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materialista, enganado pela falsa “Teoria da Evolução”,
acredita que o homem surgiu “por acaso” e “evoluiu por acaso” e admite que o
ser humano apenas tem um corpo com um a mente inteligente, mas não tem alma nem
espírito. Para o materialista, a única coisa que se pode provar existente é a
matéria, energias físicas e processos físicos. Os materialistas veem a Bíblia
como um livro cheio de mitos, estórias e invencionices religiosas. Não
acreditam em nada de ordem espiritual. Enquadram-se na categoria de “ímpios” a
que se referiu o salmista em sua soberba perante o transcendente. “Por causa do
seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus”
(SI 10.4; 53.1).
        Ao negar a
existência de Deus, o Criador, o materialista nega a existência da alma e do
espírito humano. Como só acredita na existência da matéria, para ele o corpo é
matéria, o único elemento da constituição do homem. Certamente, quando
estiverem diante de Deus no Juízo Final, todos terão a mais terrível decepção e
o mais cruel dos arrependimentos, pois não terão mais oportunidade de
reconhecer sua soberba. Imaginemos os médicos, os biólogos, os químicos, que
estudam a vida e os seres vivos e admitem que o corpo, com sua organização e
complexidade, pode ser resultado de um processo aleatório. Preferem ignorar que
o acaso nunca produziu nem produz nada que seja organizado e complexo. No
entanto, para nós, os crentes em Deus, sua Palavra revela-nos a origem de todas
as coisas, do Universo, dos seres vivos, da vida e do homem. De acordo com a
Palavra de Deus, o ser humano é formado de três partes: “espírito, e alma, e
corpo” (1 Ts 5.23). Nessa tricotomia, a parte material, tangível, é o corpo,
com sua estrutura extraordinária e complexa chamado de “homem exterior” (ver 2
Co 4.16). A parte interior, intangível, é form ada do espírito e da alma, que
integram o homem juntam ente com o corpo (1 Ts 5.23).
     Assim como vimos
no capítulo anterior, no qual falamos sobre a mordomia do corpo, estudaremos a
mordomia da alma e do espírito hum ano neste capítulo, buscando entender o que
nos ensina e exorta a Palavra de Deus sobre como tratar do “homem interior” (Rm
7.22; Ef 3.16). Veremos que, se cuidar da mordomia do corpo é difícil em termos
espirituais, desenvolver a mordomia da alma e do espírito hum ano é algo muito
mais complexo, pois envolve a fonte dos pensamentos e ideias humanas, que
influem e têm reflexos diretos na vida espiritual. U m problema no corpo, de
ordem natural ou orgânica, pode ser resolvido com terapias humanas, mas os
problemas da alma e do espírito humano exigem soluções de ordem espiritual, que
transcendem à visão natural do homem. A formação da parte interior do ser, da
alma e do espírito foi feita por Deus. Diz a Bíblia: “ [...] e soprou em seus
narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Como foi esse
processo? Q ue fôlego foi esse? De que se constituiu em sua plenitude? Dali
surgiu a alma somente ou a alma e o espírito? São a mesma coisa ou são entes
distintos? E mais que isso: como se propaga a alma? Não é difícil entender como
o corpo humano é gerado no ventre da mãe, sobretudo hoje com os recursos da
ultrassonografia moderna. Mas como a alma é “gerada”? Como se multiplica? E o
espírito? Ele difere da alma ou é sinônimo dela? Como a alma “entra” no
embrião? 
      0 cristão não é
obrigado a conhecer todos os detalhes acerca da alma, sua origem, formação e
natureza, mas a mordomia da alma e do espírito do homem necessita, antes de
tudo, da fé em Deus e da presença dEle em sua vida, de sua entrega
incondicional a Cristo Jesus como seu Salvador, bem como a ação poderosa do
Espírito Santo agindo na sua mente e pensamentos. São soluções sobrenaturais,
que dependem da fé em Deus e em sua Palavra. Meditaremos, assim, nesse
importante tema de natureza bíblica e espiritual.
1 - A ALMA HUMANA
O seu Significado. A palavra “Alma” no AT vem do hebraico nephesh.
No NT, é psique, na língua grega, tendo o sentido de “alma” e de “vida”; está
ligada ao term o psíquicos, que tem o sentido de “pertencente a esta vida”. E
“a base [...] das experiências conscientes”. A alma pode ter três áreas de
significados:
1. Psyché, no sentido da base impessoal da vida, a própria
vida;
2. A parte interior do homem;
3. Uma alma independente em contraste com o corpo.1
    No sentido impessoal,
eqüivale à própria vida. No sentido de ser “parte interior do homem ”,
refere-se à sua personalidade ou à pessoa (cf. 2 Co 1.23). O texto de Levítico
17.10-15 dá um a diversidade de sentidos para a palavra “alma”:
• “[...] contra aquela alma que comer sangue eu porei a
minha face e a extir-
parei do seu povo” (v. 10); aqui, “alma” significa a própria
pessoa;
• “Porque a alma da carne está no sangue [...]” (v. 11);
neste sentido, “alma”
significa a vida do corpo, dos tecidos, que são alimentados
pelo sangue;
• “[...] Nenhuma alma dentre vós comerá sangue [...]” (v.
12), em que alma
refere-se à pessoa;
• “a alma de toda a carne; o seu sangue é pela sua alma” (v.
14); nessa passagem, vemos referência à vida de toda a carne e que o sangue
seria derramado pela vida do transgressor.
      Tanto nephesh
como psique indicam o princípio vital da vida humana, física ou animal. Quando
Deus disse que o homem fora feito “alma vivente”, nephesh chayyah, no hebraico,
e quando Ele disse que a terra produzisse “alma vivente” em relação aos
animais, o termo “alma vivente” também foi nephesh chayyah.
      No entanto, como
vimos em um item anterior, o homem é distinto do animal por várias razões,
entre as quais estão o autoconhecimento e a autodeterminação. Assim, a alma
(nephesh) do homem é profundamente diferente da alma (:nephesh) do animal.
      Vemos várias
referências sobre o significado de alma no ΝΤ. Jesus disse: “Qualquer que
quiser salvar a sua vida \psiquê\ perdê-la-á [...]” (Mc 8.35; ver Mc 10.45; M t
20.28). “Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida [...]” (Mt 6.25). Nesse sentido,
“alma” refere-se à vida. 
     Em sentido
teológico, a alma é a sede das emoções e dos sentimentos. Jesus disse: “ [...]
A minha alma está profundamente triste até a morte” (Mc 14.34). A alma fica
triste. “É a parte sensível da vida do ego, a sede das emoções do amor (Gt
1.7), do anseio (SI 36.62) e da alegria (SI 86.4).”2. 0 texto que distingue “alma”
de espírito é o de 1 Tessalonicenses 5.23: “ [...] e todo o vosso espírito, e
alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo” (grifo nosso); nessa passagem, temos “alma” significando
a parte interior do ser, distinta do espírito, porém intrinsecamente ligada a
ele, formando o “homem interior” (Rm 7.22). A alma comunica-se com o exterior
do ser através do corpo e comunica-se com Deus através do espírito. Horton
acentua: “A alma sobrevive à morte porque é energizada pelo espírito, mas alma
e espírito são inseparáveis porque o espírito está entretecido na própria
textura da alma. São fundidos e caldeados numa só substância”.3
    Origem da Alma. 
      Como vimos, a
alma faz parte do “homem interior” e está unida ao espírito. Intrigantes questões
têm sido formuladas sobre a origem da alma, como, por exemplo: “A alma é
introduzida no corpo?”, “Ela é formada durante a concepção?”, “A alma é preexistente?”.
Há, basicamente, três teorias acerca da origem da alma; todas elas evocando
fundamento bíblico. Esboçamos um resumo delas a seguir:
Teoria da preexistência
.
É um dos fundamentos da doutrina espírita. Segundo essa
ideia, as almas existem em esferas diversas do mundo espiritual e entram no
corpo gerado no processo chamado reencarnação. Segundo os defensores dessa
doutrina, a alma peca na vida presente e, para redimir-se, precisa
purificar-se, voltando a integrar-se num outro corpo humano durante inumeráveis
existências sucessivamente. Antes mesmo de ser um a doutrina codificada por Allan
Kardec (1804-69),4 expoente da doutrina espírita, a teoria da preexistência da
alma tivera o apoio de filósofos, como Platão e Filo, e de Teólogos cristãos,
tais como Orígenes de Alexandria (185-253 d.C.).
       Essa teoria tem
base no maniqueísmo, que ensinava que o espírito era puro, ao lado da alma, que
já preexistia, e o corpo era intrinsecamente mau, bem como a matéria em sua
volta. Esse ensino não tem qualquer fundamento bíblico pelas seguintes razões:
a. O homem foi feito “alma vivente” somente após o sopro de
Deus, no momento inicial da criação do primeiro ser humano na face da terra.
Antes de Adão, não há qualquer indicação nas Escrituras da existência de almas,
guardadas num “celeiro de almas”, num lugar, ou nos planetas, como entendem os
espíritas;
b. Os maus atos e a depravação do homem são conseqüências
primárias do pecado de Adão, que foram passadas a todos os homens (Rm 5.12), e
consequências pessoais, individuais e responsáveis de cada pessoa que peca em
sua existência atual, e não de pretensas existências anteriores ao seu
nascimento;
c. Deus fez o Homem, incluindo sua parte imaterial
(alma/espírito): “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom
[...]” (Gn 1.31).
    Teoria
criacionista .
 ’ Trata-se de uma
teoria segundo a qual Deus “faz as almas diariamente”, conforme ensinava Aristóteles.
Polano dizia que “Deus sopra a alma nos meninos quarenta dias após a concepção,
e nas meninas oitenta” (sic); Jerônimo (347-420 d.C.) e Pelágio da Bretanha
(360-420 d.G.) também acatavam esse entendimento, bem como a igreja católica e
os teólogos reformados, a exemplo de João Calvino (1509-64). Segundo Strong,
Martinho Lutero (1483—1546) inclinava-se para o traducionismo (veremos a
seguir).
      Segundo Strong,
os criacionistas baseiam-se nos seguintes textos bíblicos:
“ [...] e o espírito volte a Deus, que o deu” (Ec 12.7); “
[...] palavra do S e n h o r [...] e que forma o espírito do homem dentro dele”
(Zc 12.1); “ [...] e as almas que eu fiz” (Is 57.16). A Bíblia, entretanto, não
dá respaldo a essa teoria.
      Teoria participativa . 
Leite Filho
entende que quando se afirma que a alma é criada, é necessário fazer algumas
distinções: a criação é uma produção do nada; a alma é produzida na matéria e
não da matéria; a produção da alma necessita de uma realidade criada já
existente; a ação divina não tem como objetivo uma alma separada e sim o homem
completo.6
      De fato, o
homem, desde a fecundação, não é “um aglomerado de células”, como dizem os
cientistas ateus e materialistas. É um ser completo, composto de espírito, alma
e corpo.
      Toda nova pessoa
humana é fruto da ação imediata de Deus e da dos pais:  Deus e os pais produzem o sujeito inteiro,
mas os pais podem produzi-lo somente enquanto é um ser material vivo, isto é,
tem um corpo, e Deus o produz imediatamente enquanto é um ser pessoal, isto é,
tem uma alma.7
       Assim, podemos
concluir que a alma humana é formada e, segundo as leis da procriação, deixada
por Deus, numa cooperação entre os pais biológicos e “o pai dos espíritos”.
Cada vez que um gameta masculino funde-se com um gameta feminino, seja no
casamento ou fora dele, pela lei do Criador, forma-se um conjunto alma-espírito
dentro do homem. Diz a Bíblia: “ [...] Fala o Senhor , o que estende o céu, e que
funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc 12. lb). A
maneira como Deus atua na formação da alma é um mistério ao qual devemos
curvar-nos por causa de nosso conhecimento limitado.
II. A MORDOMIA  DA  ALMA
     Significado.
Podemos dizer que, ao criar o ser humano, Deus dotou-o do corpo e de sua parte
interior chamada de 0 homem interior, que é o conjunto espiritual formado pela
alma e pelo espírito (cf. 1 Ts 5.23). Ao soprar no homem o “fôlego de vida”,
Deus fez dele “alma vivente”, ou um ser que tem vida. Nesse sopro, o Criador
infundiu no interior do homem sua parte espiritual. Por esse fôlego, ele
adquiriu o princípio vital (lat. Animei), que o anima. O espírito é a parte
imaterial do homem, que, juntam ente com a alma, forma “o homem interior”. Diz
Paulo: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus” (Rm
7.22). O apóstolo ensinava sobre a luta entre a carne, ou a natureza carnal do
homem, e o espírito, que provém de Deus, e acentuava que o “homem interior” tinha
prazer na lei de Deus. Em outro versículo, lemos: “Por isso, não desfalecemos;
mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, 0 interior, contudo, se
renova de dia em dia” (2 Co 4.16). Nesse texto, vemos o “homem exterior”, que é
o corpo, e “o interior”, que é a parte imaterial do homem.
       Os Cuidados com a Alma. 
Já vimos que o ser humano é formado de três partes, como
ensinou o apóstolo Paulo: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo
o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis
para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23, grifo nosso). A alma do
homem, assim como o espírito e o corpo, deve ser conservada irrepreensível para
a vinda do Senhor Jesus Cristo. Essa é a essência da mordomia da alma. Cada um
deve mantê-la com irrepreensibilidade ou integridade. Alguns aspectos devem ser
considerados na mordomia da alma.
O Cuidado com as Emoções. Como a alma é a sede das emoções e
dos sentimentos, o cristão deve ter muito cuidado com seus pensamentos e
atitudes mentais. Todo ser humano tem vários tipos de necessidade. Existem as
necessidades do espírito: salvação, adoração, graça, conhecimento de Deus, amor
de Deus, paz com Deus (Rm 5.1), alegria espiritual (Lc 1.47). Elas podem ser
satisfeitas por Deus, por Cristo, pelo Espírito Santo. Ao lado dessas
necessidades do espírito, há as necessidades emocionais, que podem ser vistas
como necessidades da alma: alegria, amor, paz interior, saúde emocional,
motivação, afeto, reconhecimento, companheirismo, lazer.
    Essas necessidades
da alma, que incluem as emoções, podem ser satisfeitas no relacionamento com
Deus: o salmista disse: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. Deitar-me
faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas. Refrigera a minha
alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (SI 23.1-3 -
grifos acrescentados). Davi tinha consciência de que o Pastor Divino, além de
prover-lhe todas as coisas (hb. Jeovah Raa), proporcionava-lhe tranqüilidade e
refrigério para sua alma. Q uando o salmo 42 foi escrito, os filhos de Corá
expressaram sentimentos profundos das necessidades de sua alma: “Gomo o cervo
bram a pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A
minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei
ante a face de Deus?” (Sl 42.1,2). A presença de Deus promove a satisfação das
necessidades interiores do ser humano. O salmista enfatizou isso ao dizer: “A
minha alma suspira por ti, ó Deus”. Esse suspiro é demonstrado e verbalizado
quando o crente ora a Deus com sua alma. “A minha alma tem sede de Deus” é um a
expressão que revela o desejo de ter comunhão profunda com Deus. Quando a
pessoa entra em contato e comunhão com Deus, suas emoções são equilibradas. O Espírito
Santo preenche as necessidades espirituais do crente em Deus. Paulo escreve
sobre “o Fruto do Espírito”, que demonstra essa realidade: “Mas o fruto do
Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança. Contra essas coisas não há lei. E ós que são de Cristo crucificaram
a carne com as suas paixões e concupiscências” (G1 5.22-24). Analisando esse
maravilhoso texto, vemos como o Espírito Santo promove uma extraordinária
bênção no interior do ser humano. O fruto do Espírito é demonstrado em vários
aspectos: Em am or (ou caridade): ele preenche a necessidade interior de am ar
e ser amado; gozo (ou alegria): toda pessoa precisa experimentar alegria. E
indispensável sentir a alegria. Diz a Bíblia:
“[...] porque a alegria do S e n h o r é a vossa força” (Ne
8.10). Depois da alegria interior, o Espírito Santo promove a paz. Todas as
pessoas precisam de paz. Para a maioria, paz é a ausência de conflitos internos
e externos, mas a “paz interior”, que é provocada pelo Espírito Santo,
transcende à ausência de problemas e conflitos. No texto do fruto do Espírito,
vemos que o amor é expresso em “longanimidade, benignidade, bondade, fé,
mansidão e temperança”. Todas essas virtudes devem ser cultivadas na mordomia
cristã.
    A Santificação da Alma. 
     Ninguém pode ser
salvo se não vivenciar o processo da santificação (Hb 12.14). A alma integra o
“homem integral”, ou seja, o ser humano em sua plenitude, constituído da
tricotomia “espírito, alma e corpo”. Diz Paulo: “Abstende-vos de toda aparência
do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo 0 vosso espírito,
e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.22,23 - grifo acrescentado). Como a alma
pode ser entendida como “a sede das emoções, dos sentimentos e dos pensamentos”,
a mordomia cristã deve zelar por tudo o que enche a mente do crente. Diz a
Palavra de Deus: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que
é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp
4.8). Jesus advertiu que é do coração do homem (do seu interior) que “procedem
os maus pensamentos” (Mt 15.19). E importante não apenas cuidar do “fazer”,
mas, antes de tudo, daquilo em que pensar. Toda ação ou reação é precedida de
pensamentos, sentimentos e emoções.
III - A MORDOMIA DO
ESPÍRITO
Em termos espirituais, só há dois tipos de crentes: os
espirituais e os carnais. Os crentes espirituais caracterizam-se pela vida de
comunhão com o Espírito
Santo. Os carnais vivem de acordo com as concupiscências da
carne, ou da natureza carnal, não transformada por Cristo.
Andando em Espírito . Na mordomia do espírito, o crente deve procurar
andar em Espírito, ou seja, na direção e submissão ao Espírito Santo. O texto
bíblico diz: “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência
da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a
carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis. Mas, se
sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei” (G1 5.16-18). “Se vivemos
no Espírito, andemos também no Espírito” (G1 5.25). Andar em Espírito é viver
obedecendo à direção do Espírito Santo em todas as áreas da vida.
Frutificando no Espírito. Quando o crente produz frutos dignos
da vida cristã, glorifica a Deus. Jesus disse: “Nisto é glorificado m eu Pai:
que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos [...]. Não me escolhestes
vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto,
e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai
ele vos conceda” (Jo 15.8,16). Os “frutos” na vida cristã significam um
testemunho de vida que demonstra que o crente é um a nova criatura em Cristo
Jesus (2 Co 5.17). Esses “frutos” de um a nova vida, de conversão genuína,
podem ser reunidos no “fruto do Espírito”. Diz a Bíblia: “Mas o fruto do
Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança. Contra essas coisas não há lei” (G1 5.22,23).
Santificando o Espírito. A santificação do espírito ocorre no
mesmo processo da santificação da alma e do corpo, ou seja, do homem integral.
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma,
e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo” (1 Ts 5.23). Quando o cristão busca a santificação do seu ser no
seu interior, ele alcança a santificação do espírito e da alma. Como o espírito
está intimamente ligado à alma, a santificação dela santifica o espírito e
vice-versa. O espírito, porém, precisa ter sua santificação própria. Paulo diz:
“Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia
da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2 Co
7.1). Essa santificação plena do ser humano, do “espírito, e alma, e corpo”, é
indispensável para a sua salvação: “Segui a paz com todos e a santificação, sem
a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
     CONCLUSÃO
Alma e espírito, os entes distintos que constituem “o homem
interior” do ser humano, são, na verdade, a essência de cada pessoa que vem ao
mundo. O corpo é o seu invólucro, a sua “casa terrestre”, igualmente
importante, porém sujeita às limitações físicas e materiais, com suas
necessidades orgânicas, que demandam estruturas das mais diversas. N a
realidade, face à visão distorcida que domina a maioria dos homens, é dado
muito mais atenção e assistência ao corpo do que à alma e ao espírito. O
salmista escreveu o que poderia ser chamado de “um cântico dos anseios da alma”
quando declarou num monólogo de grande significado espiritual:
Como o
cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó
Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me
apresentarei ante a face de Deus? As minhas lágrimas servem-me de mantimento de
dia e de noite, porquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus? Quando
me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a
multidão; fui com eles à Casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a
multidão que festejava. Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te
perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei na salvação da sua presença.
0 meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; portanto, lembro-me de ti
desde a terra do Jordão, e desde o Hermom, e desde o pequeno monte (SI 42.1-6).
1 Lothar C O H EN & Colin BROWN. Dicionário
internacional de teologia do
Antigo Testamento, p. 69.
3 Stanley M. HORTON. Teologia sistemática, p.
248.
4 N. do E.: Foi o pseudônimo de Hippolyte Léon
Denizard Rivail. Além de expoente
da doutrina espírita (espiritismo), foi também um
influente educador, além de autor
e tradutor francês.
5 Não se deve confundir com o Criacionismo
científico, que defende a ideia da criação
do homem de modo sobrenatural.
6 Tácito d a G am a Leite Filho. O homem em três
tempos, p. 55.
7 Ibid., p. 55.
Elinaldo Renovato
TEMPO, BENS
E TALENTOS

A Liberação do Espírito
Para   o  
leitor   apreciar   devidamente  
estas   lições,   talvez  
sejam   úteis  algumas declarações
preparatórias:Primeiramente,   devemos   ficar  
acostumados   com   a  
terminologia   que   o 
Irmão   Nee   emprega.  
Escolheu   chamar   o  
espírito   do   homem  
de   "homem  interior";   à  
alma   do   homem,  
chama   de   "homem  
exterior"   e   para  
o   cor po  emprega  
o   termo   "homem  
periférico."   No   diagrama  
re traíamos   este   fato.  
Será  útil,   também,  
reconhecer   que   Deus,  
ao   planejar   o  
homem   originalmente,  pretendeu  
que   o   espírito  
do   homem   fosse  
Seu   lar   ou  
Sua   residência.   Assim,  
o  Espírito Santo,  formando 
uma união com o  espírito humano,
deveria  governar  a 
alma, e o espírito e a alma, usariam o corpo  como meio de expressão
                                    Diagrama
Periférico
             alma                                                                                                          Homem    
  Exterior
              espírito                                                                                                    Homem 
 Interior
T.   Austin-Sparks indicou com sabedoria:
"Devemos   tomar  
cuidado   para   que,  
ao   reconhecermos   o  
fato   de   que  
a  alma   tem  
sido   seduzida,   levada  
ao   cativeiro,   escurecida  
e   envenenada   com 
seus   próprios   interesses,  
não   a   consideremos   como  
algo   a   ser  
exterminado   e  destruído  
nesta   vida.   Isto  
seria   o   asceticismo,   uma   forma  
de   budismo.   O  resultado   de  
qualquer   comportamento   deste  
tipo   usualmente   não  
passa   de  outra  
forma   de   uma  
doutrina   da   alma  
em   grau   exagerado;  
talvez   o   ocultismo. 
A   totalidade   da  
nossa   natureza   humana  
está   em   nossa  
alma,   e   se  
a   natureza  for  
suprimida   numa   direção,  
tomará   vingança   numa  
outra   direção.   É 
exatamente  o  problema 
de  muitas  pessoas,  
se  somente  o  soubessem.  Há 
uma  diferença   entre  
uma   vida   de  
supressão  e  uma  
vida   de   serviço. 
A   submissão,   a 
sujeição   e   a  
posição   de   Servo  
no   caso   de  
Cristo,   diante   do  
Pai,   não   era  
uma  vida  de  
destruição   da  alma,  
mas,  sim,   de 
descanso   e   de 
deleite.   A  escravidão, 
no   mau   sentido,  
é   o   destino  
dos   que   vivem  
inteiramente   na   sua  
própria   alma.  Precisamos  
revisar   nossas   ideias  
acerca   do  serviço, 
pois   está   ficando 
cada   vez  mais  
comum   pensar   que  
o   serviço   é  
cativeiro   e   escravidão,  
quando,   na  realidade,  
é   uma   coisa  
divina.   A   espiritualidade  não  
é   uma   vida  
de   supressão.  Esta  
é  negativa.   A  
espiritualidade  é   positiva;  
é   uma  vida  
nova   e  adicional,  
não  a vida antiga, lutando para
obter o domínio de s i mesma."
"É na vossa perseverança que
ganhareis as vossas almas."Lucas21:19
"Tendo purificado as vossas
almas, pela vossa obediência à verdade." 1 Pedro 1:22
"O fim da vossa fé, a salvação
das vossas  almas."1 Pedro 1:9
Finalmente,   nestas  
lições,   devemos   ver   por  
que   Watchman   Nee  
insiste  que   a  
alma   (o   homem  
exterior)   seja   quebrantada,   dominada,  
e   renovada   para 
o espírito usá-lo. T. Austin-Sparks disse:
"Quer   já  
tenhamos   a   capacidade  
de   aceitá-lo,   quer  
não,   o   fato  
é   que   se 
vamos   avançar   com  
Deus   de   modo  
integral,   todas   as  
capacidades   e   energias 
da   alma   para  
saber,   compreender,   sentir  
e   fazer,   chegarão  
ao   fim,   e  
nós   —  naquele 
lado —  ficaremos  desnorteados, estonteados, paralisados  e 
incapazes.  Somente   então,  
a   compreensão,   o  
constrangimento   e   a  
energia,   novos,  diferentes  
e   divinos,   nos  
impulsionarão   para   a  
frente   ou   manter-nos -ão   em 
andamento.   Em   tais  
tempos,   teremos   de  
dizer   a   nossa  
alma:   "Somente   em 
Deus, ó  minha  alma, espera 
silenciosa  (SI 62:5);  e "Ó 
minha alma, vem  comigo  seguir  
ao   Senhor."   Mas  
quanta   alegria   e  
fortaleza,   é   quando,  
depois   da   alma 
ter   s ido   constrangida   para  
entregar-se   ao   espírito,  
a   sabedoria   e  
glória   mais  sublimes  
são   percebidas   na  
sua   vindicação.   É   então   que  
"A   minha   alma 
engrandece   ao   Senhor,  
e   o   meu  
espírito   s e   alegrou  
em   Deus,   meu  
Salvador"  (Lucas   1:  
46).  O   espírito 
fêz  alguma   coisa, 
a   alma   a  faz  — 
note   os  tempos  
dos  verbos.Deste   modo,  
a   alma   é  
essencial   para   a  
plenitude   da   alegria,  
e   DEVE   ser 
trazida   através   da   escuridão   e  
da   morte   da  
sua   própria   capacidade  
a   fim   de 
aprender   as   realidades  
mais   altas   e   profundas   para  
as   quais   o  
espírito   é   o 
primeiro  órgão e faculdade."
*
CAPÍTULO 1
A
IMPORTÂNCIA DO QUEBRANTAMENTO
Qualquer   pessoa  
que   serve   a  
Deus   descobrirá,   mais  
cedo   ou   mais  
tarde,  que   o  
grande   impedimento   para  
a   sua   obra  
não   são   outras  
pessoas   mas,   sim, 
ela   mesma.   Descobrirá  
que   seu   homem  
exterior   e   seu  
homem   interior   não 
estão   em   harmonia,  
pois   os   dois  
tendem   para   direções  
opostas.   Sentirá,  também,  
a   incapacidade   do  
seu   homem   exterior  
submeter-se   ao   controle  
do  espírito,   tornando- o,   assim,  
incapaz   de   obedecer  
a os   mandamentos   mais 
sublimes   de   Deus.  
Perceberá   rapidamente   que  
a   maior   dificuldade  
acha-se   no  seu homem exterior, pois este o impede de
fazer uso  do seu espírito.
Muitos   dos  
servos   de   Deus  
nem   sequer   conseguem  
fazer   as   obras  
mais  elementares.   Normalmente,   devem  
ser   capacitados   pelo  
exercício   do   seu 
espírito   a   conhecer  
a   palavra   de  
Deus,   a   discernir  
a   condição   espiritual  
doutra  pessoa, entregar as mensagens
de  Deus com  unção e receber as revelações de  Deus.  
Mesmo   assim,   devido  
às   distrações   do  
homem   exterior,   parece  
que   seu  espírito  
não   funciona   apropriadamente.   É  
basicamente   porque   seu  
homem  exterior   nunca 
foi   tratado.  Por  
esta   razão,  o   reavivamento,  o  
zelo,  o   implorar  
e  as  atividades 
não  passam  de 
um  desperdício  de 
tempo.  Conforme  veremos, 
há  apenas   um  
só   tratamento   que  
pode   capacitar   o  
homem   a   ser  
útil   diante   de 
Deus: o quebrantamento.
O Homem Interior e o Homem Exterior
Note  como 
a  Bíblia   divide 
o  homem  em 
duas   partes:  "Porque, 
no  tocante  ao  
homem   interior,   tenho  
praze r   na   lei  
de   Deus"  (Rm  
7:   22).   Nosso  
homem interior   deleita- se   na  
Lei   de   Deus. 
".   .   .  
que   sejais   fortalecidos   com  
poder,  mediante   o  
seu   Espírito   no  
homem   interior"  (Ef  
3:16).   E   Paulo  
também   nos  informa: 
"Mesmo   que   o  
nosso   homem   exterior  
se   corrompa,  
contudo   o   nosso 
homem interior se renova de dia em dia" (2 Co 4:16).Quando Deus vem
habitar em nós mediante o Seu Espirito, a Sua vida e o  Seu  
poder,   entra   em  
nosso   espírito,   que  
estamos   chamando   de   "homem  interior."   Fora  
deste   homem   interior  
há   a   alma,  
na   qual   funcionam  
nossos  pensamentos,   nossas  
emoções   e   nossa  
vontade.   O   homem  
periférico  é  nosso corpo  
físico.   Assim,   falaremos  
do   homem   interior  
como   sendo   o  
espírito,   do  homem  
exterior   como   sendo  
a   alma,   e  
do   homem   periférico  
como   sendo   o 
corpo.  Nunca   devemos 
nos   esquecer   de 
que   nosso  homem  
interior  é   o 
espírito  humano   onde  
Deus   habita,   onde  
Seu   Espírito   Se  
combina   com   nosso  
espírito.  Assim como  nós vestimos roupas, assim  também nosso 
homem interior 
"veste"  um   homem  
exterior:   o   espírito  
"veste"   a   alma.  
E,   de   modo  
semelhante,   o  espírito  
e   a   alma  
"vestem"   o   corpo.  
Está   bem   evidente  
que   os   homens 
geralmente   estão   mais  
conscientes   do   homem  
exterior   e   do  
periférico,   e  dificilmente rec onhecem ou entendem seu
espírito, de modo algum.
Devemos   saber  
que  aquele  que  
pode   trabalhar   para  
Deus,   é   aquele 
cujo  homem   interior  
pode   ser   liberado.  
A   dificuldade   básica  
de   um   servo  
de   Deus  acha-se 
no fracasso  do  homem interior  de 
irromper  pelo homem  exterior. 
Logo,  devemos   reconhecer  
diante   de   Deus  
que   a   primeira  
dificuldade   que  enfrenta mos  
na   obra   não  
está   nos   outros  
mas,   sim,   em  
nós   mesmos.   Nosso 
espírito   parece   estar  
embrulhado   num   invólucro  
de   modo   que  
não   pode  facilmente  
irromper   de   lá.  
Se   nunca   aprendemos  
como   liberar   nosso  
homem  interior   por  
meio   de   irromper  
pelo   homem   exterior,  
não   temos   capacidade  
de  servir.   Na da  
pode   estorvar-nos   tanto  
quanto   este   homem  
exterior.   Se   nossas 
obras   sã o   frutíferas  
ou   não,   depende  
de   se   nosso   homem  
exterior   foi  quebrantado  
pelo   Senhor   de  
modo   que   o  
homem   interior   possa  
passar   pelo  quebrantamento   e   s
e   manifestar.   Este  
é   o   problema  
básico.   O   Senhor  
deseja  quebrar   nosso  
homem   exterior   a  
fim   de   que  
o   homem   interior  
possa   ter   uma 
via de saída.  Quando o homem
interior for liberado, tanto  os
descrentes  quanto  os cristãos serão abençoados.
A Natureza Tem Sua Maneira de Quebrar
O   Senhor  
Jesus   conta-nos   em  
João   12:  "Se  
o   grão   de  
trigo,   ca indo   na 
terra,   não   morrer,  
fica   ele   só;  
mas   se   morrer ,  
produz   muito   fruto." 
A   vida   está no  
grão   de   trigo,  
mas   há   uma  
casca,   uma   casca  
muito   dura,   no  
lado   de   fora. 
Enquanto   aquela   casca  
não   for   rachada  
e   aberta,   o  
trigo   não   pode  
brotar   nem  crescer.  
"Se   o   grão  
de   trigo,   caindo  
na   terra,   não  
morrer   .   .  
."  Que   morte  
é essa?   É   o  
arrombar   da   casca  
mediante   a   cooperação  
da   temperatura   e  
da  umidade   no  
solo.   Uma   vez  
que   a   casca  
é   fendida   e  
aberta,   o   trigo  
começa   a  crescer.  
Então,   a   questão  
aqui   não   é  
se   há   vida  
dentro,   mas,   sim,  
se   a   casca 
externa foi rachada.
A   Escritura  
continua,   dizendo:   "Quem  
ama   a   sua  
vida   (Grego,  alma) 
perde-a;   mas   aquele  
que   odeia   a  
sua   vida   (Grego, 
alma)  neste   mundo, preservá-la-á para a vida
eterna" (v. 25). O Senhor nos mostra aqui que a casca  externa  
é   nossa   própria  
vida   (a   vida  
da   nossa   alma),  
ao   passo   que  
a   vida  interior  
é   a   vida  
eterna   que   Ele  
nos   deu.   Para  
permitir   que   a  
vida   interior   se 
manifeste,   é   imperativo  
que   a   vida  
exterior   seja   substituída.   Se  
o   exterior  permanecer intato, o interior nunca
poderá  aparecer.
É   necessário  
(neste   escrito)   que  
dirijamos   estas   palavras  
para   aquele  grupo de pessoas que possuem a vida do
Senhor. Entre  aqueles que possuem a  vida  
do   Senhor   podem  
ser   achadas   duas  
condições   distintas:   uma  
inclui  aqueles   em  
que   a   vida  
é   confinada,   restringida,   aprisionada  
e   incapaz   de  
se  manifestar; a outra inclui
aqueles em que o Senhor forjou  um
caminho, e a vida  deles, portanto, é
liberada.A   pergunta,   pois,  
não   é   como  
obter   a   vida,  
mas,   sim,   como  
permitir   que  esta  
vida   apareça.   Quando  
dizemos   que   temos  
necessidade   de   que  
o   Senhor  nos  
quebrante,   não   é  
meramente   um   modo  
de   falar,   nem  
é   apenas   uma 
doutrina.   É   vital  
que   sejamos   quebrantados   pelo  
Senhor.   Não   é  
que   a   vida  
do  Senhor não possa cobrir  a terra, 
mas, sim, que Sua vida está sendo aprisionada  por 
nós. Não  é  que o 
Senhor  não possa  abençoar  a ig reja, 
mas, sim, que  a  vida 
do Senhor está tão  confinada
dentro  de nós que não se manifesta.
Se  o homem  exterior  
permanecer   intato,   nunca  
poderemos   s er   uma  
bênção   para   a  
Sua  igreja,   e  
não   podemos   esperar  
que   a   palavra  
de   Deus   seja  
abençoada   através  de nós!
O Vaso de Alabastro Deve Ser Quebrado
A   Bíblia  
conta   acerca   do  
nardo   puro.   Deus,  
deliberadamente   usou   este 
termo   "puro"   na  
Sua   palavra   para  
mostrar   que   é  
verdadeiramente   espiritual.  Mas  
se   o   vaso  
de   alabastro   não  
for   quebrado,   o  
nardo   puro   não  
fluirá.   Por  estranho  
que   pareça,   muitos  
ainda   estão   valorizando  
demasiadamente   o   vaso 
de   alabastro,   pensando  
que   seu   valor  
excede   o   do  
unguento.   Muitos   pensam 
que   seu   homem  
exterior   é   mais  
precioso  do   que  
seu   homem   interior.  
Este   fica  sendo  
o   problema   na  
igreja.   Uma   pessoa  
tem   e m   grande  
estima   sua  habilidade,  
pensando   que   é   bem  
importante;   outra   valoriza  
suas   próprias  emoções,  
e   se   estima  
como   pessoa   importante;  
outras   têm   alta  
consideração  por   si  
mesmas,   e   sentem  
que   são   melhores  
do   que   as  
demais,   que   sua 
eloquência   ultrapassa   a  
das   demais,   que  
sua   rapidez   de  
ação   e   exatidão  
de  julgamento   são  
superiores,   e   assim  
por   diante .   Nós,  
porém,   não   somos 
colecionadores   de   antiguidades;   somos  
aqueles   que   desejamos  
cheirar  somente   a  
fragrância   d o   unguento.  
Sem   quebrar   o  
exterior,   o   interior  
não  surgirá.   Deste  
modo,   individualmente   não  
temos   qualquer   fluir,  
como   também  a  
igreja   não   tem  
um   caminho   vivo.  
Por   que,   pois,  
devemos   considerar-nos   tão 
preciosos, se nosso interior retém a fragrância, ao invés de liberá-la?
O  Espírito  
Santo  não  cessou  
de  operar.   Um 
evento   após  outro , 
uma  coisa  após outra, vem a nós.  Cada operação disciplinar tem um só  propósito: quebrar  nosso 
homem exterior  a  fim de 
que  nosso  homem 
interior  possa se  manifestar. 
Aqui,   porém,   está  
nossa   dificuldade:   ficamos  
impacientes   por   causa  
de  ninharias,   murmuramos  
diante   de   perdas  
de   pequena   monta.  
O   Senhor   está 
preparando   um   modo  
de   usar-nos,   mas,  
mal   Sua   mão  
nos   tocou ,   sentimo-nos 
infelizes,   até   ao  
ponto   de   contendermos   com  
Deus   e   de   nos  
tornarmos  negativos   em  
nossas   atitudes.   Desde  
que   fomos   salvos,  
fomos   tocados   várias 
vezes   e   de  
várias   maneiras   pelo  
Senhor,   e   tudo  
com   o   propósito  
de   quebrar  nosso  
homem   exterior.   Quer  
tenhamos   consciência   disto,  
quer   não,   o  
alvo   do  Senhor é quebrar este homem
exterior.Desta   maneira,   o  
Tesouro   está   no 
vaso   de   barro,  
mas   se   o  
vaso   de  barro 
não   for   quebrado,   quem  
poderá   ver   o  
Tesouro   que   está  
dentro?   Qual   é   o  objetivo 
final   da  operação 
do   Senhor  em  
nossas  vidas?   É 
quebrar  este   vaso 
de  barro,   é  
quebrar   nosso   vaso  
de   alabastro,   é  
arrombar   nossa   casca.  
O   Senhor  anseia  
por   achar   um  
meio   de   abençoar  
o   mundo   através  
daqueles   que  pertencem  
a   Ele.   O   quebrantamento   é  
o   caminho   da  
benção,   o   caminho  
da  fragrância,  o 
caminho da  frutificação,  mas 
também  é um  caminho 
salpicado  de  sangue. 
 Sim,   há   sangue   de  
muitas   feridas.   Quando  
nos   oferecemos   ao  
Senhor  para   fazer  
a   Sua   obra  
não   podemos   nos  
dar   ao   luxo  
da   morosidade   de  
nos  pouparmos.   Devemos  
deixar   que   o  
Senhor   rache   totalmente  
nosso   homem  exterior, de modo que Ele possa achar um
caminho para Suas operações.
Cada um  de nós 
deve descobrir  para si  mesmo qual 
é a mente  do Senhor  para 
sua   vida.  É  
um  fato  muitíssimo  
lamentável,  que   muitos 
não  sabem  qual 
é  a  mente 
ou  intenção   do 
Senhor  para  suas 
vidas.  Quanto  ma is 
precisam   de  que 
Ele  abra  os seus 
olhos,  para  ver que 
tudo  quanto  entra 
nas  suas  vidas pode 
ler  significado.   Entender  
o   propósito   do  
Senhor   é   ver   muito  
claramente   que   Ele 
visa um único objetivo: o quebrantamento do homem exterior.11
Muitas
pessoas , no  entanto,  antes mesmo que  o Senhor 
erga Sua  mão, já  estão 
aflitas.   Oh!  devemos  
reconhecer   que  todas 
a s  experiências,  problemas  
e  provações que  o 
Senhor nos  envia sã o para  nosso bem 
supremo. Não podemos  esperar   que  
o   Senhor   nos  
dê   coisas   melhores,  
pois   estas   são  
as   melhores.   Se 
alguém   se   aproximasse   do  
Senhor,   e   orasse,  
dizendo:   "Ó   Senhor,  
por   favor,  deixa-me  
escolher   o   melhor,"   creio  
que   Ele   lhe  
diria:   "Aquilo   que  
Eu   te   dei  
é   o  melhor; tuas 
provações  diárias são para
teu  máximo proveito." Assim,  o motivo 
por   detrás   de 
toda   a   providência  
de   Deus  é  
quebrantar   nosso  homem  
exterior.  Uma vez que isto ocorre
e o espírito p ode fluir, então, começamos a exercitá-lo
A Cronologia em Nosso Quebrantamento
O   Senhor  
emprega   dois   meios  
diferentes   para   quebrar  
nosso   homem  exterior;  
um   é   paulatino,  
o   outro   é  
repentino.   Para   alguns,  
o   Senhor   dá  
um  quebrantamento súbito  seguido por um paulatino. Com outros, o
Senhor  dispõe  para  
que   tenham   provações  
diárias   constantes,   até  
que,   um   dia,   leva  
a   efeito  um  
quebrantamento   em   grande  
escala.   Se   não  
for   o   repentino  
primeiro,   e  depois  
o   paulatino,   então,  
é   o   paulatino  
seguido   pelo   repentino.  
Parece   que   o 
Senhor   normalmente   trabalha  
conosco   durante   vá rios  
anos   antes   de  
poder  realizar esta obra de
quebrantamento.
A   cronologia  
está   na   mão  
dEle.   Não   podemos  
encurtar   o   tempo,  
embora  certamente   o  
possamos   prolongar.   Em  
algumas   vidas,   o  
Senhor   pode   realizar 
esta   obra   depois  
de   uns   poucos  
anos   de   trato;  
noutras,   é   evidente  
que   depois  de  
dez   ou   vinte  
anos   a   obra  
ainda   está   incompleta.  
Isto   é   muito  
sério!   Nada   é 
mais   lastimável   do 
que   desperdiçar  o  
tempo   de   Deus.  
Quão   frequentemente   a 
igreja   é   atrapalhada!   Podemos  
pregar   com   o  
uso   da   nossa  
mente,   podemos  comover  
os   outros   com  
o   uso   das  
nossas   emoções;   mas  
se   não   sabemos  
usar  nosso  espírito,  
o  Espírito   de 
Deus  não  poderá 
tocar   as  pessoas 
a través  de  nós.  A
perda será grande, se prolongarmos desnecessariamente o tempo.Logo,   se  
nunca   antes   nos  
consagramos   de   modo  
total   e   inteligente  
ao  Senhor,   façamo -lo  
agora,   dizendo:   "Senhor,   para  
o   futuro   da  
igreja,   para   o 
futuro   do   evangelho,  
para   o   Teu  
caminho,   e   também  
para   minha   própria  
vida,  ofereço-me   sem  
condições,   sem   reservas,  
nas   Tuas   mãos.  
Senhor,   deleito-me  em  
oferecer-me   a  
Ti   e   estou  
disposto   a   deixar-Te  
fazer   toda   a  
Tua   vontade  através de mim."
O Significado da Cruz
Ouvimos   falar  
frequentemente   acerca   da  
cruz.   Talvez   estejamos  
por  demais   familiarizado   com  
o   termo.   Mas  
o   que   é  
a   cruz,   afinal  
das   contas?  Quando  
realmente   compreendermos   a  
cruz,   veremos   que  
significa   o  quebrantamento   do  
homem   exterior.   A  
cruz   reduz   o  
homem   exterior   à  
morte;  racha  a  
casca   humana  e   a  
abre.   A  cruz  
deve   quebrar   tudo 
quanto   pertence  ao 
nosso   homem   exterior  
—   nossas   opiniões,  
nossos   modos,   nossa  
habilidade,  nosso   amor-próprio,   nosso  
tudo.   O   caminho  
está   claro,   claro  
mesmo   como   o  cristal.
Tão   logo  
que   nosso   homem 
exterior  é   destruído,  
nosso   espírito  pode 
sair  facilmente   para  
fora.   Considere   certo  
irmão,   como   exemplo.  
Todos   quantos   o 
conhecem   reconhecem   que  
tem   uma   mente  
aguçada,   uma   vontade  
dinâmica,  e   profundas  
emoções.   M as,   ao  
invés   de   ficarem  
impressionados   por   estas 
características naturais  da
sua  alma, reconhecem que  se encontraram  com seu 
espírito.   Sempre   que  
as   pessoas   estão  
tendo   comunhão   com  
ele,   encontram  um  
espírito,   um  
espírito   limpo.   Por  que?   Porque  
tudo   quanto   é   da   sua  
alma   foi  destruído.
Tomemos
como  outro  exemplo certa irmã. Todos aqueles que a
conhecem  reconhecem   que  
ela   tem  
uma   disposição   pronta  
—   rápida   para  
pensar,   rápida  para  
falar,   rápida   para  
confessar,   rápida   para  
escrever   cartas,   e  
rápida   para  rasgar  
o   que   escreveu.  
Apesar   disto,   os  
que   se   encontram  
com   ela   não  
se  encontram  com  
sua  rapidez,   mas  sim,  com  
seu  espírito.  Ela   é  uma  
pessoa  que  foi totalmente destruída e que se tornou
transparente.Esta   destruição   do  
homem   exterior   é  
uma   questão   fundamental.   Não 
devemos   apegar-nos   às 
fracas   características  da  
nossa   alma,  ainda  
emitindo   a  mesma  
fragrância,   mesmo   depois  
de   o   Senhor  
lidar   conosco   durante  
cinco   ou  dez anos. Não: devemos deixar o Senhor forjar
um caminho em nossas vidas .
Duas Razões para Não Ser Quebrantado
Por   que  
é   que,   depois  
de   muitos   anos  
de   trato,   algumas  
pessoas  permanecem   inalteradas?   Alguns  
indivíduos   têm   uma  
vontade   forte;   alguns 
têm   emoções   fortes;  
e   outros   têm  
uma   mente   forte.  
Visto   que   o  
Senhor   pode  quebrantá-los,   por  
que   depois   de  
muitos   anos,   alguns  
ficam   sem  transformação? Cremos que há duas razões
principais.
A  primeira é 
que  muitos que  vivem 
nas  trevas  não  estão
vendo  a 
mão de  Deus.   Enquanto  
Deus   está   operando,  
enquanto   Deus   está  
destruindo,   não  reconhecem  
que   é   da  
parte   dEle.   Estão  
destituídos   de   luz,  
e,   somente   veem 
homens   que   se  
opõem   a   eles.  
Imaginam   que   se  
o   meio-ambiente   é  
realmente  difícil   demais,   que  
as   circunstâncias   são  
as   culpadas.   Assim,  
continua m   nas  trevas 
e no desespero. 
Que   Deus  
nos  dê   uma  
revelação   para   ver  
o  que   é  
da   mão  dEle,  
a   fim  de 
que   nos   ajoelhemos 
e  Lhe  digamos:  
"És   Tu;   visto  
que   és   Tu,  
eu   aceitarei."   Pelo 
menos,   devemos   reconhecer 
de   Quem   é 
a   mão   que  
trata   conosco.   Não  
é   mão  humana,  
nem   a   mão  
da   nossa   família,  
nem   a   dos  
irmãos   e   irmãs  
na   igreja,  mas,  
sim,   a   de  
Deus.   Precisamos   aprender  
como   nos   ajoelhar  
e   beijar   a  
mão,  amar   a 
mão  que   lida  
conosco,   assim   como  
fazia   Madame   Guyon.  
Precisamos  ter   esta  
luz   para   ver,  
seja   o   que  
o   Senhor   fez,  
aceitamos   e   cremos;  
o   Senhor  nada pode fazer de errado.
A  segunda razão,  outro grande 
impedimento à  obra  de 
quebrar o  homem  exterior é 
o amor-próprio. Devemos pedir  que
Deus  remova  o coração 
do amor-próprio.   À   medida  
em   que   Ele  
lida   conosco   em  
reposta   à   nossa  
oração,  devemos  adorar  
e  dizer:  "Ó  
Senhor,  s e  isto 
for  da  Tua  
mão,  que   eu 
o   aceite  do 
meu   coração."   Lembremo -nos   de  
que   a  
única   razão   para  
todo   mal   entendido, 
toda   a  irritação, 
todo   o  descontentamento,   é  que   secretamente   amamos 
a   nós  mesmos.  
Assim,   planejamos   um  
modo   mediante   o  
qual   podemos   livrar  
a   nós  mesmos.  
Muitas   vezes,   os  
problemas   surgem   porque  
procuramos   uma   via  
de  escape — uma fuga da operação
da cruz. 
Aquele que
subiu à cruz e que s e recusa  a beber o
vinho com fel é aquele  que   conhece  
o   Senhor.   Muitos  
sobem   à   cruz  
com   certa   relutância,  
ainda  pensando  em 
beber  o   vinho 
com  fel  para 
aliviar  suas  dores. 
Todos  aqueles  que 
dizem:   "Não   beberei,  
porventura,   o   cálice  
que   o   Pai  
me   deu?"   não  
beberá   do  cálice  
do   vinho   com  
fel.   Somente   podem  
beber   um   cálice,  
não   dois.   Estas 
pessoas   não   têm  
qualquer   amor-próprio.   O   a
mor-próprio   é   uma  
dificuldade  básica.   Que  o   Senhor 
nos   fale   hoje 
de   tal   maneira 
que   possamos   orar:  
"Ó   meu  Deus,  
vi   que   todas  
as   coisas   vêm  
de   Ti.   Todos  
os   meus   caminhos  
estes   cinco  anos,  
dez   anos,   ou  
vinte   anos,   são  
de   Ti.   Operastes  
de   tal   maneira  
que  atingistes   Teu  
propósito,   que   não  
é   outro   senão  
que   Tua   vida  
seja   vivida  através de mim. Mas eu  fui tolo. Não vi. Fiz muitas coisas para
escapar, e a ssim  adiei  o  
Teu   tempo.   Hoje,  
vejo  Tua   mão. 
Estou   disposto  a 
me   oferecer  a  
Ti.   Mais  uma vez coloco- me nas Tuas mãos."
Espere que Verá Feridas
Ninguém  é  mais  belo 
do  que  alguém 
que está  quebrantado!  A  teimosia  e 
o  amor- próprio  cedem 
lugar  à  beleza  
na  pessoa  que  f
oi  quebrantada  por 
Deus.  Vemos   Jacó 
no   Antigo   Testamento,  
como   mesmo  no 
ventre  da   sua  
mãe,   lutava  com  
seu   irmão.   Era  
sutil,   enganoso,   traiçoeiro.  
Por   isso,   sua  
vida   estava   cheia 
de   tristezas   e  
mágoas.   Ainda   jovem,  
fugiu   do   seu  
lar.   Durante   vinte  
anos   foi  logrado  
por   Labão.   A  
esposa   do   amor  
de   seu   coração,  
Raquel,   morreu  prematuramente.   O  
filho   do   seu  
a mor,   José,   foi  
vendido.   Anos   mais  
tarde,  Benjamin   foi  
preso   no   Egito.  
Deus   tratou   com  
ele   sucessivamente,   e  
Jacó  encontrou   infortúnio  
a pós   infortúnio.   Deus  
o   feriu   uma   vez,   duas   vezes;  
na  realidade, sua história
inteira pode ser  descrita como
sendo  uma história de ser  ferido  
por   Deus.   Finalmente,  
depois   de   muitos  
tratamentos   deste   tipo,  
o  homem   Jacó  
foi   transformado.   Durante  
seus   últimos   poucos  
anos,   era   bem 
transparente .   Quão   nobre  
era   sua   resposta  
a   Faraó!   Quão  
belo   foi   seu  
fim,  quando   adorou  
a   Deus,   apoiado  
no   seu   bordão!  
Quão   claras   eram  
suas  bênçãos  pronunciadas 
sobre  seus  descendentes! 
Depois   de  ler  a  última 
página  da sua história,  queremos 
curvar a cabeça e  adorar a Deus.
Aqui temos alguém  que   está  
a madurecido,   que   conhece  
a   Deus.   Várias  
décadas   de   tratos  
tiveram  como  resultado 
que  o  homem 
exterior  de  Jacó 
foi  quebrantado.  Na sua 
velhice,  o quadro é belo
Cada   um  
de   nós   tem  
boa   parte   da  
mesma   natureza   de  
Jacó   em   nós. 
Nossa   única   esperança  
é   que   o  
Senhor   marque   um  
caminho   para   fora, 
quebrando o  homem exterior
de  tal maneira  que o 
homem interior possa  surgir  e  
ser   visto.   Isto  
é   precioso,   e   é   o  
caminho   daqueles   que  
servem   ao   Senhor. 
Somente   assim   podemos   servir;  
somente   assim   podemos  
leva r   os   homens  
ao  Senhor.   Tudo  
o   mais   está  
limita do   quanto   ao  
seu   valor.   A  
doutrina   não   tem  muita   utilidade,  
nem   a   teologia.  
Qual   é   a  
utilidade   do   mero  
conhecimento  teórico   da  
Bíblia   se   o  
homem   exterior   permanecer  
sem   ser   quebrantado? 
Somente a pessoa através de quem Deus pode aparecer, é útil.Depois   de  
nosso   homem   exterior  
ter   sido   ferido,  
tratado,   e   levado  
por  várias   provas,  
temos   feridas   em  
nós,   e   assim  
deixamos   o   espírito  
emergir-  Temos   receio  
de   encontrar   alguns  
irmãos   e   irmãs  
cujo   ser   total  
permanece  intato,   nunca  
tendo   sido   tratado  
e   transformado.   Que  
Deus   tenha   misericórdia 
de   nós,   mostrando -nos   claramente  
este   caminho,   e  
revelando-nos   que   é   o  único  
caminho.   Que   Ele  
também   nos   mostre  
que   nisto   é  
visto   o   propósito  
de  todos   os  
Seus   tratos   durante  
estes   poucos   anos,  
sejam   dez   ou  
vinte.   Que  ninguém 
menospreze  os  tratos 
do  Senhor.  Que 
Ele  nos revele  verdadeiramente  o  
que   significa   o  
quebrantamento   do   homem  
exterior.   Se   o  
homem   exterior  permanecesse  
integral,   tudo   estaria  
meramente   em   nossa  
mente,   totalmente  inútil.  
Tenhamos   esperança   de  
que   o   Senhor  
venha   a   tratar  
de   nós   de  
modo  completo.14
                                                                     Watchman
Nee - A Liberação do Espírito



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