A
|
família nuclear, que é formada por pai, mãe e
filhos, é um a instituição criada
por Deus. Por isso, ela é tão atacada pelas forças do mal. No século XXI, a
Igreja de Jesus Cristo é o alvo predileto do materialismo ateu. Em vão, as
forças diabólicas tentam destruir a Igreja, pois Jesus disse: “Pois também eu
te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as
portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Depois da Igreja, é
a família que está sob ataque sem tréguas das ideologias infames que desejam
destruir essa maravilhosa instituição criada por Deus. Antes de fundar a
Igreja, Deus criou o casamento e, como decorrência deste, instituiu a família.
Em seu plano divino, somente o grupo social que é formado por pai, mãe e filhos
pode ser chamado de família. Essas instituições especiais, frutos da mente do
Criador, têm sido terrivelmente atacadas pelas forças do mal. Os cristãos devem
valorizar a mordomia da família dentro da visão bíblica sobre essa maravilhosa instituição,
que é o núcleo de apoio, cuidado e amor a todos os que vêm ao mundo.
Quando Deus
criou o ser humano, homem e mulher, Ele já tinha em mente a família. O Senhor
fez o primeiro casal e determinou: “Portanto, deixará o varão o seu pai e sua
mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos um a carne” (Gn 2.24). No Salmo
128, encontramos o valor da família no plano de Deus: “Bem-aventurado aquele
que teme ao S e n h o r e anda nos seus caminhos! [...] A tua mulher será como
a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de
oliveira, à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao
Senhor ! ” (SI 128.1,3,4). São promessas de Deus para a família que nEle crê,
que o teme e que o obedece.
Deus disse a
Abraão: “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).
Deus deseja que haja em cada lar um ambiente espiritual que honre e glorifique
o seu nome. O amor de Deus pela humanidade faz com que Ele veja todas as
famílias da terra como alvo de sua bênção, pois todos os homens pertencem a Ele
(SI 24.1). Porém, só podem desfrutar do favor de Deus as famílias que se
sujeitam a obedecer a sua palavra.
Estudar sobre a mordomia da família é de
suma importância para nós, pois, de um a forma ou de outra, nascemos num a
família. Com exceção daqueles que são fruto da marginalidade, cada um vem de um
a família, seja ela pobre ou rica, desconhecida ou famosa, pequena ou grande,
evangélica ou não. A família é a base de nossa vivência. Nascemos e dependemos
dela na maior parte da existência. Isso é plano de Deus. É tão importante
cuidar da família que Paulo considera “pior que o infiel” quem não o faz.
I - A FAMÍLIA NO PLAN O DE DEUS
A família é
um a instituição fundamental para a vida em sociedade e a da Igreja. Quando
Deus resolveu criar o homem à sua “imagem” e conforme a sua “semelhança”, Ele
já tinha em mente a instituição da família. Ao criar o ser humano, na
configuração heterossexual, “m acho” e “fêmea”, o Criador dotou-o da estrutura
psíquica e física para a procriação da espécie humana na face da terra. Ao
concluir que não seria bom o homem (Adão) viver só em seu habitat edênico, Deus
resolveu criar a mulher para vivenciar a experiência da vida terrena (Gn 2.18).
Origem do Casamento. Deus é o Onipotente,
o Onipresente e o Onisciente Criador dos céus e da terra! Para que haveria Ele
de criar o ser humano? Ele já tinha a seu redor e a seu serviço miríades de
seres celestiais, incluindo anjos, arcanjos, serafins, querubins, os quatro
“seres viventes” (gr. zflo), além dos 24 anciãos nas regiões celestiais. Não
temos todas as respostas, mas Deus resolveu criar o homem em sua soberania para
cumprir eternos propósitos para a terra e para o homem, como dominador do
planeta, a quem foi confiado importantes tarefas no cuidado com a terra e seu
meio ambiente.
No entanto, em sua divina percepção, após
criar o primeiro habitante do planeta, Deus concluiu que não seria bom aquele
ser viver sozinho, em meio ao ambiente edênico ou no “jardim de delícias”, como
se traduz a palavra Paraíso. E, para evitar a solidão do primeiro homem, o
Senhor resolveu criar um a “adjutora” ou companheira para estar ao seu lado, na
experiência da vida humana, sobretudo, quando Deus já tinha em mente que o ser
criado desobedeceria suas palavras. Ao criar a mulher de um a das costelas de
Adão, Deus apresentou-lhe sua companheira no Jardim do Eden. “E disse Adão: Esta
é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa,
porquanto do varão foi tom ada” (Gn 2.23). Em Mateus 19.9, lemos a resposta que
Jesus deu aos fariseus acerca do divórcio, afirmando que Deus dissera de modo
evidente e enfático sobre o valor do casamento e da família: “Ele, porém, respondendo,
disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, 0 Criador os fez macho e fêmea e
disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão
dois numa só carne?” (Mt 19.4,5; Gn 2.24 — grifos acrescentados). Aí temos,
clara e inconfundivelmente, a origem do casamento, como instituição criada por
Deus, para cumprir seus divinos propósitos para com o mundo, a família e ao
próprio homem.
Origem da Família. De acordo
com a santa Palavra de Deus, que registra as origens do Universo, dos seres vivos
e do ser humano, a família foi criada e instituída por Deus nos primeiros
momentos da criação da terra. Depois de criar o Universo imenso com sua
grandeza astronômica e depois de criar os céus e a terra, os mares, a vegetação
e os animais terrestres e marítimos, Deus resolveu criar o homem “à sua
imagem”, conforme a sua “semelhança” (Gn 1.26,27). Após criar o primeiro ser
humano “do pó da terra”, Deus, em sua divina percepção, concluiu que não seria
bom que o homem vivesse na solidão. Então, Ele resolveu criar um a companheira
para o homem: “E disse o S e n h o r Deus: Não é bom que o homem esteja só;
far-lhe-ei um a adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18).
Após criar a mulher por um processo
sobrenatural a partir da estrutura física do homem, Deus declarou a instituição
da família quando disse de forma solene, clara e bem objetiva: “Portanto,
deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se־á à sua mulher, e serão ambos
um a carne” (Gn 2.24). A família tem tanta importância diante de Deus que foi
criada antes do Estado e até mesmo da Igreja.
Deus disse a Abrão: “E abençoarei os que
te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas
as famílias da terra” (Gn 12.3). Deus deseja que, em cada lar, haja um ambiente
espiritual que honre e glorifique o seu nome.1 Os materialistas apresentam
outras explicações para a origem da família. Normalmente, escrevem com vistas a
desqualificar a família tradicional ou nuclear, formada de pai, mãe e filhos e
seus descendentes. Karl Marx, o criador do comunismo, defendia a destruição da
família, pois ímpias com quem se uniu, além de ter-se encurvado diante de seus
deuses (1 Rs 11.3,4). Se a poligamia foi tolerada por Deus no Antigo
Testamento, a monogamia é a regra doutrinária no Novo Testamento. Em nenhum momento,
Jesus avalizou outra forma de relacionamento conjugal que não fosse a
monogamia. Paulo, usado pelo Espírito Santo, doutrinou sobre esse tema de
maneira clara e cristalina. Escrevendo à igreja de Corinto, que era formada por
judeus e gentios convertidos, o apóstolo deixou claro seu ensino a respeito das
relações conjugais: “Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o
homem não tocasse em mulher; mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua
própria mulher, e cada um a tenha o seu próprio marido” (1 Co 7.1,2). Ele não
disse: “Cada um tenha suas mulheres, e cada uma tenha seus maridos”;5 ou pior
ainda: “Cada um tenha seu homem, e cada uma tenha sua mulher”. A mordomia
cristã tem o dever de repudiar concessões à prática pecaminosa da poligamia.
O princípio da
heterossexualidade . O Senhor definiu o princípio da união heterossexual em sua declaração
sobre o casamento, expressando, assim, termos que não podem ser desprezados,
como “pai”, “mãe” e “filho”. “Portanto, deixará o varão (o filho) o seu pai
(genitor, macho) e a sua mãe (genitora, fêmea), e apegar-se-á à sua mulher
(termo no singular), e serão ambos uma carne” (Gn 2.24 - grifos acrescentados).
Ao lado da monogamia, a heterossexualidade é princípio inegociável em qualquer
tempo ou lugar. Com a degradação espiritual e moral, o ser hum ano afastou-se
de Deus ao longo dos séculos. A corrupção tomou conta da humanidade a ponto de
o Senhor decidir destruí-la por meio da catástrofe hidrológica do Dilúvio (Gn 6—9).
Ainda assim, a natureza humana decaída não se consagrou para Deus.
As cidades de Sodoma, Gomorra e suas
vizinhas notabilizaram-se pela pecaminosidade extrema mesmo depois de saberem o
que acontecera com seus ancestrais no juízo do Dilúvio universal, do qual só
escaparam oito pessoas. Os habitantes daquelas cidades incorreram na prática de
pecados terríveis, incluindo a homossexualidade masculina. Não há registro de
lesbianismo. Era tão grave e tão acentuada essa prática abominável aos olhos de
Deus (Lv 18.22; 20.13) que os homens de Sodoma quiseram atacar e ter relações sexuais com os anjos que foram retirar o
patriarca Ló e sua família da destruição iminente, anunciada por Deus a Abraão
(Gn 19.5). O juízo divino foi implacável, destruindo todas aquelas cidades
malditas. E tão terrível a condenação de Deus ao homossexualismo que não há
qualquer atenuante para esse a considerava a primeira forma de exploração do
homem.2 Essa visão deve ser rechaçada com o ensino bíblico, que demonstra a
instituição da família como núcleo agregador do homem e seus descendentes na
mordomia da terra.
II - A MORDOMIA DA FAMÍLIA
Nosso Senhor
Jesus Cristo valorizou a família. Veio ao mundo através de uma família. Além de
mãe e pai adotivo também teve irmãos e irmãs (Mt 13.55-57). Teve seu
crescimento físico, social, intelectual e espiritual no seio da família (Lc
2.52). No seu ministério, não costumava a hospedar-se em hotéis, mas desfrutava
da hospitalidade de um lar, no meio de um a família digna (Mt 8.14; Lc
10.38-42).3
Em muitos milagres, Jesus demonstrou seu
cuidado para com a família (Mt 8.14-15; Lc 7.12-16). Seu primeiro milagre foi
realizado num a festa de casamento (Jo 2.12). Ensinou-nos a orar, cham ando
Deus de “Pai Nosso” (Mt 6.9). Enfatizou o quarto mandamento, m andando honrar
pai e mãe (Mt 15.3-6; Mc 7.10-13). Teve um trato especial com as crianças,
abençoando-as e acolhendo-as de maneira exemplar (Mc 10.13-16).4
O Valor do Casamento. Como instituição divina, o
casamento tem seu “M anual da união matrimonial” que é a Bíblia Sagrada. Nela,
encontramos princípios imutáveis para o casamento. Fundamentalmente, dois
princípios de Deus definem o plano divino para o casamento.
O princípio da
monogamia . Em seu plano original para o casamento, Deus declarou
o princípio da monogamia quando disse: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher,
e serão ambos um a carne” (Gn 2.24). Depois da Queda, o homem desviou-se do
plano de Deus, distorcendo suas
diretrizes básicas para o relacionamento humano. Lameque, filho de Metusael, deu início à prática da bigamia (Gn
4.19); com o passar do tempo, a
poligamia foi admitida. Vários foram os personagens bíblicos que se tornaram polígamos, como, por exemplo, Jacó, Davi
e seu filho Salomão; este se desviou
e corrompeu-se por causa das tantas mulheres tipo de relação sexual no Novo
Testamento. Paulo diz que os “sodomitas”, homossexuais ativos, e os
“efeminados”, homossexuais passivos (que fazem o papel degradante de “mulher”
ao lado de outros pecadores) não herdarão “o Reino de Deus” (1 Co 6.10; 1 Tm
1.10). Assim, a heterossexualidade deve ser preservada na mordomia do casamento
e em todas as igrejas cristãs. Mesmo que o chamado “casamento gay” torne-se
legal em qualquer país, o crente em Jesus não deve contemporizar com esse falso
“avanço” social, que, na verdade, é abominável aos olhos de Deus. O casamento
tem que ser incondicionalmente entre homem e mulher, com a possibilidade de
tornarem-se pai e mãe para formarem um a família com os filhos segundo a
vontade de Deus. No Brasil e no mundo, há igrejas que se encurvaram à “ditadura
homossexual” sob argumentos falaciosos de que “Deus não exclui ninguém”, de que
“Deus ama a todos”, o que é verdade, mas Ele não aceita que relacionamentos
abomináveis tenham a aprovação de sua Igreja.
O princípio do amor
cristão. A prática
do amor é indispensável no relacionamento cristão. Não adianta pregar, ensinar
e exortar sobre o amor se essa virtude cristã não for vivenciada. O amor é a
essência do cristianismo. Deus salvou-nos por amor. Jesus trouxe, por assim
dizer, um “décimo primeiro mandamento”. Antes da última Páscoa e da última
Ceia, Jesus deu as “últimas instruções” a seus discípulos. Ali, o Mestre ministrou
suas últimas palavras a seus seguidores, que haviam de continuar sua obra em
prol da salvação do mundo. Depois de ter dado uma aula prática de amor e
humildade quando lavou os pés dos discípulos, inclusive os de Judas, o traidor,
Jesus disse: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amá a
vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois
meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” Jo 13.34,35 - grifos
acrescentados). Respondendo aos fariseus acerca do “grande mandamento da Lei”,
Jesus resumiu o que é ser cristão em Mateus 22.37-40. Além do amor a Deus acima
de todas as coisas, o cristão deve amar “ao próximo como a si mesmo”. Lucas
registra diálogo semelhante com “um doutor da lei”, que indagava a Jesus sobre
o que fazer para “herdar a vida eterna”. Jesus perguntou-lhe sobre o que estava
escrito na Lei, e ele retrucou, dizendo claramente os dois mais importantes mandamentos:
“[...]Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma,
e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a
ti mesmo. E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso e viverás. Ele, porém,
querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?” (Lc
10.27-29).
“E quem é o meu próximo”? Jesus respondeu
ao homem citando a “Parábola do Bom Samaritano” e demonstrou que o nosso
próximo é aquele que faz o bem aos que estão ao seu alcance e os que são
beneficiados por nós. Sendo a prática do amor tão indispensável para o
cumprimento da vontade de Deus, é, certamente, no lar cristão que o amor deve ser
vivido, no amor “ao próximo como a si mesmo”. Parece mais fácil demonstrar amor
aos estranhos, com gestos de cortesia, gentileza e afeto. Mas em muitos lares
cristãos, o ambiente é de conflitos constantes, sendo que não há a menor razão
para isso. No lar cristão, os cônjuges e pais devem agir como sacerdotes diante
de seus filhos, nossos mais “próximos”, que Deus concedeu a nós para vivermos a
mordomia do amor cristão. Assim, “os próximos” do nosso lar são os esposos, os
pais, os filhos e os parentes da família. Paulo, doutrinando acerca dos deveres
conjugais, escreveu aos efésios: “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo
amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela [...]. Assim devem os maridos amar
a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a
si mesmo” (Ef 5.25,28).
A Prioridade da Família. No plano divino, a família é
reconhecida como legítima e legal, à luz da sua Lei, é constituída de pai, mãe
e filho(s), bem como sua extensão de parentesco, como irmão(s), tio(s),
sobrinho(s), primo(s) e avós. Mas na concepção de Deus, a família é o núcleo
básico de toda sociedade ou a “cêlula-mater” da sociedade. É a chamada “família
nuclear”, que deve resultar do casamento monogâmico e heterossexual. Diante dessa
configuração de família, no plano de Deus, é inadmissível arranjos de outros
tipos de união dita familiar, como a chamada “família homoafetiva” ou
homossexual; bem como a poligamia, hoje chamada de “poliamor”, ou a bigamia. A
igreja cristã deve incentivar a mordomia da família de forma constante e
efetiva. É indispensável o ensino bíblico nas Escolas Dominicais, nos Cultos de
Doutrina, bem como na realização de Encontros de Família,
Encontros de
Casais, Encontros de Jovens, oportunidades apropriadas para a ministração de
mensagens acerca do valor da família como instituição criada por Deus. Um a
igreja saudável é formada de famílias saudáveis; um a igreja abençoada é
constituída de famílias abençoadas por Deus. O cristão precisa ter uma visão
correta das prioridades da vida; precisa saber definir o que deve ser feito
primeiro numa série de atitudes ou comportamentos. Tudo é uma questão de ordem
nas coisas.
Visão equivocada . Normalmente, há muitos membros de
igreja — e até pastores — que colocam
sua atenção na seguinte ordem: a) Deus; b) Igreja; c) Crente; d) Esposa; e) Filhos. Qual o equívoco nessa ordem de coisas? Não é a própria Bíblia que diz para buscarmos o Reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar? (ver M t 6.33). Sim, é verdade. Porém, é necessário entendermos o que devemos fazer em primeiro lugar, em segundo, etc., não em importância, mas, sim, na ordem das coisas.
sua atenção na seguinte ordem: a) Deus; b) Igreja; c) Crente; d) Esposa; e) Filhos. Qual o equívoco nessa ordem de coisas? Não é a própria Bíblia que diz para buscarmos o Reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar? (ver M t 6.33). Sim, é verdade. Porém, é necessário entendermos o que devemos fazer em primeiro lugar, em segundo, etc., não em importância, mas, sim, na ordem das coisas.
O Pastor David (Paul) Yonggi Cho, de Seul,
na Coreia do Sul, teve uma experiência com Deus muito séria nesse assunto. Ele
quase perdeu sua família e seu ministério por não cuidar da família e por causa
de excessos de trabalho. Cho aceitou a orientação, passou a orar junto com sua
esposa e a planejar junto com ela. Os resultados, segundo ele, foram excelentes.
O que aconteceu com ele foi o que Pedro recomendou em 1 Pedro 3.7.
Visão correta . (1) Deus; (2) Crente; (3) Esposa;
(4) Filhos; (5) Igreja. A igreja por último? Exatamente! Ela é muito importante.
Para cuidar dela, é necessário que o crente em Jesus observe as seguintes
prioridades:
Primeiro: Buscar a Deus. “Mas buscai primeiro
o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”
(Mt 6.33). Isso é indiscutível. Deve-se colocar Deus em prim eiro lugar e, acima
de tudo, na sua vida. Ele não dá a primazia do seu lugar à Igreja ou à vida de
seus servos.
Segundo: Cuidar da própria vida cristã; cuidar
de si mesmo, na vida espiritual, emocional, social e física. Se for obreiro, é
providência fundamental para seu ministério para ser “exemplo dos fiéis” (1 Tm
4.12b; T g 2.12).
Terceiro: Cuidar da esposa. O marido cristão
deve amar sua esposa assim como Cristo ama a Igreja, a ponto de sacrificar-se e
até mesmo morrer por ela (Ef 5.25). A falta desse cuidado tem dado brecha para
o Diabo destruir muitos lares e até ministérios, outrora tão promissores.
Quarto: Cuidar dos seus próprios filhos (1
Tm 5.8). É triste ver obreiros procurando ganhar os filhos dos outros e
perdendo toda a família por falta de atenção, de zelo e de amor.
Quinto: Cuidar da Igreja. Essa colocação é
estranha e sem sentido para muitos. A Igreja, porém, é tão importante que, sem
o atendimento das prioridades acima, a tendência de fracasso no ministério ou na
vida cristã é muito elevada. Ela é o alvo mais importante. No Brasil, já se
conhecem diversos casos de obreiros que perderam seu ministério de prestígio
nacional e internacional por não entenderem esse assunto. Que Deus nos ajude a
compreendê-lo bem e colocar em prática a orientação baseada na Bíblia.
A preservação da
família . O Novo
Testamento declara o valor da família de tal forma que prescreve a manutenção
do relacionamento conjugal entre um cristão e um infiel nos chamados casamentos
mistos para resguardar a estabilidade da família. Mais um a vez, foi aos coríntios
que Paulo ministrou precioso ensino acerca desse controvertido assunto, dizendo
que o marido crente não deve abandonar a esposa não crente por causa de sua conversão,
e, da mesma sorte, a mulher cristã em relação ao marido infiel. Diz o apóstolo:
“Mas, aos outros, digo eu, não o Senhor: se algum irm ão tem mulher descrente,
e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E se alguma mulher tem marido
descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Porque o marido
descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é santificada pelo
marido. D outra sorte, os vossos filhos seriam imundos; mas, agora, são santos”
(1 Co 7.12-14). Observe a preocupação com os filhos, visando sua formação
espiritual em santidade, como decorrência da união de um pai ou mãe crente,
mesmo com um descrente. Se não fosse assim, muitas famílias seriam
desestruturadas se um cristão abandonasse seu cônjuge por este não ter aceitado
a Cristo. E a misericórdia de Deus em prática.
O Relacionamento entre
Pais e Filhos. Nunca
houve um a época tão difícil para os pais cristãos. O relacionamento com os
filhos tem passado por turbulências e transtornos dos mais diversos. H á pais
que se comportam inadequadamente ,com seus filhos. Isso, porém, não é motivo
para desânimo. Nosso Deus, através de sua palavra, tem todo o ensinamento
fundamentado para que os pais possam criar seus filhos segundo sua santa
vontade. Na mordomia da família, alguns cuidados devem ser tomados para que os
filhos sejam criados na “doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4). O s filhos
devem s e r v is to s co m o herança do Senhor. “Eis que os filhos são herança
do S e n h o r [...]” (SI 127.3a). Assim, devem ser tratados com muito zelo,
cuidado e amor.
Os filhos são prêmios
de Deus. “ [...]
e o fruto do ventre, o seu galardão” (SI 127.3b). Galardão é prêmio. Os pais
sempre devem ser gratos a Deus pelo filho ou pela filha que nasceu no seu lar.
São presentes ou prêmios vivos, que devem ser cuidados, guardados e criados com
muito amor.
Os pais devem ensina r
a Palavra de Deus no lar. Os pais devem ser os primeiros e os mais importantes
professores de seus filhos (Pv 22.6). A Bíblia diz: “Ponde, pois, estas minhas
palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão,
para que estejam por testeiras entre os vossos olhos, e ensinai-as a vossos
filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e
deitando-te, e levantando-te; e escreve-as nos umbrais de tua casa e nas tuas
portas” (Dt 11.18-21). Esse princípio da educação no AT é válido e atual para
os dias presentes se os pais quiserem ver seus filhos bem formados na vida
espiritual.
Os filhos devem ser
criados na doutrina e admoestação do Senhor. “E vós, pais, não provoqueis a ira
a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4). Os
pais não devem ter medo de doutrinar e de ensinar aos filhos os princípios da
Palavra de Deus. Ela “é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer
espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das
juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do
coração” (Hb 4.12). O ensino da Bíblia, com oração e jejum, é mais poderoso que
castigos físicos, psicológicos e todo tipo de repressão desnecessária.
O culto doméstico é de
grande valor para a vida dos filhos. E um trabalho simples, porém de grande efeito sobre os
filhos e sobre a família em geral. E como acender o altar da adoração no lar. E
melhor do que deixar os filhos presos ao “altar da televisão”. O culto
doméstico fortalece os laços afetivos e espirituais entre pais e filhos. Pode ser
feito de 15 a 20 minutos por dia apenas! Cânticos, leitura bíblica, pedidos de
oração e oração por todos, um por um, etc. Lembremos: a pior educação é a da
“babá eletrônica”, a TV (ver SI 101.3; Dt 7.26). Pior ainda é a da “conselheira
eletrônica” — a Internet. Muitos têm sido pervertidos por esses meios pós-modernos
de (des) educação. Ou os pais cristãos cuidam da vida espiritual de seus filhos
no lar, ou as redes sociais, quando usadas pelo Diabo, destruirão a sua fé em
Cristo e os levarão para a perdição eterna. Sigamos o conselho de Josué: “
[...] eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Jo 24.15). Os filhos devem ser
levados ou incentivados a ir à igreja local. A igreja deve ser a continuação do
lar, e o lar deve ser a continuação da igreja. Um deve complementar o outro. As
crianças devem ser levadas à igreja, à EBD e aos cultos pelos pais, e os
adolescentes e jovens devem ser persuadidos a ir à casa do Senhor. Se forem
acostumados a ir à igreja desde crianças, darão valor a essa prática saudável
quando se tornarem jovens (Mc 10.13-16). O apóstolo Paulo doutrinou sobre o
relacionamento mútuo entre pais e filhos de maneira bem clara e objetiva: “Vós,
filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a
teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá
bem, e vivas muito tempo sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis a ira a
vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.1-4). A
sensibilidade de Paulo para com a família foi além do relacionamento paternal e
filial. O apóstolo preocupou-se em ensinar sobre o cuidado com os idosos e as
viúvas, alertando para que fosse evitado o oportunismo em termos de assistência
social: “Mas, se alguma viúva tiver filhos ou netos, aprendam primeiro a
exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais;
porque isto é bom e agradável diante de Deus. Ora, a que é verdadeiramente
viúva e desamparada espera em Deus e persevera de noite e de dia em rogos e
orações; mas a que vive em deleites, vivendo, está morta. Manda, pois, estas
coisas, para que elas sejam irrepreensíveis. Mas, se alguém não tem cuidado dos
seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”
(1 Tm 5.4-8).
III - A FAMÍLIA CRISTÃ SOB ATAQUE
Na mordomia da família, não podemos deixar
de zelar pela defesa dos princípios bíblicos ante o ataque maligno e mortal
contra ela. Por tratar-se de uma instituição criada por Deus, a família foi
atacada no princípio da Criação pela tentação do Diabo, o que levou os
primeiros seres humanos a desobedecer a Deus. As conseqüências foram trágicas:
adultério, prostituição, violência, guerras e tantos outros males que trouxeram
dores e infelicidades para os homens. Com o passar dos séculos, a família
passou a sofrer ataques mais terríveis. Nos tempos atuais, a instituição
familiar tem sido alvo preferencial do inimigo, que propõe a sua total
destruição. A seguir, temos algumas estratégias malignas para a destruição da
família, nos moldes como foi criada por Deus.
Ataque do Estado
Materialista. O
Estado deveria ser um ente jurídico a serviço do bem-estar da nação e do povo.
Deveria valorizar e preservar a família como unidade básica da sociedade. Em
sua maioria, porém, os Estados são governados por homens e mulheres materialistas,
que se tornam agentes do Diabo contra Deus, contra sua Igreja e contra a sua
Palavra. Adolf Hider (1889-1945), o ditador nazista na Alemanha, declarou em
1933: “Quando um oponente declara: ‘eu não passarei para o seu lado’, eu
calmamente digo: seu filho já pertence a nós [...]. O que é você? Você passará.
Seus descendentes, contudo, encontram-se agora no novo acampamento. Em breve,
eles não conhecerão outra coisa além da sua comunidade”.6 Nos países comunistas
—que, em sua maioria, estão desfigurados de sua filosofia original, mas ainda com
remanescentes — , no presente século, o Estado materialista e ateu impõe sua
filosofia ditatorial sobre a família. N a China, em Cuba, na Coreia do Norte e
em outros países, os filhos não são educados pela família, mas pelo sistema
educacional com visão única do estado totalitário. Os pais nao têm autoridade
sobre a família; apenas se tornam serviçais do comunismo, que faz verdadeira e
eficaz “lavagem cerebral” nas crianças, nos adolescentes e jovens. N a mordomia
da família cristã, os pais com seus filhos podem vencer essa onda materialista.
A seguir, estão algumas estratégias poderosas para vencer os ataques do mal
contra sua família.
Primeiro , valorizando
a Palavra de Deus.
Diz a Bíblia: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando
envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).
Em segundo lugar,
buscando a Deus.
Com sua família e de todo o coração. Está escrito: “Como purificará o jovem o
seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. De todo o meu coração te
busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no
meu coração, para eu não pecar contra ti” (SI 119.9-11).
Em terceiro lugar, realizando o culto
doméstico . Este é
um poderoso instrumento para fortalecer a família contra os ataques do maligno.
Infelizmente, o culto doméstico é ignorado ou desprezado pela maioria das famílias
cristãs, inclusive famílias de obreiros. A Europa, que já foi o “celeiro de
missionários” para o mundo, o “berço do cristianismo”, é, hoje, “um vale de
ossos secos” em termos espirituais, em todo o continente. H á várias
explicações para essa decadência das igrejas cristãs, mas a principal, a nosso
ver, foi a falta do cuidado dos pais para com seus filhos na adoração a Deus no
lar. Nas escolas, levantou-se o materialismo ateu “provando” a falsa teoria da
evolução. As gerações foram sendo dominadas, e as igrejas foram paulatinamente se
esvaziando. Portanto, aconselhamos a estratégia do culto doméstico como forma
de manter a família unida em torno da Palavra de Deus. O modelo de culto no lar
é antigo. Está no Antigo Testamento: “Ponde, pois, estas minhas palavras no
vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que
estejam por testeiras entre os vossos olhos, e ensinai-as a vossos filhos,
falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e
levantando-te; e escreve-as nos umbrais de tua casa e nas tuas portas, para que
se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o S e n
h o r jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra” (Dt
11.18-21).
O Ataque da Famigerada
Ideologia de Gênero. Desde a criação da família, no princípio de todas as coisas, nunca
houve um ataque tão terrível a essa instituição quanto nos dias em que vivemos.
O Diabo usa essa expressão de maneira sutil e perversa, pois não se trata
apenas de uma “ideologia”, mas também de um conjunto de ideias, propostas e
práticas, que visam simplesmente cumprir o desiderato de Karl Marx (1818-83) e
Friedrich Engels (1820-95) para a destruição da família tradicional. Segundo
essa diabólica ideologia, ninguém nasce com “gênero masculino ou feminino”. Ela
também diz que “homem” ou “mulher” é uma construção social. Para os agentes do
Diabo que propagam essa ideologia, o sexo biológico, natural, criado por Deus,
“não interessa”. A pessoa não nasce “hom em ” ou “macho”; ela “torna-se hom em
”. A pessoa não nasce “mulher” ou “fêmea”; ela “torna-se mulher”. Quem faz o
homem e a mulher é a sociedade. Esse é o maior ataque aos princípios de Deus
para a família e para a identidade natural do ser humano, que foi criado por
Ele “macho e fêmea” (Gn 1.27,28).
Essa ideologia satânica
despreza a Palavra de Deus. Como ela teve origem na mente materialista dos criadores do
comunismo, a Palavra de Deus não valia nada para eles. Marx e Engels
acreditavam que era apenas um a religião de pessoas sem cultura. Ao ensinar que
ninguém nasce “homem ” ou “mulher”, essa ideia do Diabo procura destruir a identidade
natural e biológica do ser humano. Mas está escrito: “E disse Deus: Façamos o
homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do
mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre
todo réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem
de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.26,27). Ninguém pode mudar o que
Deus criou. Homem e mulher são criação de Deus, o Supremo Criador e Senhor do
Universo. No Plano Nacional de Direitos Hum anos do governo materialista e comunista
que governou o Brasil, consta a proposta infame de “desconstrução da
heteronormatividade” (PNDH3), ou seja, é a institucionalização da destruição do
plano de Deus para a sexualidade.
Essa ideologia diabólica
despreza a ciência. Essa ideologia não tem a mínima base científica. Ela é um a violência e
um ataque desonesto à realidade biológica do ser humano. H á séculos, a
Biologia mostra que uma pessoa é homem porque seu aparelho reprodutor é
masculino, além de ter hormônios masculinos, dos quais a testosterona é o
principal responsável pelas características próprias do homem; e, em sua
genética, tem os cromossomos XX como marcadores biológicos indeléveis. A
ciência mostra que uma pessoa é mulher porque seu aparelho reprodutor é
feminino, além de ter hormônios femininos, como o estrogênio e a progesterona.
Em sua genética, mulheres possuem os cromossomos XX, que marcam a sua
identidade feminina. Essa monstruosa ideologia apregoa, através do movimento
feminista, a total igualdade entre os sexos. Isso é impossível! H á feministas
que defendem a “libertação da mulher da prisão da maternidade”, para que ela
desfrute absoluta liberdade sexual, e que o ser humano deve fazer sexo com quem
quiser, independentemente da idade, até com crianças (pedoíilia), parentes
(incesto) e da quantidade de pessoas adultério e prostituição. Deus,
entretanto, fez o ser humano com sexo diferente, visando à necessária
complementaridade, indispensável à procriação da espécie, através da relação
sexual, exclusiva entre marido e mulher. Desse modo, com conhecimentos
elementares de ciência ao alcance de qualquer pessoa, a igreja e a família
podem rebater com segurança a famigerada ideologia de gênero.
Essa ideologia
materialista é reprovada por cientistas de alto nível. A Associação de
Pediatria Americana, em seu site, rejeita e desaconselha o ensino dessa
ideologia anticientífica nas escolas, principalmente a crianças. Parte do texto
publicado por essa entidade séria, formada de doutores em Medicina, diz que “
[...] a ideologia de gênero é nociva às crianças” e que “todos nascemos com um
sexo biológico, sendo os fatos, e não um a ideologia, que determinam a
realidade” [...] “A norma para o design humano é ser concebido ou como macho,
ou como fêmea. A sexualidade hum Ana é binária por design, com o óbvio propósito
da reprodução e florescimento de nossa espécie. Esse princípio é autoevidente”.7
Essa é um a conclusão científica que se harmoniza com a Palavra de Deus e que
afirma que Deus criou o ser hum ano “macho e fêmea” (Gn 1.27).
O Conselho
Regional de Medicina de São Paulo, órgão da classe médica e de caráter
normativo sobre a ética na Medicina,
divulgou um a resolução contra a famigerada
“Ideologia de Gênero” . Segundo essa entidade, que responde pelos profissionais
da Medicina, a ideologia de gênero é um embuste ideológico sem qualquer base
científica, que parte de premissas rigorosamente falsas e sem amparo ou evidência
empírica. Essas premissas servem para sustentar a tese irracional de que o ser
humano possuiria aquilo que chamam àe gênero. Esse gênero seria apartado ou
distinto de seu sexo biológico, sendo, portanto, objeto de escolha e podendo
até mesmo ser socialmente construído. Esse gênero por sua vez seria o elemento
definidor da identidade do indivíduo, que incluiria não apenas sua identidade
ou orientação sexual, como também a sua condição de homem ou de mulher. A
irracionalidade dessa tese salta aos olhos, pois se trata de um exemplo do pensamento
pós-moderno, que é essencialmente anticientífico e irracional e que beira em
muitos casos ao completo non-sense, e que permeia inúmeras áreas do
conhecimento, incluindo as ciências naturais. O pensamento pós-moderno ou
desconstrucionista, em ciências naturais foi desnudado há alguns anos no livro
Imposturas Intelectuais, de Alan Sokal e Jean Bricmont, que mostraram a
quantidade gigantesca de tolices sobre física e matemática que produzidas por
esse pensamento. Não surpreende que essas irracionalidades tenham adentrado
também ao terreno da biologia.
[...] Os alvos dessa ideologia, as crianças
e adolescentes, além de homossexuais, podem sofrer seqüelas da ação criminosa
de seus proponentes, sequelas essas que podem perdurar para o resto da vida. A
ideologia de gênero não tem que ser banida apenas das escolas ou das políticas
de saúde. Ela tem que ser banida da vida pública.8
CONCLUSÃO
Só há um a
maneira de cuidar da mordomia da família, preservando-a da destruição
espiritual e moral pelas forças do mal, que conspiram contra o casamento e o
lar. Os pais cristãos devem seguir o exemplo de Noé, que, em meio à corrupção
geral de toda a humanidade de seu tempo, soube criar e educar sua família, de
tal forma que, quando Deus m andou a catástrofe global do Dilúvio, ele pôde
escapar, por bondade e misericórdia de Deus, na Arca (Gn 7.1). A educação
cristã é o fator indispensável de defesa da família contra os ataques do
Inimigo de nossa alma. Josué também é outro exemplo na Bíblia de um homem que
tomou posição ao lado de Deus com sua família.
Diante dos
desvios e desmandos do povo, ele disse:
Porém,
se vos parece mal aos vossos olhos servir ao S e n h o r, escolhei hoje
a
quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam
dalém
do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém
eu e a
minha casa serviremos ao S e n h o r (Js 24.15).
1
LIMA, Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do Inimigo. Rio de
Janeiro: CPAD, p. 7, 8.
5 N.
do E.: Quando há a situação de um a mulher ser casada com vários homens, mesmo
não sendo muito comum, é chamada de poliandria. Ainda que mais frequente em
sociedades matrilineares, a poliandria é condenada nas Escrituras (1 Co 7.1,2).
2 MA
RX & ENGELS. Manifesto comunista, p. 35. “A abolição da família! Até os mais
radicais ficam indignados diante desse desígnio infame dos comunistas. Sobre que
fundamento repousa a família atual, a família burguesa? No capital, no ganho individual”.
Esses fundadores do comunismo eram ateus. Defendiam a abolição da família com a
abolição do capital, da propriedade privada. Não aceitavam a família como
instituição criada por Deus com propósitos elevados.
3
LIMA, Elinaldo Renovato de. A família cristã e os ataques do Inimigo, p. 14.4
Ibidem, p. 14
6
LIMA, Elinaldo Renovato de. Perigos da pós-modernidade.Rio de Janeiro: CPAD, p.
46,47.
7
Associação de Pediatria dos EUA posiciona-se formalmente contra a Ideologia de Gênero.
Disponível em: https://www.semprefamilia.com.br. Acesso Jun. 30, 2018.
8
Conselho Regional de Medicina de São Paulo Contra a Ideologia de Gênero.Disponível
em http:// wvwcriticanacional.com.br. Emjun 30, 2018.
📌
Elinaldo Renovato
TEMPO, BENS
E TALENTOS
Lição 8
Nosso Lar
Saber
administrar o dinheiro e os bens não é o único requisito paraser obreiro do
Senhor. O apóstolo Paulo diz que um dos requisitos essenciais aos líderes
eclesiásticos ou aos seus auxiliares é também ser administradores exemplares de
seu lar. Na verdade, seu argumento é bem simples: se alguém não é capaz de
dirigir o próprio lar, como poderá querer cuidar da igreja de Deus (1 Tm 3.5)?
Obviamente Paulo se refere, nesta passagem, à direção do lar conforme as
orientações de Deus.
Como um
obreiro cristão, ou como um simples crente, você precisa saber como agir para,
como bom mordomo de Deus, administrar bem o seu lar. Esta lição tem o propósito
de ajudá-lo a preencher esse requisito.Ao estudá-la, você irá aprender a
dirigir sua família e a conduzir o seu lar segundo a vontade de Deus. Além
disso, poderá compartilhar esses ensinamentos em sua igreja ou comunidade. 123
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ao terminar
esta lição, você deverá ser capaz de:
Descrever os
deveres de cada membro da família cristã, inclusive os do chefe de família.
Fazer uma
lista das diversas maneiras pelas quais o seu lar pode ser usado para
glorificar a Deus.
Compreender
a importância de se exercer a mordomia cristã em seu lar. 124
- A FAMÍLIA CRISTÃ
1.1 O SEU CRIADOR
Objetivo 1:
Identificar
a razão por que Deus é o criador e dono da família. Foi Deus quem criou a família. Ele a instituiu ao criar o homem e
a mulher (Gn 1.27) e lhes ordenar que tivessem filhos (Gn 1.28).
Sendo Deus
quem instituiu a família, Ele tem o direito de propriedade sobre ela;é a
família dele, e por isso Ele é seu legítimo dono.
1.2 O SEU PADRÃO HIERÁRQUICO
Objetivo 2:
Descrever o
padrão que a família cristã deve seguir.
A família
cristã é aquela cujos membros convivem de acordo com o padrão que Deus
estabeleceu. Leia 1 Coríntios 11.3, e Efésios de 5.22a 6.4, para ver os
princípios de autoridade e relacionamento que Deus deseja que seja parte desse
padrão. De acordo com esse padrão, Cristo tem autoridade sobre o marido, o
marido tem autoridade sobre a mulher, e os filhos devem se submeter aos pais.
Em outras palavras, cada membro da família deve se submeter à respectiva
autoridade que o Senhor colocou sobre ele. No diagrama que se segue vemos esse
tipo de relacionamento. 125
CRISTO Esposo Esposa
Filhos
Entretanto existem mais coisas aqui;
esses versículos nos mostram como essa autoridade deve ser exercida no contexto
familiar. O padrão é o relacionamento entre Cristo e a Igreja. É o exemplo de
Cristo no que diz respeito à autoridade, à liderança, e ao amor que deve ser
seguido por aqueles que exercem autoridade na família. Ele jamais agiu como um líder
ditatorial ou arbitrário; pelo contrário, instruía e orientava os seus discípulos
de forma amorosa, oferecendo sua vida como um exemplo.
Acima de
tudo, é necessário que todos os membros da família reconheçam que Cristo é a
autoridade máxima no lar. Somente assim a família cristã poderá viver conforme
os planos de Deus para ela. Na verdade, é impossível imaginar que uma família
possa ser verdadeiramente cristã,se não considerar Cristo como a autoridade
máxima no lar.
1.3 OS DEVERES DOS MEMBROS
Objetivo 3:
Identificar afirmações bíblicas sobre o relacionamento entre os membros da
família. Para que uma família viva
conforme a vontade de Deus, é necessário que cada um de seus membros cumpra
seus deveres.
O Marido e a Esposa
Para iniciar a formação da família
conforme planejara, Deus realizoua primeira união conjugal. Ele afirmou: “...
Não é bom que o homemesteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”
(Gn 2.18).Então, criou a mulher a partir do corpo do próprio homem;
depoisdeterminou que o homem e a mulher deveriam se tornar novamente umsó corpo
por meio do casamento (Gn 2.24). Que grande mistério existeem tudo isso (Ef
5.32,33)! 126
Para
preservar essa unidade, Deus estabeleceu os seguintes preceitos,que devem ser
seguidos por ambos os cônjuges:
1. Não se recusar um ao outro. Em 1 Coríntios 7.3-5, essa é uma
das colocações que Paulo faz a respeito do relacionamento sexual no
casamento.Será que você fica surpreso com isso? A Bíblia tem muito a dizer
sobre as práticas sexuais pecaminosas. Contudo, essa é uma das raras passagens que
nos falam da prática das relações sexuais conforme Deus aprova. E,naturalmente,
essa prática se restringe ao casamento.
Na verdade,
o casamento começa no momento da união física do casal(Gn 2.24). Portanto é
muito natural que a Bíblia tenha estabelecido umadiretriz para a continuidade
dessa união. Segundo essa diretriz, cada cônjuge deve satisfazer as
necessidades sexuais do outro, pois o corpo de cada um não pertence mais a si
mesmo e, sim, ao seu cônjuge. Se o casal observar esse princípio e seguir a
diretriz que dele advém, terá um casamento bem mais feliz, e a possibilidade de
uma infidelidade conjugal será muito menor.
2. Serem fiéis um ao outro. Quando um homem e uma mulher se
unem em matrimônio perante o Senhor, ambos prometem ser fiéis um ao outro,e
Deus quer que essa promessa seja cumprida no decorrer de toda a sua vida de
casados. Tanto o marido quanto a mulher precisam ter em menteque seu corpo
pertence primeiramente ao Senhor e, depois, ao seu cônjuge.
O apóstolo
Paulo deixa claro que, se um cristão se une a uma prostituta,ele estará, na
verdade, fazendo com que uma parte do corpo de Cristo se una ao corpo daquela
prostituta! Afinal, o seu corpo é parte do corpo de Cristo (1 Co 6.15-17). De
igual modo, se o marido ou a mulher se relacionar sexualmente com um outro
alguém, estará unindo o corpo de seu cônjuge àquela pessoa! Isso acontece
porque ambos se tornaram um só corpo por meio do casamento; e cada corpo é um
com o seu cônjuge.
A infidelidade
é uma anomalia. É unir uma parte do corpo de um casal ao corpo de um estranho.
Não é de se admirar, portanto, que a infidelidade produza tanta angústia dentro
do casamento.
3. Não separar o que Deus uniu. Jesus afirmou que a partir do
momento em que um homem e uma mulher se casam, não são mais duas pessoas. A partir
daí eles se tornam uma só pessoa, porque foi Deus mesmo quem os uniu (Mt 19.6).
Assim, o divórcio também é uma anomalia por ser uma interferência humana em
assuntos da competência de Deus. Os cônjuges não devem se divorciar porque não
têm o direito de separar aquilo que Deus uniu. Embora o divórcio fosse
permitido na época do Velho Testamento,devemos nos lembrar de que Jesus
explicou que tal permissão só era concedida por causa da dureza do coração
humano (Mt 19.8). Os preceitos estabelecidos por Deus desde o princípio jamais
foram anulados.
4. Amar um ao outro. A idéia de que um homem e uma
mulher se casam movidos pelo amor romântico tem sido largamente aceita nos
últimos tempos. O amor é considerado uma atração mútua entre um homem e uma
mulher. Se essa atração um dia termina, decidem que é hora de pôr fim ao
casamento. Muito pelo contrário, porém, a Bíblia ordena ao casalque amem um ao
outro (Ef 5.25; Tt 2.4). Desse modo, se o casal achar que o casamento está
chegando ao fim porque não existe mais amor, então chegou a hora de começarem a
se amar um ao outro; isto é, obedecer a ordem de Deus a eles.
Afinal, qual
é o conceito bíblico do amor? Certamente não se trata meramente de uma atração
física e sentimental. Aliás, esse tipo de amor tende a ser muito egoísta. Ao
contrário, a Bíblia nos apresenta o amor altruísta, o qual leva alguém a pensar
no bem-estar do outro antes de pensar em si próprio. É desse amor que Paulo
fala em 1 Co 13.4-7, e é somente esse amor que poderá impedir que o casamento
naufrague em meio às tempestades do mar da vida.
5. Assumir um compromisso mútuo. O compromisso é fundamental no casamento
cristão. Ele engloba o compromisso mútuo entre os cônjuges e o compromisso de
ambos para com Deus, permitindo que o Senhor faça parte da vida deles juntos.
Isso significa um compromisso de encontrar alternativas que deve levar ambos a
buscarem soluções para os problemas que envolvem a dificuldade de compreender
um ao outro, e de se relacionar um com o outro. Afinal, em algum momento da
vida de casado, todo casal é afligido por esse tipo de problema. Somente quando
os elementos básicos do casamento incluem esse compromisso é que o casal terá
um alicerce sólido para construir a harmonia e a estabilidade conjugal. No
compromisso de Jesus para com os seus podemos ver um exemplo maravilhoso da
natureza inabalável desse tipo de compromisso (Jo 13.1). 128
6. Respeitar um ao outro. O marido e a mulher devem
respeitar-se mutuamente, até mesmo naqueles momentos em que um acha que o outro
não merece ser respeitado (Ef 5.33; 1 Pe 3.7). O casal deve ter uma elevada
consideração um pelo outro. Nenhum dos dois deve achar que é superior ao outro,
uma vez que ambos são “uma só pessoa”. Isso seria o mesmo que depreciar a si
mesmo. A mulher deve respeitar o marido, porque Deus o colocou como autoridade
sobre ela. O marido deve respeitar a mulher, porque ela é a auxiliadora idônea
que Deus lhe deu e, além disso, herdará, juntamente com ele, “o dom da graça da
vida” (1 Pedro 3.7 – Nova Versão Internacional).
A Esposa
A Bíblia
destaca dois deveres específicos da esposa cristã.
1. Submeter-se ao marido. Nos tempos antigos, a mulher era
praticamente uma escrava do marido, embora em Israel ela ocupasse uma posição bem
mais digna. Entretanto, é através de Jesus que a mulher é elevada a uma posição
de dignidade verdadeira, pois em Cristo “não há diferença...entre homens e
mulheres” (Gl 3.28 – A Bíblia na Linguagem de Hoje).Para a vida conjugal,
porém, Deus estabeleceu um padrão específico de relacionamento,
responsabilidade e autoridade.
Em
Efésios 5.22,23, vemos que ao marido é dada a responsabilidade de liderar e
orientar o lar, ao passo que a mulher tem o dever de se submeter à liderança e
à autoridade do marido do mesmo modo como a igreja se submete à autoridade de
Cristo (Ef 5.22, 24; Cl 3.18; Tt 2.5; 1 Pe 3.1,5).
É muito difícil para algumas mulheres compreenderem
corretamente o que significa ser submissa. Muitas acham que deve haver
igualdade absoluta entre elas e os homens em todas as áreas da vida. Essa
idéia,porém, não é realista, pois o homem e a mulher têm características muito diferentes.
Também é verdade que, perante Deus, ambos têm os mesmos direitos e deveres de
natureza espiritual. Por outro lado, é também verdade que aqueles que têm
direitos iguais, como num governo democrático,possuem a prerrogativa de
escolher livremente o seu líder, a quem se submeterão. De igual modo, no
casamento, a mulher voluntariamente escolhe se tornar esposa e mãe e, conseqüentemente,
submete-se à autoridade do marido, conforme o desígnio de Deus para a família.
O Senhor não deseja que o homem e a mulher fiquem competindo entre si, mas sim que
se completem e se complementem mutuamente (1 Co 11.11,12). A felicidade e a
harmonia só poderão reinar no lar quando isso for verdade.
2. Ser uma boa dona-de-casa. O outro dever dado por Deus à
mulher consiste em cuidar da casa (Tt 2.5). Observe como a mulher que procede assim
é altamente elogiada em Provérbios 31.10-31.O Marido
O principal dever que Deus coloca
para o marido é amar a sua esposa(Ef 5.25; Cl 3.19). Mas quais são as
características desse amor? Vamos analisá-las à luz das Escrituras.
1. O amor do marido pela esposa é um
amor altruísta. Ele
está disposto até mesmo a dar a própria vida por ela, da mesma forma como
Cristo,por seu imenso amor, se sacrificou pela Igreja (Ef 5.25). É certamente um
amor corajoso e que já atingiu a sua expressão máxima. 2. O marido que ama a
sua esposa ama a si mesmo. Essa afirmação parece estranha, não é mesmo? E vou
mais além: parece contrariar a afirmação anterior; porém, é exatamente o que a
Bíblia diz: “Quem ama a sua esposa a si mesmo se ama” (Ef 5.28). Ele não ama
uma outra pessoa, como alguém que ama ao vizinho; ama a si mesmo. Ele cuida de sua
esposa como cuida de si próprio; dá-lhe alimento e proteção como faz consigo
mesmo; afinal, ambos são, na verdade, uma só pessoa (Ef5.29). Ele se importa
com as necessidades e preocupações da esposa, do mesmo modo como Cristo dá
atenção às necessidades e preocupações da Igreja. Agindo assim, o marido estará
seguindo o exemplo de Cristo ao cuidar de sua Igreja, que é o seu corpo.
3. O amor do marido pela esposa é um
amor terno. O marido
não trata a sua mulher de maneira rude (Cl 3.19), mas com ternura, respeitando
a fragilidade feminina (1 Pe 3.7). Ele a lidera demonstrando amor e carinho. O marido que ama sua mulher desse modo não
encontra dificuldade em que ela lhe seja submissa. Ou, em outras palavras, a
mulher que tem um marido que a ame dessa maneira não terá nenhuma dificuldade
em submeter-se a ele. Observe que a Bíblia coloca diante da esposa a obrigação
de ser submissa ao marido, e diante do marido a obrigação de amar a esposa. É
muito importante para o marido e para a esposa cumprirem voluntariamente seus respectivos
deveres, e não tentar impor que o outro cônjuge cumpra suas responsabilidades.
Isso é, o marido não deve tentar obrigar sua mulher a ser submissa a ele, e nem
tem condições de fazê-lo. Isso nunca dá resultado! A mulher também não tem o
poder de fazer o marido amá-la à força. Portanto,cada cônjuge deve assumir sua
própria responsabilidade e deixar que seu companheiro faça o mesmo. Do
contrário, a esposa pode recusar-se a se submeter ao marido até que ele
demonstre amor por ela, ou o marido poderá ficar esperando que primeiro sua
esposa demonstre submissão para só depois dar amor a ela. Essa situação de
“primeiro você” acaba impedindo a ambos de obedecer à vontade de Deus em sua vida
conjugal.Os Filhos De acordo com a
ordem divina, os filhos têm o dever de obedecer aos seus pais (Ef 6.1-3; Cl
3.20). A autoridade dos pais está alicerçada na autoridade do próprio Deus, a
quem eles representam no lar. As passagens que mencionamos acima nos mostram
quatro razões pelas quais os filhos devem ser obedientes:
1. A obediência é seu dever como cristãos.
2. A obediência é a atitude correta.
3. A obediência agrada a Deus.
4. Deus promete vida longa e próspera aos
que honram seus pais.
O próprio Jesus
Cristo é o nosso referencial máximo de obediência:Ele não somente obedeceu ao
Pai celeste (Fp 2.8), como também aos pais humanos (Lc 2.51).
Os Pais
Deus ordena
aos pais que instruam, disciplinem e amem os filhos(Ef 6.4; Tt 2.4).
1. Instruir os filhos. Os pais devem ensinar os filhos a
viverem com retidão (Pv 22.6). As instruções dos pais precisam conter os
seguintes elementos:
a. A Palavra
de Deus (Dt 6.7), que é o alicerce de toda a instrução paterna. 131
b. A
obediência (Gn 18.19), que leva os filhos a aprenderem o princípio da
autoridade, e a crescerem para ser cidadãos obedientes à lei.
c. O
trabalho, que os manterá ocupados de maneira saudável, evitando que venham a se
tornar delinqüentes.
d. A
mordomia cristã, que fará deles cristãos responsáveis perante Deus e a
sociedade.
Para que o ensino
seja realmente eficaz, é necessário colocá-lo em prática. Uma das maneiras de
fazê-lo é estabelecer certas regras a serem cumpridas pelos filhos. Mas é
preciso cautela! Os pais nunca devem impor regras que eles próprios não são
capazes de cumprir (Rm 2.21,22). Seus ensinamentos devem ser coerentes com o
seu exemplo. Se você não fizer assim, estará simplesmente confundindo e
irritando seus filhos (Cl 3.21).
2. Disciplinar os filhos. Se os filhos não obedecem as regras
que os pais estabelecem, devem ser disciplinados (Pv 19.18; 29.17). A correção é
uma demonstração de amor para com a criança (Pv 13.24). Por outro lado, os que
deixam seus filhos impunes revelam falta de amor por eles.
A Bíblia
permite o castigo físico (Pv 23.13,14), porém os pais devem se acautelar para
não abusar desse castigo e nem utilizá-lo sempre que forem disciplinar os
filhos. Isso poderá causar amargura, ira e rancor contra os pais (Ef 6.4). A
disciplina envolve aconselhamento amoroso ao filho, e só se deve recorrer ao
castigo físico quando todas as outras tentativas não tiverem êxito. Porém, um
erro que os pais devem evitar é o de esperar que os filhos cometam o mesmo ato
de desobediência várias vezes, até fazê-los perder a paciência, para só então
discipliná-los. Nessas circunstâncias, os pais acabam castigando os filhos
somente para dar vazão à própria raiva, e não para corrigir os erros dos
filhos. A disciplina deve ser aplicada no exato momento da desobediência. Isso
evitará que os filhos transformem a desobediência num hábito.
Na questão
da disciplina dos filhos, é muito importante que eles percebam que existe uma
uniformidade disciplinar por parte dos pais. Se um dos cônjuges estiver
corrigindo os filhos, o outro não deve cometer o erro de querer defendê-los.
Quando isso ocorre, a autoridade no lar vai se enfraquecendo e os filhos não
saberão exatamente a quem devem obedecer, pois se forma uma duplicidade de
comando. Outro aspecto a ser lembrado: o cônjuge que presenciar o ato de
desobediência deve também ser o responsável pela aplicação do castigo. Os pais
não devem fazer ameaças tais como “quando seu pai (ou mãe) chegar, você vai
ver!”Se a atitude exige punição, faça-o imediatamente.
Quando a aplicação do castigo for realmente necessária, é
importante explicar ao filho os motivos daquele castigo e dizer-lhe como deve
se comportar futuramente para evitá-lo. Após aplicar a disciplina, os pais devem
demonstrar ao filho que o amam, o perdoam e o aceitam. Mesmo durante a
aplicação do castigo, jamais devemos fazer com que o filho sinta que ele,
pessoalmente, está sendo rejeitado. E por que deveríamos agir de outro modo, se
quando nós pecamos o Senhor demonstra uma atitude de perdão para conosco? (Ne
9.17; Mq 7.18; Lc 7.36-50).
Certifique-se
de manter o diálogo com os filhos. Prontifique-se a ouvi-los expressarem suas
necessidades, suas opiniões, e até mesmo suas queixas.Um canal de comunicação
aberto com os filhos é essencial para que os pais possam “prevenir para não ter
que remediar”. Disponha-se a ouvir os seus filhos, e reflita e ore a respeito
de seus pontos de vista. Você vai ver que,às vezes, eles percebem as coisas tão
bem quanto nós, ou até melhor!
3. Amar os filhos. O apóstolo Paulo orienta os
cristãos a amarem seus filhos (Tt 2.4). Já aprendemos que a disciplina é uma
forma de manifestar amor pelos filhos; porém, não é a única. Nenhuma criança deve
crescer num clima sombrio de severidade inflexível. A mesma mão que levantamos para
disciplinar a criança, deve ser também a que trata com carinho. Às vezes, os filhos cometem atos de
desobediência somente para chamar a atenção para si. Os pais precisam ficar
atentos a isso e procurar dar mais atenção a seus filhos. Devem reservar
momentos para ficarem juntos. Quando os pais são demasiadamente ocupados a
ponto de não ter tempo algum para os filhos, terminam por descobrir, tarde
demais, que já não exercem mais nenhuma influência sobre eles. E, talvez, os
filhos já se encontrem no caminho da marginalidade.
Os obreiros
de Deus não estão isentos de cometer esse erro mencionado acima. Existem alguns
que amam fervorosamente ao Senhor, e trabalham arduamente pela salvação dos
perdidos, mas não se dão conta de que estão perdendo seus próprios filhos. E
isso acontece porque estão mais empenhados na salvação dos outros do que na
salvação dos de sua própria casa. Quão verdadeiro foi o comentário que certo
irmão fez sobre um jovem que estava vivendo em pecado: “Ele é pior que um filho
de pastor”.Se você é ministro do Senhor, não permita que tal coisa aconteça no
seio de sua família.
1.4 O PAPEL DO CHEFE DE FAMÍLIA
Objetivo 4:
Observar
exemplos de homens que estejam cumprindo suas responsabilidades como mordomos
de sua família.
Deus está especialmente interessado
na salvação das famílias (At11.14; 16.31-33). Quando os membros de uma família
são salvos, é o chefe quem, como mordomo cristão, deve assumir a liderança do
lar,zelando para que todos continuem a servir ao Senhor. Conforme já vimos, o chefe de uma família cristã
desempenha uma dupla função: ele é tanto o marido de sua esposa, como o pai de
seus filhos. A responsabilidade do mordomo, especialmente do obreiro cristão,é
administrar a família (1 Tm 3.4,12). Vamos refletir sobre três aspectos desse
dever:
1. O chefe
de família é responsável perante Deus pela integridade do lar. Na maioria das
vezes em que um lar é destruído, a causa da destruição é a má administração.
2. O chefe
de família é responsável pelo comportamento de seus filhos. Assim como Ana, ele
precisa reconhecer que foi Deus quem lhe deu os seus filhos e que, por essa
razão, deve consagrá-los a Ele e fazer o 134
possível
para encaminhá-los ao Senhor (1 Sm 1.27,28). Deus certamente quer que esses
filhos sejam cristãos e que tenham uma conduta íntegra (1Tm 3.4; Tt 1.6). Ele
repreendeu Eli por não haver corrigido os seus filhos mesmo tendo conhecimento
da conduta pecaminosa deles (1 Sm 2.22-36;3.11-14). O caso do rei Davi foi
ainda mais grave. Ele sabia governar uma nação com justiça, mas não soube
governar a própria casa. 3. E, por
último, o chefe de família é responsável pelo suprimento das necessidades da
mesma. Deus, como um Pai justo, zela pelo bem-estar de seus filhos. Eis, então,
uma razão a mais para que o chefe de família faça o mesmo em prol dos seus (Mt
24.45). Se ele não agir assim, estará negligenciando-a, e isso equivale a negar
a fé e a agir de modo pior que um descrente (1 Tm 5.8).
2- O LAR DO CRISTÃO
Objetivo 5:
Seguindo as
sugestões dadas nesta lição, faça uma lista de algumas maneiras específicas de
glorificar a Deus através de seu lar.
2.1 UM LUGAR PARA A PRESENÇA DE DEUS
Existem
algumas casas onde encontramos um quadro com os seguintes dizeres: “Cristo é o
Senhor desta casa; o convidado invisível à mesa em cada refeição; o ouvinte
silencioso de cada conversa”. O valor maior dessa mensagem é nos relembrar o
fato de que Jesus está sempre presente em nosso lar. Por isso, devemos nos
empenhar para que a casa esteja limpa e em ordem,os filhos se portem bem, e
todos os diálogos sejam sadios e edificantes. Como
deve ter sido intensa a alegria de Zaqueu e o seu anseio em acolher Jesus em
sua casa, pois para ele era uma honra indizível que Jesus desejasse visitá-lo
(Lc 19.5,6). Hoje, nossa alegria deve ser ainda maior,pois Jesus está
constantemente conosco. Assim, nossa casa deve ser um oásis de júbilo e de paz.
É triste constatarmos que há crentes que parecem não crer nisso. Agem como se
Jesus só se fizesse presente no templo, e ali eles têm uma conduta impecável.
Os filhos não conseguem compreender por que os pais não são tão virtuosos em
casa, como o são na igreja. Uma das
formas de tornar a presença de Cristo mais perceptível no lar é realizar cultos
domésticos. Num horário pré-estabelecido, pais e filhos se reúnem para estudar
a Palavra de Deus e adorá-lo juntos. A prática do culto doméstico incentivará o
casal a permanecer unido, bem comoajudará os filhos a obedecerem a seus pais no
Senhor.
2.2 UM ABRIGO PARA OS HÓSPEDES
A Bíblia nos
ensina que quando acolhemos hóspedes em nossa casa somos abençoados, pois
alguns, por serem hospitaleiros, sem o saber acolheram anjos em seu lar (Hb
13.2).
Após sua
conversão, Mateus realizou um banquete em sua casa e convidou Jesus, os discípulos
e vários amigos. Obviamente sua intenção era fazer com que seus amigos
conhecessem a Jesus. E nós podemos fazer a mesma coisa. Podemos convidar um
amigo para lhe falar de Cristo, um novo convertido para fortalecê-lo na fé, um
grupo de jovens para compartilharmos com eles as nossas experiências e, ainda,
os irmãos em Cristo em geral a fim de estreitarmos nossos laços cristãos de
amor e companheirismo.Havia uma senhora cristã, já viúva, que estava se
sentindo muito solitária e angustiada porque perdera também sua filha única.
Num certo domingo,ela resolveu convidar para o jantar uma jovem que viera de
muito longe e estava sofrendo com saudade da família. Esse encontro foi tão
agradável para ambas que, com o tempo, acabou se tornando rotina aos domingos.
A convivência as transformou em amigas verdadeiras e, no devido tempo,a jovem
veio a aceitar Jesus como o seu Salvador.
Como mordomos de Deus, temos não só
o dever, mas o privilégio de hospedar pastores, evangelistas e outros servos de
Deus em nosso lar (1 Pe4.9; Rm 12.13). Acima de tudo, o obreiro do Senhor deve
ser caracterizado pela hospitalidade (1 Tm 3.2; Tt 1.8). A mulher de Suném, que
mandou construir outro cômodo em sua casa especialmente para hospedar o profeta
Eliseu, é um belo exemplo bíblico de hospitalidade (2 Rei 4.8-11). Também Lídia,
no Novo Testamento, dá um grande exemplo de hospitalidade (At16.14,15). Ela
ofereceu sua casa para Paulo e seus companheiros de viagem se hospedarem,
demonstrando assim seu cuidado para com eles. 136
2.3 UM TESTEMUNHO PARA A COMUNIDADE
O lar do cristão deve servir de
exemplo no bairro em que ele mora.Sua casa deve ser um testemunho vivo daquilo
que Jesus opera na vida familiar. Sua família precisa demonstrar as virtudes
cristãs perante a comunidade (Mt 5.16).
Na época dos
apóstolos, os lares dos cristãos desempenharam um papel fundamental na expansão
da igreja. Grupos de cristãos se reuniam nas casas para comerem juntos (At
2.46), para orar (At 12.12) ou para realizarem cultos (Rm 16.5, 23; 1 Co 16.19;
Cl 4.15). Pode-se dizer que a igreja começou nas casas dos crentes. Da mesma
forma, o lar cristão ainda hoje pode ser como uma lãmpada em meio às trevas,
irradiando a luz do evangelho para as circunvizinhanças (Fp 2.15,16). Assim
como ocorreu nos tempos antigos, muitas igrejas existentes hoje se originaram a
partir de reuniões num lar cristão. Você pode abrir as portas de sua casa para
a realização de reuniões de oração, cultos evangelísticos ou escola dominical.
Alguns de seus vizinhos que jamais foram à igreja poderão estar mais dispostos
a ouvirem o evangelho em sua casa.
137
Mordomia Crista -SERVIÇO CRISTÃO ICI







Nenhum comentário:
Postar um comentário