__/___/____ Lição 02: Ideologia de Gênero e                                               Desconstrução da Família
Texto Bíblico Básico: Gênesis 6.1-7
         
"E, como nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do Homem" Lucas 17.26
Texto Bíblico Básico: Gênesis 6.1-7
O que significa o conceito “gênero”
e a ideologia que está por detrás dele

Em 2013, foi proposto a introdução da palavra “gênero” no
Plano Nacional de Educação (PLC 103/2012), mas que não foi aprovada. O que
poderia parecer somente um simples acréscimo terminológico, na verdade esconde
uma perniciosa ideologia, chamada de “Ideologia de Gênero”.
         O conceito
“Ideologia de Gênero” foi criado por sociólogos reunidos em uma conferência da
ONU na cidade de Pequim, em 1995. Apesar de ser uma invenção dos últimos 20
anos, essa ideologia solidificou-se na cultura global de tal maneira que afeta
a compreensão da família, repercute na esfera política e legislativa, no
ensino, na comunicação social e na própria linguagem corrente.
      Segundo esta
ideologia, os papéis entre homens e mulheres, dentro do contexto do matrimônio
e da família, devem ser substituídos por relações sexuais física e
psicologicamente versáteis e que não obedecem uma ordem da natureza e dignidade
que lhes é própria. Segundo essa teoria ideológica os dois sexos – masculino e
feminino – são considerados construções culturais e sociais, de modo que,
embora existindo um sexo biológico, cada pessoa tem o direito de escolher o seu
sexo social (gênero). Seus adeptos querem ensinar às crianças que elas,
socialmente falando, não são homens ou mulheres, mas podem escolher qualquer
opção sexual que quiserem. Para os seus defensores, quando a criança nasce ela
não deve ser considerada do sexo masculino ou feminino, mas somente uma pessoa
do gênero humano, que depois fará a escolha do seu próprio sexo.
Ao mesmo tempo, a Ideologia de Gênero ensina que a família,
sempre considerada pela humanidade de todos os tempos como lugar autêntico onde
se transmite as formas fundamentais de ser pessoa humana, passa a não ter um
formato pré-estabelecido pela natureza, pois a construção do gênero despreza as
diferenças dos sexos e as bases, tanto biológicas quanto psicológicas, da
complementariedade entre o homem e a mulher. Assim sendo, a criança e o
adolescente perdem os referenciais éticos e antropológicos da construção da
própria identidade e passam, arbitrariamente, a construir-se e definir-se como
lhe agrade, refletindo um subjetivismo relativista levado ao extremo e negando
o significado da realidade objetiva.
       A igualdade
entre homem e mulher é um dos maiores direitos da pessoa humana. Na Ideologia
de Gênero, porém, não se trata de igualdade de diretos, mas do próprio
nivelamento de qualquer diferença, inclusive a diferença biológica entre homem
e mulher. Infelizmente, a maioria das pessoas, os pais principalmente,
desconhecem o que significa o conceito “gênero”, a ideologia que está por
detrás dele e as consequências que podem produzir na educação das crianças e
dos adolescentes – confusão nas crianças, uso comum dos banheiros,
promiscuidade, gravidez na adolescência, perda da autoridade paterna sobre a
educação sexual dos filhos, impedimento do ensino da moral cristã mesmo nas
escolas confessionais, etc.
Um olhar crítico seria suficiente para verificar a não
plausibilidade de tal ideologia, como prova o norueguês Harald Eia, formado em
Ciências Sociais, em uma série de programa televisivos por ele dirigida chamada
“Brainwash” (Lavagem cerebral), onde demonstra a inconsistência e não
razoabilidade da Ideologia de Gênero 
                      http://www.catedralgo.com.br/index.php/midias/noticias/244-o-que-e

A ideologia de gênero (resumida em pontos principais)
Estamos vivendo dentro de um plano orquestrado para a
destruição da família;
Constituição Brasileira, Art 226, § 3º: Para efeito da
proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
– ideologia de gênero: as pessoas se constroem sexualmente,
são versáteis, podendo mudar de orientação sexual a qualquer momento; não
existe homem e mulher;
– gênero é termo criado para paulatinamente entrar na
linguagem e pervertê-la: primeiro como sinônimo de sexo e, depois, como forma
de definir o ser humano como indefinido; mas o objetivo é que o sentido do
termo não seja mesmo compreendido (a não ser pelo seus promotores), pois quanto
mais ignorantes as pessoas forem, do verdadeiro sentido, melhor;
– a implantação da ideologia de gênero na educação é
fundamental para a estratégia de um grupo de poder de retirar dos pais o
direito e dever sobre a educação dos seus filhos e passá-la ao Estado.
– ao promover a erotização das crianças (cartilhas de
“educação” sexual, incentivo ao sexo livre), os ideólogos, no futuro, querem
promover a pedofilia (ver vídeo neste blog);
– esta erotização precoce serve para “quebrar” a pessoa,
dando ênfase ao indivíduo, ou seja, alguém mais facilmente manipulado quando
adulto;
Consequências:
• - uso comum dos banheiros nas escolas (D.O.U.12/03/15):
que apresenta um perigo real de estupros (A Suécia, promotora da ideologia de
gênero, é o 2º país no mundo, em número de estupros)
• perseguição social (médicos obrigados a fazer cirurgia de
mudança de sexo e aborto; psicólogos não podendo atender pessoas com tendência
homosexual; professores obrigados a seguirem a cartilha ideológica, etc)
No futuro, estarão Propondo o incesto e a pedofilia, como já
dizia a feminista radical Shulamith Firestone, que citamos:
“O tabu do incesto hoje é necessário somente para preservar
a família; então, se nós nos desfizermos da família, iremos de fato
desfazer-nos das repressões que moldam a sexualidade em formas específicas”
(Isto já é recomendado na Alemanha, por um Conselho de Ética!)
“A total integração das mulheres e das crianças em todos os
níveis da sociedade. Todas aquelas instituições que segregam os sexos ou
separam as crianças da sociedade adulta, por exemplo, a escola elementar, devem
ser destruídas. Abaixo a escola! (…) E, se as distinções culturais entre homens
e mulheres e entre adultos e crianças forem destruídas, nós não precisaremos
mais da repressão sexual que mantém estas classes diferenciadas, sendo pela
primeira vez possível a liberdade sexual “natural”. Assim, chegaremos, à 31 4)
liberdade sexual para que todas as mulheres e crianças possam usar a sua
sexualidade como quiserem. Não haverá mais nenhuma razão para não ser assim.
(…) Em nossa nova sociedade a humanidade poderá finalmente voltar à sua
sexualidade natural “polimorfamente diversa”.
Serão permitidas e satisfeitas todas as formas de
sexualidade. A mente plenamente sexuada tornar-se-ia universal”.
“Eu não acredito que toda conduta sexual entre estudantes
menores e professores deve necessariamente ser classificada como estupro. Eu
acredito que, salvo em circunstâncias realmente estritas, o sexo consensual
entre professores e alunos não deveria ser criminalizado.” (The Washingto Post)
• - crise de identidade gravíssima nas crianças e
adolescentes (ex.: um pai veio desesperado falar comigo, pois seu filho de 8
anos, chorando, perguntava a ele se ele era realmente menino, pois a professora
dissera que ele poderia escolher o que é, não sendo nem menino nem menina);
• Pais presos na Alemanha, por não levarem seus filhos em
aulas de educação sexual
(http://biopolitica.com.br/index.php/news/37-na-alemanha-a-policia-prende-por-40-dias-os-paisde-criancas-que-nao-foram-a-aula-de-ideologia-de-genero)
O que queremos:
– não queremos a discriminação injusta das pessoas, mas não
aceitamos a imposição de uma forma de pensar e agir, de uma parcela da
população, sobre toda a população;
– não aceitamos ser as novas vítimas do CAVALO DE TRÓIA (uma
palavra – gênero, é introduzida no ordenamento jurídico, como algo bom, mas
mostrar-se-á como um engodo, que traz o inimigo para nós);
– não aceitamos que a CAIXA DE PANDORA se abra sobre nós
– queremos o respeito à Constituição: – Art. 229. Os pais
têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores
têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
– Art 26 da Declaração dos Direitos Humanos: “Aos pais
pertence a prioridade de direito de escolher o gênero [tipo] de educação a dar
aos seus filhos”
– queremos o respeito ao PNE (Plano Nacional de Educação),
que foi Aprovado SEM GÊNERO;
– não aceitamos a imposição de temas ideológicos sobre nós,
vindos da esfera federal do Ministério da Educação;
Estamos vivendo dentro de um plano orquestrado para a
destruição da família;
Constituição Brasileira, Art 226, § 3º: Paraefeito da
proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
– ideologia de gênero: as pessoas se constroem sexualmente,
são versáteis, podendo mudar de orientação sexual a qualquer momento; não
existe homem e mulher;
– gênero é termo criado para paulatinamente entrar na
linguagem e pervertê-la: primeiro como sinônimo de sexo e, depois, como forma
de definir o ser humano como indefinido; mas o objetivo é que o sentido do
termo não seja mesmo compreendido (a não ser pelo seus promotores), pois quanto
mais ignorantes as pessoas forem, do verdadeiro sentido, melhor;
– a implantação da ideologia de gênero na educação é
fundamental para a estratégia de um grupo de poder de retirar dos pais o
direito e dever sobre a educação dos seus filhos e passá-la ao Estado.
– ao promover a erotização das crianças (cartilhas de
“educação” sexual, incentivo ao sexo livre), os ideólogos, no futuro, querem
promover a pedofilia (ver vídeo neste blog);
– esta erotização precoce serve para “quebrar” a pessoa,
dando ênfase ao indivíduo, ou seja, alguém mais facilmente manipulado quando
adulto;
Consequências:
• - uso comum dos banheiros nas escolas (D.O.U.12/03/15):
que apresenta um perigo real de estupros (A Suécia, promotora da ideologia de
gênero, é o 2º país no mundo, em número de estupros)
• perseguição social (médicos obrigados a fazer cirurgia de
mudança de sexo e aborto; psicólogos não podendo atender pessoas com tendência
homosexual; professores obrigados a seguirem a cartilha ideológica, etc)
No futuro, estarão Propondo o incesto e a pedofilia, como já
dizia a feminista radical Shulamith Firestone, que citamos:
“O tabu do incesto hoje é necessário somente para preservar
a família; então, se nós nos desfizermos da família, iremos de fato
desfazer-nos das repressões que moldam a sexualidade em formas específicas”
(Isto já é recomendado na Alemanha, por um Conselho de Ética!)
“A total integração das mulheres e das crianças em todos os
níveis da sociedade. Todas aquelas instituições que segregam os sexos ou
separam as crianças da sociedade adulta, por exemplo, a escola elementar, devem
ser destruídas. Abaixo a escola! (…) E, se as distinções culturais entre homens
e mulheres e entre adultos e crianças forem destruídas, nós não precisaremos
mais da repressão sexual que mantém estas classes diferenciadas, sendo pela
primeira vez possível a liberdade sexual “natural”. Assim, chegaremos, à 31 4)
liberdade sexual para que todas as mulheres e crianças possam usar a sua
sexualidade como quiserem. Não haverá mais nenhuma razão para não ser assim.
(…) Em nossa nova sociedade a humanidade poderá finalmente voltar à sua
sexualidade natural “polimorfamente diversa”. Serão permitidas e satisfeitas
todas as formas de sexualidade. A mente plenamente sexuada tornar-se-ia
universal”.
“Eu não acredito que toda conduta sexual entre estudantes
menores e professores deve necessariamente ser classificada como estupro. Eu
acredito que, salvo em circunstâncias realmente estritas, o sexo consensual
entre professores e alunos não deveria ser criminalizado.” (The Washingto Post)
• - crise de identidade gravíssima nas crianças e adolescentes
(ex.: um pai veio desesperado falar comigo, pois seu filho de 8 anos, chorando,
perguntava a ele se ele era realmente menino, pois a professora dissera que ele
poderia escolher o que é, não sendo nem menino nem menina);
• Pais presos na Alemanha, por não levarem seus filhos em
aulas de educação sexual
(http://biopolitica.com.br/index.php/news/37-na-alemanha-a-policia-prende-por-40-dias-os-paisde-criancas-que-nao-foram-a-aula-de-ideologia-de-genero)
O que queremos:
– não queremos a discriminação injusta das pessoas, mas não
aceitamos a imposição de uma forma de pensar e agir, de uma parcela da
população, sobre toda a população;
– não aceitamos ser as novas vítimas do CAVALO DE TRÓIA (uma
palavra – gênero, é introduzida no ordenamento jurídico, como algo bom, mas
mostrar-se-á como um engodo, que traz o inimigo para nós);
– não aceitamos que a CAIXA DE PANDORA se abra sobre nós
– queremos o respeito à Constituição: – Art. 229. Os pais
têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores
têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
– Art 26 da Declaração dos Direitos Humanos: “Aos pais
pertence a prioridade de direito de escolher o gênero [tipo] de educação a dar
aos seus filhos”
– queremos o respeito ao PNE (Plano Nacional de Educação),
que foi Aprovado SEM GÊNERO;
– não aceitamos a imposição de temas ideológicos sobre nós,
vindos da esfera federal do Ministério da Educação;
http://acordaterradesantacruz.com.br/?p=378
Pe. Sílvio MIC

Ideologia de gênero neutro mostra que não deu certo
As filiais das lojas de brinquedos Toys”R”Us e BR Toys na
Suécia trouxeram uma “infeliz novidade” em seus catálogos no Natal de 2012. As
fotos ilustrativas mostram meninas com carrinhos e armas de mentira e meninos
se divertindo com bonecas e utensílios domésticos, como aspirador de pó e ferro
de passar roupas.
A troca de papéis nas fotos foi feita sob a orientação da
Swedish Advertising Ombudsman, uma das organizações que regulam a propaganda na
Suécia. O órgão alega que, no ano passado, recebeu muitas reclamações de
consumidores dizendo que as campanhas dessas lojas eram muito conservadoras em
relação aos papéis feminino e masculino. Por que argumentavam esses
consumidores — manter velhos estereótipos ligados ao gênero das crianças ao
escolher os brinquedos para elas? Esse tipo de raciocínio não é uma
excentricidade restrita aos suecos. Ele faz parte de uma corrente pedagógica
que vem se espalhando por outros países e que propõe uma educação de gênero
neutro, ou seja, que não leve em consideração o sexo da criança. Os educadores
e as famílias que defendem esse estilo de aprendizado afirmam que é preciso
derrubar tradições como vestir meninos de azul e meninas de cor-de-rosa, e que
se deve dar a eles liberdade para que escolham as roupas que vão usar — mesmo
que sejam características do sexo oposto.
O risco dessa postura,  alertam muitos especialistas, é confundir as
crianças acerca de sua sexualidade, com consequências imprevisíveis. “É comum
que as crianças brinquem com peças de roupa do sexo oposto, mas que os pais
estimulem esse comportamento, isso definitivamente não é normal, muito menos
saudável”, diz a psicóloga americana Diane Ehrensaft, diretora do Centro de
Saúde Mental e Gênero da Criança e do Adolescente.
Até hoje a ciência não descobriu se a homossexualidade é
inata ou adquirida no meio social, mas já se tem certeza de que toda criança
nasce com predisposição a desenvolver características psicológicas do sexo a
que pertence. A literatura médica está repleta de casos em que os pais tentaram
dar outra orientação sexual aos filhos, com resultados lamentáveis.
Caso David Reimer
O caso recente mais conhecido é o do canadense David Reimer.
Em 1966, antes de completar 1 ano, Reimer teve o pênis extirpado numa cirurgia
de circuncisão desastrada. Seus pais cruzaram os Estados Unidos para consultar
o psicólogo Jolin Money, na época considerado uma autoridade em diferenças
entre os gêneros. Money aconselhou uma cirurgia de mudança de sexo, com a
construção de uma vagina artificial seguida de um bombardeio de hormônios
femininos.
Na ocasião, Money tentava comprovar a teoria de que não eram
as características físicas que determinavam o sexo, e sim a educação dada pela
família. Os pais concordaram com a cirurgia e Reimer, rebatizado de Brenda, foi
criado como uma menina. Logo se constatou o fracasso da empreitada. Aos 2 anos,
Reimer rasgava seus vestidos com raiva. Recusava-se a brincar com bonecas. Mais
tarde, na escola, sofria bullying por causa de seus trejeitos masculinos. Seus
pais só lhe contaram sobre a cirurgia de mudança de sexo aos 14 anos. Em 2004,
aos 38 anos, Reimer se matou.
Ideologia de Gênero
no PNE
No final do ano passado, foi votado no Senado Federal o
projeto para o Plano Nacional de Educação. O PNE contém as diretrizes para todo
o sistema educacional brasileiro para os próximos anos. Dentre os diversos
problemas que se encontraram no texto, o mais grave deles é a inserção da
Ideologia de Gênero em nosso sistema educacional.
Na ocasião, os senadores rejeitaram a tentativa de tornar
obrigatório o ensino dessa ideologia em nosso sistema educacional. 
Após a votação no Senado, o PNE foi para a Câmara dos
Deputados, onde foi votado por uma Comissão Especial. Vários deputados
afirmaram que são favoráveis à obrigatoriedade da inserção da Ideologia de
Gênero. Além disso, o relator da comissão, o deputado Álvaro Vanhoni (PT-PR),
adotou a mesma posição defendida pelo presidente da ABGLT, ou seja, a defesa da
inclusão da Ideologia de Gênero no sistema educacional brasileiro. 
No dia 6 de maio aconteceu a votação na comissão especial
que se analisaria o Plano Nacional de Educação (PNE). Este foi aprovado, mas sem
a menção à expressão “Ideologia de Gênero”. Se tal expressão não fosse excluída
do PNE, seria permitido um ensino favorável ao homossexualismo, e outros tipos
de “orientações sexuais”, às nossas crianças.
Como já foi explicado em outra ocasião, a Ideologia de
Gênero é uma técnica idealizada para destruir a família como instituição
social. Ela é apresentada sob a maquiagem da "luta contra o
preconceito", mas na verdade o que se pretende é subverter completamente a
sexualidade humana, desde a mais tenra infância, com o objetivo de abolir a
família. 
Além disso, a palavra “gênero”, segundo os criadores da
Ideologia de Gênero, deve substituir o uso corrente de palavra “sexo” e
referir-se a um papel socialmente construído, não a uma realidade que tenha seu
fundamento na biologia.
Desta maneira, por serem papéis socialmente construídos,
poderão ser criados gêneros em número ilimitado, e poderá haver inclusive
gêneros associados à pedofilia ou ao incesto. É o que diz, por exemplo, a
feminista radical Shulamith Firestone: “O tabu do incesto hoje é necessário
somente para preservar a família; então, se nós nos desfizermos da família,
iremos de fato desfazer-nos das repressões que moldam a sexualidade em formas
específicas”. Ora, uma vez que a sexualidade seja determinada pelo
"gênero" e não pela biologia, não haverá mais sentido em sustentar
que a família é resultado da união estável entre homem e mulher.
Se estes novos conceitos forem introduzidos na legislação,
estará comprometido todo o edifício social e legal que tinha seu sustento sobre
a instituição da família. Os princípios legais para a construção de uma nova
sociedade, baseada na total permissividade sexual, terão sido lançados. A
instituição familiar passará a ser vista como uma categoria “opressora” diante dos gêneros novos e
inventados, como a homossexualidade, bissexualidade, transexualidade e outros.
Para que estes novos gêneros sejam protegidos contra a
discriminação da instituição familiar, kits gays, bissexuais, transexuais e
outros poderão tornar-se obrigatórios nas escolas. Já existe inclusive um
projeto de lei que pretende inserir nas metas da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação nacional a expressão “igualdade de gênero”. 
                                                                                             
               Marisa Lobo

Ideologia de gênero nas escolas
É nefasto, para ser educado, ler que algumas escolas metidas
a modernosas estão pondo em prática o absurdo de estipular dias em que os
meninos devem ir à aula vestidos de meninas e as meninas de meninos.
Que maldita pedagogia é essa, que não percebe a confusão que
está criando na cabeça de crianças de seis, sete e oito anos?
Por trás de tamanho absurdo, há com certeza uma psicologia
ativista servindo a uma agenda determinada, transformando crianças pequenas em
cobaias.
Luiz Felipe Pondé, em sua coluna na Folha, delata e desanca
a laia responsável por essa patacoada, explicando que tentar enfurnar na cabeça
de uma criança um suposto combate a violência de gênero é, numa análise fria,
uma violência potencialmente maior.
As escolas viraram laboratórios de “experiências” em muitas
áreas. Em vez de ensinar as capitais dos Estados e dos países, querem ensinar
as crianças como elas devem se sentir (o que é “correto” sentir) diante das
coisas. Muita dessa gente nem tem “moral” para pregar para os outros. Não
confio em ninguém que posa de “correto”.
Vamos ao primeiro exemplo. Tenho ouvido falar que em muitas
escolas virou costume fazer um dia em que meninos vão vestidos de meninas e
meninas vão vestidas de meninos.
Na cabeça desse povo, esse dia deve ser dedicado ao combate
à violência de gênero. O que esses professores não sacam é que um pedido desse
para crianças é em si uma violência de gênero e uma covardia, levando-se em
conta que são crianças e que não têm como se defender dos delírios de teóricos
bobos. E o pior é que pais inteligentinhos acham essa bobagem a última palavra
em “ética”. Risadas?
Outro dia ouvi de um menino de sete anos da classe C que sua
professora pensava que ele era uma travesti porque tinha dito na classe que no
dia X os meninos deviam ir vestidos de meninas e vice-versa. Mas, como ele não
era uma travesti, recusou-se a ir vestido de mulher e me falou: “Eu não fui
porque não sou travesti”.
Não é preciso ser um Einstein para entender o reboliço na
cabeça do garoto mencionado por Pondé. Que é um abuso irresponsável. Que um
menino de sete anos não tem maturidade para compreender que tem que se vestir
de menina, sendo um menino, porque adultos moderninhos o querem como cobaia.
Enquanto professores submeterem suas aulas a brincadeiras
laboratoriais da esquerda psicótica, a educação brasileira continuará patinando
nas últimas posições dos rankings globais e formaremos mais gerações
desprovidas de valores.
Crianças são crianças. Respeitem a inocência infantil
enquanto ela permanece. Já não basta que nós, adultos, tenhamos que engolir as
nojentices dessa esquerda delirante, sustentada por fomentos do governo atual?
As escolas estão deseducando as crianças. Simples assim.
                                                   
                                Por Renan Alves da Cruz
Pais isolados das crianças
Os dados a seguir foram extraídos de uma entrevista feita em
2011 pelo portal LifeSiteNews a Jonas Himmelstrand[2], um experiente educador
sueco, autor do livro “Seguindo seu coração: na utopia social da Suécia”[3],
publicado em 2007 e ainda pendente de tradução.
Na Suécia, as crianças de um ano de idade são enviadas para
as creches subsidiadas pelo Estado, onde permanecem desde a manhã até o
entardecer. Enquanto isso, os pais ficam trabalhando fora do lar (a fim de
arcarem com os elevados impostos cobrados), inclusive a mãe, pois a ideologia de
gênero impede a mulher de ficar “trancada em casa e no fogão”, conforme uma
expressão sueca. Num país de aproximadamente 100.000 nascimentos anuais, as
estatísticas mostram que das crianças suecas entre 18 meses e 5 anos de idade,
92% estão nas creches.
“Você não é forçado a fazer isso  propaganda é uma palavra forte”, diz
Himmelstrand, “mas as informações sobre os benefícios das creches” vindas dos
meios de comunicação e outras fontes “fazem os pais que mantêm seus filhos em
casa até os 3 ou 4 anos de idade se sentirem socialmente marginalizados”.
Segundo Himmelstrand, “o problema central do modelo sueco é
que ele está 
financeiramente e culturalmente obrigando os pais e as mães
a deixar nas creches seus filhos a partir da idade de um ano, quer eles achem que
isso é certo ou não”.
Crianças massificadas
nas escolas
O currículo nacional da Suécia procura combater os
“estereótipos” de gênero, ou seja, os “papéis” atribuídos pela sociedade a cada
sexo. A escola “Egalia”[4], do distrito de Sodermalm, em Estocolmo, evita o uso
dos pronomes “ele” (han) ou “ela” (hon) quando se dirige aos mais de trinta
meninos e meninas que lá estudam, com idade de um a seis anos. Em vez disso,
usa-se a palavra sexualmente neutra “hen”, um termo inventado que não existe em
sueco, mas que é amplamente usado por feministas e homossexuais. A escola
contratou um “pedagogo de gênero” para ajudar os professores a removerem todas
as referências masculinas ou femininas na linguagem e no comportamento. Os
blocos Lego e outros brinquedos de montar são mantidos próximos aos brinquedos
de cozinha, a fim de evitar que seja dada qualquer preferência a um “papel”
sexual. Os tradicionais livros infantis são substituídos por outros que tratam
de duplas homossexuais, mães solteiras, crianças adotadas e ensinam “novas
maneiras de brincar”. Jenny Johnsson, uma professora da escola, afirma: “a
sociedade espera que as meninas sejam femininas, delicadas e bonitas e 
que os meninos sejam masculinos, duros e expansivos. Egalia
lhes dá uma oportunidade fantástica para que eles sejam qualquer coisa que
queiram ser”.
“Educação sexual”
Nas creches e escolas, totalmente fora do controle dos pais,
as crianças são submetidas a uma “educação sexual”. Johan Lundell, secretário
geral do grupo sueco pró-vida “Ja till Livet” (Sim à vida) explica que se
ensina às crianças que tudo que lhes traz prazer é válido[5]. Os professores
são orientados a perguntar aos alunos: “o que te excita?”. Segundo Lundell, o
homossexualismo foi tão amplamente aceito pelos suecos, que “nos livros de
educação sexual, eles não falam em alguém ser heterossexual ou homossexual.
Tais coisas não existem, pois para eles todos são bissexuais; é apenas uma
questão de escolha”.
Lundell cita uma cartilha publicada por associações
homossexuais e impressa com o auxílio financeiro do Estado: “Eles escrevem de
maneira positiva sobre todos os tipos de sexualidade, qualquer tipo, mesmo os
mais depravados atos sexuais, e essa cartilha entra em todas as escolas”.
Perseguição estatal
Na esteira da ideologia de gênero, a Suécia aprovou uma lei
de “crimes de ódio” que proíbe críticas à conduta homossexual. Em julho de
2004, o pastor pentecostal Ake Green foi condenado a um mês de prisão por ter feito
um sermão qualificando o homossexualismo como “um tumor canceroso anormal e
horrível no corpo da sociedade”[6].
Os pais são proibidos de aplicar qualquer castigo físico aos
filhos, mesmo os mais moderados. Em 30 de novembro de 2010, um tribunal de um
distrito da Suécia condenou um casal a nove meses de prisão e ao pagamento de
uma multa equivalente a R$ 23.800,00. O motivo foi que os pais admitiram que
batiam em três de seus quatro filhos como parte normal de seus métodos de
educação. Embora os documentos apresentados não relatassem nenhum tipo de abuso
e o próprio tribunal admitisse que os pais “tinham um relacionamento de amor e
cuidado com seus filhos”, as crianças foram afastadas da família e enviadas
para um orfanato estatal[7].
Em junho de 2009, o governo sueco tomou do casal Christer e
Annie Johansson o seu filho Dominic Johansson, depois que a família embarcou em
um avião para se mudar para o país de origem de Annie, a Índia. O motivo
alegado é que o casal, em vez de enviar seu filho para as escolas estatais,
havia resolvido educá-lo em casa, uma prática conhecida como “home scholling”
(escola em casa), amplamente praticada nos Estados Unidos e outros países, com
excelentes resultados pedagógicos. As autoridades suecas, porém, decidiram
remover permanentemente Dominic de seus pais, alegando que o ensino domiciliar
não é um meio apropriado para educar uma criança[8].
Aborto
Entre 2000 e 2010, quando o resto da Europa estava dando
sinais de uma redução da taxa anual de abortos, o governo sueco divulgou que a
taxa tinha aumentado de 30.980 para 37.693. A proporção de abortos repetitivos
cresceu de 38,1% para 40,4%. – o mais alto nível já atingido – enquanto o
número de mulheres que tinha ao menos quatro abortos prévios cresceu de 521
para aproximadamente 750. A Suécia é o único país da Europa em que o aborto é
permitido por simples pedido da gestante até 18 semanas de gestação. Menores de
idade podem fazer aborto sem o consentimento dos pais e os médicos não têm
direito à objeção de consciência[9].
Decadência social
Segundo Himmelstrand, tudo na Suécia dá sinais de
decadência: adultos com problemas de saúde relacionados com “stress”, jovens
com declínio na saúde psicológica e nos resultados escolares, grande número de
pessoas com licença médica e a incapacidade dos pais de se conectarem com seus
filhos[10].
Para Lundell, a Suécia quis criar um “socialismo de
famílias” por meio de uma “engenharia social”[11]. Os frutos são patentes:
casamentos em baixa, divórcios em alta, a família assediada e oprimida pelo
totalitarismo estatal.
Convém olhar para o exemplo sueco antes de se votar a
reintrodução da ideologia de gênero no PNE. É a própria família brasileira que
está em perigo.
Pe. Luiz Carlos Lodi
da Cruz
Presidente do Pró-Vida
de Anápolis
NOTA : ✐👪📚
O CASO DE DAVID REIMER
E A QUESTÃO DA IDENTIDADE DE GÊNERO
Há cerca de dois meses suicidou-se nos Estados Unidos um homem de 38 anos chamado David Reimer. Era tido como um dos pacientes mais famosos na história recente da medicina, dado ter sido objeto de uma polêmica experiência médica. Como não é um caso muito conhecido aqui no Brasil, incialmente farei um relato do mesmo e posteriormente farei alguns comentários a seu respeito.
A HISTÓRIA
Em 1965, na cidade de Winnipeg, nos Estados Unidos, Janet e John Reimer, um jovem casal de fazendeiros mal saído da adolescênca deu à luz a Brian e Bruce, um par de gêmeos. Aos 8 meses de idade, por indicação médica, as crianças foram levadas a um hospital onde sofreriam uma circuncisão tida como de rotina. Num episódio que nunca foi totalmente esclarecido, foi usada uma agulha de eletrocauterização ao invés de um bisturi para retirar o prepúcio de Brian, procedimento que destruiu completamente seu pênis.
Pouco depois, os pais de Brian e Bruce viram, por acaso, na televisão uma entrevista com o psicólogo Dr. John Money, da Jonhs Hopkins University de Baltimore, na qual ele asseverava que os bebês nasciam “neutros” e teriam sua identidade definida como masculina ou feminina (identidade de gênero) exclusivamente em função da maneira pela qual seriam criados Tal informação lhes pareceu muito apropriada para a resolução do problema de Brian, o filho mutilado. Logo procuraram aquele especialista, que imediatamente se dispôs a atendê-los, quando indicou uma mudança cirúrgica de sexo, que, realizada, transformou Brian numa menina, “Brenda”.
Money orientou os pais de que deveriam educar “Brenda”como menina, agindo como se a criança tivesse nascido com o sexo feminino, sem mais falar do que lhe tinha ocorrido de fato.
Os pais de Brian-Brenda não sabiam, mas Money – um psicólogo nascido na Nova Zelândia no seio de uma família regida por rígidos preceitos protestantes – era conhecido como uma espécie de guru da sexualidade e preconizava comportamentos sexuais ousados, embora que compatíveis com o espírito da época nos Estados Unidos, quando vigorava o protesto contra o Viet-Nam, o movimento hippie questionava tradições culturais arraigadas e o movimento feminista explodia com grande radicalidade. Money defendia os casamentos “abertos”, nos quais os cônjuges poderiam ter amantes com consentimento mútuo; estimulava o sexo grupal e bissexual, além de, em momentos mais extremados. parecer tolerar o incesto e a pedofilia.
O interesse de Money no caso de Brian não poderia ser maior. Como defendia a idéia de que as diferenças de comportamento entre os sexos eram decorrentes de fatores socio-culturais e não biológicos (nature versus nurture) – tese aclamada pelas feministas de então -, a mutilação de Brian oferecia-lhe uma excelente oportunidade de colocar à prova sua teoria. Havia – em sua opinião – a indicação para a mudança cirúrgica de sexo, os pais tratariam a criança conforme sua orientação e o experimento teria uma contraprova natural, pois havia um irmão gêmeo idêntico, univitelino, que serviria de controle.
Money tinha anteriormente colaborado nos procedimentos pioneiros de “realinhamento sexual” (sex reassignment) em crianças com hermafroditismo. Brian foi a primeira criança nascida normalmente (com definição sexual masculina) a ser submetida a esse processo.
A acreditar nos vários relatos que Money publicou no correr dos anos 70, a experiência teria sido um grande sucesso. Os gêmeos estavam felizes em seus papeis estabelecidos: Bruce era um menino forte e levado; “Brenda”, sua `irmã’, era uma doce menininha. Em função dessa experiência, Money ficou mais famoso. A revista TIME dedicou-lhe uma longa matéria e o incluiu num capítulo sobre gêmeos em seu famoso livro Man & Woman, Boy & Girl.
Como inexplicavelmente deixou de publicar as evoluções do caso, o fato chamou a atenção de um pesquisador rival, Dr. Milton Diamond, da Universidade do Havaí, que procurou informações e reconstruiu a verdade sobre o mesmo, publicando-o num artigo em co-autoria com Keith Sigmundson, nos Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine.
A verdade descrita por Diamond era muito diferente da versão sustentada por Money. Desde os dois anos, “Brenda” rasgava suas roupas de menina e se recusava a brincar com bonecas, disputando com o irmão Bruce seus brinquedos. Na escola, era permanentemente hostilizada pelo comportamento masculinizado e pela insistência em urinar de pé. Queixava-se insistentemente aos pais por não se sentir como uma menina. Mantendo as orientações de Money, os pais diziam-lhe que era uma “fase” que logo superaria.
Os pais levavam periodicamente os dois filhos para sessões de “psicoterapia” com Money. Segundo consta, tais sessões foram profundamente traumáticas para ambas as crianças. Nelas, possivelmente num esforço de estabelecer as diferenças de comportamento sexual entre homem e mulher, Money lhes mostrava fotos sexuais explícitas e teria feito as criançs encenarem posições de coito. Esta última afirmação é rebatida por defensores de Money, que a vêem como produto de “falsas memórias” por parte das crianças. Esses defensores alegam que toda a conduta de Money deve ser entendida no contexto cultural e médico da época, já que – na ocasião – as técnicas de reconstrução artificial do pênis eram inexistentes ou rudimentares.
Quando “Brenda” tinha 14 anos, não agüentando mais a situação, os pais consultaram um psiquiatra de sua cidade, que sugeriu dizer toda a verdade para “Brenda”. Tal informação teve um efeito profundo e transformador. Posteriormente, “Brenda” disse: “De repente, tudo fazia sentido. Ficava claro por que me sentia daquela forma. Eu não estava louco”.
“Brenda” imediatamente se engajou numa busca do sexo perdido. Fez inúmeras cirurgias para fechar sua vagina artificial, recompor a genitália masculina com a implantação de próteses de pênis e testículos, retirar os seios crescidos a base de estrógenos, além de iniciar tratamentos hormonais para masculinizar sua musculatura. Significativamente, não retomou seu nome inicial “Brian”, escolhendo chamar-se “David”.
Nesse ínterim, a mãe, que se sentia culpada e desorientada com a situação da “filha”, tinha entrado em depressão e, a certa altura, tentara suicídio. O pai desenvolveu um alcoolismo grave e o irmão gêmeo Bruce, começara a usar drogas e a praticar atos delinqüenciais ao atingir a adolescência. “Brenda”, agora “David”, apesar de todas as cirurgias e da nova identidade masculina, mergulhara também numa séria depressão e tentou suicídio pela primeira vez aos 20 anos.
Quando tinha 30 anos, David foi encontrado por Diamond, que, como dito acima, desconfiara do motivo que levara Money a interromper, sem maiores explicações, o relato de um caso que reputava de tanto sucesso. David soube que, até então, seu caso era mundialmente conhecido, apresentado na literatura médica como um grande sucesso e usado para legitimar procedimentos de alteração cirúrgica de sexo em crianças hermafroditas ou que sofreram algum tipo de mutilação. Tal como Diamond e Sigmundsen, David ficou indignado com tal impostura, e resolveu colaborar com aqueles dois profissionais, dando origem ao trabalho que recolocou a verdade em circulação, engajando-se numa campanha para evitar que outros passassem pelos mesmos sofrimentos que ele tivera de suportar. O trabalho de Diamond foi largamente divulgado e chegou à grande mídia, jornais e televisões norte-americanos.
Foi assim que John Colapinto, redator da revista Rolling Stone, tomou conhecimento da vida de David. Tendo em vista entrevistá-lo, Colapinto procurou David e desse encontro surgiu a idéia de escrever sua biografia, que tomou o nome de As Nature made him – The Boy who was raised as a girl. Os lucros da publicação foram divididos meio-a-meio entre Colapinto e David, assim como sua venda para o cinema, já que o livro despertou o interesse do diretor Peter Jackson de Lord of the rings (“O Senhor dos Anéis”). No momento, o estúdio Dreamworks de Spielberg, desenvolve um projeto para futura realização.
David se casara com uma bondosa mulher que o suportou por 14 anos. Cansada de seu caráter soturno, melancólico, ela propôs a separação. Poucos dias depois, David foi matou-se com um tiro. Estava com 38 anos.
Outros elementos poderiam ter contribuído para seu gesto. Seu irmão Bruce, com quem estava brigado, se suicidara dois anos antes, com uma overdose de medicação para esquizofrenia, um diagnóstico que lhe haviam dado. Além do mais, David perdera todas suas economias advindas dos direitos autorais de sua biografia e futuro filme nela baseado num investimento indicado por um amigo.
É verdade que o suicídio de David Reimer poderia ser atribuído a cargas genéticas, já que sabemos da depressão de sua mãe e do grave alcoolismo de seu pai, sem mencionar o suicídio de seu irmão gêmeo. Mas é difícil ignorar o peso das circunstâncias trágicas que se abateram sobre essa família.
Diga-se que, ao ser divulgado o suicídio de David Reimer, Money, que continua como professor emeritus na Johns Hopkins University, foi procurado pela imprensa mas não quis manifestar-se.
COMENTÁRIOS
1 – A primeira observação diz respeito à conduta ética de Money. Partindo de alguns pressupostos teóricos, elabora uma hipótese sobre a organização da identificação de gênero sexual. Ao ser presenteado pelo acaso com um caso que possibilita testá-la na realidade, não hesita em realizá-la.
Até aí, parece-me que Money se comporta dentro dos limites da ética científica.
Dela se afasta inteiramente ao sonegar os dados que evidenciavam o fracasso de sua experiência e ao forjar um sucesso inexistente. Dessa forma, criminosamente induzia em erro a comunidade médica, que, desconhecendo os resultados da experiência, seria levada a aplicá-la em novos casos semelhantes ao de David Reimer.
Não fora o trabalho detetivesco de Diamond, tudo ficaria encoberto.
Os motivos que levariam Money a agir dessa forma ficam como matéria de especulação. Mas podemos afirmar que títulos institucionais importantes não dão garantia de honestidade intelectual e moral a seus portadores.
2 – O malogro da experiência de Money poderia levar à conclusão de que a definição da identidade de gênero (masculino ou feminino) depende basicamente de fatores orgânico-biologicos e genéticos. Mas essa seria uma conclusão errada. Money se equivocou ao pressupor como opostos e mutuamente excludentes os fatores culturais e biológicos, quando eles interagem sinérgicamente. Outro erro fundamental de Money foi não levar em conta a dimensão inconsiente do psiquismo humano, como veremos a seguir.
Uma primeira observação que salta aos olhos quando lemos a conduta de Money é seu descaso com o inevitável luto provocados em todos, nos pais e nas crianças, pela grave mutilação do bebê Brian. Ao invés de acolher sua depressão e ajudá-los a elaborá-la, Money faz uma proposta que tem todos os elementos de uma reação maníaca – desconsidera o impacto da perda e onipotentemente se propõe a criação de um novo bebê, não mais um menino mutilado e sim uma menina sadia. Mais ainda, aconselha que o assunto seja esquecido e acredita que os pais conseguiriam criá-la como uma menina, sem levar em conta que o fato era de conhecimento da família e seus amigos.
Como Money ignora o inconsciente e suas formações, desconhece sua decisiva participação na constituição do sujeito e de sua identidade sexual.
Teoricamente, os pais terão mais possibilidades de transmitir para os filhos uma boa identidade de gênero – entenda-se por isso uma identidade sexual conforme com o sexo biológico – tanto mais terão elaborado – eles mesmos – seus complexos de castração e de édipo. Mais os próprios pais estão satisfeitos com sua própria identidade de gênero, mais eles conseguirão fazer com que os filhos se adeqüem às suas próprias identidades de gênero. Dizendo de outra forma: a influência da educação e da cultura sobre a identidade de gênero de uma criança, não depende da deliberação consciente e voluntária dos pais e sim de seus desejos e conflitos inconscientes.
A atitude inconsciente da mãe de David Reimer sobre sua identidade sexual provavelmente era o oposto daquela das mães de travestis e transexuais descritas por Robert Stoller. A mãe de Reimer nunca teria rejeitado a masculinidade do filho e não teria aceitado tratá-lo como menina, embora externamente cumprisse com as obrigações impostas por Money. Seu desejo inconsciente era de ter um filho homem, e isso terminou por acontecer, apesar de todos os empecilhos. As mães de travestis e transexuais, como mostra detalhadamente Stoller, são mulheres que não toleram a masculinidade do filho e a destroem de várias maneiras.
Diz ele: “Vimos que um homem anatomicamente normal pode tornar-se masculino e acreditar-se homem, ou feminino e acreditar-se mulher, surgindo o resultado de ambas situações da psicodinâmica de sua família. Por volta do primeiro ano de vida, ele irá desenvolver as raízes fundamentais e aparentemente inalteráveis de sua masculinidade ou feminilidade e os processos pelos quais passou, ao invés de serem inevitáveis, serão o resultado das personalidades de seus pais e da maneira como eles se relacionam com o menino, física e psicologicamente. Desta maneira, o destino de uma pessoa pode, sob alguns aspectos, estar muito mais fora do alcance de suas mãos do que o poderia indicar o conceito usual de uma dinâmica inconsciente”.- em “A Experiência Transexual” – p.37 (grifos meus).
Em seu outro livro, “Masculinidade e Feminilidade – Apresentações de Gênero” (Artes Médicas – Porto Alegre – 1993), diz Stoller: “A identidade de gênero nuclear resulta, em minha opinião, do seguinte: I) Uma força biológica, genética (…); II) A designação do sexo no nascimento: a mensagem que a aparência dos genitais externos do bebê leva àqueles que podem designar o sexo – o médico que está atendendo e os pais – e os efeitos inequívocos subseqüentes desta designação para convencê-los do sexo da criança; III) A influência incessante das atitudes dos pais, especialmente das mães, sobre o sexo daquele bebê, e a interpretação dessas percepções por parte do bebê – pela sua capacidade crescente de fantasiar – como acontecimentos, isto é, experiências motivadas, significativas; IV) fenômenos bio-psíquicos, efeitos pós-natais precoces causados por padrões habituais de manejo do bebê (…),esse item está ligado com o III, mas é listado à parte por ênfase e para distingui-lo dos processos mentais; V) desenvolvimento do ego corporal (…)confirmando para o bebê as convicções dos pais a respeito do sexo de seu filho”. (p.30)(grifos meus).
A revista VEJA de 16/06/04 traz a notícia de um garoto alemão de 13 anos que será o mais jovem paciente a trocar de sexo por não se sentir identificado com o masculino.. Qual seria a diferença entre o desejo desse garoto, que está biologicamente habilitado para o exercício da masculinidade e dela abdica, desejando uma operação que o deixe com o sexo trocado, e o desejo de David Reimer, que tão bravamente lutou para recuperar seu sexo perdido? A possível resposta, como vimos acima, residiria no desejo consciente e inconsciente dos pais e na forma como eles encaravam o sexo desse garoto.
A rejeição consciente e deliberada por parte de determinadas mães frente a definição sexual de seus filhos é bem documentada por Stoller em seus vários casos. Historicamente, lembra o caso do poeta alemão Rainer Maria Rilke, que “foi criado exatamente como uma menina, até os seis anos, por sua mãe (e inteiramente contra os desejos de seu pai, que queria que ele fosse um soldado) para compensar a perda de uma irmã mais velha do menino, que morreu na infância. Isso é descrito com detalhes no livro Die Jugend Rainer Maria Rilke, de Carl Sieber, Insel-Verlag, 1932. (A Experiência Transexual – Robert J. Stoller – Imago – Rio – 1982). Lembramos ainda o caso de Oscar Wilde, que até os dez anos foi tratado “no que dizia respeito a roupas, hábitos e companhias” como uma menina. (Oscar Wilde, Richard Ellman, Companhia das Letras, 1987, p.27)
Voltando ao caso David Reimer, não é difícil constatar o efeito desagregador e mortífero que a mutilação acidental e a conseqüente experiência de Money teve sobre toda a família, culminando com o suicídio dos dois gêmeos.
                                                                                          Sergio Teles


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