.5; I Co 16.19; Cl 4.15; Fm v.2). É oportuno lembrar que o termo “lar”, no
seu original latino, indica uma laje fortemente aquecida na cozinha da casa —
isto é, o lugar onde permanecia aceso o fogo da casa; daí advém a palavra
“lareira”.
O
avivamento espiritual (ou reavivamento) é uma intervenção divina na vida da
igreja, onde e quando Deus quer, em resposta ao clamor da igreja despertada para
um avivamento (2 Cr 7.14). Precisamos, pois, nesses últimos dias, de um real
avivamento — bíblico, soberano, poderoso, divino, sobrenatural, irresistível e duradouro
— , incomparavelmente maior do que todos os precedentes, conforme a palavra
profética de Joel 2.28.
Em Atos 2.17,18, está escrito: “E nos últimos
dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e
os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão
visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu Espírito derramarei
sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão” (At
2.17,18).
Mas
a plenitude da promessa pentecostal, conforme Joel 2.29,31 — enfatizada por
Pedro de modo parcial — , aguarda um pleno cumprimento futuro, como já vimos:
“derramarei o meu Espírito”. E esse avivamento atingirá a igreja, em geral, e
as suas instituições. “Aviva, ó Senhor , a tua obra!”
Pneumatologia
— a Doutrina do Espírito Santo
ANTONIO
GILBERTO
O Poder do Espírito Santo
Tratado
escrito por
J.C.Ryle
LEITOR,
Há
esperança no Evangelho a qualquer homem, enquanto ele viver.
Há
infinita boa vontade em Cristo para perdoar pecados. Há infinito
poder
no Espírito Santo para transformar corações.
Existem
muitas doenças do corpo que são incuráveis. Os doutores
mais
sábios não podem curá-las. Mas, graças a Deus! Não existem
doenças
incuráveis da alma. Todas as espécies e quantidades de pecados podem ser
lavados por Cristo. O mais difícil e perverso dos corações pode ser mudado.
Leitor,
eu digo novamente, enquanto há vida, há esperança. O mais
velho,
mais vil, o pior dos pecadores pode ser salvo. Apenas deixe-o vir
a
Cristo, confessar seus pecados, e clamar por perdão – apenas deixeo lançar sua
alma em Cristo, e ele será curado. O Espírito Santo será
enviado
ao seu coração, conforme a promessa de Cristo, e ele será
transformado
pelo seu grandioso poder, em uma nova criatura.
Eu
nunca me preocupo com qualquer que se torne um cristão, o que
quer
que esta pessoa tenha sido em tempos passados. Eu sei quão
grandiosa
é a mudança da morte para a vida; Eu sei que montanhas
de
divisão parecem ficar entre alguns homens e o Céu; Eu sei das dificuldades, dos
prejuízos, da pecaminosidade desesperadora do coração
natural;
mas eu lembro que Deus o Pai fez este glorioso mundo do nada. Eu lembro da voz
do Senhor Jesus que pôde alcançar Lázaro
quando
este tinha quatro dias de morto, e o chamou de volta, mesmo
da
sepultura; Eu lembro das incríveis que o Espírito de Deus venceu
em
cada nação debaixo do Céu; Eu me lembro disso tudo e sinto que
nunca
devo me desesperar. Sim! Estas mesmas pessoas que agora parecem mais
completamente mortas em pecados, podem ainda ser tornadas nova criatura e andar
diante de Deus em novidade de vida.
Por
que não deveria ser assim? O Espírito Santo é um Espírito poderoso,
misericordioso e amoroso. Ele não se volta de ninguém por causa de sua vileza.
Ele não deixa de visitar porque seus pecados são preto e escarlate.
Não
havia nada nos coríntios para que ele viesse e os vivificasse. Paulo
relata
que eles eram, “fornicadores, idólatras, adúlteros, efeminados,
ladrões,
cobiçosos, beberrões, maldizentes, roubadores.” “Tais como”,
ele
diz, “eram alguns de vocês.” No entanto, mesmo a eles o Espírito
vivificou.
“Fostes lavados,” ele escreve, “fostes santificados, fostes justificados, no
nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.” (1
Co,
6.9-11)
Não
havia nada nos colossenses para que Ele visitasse seus corações.
Paulo
nos fala que eles andavam em “fornicação, impureza, afeiçoes
desordenadas,
concupiscências malignas e avareza que é idolatria.”
No
entanto, a eles também o Espírito vivificou. Ele os fez, “despir-se
do
velho homem e seus feitos, e vestir-se do novo homem que é renovado em
conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.” (Cl
3.5-10).
Não
havia nada em Maria Madalena para que o Espírito devesse tornar viva sua alma.
Ela esteve possuída por 07 demônios. Tempo houve, se o relato é verdadeiro, que
ela foi uma mulher proverbial para a
vileza
e iniquidade. No entanto, mesmo ela o Espírito fez uma nova
criatura,
- separou-a de seus pecados – trouxe-a a Cristo – a fez a última na cruz e a
primeira na tumba.
Nunca,
nunca o Espírito Santo se volta de uma alma por causa de sua
corrupção.
Ele nunca fez isso; Ele nunca fará. É Sua glória que ele
tem
purificado a mente dos mais impuros, e feito deles templos para
sua
própria morada. Ele pode ainda pegar o pior dos que leram este
folheto
e fazer dele um receptor da Graça.
Por
que não deveria ser assim? O Espírito é um Todo-Poderoso Espírito. Ele pode
mudar um coração de pedra em um coração de carne. Ele
pode
destruir os maus-hábitos mais fortes, como uma estopa (tow) no
fogo.
Ele pode fazer as coisas mais difíceis parecerem fáceis e as mais
poderosas
objeções derreterem como neve na primavera. Ele pode cortar as barras de metal
e arrebentar os portões do prejuízo. Ele pode
encher
cada vale e fazer cada lugar árduo, suave. Ele tem feito isto
regularmente,
e pode fazer novamente.
O
Espírito pode usar um judeu – o mais amargo inimigo da cristandade, o mais
feroz perseguidor dos verdadeiros crentes, o mais forte defensor das noções
farisaicas, o opositor mais prejudicial da Doutrina
Evangélica
– e transformar este homem em um pregador zeloso da
mesma
fé que uma vez ele tentou destruir. Ele já fez isso – Ele fez isso
com
o Apóstolo Paulo.
O
Espírito pode usar um monge católico romano, criado no meio da
superstição
romana - treinado desde sua infância para crer na falsa
doutrina,
e obedecer o Papa – mergulhado com seus olhos no erro – e
fazer
deste homem o mais claro defensor da justificação pela fé que o
mundo
já viu; Ele já fez isso – Ele fez com Martinho Lutero.
O
Espírito pode usar um funileiro inglês, sem estudo, patronagem ou
dinheiro,
- um homem uma vez conhecido por nada menos que blasfemar e praguejar, - e
fazer este homem escrever um livro religioso, o
qual
permanece sem rival e inigualado em seu modo, por qualquer um
desde
o tempo dos Apóstolos. Ele já fez isto – Ele fez com John Bunyan, o autor de “O
Peregrino.”
O
Espírito pode usar um marinheiro, afundado em mundanismo e pecado – um
depravado capitão de um navio negreiro, - e fazer deste
homem
um dos mais bem-sucedidos ministros do Evangelho; um escritor de cartas que são
o celeiro da religião experimental; e de hinos
que
são conhecidos e cantados em qualquer lugar onde a língua inglesa é falada. Ele
já fez isto. Ele fez com John Newton.
Tudo
isto o Espírito tem feito, e muito mais, do qual eu não posso falar em
particular. E o braço do Espírito não está encolhido; Seu poder
não
está deteriorado. Ele é como o Senhor Jesus – o mesmo ontem,
hoje
e para sempre. Ele ainda faz maravilhas e fará até o fim dos tempos.
Eu
não ficarei surpreso em ouvir, mesmo nesta vida, que o homem
mais
severo que eu conheço, tenha se tornado quebrantado, e o mais
orgulhoso,
tenha tomado lugar aos pés de Jesus como uma criança.
Eu
não ficarei surpreso de encontrar muitos à mão direita no dia do
Juízo,
os quais eu deixei, quando morrer, viajando pelo caminho largo.
Eu
nunca me desespero porque eu creio no poder do Espírito Santo.
Nós,
ministros, podemos bem nos desesperar, mas ao olharmos nosso
próprio
desempenho. Estamos frequentemente doentes de nós mesmos. Podemos nos
desesperar quando olhamos para algumas pessoas
que
pertencem as nossas congregações; parecem tão duras e insensíveis quanto uma
pedra de moinho. Mas nos lembramos do Espírito
Santo
e do que Ele já fez. Nos lembramos do Espírito Santo e refletimos que Ele não
mudou. Ele pode descer como fogo e derreter os mais
duros
corações; Ele pode converter os piores homens ou mulheres entre nossos
ouvintes, moldar todo seu caráter em uma nova forma. E
assim
nós pregamos. Temos esperança por causa do Espírito Santo.
Oh,
que nossos corações possam entender que o progresso da verdadeira religião
depende não de nossa força ou poder, mas do Espírito
do
Senhor! Oh que muitos deles possa aprender a depender menos de
seus
ministros e a orar mais pelo Espírito Santo! Oh, que todos possamos aprender a
esperar menos de escolas, folhetos e aparatos eclesiásticos, e, ao mesmo tempo
usando todos os meios diligentemente,
buscarmos
mais intensamente um derramamento do Espírito.
Leitor,
você se sente menor se aproximando de Deus? A menor inquietação sobre sua alma
imortal? Sua consciência lhe diz neste dia, que
você
ainda não sentiu o poder do Espírito, e que você quer saber o que
é
isso? Ouça, e eu lhe direi.
Por
um lado, você deve ir imediatamente ao Senhor Jesus Cristo em
oração,
e rogar-Lhe que tenha misericórdia de você, e lhe envie o Espírito. Você deve
ir diretamente aquela fonte de águas vivas, o Senhor
Jesus
Cristo, e receberá o Espírito Santo (João, 6.39). Comece imediatamente à orar
pelo Espírito Santo. Não pense que está emudecido e
sem
esperança: O Espírito Santo é prometido aos que lhe pedirem.
Seu
nome é Espírito da Promessa e Espírito de Vida. Não Lhe dê descanso até que Ele
venha e lhe faça um novo coração. Clamai vigorosamente ao Senhor – dize-Lhe,
“Abençoa-me, mesmo também a mim:
vivifica-me,
e faze-me vivo.”
De
minha parte, eu não ouso enviar almas ansiosas a ninguém senão
a
Cristo. Eu não apoio aqueles que dizem aos homens para orar para
o
Espírito Santo em primeiro lugar, a fim de que eles possam ir a Cristo em
segundo lugar. Eu não vejo fundamento nas Escrituras para
dizer
isto. Eu vejo somente que se os homens se sentem necessitados,
pecadores
perecendo, eles devem se aplicar, em primeiro lugar e principalmente, direta e
unicamente à Jesus Cristo. Eu vejo que Ele mesmo diz, “Se alguém tem sede,
venha a Mim e beba” (João 7.37). Eu sei
que
está escrito “recebeste dons dentre os homens, e até dentre os rebeldes, para
que o Senhor Deus habitasse entre eles” (Salmos 68.18).
Eu
sei que é seu ofício especial batizar com o Espírito Santo, e que
“Nele
habita toda plenitude.” Não ouso tentar ser mais sistemático que
a
Bíblia. Eu creio que Cristo é o ponto de encontro entre Deus e a alma: e meu
primeiro conselho a qualquer um que queira o Espírito,
deve
sempre ser, “vá a Jesus, e conte suas necessidades a Ele.”
Por
outro lado, se você ainda não sentiu o poder conversor do Espírito,
você
precisa ser diligente em observar os meios de graça através do
qual
o Espírito opera. Você deve ouvir regularmente a Palavra que é
Sua
espada; você deve habitualmente comparecer aquelas assembleias onde Sua
presença é prometida; você deve, em suma, ser encontrado no caminho do
Espírito, se você quer que o Espírito lhe faça bem.
O
cego Bartimeu jamais teria recebido a visão, se tivesse ficado sentado
preguiçosamente em casa, e não tivesse saído afora, para se sentar
a
beira do caminho. Zaqueu poderia nunca ter visto Jesus, e se tornado um filho
de Abraão, se ele não tivesse corrido adiante e subido no
pé
de sicômoro. O Espírito é um Espírito amoroso e bom. Mas aquele
que
despreza os meios de graça, resiste ao Espírito Santo.
Leitor,
lembre-se destas duas coisas. Eu creio firmemente que nenhum homem jamais agiu
com honestidade e perseverança nestes
dois
conselhos, que não, mais cedo ou mais tarde, tem o Espírito, e
descobre,
por experiência própria que Ele é “poderoso pra salvar”.
FONTE
Traduzido
de
Capítulo 5
OS CRENTES E O ESPÍRITO SANTO
Ninguém
pode ser salvo sem receber o poder da Palavra de Deus e do Espírito Santo.
Depois que a pessoa é salva, para levar vida de fé vitoriosa, e
para ter crescimento
espiritual, terá de
buscar o conhecimento da
Palavra. Neste ministério, precisa contar com a ajudado Espírito.
Muitos
crentes acreditam que a salvação vem, quando a pessoa é nascida de novo ao
receber o evangelho pregado pelo poder do Espírito Santo. Depois tentam continuar a vida de fé
por seu próprio esforço humano. Sofrem verdadeira
agonia — pois o bem que querem fazer, não conseguem, mas o mal que não querem,
este fazem. No final suspiram e clamam como Paulo: "Miserável homem que eu
sou! quem me livrará do corpo desta morte?", (Romanos 7:24).
Nosso
Senhor prometeu muitas vezes que mandaria o Consolador aos crentes, "para
que esteja convosco para sempre" (João 14:16). O"Espírito ajuda as
nossas fraquezas" (Romanos 8:26). Assim como Jesus prometeu, sete semanas
depois da sua ressurreição, enviou-o para esta terra.De que maneira ele cuida dos crentes que nasceram
de novo mediante a palavra e o Espírito?
Trazendo Santidade e Ajuda às
Nossas Fraquezas
"Da
mesma maneira também o Espírito ajuda nossas fraquezas.Não sabemos o que
havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com
gemidos inexprimíveis", (Romanos 8:26).
Todo
crente admitirá que o problema do pecado o confronta de maneira angustiante,
depois que ele aceita o Senhor Jesus. Em tempos passados quando
éramos incrédulos, "todos
nós também antes andávamos nos desejos de nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos. E éramos por natureza filhos da
ira, como também os demais",
(Efésios 2:3). Então
não nos sentíamos
culpados, embora vivêssemos em
pecado. Por quê? Porque a alma estava morta perante Deus. Mas
quando recebemos vida
eterna, o pecado
torna-se um problema para nós.
Começamos
então com indagações: Será que não posso evitar
repetidas
quedas no pecado, mesmo depois de estar salvo? Não tenho
poder
de vencer o pecado?
Romanos
7 e 8 cuida destas questões. Romanos 6 nos ensina a
transformação fundamental
que ocorre quando
uma pessoa crê
em
Jesus
Cristo:
"Ou não
sabeis que todos
quantos fomos batizados
em Cristo
Jesus
fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados
com
ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo ressurgiu dentre
os
mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade
de
vida. Se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua
morte,
também o seremos na da sua ressurreição. Pois sabemos isto,
que
o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do
pecado
seja desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado; porque
aquele
que está morto está justificado do pecado. Ora, seja morremos
com
Cristo, cremos que também com ele viveremos", (Romanos 6:3-8).
Quão maravilhosa
e abençoada informação
é esta! E
ainda
perguntam: Que
farei para experimentar esta
bênção? A resposta
é
simples. Todos
nós cremos e
sabemos que recebemos
salvação e
remissão
de pecados pela graça de Deus.
E o
que significa esta
graça? Graça quer
dizer que Deus
em
pessoa
age por nós. Se tentarmos nos salvar ou ajudar Deus a nos
salvar,
isso não será graça. Graça quer dizer que nós recebemos pela fé
o
que Deus preparou para nós.
A
pessoa que aceitou a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, é
totalmente diferente
daquela que aceitou
apenas o padrão
moral do
cristianismo
ou seus ritos religiosos. Através de Cristo o velho homem foi
crucificado, morto.
O homem perseguido,
proscrito e caído,
filho do
primeiro
Adão, foi destruído. Com Cristo, nosso último Adão, o homem
surgiu
como nova pessoa para nova vida.
Esta
verdade não termina numa teoria. Tão certo como nasci neste
mundo
na mesma condição do primeiro Adão, assim Jesus, o Filho de
Deus,
foi encarnado neste mundo onde viveu por trinta e três anos. E
como ele
foi crucificado, eu
também fui crucificado
e sepultado.
Ressuscitei uma
nova criatura pelo
poder da ressurreição de
Cristo.
Todos
os que crêem em Jesus Cristo passam por esta experiência.
A
Bíblia também nos ordena a mudar nossa atitude e o nosso
pensar:
"Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado,
mas
vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor", (Romanos 6:11).
Nós
temos de crer que "se alguém está em Cristo, nova criatura é", (2
Coríntios
5:17).
Podemos
imaginar porque Paulo em Romanos 7 ainda sofria com
o
pecado, apesar de no capítulo 6 já ter morrido através de Cristo. Paulo sabia
que fora sepultado e ressurgira num homem novo e justo.
A
razão é simples. Depois que o velho homem morreu e um novo
homem
ressurgiu, este homem tornou-se dependente do poder e mérito
de
Cristo. Mas, por não entender bem seu estado de regeneração, caiu
de
novo em servidão.
Muitos crentes
não sabem que,
do mesmo modo
que não
tínhamos
poder para fazer o que era reto quando estávamos em pecado,
assim
também, depois de nascer de novo, não temos poder em nós
mesmos
para atingir a justiça e santidade. Quando começamos a crer
que podemos
ser justos e
santos por nosso
próprio esforço,
experimentamos
a amarga taça da derrota.
Os descendentes de
Adão continuaram presos
à idéia de
que
poderiam
decidir tudo por eles mesmos. Mas na realidade serviam ao
diabo
como seus escravos, e foram arrastados para a ruína. Cegos, não
conseguem
sair de sua decepção, nem colocar toda sua confiança em
Deus.
Convencidos de que podem conquistar salvação e santidade por
eles mesmos,
desiludem-se porque com
certeza não conseguem
controlar
seus impulsos pecaminosos.
Eu
posso ver o crente de Romanos 7 travando batalha sangrenta
contra
poderes desiguais, a fim de conseguir viver uma vida de retidão e
santidade,
tentando guardar a lei mas sendo derrotado pelo sutil demônio
do
ego.
Ele
está tão centralizado em si mesmo que usa a palavra "eu"
quarenta
vezes naquele capítulo. Que pessoa orgulhosa! Mas no final a
Palavra de
Deus nos mostra
profunda realidade: ninguém
tem
capacidade
de vencer o pecado
por si mesmo. O
escritor afinal diz:
"Miserável
homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?",
(Romanos
7:24).
A
resposta para esta questão é simples, embora só seja apreen-
dida
depois que passamos por duras
provas. Como a salvação vem
somente
pelo mérito do Senhor, então a vida de justiça e santidade só
será
conseguida quando descansarmos por inteiro no poder do Senhor
ressurreto
que habita em nós.
Em
Romanos 8, o apóstolo apresenta a resposta para sua própria
pergunta:
"Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão
em
Cristo Jesus, que não
andam segundo a carne,
mas segundo o
Espírito,
porque a lei do espírito de vida, em Cristo Jesus, livrou-me da lei
do
pecado e da morte", (Romanos 8:1-2).
Paulo
está dizendo que a vitória pertence àqueles que não estão
lutando
na esfera de seu próprio esforço. Nós, os que temos recebido
nova
vida em Cristo — foi ele que venceu o pecado, a morte, o diabo e a
maldição
— devemos ser totalmente dependentes do Senhor Jesus que
é vida,
justiça e santidade.
E quando nos
revestimos destajustiça e
santidade
de Cristo, a "lei do espírito de vida" que é revelada e dada
através
de Jesus, liberta-nos da "lei do pecado e da morte", de maneira
definitiva
Quando nascemos de novo, nossa direção e propósito de vida
mudam.
A Bíblia diz: "Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu
para
o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus", (Romanos 6:10).
Devemos
ter sempre em mente que a vida de Cristo não é vida
egocêntrica.
Sem dúvida, do começo ao fim é vida vivida "para Deus".
Lembremo-nos
que Adão escolheu viver para si mesmo. Como resultado,
tornou-se
um servo do diabo, a personificação do orgulho.
A razão
pela qual cristãos
nascidos de novo
ainda caem nas
malhas
de Satanás é que insistem em continuar vivendo para si mesmos,
em
vez de viverem para Deus.
Enquanto
permanecermos neste erro, não poderemos escapar da
luxúria
e pecado. Entretanto, quando nossa primeira prioridade é agradar
a Deus
em todas as
coisas, e fazer
a sua vontade
— quando
entendemos
pela Palavra de Deus que somos novas criaturas, "vivos
para
Deus em Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 6:11) — o Espírito
Santo nos
capacita a produzir
abundantemente o fruto
da justiça e
santidade.
Santidade quer
dizer afastar-se do
pecado e aliar-se
a Deus.
Quando nos
afastamos de algo,
vamos para perto
de outra coisa
qualquer; se
nos afastamos do
pecado, não devemos
servir a nós
mesmos,
mas servir a Deus de modo total.
Enquanto
passamos por este processo, o egoísmo de depender de
nosso
próprio esforço e viver para nós mesmos é quebrado pouco a
pouco.
Quando uma pessoa depende do poder do Cristo ressurreto, e
vive
para agradar e servir a Deus,
o Espírito de santidade de Deus
enche-a com
profunda graça de
santidade, fazendo-a crescer
espiritualmente
diante de Deus.
Deus
vem até nosso coração através do Espírito Santo, e pela
atuação
de sua graça em nós, o
próprio Deus nos liberta
da lei do
pecado
e da morte, e nos capacita a aceitar a lei de Deus. Deus não só
nos dá
a lei, mas
nos reveste de
poder divino para
que possamos
guardá-la
por intermédio da presença do Espírito Santo em nós. Aí está a
graça!
Por
esta razão o
apóstolo Paulo diz,
em Gaiatas 2:20:
"Estou
crucificado
com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim."
Agora
não sou eu quem vive. Cristo que está em mim vive, crê e
age
por mim através do Espírito Santo. Sabendo este preceito, apenas
confio
que ele está transformando meu coração dia após dia. Eis o que
Deus
faz por nós e esta é a essência do Evangelho!
Nós
não podemos continuar usando esta desculpa: "Na verdade o
espírito
está pronto, mas a carne é fraca" (Mateus 26:41).
Não
nos é suficiente reconhecer o Espírito Santo e crer nele; mas
importa
na verdade que o recebamos e permitamos que ele nos dê sua
plenitude,
de maneira que nós automaticamente aceitemos a lei de Deus
—
não por compulsão exterior, mas pelo
poder do Espírito Santo no
íntimo
do nosso ser. Não é que apenas estejamos com o Espírito Santo, mas ele está
incorporado em nós. Ajuda-nos em nossos problemas e
vive
vida de fé através de nós. Como é grandiosa esta verdade!
Ensinando a Crentes
Assim como
a criança precisa
receber ensinamento espiritual,
moral
e intelectual para crescer e tornar-se um adulto responsável, o
cristão
nascido de novo também deve ser doutrinado para crescer na fé.
Deverá
desenvolver-se à semelhança de Cristo; e a única pessoa que
tem o
ministério de ensinar
crentes é o
Espírito Santo: "(O
Espírito
Santo)
vos ensinará todas as coisas", (João 14:26).
Nossa tendência
é limitar este
ensino ao conhecimento de
doutrinas. Porém,
o Espírito Santo
educa de modo
completo a
personalidade
de um crente.
Antes
de entrarmos para o mundo da fé, toda nossa educação é
recebida
através dos sentidos. Depois que a pessoa nasce de novo, o
Espírito
Santo cumpre sua função transmitindo uma educação revelada
através
da Palavra de Deus.
Os
ensinamentos ministrados pelo Espírito
Santo levam-nos ao
ponto
básico do que deve ser aprendido. O Espírito Santo ensina crentes
a
seguirem a Cristo. Ele nos capacita a servir ao Senhor do céu e da
terra.
Dá direção para fazer aquilo que agrada ao Pai celeste. Esta é
nossa
mais alta prioridade, nisto consiste o verdadeiro valor da dádiva da
vida. É
fazendo a vontade
do Pai que
podemos encontrar nossa
verdadeira
identidade, fé eterna, esperança e amor.
Os ensinos
espirituais do Espírito
Santo progridem de
forma
natural
em todos os campos da vontade humana, dos sentimentos e da
inteligência.
Através de nossa vontade e emoções, o Espírito Santo dirigi-
nos
para sermos semelhantes a Cristo. Mediante nosso intelecto, leva-
nos
a compreender os sentidos mais profundos da Palavra de Deus.
Jesus era
ao mesmo tempo
Deus perfeito e
homem perfeito.
Entretanto, sua
natureza divina já
possuía beleza perfeita,
mas sua
natureza
humana necessitava de crescimento. A Bíblia afirma isto: "E
crescia
Jesus em sabedoria, em estatura e em graça para com Deus e
os
homens" (Lucas 2:52). E em Hebreus lemos: "O qual, nos dias da sua
carne, tendo
oferecido, com grande
clamor e lágrimas,
orações e
súplicas
ao que o podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da
sua piedade,
embora sendo Filho,
aprendeu a obediência
por meio
daquilo
que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, veio a ser o autor da
eterna
salvação para todos os que lhe obedecem" (Hebreus 5:7-9).
Como
assinala esta passagem, até a natureza humana de Jesus
aprendia a
obediência e aperfeiçoava-se mediante
problemas e
sofrimentos,
de acordo com a vontade de Deus. Assim, do mesmo modo
nós cristãos
devemos receber os
ensinamentos dados pelo
Espírito
Santo,
devemos crescer e aprender dele sobre a vida espiritual.
O
ensino do Espírito Santo aos crentes pode ser dividido em dois
métodos:
mediante a Palavra de Deus, e mediante experiências da vida
Antes
de Jesus deixar este mundo, prometeu repetidas vezes que
o
Espírito Santo viria para ensinar toda a verdade e capacitar o crente a
entender
e a viver este ensinamento (João 16:12-14). Estas promessas
do Senhor
foram cumpridas na
vida dos discípulos,
depois do
Pentecoste.
Até
ali, os discípulos não compreendiam as verdades profundas
dos
ensinamentos de Jesus. Depois de sua crucificação e ressurreição, a
perplexidade
deles era indescritível; sentiam-se perdidos, sem rumo. Mas
depois
que receberam o Espírito Santo, por ocasião do Pentecoste, suas
vidas
transformaram-se de modo completo. Eles não só se lembravam
dos ensinos de
Jesus concernentes ao Espírito Santo como também
entenderam
o sentido profundo da
Palavra de Deus. Assimilaram
as
verdades
aplicando-as no crescimento de suas próprias vidas.
E assim
acontece conosco. Embora
tentemos estudar e
com-
preender
a Palavra de Deus, se não nos enchermos do Espírito Santo,
que em
contrapartida nos dá
maior desejo de
aprender, só
apreenderemos um
amontoado de palavras
cujo sentido não
nos
alcança.
Continuaremos confusos, seguindo vida infrutífera, faltando-nos
gratidão profunda
pela glória de
Deus, e esta
só pode ser
obtida
mediante
obediência fiel e serviço a Deus.
Não
podemos alcançar nosso pleno potencial em Cristo, a menos
que
o Espírito Santo nos conduza a beber o verdadeiro leite e mel da
Palavra
que é espírito e vida. A razão humana não pode entender a
Palavra.
Entendimento completo só pode vir através da revelação do
Espírito
Santo.
O Espírito
Santo também nos
ensina através de
problemas e
experiências
do dia a dia. Aprendemos a desejar a vontade de Deus e
seguir
o exemplo de Cristo. As provas e disciplinas capacitam-nos a
reinvidicar a
verdade como nossa
possessão, e permitem
encontrar
profundo
entendimento da Palavra.
Não
devemos deixar de viver os ensinamentos do Espírito Santo,
que recebemos
através das provas
e experiências da
vida real, ou
através
da Palavra de Deus.
Nascer
de novo e ser cheio do Espírito Santo compara-se a entrar
para
a "escola" dele. Nesta escola, não há feriado nem férias. Em todas
as
situações da vida, o Espírito Santo apresenta Cristo como modelo.
Leva-nos
a imitar sua vida e participar dela. Muitas vezes durante o dia, o
Espírito
Santo fala-nos por intermédio da Palavra ou de uma experiência,
porque
nesta escola sempre estamos em aula.
A
Bíblia diz que quando Jesus saiu das águas do batismo, os céus
se
abriram e o Espírito Santo desceu sobre ele na forma de uma pomba.
Então,
depois que Jesus voltou do rio Jordão, cheio do Espírito Santo, foi
levado
por ele ao deserto para lá permanecer por quarenta dias (Lucas
3:22;
4:1-2), onde foi tentado.
É
claro que o Espírito Santo não levaria Jesus para ser tentado
com a
finalidade de destruí-lo.
Esta tentação do
diabo serviria para
disciplinar
Jesus.
De
igual modo, o Espírito Santo está conosco e nos ensina em
ambas
as situações: sentimos a
maravilhosa graça e amor
de Deus
também
quando nos sentimos abandonados num deserto. Ele educa-nos
de tal
maneira que nossa
fé — centrada
em Deus, dependente
da
Palavra,
do amor e da esperança do céu — possa crescer.
Em
circunstância alguma os crentes que entram para a escola do
Espírito
Santo devem sentir-se desanimados ou determinados a voltar
atrás.
A Bíblia nos encoraja dizendo: "Meus irmãos, tende por motivo de
grande
gozo o passardes por provações, sabendo que a prova da vossa
fé
desenvolve a perseverança. Ora, a perseverança deve terminar a sua
obra,
para que sejais maduros e completos, não tendo falta de coisa
alguma"
(Tiago 1:2^4).
Portanto
— se nós vivermos sempre uma vida agradável a Deus e
centrada nele,
se nós dependermos
sempre do Senhor
Jesus — o
Espírito
Santo, que veio para nos ensinar, fará com que cresçamos de tal
modo
que não ficará nenhuma falha no conhecimento da Palavra, nem
em
nossa fé.
Guiando Crentes
"Porque
todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos
de
Deus", (Romanos 8:14).
O
Pai celeste enviou seu Espírito para guiar crentes que nasceram
de novo,
ao longo do
caminho espiritual. Os
filhos de Deus
têm-se
tornado
pessoas que pertencem ao mundo espiritual por causa de sua
regeneração, muito
embora vivam ainda
no mundo físico,
num
tabernáculo
de carne. Como alguém pode viver, dia após dia, como um
filho
da luz neste mundo de trevas?
É
um problema difícil que não pode ser solucionado por esforço
humano.
Porém, o Espírito Santo de Deus resolve este problema, e guia
os
crentes para uma vida vitoriosa.
Como
acontece este processo? Grande problema que os crentes
enfrentam hoje,
refere-se à liderança.
O Espírito Santo
é quem os
comanda
ou eles se auto dirigem?
Quando
crentes consultam-me sobre problemas de fé, ou quando
solicitam
oração, sempre procuro olhar bem
dentro de seus olhos, e
muitas vezes
descubro que não
estão buscando ajuda
de maneira
efetiva.
Eles já monopolizaram a liderança de suas vidas. Fizeram seus
próprios
planos e tomaram suas decisões, depois pedem ao
Espírito
Santo
que desça e abençoe o projeto. Este tipo de crente não permite
ser
guiado pelo Espírito Santo, eles mesmos são seus guias.
Para
sermos dirigidos pelo Espírito Santo, necessitamos entender
o relacionamento entre
o Espírito Santo
e nós mesmos.
O pecado
fundamental
do homem, cometido contra Deus, foi menosprezar a ordem
cósmica
e usurpar o lugar de Deus. O homem serve e ama a si mesmo,
vivendo
de maneira orgulhosa. Não só recusa-se a reconhecer a Deus como também
rebela-se contra ele e o abandona.
Existem
muitas pessoas que creram no Senhor Jesus e nasceram
de
novo, mas continuam cheias desta raiz do maligno que é o orgulho.
Elas tentam
tirar vantagem de
Deus e tentam
usá-lo quando têm
necessidade
— como se ele estivesse ali para um único propósito, o de
abençoá-las.
Nunca poderemos
nos comunicar de modo
satisfatório com o
Espírito
Santo se não compreendermos seu objetivo no mundo e em
nossas
vidas. Se quisermos ser guiados por Deus, de forma maravilhosa,
não
devemos apenas crer em Jesus e receber a remissão de pecados,
devemos também
permitir que o
Espírito Santo corte
fora,
definitivamente,
as raízes de orgulho. Então, devemos curvar-nos diante
do trono,
em rendição completa
a Deus sem
qualquer condição ou
reserva
(alma, mente, corpo, vida — presente, passado e futuro).
Devemos
permitir que o Espírito Santo seja livre para agir através
de
nós com a finalidade de agradar a Deus e não a nós mesmos — tudo
para
o propósito de Deus e não para o nosso. Não havendo drástica
transformação, a
liderança maravilhosa que
o Espírito Santo
pode
proporcionar em
todas as áreas
de nossa vida,
só se dará
ocasionalmente.
Crentes devem
entender que o
Criador colocou determinada
ordem
no Universo. Por quê nós, criaturas, procuramos tirar vantagem do
Criador
tentando ser iguais a ele, e exaltando-nos a nós mesmos? Este
orgulho
é pecado. Acarreta tristeza e maldição.
Quando
chegarmos diante da presença de Deus, nunca deveremos tentar fazer com que Deus
desça ao nosso nível. Para Deus, esse
orgulho
cheira como carne em putrefação. Através de Cristo, Deus toma
o
controle de nossas vidas; pelo poder do Espírito Santo,
purifica e
quebra
nosso orgulho e então completa sua obra em nós.
Este
é o segredo de ser guiado pelo Espírito. A declaração de fé
do
apóstolo Paulo: "já não vivo, mas Cristo vive em mim" (Gaiatas 2:20)
é a
base de vida
para crentes sinceros
e verdadeiros. Quando
esperamos
em Deus e o servimos como servos prostrados diante do
Mestre,
ele não nos guia de forma superficial; apossa-se e vive em nós.
Dessa
maneira, podemos na verdade descansar, ter alegria, firme crença
e
vida de esperança. Quando sabemos que Deus, por meio do Espírito
Santo,
governa e dirige todas as áreas de nossa vida, podemos cantar
jubilosos
mesmo quando nossos dias surjam como noites tenebrosas.
O
Espírito Santo que veio para nós, trabalha para transformar
nossa
vida desta maneira. Quando nos rendemos a ele de forma
natural,
nos tornamos gloriosos filhos de Deus "guiados pelo Espírito de
Deus,"
como descrito em Romanos 8:14. Além do mais, todos os filhos e
filhas
estão qualificados e capacitados a serem guiados pelo Espírito de
Deus.
Louvado seja seu nome!
Consolando Crentes
Você
já se sentiu dilacerado pelos anseios da vida? E quando
pensava
que iria fracassar, ouvia palavras ternas de conforto e ânimo
dos
pais queridos, da família ou amigos chegados, certo? Consolo é
como
óleo derramado sobre feridas, dá uma coragem renovada.
Contudo,
há limite para o conforto humano. Existem abismos de
desespero
que o conforto humano não pode alcançar; há horas quando
só
Deus nos pode valer.
Antes
de Jesus deixar este mundo, prometeu aos discípulos tristes
e
desesperançados:
"Não
vos
deixarei
órfãos,
virei
para
vós"
(João
14:18).
Enquanto
Jesus
estava
com
eles,
ele
não
era
só
o
infalível
Senhor;
ele era um Consolador que cuidava deles. Jesus os provia de
alimento,
os curava e guardava dos ataques do inimigo. Mas quando
Jesus
deixou-os,
sentiram-se
como
órfãos
inconsoláveis.
Eles
não
entenderam
a promessa de Jesus: "Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará
outro
Consolador, para que esteja convosco para sempre", (João 14:16).
É
nesta passagem que o Espírito Santo é chamado de Consolador. No
dia
de
Pentecoste,
os
discípulos
foram
todos
cheios
com
o
Espírito
Santo,
e começaram a falar outras línguas, à medida que o Espírito lhes
dava
o dom da palavra. Depois dessa maravilhosa experiência, seus
corações
se encheram de conforto, paz e coragem. O Espírito Santo, o
Consolador,
estava dentro deles.
Daquele
dia em diante, não conheceram mais solidão nem tristeza,
tampouco
opressões emocionais ou desespero, apesar de terem sido
caluniados,
espancados e postos em prisão. O Espírito Santo estava lá,
suprindo-os
com
o
infinito
conforto
de
Deus.
Podiam
louvar
a
Deus
mesmo
em aflição e tribulação.
Como
poderia Estevão, o primeiro mártir do cristianismo, possuir
tanta
calma a ponto de abençoar os que o apedrejavam em vez de os
amaldiçoar?
Era porque o coração de Estevão estava cheio de conforto.
Como
poderiam
Paulo
e
Silas
na
prisão
de
Filipos
—
espancados,
famintos
e acorrentados — louvar a Deus no meio da noite? Porque seus
corações
transbordavam com a consolação do Espírito Santo.
Lembram-se
do
restante
desta
história?
Deus
respondeu
aos
louvores
e orações de Paulo e Silas, provocando
um
terremoto
que
abalou
os
alicerces
da
prisão;
todas
as
portas
foram
abertas.
As
correntes
que prendiam Paulo e Silas soltaram-se, e eles foram libertos.
Pela
manhã, a família do carcereiro foi salva. O Espírito Santo veio e deu
conforto
profundo às almas dilaceradas, feridas e sofridas.
O
apóstolo Paulo escreveu aos corintos a respeito do conforto,
mediante
o poder do Espírito Santo: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso
Senhor
Jesus
Cristo,
o
Pai
das
misericórdias
e
Deus
de
toda
a
consolação,
que
nos
consola
em
toda
a
nossa
tribulação,
para
que
também
possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com
a
consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Pois
como
as aflições de Cristo transbordam para conosco, assim também a
nossa
consolação transborda por meio de Cristo" (2 Coríntios 1:3-5) O conforto
vindo
de
Deus
através
do
Espírito
Santo
permite
superar
tribulações e provações.
Na
primeira
igreja
que
fundei,
havia
uma
senhora
idosa
que
enviuvara
quando
ainda
jovem.
Com
muito
sacrifício
e
sofrimento
conseguiu
criar uma filha. Quando esta casou-se, a mãe foi morar com
ela
para tomar conta da casa. Com o nascimento de uma criança, o
coração
da
filha
ficou
debilitado.
Aquela
mãe
orou
com
fé
a
Deus
pedindo
a cura de sua filha. A viúva teve a experiência da plenitude do
Espírito
Santo, mas a filha morreu.
Parecia
que
o
mundo
daquela
mãe
desabara.
Pela
filha
ela
sacrificara
seus próprios anseios de vida, e agora a filha partira. Que
palavras
poderiam confortar esta mulher no profundo de seu desespero?
Quando
o corpo sem vida de sua filha era velado em casa, como é
o
costume na Coréia, fui chamado para dirigir o ofício fúnebre. Quando
entrei
ali, senti que havia algo diferente.
Antes, a mãe
estivera
inconsolável,
agora o rosto daquela anciã estava radiante
e
não
desesperado.
Ela
chegou
até
a
me
confortar,
ao
servo
do
Senhor,
dizendo
que não devíamos ficar preocupados pela morte da filha, pois
esta
fora para sua morada eterna no céu. Assegurou-me que a sua
jovem
filha descansava nos braços de Deus. Ela entoava louvores com
tanto
poder que chegou a dançar jubilosa. Quem poderia ter-lhe dado
este
consolo transbordante?
Só
o Espírito Santo pode curar as feridas do sofrimento, derra-
mando
óleo
sobre elas. O Espírito Santo nos dá o poder para
permanecermos
em
pé
e
marchar
em
frente,
entoando
um
hino
de
triunfo.
Quando
somos cheios com o Espírito Santo e aprendemos a andar
com
ele, o consolo profundo, que o mundo não conhece nem entende,
transborda
em nossas almas. Receberemos novas forças para superar
quaisquer
circunstâncias.
Tornamo-nos
crentes
que
podem
oferecer
alívio
para qualquer pessoa atingida pela aflição.
Confirmando que Somos Filhos
de Deus
"Porque
sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de
seu
Filho, que clama: Aba, Pai" (Gaiatas 4:6).
Ser
pai quer dizer ser o autor da vida de uma criança, e a causa da
existência
desse
ser.
Somente
um
homem
pode
ser
meu pai, neste
sentido
da palavra.
Mas
Deus também é meu Pai na fé — o autor e a causa de meu
novo
nascimento.
Nossa
fé
cristã
não
é
uma
religião
como
muitos
interpretam
de maneira errada. Podemos chamar religião ao nascimento
de
uma criança?
A
fé cristã não é uma religião, mas uma experiência com o Senhor
Jesus
Cristo.
Passei
pela
experiência
do
novo
nascimento,
nasci
de
Deus.
Deus tornou-se meu Pai e eu me tornei seu filho. Todos os passos
de
crescimento que damos na igreja (lições que precedem ao batismo, o batismo em
si, a igreja e seus membros, os ritos) são auxílios externos
para
tornar-nos melhores filhos de Deus; mas isto tudo não é o mesmo
que
ser nascido na família de Deus, pelo poder do Espírito Santo.
Nós
lemos
no
evangelho
de
João:
"Mas,
a
todos
os
que
o
receberam,
àqueles que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de serem
feitos
filhos de Deus — filhos nascidos não do sangue, nem da vontade
da
carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (João 1:12-13).
Como
esta palavra mostra, não podemos tornar-nos filhos de Deus por
nosso
sangue nem pela vontade da carne, nem do homem, por mais que
o
tentemos. Você é nascido como um filho de Deus, apenas quando
nasce
de novo pelo poder do Espírito. Sem a experiência de um coração
lavado,
você não tem autoridade para tornar-se um filho de Deus.
Tiago
1:18
diz:
"Segundo
a
sua
vontade,
ele
nos
gerou
pela
palavra
da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas
criaturas."
Você é nascido de Deus quando recebe sua Palavra pelo
poder
do Espírito Santo.
Jesus
mesmo disse a Nicodemos: "Em verdade, em verdade te
digo
que quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Perguntou-lhe
Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho?
Poderá
voltar ao ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Em
verdade,
em verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do
Espírito,
não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne, é
carne,
mas o que é nascido do Espírito, é espírito" (João 3:3-6).
Nascemos
de Deus como filhos espirituais, mediante sua Palavra
pelo
poder
do
Espírito
Santo,
do
mesmo
modo
como
nascemos
de
nossos
pais carnais, recebendo vida física.
Quando
nascemos de novo, o Espírito Santo nos revela nosso
relacionamento
íntimo com Deus, nosso Pai.
Uma
senhora que conheço contou-me a seguinte
história: Sua
irmã
não tinha filhos, então ela mandou sua própria filha à casa desta
irmã
para ser adotada por ela. Mas a filha não conseguia chamar sua tia
de
"mãe".
Embora
tivesse
havido
grande
tentativa
para
persuadir
a
menina
a pronunciar a palavra "mãe" quando se dirigia
à tia, ela só
conseguia
balbuciar sons inarticulados. Recusando-se a chamar sua tia
de
"mãe", não pôde tornar-se sua filha adotiva.
Este
mesmo
relacionamento
de
parentesco
funciona
na
área
espiritual.
Mediante a palavra e o Espírito Santo, começamos a chamar
Deus
"Aba
Pai",
porque
assim
nos
guia
o
instinto
dentro
de
nosso
coração.
A
Bíblia mostra que o Espírito Santo de Deus está fazendo este
trabalho.
Em Romanos 8:15-16 lemos: "Pois não recebestes o espírito de
escravidão
para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito
de
adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai! O mesmo Espírito testifica
com
o nosso espírito que somos filhos de Deus." Em nossos corações
pela
revelação do Espírito Santo, sabemos que Deus tornou-se nosso
Pai
e nós filhos seus.
Esta
certeza não vem por intermédio de ritos de qualquer igreja,
mas
por intermédio do Espírito Santo, que vem sobre nossos corações e
nos faz esta revelação. Sem a
atuação do Espírito Santo,
só
conseguiremos
ser pessoas religiosas, não filhos verdadeiros de Deus.
Podemos
ser crentes, mas não membros da família de Deus.
Muitas
igrejas, hoje, são frias e não possuem amor fervoroso a
Deus,
porque os membros as freqüentam como meros religiosos — sem
a
fé alicerçada na revelação do Espírito, de que Deus se lhes tornou Pai.
A
verdade penetra em nossos corações, não pela força nem pelo
poder,
mas pela revelação do Espírito Santo quando nascemos de novo,
mediante
o Espírito de Deus.
David (Paul)
yonggi Cho
O espírito santo,
meu companheiro
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