LIÇÃO 3: SOMOS UMA SÓ CARNE. E AGORA?
Pr. Eliseu Fernandes
INTRODUÇÃO
A VIDA A DOIS TEM O SEUS DESAFIOS, são duas pessoas distintas que pelo vínculo do amor decidem viver uma para a outra e a partir disso construir diariamente o seu lar. No processo de transformar-se em UMA SÓ CARNE, é preciso RESPEITAR AS ETAPAS:
a) Etapa do Namoro é a fase do conhecimento b) Etapa do noivado – planejamento c) Etapa do casamento – construção diária
a) Etapa do Namoro:
Namoro é a fase do CONHECIMENTO (dos defeitos, mesmo que a miopia da paixão exista, do temperamento, da observação, como ele trata os pais, ele ou ela vai tratar-lhe pior ou melhor) – se ele trata mal a mãe, como vai tratar você? Melhor? Duvido – quem é a pessoa que desejo me casar? Mas ele é lindo (a)! (Saul era também, Dalila), ele (a) é forte (Sansão = olhava tanto para as mulheres que fica sem os olhos o final - Jz 14.3; , Jezabel, mas usava sua influência como uma pessoa déspota = absolutismo monárquico), ele é alto (a) (Golias) – não busque apenas a APARÊNCIA, todavia busque o CARÁTER.
“Muitas mulheres são exemplares, mas você a todas supera. A beleza é enganosa, e a formosura é passageira; mas a mulher que teme ao Senhor será elogiada [louvada, do verbo halal, que origina aleluYah]” Pv 31.29,30.
b) Etapa do noivado
Noivado é a fase do PLANEJAMENTO (onde vou morar com ele (ela), como vamos morar / quantos filhos vamos ter? caso primeiro e faço faculdade depois ou ao contrário?
Pv 24.27 (NVI): “Termine primeiro o seu trabalho a céu aberto; deixe pronta a sua lavoura. Depois constitua família”.
c) Etapa do casamento – construção diária
Casamento é a fase de CONSTRUÇÃO (todo dia se constrói seu relacionamento familiar e conjugal) – Pv 14.1. • Reforma na casa: todo ano, se pinta, se conserta algo, troca-se a lâmpada queimada, o telhado, as janelas, a instalação elétrica, a hidráulica (você deixa a casa cair, vidros quebrados, sem janela? – A casa é a igual o casamento, os cuidados diários, a manutenção do casamento).
1.CONCEITUANDO A EXPRESSÃO “UMA SÓ CARNE”
a) Por que o casamento elimina as individualidades dos cônjuges?
Deus criou o homem como imagem e semelhança Sua (Gn 1.26-28); contudo, não era bom que ele estivesse só. ESTA SOLIDÃO REFERE-SE QUE NÃO HAVIA OUTRO SER PLENAMENTE SEMELHANTE AO HOMEM, já que Deus tinha comunhão com o homem.
Então, do próprio homem, se retirou uma parte, para dela se formasse outro ser que o completaria e se reconhecesse nele mesmo, neste caso, na mulher, igual para a realização do projeto divino do casamento, a mulher é igual em estrutura biológica, espiritual, emocional – A DIFERENÇA ENTRE ELES ERAO QUE JESUS RESPONDEU EM Mc 10.
No princípio Deus os criou macho e fêmea (Deus criou masculinizando e feminizando) – assim, o macho é chamado de homem a mulher é chamada de fêmea – SER HOMEM E MULHER NÃO É
VONTADE PRÓPRIA, MAS ESCOLHA DIVINA – MUDAR ISSO É SE REBELAR CONTRA DEUS.
1.1. união biológica – união de cromossomos na formação de um novo a semelhança e a imagem dos dois que uniram em uma só carne – união binaria de macho e fêmea na perpetuação da espécie.
ESTRUTURA RELACIONAL SEXUAL - uma união heterossexual - homem e mulher – “macho e fêmea” - Gn 1.27.
1.2. união sociológica – o ápice da comunicação humana se dá entre os iguais, ou seja, entre o ser humano com ser humano, toda estrutura sociológica se dá na interrelação comunicativa; principalmente entre o homem e a mulher, e consequentemente a sua prole.
ESTRUTURA RELACIONAL SOCIAL “apegar-se-á à sua mulher” - Gn 2.24.
1.3.união espiritual – a união conjugal como reflexo da natureza divina, no único ser de Deus coexistem três pessoas divinas que tem em cada uma delas em si mesmo, a autoconsciência de existência; portanto, em uma só carne do casamento coexistem pessoalidades distintas, do marido e da mulher, que possuem a mesma natureza, e os mesmo atributos na esfera horizontal, como uma cópia em escala menor da estrutura existencial de Deus refletida na criação como marca de sua assinatura no ser que recebe dele o sopro de vida, e a imagem e semelhança – imagem racional e semelhança pessoal | imagem da essência = o amor , e semelhança no agir = amar.
O autor da revista coloca em hebraico no texto do professor דבק /davaq que significa cimentar – a união em homem e mulher é como cimentar dois tijolos que formam a estrutura basilar de uma casa.
Não vou falar do divórcio porque é tema da lição 8.
O fundamental é a mutualidade do respeito, do amor e do senso de servir o outro. Assim, as relações conjugais tais como na igreja devem ser regidas pelas mutualidades cristãs, essas mutualidades promovem a comunhão no Corpo de Cristo: • Amai uns aos outros (Jo 13:34-35; 15:12,17; Rm 12:10; 13:8; 1Ts 3:12; 4:9; 2Ts 1:3); • Ensinai uns aos outros: (Rm 14:19; 15:14; Cl 3:16; 1Ts 5:11; Hb 3:13; 10:25); • Saudai uns aos outros (Rm 16:16; 1Co16:20; 2Co 13:12; 2Pe 5:14); • Servir uns aos outros (Jo 13:14.; Gl 5:13); • Sujeitai-vos uns aos outros: (Ef 5:21; 1Pe 5:5); • Não julguemos uns aos outros (Rm 14:13; Tg 4:11; 5:9); • Tenham o mesmo sentimento uns para com os outros (Rm 15:5; Fp 2.5); • Sejam hospitaleiros e receberam uns aos outros (Rm 15:7; 1Pe 4:9); • Consolem e cuidem uns dos outros (1Co 12:25; 1Ts 4:18); • Não irritar, mentir ou ter inveja uns dos outros (Gl 5:26; Cl 3:9);
• Levai as cargas uns dos outros (Gl 6:2); • Suportando e perdoando uns aos outros (Ef 4:2,32; Cl 3:13); • Confessai e orai uns pelos outros (Tg 5:16).
2.DUAS PESSOAS E UM ÚNICO TETO
b) Como conviver com as diferenças e mesmo assim canalizar as potencialidades de cada um para o sucesso da vida a dois?
O segredo de viver bem sob o mesmo teto é respeitar as histórias e costumes da casa de origem, ou herança social familiar - mas, modificá-las para uma vida melhor – ex.: na família de origem cada um almoçava em uma parte da casa -AGORA PONHA A MESA BEM BONITA E TODOS COMEM À MESA. Se cada um almoçava com o celular do lado, comendo e vendo – AGOAR TODOS COLOCAM O CELULAR EM UMA LUGAR E COMEM TRANQUILO -DESLIGA O CELULAR PARA COMER.
Respeitar as limitações do outro cônjuge | conhecer o outro cônjuge é a chave para que o relacionemos seja satisfatório – acima de tudo, se errar, pedir perdão ao outro pela falha cometida no relacionamento conjugal. • Deus planejou o casamento para a unidade dos corpos – A convivência relacional: Gn 2.24; Sl 128. 3,4; Mt 19.6 a • Deus planejou o casamento para a unidade de alma – A intimidade relacional: Sl 68.6 113.9; Pv 5.15,17; Ct 4.12. • Deus planejou o casamento para a unidade de coração – A afetividade relacional: Ct 4.9,10. • Deus planejou o casamento para unidade espiritual - Testemunho espiritual – Ml 2.14 a; Mt 19.6b.
3.CRISTO E A IGREJA: O CASAMENTO IDEIAL
c) Qual é a relação entre a vida conjugal e Cristo e a Igreja?
De fato, desde o Antigo Testamento onde Deus é retratado como um rei e Israel como uma rainha (Ez 16.1-34), ora como um homem e Israel como esposa (Gn 28.34). Veja a temática de Oseias, a infidelidade espiritual de Israel é comparada a um adultério de Gômer (Os 1.2; Rm 9.25).
No Novo Testamento igualmente, agora a Igreja como NOIVA de Cristo -Ap 22.17 • Uma união ou unidade tipificada por Cristo para os maridos em amor sacrificial - Ef 5.2, 25,28,33; Cl 3.19; 1 Pe 3.7.
• Uma união ou unidade tipificada por Cristo para as esposas em submissão total – Ef 5.22; Cl 3.18; Tt 2.5; 1 Pe 3.1.
CONCLUSÃO
As Escrituras Sagradas mostram que o casamento foi instituído por Deus no Jardim do Éden (Gn 2:18-25) e sancionado pelo Senhor Jesus em sua presença nas bodas de Caná da Galileia (Jo 2:1-11). O propósito, entre outros, é a felicidade, o companheirismo mútuo do casal e a procriação, a maneira legítima da multiplicação dos seres humanos sobre a terra, de promover uma geração que tema ao Senhor e que cumpramos o propósito original de Deus para o casamento.
LIÇÃO 3 – SOMOS UMA SÓ CARNE. E AGORA?
No âmbito cristão, não há o que se questionar quanto ao valor teórico aplicado às Escrituras Sagradas no sentido de considera-la como a regra de fé e prática para a vida do ser humano. É o manual do Criador para a sua criatura. Tal concepção é aplicável a todas as áreas da existência humana – BIOPSICOSSOCIOESPIRITUALIDADE (Mt 6.25 ao 33). Significa dizer que há orientação na Bíblia Sagrada para as realidades biológica, psicológica, social e espiritual.
Como seres gregários, nós seres humanos não temos na individualidade a completude do ser. Daí a necessidade de complementação, tal qual idealizado pelo Criador: “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18 (ARC)).
Sendo assim, a completude do ser se concretiza na união heterossexual (homem e mulher), monogâmica (não é somente um homem para uma mulher é também uma mulher para um homem, pois, se de outra forma fosse, o homem poderia ter várias mulheres ou a mulher poderia ter vários homens) e duradoura (até que a morte os separe), como vemos na descrição do primeiro livro da bíblia, GÊNESIS: Deus criou Eva para Adão.
A Palavra de Deus nos traz o IDEAL a ser observado. Porém, em muitas situações, até mesmo dentro do mundo cristão, o REAL não condiz com o IDEAL revelado por Deus. Temos em Lm 3.22 (ARC): “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim.”. As misericórdias divina nos dão a possibilidade de não desistirmos de acertar, de buscar o IDEAL de Deus para a vida do casal e de fazer com que a graça de Deus não seja em vão em nossas vidas (1Co 6.1), razão pela qual é possível ter nossa FAMÍLIA CHEIA DA GRAÇA (TEMA DESTE 3º TRIMESTRE DE 2019).
A afirmação e indagação: SOMOS UMA SÓ CARNE. E AGORA? (Lição 3) nos remete à realidade apresentada pela Palavra de Deus e à preocupação de como, a partir de então, devemos nos conduzir.
Ser uma só carne traz a ideia de unidade. No casamento, duas pessoas com suas individualidades, que não foram e nem podem ser suprimidas, passam a experimentar a vivência de cooperarem como se fossem um. Na verdade, a dualidade trabalha em harmonia para que a unidade do matrimônio se torne visível.
Não ter as individualidades suprimidas não significa dar vazão a toda e qualquer vontade, mas sim deixar que suas características trabalhem para a completude do outro. As diferenças existentes na vida conjugal não podem ser encaradas como obstáculos ao sucesso da família. Tais diferenças foram feitas pelo Criador a fim de que o homem se complete na mulher e a mulher se complete no homem. O que deve ser combatido é o pecado, pois é ele quem causa os conflitos do casal (Lm 3.39). Se há pecado(s), há pecador(es). Este(s), o(s) pecador(es) (marido e/ou esposa), deve(m) ser preservado(s), o(s) pecado(s) é (são os) que deve(m) ser combatido(s).
Tentar dividir “uma só carne” traz dor, sangramento e morte. Estes efeitos só não acontecerão se a carne já estiver morta. “Uma só carne” viva sofre com corte. O que significa corte? Significa as partes que compõem a unidade não cooperarem para o sucesso da vida conjugal. Significa uma parte pensar que o sucesso depende da outra parte. Não! O sucesso depende das duas partes que formam uma. As duas partes são importantes. As duas partes são complementares, nunca antagônicas (o antagonismo vem do pecado cometido por uma ou ambas as partes). As diferenças existentes nas duas partes são exatamente o que fará com que a unidade seja alcançada, pois haverá harmonia/encaixe/completude – este é o plano original do Altíssimo.
Um grande erro é pensarmos que as diferenças são sinônimos de fracassos ou obstáculos e confundi-las com incompatibilidades de gêneros. Quando isso acontece, o foco da causa é perdido e deixado de lado. Passam, então, a empregarem forças no combate aos efeitos, o que não vai resolver os problemas. A causa tem de ser identificada. Se não há sucesso na vida conjugal, é certo que a causa é o pecado. Qual pecado? Quaisquer pecados, pois não importam a extensão, a visibilidade, a roupagem e as consequências. Qualquer que seja o pecado, ele nunca contribuirá para a completude da mulher no homem e do homem na mulher.
Pecado presente pode significar Deus ausente (Is 59. 1 e 2). Se isto estiver acontecendo, em qualquer parte da existência humana, inclusive na relação matrimonial, a vida do casal (“uma só carne”) tenderá a experimentar fracassos.
O manual para o ser humano, a Bíblia Sagrada, é válido para todas as suas relações. Especificamente para a vida do casamento, traz, na Carta aos Efésios 5. 22 ao 33, não o segredo para o sucesso, mas sim a revelação de Deus para o sucesso do matrimônio. De uma forma resumida, a referida passagem bíblica afirma que o marido deve amar sua esposa como Cristo amou Sua Igreja e a mulher deve se sujeitar ao seu marido. Se o marido amar como Cristo ama, será um prazer para a esposa se submeter, pois não haverá opressão, mas sim exercício da autoridade marital para provimento, proteção, cuidado em geral à mulher e a toda a família.
Quando se afirma que a vida a dois é difícil, penso que o mais correto seria dizer que obedecer a Deus é o que é difícil, para as pessoas que fazem a mencionada afirmação. Pois, se não se obedece a Deus, viver a dois fica impossível. Porém, se se obedece a Deus, viver a dois é uma alegria, satisfação, realização, atingimento do querer de Deus. O sucesso ou o fracasso depende diretamente do obedecer ou do desobedecer a Deus.Josué 24.15: “...porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.”
Que a minha e a tua escolha seja a obediência ao Criador! Em nome de Jesus, o Cristo. Amém.
Leonardo dos Santos Diácono – ADVEC Araruama
2. O matrimônio e sua união
"E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne
da minha carne; esta será chamada Mulher (Issah, no hebraico), porquanto do
Homem (Issah, no hebraico) foi tomada. Portanto deixará o homem o seu pai e a
sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gên
2:23-24). "Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mc
10:9). "Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua
mulher; e serão dois numa carne" (Ef 5:31).
Estas passagens clássicas estabelecem o conceito bíblico e a
natureza do casamento. Este é o plano de Deus para o estado matrimonial. Qpando
Adão acordou do seu profundo sono, ele abriu seus olhos e viu o rosto da mulher
que Deus havia providenciado especialmente para ele. Deus poderia ter suprido
uma infinidade de mulheres para Adão, mas foi o intento de Deus fazer desta
forma.
As primeiras palavras de Adão, faladas talvez com surpresa,
gratidão e êxtase foram estas: "Esta é agora osso dos meus ossos, e carne
da minha carne, esta será chamada Mulher, porquanto do Homem foi tomada".
Literalmente, ele disse: "Esta finalmente osso - meu osso! Carne - minha
carne! Esta será chamada mulher porque do homem foi tornada" (Gn 2:23).
Quando perguntaram ao Senhor Jesus, tentando-o: "E lícito ao homem
repudiar a sua mulher?" (Mc 10:2), Ele respondeu fazendo-os lembrar do que
aconteceu no princípio da criação, destacando três afirmações impressionantes:
"Deixará pai e mãe ..."
Isto não significa abandonar os pais, pois as Escrituras
claramente afirmam: "Honra a teu pai e a tua mãe ... " (Mt 15:4).
Entretanto significa mais do que sair de casa. Para os pais, significa abrir
mão da sua autoridade sobre seus filhos. Para os filhos, significa aceitar
plenamente esta liberdade. Assim a noiva, pelo consentimento de ambos os lados,
deixa uma liderança para aceitar outra. A mulher está sempre sob autoridade.
Este é o plano divino. O momento quando a noiva é dada em casamento, pelos seus
pais, é sempre um momento emocional importante na cerimônia de casamento.
"Apegar-se-á à sua mulher"
Isso inclui um relacionamento que é exclusivo, especial e
recíproco. A expressão significa "ser colados um ao outro" em
casamento. É visto como um relacionamento permanente, até a morte.
Infelizmente, hoje, este aspecto do casamento está sendo desprezado e
abandonado por muitos.
"Serão uma só carne"
Isto aconteceu no jardim do Éden quando Deus trouxe a mulher
ao homem, e disse: "Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra ...
" (Gn 2:28). Não há dúvida que Adão e Eva eram "uma só carne"
antes da sua união física. É importante notar que Adão chamou Eva de sua mulher
quatro vezes antes de lermos que ele a conheceu.
Deus estabeleceu esta ordem para toda a humanidade, assim
assegurando a dignidade do casal e a segurança das crianças nascidas deste
casamento.
As referências nas Escrituras a "uma só carne" são
muito significativas, e dão um ensino precioso sobre a indissolubilidade do
casamento. Encontramos estas referências em Gn 2:24; Mt 19:5-6; I Co 6:16-17 e
Ef 5:31-32.
"... e serão dois numa carne" (Ef 5:31).Assim como
marido e mulher, no sentido físico, formam os elementos de uma pessoa completa,
um sendo o complemento do outro, assim também a Igreja, na esfera espiritual, é
o complemento de Cristo.
A Igreja, que é o Seu corpo, compartilha uma união de vida e
energia com Ele.
Os salvos gozam de unidade orgânica vital e indissolúvel com
Cristo, o Cabeça. A Igreja é descrita como sendo "a plenitude daquele que
cumpre tudo em todos" (Ef 1:23). Ela é o complemento dEle. Sem a Igreja,
que é o Seu corpo, o Senhor Jesus estaria eternamente sem uma noiva. Esta
Escritura estabelece, não somente a intimidade da união espiritual, mas também
a sua indissolubilidade.
As três expressões em I Coríntios 6 ("um corpo",
"uma só carne" e "um mesmo espírito") têm diferenças que
devemos observar:
i) "Um corpo" é uma união física" (v.16);
ii) "Uma só carne" é uma união matrimonial"
(v.16);
iii) "Um mesmo espírito" é uma união
espiritual" (v. 17).
i) "... o que se Junta com a meretriz, faz-se um
corpo" (I Co 6:16). Isto fala de uma união proibida e impura. A ausência
de amor puro e lealdade são evidentes. É impossível encontrar uma união
instigada e promovida por afeição genuína neste relacionamento ilícito e
degradante. Nada mais é do que uma união física, fornecendo gratificação torpe
entre um macho e uma fêmea.
ii) "Porque serão, disse [Deus], dois numa só
carne" (I Co 6:16). Isso apresenta um aspecto completamente diferente
sobre a união de duas pessoas. A palavra "carne" realmente significa
"pessoa", embora cada parte retenha a sua identidade individual, e
responsabilidades diferentes no relacionamento. As duas pessoas até começam a
pensar, agir e sentir como uma só pessoa. Ef 5:28-31 indica que o
relacionamento é tão íntimo que o que o marido faz (sejade bom ou de mal) para
sua esposa, ele faz também para si mesmo, visto que os dois são uma só carne. A
união sexual não é a mesma coisa que a união matrimonial. O casamento é uma
união que indica uma união sexual, como uma obrigação e prazer importantes (I
Co 7:3-5), mas o casamento tem de ser visto como algo diferente de, e maior do
que, mas que inclui, a união sexual. Entretanto as duas coisas não são
sinônimas. A afirmação original feita por Deus na criação deixa este fato bem
claro. Quando Deus trouxe Eva a Adão Ele disse: "Portanto deixará o homem
a seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma
carne" (Gn 2:24). Obviamente, Deus tinha em mente as gerações futuras,
pois Adão e Eva não tiveram pais.
iii) "Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo
espírito" (I Co 6:17). Isto se refere, sem dúvida, à união incomparável
entre o Senhor Jesus e a Igreja, que é o Seu Corpo. Esta união é,
necessariamente, mais profunda e mais íntima do que qualquer união física ou
matrimonial.
No livro de Rute lemos dos dois casamentos dela. Seu primeiro
casamento aconteceu na terra idólatra de Moabe, onde ela se tornou a esposa de
Malom, filho de Elimeleque e Noemi. Este casamento terminou com a morte de
Malom. Mais tarde, e pouco tempo antes do seu casamento com Rute, Boaz diz:
"também tomo por mulher a Rute, a moabita, que foi mulher de Malom"
(Rt 4:10). Deus reconheceu ambos os casamentos de Rute.
Embora não lemos de qualquer cerimônia de casamento, é
evidente que muitas pessoas testemunharam a união em matrimônio santo entre
Boaz e Rute. A formação deste novo relacionamento de marido e mulher foi
confirmada e testemunhada pelos anciãos e pelo povo. É evidente que Boaz
satisfez todas as exigências legais e, visto que Malom estava morto, Boaz
estava livre para agir desta maneira, em amor puro e abnegado para com Rute.
Em Rt 4:13 vemos três aspectos importantes referentes ao
casamento:
"Assim tomou Boaz a Rute, e ela lhe foi por
mulher."
Tendo tomado-a, Deus os ajuntou, e isto é exclusivo à união
matrimonial.
Qpão apropriadas as palavras do Senhor Jesus,em Mateus:
"Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão
dois numa só carne. Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que
Deus ajuntou não o separe o homem"
(Mt 19:5-6).
"E ele a possuiu...,"
Esta é uma referência clara à união física, que é permitida
somente dentro do relacionamento matrimonial. É importante observar, porém, que
este ato nunca deve ser considerado como o início da união matrimonial, senão,
qualquer ato de fornicação constituirá um laço matrimonial e, portanto, cada
novo ato de fornicação com o mesmo parceiro se tornará lícito. Qpando estes
dois atos distintos, de tomá-la como esposa e depois possuí-la, são vistos numa
perspectiva correta, torna-se claro que a união física não faz, nem desfaz, o laço
matrimonial. I Co 6:18 e 7:10-11 não indicam que a fornicação desfaz o laço
matrimonial. Estes versículos não fornecem uma base para o argumento que a
"cláusula de exceção" permite o divórcio.
"E O Senhor lhe fez conceber, e deu à luz um Alho,"
Aqui Deus é visto como o Doador da vida humana. Além disto, como vemo:
neste caso específico, a Sua bênção foi evidenciada no
nascimento de um filho. Foi a intenção de Deus que a instituição do casamento
produzisse filhos, e para cada casal judaico temente ao Senhor, sempre havia a
alegre expectativa do Messias prometido.
Desta bela união matrimonial, o Messias prometido finalmente
viria: "E Boaz gerou a Obede, e Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a
Davi" (Rt 4:21-22). Desta linhagem, mais de um milênio depois, veio o
Messias-Salvador.
Uma coisa preciosa é dita sobre Boaz e Rute, em relação à sua
conduta antes de se ajuntarem em união matrimonial e física: " ... e
levantou-se antes que pudesse um conhecer o outro" (Rt 3:14). Nada
indecente aconteceu, provando a maturidade do caráter dos dois. Eles tiveram
domínio próprio sobre o que poderia ter-se tornado uma situação muito perigosa.
Portanto, estavam em condições ideais para se casarem, com toda o potencial
para desenvolverem um relacionamento durável e feliz. Vivemos num tempo quando
muitas pessoas estão propagando idéias diferentes sobre o casamento. Alguns
dizem que o casamento convencional é restritivo, que as crenças tradicionais
sobre o casamento são antiquadas, e que somente ao escapar da armadilha do
casamento é que uma pessoa pode estar livre para se desenvolver como indivíduo.
Nós insistimos que o casamento foi instituído por Deus, com a intenção de que
fosse permanente e desfeito somente pela morte.
3. O matrimônio e sua violação
"E tomou Lameque para si duas mulheres ... " (Gn
4:19).
Lameque, um descendente de Caim, e a sétima geração depois de
Adão, foi o homem que levou os seus descendentes a se rebelarem abertamente
contra Deus. Ele começou por desafiar o princípio estabelecido por Deus sobre a
monogamia, em Gênesis 2. Lameque mudou a instituição e composição de Deus para
o casamento, porque ele teve duas mulheres ao mesmo tempo. Isto insultou o
plano de Deus para a vida matrimonial.
Sua ação foi uma negação nítida da instituição de Deus do
casamento, e uma violação deliberada da constituição criatorial de um homem e
uma mulher. À luz da sua rejeição do plano de Deus, e da tendência atual na
nossa sociedade, seria conveniente sublinhar a forte iniunção achada em
Hebreus: "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula;
porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará"
(Hb 13:4).
O matrimônio é uma instituição e um relacionamento santo,
feliz e honroso.
Foi estabelecido por Deus no Jardim do Éden, santificado pela
presença do Senhor Jesus no casamento em Cana da Galiléia e pronunciado como
venerado pelo Espírito Santo (Hb 13:4). Este versículo revela que devemos
guardá-lo de qualquer mancha de impureza e lascívia. O casamento não é certidão
de respeitabilidade para aqueles que são casados, mas uma obrigação de se usar
o relacionamento de maneira que honre a Deus, pois Deus julgará qualquer
violação da sua santidade, quer seja por negligência ou pelo uso incorreto. O casamento
exige lealdade e sinceridade, e também amor e afeição, e não deve ser contraído
de maneira frívola e irresponsável.
Todos serão responsáveis perante Deus.
Talvez seria apropriado registrar aqui "A cerimônia do
Casamento" de acordo com a lei australiana'. ( Extraído de um documento
oficial publicado pelo governo da Austrália. país de residência do autor.
Handbook (or Marriage Ce/ebrants. Canberra. Australian Government Publising
Services. 1979. p26.)
"Quando um casamento for realizado por, ou na presença
de, uma pessoa autorizada para realizar casamentos, a pessoa autorizada dirá
aos cô~uges, na presença de testemunhas, as seguintes palavras: "Eu estou
devidamente autorizado pela lei para realizar um casamento de acordo com a lei.
Antes de vocês serem unidos em casamento, na minha presença e na presença
destas testemunhas, eu tenho de lembrá-los da natureza solene e permanente do
relacionamento em que vocês estão para entrar. O casamento, de acordo com a lei
da Austrália, é a união de um homem e de uma mulher, com a exclusão de todos os
outros, assumida voluntariamente e para toda a vida".
Esta declaração reflete, com clareza, a natureza e o caráter
criacionista do casamento, como estabelecido em Gn 2:18-25, e como afirmado
pelo Senhor Jesus em Mc 10:6.
4. O matrimônio e seu procedimento
''Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que
Deus ajuntou não o separe o homem" (Mt 19:6).
"Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o
homem" (Mc 10:9).
"... sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua
aliança" (Ml 2: 14).
O plano de uma união permanente é outra dimensão do casamento
na Bíblia.
A intenção divina é que o casamento seja para a vida toda. Em
Mateus, o Senhor Jesus afirma isto claramente: "... o que Deus ajuntou,
não o separe o homem" (Mt 19:6).Às vezes a Palavra de Deus ilustra esta
união usando a figura de uma "aliança".
Malaquias visualiza Deus como uma "testemunha entre ti e
a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua
companheira, e a mulher da tua aliança" (Ml 2:14).
Citamos agora o que E. H. Merill escreveu, ao tratar deste
versículo no seu comentário sobre Malaquias: ''A impressão que temos aqui é que
muitos judeus tinham se divorciado de suas mulheres para se casarem com
mulheres pagãs. Isso, diz Malaquias, é agir com 'deslealdade' (v. 14). O mesmo
verbo 'desleal' (bágad no hebraico) já foi usado várias vezes pelo profeta, e
uma análise cuidadosa do seu uso esclarece a questão toda aqui. No v. 10, onde
a palavra é traduzida 'agimos aleivosamente' ('desleais', ARA), ela é usada no
sentido de quebrar a aliança, neste caso, as estipulações da aliança Mosáica,
que proibia casamentos com as nações pagãs. O v. 11 confirma esta ligação por
associar a deslealdade com a profanação do santuário (da aliança), o qual Deus
ama. Portanto, a 'deslealdade' mencionada no v. 14 deve também estar ligada à
violação de uma aliança, e de fato está, como o v. 16 prova além de qualquer
dúvida. Mas aqui não é mais a deslealdade à aliança recebida por Moisés, mas,
deslealdade à aliança feita pelo casamento, que uniu marido e mulher.
Tal aliança, embora não seja especificamente estipulada no
VT, é um acordo legal de união entre um casal, tendo Deus como Testemunha. Para
o judeu abandonar sua mulher e casar-se com outra, especialmente uma
estrangeira, não era apenas moralmente repugnante, mas legalmente proibido. 'A
mulher da tua mocidade', continua o profeta, não é alguém que pode ser
levianamente deixada, mas é, de fato, uma 'companheira', uma 'consorte'
(habereth no hebraico), ligada inextricavelmente ao seu marido pela garantia de
uma aliança."
A intenção divina sobre a permanência do matrimônio é também
afirmada pelo Senhor Jesus no Evangelho de Lucas: "Qpalquer que deixa sua
mulher, e casa com outra, adultera e aquele que casa com a repudiada pelo
marido, adultera também"
(Lc 16:18). Neste versículo Ele resume a intenção criacionista
em relação à união matrimonial. Em Mc 10:6-9 Ele novamente enfatiza a natureza
e caráter criacionista do casamento como estabelecido em Gn 1:27; 2:24, ao
dizer: "Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea.
Por isso deixará o homem a seu pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os
dois uma só carne ... Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem".
Alguns comentaristas desconsideram completamente Lc 16:18,
outros têm dificuldades em reconhecer o seu significado contextual, e ainda
outros o aplicam somente à experiência dos salvos. Contudo, Lucas
especificamente relata que o Senhor falava aos Seus discípulos (Lc 16:1) e
também aos fariseus (Lc 16:14-15), mostrando claramente que tanto os discípulos
(salvos)como os fariseus (descrentes) estão incluídos neste discurso.
Surgem, deste discurso, certas questões morais e espirituais
que têm uma relação positiva com a afirmação do Senhor Jesus no v. 18, onde Ele
diz que o divórcio conduz ao adultério. Incluídas neste capítulo estão as
questões morais e éticas de mordomia, responsabilidade, compromisso, lealdade,
auto justificação, cobiça, a necessidade de integridade em relação à lei, e a
autoridade suprema das palavras do Senhor Jesus Cristo. Tais fatores
estabelecem a ligação entre os três temas principais
abordados por Ele neste capítulo.
i) Responsabilidade quanto à mordomia (vs, 1-17);
ii) Responsabilidade quanto ao casamento (v. 18);
iii) Responsabilidade quanto às possessões materiais (vs,
19-31).
Lc 16:16-18 enfatiza a grande importância de autoridade e de
valores. Os fariseus deliberadamente deixaram de lado a lei para seguirem sua
conduta, e zombavam do ensino de Cristo. A Sua declaração autoritária,
proibindo o divórcio que conduz ao adultério, é uma indicação clara desta
autoridade. Ele também mostra que a justiça rejeita os atos imorais e não
éticos nos relacionamentos matrimonias.
Sua referência ao reino enfatiza o valor do compromisso com
Deus e com os outros.
Ele revela o padrão da ética, dizendo, com efeito, que se
alguém faz um voto de se casar e ser fiel ao cônjuge perante Deus, e depois
desfaz este voto ao entrar em outro relacionamento matrimonial, ele comete
adultério porque o voto original não foi cumprido.
O divórcio é a violação de uma aliança tripla entre Deus, o
marido e a mulher.
Enquanto a essência da justiça é integridade, a essência do
pecado, neste caso, é a violação da promessa feita a Deus e a outros.
Resumindo, as Sagradas Escrituras enfatizam que o casamento é
um estado permanente para todos os que têm contraído matrimônio. Devemos
lembrar que a união do casamento é formal, pública, legal', sagrada e um
contrato permanente.
5. O matrimônio e sua intenção
"E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só;
far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele" (Gn 2:18).
"Salvar-se-à, porém, dando à luz filhos, se permanecer
com modéstia na fé, no amor e na santificação" (I Tm 2:15).
"Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua
própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido" (I Co 7:2).
Este assunto pode ser tratado de três maneiras:
i) O matrimônio é para companheirismo "...far-lhe-ei uma
ajudadora idônea" (Gn 2:18).
Esta frase significa que ela está em harmonia com ele, ou se
aproxima dele. O casamento é uma parceria. Deve haver união de propósito,
atitude e compromisso. Para muitos, o casamento resolve o problema da solidão.
Companheirismo deve ser a essência do casamento. A vida, sem o casamento, seria
difícil e enfadonha para muitas pessoas. Por esta razão, consideração e não
comentários insensíveis e imprudentes devem ser oferecidos aos solteiros. As
viúvas idosas (como Ana em Lucas 2) e os viúvos que se abstém de casar de novo
devem receber a nossa admiração. Não que seja errado para viúvos ou viúvas
casarem novamente, pois Paulo encoraja as viúvas mais novas a se recasarem,
assim evitando a possibilidade do adversário de maldizer (I Tm 5:14).
ii) O matrimônio é para a reprodução "...macho e fêmea
os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos,
e enchei aterrá" (Gn 1:27-28). "Salvar-se-à, porém, dando à luz
filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação" (I Tm
2:15).
Macho e fêmea os criou; não macho e macho, ou fêmea e fêmea.
Os estilos alternativos que estão sendo propagados hoje, junto com o aumento
nos divórcios e novos casamentos, só podem resultar numa sociedade instável e
degenerada. A procriação de filhos é o resultado normal do casamento, e Deus
planejou que os filhos fossem nascidos e criados num ambiente estável e
carinhoso, onde cuidado e disciplina pudessem ser aplicados. Nos casamentos
desfeitos são as crianças que mais sofrem, e este fato deve receber a devida
consideração.
iii) O matrimônio é para preservação "Por causa da
prostituição [imoralidade] cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha
o seu próprio marido" (I Co 7:2).
Este ensino serve para salvos e descrentes. O propósito de
Deus, desde a criação, continua o mesmo. A obra de Cristo no Calvário tratou do
pecado resultante da queda e suas consequências, mas não mudou as leis morais
de Deus em relação ao casamento e aos relacionamentos matrimoniais. Este
versículo está ensinando sobre o casamento monógamo - um homem e uma mulher,
suprindo a proteção contra a imoralidade sexual. Uma união matrimonial saudável
não somente é uma grande ajuda, mas é uma necessidade absoluta. Esta injunção
mostra que a satisfação das necessidades sexuais dentro do casamento é correta,
que somente a monogarnia deve ser praticada, que a fidelidade sexual é
obrigatória para cada cônjuge e que o celibato não é o normal para a maioria
das pessoas.
Citamos agora A. W Pink, no seu comentário sobre Hebreus:
"A instituição divina do matrimônio ensina que o estado ideal, tanto do
homem como da mulher, não é em separação, mas em união, que cada um é feito
para o outro, e que o ideal de Deus é que haja esta união, baseada em amor e
lealdade, durante toda a vida, isento de qualquer concorrência ou outras
associações".
Um Criador sábio e amável instituiu o matrimônio para o bem
estar da humanidade.
Na Bíblia, o casamento é visto como o laço primordial da
sociedade, o alicerce da vida social. O matrimônio é o vínculo entre duas
pessoas, um macho e uma fêmea. O desígnio sábio do Criador para um
relacionamento matrimonial é heterossexual e monógamo, não polígamo. A injunção
reprodutiva obviamente exclui "casamentos" homossexuais. A
exclusividade perfeita de Deus de "uma só carne" proíbe qualquer
outro relacionamento como homossexualidade, poligamia, fornicação, adultério,
concubinato, incesto, bestialidade e prostituição cultual. Estas, e outras
perversões sexuais, são violações da união íntima do relacionamento matrimonial,
e eram frequentemente punidas com morte (Lv 20:1-19; Dt 22:13-27).
Em vista de tudo o que foi exposto neste capítulo, é bom
lembrar que Deus ajuntou o homem e a mulher quando estavam num estado de
inocência. Portanto, o matrimônio é a intenção divina original para o homem e a
mulher, e não a Sua solução por causa da entrada do pecado. O matrimônio é
parte da criação e é o ideal exclusivo de Deus para o bem estar da humanidade.
(O ensino do Senhor sobre o divórcio - Por William M. Banks)





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