O TABERNÁCULO - ELIENAI CABRAL
ESBOÇO
I – A DESCRIÇÃO DA ARCA DA ALIANÇA (ÊX 25.10)
II – O PROPICIATÓRIO DA ARCA (Êx 25.17-21)
III – OS ELEMENTOS SAGRADOS DENTRO DA ARCA
I – A DESCRIÇÃO DA ARCA DA ALIANÇA (ÊX 25.10)
II – O PROPICIATÓRIO DA ARCA (Êx 25.17-21)
III – OS ELEMENTOS SAGRADOS DENTRO DA ARCA
Elienai
Cabral
A Arca da
Aliança era um móvel nobre que tinha a madeira de cetim na sua estrutura
interior e era coberta com uma lâmina de ouro maciço, tanto por fora quanto por
dentro. O ouro simboliza a Deidade, e a madeira de cetim, a humanidade de
Jesus.
Do ponto de vista
da doutrina da expiação, entende-se que a Arca e seu Propiciatório representam
a obra expiatória que Cristo realizou no Calvário. Quando o pecador entra no
Pátio (ou Átrio) do Tabernáculo, iniciam-se os seus passos no “caminho para o
Santuário” (Hb 9.8). Ele começa sua caminhada entrando pela porta de acesso ao
Pátio, que fica na parte exterior do Tabernáculo, e, através do sacerdote, seu
representante, o pecador depara-se com o Altar de Sacrifícios. Logo depois, ele
passa pela Pia Lavatório (a fonte de bronze). Esses elementos materiais
falam-nos da cruz de Cristo, o qual foi a verdadeira vítima, que se ofereceu
pelos nossos pecados.
Ao entrar na
parte interior do Santuário, depois do Altar de Sacrifícios e da Pia Lavatório,
o pecador entra no Lugar Santo através do sacerdote e depara-se com três móveis
especiais: (1) a mesa dos Pães da Proposição, (2) o Castiçal de ouro com sete
lâmpadas e (3) o Altar de Incenso, onde o sacerdote ministra o culto de
comunhão e gratidão a Deus, que está no Lugar Santíssimo (ver 1 Jo 1.3,7).
Depois do
Lugar Santo, está o Lugar Santíssimo, vedado por um véu. Só é possível
ultrapassá-lo mediante o sangue da expiação nas mãos do sumo sacerdote. Na
tipologia bíblica, nesse contexto, Jesus tornou-se nosso Cordeiro expiatório e
com o seu próprio sangue tornou-se Sumo Sacerdote para ministrar diante do Pai
junto ao Propiciatório (ver Hb 6.18-20).
I –
DESCRIÇÃO DA ARCA DA ALIANÇA (ÊX 25.10)
A Arca é o
único móvel dentro do recinto do Lugar Santíssimo. Ao longo da vida religiosa
do povo de Israel, a Arca recebeu vários nomes, que não sofrem qualquer mudança
no significado geral; apenas descrevem e abrem o leque da compreensão para
entendermos mais sobre ela.
Nomes
Dados a Arca
A designação
dada à Arca tem a ver com o vocábulo hebraico arown beriyth, que
significa “cofre, casa de madeira, baú, arca. Era o objeto mais valioso de
todos os objetos do Tabernáculo, porque ocupava o primeiro lugar na vida
religiosa de Israel. Os diferentes nomes não anulam os vários significados,
porque todos objetivam mostrar a glória de Deus dentro do Lugar
Santíssimo.
Esses nomes
são identificados como:
• A Arca da
Deus
• A Arca do Senhor
• A Arca de Jeová
• A Arca do Pacto
• A Arca do Testemunho
• A Arca da Aliança
• A Arca do Senhor
• A Arca de Jeová
• A Arca do Pacto
• A Arca do Testemunho
• A Arca da Aliança
A Arca,
portanto, aparece como o mais importante de todos os móveis do Tabernáculo e
como o tesouro mais apreciado e reverenciado em Israel. Nela se culminam todos
os rituais, desde o Altar de Sacrifícios, da Pia Lavatório e dos objetos do
Lugar Santo.
A
Construção da Arca (Êx 25.10,11)
De todos os
objetos feitos por Bezalel e Aoliabe, o mais valioso e sagrado em toda a
estrutura do Tabernáculo era a Arca da Aliança. Sua feitura exigia um trabalho
perfeito com todos os materiais empregados. A Arca foi feita com madeira de
cetim (ou de acácia) na sua estrutura interna e revestida de ouro puro por
dentro e por fora (Êx 25.10,11). A medida da Arca era retangular e tinha 2,5
côvados de comprimento, 1,5 côvado de largura e 1,5 côvado de altura. Essas
medidas equivalem a 1,25 m de comprimento, 75 cm de altura e 75 cm de largura.
São números arredondados que não comprometem a sua importância. A madeira de
cetim não ficava exposta, e tudo o que podia ser visto era o ouro. Por isso, é
a mais perfeita tipologia de Jesus Cristo, revelando, assim, suas duas
naturezas, a humana e a divina. A madeira revelava a humanidade assumida de
Jesus, que foi plenamente homem, e o ouro por cima da madeira representava a
sua divindade.
A
Revelação Figurada da Dupla Natureza de Cristo
O ouro, que
cobria totalmente a madeira interna, revelava sua divindade, pois Ele era
plenamente divino (Hb 1). A madeira simbolizava sua natureza humana (Hb 2).
Essas duas naturezas permanecem distintas, embora estejam unidas em uma só
Pessoa — Deus e homem, juntos em uma só pessoa. Ele é o primogênito de toda a
nova criação. Seu nome é Emanuel, isto é, Deus conosco. Ele é a Palavra que se
fez carne, o Deus-Homem, o Senhor Jesus Cristo (ver Mt 1.21,23; Is 7.14; 9.6 e
Jo 1.14). Portanto, em seu ministério terrestre, Jesus foi revelado como homem,
e foi como homem que Ele submeteu-se à obra expiatória no Calvário para
resgatar o homem do pecado (Jo 1.14; Rm 5.8). Ele nunca deixou de ser Deus,
mas, ao assumir a humanidade, assim o fez plenamente. Paulo escreveu a Timóteo
e referiu-se a Jesus como “aquele que se manifestou em carne” (1 Tm 3.16). Ele
não se dividiu em 50% Deus e 50% homem. Não! Ele foi 100% homem, e foi como tal
que operou seus milagres sob o poder do Espírito Santo, tendo morrido e
ressuscitado como ser humano para garantir uma obra perfeita. A madeira
interior da Arca representa sua humanidade, e o ouro, por dentro e por fora,
sua divindade.
Texto
extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD.
A Casa de Ouro -
A arca da aliança era revestida de
ouro por dentro e por fora.
Ainda que Deus seja tão grande que
nem mesmo o céu dos céus possa contê-LO,
Ele, em sua grande bondade,
condescendeu em estabelecer aqui o Seu trono.
Sobre a arca havia uma prancha de
ouro puro, 2Vz côvados por IV2,
a qual era o propiciatório.
Ligados em uma só peça com o
propiciatório havia dois querubins de ouro. A página anterior apresenta uma
figura da arca com os querubins em pé. Aqui o modelo supõe que estejam de joelhos.
As faces dos querubins estão voltadas para o sangue que o sumo sacerdote havia aspergido
sobre o propiciatório e que falava da expiação.
Por meio desse sangue, o trono do
Deus três vezes santo — o qual devia ter sido um trono de juízo — tornou-se um
trono de graça.
O significado que isso tem para nós é
que o pecador só pode aproximar-se de Deus porque Deus vê o sangue: a obra
consumada na cruz por Seu mui amado Filho.
A ARCA DA ALIANÇA: Êx 25:10-22;
37:1-9; 40:20-21; Lv 16:2;
Nm 7:89; Dt
10:1-5;
Êx 16:33-34; Hb 9:3-5; 1 Re 8:6-9; SI 40:8
Mais tarde, no céu, Ele mais uma
vez será a Luz: “A praça da cidade é de
ouro puro... A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem
claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro [Cristo] é a sua
lâmpada” (Apocalipse 21:21, 23)
Jan Rouw e Paul F. Kiane
A Arca e seu Conteúdo
A arca do concerto ocupa o primeiro lugar nas comunicações
divinas feitas a Moisés. A sua posição no tabernáculo era, também, notável.
Encerrada dentro do véu, no lugar santíssimo, formava a base do trono de Jeová.
O seu próprio nome apresentava à alma a sua importância. Uma arca, tanto quanto
podemos compreender o significado da palavra, é destinada a guardar intacto o
que é posto dentro dela. Foi numa arca que Noé e sua família, com todas as
espécies de animais da criação, foram transportados com segurança sobre as
ondas do juízo que cobriu a terra. Uma arca, como lemos no princípio deste
livro, foi o vaso da fé para preservar um menino formoso das águas da morte.
Quando, portanto, lemos da "arca do concerto" somos levados a crer
que era destinada por Deus aguardar intacto o Seu concerto, no meio de um povo
dado ao erro. Nesta arca, como sabemos, foram depositadas as segundas tábuas da
lei. Quanto às primeiras foram quebradas ao pé do monte, mostrando que o
concerto do homem era de todo abolido—que o seu trabalho nunca poderia, de
qualquer modo, formar a base do trono de governo de Jeová. "Ajustiça e o
juízo são a habitação desse trono", quer seja no seu aspecto terrestre,
quer no celestial. A arca não podia conter as tábuas quebradas dentro do seu
interior sagrado. O homem podia falhar no cumprimento dos votos que havia feito
voluntariamente; porém a lei de Deus tem de ser conservada em toda a sua
integridade divina e perfeição. Se Deus estabelecia o Seu trono no meio do Seu
povo, só o podia fazer de uma maneira digna de Si. O princípio do Seu juízo e
governo deve ser perfeito.
"E farás varas de madeira de cetim, e as cobrirás com
ouro. E meterás as varas nas argolas, aos lados da arca, para se levar com elas
a arca" (versículos 13e 14). A arca do concerto devia acompanhar o povo em
todas as suas peregrinações. Nunca se deteve enquanto eles se mantiveram como
um exército em viagem ou no conflito: foi adiante deles até ao meio do Jordão;
foi o seu ponto de reunião em todas as guerras de Canaã; era a garantia segura
e certa do poder para onde quer que ia. Nenhum poder do inimigo podia subsistir
diante daquilo que era a expressão bem conhecida da presença e poder de Deus. A
arca devia ser a companheira inseparável de Israel no deserto; e as
"varas" e as "argolas" eram a expressão exata do seu
caráter ambulante. A Arca no Templo Contudo, a arca não deveria viajar sempre.
As "aflições" de Davi (Sl 132:1) bem como as guerras de Israel deviam
ter um fim. A oração, "Levanta-te, Senhor, no teu repouso, tu e a arca da
tua força" (SI 132:8) devia ainda de ser feita e atendida. Esta petição
sublime teve o seu cumprimento parcial nos dias auspiciosos de Salomão, quando
"os sacerdotes trouxeram a arca do concerto do SENHOR ao seu lugar, ao
oráculo da casa, ao lugar santíssimo, até debaixo das asas dos querubins.
Porque os querubins estendiam ambas as asas sobre o lugar da arca e cobriam a
arca e os seus varais por cima. E os varais sobressaíram tanto que as pontas
dos varais se viam desde o santuário diante do oráculo, porém de fora não se
viam; e ficaram ali até ao dia de hoje' (1 Rs 8:6 - 8). A areia do deserto
devia ser trocada pelo piso de ouro do templo (1 Rs 6:30). As peregrinações da
arca haviam chegado ao seu termo: "adversário não havia, nem algum mau
encontro", e, portanto, fizeram sobressair os varais.
Esta não era a única diferença entre a arca no tabernáculo e
no templo. O apóstolo, falando da arca na sua habitação do deserto, descreve-a
como "a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor, em que estava um
vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as
tábuas do concerto" (Hb 9:4). Estes eram os objetos que a arca continha
durante as suas jornadas no deserto—o vaso de maná era o memorial da fidelidade
do Senhor em prover a todas as necessidades dos Seus remidos através do
deserto, e a vara de Aarão era "um sinal para os filhos rebeldes" para
acabar com "as suas murmurações" (Compare-se Ex 16:32 - 34 e Nm
17:10). Porém, quando chegou o momento em que "os varais" deviam ser
retirados, logo que as peregrinações e as guerras de Israel terminaram, quando
"a casa magnífica em excelência" (1 Cr 22:5) foi terminada, quando o
sol da glória de Israel havia chegado, em figura, ao zénite com o esplendor e a
magnificência do reino de Salomão, então os memoriais das necessidades e faltas
do deserto desapareceram, e nada ficou senão aquilo que constituía o fundamento
eterno do trono do Deus de Israel e de toda a terra. "Aia arca, nada
havia, senão só as duas tábuas de pedra que Moisés ali pusera junto a
Horebe" (I Rs 8:9).
Mas toda esta glória devia ser obscurecida pelas nuvens
carregadas do fracasso humano e o descontentamento de Deus. Os pés devastadores
dos incircuncisos haviam ainda de atravessar as ruínas dessa magnífica casa, e
o desaparecimento do seu brilho e da sua glória devia provocar o assobio dos
estranhos (1 Reis 9:8). Este não é o momento de continuar em pormenor este
assunto; limitar-me-ei a referir ao leitor a última menção que a Palavra de
Deus faz da " arca do concerto" —uma passagem que nos transporta a
uma época em que a loucura humana e o pecado não perturbarão mais o lugar de repouso
da arca, e em que a arca não será guardada num tabernáculo de cortinas nem
tampouco num templo feito por mãos. "E tocou o sétimo anjo a sua trombeta,
e houve no céu grandes vozes, que diziam-. Os reinos do mundo vieram a ser de
nosso Senhor e do Seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. E os vinte e
quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus,
prostraram-se sobre seu rosto e adoraram a Deus, dizendo: Graças te damos,
Senhor, Deus Todo-poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o
teu grande poder e reinaste. E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo
dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos
profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a
grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra. E abriu-se no céu o
templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo; e houve
relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos, e grande saraiva" (Ap 11.15
-19).
O Propiciatório Segue-se por sua ordem o propiciatório.
"Também farás um propiciatório de ouro puro; o seu cumprimento será de
dois côvados e meio, e a sua largura, de um côvado e meio. Farás também dois
querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do
propiciatório. Farás um querubim na extremidade de uma parte e o outro querubim
na extremidade da outra parte; de uma só peça com o propiciatório farás os
querubins nas duas extremidades dele. Os querubins estenderão as suas asas por
cima, cobrindo com as suas asas o propiciatório; as faces deles, uma defronte
da outra; as faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório. E
porás o propiciatório em cima da arca, depois que houveres posto na arca o
Testemunho, que eu te darei. E ali virei a ti e falarei contigo de cima do
propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a arca do
Testemunho), tudo que eu te ordenar para os filhos de Israel" (versículos
17 a 22).
Jeová declara aqui o
Seu desígnio misericordioso de descer do monte ardente para tomar o Seu lugar sobre
o propiciatório. Podia fazer isto, visto que a tábuas da lei estavam guardadas
intactas na arca, e os símbolos do Seu poder, tanto na criação como na
providência, se elevavam à direita e à esquerda como acessórios inseparáveis
deste trono em que o Senhor Se havia assentado — um trono de graça fundado na
justiça e sustido pela justiça e o juízo. Ali brilha a glória do Deus de
Israel. Dali emanavam os Seus mandamentos suavizados e tornados agradáveis pela
origem graciosa de onde saíam— à semelhança do sol do meio-dia, cujos raios ao
passarem através de uma nuvem vivificam e fecundam sem que o seu resplendor nos
cegue.
"Os seus mandamentos não são pesados" quando
recebidos do propiciatório, porque estão ligados com a graça que dá ouvidos
para ouvir e o poder para obedecer.
Exodo -
C-H-Mackintosh.
A Arca da Aliança no Tabernáculo
Êxodo
25.10-16; 26.33; 37.1-5
Percebemos
uma razão para estudarmos o Tabernáculo, pois “Na realidade, através do
tabernáculo,
Deus estava criando uma linguagem e conceitos que nos ajudariam a
entender o evangelho. Ao refletirmos um pouco, nos lembraremos de quantas
formas de linguagens a respeito de Cristo vem diretamente do tabernáculo e do
sistema que o rodeia.” (Crisp). Essa linguagem inclui “aspersão de sangue”,
“expiação”, “propiciatório”, “arca da aliança”, “véu”, “éfode”, “bode
expiatório” e outras palavras. Se não estudássemos o tabernáculo, seríamos
ignorantes de grande parte da linguagem da Bíblia quando se trata do Evangelho.
O Material
Era feito de madeira de acácia e de ouro. Como temos aprendido em outros
estudos, a madeira de acácia aponta para a humanidade de Cristo e o ouro para a
Sua divindade.
As Dimensões
A Arca da
Aliança media 116 cm de comprimento por 75 cm de largura e 75 cm de altura. Não
era vista como uma peça grande, mas a sua importância era sem medida.
A Sua
Construção
A Arca da Aliança era coberta de ouro, por
dentro e por fora. Tinha uma coroa de ouro sobre ela que era para segurar o
propiciatório. Tinha quatro argolas de ouro fundidas nos quatro cantos e nos
dois lados restantes também. Tinha duas varas de madeira de acácia cobertas de
ouro, postas nas argolas, para levar a Arca. Eram para estar sempre nas
argolas.
Dentro dela
era posto o testemunho, ou seja, a Lei de Moisés.
O Seu Lugar
no Tabernáculo
A
importância dessa peça é vista pela sua posição no Tabernáculo. Ex 26.33 nos
mostra que a sua posição era atrás do véu que separava o lugar santo do lugar
santíssimo.
Os
Significados
A Arca da
Aliança, em si, representa a presença de Deus entre os homens. Cristo “é imagem
do Deus invisível” (Cl 1.15). Deus (o ouro) se fez carne (a madeira de acácia)
para habitar entre nós (Ex 25.8).
Os que estavam com Jesus no Seu ministério
terrestre testemunharam dEle. Eles viram a Sua glória, “como a glória do
Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Estes que O viram, e
ouviram dEle, testificaram dEle para nós “para que também ‘tenhamos’ comunhão”
com eles, pois, a comunhão deles era com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo (I
Jo 1.3). Tudo isto nos ensina que somente há presença de Deus nas nossas vidas,
comunhão verdadeira com Deus e com os cristãos se for por Aquele que é a imagem
do Deus invisível, ou seja, por Jesus Cristo. Repito negativamente: não há
salvação completa, vida espiritual, adoração agradável ou esperança futura
senão somente e unicamente por Cristo. A Arca da Aliança representa a presença
de Deus entre os homens, e Cristo é essa presença.
A Arca da Aliança, no primeiro relatório das
peças do tabernáculo, era a primeira peça mencionada. As primeiras instruções a
Moisés para este santuário onde Deus habitaria no meio do Seu povo eram de
fazer a Arca da Aliança. De fato, isso nos ensina que a salvação de Deus para o
homem pecador começa com Deus. O Pai decretou a salvação por Cristo. O Filho
fez tudo que era necessário conforme o que o Pai decretou. O Espírito Santo
aplica o que o Filho fez para todos aqueles que o Pai escolheu. A primeira
iniciativa de amor pelo pecador perdido era no lado de Deus. Nós O amamos
porque Ele nos amou primeiro (I Jo 4.19). Quando ainda éramos pecadores, Deus
manifestou Seu amor por nós pela morte de Cristo (Rm 5.8). Se não fosse o amor
eterno de Deus em primeiro lugar pelos perdidos, não haveria a obra do Espírito
Santo atraindo-os a Ele (Jr 31.3). Cristo é o Alfa e o Ômega da salvação (Ap
1.11). Cristo é o Autor e consumador da nossa fé salvadora (Hb 12.2). Se a
salvação por Cristo não é a primeira e última esperança do perdão dos seus
pecados você não tem a presença de Deus no seu coração.
Não pense de
ter uma vida cristã sem essa presença de Deus entre os homens. Não pense de ter
perdão dos seus pecados sem a presença de Deus entre os homens. Não pense que
tem comunhão com Deus sem a presença de Deus entre os homens. Não pense que
pode agradar Deus sem a presença de Deus entre os homens. Sem a presença de
Deus entre os homens, que é Cristo, há somente condenação eterna (Jo 3.36). Se
estiver carregando a pesada carga da condenação dos seus pecados venha a essa
presença de Deus entre os homens (Mt 11.28-30).
Se estiver
oprimido pela separação que seus pecados fazem do seu Deus, venha a essa
presença de Deus entre os homens (Is 55.1-3, 6-7). Se você já conhece essa
presença de Deus entre os homens, esteja alerta para o resto da mensagem, pois
essa mensagem lhe interessa muito.
Notamos que
a Arca tinha uma “coroa de ouro ao redor” (v. 11). Essa “coroa” de ouro nos
ensina de Cristo. Cristo foi coroado de honra e glória e nós daremos nossas
coroas a Ele (Ap 4.10). Cristo é coroado por Deus, soberanamente, com um nome
sobre todo nome (Fl 2.9-11). Essa coroa
de ouro que estava “ao redor” da Arca da Aliança nos ensina muito também. Isso
significa a divindade de Cristo em tudo que se faz. No Seu ministério terrestre
a Sua divindade foi manifestada a todos (Jo 1.14; I Jo 1.1-4). A divindade de
Cristo está em tudo que se faz na obra da Sua redenção. Isso se vê quando Ele
deu a Sua vida e tornou a tomá-la (Jo 10.17,18). Só Cristo, sendo Deus
completamente poderia fazer tal obra. A divindade de Cristo está vista na Sua
salvação, pois Ele nos dá uma “eterna salvação” (Hb 5.9). A Sua intercessão
contínua (Hb 7.25) nos manifesta, claramente, a divindade de Cristo em tudo que
se faz. Nosso servir a Ele é digno de toda parte de todo nosso viver: conjugal,
familiar, social, eclesiástico e empregatício.
Notamos que
o testemunho foi colocado dentro da Arca da Aliança (v. 16). Essa verdade da
Lei de Moisés dentro da Arca que representa a presença de Deus entre os homens,
nos mostra tanto a obra de Cristo quanto a nossa responsabilidade para com a
Lei. É dito de Cristo em Salmo 40.6-8, “A Tua lei está dentro do Meu coração”.
“A Minha comida é fazer a vontade dAquele que Me enviou, de realizar a Sua obra”
(Jo 4.34). E a vontade de Deus para Cristo em relação à Lei era de cumpri-la:
Mateus 5:17 “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim
abrogar, mas cumprir.” E esta obra, Ele consumou na cruz (Jo 19.30). Cristo
cumpriu a Lei, pois estava dentro do “Seu coração”, uma verdade que nos
manifesta a Sua voluntariedade em ser esta oferta (Hb 10.5-7; Ex 35.5,21; Lv
1.3). Para o regenerado, a lei de Deus é seu prazer: Rm 7.22, “Porque, segundo
o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;”; Sl 37.31, “A lei do seu Deus
está em seu coração; os seus passos não resvalarão.” (II Co 3.3).
O fato de
que a Arca da Aliança esteve no lugar Santíssimo, nos ensina que não há
compartilhamento com qualquer falso deus (Dagom, I Sm 5.1-7). A colocação da
Arca da Aliança no Santo dos Santos não admite adoração criativa (os dois
filhos de Aarão, Lv 10.1-11); adoração com a carne (os dois filhos de Eli, I Sm
4.3-11); com a nossa intenção só (Uzá, II Sm 6.1-7); mas, somente como agrada a
Deus, “em espírito e em verdade” (Jo 4.24). A Arca da Aliança no lugar
Santíssimo significa que a nossa adoração a Deus deve ser pura e as varas
cobertas de ouro nos mostra a nossa responsabilidade nessa adoração.
As varas
cobertas de ouro e postas nas argolas para nunca serem tiradas nos manifestam a
responsabilidade de Cristo para fazer a vontade de Deus. A Sua lei estava no
coração de Cristo. A estimação dessa lei a Cristo se manifestou quando Ele veio
fazer a vontade do Pai (Jo 5.30). A nossa estima pela lei de Deus também está vista
em como executamos a nossa responsabilidade em fazer a vontade de Deus. Deus
não pede os nossos sentimentos, emoções, invenções, mas ação dirigida para
cumprir o que Cristo nos ensinou (Mt 7.21-25).
A Arca da
Aliança pela Bíblia
Quero
examinar os casos da Arca da Aliança nas suas várias situações pela Bíblia e se
Deus nos abençoar podemos ser edificados, grandiosamente. Em Josué 3.3-17 o
povo de Deus atravessou o Jordão para entrar na terra prometida. O cristão, se
quer atravessar o rio dos desafios e entrar no serviço do Senhor, precisa pôr
Cristo em primeiro lugar no seu coração e na sua vida.
Em Josué 6.10-21 avistamos a importância da
Arca da Aliança na destruição da cidade. Isso nos instrui à verdade que só
podemos vencer o pecado que tão de perto nos rodeia tendo Cristo em primeiro lugar
em nossa vida. Em I Sm 5.1-7 aprendemos a impossibilidade de servir a dois
senhores (Lc 16.13). Também aprendemos com isso que quando Cristo entra no
coração do incrédulo, os deuses falsos cedem lugar. Em Lv 16.2 aprendemos que a
aproximação de Deus não é corriqueira, mas com reverência e temor, e isso com o
sangue de Cristo (Hc 2.20). No livro de Salmos achamos uma única referência à
Arca da Aliança como sendo “a força do Senhor” (Sl 132.8). Nisso, aprendemos
que a força e a vitória da vida cristã é Cristo (Fl 4.13; Jo 15.4; I Jo 5.4,5).
A Arca da
Aliança é a presença de Deus entre os homens, a força do Senhor, e não é
compartilhada com a carne em nenhum aspecto na adoração ou serviço a Deus. A
primeira coisa da salvação é Cristo. Temos responsabilidade não só de saber,
mas, de fazer a vontade de Deus (Rm 12.1,2; I Co 1.30). A vontade de Deus para
com o pecador é que se arrependa e creia em Cristo Jesus. Somente dessa maneira
é que ele pode esperar ter a presença de Deus consigo. A vontade de Deus para o
cristão é viver em obediência à Palavra de Deus pela “força do Senhor”. Que
Cristo tenha na sua vida a preeminência como a Arca da Aliança tinha no
Tabernáculo.
O Tabernáculo E Jesus Cristo Calvin G Gardner
FONTE : Palavra
Prudente














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