domingo, 26 de maio de 2019

Lição 9 A Arca da Aliança














                                                                         O TABERNÁCULO - ELIENAI CABRAL





ESBOÇO 
I – A DESCRIÇÃO DA ARCA DA ALIANÇA (ÊX 25.10)
II – O PROPICIATÓRIO DA ARCA (Êx 25.17-21)
III – OS ELEMENTOS SAGRADOS DENTRO DA ARCA 

Elienai Cabral 

A Arca da Aliança era um móvel nobre que tinha a madeira de cetim na sua estrutura interior e era coberta com uma lâmina de ouro maciço, tanto por fora quanto por dentro. O ouro simboliza a Deidade, e a madeira de cetim, a humanidade de Jesus.
Do ponto de vista da doutrina da expiação, entende-se que a Arca e seu Propiciatório representam a obra expiatória que Cristo realizou no Calvário. Quando o pecador entra no Pátio (ou Átrio) do Tabernáculo, iniciam-se os seus passos no “caminho para o Santuário” (Hb 9.8). Ele começa sua caminhada entrando pela porta de acesso ao Pátio, que fica na parte exterior do Tabernáculo, e, através do sacerdote, seu representante, o pecador depara-se com o Altar de Sacrifícios. Logo depois, ele passa pela Pia Lavatório (a fonte de bronze). Esses elementos materiais falam-nos da cruz de Cristo, o qual foi a verdadeira vítima, que se ofereceu pelos nossos pecados. 
Ao entrar na parte interior do Santuário, depois do Altar de Sacrifícios e da Pia Lavatório, o pecador entra no Lugar Santo através do sacerdote e depara-se com três móveis especiais: (1) a mesa dos Pães da Proposição, (2) o Castiçal de ouro com sete lâmpadas e (3) o Altar de Incenso, onde o sacerdote ministra o culto de comunhão e gratidão a Deus, que está no Lugar Santíssimo (ver 1 Jo 1.3,7).
Depois do Lugar Santo, está o Lugar Santíssimo, vedado por um véu. Só é possível ultrapassá-lo mediante o sangue da expiação nas mãos do sumo sacerdote. Na tipologia bíblica, nesse contexto, Jesus tornou-se nosso Cordeiro expiatório e com o seu próprio sangue tornou-se Sumo Sacerdote para ministrar diante do Pai junto ao Propiciatório (ver Hb 6.18-20). 

I – DESCRIÇÃO DA ARCA DA ALIANÇA (ÊX 25.10)

A Arca é o único móvel dentro do recinto do Lugar Santíssimo. Ao longo da vida religiosa do povo de Israel, a Arca recebeu vários nomes, que não sofrem qualquer mudança no significado geral; apenas descrevem e abrem o leque da compreensão para entendermos mais sobre ela. 

Nomes Dados a Arca

A designação dada à Arca tem a ver com o vocábulo hebraico arown beriyth, que significa “cofre, casa de madeira, baú, arca. Era o objeto mais valioso de todos os objetos do Tabernáculo, porque ocupava o primeiro lugar na vida religiosa de Israel. Os diferentes nomes não anulam os vários significados, porque todos objetivam mostrar a glória de Deus dentro do Lugar Santíssimo. 
Esses nomes são identificados como:
• A Arca da Deus
• A Arca do Senhor
• A Arca de Jeová
• A Arca do Pacto
• A Arca do Testemunho
• A Arca da Aliança
A Arca, portanto, aparece como o mais importante de todos os móveis do Tabernáculo e como o tesouro mais apreciado e reverenciado em Israel. Nela se culminam todos os rituais, desde o Altar de Sacrifícios, da Pia Lavatório e dos objetos do Lugar Santo.    

A Construção da Arca (Êx 25.10,11)

De todos os objetos feitos por Bezalel e Aoliabe, o mais valioso e sagrado em toda a estrutura do Tabernáculo era a Arca da Aliança. Sua feitura exigia um trabalho perfeito com todos os materiais empregados. A Arca foi feita com madeira de cetim (ou de acácia) na sua estrutura interna e revestida de ouro puro por dentro e por fora (Êx 25.10,11). A medida da Arca era retangular e tinha 2,5 côvados de comprimento, 1,5 côvado de largura e 1,5 côvado de altura. Essas medidas equivalem a 1,25 m de comprimento, 75 cm de altura e 75 cm de largura. São números arredondados que não comprometem a sua importância. A madeira de cetim não ficava exposta, e tudo o que podia ser visto era o ouro. Por isso, é a mais perfeita tipologia de Jesus Cristo, revelando, assim, suas duas naturezas, a humana e a divina. A madeira revelava a humanidade assumida de Jesus, que foi plenamente homem, e o ouro por cima da madeira representava a sua divindade.  

A Revelação Figurada da Dupla Natureza de Cristo

O ouro, que cobria totalmente a madeira interna, revelava sua divindade, pois Ele era plenamente divino (Hb 1). A madeira simbolizava sua natureza humana (Hb 2). Essas duas naturezas permanecem distintas, embora estejam unidas em uma só Pessoa — Deus e homem, juntos em uma só pessoa. Ele é o primogênito de toda a nova criação. Seu nome é Emanuel, isto é, Deus conosco. Ele é a Palavra que se fez carne, o Deus-Homem, o Senhor Jesus Cristo (ver Mt 1.21,23; Is 7.14; 9.6 e Jo 1.14). Portanto, em seu ministério terrestre, Jesus foi revelado como homem, e foi como homem que Ele submeteu-se à obra expiatória no Calvário para resgatar o homem do pecado (Jo 1.14; Rm 5.8). Ele nunca deixou de ser Deus, mas, ao assumir a humanidade, assim o fez plenamente. Paulo escreveu a Timóteo e referiu-se a Jesus como “aquele que se manifestou em carne” (1 Tm 3.16). Ele não se dividiu em 50% Deus e 50% homem. Não! Ele foi 100% homem, e foi como tal que operou seus milagres sob o poder do Espírito Santo, tendo morrido e ressuscitado como ser humano para garantir uma obra perfeita. A madeira interior da Arca representa sua humanidade, e o ouro, por dentro e por fora, sua divindade. 

                                        Texto extraído da obra “O TABERNÁCULO”, editada pela CPAD. 


                       A Casa de Ouro - 

A arca da aliança era revestida de ouro por dentro e por fora.
Ainda que Deus seja tão grande que nem mesmo o céu dos céus possa contê-LO, 
Ele, em sua grande bondade, condescendeu em estabelecer aqui o Seu trono.
Sobre a arca havia uma prancha de ouro puro, 2Vz côvados por IV2,
 a qual era o propiciatório.
Imagem relacionadaLigados em uma só peça com o propiciatório havia dois querubins de ouro. A página anterior apresenta uma figura da arca com os querubins em pé. Aqui o modelo supõe que estejam de joelhos. As faces dos querubins estão voltadas para o sangue que o sumo sacerdote havia aspergido sobre o propiciatório e que falava da expiação.
Por meio desse sangue, o trono do Deus três vezes santo — o qual devia ter sido um trono de juízo — tornou-se um trono de graça.

O significado que isso tem para nós é que o pecador só pode aproximar-se de Deus porque Deus vê o sangue: a obra consumada na cruz por Seu mui amado Filho.

A ARCA  DA ALIANÇA:  Êx  25:10-22;  37:1-9;  40:20-21;  Lv  16:2;  Nm  7:89;  Dt  10:1-5;
Êx 16:33-34; Hb 9:3-5;  1 Re 8:6-9; SI 40:8

Mais tarde, no céu, Ele mais uma vez  será a Luz: “A praça da cidade é de ouro puro... A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro [Cristo] é a sua lâmpada” (Apocalipse 21:21, 23)


                                                                      Jan Rouw e Paul F. Kiane


                             A Arca e seu Conteúdo

A arca do concerto ocupa o primeiro lugar nas comunicações divinas feitas a Moisés. A sua posição no tabernáculo era, também, notável. Encerrada dentro do véu, no lugar santíssimo, formava a base do trono de Jeová. O seu próprio nome apresentava à alma a sua importância. Uma arca, tanto quanto podemos compreender o significado da palavra, é destinada a guardar intacto o que é posto dentro dela. Foi numa arca que Noé e sua família, com todas as espécies de animais da criação, foram transportados com segurança sobre as ondas do juízo que cobriu a terra. Uma arca, como lemos no princípio deste livro, foi o vaso da fé para preservar um menino formoso das águas da morte. 

Quando, portanto, lemos da "arca do concerto" somos levados a crer que era destinada por Deus aguardar intacto o Seu concerto, no meio de um povo dado ao erro. Nesta arca, como sabemos, foram depositadas as segundas tábuas da lei. Quanto às primeiras foram quebradas ao pé do monte, mostrando que o concerto do homem era de todo abolido—que o seu trabalho nunca poderia, de qualquer modo, formar a base do trono de governo de Jeová. "Ajustiça e o juízo são a habitação desse trono", quer seja no seu aspecto terrestre, quer no celestial. A arca não podia conter as tábuas quebradas dentro do seu interior sagrado. O homem podia falhar no cumprimento dos votos que havia feito voluntariamente; porém a lei de Deus tem de ser conservada em toda a sua integridade divina e perfeição. Se Deus estabelecia o Seu trono no meio do Seu povo, só o podia fazer de uma maneira digna de Si. O princípio do Seu juízo e governo deve ser perfeito.

"E farás varas de madeira de cetim, e as cobrirás com ouro. E meterás as varas nas argolas, aos lados da arca, para se levar com elas a arca" (versículos 13e 14). A arca do concerto devia acompanhar o povo em todas as suas peregrinações. Nunca se deteve enquanto eles se mantiveram como um exército em viagem ou no conflito: foi adiante deles até ao meio do Jordão; foi o seu ponto de reunião em todas as guerras de Canaã; era a garantia segura e certa do poder para onde quer que ia. Nenhum poder do inimigo podia subsistir diante daquilo que era a expressão bem conhecida da presença e poder de Deus. A arca devia ser a companheira inseparável de Israel no deserto; e as "varas" e as "argolas" eram a expressão exata do seu caráter ambulante. A Arca no Templo Contudo, a arca não deveria viajar sempre. As "aflições" de Davi (Sl 132:1) bem como as guerras de Israel deviam ter um fim. A oração, "Levanta-te, Senhor, no teu repouso, tu e a arca da tua força" (SI 132:8) devia ainda de ser feita e atendida. Esta petição sublime teve o seu cumprimento parcial nos dias auspiciosos de Salomão, quando "os sacerdotes trouxeram a arca do concerto do SENHOR ao seu lugar, ao oráculo da casa, ao lugar santíssimo, até debaixo das asas dos querubins. Porque os querubins estendiam ambas as asas sobre o lugar da arca e cobriam a arca e os seus varais por cima. E os varais sobressaíram tanto que as pontas dos varais se viam desde o santuário diante do oráculo, porém de fora não se viam; e ficaram ali até ao dia de hoje' (1 Rs 8:6 - 8). A areia do deserto devia ser trocada pelo piso de ouro do templo (1 Rs 6:30). As peregrinações da arca haviam chegado ao seu termo: "adversário não havia, nem algum mau encontro", e, portanto, fizeram sobressair os varais.

Esta não era a única diferença entre a arca no tabernáculo e no templo. O apóstolo, falando da arca na sua habitação do deserto, descreve-a como "a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor, em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto" (Hb 9:4). Estes eram os objetos que a arca continha durante as suas jornadas no deserto—o vaso de maná era o memorial da fidelidade do Senhor em prover a todas as necessidades dos Seus remidos através do deserto, e a vara de Aarão era "um sinal para os filhos rebeldes" para acabar com "as suas murmurações" (Compare-se Ex 16:32 - 34 e Nm 17:10). Porém, quando chegou o momento em que "os varais" deviam ser retirados, logo que as peregrinações e as guerras de Israel terminaram, quando "a casa magnífica em excelência" (1 Cr 22:5) foi terminada, quando o sol da glória de Israel havia chegado, em figura, ao zénite com o esplendor e a magnificência do reino de Salomão, então os memoriais das necessidades e faltas do deserto desapareceram, e nada ficou senão aquilo que constituía o fundamento eterno do trono do Deus de Israel e de toda a terra. "Aia arca, nada havia, senão só as duas tábuas de pedra que Moisés ali pusera junto a Horebe" (I Rs 8:9).

Mas toda esta glória devia ser obscurecida pelas nuvens carregadas do fracasso humano e o descontentamento de Deus. Os pés devastadores dos incircuncisos haviam ainda de atravessar as ruínas dessa magnífica casa, e o desaparecimento do seu brilho e da sua glória devia provocar o assobio dos estranhos (1 Reis 9:8). Este não é o momento de continuar em pormenor este assunto; limitar-me-ei a referir ao leitor a última menção que a Palavra de Deus faz da " arca do concerto" —uma passagem que nos transporta a uma época em que a loucura humana e o pecado não perturbarão mais o lugar de repouso da arca, e em que a arca não será guardada num tabernáculo de cortinas nem tampouco num templo feito por mãos. "E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam-. Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seu rosto e adoraram a Deus, dizendo: Graças te damos, Senhor, Deus Todo-poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder e reinaste. E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra. E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos, e grande saraiva" (Ap 11.15 -19).

O Propiciatório Segue-se por sua ordem o propiciatório. "Também farás um propiciatório de ouro puro; o seu cumprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura, de um côvado e meio. Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. Farás um querubim na extremidade de uma parte e o outro querubim na extremidade da outra parte; de uma só peça com o propiciatório farás os querubins nas duas extremidades dele. Os querubins estenderão as suas asas por cima, cobrindo com as suas asas o propiciatório; as faces deles, uma defronte da outra; as faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório. E porás o propiciatório em cima da arca, depois que houveres posto na arca o Testemunho, que eu te darei. E ali virei a ti e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a arca do Testemunho), tudo que eu te ordenar para os filhos de Israel" (versículos 17 a 22).
 Jeová declara aqui o Seu desígnio misericordioso de descer do monte ardente para tomar o Seu lugar sobre o propiciatório. Podia fazer isto, visto que a tábuas da lei estavam guardadas intactas na arca, e os símbolos do Seu poder, tanto na criação como na providência, se elevavam à direita e à esquerda como acessórios inseparáveis deste trono em que o Senhor Se havia assentado — um trono de graça fundado na justiça e sustido pela justiça e o juízo. Ali brilha a glória do Deus de Israel. Dali emanavam os Seus mandamentos suavizados e tornados agradáveis pela origem graciosa de onde saíam— à semelhança do sol do meio-dia, cujos raios ao passarem através de uma nuvem vivificam e fecundam sem que o seu resplendor nos cegue.


"Os seus mandamentos não são pesados" quando recebidos do propiciatório, porque estão ligados com a graça que dá ouvidos para ouvir e o poder para obedecer.

                                                                                           Exodo - C-H-Mackintosh.


                               A Arca da Aliança no Tabernáculo


Êxodo 25.10-16; 26.33; 37.1-5

Percebemos uma razão para estudarmos o Tabernáculo, pois “Na realidade, através do tabernáculo, 
Deus estava criando uma linguagem e conceitos que nos ajudariam a entender o evangelho. Ao refletirmos um pouco, nos lembraremos de quantas formas de linguagens a respeito de Cristo vem diretamente do tabernáculo e do sistema que o rodeia.” (Crisp). Essa linguagem inclui “aspersão de sangue”, “expiação”, “propiciatório”, “arca da aliança”, “véu”, “éfode”, “bode expiatório” e outras palavras. Se não estudássemos o tabernáculo, seríamos ignorantes de grande parte da linguagem da Bíblia quando se trata do Evangelho.

O Material Era feito de madeira de acácia e de ouro. Como temos aprendido em outros estudos, a madeira de acácia aponta para a humanidade de Cristo e o ouro para a Sua divindade.

As Dimensões

A Arca da Aliança media 116 cm de comprimento por 75 cm de largura e 75 cm de altura. Não era vista como uma peça grande, mas a sua importância era sem medida.

A Sua Construção

 A Arca da Aliança era coberta de ouro, por dentro e por fora. Tinha uma coroa de ouro sobre ela que era para segurar o propiciatório. Tinha quatro argolas de ouro fundidas nos quatro cantos e nos dois lados restantes também. Tinha duas varas de madeira de acácia cobertas de ouro, postas nas argolas, para levar a Arca. Eram para estar sempre nas argolas.
Dentro dela era posto o testemunho, ou seja, a Lei de Moisés.

O Seu Lugar no Tabernáculo

A importância dessa peça é vista pela sua posição no Tabernáculo. Ex 26.33 nos mostra que a sua posição era atrás do véu que separava o lugar santo do lugar santíssimo.

Os Significados

A Arca da Aliança, em si, representa a presença de Deus entre os homens. Cristo “é imagem do Deus invisível” (Cl 1.15). Deus (o ouro) se fez carne (a madeira de acácia) para habitar entre nós (Ex 25.8). 
Os que estavam com Jesus no Seu ministério terrestre testemunharam dEle. Eles viram a Sua glória, “como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Estes que O viram, e ouviram dEle, testificaram dEle para nós “para que também ‘tenhamos’ comunhão” com eles, pois, a comunhão deles era com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo (I Jo 1.3). Tudo isto nos ensina que somente há presença de Deus nas nossas vidas, comunhão verdadeira com Deus e com os cristãos se for por Aquele que é a imagem do Deus invisível, ou seja, por Jesus Cristo. Repito negativamente: não há salvação completa, vida espiritual, adoração agradável ou esperança futura senão somente e unicamente por Cristo. A Arca da Aliança representa a presença de Deus entre os homens, e Cristo é essa presença.

 A Arca da Aliança, no primeiro relatório das peças do tabernáculo, era a primeira peça mencionada. As primeiras instruções a Moisés para este santuário onde Deus habitaria no meio do Seu povo eram de fazer a Arca da Aliança. De fato, isso nos ensina que a salvação de Deus para o homem pecador começa com Deus. O Pai decretou a salvação por Cristo. O Filho fez tudo que era necessário conforme o que o Pai decretou. O Espírito Santo aplica o que o Filho fez para todos aqueles que o Pai escolheu. A primeira iniciativa de amor pelo pecador perdido era no lado de Deus. Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro (I Jo 4.19). Quando ainda éramos pecadores, Deus manifestou Seu amor por nós pela morte de Cristo (Rm 5.8). Se não fosse o amor eterno de Deus em primeiro lugar pelos perdidos, não haveria a obra do Espírito Santo atraindo-os a Ele (Jr 31.3). Cristo é o Alfa e o Ômega da salvação (Ap 1.11). Cristo é o Autor e consumador da nossa fé salvadora (Hb 12.2). Se a salvação por Cristo não é a primeira e última esperança do perdão dos seus pecados você não tem a presença de Deus no seu coração.

Não pense de ter uma vida cristã sem essa presença de Deus entre os homens. Não pense de ter perdão dos seus pecados sem a presença de Deus entre os homens. Não pense que tem comunhão com Deus sem a presença de Deus entre os homens. Não pense que pode agradar Deus sem a presença de Deus entre os homens. Sem a presença de Deus entre os homens, que é Cristo, há somente condenação eterna (Jo 3.36). Se estiver carregando a pesada carga da condenação dos seus pecados venha a essa presença de Deus entre os homens (Mt 11.28-30).
Se estiver oprimido pela separação que seus pecados fazem do seu Deus, venha a essa presença de Deus entre os homens (Is 55.1-3, 6-7). Se você já conhece essa presença de Deus entre os homens, esteja alerta para o resto da mensagem, pois essa mensagem lhe interessa muito.

Notamos que a Arca tinha uma “coroa de ouro ao redor” (v. 11). Essa “coroa” de ouro nos ensina de Cristo. Cristo foi coroado de honra e glória e nós daremos nossas coroas a Ele (Ap 4.10). Cristo é coroado por Deus, soberanamente, com um nome sobre  todo nome (Fl 2.9-11). Essa coroa de ouro que estava “ao redor” da Arca da Aliança nos ensina muito também. Isso significa a divindade de Cristo em tudo que se faz. No Seu ministério terrestre a Sua divindade foi manifestada a todos (Jo 1.14; I Jo 1.1-4). A divindade de Cristo está em tudo que se faz na obra da Sua redenção. Isso se vê quando Ele deu a Sua vida e tornou a tomá-la (Jo 10.17,18). Só Cristo, sendo Deus completamente poderia fazer tal obra. A divindade de Cristo está vista na Sua salvação, pois Ele nos dá uma “eterna salvação” (Hb 5.9). A Sua intercessão contínua (Hb 7.25) nos manifesta, claramente, a divindade de Cristo em tudo que se faz. Nosso servir a Ele é digno de toda parte de todo nosso viver: conjugal, familiar, social, eclesiástico e empregatício.

Notamos que o testemunho foi colocado dentro da Arca da Aliança (v. 16). Essa verdade da Lei de Moisés dentro da Arca que representa a presença de Deus entre os homens, nos mostra tanto a obra de Cristo quanto a nossa responsabilidade para com a Lei. É dito de Cristo em Salmo 40.6-8, “A Tua lei está dentro do Meu coração”. “A Minha comida é fazer a vontade dAquele que Me enviou, de realizar a Sua obra” (Jo 4.34). E a vontade de Deus para Cristo em relação à Lei era de cumpri-la: Mateus 5:17 “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.” E esta obra, Ele consumou na cruz (Jo 19.30). Cristo cumpriu a Lei, pois estava dentro do “Seu coração”, uma verdade que nos manifesta a Sua voluntariedade em ser esta oferta (Hb 10.5-7; Ex 35.5,21; Lv 1.3). Para o regenerado, a lei de Deus é seu prazer: Rm 7.22, “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;”; Sl 37.31, “A lei do seu Deus está em seu coração; os seus passos não resvalarão.” (II Co 3.3).


O fato de que a Arca da Aliança esteve no lugar Santíssimo, nos ensina que não há compartilhamento com qualquer falso deus (Dagom, I Sm 5.1-7). A colocação da Arca da Aliança no Santo dos Santos não admite adoração criativa (os dois filhos de Aarão, Lv 10.1-11); adoração com a carne (os dois filhos de Eli, I Sm 4.3-11); com a nossa intenção só (Uzá, II Sm 6.1-7); mas, somente como agrada a Deus, “em espírito e em verdade” (Jo 4.24). A Arca da Aliança no lugar Santíssimo significa que a nossa adoração a Deus deve ser pura e as varas cobertas de ouro nos mostra a nossa responsabilidade nessa adoração.

As varas cobertas de ouro e postas nas argolas para nunca serem tiradas nos manifestam a responsabilidade de Cristo para fazer a vontade de Deus. A Sua lei estava no coração de Cristo. A estimação dessa lei a Cristo se manifestou quando Ele veio fazer a vontade do Pai (Jo 5.30). A nossa estima pela lei de Deus também está vista em como executamos a nossa responsabilidade em fazer a vontade de Deus. Deus não pede os nossos sentimentos, emoções, invenções, mas ação dirigida para cumprir o que Cristo nos ensinou (Mt 7.21-25).

A Arca da Aliança pela Bíblia

Quero examinar os casos da Arca da Aliança nas suas várias situações pela Bíblia e se Deus nos abençoar podemos ser edificados, grandiosamente. Em Josué 3.3-17 o povo de Deus atravessou o Jordão para entrar na terra prometida. O cristão, se quer atravessar o rio dos desafios e entrar no serviço do Senhor, precisa pôr Cristo em primeiro lugar no seu coração e na sua vida.
 Em Josué 6.10-21 avistamos a importância da Arca da Aliança na destruição da cidade. Isso nos instrui à verdade que só podemos vencer o pecado que tão de perto nos rodeia tendo Cristo em primeiro lugar em nossa vida. Em I Sm 5.1-7 aprendemos a impossibilidade de servir a dois senhores (Lc 16.13). Também aprendemos com isso que quando Cristo entra no coração do incrédulo, os deuses falsos cedem lugar. Em Lv 16.2 aprendemos que a aproximação de Deus não é corriqueira, mas com reverência e temor, e isso com o sangue de Cristo (Hc 2.20). No livro de Salmos achamos uma única referência à Arca da Aliança como sendo “a força do Senhor” (Sl 132.8). Nisso, aprendemos que a força e a vitória da vida cristã é Cristo (Fl 4.13; Jo 15.4; I Jo 5.4,5).

A Arca da Aliança é a presença de Deus entre os homens, a força do Senhor, e não é compartilhada com a carne em nenhum aspecto na adoração ou serviço a Deus. A primeira coisa da salvação é Cristo. Temos responsabilidade não só de saber, mas, de fazer a vontade de Deus (Rm 12.1,2; I Co 1.30). A vontade de Deus para com o pecador é que se arrependa e creia em Cristo Jesus. Somente dessa maneira é que ele pode esperar ter a presença de Deus consigo. A vontade de Deus para o cristão é viver em obediência à Palavra de Deus pela “força do Senhor”. Que Cristo tenha na sua vida a preeminência como a Arca da Aliança tinha no Tabernáculo.

                                                           O Tabernáculo E Jesus Cristo Calvin G Gardner

                                                            FONTE : Palavra Prudente



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