domingo, 26 de maio de 2019

LIÇÃO 9 : A autoridade do Fruto do Espírito


                     ___/___/____    LIÇÃO 9 : A autoridade do Fruto do Espírito

Lições Bíblicas nº 58


                                                  TEXTO BÍBLICO BÁSICO


Sl 1.1-3; Gl 5.16; 22-25
1 - Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
2 - Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
3 - Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.
16 - Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
22 - Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
23 - Contra estas coisas não há lei.
24 - E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
25 - Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.

TEXTO ÁUREO
"Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.", Jo 15.8

COMENTÁRIO

Palavra introdutória
Nesta lição aprenderemos que o poder de Deus e autoridade espiritual caracterizam-se por meio do testemunho cristão revelado pelo fruto do Espírito. Nesse aspecto, é muito importante destacar o constante processo de avaliação que Deus faz de Seus filhos (Jr 17.10; 32.19).

1. CARACTERÍSTICAS DO FRUTO

1.1 Origem espiritual
Em Gálatas, Paulo usa duas expressões para definir o processo de santificação espiritual: andar pelo Espírito (5.18). Ambas retratam o comportamento esperado por Deus daqueles que vivem segundo as Suas orientações, sob o peso da presença santificadora do Espírito em seus corações e mentes (1 Pe 4.2). 

1.2. Frutificação em meio a lutas interiores
Temos a autoridade e o poder de Deus para frutificar espiritualmente. Essa é a maneira correta de agir (2 Co 9.10), embora precisemos admitir que não é fácil frutificar em razão da luta interior travada, diariamente, por todos os cristãos, onde os desejos pecaminosos da carne vivem em conflito com os propósitos espirituais de Deus (Gl 5.17).


2. FRUTOS OU FRUTO
Ambos os textos bíblicos básicos dessa lição falam de fruto, e não de frutos (Sl 1.3; Gl 5.22). Essa marca gramatical indica que o agir do Espírito produz um estilo de vida para os cristãos que o identifica com Deus e Seu Filho (Ef 5.1; 1 Ts 1.6) e, ao mesmo tempo, diferencia-os do mundo (Jo 17.14-16). 
No Salmo 1, Davi usa a linda figura dos ribeiros de águas, canais de irrigação procedentes de grandes rios que jamais secavam, para descrever o fruto contínuo na vida do justo. Da mesmo forma, continuamente, somos, pelo Espírito Santo, conduzidos a frutificar (Mt 7.17) e recebemos dele sabedoria espiritual para tomar decisões santas (2 Co 3.5; Tg 3.17).
3. REQUISITOS PARA A FRUTIFICAÇÃO

3.1. Decisão pela vida santa
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a santificação do povo de Deus é imprescindível para que haja frutificação espiritual. O Deus que exigia de Israel santidade (Lv 20.7), hoje, demanda-a de nós (1 Pe 1.15), pois fomos eleitos em santificação do Espírito (2 Ts 2.13; 1 Pe 1.2).

3.2. Vida devocional ativa
3.2.1. Jejum No Antigo Testamento, o povo de Israel jejuava por diversas razões: para honrar ocasiões especiais (Jl 2.15; Jr 36.9), pedri por livramento de Deus (Zc 8.19), demonstrar o lamento e o arrependimento pela desobediência  contra o Senhor (Jz 20.26; 1 Sm 7.6), expressar humildade diante de Deus (Lv 16.29; Sl 69.10) e buscar direção do Senhor (Ex 34.28; 2 Cr 20.3,4). 
No Novo Testamento, acerca da devoção pessoal, Jesus disse que certas dificuldades só podem ser superadas com oração e jejum (Mt 6.16-18). Jejuar ajuda-nos a concentrar nossas energias nos recursos que o grande Deus tem disponíveis para nós (Mc 9.28,29). 

3.2.2. Oração
Orar é conversar com Deus. Na oração, o cristão deve expor a Deus tudo o que está em sua mente e em seu coração de forma sincera e verdadeira (Mc 11.25; Ef 6.18). Ao orar, devemos também ouvir a Deus, e procurar nos ajustar à Sua vontade (Mt 6.10; Jo 9.31).

3.2.3. Estudo bíblico
A atitude devocional imprescindível à frutificação é meditar na Palavra (Sl 1.2), que significa pensar profundamente, estudar (Pv 15.28). O fruto do Espírito floresce apenas na vida do homem que escolhe apartar-se do caminho pecaminoso por submissão à autoridade da Palavra de Deus e por estar ávido por Seus ensinos (Sl 1.2).

3.3. Obediência aos apelos do Espírito
Para frutificar e manter uma vida plena da autoridade espiritual, o cristão deve entregar o controle da sua vida a Jesus e permitir que o Espírito Santo assenhoreie-se da sua vontade e governe seu ser (1 Cr 15.15; Sl 40.8; 143.10). Ao agir assim, imprime a marca de Cristo onde quer que esteja e por onde que passe (2 Cr 15.7; Ef 5.19).

4. FRUTO DO ESPÍRITO 

4.1. Amar (ARA)
O amor (ou caridade) é a primeira e principal virtude no fruto do Espírito (1 Co 13.13), pois só é verdadeira a espiritualidade que tem como ponto de partida o mesmo sentimento altruísta e inabalável que Deus tem pela humanidade (Jo 3.16; 15.13).
Somente polo amor autossacrificial, que foi expresso por Deus no sacrifício de Seu Filho, esse fruto pode ser produzido.


4.2. Alegria 
Alegria ou gozo (Gr chara) significa regozijo e satisfação, os quais são motivado pela presença viva de Cristo. Cristãos frutíferos não perdem tempo com infinitas reclamações ou queixas. Alicerçados na certeza da salvação, mostram-se contagiados pelo prazer de estar em comunhão com Deus, certos de cumprirem Sua vontade (Fp 4.4; At 13.50-52). Essa alegria é contagiante e intensifica a necessária comunhão entre os membros do corpo de Cristo (Ne 8.10).

4.3. Paz
O termo paz (Gr. eirene) significa concórdia, harmonia, reconciliação (Jo 14.25-27; 16.32; Rm 15.13). Esse aspecto do fruto do Espírito independe das situações da vida terrena (Jo 14.27). Devemos tanto viver em paz quanto promover a paz (Mt 5.9; 1 Ts 5.13), pois somos uma comunidade reconciliada com Deus e de relacionamentos pacíficos (2 Tm 2.2; Hb 2.14).

4.4. Longanimidade
O termo longanimidade (Gr. makrothymia) significa a capacidade de manter o ânimo, ter paciência. Em relação às promessas divinas, revela-se como a necessária fé que o cristão precisa ter em Deus (2 Tm 4.7; Hb 11.1). Em relação aos irmãos e às demais pessoas, indica a disposição para perdoar (Cl 1.11; Rm 5.3; Tg 1.3,4).

4.5. Benignidade
Benignidade (Gr. Crestotês) traz ideia de gentileza, amorosidade, carinho (2 Co 6.6). Devemos ser pessoas benignas, desejosas de ajudar, nunca rudes ou grosseiras. Nosso exemplo é o próprio Deus (Rm 2.4). A excelência de caráter e consequente inclinação para o bem, que caracterizam a manifestação do fruto, são a fonte do ato salvífico de Cristo (Ef 2.7).

4.6. Bondade
A palavra bondade (Gr. agathosune), significa beneficência (At 10.38; Rm 2.4-5). O sentido do termo vai além do conceito de benignidade pois apresenta o bem em ação, motivado pelo amor (Ef 5.9). No ato da salvação,a bondade de Deus manifesta-se objetivamente na entrega de Seu Filho para morrer na cruz e em todas as obras que este realizou (Tt 3.4-6).

4.7. Fé

O termo fé ou fidelidade (Gr. pistis) significa confiança e certeza (Mt 10.28-30). Sem fé, o testemunho cristão carece de eficácia (Mt 8.26; 17.19,20). Na Bíblia, Deus revela-se como aquele em quem se pode confiar plenamente. O Senhor demonstra total integridade em tudo o que revela e promete. Consequentemente, Seu povo deve ter fé absoluta nas promessas divinas (Nm 23.19; Is 55.11).

4.8. Mansidão
O termo mansidão (Gr. prautes) significa a capacidade de não reagir com violência diante da afronta, resignação, dar a outra face.
A mansidão decorre da humildade, pois para vivenciá-la, o cristão deve ser capaz de valorizar o outro e não ter de si um conceito maior do que convém (Rm 12.3). Esse fruto nos fará capazes de ter sempre uma resposta mansa mesmo quando formos ofendidos ou maltratados (Gl 6.1;1 Pe 3.15).

4.9. Domínio próprio
O termo domínio próprio (Gr. egkrateia) significa temperança, autodisciplina e autocontrole (1 Co 9.25; 7.9). O domínio próprio fecha a lista de dons porque é o resumo do espírito responsável da pessoa que age por consciência própria e não por causa de leis exteriores e cerceadoras da liberdade pessoal.

                                                       CONCLUSÃO
O fruto do Espírito representa para o crente um ideal, uma direção a seguir, uma proposta de como devemos andar. Frutificar espiritualmente é, em resumo, comportar-se segundo as regras de conduta orientadas pelo Espírito Santo. Assim, quando a conduta do cristão coincidem com os desígnios de Deus, sua vida será frutífera.
                                                                    
                                                             Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 58



A imagem pode conter: texto


Fruto do Espírito
Por Luciano de Paula Lourenço
INTRODUÇÃO

A Bíblia chama de “fruto do Espírito Santo” ao conjunto de ações que fazem o homem que aceita Cristo como seu Senhor e Salvador diferente dos que não tomaram esta decisão.
A salvação é um processo que traz o homem à comunhão com Deus, pois retira o pecado do homem, que era o que fazia separação entre ele e Deus (Is.59:2). Este processo é uma verdadeira transformação, que muda o homem completamente, atingindo o homem como um todo: corpo, alma e espírito. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”(II Co.5:17).

A transformação radical que alcança uma pessoa que é salva foi bem ilustrada pelo Senhor Jesus, que afirmou que quem nEle crer passa da morte para a vida (Jo.5:24), das trevas para a luz (Jo.3:21). 

Assim sendo, a salvação, necessariamente, vem acompanhada de uma mudança de atitudes, de uma mudança de hábitos, de uma mudança de práticas. O homem que alcança a salvação passa a ter um novo conjunto de qualidades, um novo conjunto de atitudes, “não anda mais segunda a carne, mas, segundo e Espírito”(Rm 8:1).Este novo conjunto de ações, que estão de acordo com a vontade de Deus, é o que o apóstolo Paulo denominou de “o fruto do Espírito” (Gl.5:22) e que será o assunto de todo este trimestre.

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

Sabemos que cada ser humano é diferente do outro, que não existe um indivíduo idêntico a outro, porque Deus não produz homens em série, como costumamos ver nas indústrias, mas, sim, dentro de seu supremo poder, cria cada homem individualmente. Esta individualidade do homem, conhecida como personalidade, deve ser dividida, basicamente, em dois elementos básicos: o temperamento e o caráter. O caráter define uma forma definida de conduta, que não é inata, mas constituída pela história de vida de cada sujeito, considerando a condição social, ambiente familiar, educação e todos os aspectos importantes para a construção das características de cada um. O caráter é influenciado pelo ambiente. O caráter é construído ao decorrer da vida do indivíduo e pode ser modificado. O temperamento define atitudes e atividades espontâneas, sendo inato. As influências do temperamento dos seres humanos são do sistema nervoso, composição bioquímica, hereditariedade. Estas características definem o temperamento como algo imutável, embora possa ser controlado e dominado.
As pessoas quando aceitam a Cristo, não deixam de ser indivíduos, não perdem a sua individualidade: o caráter muda, mas não o temperamento, que passa a ser controlado pelo Espírito Santo.

I – O PRINCÍPIO DO FRUTO DO ESPÍRITO

Sabemos que, para nos ensinar as realidades espirituais, que só podem ser discernidas espiritualmente (I Co.2:12-15), Deus, através da sua Palavra, usou de figuras naturais, de realidades terrestres, a fim de que nossa mente pudesse bem entender a sua revelação (Jo.3:12).Uma destas figuras foi a do fruto, conceito que foi amplamente utilizado nas Escrituras Sagradas e que é o objeto de nossa lição presente, pois se trata da base do conceito de ” fruto do Espírito
Santo”. A primeira vez que a palavra “fruto” é utilizada na Bíblia foi em Gn.1:11, na narrativa da criação dos vegetais terrestres, no terceiro dia da criação. Naquela oportunidade, Deus mandou que surgissem na terra ervas verdes que dessem semente, como também árvores frutíferas que dessem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra. Podemos dizer que Fruto é o órgão dos vegetais cuja função é fornecer nutrição para as sementes, que são resultado da fecundação das células reprodutoras dos vegetais.

Lições espirituais do conceito de fruto:

Em primeiro lugar, o fruto forma-se após a fecundação – ou seja, o fruto é resultante da transformação do ovário da flor. Em termos espirituais, a fecundação, ou geração, ocorre no momento do novo nascimento. Somente poderemos falar em fruto do Espírito Santo se tiver havido o novo nascimento. O Novo Nascimento significa uma mudança completa, total, absoluta –“…se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”(2 Co 5:17). No exato momento da Conversão o “velho homem” é transformado num “novo homem”. O homem carnal, ou natural, é transformado num homem espiritual, e de forma simultânea, recebe a Regeneração, ou seja, é gerado de novo; a Justificação, pela qual é declarado como se nunca tivesse pecado; é galardoado com a Adoção, tornando-se filho de Deus, recebendo, ainda, a Santificação. Este processo denomina-se Salvação. É por isso que Jesus dá tanto valor à frutificação, porque ela é uma demonstração de que houve o novo nascimento, que lhe antecede necessariamente.
Em segundo lugar, o fruto é uma estrutura que tem a finalidade de guardar(proteger) a semente até que ela tenha condições de se desenvolver dando origem a um novo ser –Espiritualmente falando, como o fruto guarda a semente para que ela possa se tornar uma nova planta, da mesma maneira o fruto doEspírito Santo permite que o crente possa crescer espiritualmente, pois os hábitos e qualidades que irá ter, a partir de então, são instrumentos para a contínua aproximação do crente a Deus, fazendo-o refletir, cada vez mais, a glória do Senhor (II Co.3:17,18). Não é, aliás, por outro motivo que nosso Senhor afirmou que, através das nossas boas obras, os homens glorificam a Deus (Mt.5:16).

Em terceiro lugar, o fruto tem uma função de nutrição, ou seja, o fruto foi feito para alimentar não só a semente, que é um novo ser em desenvolvimento, como também os outros seres, entre os quais o homem, como Deus deixou bem claro na parte final da criação (Gn.1:29,30). Espiritualmente falando, o fruto do Espírito Santo em nossas vidas tem esta função de proporcionar alimento espiritual para a humanidade. É através do fruto do Espírito por nós produzido que o mundo poderá reconhecer Jesus, o pão da vida (Jo.6:35,48), que é o único alimento que pode sustentar o homem espiritual. Por este motivo, Jesus disse que nos escolheu, para que tenhamos fruto e um fruto permanente (Jo.15:16).

Em quarto lugar, o fruto é uma demonstração de que existe vida depois da fecundação – O fato de ter surgido um novo ser, que está na semente, não significa que a planta-mãe tenha morrido, mas, bem ao contrário, porque ela está viva, o ovário da flor transforma-se em fruto, para guardar e alimentar a semente até que ela tenha condições de germinar.Espiritualmente falando, a frutificação do crente é, também, a demonstração de que nele há vida, de que ele está vivo, de que ele está em comunhão com o Senhor. Jesus deixou-nos bem claro que Ele é a vida (Jo.1:4;11:25) e que, se não estivermos em comunhão com Ele, não poderemos dar fruto (Jo.15:2-6).

Em quinto lugar, o fruto tem como centro a semente, ou seja, existe em função da semente, para guardá-la e alimentá-la, até que ela tenha condições de germinar e dar origem a um novo ser.Espiritualmente falando,o fruto do Espírito Santo tem como centro a Palavra de Deus (a semente também simboliza a Palavra do Senhor, como vemos em Mc.4:14). Todas as ações e atitudes que caracterizam o fruto do Espírito estão em plena consonância com as Escrituras, são o cumprimento da Bíblia Sagrada na vida de cada crente. Não é possível que alguém produza o fruto do Espírito e não seja um cumpridor da Palavra de Deus, pois o fruto existe em função da semente.

Em sexto lugar, o fruto é o resultado de uma transformação. O ovário da flor transforma-se em fruto.Espiritualmente falando, o fruto do Espírito Santo é conseqüência de uma transformação, que é a salvação do homem que aceita a Jesus como seu único e suficiente Senhor e Salvador. O fruto do Espírito Santo não é o resultado de uma reforma, de uma deformação, nem de uma formação, mas é produto de uma transformação, de um novo nascimento, nascimento da água e do Espírito.

II – A VIDA CONTROLADA PELO ESPÍRITO

1) Vida Frutífera – Quando o crente não se submete em tudo ao controle do Espírito Santo, ele não consegue resistir e neutralizar os desejos da natureza pecaminosa. Mas quando o Espírito tem esse controle, o crente torna-se igual um solo fértil para o Espírito produzir o seu bendito fruto descrito no versículo 22(vide item “a”). Somente pelo poder do Espírito o crente consegue sempre vencer os desejos, a cobiça e as inclinações da carne e viver uma vida frutífera. Um aspecto importante que observamos na botânica é que o fruto é o fim, o término de todo um processo fisiológico, é o resultado de todo um ciclo vital. Desde o momento que a semente germina e passa a formar um novo ser (morrendo, como nos fala Jesus), há somente um objetivo, uma finalidade: a formação do fruto. 

O fruto, como se vê, portanto, é o fim, o propósito, o objetivo de todo o processo. Espiritualmente falando, também vemos que o fim último da vida cristã é a produção do fruto do Espírito Santo. Todo o processo de concessão da vida espiritual tem como finalidade a formação deste fruto. Jesus foi claro ao afirmar que nos escolheu para que vamos, demos fruto e o nosso fruto permaneça (Jo.15:16). Somos de Cristo para que demos frutos para Deus(Rm 7:4). Quem não dá fruto do Espírito Santo não pode ser mantido no meio do povo de Deus e, por isso, é extirpado dele(Jo 15:2). Jesus deixou isto bem claro tanto na parábola da vinha(Lc 13:6-9), quanto no episódio da figueira infrutífera, que secou mediante a maldição do Senhor(Mt 21:18-22;Mc 11:12-14). Aliás, é esta a única oportunidade do ministério de Jesus Cristo em que O vemos lançando uma maldição, a demonstrar o quanto desagrada ao Senhor a existência de vidas infrutíferas no meio do seu povo. Para agradar a Deus em tudo é indispensável que frutifiquemos em toda a boa obra(Cl 1:10).

a) Segredo da batalha espiritual – Para o cristão ser vencedor nesta batalha espiritual, o segredo éandar no Espírito –“Andais em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne”(Gl 5:16) – “Mas se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis”(Rm 8:13). Não se trata, pois, da extinção da “carne” na vida do crente, mas da sua mortificação; de torna-la inoperante, inativa, sem ação, sem capacidade de agir, crucificada juntamente com as suas paixões, como está escrito em Gl 5:24. Somente em Cristo e mediante o “andar no Espírito”o crente vive vitoriosamente quanto às obras da carne, descritas como estão em Gl 5:24(vide item b), e daí viver uma vida cristã abundante e frutífera. Mas, como se dá isso na vida do crente? Ouvindo a voz do Espírito atentamente; seguindo-O inseparavelmente; Obedecendo às suas ordens; Não O entristecendo com rebeldia, mundanismo, irreverência e descaso com as coisas do Senhor; Confiando nEle continuamente.

b) Fruto e Obras – O apóstolo Paulo põe o paradoxo das possibilidades de vida em duas expressões: o cristão na deve produzir as obras da carne, mas, o fruto do Espírito Santo.
Ao colocar as manifestações da carne no plural, o escritor bíblico quis deixar claro que elas são múltiplas. Além disso, ele termina a frase, acrescentando um “e coisas semelhantes a estas”, o que mostra a amplitude das possibilidades no erro, diante das quais devemos estar vigilantes. A lista não poderia mesmo ser limitada porque a criatividade humana é ilimitada.

Quando o apóstolo passa a recomendar como o cristão deve viver, ele usa a expressão “fruto do Espírito” no singular. Cada arvore só dá um tipo de fruto, segundo a sua espécie. Esta ênfase paulina indica que essas virtudes não são para ser escolhidas no balcão do Espírito Santo, mas que devem compor a bagagem de todo cristão.A árvore de quem vive no Espírito Santo deve dar este fruto: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. É um fruto só. Observe que Paulo não coloca um “e” na última parte do fruto, o que vem a reforçar a unidade deste fruto.

Gl 5.19-23 “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.”
Nenhum trecho da Bíblia apresenta um mais nítido contraste entre o modo de vida do crente cheio do Espírito e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa do que estes versículos.

OBRAS DA CARNE –“Carne”, é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal(Leia Rm 8:6-8, 13; Gl 5:17,21). Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de Deus(Gl 5:21). Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e modificada numa guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do Espírito Santo(ver Rm 8:4-14). 

1) “Prostituição” – significa imoralidade sexual de todas as formas. Isto inclui, também, gostar de filmes ou publicações pornográficas(cf Mt 5:32; 19:9, At 15:20,29; 21:25; 1Co 5:1).
2) “Impureza” – significa pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração(Ef 5:3; Gl 3:6).
3) “Lascívia” – significa sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e decência(2 Co 12:21).
4) “Idolatria” – significa adorar espíritos, pessoas ou ídolos, e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual ou maior que Deus e sua Palavra(Cl 3:5).
5) “Feitiçarias” – significa praticar o espiritismo, magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria(Ex 7:11,22; 8:18; Ap 9:21; 18:23).
6) “Inimizades” – significa intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas.
7) “Porfias” – significa brigas, oposição, luta por superioridade(Rm 1:29; 1Co 1:11; 3:3).
8) “Emulações” – significa ressentimento, inveja amarga do sucesso dos outros(Rm 13:13; 1Co 3:3).
9) “Iras” – significa ira ou fúria explosiva que brota através de palavras e ações violentas( Cl 3:8).
10) “Pelejas” – significa ambição egoísta e a cobiça do poder(2Co 12:20; Fp 1:16,17).
11) “Dissensões” –significa grupos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da Igreja (Rm 16:17).
12) “Heresias” – significa introduzir ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de Deus (1Co 11:19).
13) “Invejas” – significa antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos.
14) “ Homicídios” – significa matar o próximo por perversidade.
15) “Bebedices” – significa descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante.
16) “ Glutonarias” – significa diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes. As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em Jesus e participa dessas atividades iníquas exclui-se do reino de Deus, isto é, não terá salvação(5:21; ver 1Co 6:9,10).

FRUTO DO ESPÍRITO – Os dons representam a capacidade ou poder no crente, e o fruto é a representação do caráter: os dois se completam. O fruto do Espírito Santo é um só, mas se manifesta em cada vida, de nove formas diferentes. Imagine uma laranja com nove gomos- o Fruto do Espírito Santo é um só(uma laranja), como nove qualidades(gomos).
Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver integro e honesto que a Bíblia chama “O Fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele(o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus(ver Rm 8:5-14).

1) “Caridade”(gr. Ágape) – significa o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada quer em troca(1Co 13).
2) “Gozo” – significa a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo(2Co 12:9).
3) “Paz” – significa a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial(1Ts 5:23).
4) “Longanimidade” – significa perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero(Ef 4:2).
5) “Benignidade” – significa não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor(Ef 4:32).
6) “Bondade” – <significa zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade(veja a história da mulher pecadora – Lc 7:37-50) ou na presença e na correção do mal(Mt 21:12,13 – quando Jesus expulsou os vendedores do Templo).
7) “Fé” – significa lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidelidade e honestidade(Tt 2:10; 1Tm 6:12; 2Tm 2:2).
8) “Mansidão” – significa moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com equidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso(1Pe 3:15; para a mansidão de Jesus, confira Mt 11:29 com 23 e Mc 3:5; para a de Paulo, confira 2Co 10:1 com 10:4-6; Gl 1:9; a de Moisés, confira Nm 12:3 com Ex 32:19,20).
9) “Temperança” – significa o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza(Tt 1:8; 2:5).

O ensino final de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.

c) Fruto conforme a espécie – Não é apenas na sua função que o fruto nos traz preciosas lições espirituais. Também na sua estrutura, o fruto apresenta-se como uma figura das mais eloquentes das ilustrações bíblicas das realidades eternas. A botânica ensina-nos que o fruto possui uma cobertura, denominada pericarpo, constituída por três camadas. Esta cobertura pode ser seca e fina, o que faz com que o fruto seja seco (o que ocorre com o trigo, a noz, a avelã e a semente de girassol), como também pode ser suculenta, o que faz com que o fruto seja carnoso. São muitas as variedades de frutos carnosos: as bagas (tomate, uva), as drupas (pêssego, ameixa, azeitona) e os pomos (pêra, maçã, marmelo). Espiritualmente falando, temos que o fruto do Espírito Santo tem a mesma natureza da sua cobertura, ou seja, o fruto é de acordo com a sua es
pécie. O Espírito Santo somente produz fruto digno de arrependimento, fruto consonante com a sua natureza, com as qualidades evidenciadas em Gl.5:22.

Já se a cobertura do fruto não for o Espírito Santo, não adianta querer enganar os homens, pois se saberá, claramente, através da qualidade, que o fruto não é o do Espírito, mas, sim, teremos evidentes frutos pecaminosos e ruins. 2) Maturidade e equilíbrio cristãos – A Palavra de Deus fala claramente da recompensa que o crente tem ao dar liberdade ao Espírito Santo para que produza as características de Cristo no seu interior. Em 2Pedro 1, a Bíblia nos fala da necessidade de o crente desenvolver as dimensões espirituais da sua nova vida em Cristo. Com este desenvolvimento vem a maturidade, a firmeza e a perseverança, que permitem ao crente viver vitoriosamente no tocante à velha e pecaminosa natureza adâmica – “ Porque fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”(2Pe 1:10,11).

III – A SINGULARIDADE DO CARÁTER CRISTÃO

1) A pessoa é identificada pelo seu fruto – O Caráter é o traço distintivo de uma pessoa; é a sua marca. Por mais que seja melhorada pelos processos educacionais e éticos, ele será a marca distintiva da natureza do homem.

Do ponto de vista humano, Nicodemos era um homem de bom caráter, um homem de bem. Contudo, do ponto de vista de Jesus, como homem natural, ele não estava habilitado a produzir bons frutos. Ele continuava sendo um “espinheiro”. Para produzir “uvas”, precisava de uma mudança em sua natureza. Esta mudança só é possível através do Novo Nascimento. Depois disto, então, o homem poderá produzir “frutos bons”.

É preciso mudar a natureza do fruto, e, não apenas a sua qualidade – “… toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode
a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons”(Mt 7:17-18). O Senhor Jesus afirmou que “ O que é nascido da carne é carne…”(Jo 3:6). Nesta condição só poderá produzir “…as obras da carne…”(Gl 5:19). Nele terá que ser formado “… o Fruto do Espírito…”(Gl 5:22). Assim, segundo Jesus, é pela qualidade dos frutos produzidos que se conhece a árvore: “Por seus frutos os conhecereis…”(Mt 7:6).

Pelos frutos é possível saber se o homem mudou de vida, se é, agora, um novo homem, ou se apenas mudou de religião, e continua sendo o velho homem, envolto com as obras da carne. “Porque cada árvore se conhece pelo seu fruto…”, segundo afirmou Jesus.

2) Os sinais contestados – O crente tem um comportamento, uma conduta diferente dos demais homens, porque tem uma natureza diferente, é de uma espécie diferente. Enquanto o crente é filho de Deus, o ímpio é filho do diabo (Jo.8:44); enquanto o crente é luz, o ímpio é treva; enquanto o crente tem vida, o ímpio está morto. Portanto, não pode, mesmo, haver comunhão entre o crente e o descrente. Assim, não podemos admitir o discurso de que o crente deve assumir a forma do descrente, até para “ter maior facilidade na evangelização”.

Não temos, em absoluto, que tomar a forma do mundo. A Bíblia diz que não devemos nos conformar com o mundo (Rm.12:2), mas buscar transformá-lo. Não devemos nos impressionar com a aparência, mas, sim, com a reta justiça (Jo.7:24). Devemos analisar as pessoas pelos frutos que produzem, ou seja, devemos verificar quais são as suas atitudes, qual é o seu caráter, não simplesmente o que está aparecendo em torno delas. Não nos preocupemos com os sinais, prodígios e maravilhas que alguém venha a fazer, mas, sim, com a presença do caráter cristão na sua vida. Não nos preocupemos com a vestimenta que alguém está usando, mas com a presença do caráter cristão na sua vida. É pelos frutos que reconheceremos quem é crente e quem não o é, pois Jesus disse que aquele que não produzisse fruto seria lançado fora da videira verdadeira. O caráter cristão permite-nos vislumbrar quem tem, ou não, comunhão com o Senhor e isto é que é importante, pois a comunhão com Deus representa a libertação do pecado e a consequente aceitação por Deus. 

IV – OS PROPÓSITOS DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL

1) Expressar o caráter de Cristo -A partir do novo nascimento, o homem passa a ter um novo ambiente, que é o ambiente da comunhão com o Senhor, pois o próprio Senhor vem habitar no crente (Rm.8:9, Jo.14:23) e isto fará com que seja modificado o seu caráter. Ao adquirimos um novo caráter, o caráter cristão, que é o que Paulo denomina de “o fruto do Espírito”, que é idêntico a todos os crentes,pois resultado da atuação do mesmo Espírito que habita em cada um deles, não devemos nos esquecer de que cada crente tem seu temperamento, que o faz diferente um do outro, mas que, necessariamente,tem de estar sob o controle do Espírito Santo. Assim, cada crente é diferente um do outro, pois tem um temperamento distinto do de cada irmão em Cristo.

O segredo, portanto, de apresentarmos um caráter cristão e de controlarmos o nosso temperamento para que este caráter se forme e, portanto, que produzamos o fruto do Espírito, é o de nascermos de novo, de realmente crermos em Jesus e deixarmos que o Espírito Santo domine a nossa vida, que submetamos o nosso espírito ao Espírito Santo e, desta forma, apesar de nosso temperamento, produziremos o fruto do Espírito. Por isso, não podemos concordar com pessoas que querem servir a Deus “do jeito que são”, que “Deus respeita o meu modo de ser”, pois não é isto que dizem as Escrituras. Embora reconheçamos a individualidade de cada um e de que ninguém é igual a ninguém, não podemos concordar com a teoria de que “ninguém é de ninguém”. Somos de Cristo e a Ele pertencemos, se é que realmente cremos nEle como nosso Salvador. Somos sua propriedade, porque fomos comprados por Ele por bom preço (I Co.6:20a).

2) Evidenciar o discipulado – O Senhor Jesus Cristo afirmou: “Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”(Jo 15:8). Dar “muito fruto” é uma condição imposta por Jesus para aquele que quiser ser seu discípulo. Deus não pede o que não temos para dar e que Deus não exige o que não podemos fazer. Assim, se o Senhor Jesus exigiu como condição o dar muito fruto para poder ser seu discípulo é porque ele sabia que o homem podia cumprir esta condição. É claro que o homem natural não pode ser seu discípulo, porque não pode, por sis só, cumprir suas condições. Para ser discípulo de Jesus, o homem natural precisa, primeiro, aceita-lo como seu Salvador, precisa nascer de novo, precisa tornar-se um homem espiritual. Todavia, mesmo o homem nascido de novo, não poderia, por si só, fazer a vontade de Deus e cumprir a sua Palavra. Sabendo disto, Deus Pai, por intermédio de Jesus, enviou para estar com o homem o Espírito Santo, sobre o qual o Senhor Jesus declarou: “ Mas, quando vier aquele Espírito de Verdade , ele vos guiará em toda a verdade…”(Jo 16:13). Paulo complementou dizendo: “ E da mesma maneira também o Espírito Santo ajuda as nossas fraquezas…”(Ro 8:26).
Podemos afirmar, com absoluta convicção, que, se não nos deixarmos guiar e se não formos ajudados pelo Espírito Santo, não daremos fruto, nem muito, nem pouco! Quem não dá fruto não pode dizer que é discípulo de Jesus.

3) Abençoar outras pessoas – Na medida em que praticamos boas obras, na medida em que passamos a demonstrar o caráter cristão, estaremos, também, trazendo o bem às pessoas que nos cercam. O crente é sal da terra e luz do mundo e, portanto, iluminará os ambientes que freqüenta, como também conservará a pureza ou curará os males do lugar onde está. A Bíblia diz que o crente é a nascente de um rio de água viva (Jo.7:38) e, como nos ensina a geografia, o rio é um elemento primordial para que se constitua um núcleo humano de habitação, para que se construa uma sociedade, uma comunidade.

O crente, portanto, é um elemento que traz a vida para as pessoas, que permite com que as pessoas possam ser despertadas para a realidade da necessidade da comunhão com Deus e com o próximo, mas isto tudo somente pode ocorrer se houver a produção do fruto do Espírito, sem o que este rio não nascerá, sem o que este rio não será água corrente, mas apenas uma cisterna rota, de água parada, mal cheirosa e produtora de doenças (Jr.2:13).

4) Glorificar a Deus(Jo 15:8) – Por fim, como diz o próprio Jesus, vemos que a presença de crentes frutíferos leva os ímpios a glorificarem a Deus (Mt.5:16). A Igreja, aqui, em perfeita consonância com o Espírito Santo, faz com que os homens glorifiquem ao Pai que está nos céus. O trabalho do Espírito Santo é o de glorificar a Jesus (Jo.16:14), assim como o trabalho de Cristo na Terra foi o de glorificar o Pai (Jo.17:4). Nós, como corpo de Cristo, temos de prosseguir neste trabalho de glorificação do Pai e isto só será possível através das nossas boas obras. _______________________________________________________________ Referência Bibliográfica
Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Prof. EBD/Assembléia de Deus –Ministério Bela Vista/Fortaleza-CE. Bibliografia: Comentário Bíblico do Prof. Dr. Caramuru Afonso Francisco, Roberto José da Silva e Profº Antonio Sebastião da Silva;O Fruto do Espírito – Antonio Gilberto.








                                                Fruto do Espírito


 - Como ter a Vida transformada? Será mesmo possível ter a vida totalmente transformada? O que a Bíblia diz à respeito? Neste vídeo falamos sobre como a vontade de Deus pode ser exatamente aquilo que você mais deseja na vida!

Nosso principal objetivo de vida

Quando cremos que Jesus Cristo, sendo Deus se fez homem, morreu em nosso favor e ressuscitou dentre os mortos, nós somos salvos! (Rm 10.9-10). E com certeza a salvação é o que de mais importante pode acontecer na vida de qualquer pessoa, ser perdoado por Deus e receber o dom da Vida Eterna (Mt 16.26). A partir daí, existe algo que é obrigatório: a transformação de vida (Rm 12.2), afinal, se de fato houve uma conversão, significa que nós morremos para a vida que nós tínhamos (2Co 5.14, Rm 6.2), incluindo conceitos, crenças e prioridades (1Co 1.20-21, 2Co 5.17), para viver uma vida nova em Cristo (Rm 6.8-11). Mas a questão é: como isso funciona na prática?

Romanos 10.9-10 (ACF) A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
Mateus 16.26 (ACF) Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?
Romanos 12.2 (NVI) Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
2 Coríntios 5.14 (NVI) Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos morreram. Romanos 6.2 (NVI) De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? 1 Coríntios 1.20-21 (NVI) Onde está o sábio? Onde está o erudito? Onde está o questionador desta era? Acaso não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que crêem por meio da loucura da pregação.
2 Coríntios 5.17 (NVI) Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! Romanos 6.8-11 (NVI) Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos. Pois sabemos que, tendo sido ressuscitado dos mortos, Cristo não pode morrer outra vez: a morte não tem mais domínio sobre ele. Porque morrendo, ele morreu para o pecado uma vez por todas; mas vivendo, vive para Deus. Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus.

Uma das primeiras coisas que acontecem logo após a conversão é descobrirmos que agora, nosso maior propósito de vida é fazer a vontade de Deus (1Co 6.20), descobrir o que Ele espera de nós (Ef 5.15-17). E na verdade não se trata de nenhum segredo. Jesus deixou isso bem claro em João 15.16, onde Ele diz: “Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, e fruto que permaneça, a fim de que o Pai vos conceda tudo o que pedirem em meu nome.” (NVI)

1 Coríntios 6.20 (NVI) Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês.
Efésios 5.15-17 (NVI) Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor.

Jesus nos escolheu para darmos fruto e fruto que permaneça! Essa é a vontade de Deus pra nossas vidas! Mas do que se trata esse fruto? Talvez possa se pensar que sejam vidas que conhecerão a Jesus através de nós, mas na verdade não, fruto aqui está no singular, trata-se de apenas um fruto, o fruto do Espírito.

O fruto do Espírito

Dentre tudo aquilo que nós podemos desejar na vida, nada supera o fruto do Espírito Santo! Por mais que a gente não se dê conta, aquilo que nós mais buscamos com todo nosso esforço, seja em estudo ou trabalho, é o que nós encontramos  no fruto do Espírito. E o que é o fruto do Espírito? Em Gálatas 5 diz que o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5.22-23).
Gálatas 5.22-23 (NVI) Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.
Gálatas 5.22-23 (ACF) Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.

E por mais que até seja possível alcançar algo semelhante a isso através do nosso esforço pessoal, sem o Espírito Santo o resultado será sempre limitado, temporário e totalmente dependente das circunstâncias, seja de saúde, financeira ou emocional.
O segredo é que quando nós entregamos nossa vida a Jesus Cristo, o Espírito Santo passou a habitar dentro de nós (1Co 6.19), e é somente através da ação Dele que o fruto é gerado em nossas vidas (João 16.13-14). O fruto do Espírito independe das circunstâncias. Uma vez gerado e desenvolvido, ele permanece por toda a vida (Gl 6.8).

1 Coríntios 6.19 (NVI) Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos?
João 16.13-14 (NVI) Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês.
Gálatas 6.8 (NVI) Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna.

Como desenvolver o fruto do Espírito

E talvez você esteja se perguntando: como é que o fruto do Espírito é desenvolvido em nós? – Um jeito bem fácil de entender como isso funciona é pensar no Espírito Santo como um professor e cada virtude do fruto do Espírito (amor, alegria, paz e etc...) como uma matéria que é ensinada.
Talvez você aprenda com facilidade português e história, mas tenha muita dificuldade em matemática e geografia. O que acontece aqui, é que para ser aprovado, não basta ser bom e uma ou duas matérias, é preciso alcançar uma média boa em todas. Assim também acontece com as virtudes do fruto do Espírito. Inclusive, como no caso das matérias, é preciso uma dedicação ainda maior onde você tem mais dificuldade. Por isso, se torna tão importante conhecer do que se trata cada uma delas.

As virtudes do fruto do Espírito

Ø  Amor

A primeira delas é o amor, que além de ser a principal virtude do fruto do Espírito (1Co 13.13), é também, como nós já falamos em um outro vídeo, o maior mandamento bíblico: "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo” (Mt 22.36-39).  
A Bíbia diz que esse amor foi derramando em nossos corações através do Espírito Santo (Rm 5.5). É o amor incondicional, que deve ser praticado sempre que houver uma necessidade, seja em favor de alguém que você gosta, seja em favor de alguém que você não gosta (Rm 12.20). É o Espírito Santo quem vai mostrar o que devemos fazer e por quem devemos fazer. Se trata de atitude e não de sentimento (1Jo 5.3).
1 Coríntios 13.13 (NVI) Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.
Mateus 22.36-39 (TB10) Mestre, qual é o grande mandamento da Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo semelhante a este é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
Romanos 5.5 (NVI) E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu.
Romanos 12.20 (NVI) Pelo contrário: "Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele".
1 João 5.3 (NVI) Porque nisto consiste o amor a Deus: obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados.

Ø  Alegria

Ao contrário do que muitos pensam, alegria é diferente de felicidade. Felicidade depende das circunstâncias, por isso é algo temporário. Já a alegria, permanece inclusive nos momentos de tristeza (2Co 7.4), na verdade são as tribulações e experiências de tristeza que nos preparam e aumentam nossa capacidade de desenvolver a alegria (Tg 1.2-4).
Por isso, a alegria jamais será refém das circunstâncias (Jo 16.22, Hc 3.17-18). E como essa alegria está totalmente relacionada com a nossa salvação (Hb 10.34, Jo 15.11), ela deve crescer dentro de nós por um motivo bastante óbvio: a cada dia que passa, é um dia a menos de espera, pela volta de Cristo (1Pe 1.7).

2 Coríntios 7.4 (NVI) Tenho grande confiança em vocês, e de vocês tenho muito orgulho. Sinto-me bastante encorajado; minha alegria transborda em todas as tribulações.
Tiago 1.2-4 (NVI) Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.
João 16.22 (NVI) Assim acontece com vocês: agora é hora de tristeza para vocês, mas eu os verei outra vez, e vocês se alegrarão, e ninguém lhes tirará essa alegria.
Habacuque 3.17-18 (NVI) Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação.
Hebreus 10.34 (NVI) Vocês se compadeceram dos que estavam na prisão e aceitaram alegremente o confisco dos próprios bens, pois sabiam que possuíam bens superiores e permanentes.
João 15.11 (NVI) Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa.
1 Pedro 1.7 (NVI) Assim acontece para que fique comprovado que a fé que vocês têm, muito mais valiosa do que o ouro que perece, mesmo que refinado pelo fogo, é genuína e resultará em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado.


Ø  Paz

A Bíblia ensina que existe a paz com Deus (Rm 5.1), porque através de Cristo, nós que éramos inimigos (Cl 1.21), agora temos paz com Ele; e também a paz de Deus, que é uma sensação de descanso e satisfação, como consequência dessa amizade (Rm 5.10). O criador do Universo, agora, é nosso amigo! (Rm 8.31, Jo 15.15). A Bíblia ensina que essa paz deve guardar nosso coração de qualquer tipo de perturbação ou medo (Fp 4.7), seja qual for a situação. O que é muito diferente da paz que nós encontramos no mundo. A paz como fruto do Espírito, é completa e verdadeira (Jo 14.27).
Romanos 5.1 (NVI) Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.
Colossenses 1.21 (NVI) Antes vocês estavam separados de Deus e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês.
Romanos 5.10 (NVI) Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida!
Romanos 8.31 (NVI) Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
João 15.15 (NVI) “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu tornei conhecido a vocês.”
Filipenses 4.7 (TB10) A paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
João 14.27 (NVI) Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo.

Ø  Paciência (ou longanimidade)

Na verdade, a palavra que descreve melhor esta virtude é longanimidade, que traz a ideia de ânimo longo, pois a paciência como fruto do Espírito não é uma espera passiva (Tt 3.14), mas sim a capacidade de resistir (Pv 16.32), e permanecer firme (Jd 1.21), mesmo quando existem afrontas e adversidades (Tg 5.10, Jo 16.33). É não cansar-se de fazer o bem, mesmo quando só se recebe o mal em troca (Rm 12.21). É ter a conficção que no tempo certo o que está sendo plantado será colhido (2Pe 3.15, Gl 6.9).
Enquanto de um lado a ansiedade faz com que uma pessoa se torne improdutiva e inquieta, tentando resolver uma situação fora do seu controle, a longanimidade faz com que você prepare a terra e plante as sementes, enquanto espera pela chuva (Tg 5.7, Ec 11.4).
Tito 3.14 (NVI) Quanto aos nossos, que aprendam a dedicar-se à prática de boas obras, a fim de que supram as necessidades diárias e não sejam improdutivos.
Provérbios 16.32 (ARA) Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade.
Judas 1.21 (NVI) Mantenham-se no amor de Deus, enquanto esperam que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve para a vida eterna.
Tiago 5.10 (NVI) Irmãos, tenham os profetas que falaram em nome do Senhor como exemplo de paciência diante do sofrimento.
João 16.33 (NVI) Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.
Romanos 12.21 (TB10) Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
2 Pedro 3.15 (NVI) Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação, como também o nosso amado irmão Paulo lhes escreveu, com a sabedoria que Deus lhe deu.
Gálatas 6.9 (NVI) E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.
Tiago 5.7 (NVI) Portanto, irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor aguarda que a terra produza a preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e da primavera.
Eclesiastes 11.4 (NVI) Quem observa o vento não plantará; e quem olha para as nuvens não colherá.
Isaías 58.10-11 (NVI) Se com renúncia própria você beneficiar os famintos e satisfizer o anseio dos aflitos, então a sua luz despontará nas trevas, e a sua noite será como o meio-dia. O Senhor o guiará constantemente; satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam.

Ø  Bondade

Bondade é praticar o bem, não com a intenção de agradar as pessoas, mas para fazer o que é correto e justo! (Sl 15, Ef 5.9-10). A bondade é demonstrada quando nós repudiamos a mentira (Hb 1.8-9) e dizemos a verdade ao próximo (Ef 4.25), mesmo que isso gere um certo desconforto. Exatamente como o Espírito Santo faz conosco, ele nos ensina, mas principalmente nos repreende e nos corrige (2Tm 3.16). E nosso crescimento espiritual acontece quando nós aceitamos a repreensão e entendemos que ela acontece para o nosso próprio bem (Hb 12.11). Aí sim se torna possível praticar uma das atitudes mais difíceis descritas pela Bíblia: fazer ao outro o que gostaríamos que ele fizesse por nós (Lc 6.31).

Salmo 15 (NVI) Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte? Aquele que é íntegro em sua conduta e pratica o que é justo, que de coração fala a verdade e não usa a língua para difamar, que nenhum mal faz ao seu semelhante e não lança calúnia contra o seu próximo, que rejeita quem merece desprezo, mas honra os que temem ao Senhor, que mantém a sua palavra, mesmo quando sai prejudicado, que não empresta o seu dinheiro visando lucro nem aceita suborno contra o inocente. Quem assim procede nunca será abalado!
Efésios 5.9-10 (NVI) Pois o fruto da luz consiste em toda bondade, justiça e verdade; e aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor.
Hebreus 1.8-9 (NVI) Mas a respeito do Filho, diz: "O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre; cetro de equidade é o cetro do teu Reino. Amas a justiça e odeias a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, escolheu-te dentre os teus companheiros, ungindo-te com óleo de alegria".
Efésios 4.25 (TB10) Por isso, renunciando a mentira, falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros.
2 Timóteo 3.16 (NVI) Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça.
Hebreus 12.11 (NVI) Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados.
Lucas 6.31 (NVI) Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles.

Ø  Fidelidade

O que muito se vê no mundo é uma fidelidade condicional, que muitas vezes depende da relação familiar, da afinidade, da situação financeira e também do comportamento da outra pessoa. Quando se desconfia que a outra pessoa já não é mais digna de confiança, a fidelidade acaba ficando em segundo plano, não existe mais mesma disposição em cumprir aquilo que fazia parte do acordo ou da aliança. Já a fidelidade como fruto Espírito é a capacidade de ser fiel a alguém, sem a necessidade de ser correspondido (Sl 15.4b), é um reflexo da fidelidade de Deus (Sl 86.15, Hb 10.23). A Bíblia diz que Deus permanece fiel, mesmo quando nós somos infiéis (2Tm 2.13, Rm 3.3). E uma das maiores comprovações de que a fidelidade está sendo desenvolvida em nossas vidas é quando nós permanecemos fiéis a Deus não pelo que Ele faz ou pode fazer por nós (Lc 16.10, Mt 25.21) , mas sim por quem Ele é (Dt 32.4).

Salmos 15.4b (NVI) [Habitará no santuário de Deus aquele] que mantém a sua palavra, mesmo quando sai prejudicado.
Salmos 86.15 (NVI) Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e misericordioso, muito paciente, rico em amor e em fidelidade.
Hebreus 10.23 (NVI) Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel.
2 Timóteo 2.13 (NVI) Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negarse a si mesmo.
Romanos 3.3 (NVI) Que importa se alguns deles foram infiéis? A sua infidelidade anulará a fidelidade de Deus?
Lucas 16.10 (NVI) Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito. Mateus 25.21 (NVI) O senhor respondeu: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!”. Deuteronômio 32.4 (NVI) Ele é a Rocha, as suas obras são perfeitas, e todos os seus caminhos são justos. É Deus fiel, que não comete erros; justo e reto ele é.

Ø  Mansidão

Mansidão é a capacidade de ser pacífico e agir com serenidade mesmo em situações irritantes ou desagradáveis (1Pe 2.23). Além disso, o principal aspecto da mansidão como fruto do Espírito é deixar-se guiar por Deus (Sl 27.11, Sl 139-24), sem resistir à Sua vontade, assim como uma ovelha é guiada pelo pastor (Jo 10.27-28). E um grande exemplo disso é Moisés, que foi extremamente relutante em fazer a vontade de Deus no início (Ex 4.13), mas que depois se tornou o homem mais manso que viveu em seu tempo (Nm 12.3), fruto da sua obediência. Por isso que a mansidão deve ser desenvolvida primeiramente em nosso relacionamento com Deus (Jo 14.23), deixar-se guiar por Deus, para só depois refletir em nosso comportamento com o próximo (Tt 3.2).

1 Pedro 2.23 (NVI) [Jesus Cristo] Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça. Salmos 27.11 (NVI) Ensina-me o teu caminho, Senhor; conduze-me por uma vereda segura por causa dos meus inimigos.
Salmos 139.24 (NVI) Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.
João 10.27-28 (NVI) As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão.
Êxodo 4.13 (NVI) Respondeu-lhe, porém, Moisés: “Ah Senhor! Peço-te que envies outra pessoa”.
Números 12.3 (ACF) E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.
João 14.23 (NVI) Respondeu Jesus: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele morada.
Tito 3.2 (NVI) Não caluniem a ninguém, sejam pacíficos e amáveis e mostrem sempre verdadeira mansidão para com todos os homens.

Ø  Domínio próprio

Por último, o domínio próprio. Talvez uma das virtudes mais desejadas no fruto do Espírito, seja a capacidade de controlar a si mesmo (Tg 3.2, 1Co 6.12), afinal, uma das maiores batalhas que o ser humano enfrenta é contra os seus próprios desejos (Tg 1.14), contra aquilo que a carne deseja (Gl 17-21), e nós falamos sobre isso no vídeo "Para que serve o Jejum?". Quando não existe domínio próprio nós caminhamos para longe do propósito de Deus (Rm 8.8) e praticamente tornamos impossível uma vida em santidade (Hb 12.14).

O domínio próprio desenvolvido pelo Espírito Santo nos torna capazes de dizer não, quando é preciso dizer não, de esperar quando é preciso esperar e de agir quando é preciso agir (2Tm 1.7). Mesmo porque o domínio próprio também é necessário para vencer a preguiça, a acomodação e a procrastinação (Pv 13.4), ou seja, não é somente deixar de fazer o que é errado, mas fazer o que precisa ser feito (Tg 4.17).

Tiago 3.2 (NVI) Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo.
1 Coríntios 6.12 (ARA) Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.
Tiago 1.14 (NVI) Cada um, porém, é tentado pela própria cobiça, sendo por esta arrastado e seduzido.
Gálatas 5.17-21 (NVI) Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam. Mas, se vocês são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da lei. Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti, que os que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus.
Romanos 8.8 (NVI) Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus.
Hebreus 12.14 (NVI) Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor.
2 Timóteo 1.7 (NVI) Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.
Provérbios 13.4 (NVI) O preguiçoso deseja e nada consegue, mas os desejos do diligente são amplamente satisfeitos.
Tiago 4.17 (NVI) Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado.

Conclusão

É obvio que nós não temos condições de alcançar a perfeição e todas as virtudes do fruto do Espírito, aliás, em nenhuma delas. Mesmo assim, o nosso alvo deve ser chegar o mais próximo disso (Fp 3.12-14), o mais próximo de Jesus Cristo, que foi o único perfeito (Hb 4.15) em cada uma delas e nos serve como exemplo (Hb 12.3-4, 1Pe 4.1-2).
Filipenses 3.12-14 (NVI) Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.
Hebreus 4.15 (NVI) Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Hebreus 12.3-4 (NVI) Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem se desanimem. Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o ponto de derramar o próprio sangue. 1 Pedro 4.1-2 (NVI) Portando, uma vez que Cristo sofreu corporalmente, armem-se também do mesmo pensamento, pois aquele que sofreu em seu corpo rompeu com o pecado, para que, no tempo que lhe resta, não viva mais para satisfazer os maus desejos humanos, mas sim para fazer a vontade de Deus.

Lembre-se de que quem desenvolve o fruto é o Espírito Santo, mas velocidade com que isso acontece, aí sim, depende de nós (2Pe 1.5-11). Quando maior for a nossa obediência à direção dada pelo Espírito Santo, mais rápido nós vamos desenvolver o fruto do Espírito, ter a vida completamente transformada e influenciar outros a seguirem o mesmo Caminho (Mt 5.14).

2 Pedro 1.5-11 (NVI) Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor. Porque, se essas qualidades existirem e estiverem crescendo em sua vida, elas impedirão que vocês, no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos. Todavia, se alguém não as tem, está cego, só vê o que está perto, esquecendo-se da purificação dos seus antigos pecados. Portanto, irmãos, empenhem-se ainda mais para consolidar o chamado e a eleição de vocês, pois, se agirem dessa forma, jamais tropeçarão e assim vocês estarão ricamente providos quando entrarem no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Mateus 5.14 (NVI) Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte.

Quadro filológico1

1 Quadro extraído da matéria Doutrina do Espírito Santo do Centro de Ensino Teológico Saber e Fé.

                       



                                               Fruto do Espírito: Temperança


Hoje quero conversar com vocês a respeito de temperança que é um dos frutos do Espírito. Ao pensarmos nessa palavrinha ela poderá nos remeter a tempero ou temperar. Então, podemos nos lembrar do ato de cozinhar e de como preferimos os sabores dos nossos pratos. Muitos alimentos são tão apetitosos ao nosso paladar, mas a verdade é que não fazem bem para a nossa saúde. Além disso, o excesso de sabores podem destruir o prato mais refinado. Quem nunca provou uma comida salgada ou apimentada demais e se frustrou com o sabor?

Toda essa metáfora a respeito de alimentos e comidas fazem pensar em nossas próprias vidas, e como elas se encontram? Pois, temperança também nos remete a ideia de temperamento. E nesse ponto podemos olhar para dentro de nossas emoções e perguntar ao Espírito Santo que fruto há em nós que Ele tem gerado? O que já mudou e o que Ele ainda pretende mudar? A Bíblia nos afirma que somos libertos por Cristo para a liberdade. Já compartilhei com você que lê meus textos que sou uma pessoa que tenho sede por liberdade. Mas a liberdade da qual eu tanto me refiro é algo que vem de dentro para fora, do nosso interior para o nosso exterior. Pois homens como Daniel e José provaram dessa liberdade mesmo em cárceres. O próprio Paulo falava a respeito dessa liberdade mesmo estando preso. E este é o exemplo de tantos outros profetas. Essa liberdade tem a ver com um estado de espírito gerado pelo próprio Espírito Santo de Deus que vai mudando o nosso coração. Confrontando nossos desequilíbrios, excessos e pecados e nos transformando a semelhança daquele a quem tanto amamos, Jesus Cristo, o filho de Deus.

Então, vamos pensar em temperança de forma prática, isto é: olhando para nossas vidas e observando esses pontos em nossos relacionamentos e emoções. Sim, eu quero que vejamos as nossas fraquezas e limitações. Mas também quero que possamos ir mais profundo ao compreendermos tudo aquilo que Deus já tem feito em nós. E principalmente o que Ele ainda está a fazer. Sua obra não cessou e Ele continua a nos santificar. Você consegue compreender o quanto Deus já mudou em você? Já consegue sentir quanta raiva, ódio e dor Ele já curou? Já conseguiu perceber a paz que te inunda e cresce permanentemente? Ele é quem gera o fruto em nós. “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio, contra essas coisas não há lei. (Gálatas 5.22-23).

“Mas vamos falar da vida com Deus. O que acontece quando vivemos no caminho de Deus? Deus faz surgir dons em nós, como frutas que nascem num pomar: afeição pelos outros, um senso de compaixão no íntimo e a convicção de que há algo de sagrado em toda a criação e nas pessoas. Nos nos entregamos de coração a compromissos que importam, sem precisar forçar a barra, e nos tornamos capazes de direcionar sabiamente nossas habilidades.” Gálatas 5.22-23 (A Mensagem)
Pessoalmente gostei bastante da descrição da mensagem a respeito da temperança e do “equilíbrio emocional” que é derramado sobre nós pelo Espírito Santo de Deus. Eu sei bem o que é ter guerra interna e prisões na alma. E por isso dou valor a liberdade que o Senhor conquistou para nós na Cruz do Calvário.

Minha oração hoje é de gratidão por essa liberdade que Ele tem nos dado. É de gratidão pelo Espírito Santo que Ele enviou para morar em nós. Ele nos escolheu para sermos a sua casa, e nos prometeu estar conosco até a consumação dos séculos. Até o fim. Nunca nos deixará só e no caminho Ele nos ensinará todas as coisas. Eu o amo infinitamente, e você?

Nayla Cintra Nascida em Mato Grosso, Nayla é missionária em tempo integral desde 2011, tendo já servido durante 4 anos na JOCUM (Jovens Com Uma Missão) e quase 2 anos como missionária intercessora no FHOP (Florianópolis House of Prayer). Atualmente dedica uma parte do seu tempo para ensinar artes para crianças em uma ONG em Florianópolis e outra parte do tempo para trabalhar com justiça social, com foco em tráfico humano. Nayla carrega um coração para pessoas em situação de vulnerabilidade social, ama o mundo artístico e criativo, é apaixonada por missões, mas tem como maior desejo ver o nome de Jesus sendo conhecido entre todos os povos e tribos da Terra.


FONTE :





Nenhum comentário:

Postar um comentário