quarta-feira, 17 de abril de 2019

Lição 3 – Entrando no Tabernáculo – O ÁTRIO

















O Tabernáculo
O Pátio do Tabernáculo e a Sua Porta Ex 27.9-19; 38.9-20
Introdução

Por que estudar sobre o Tabernáculo? “Na realidade, através do tabernáculo, Deus estava criando uma linguagem e conceitos que nos ajudariam a entender o evangelho. Ao refletirmos um pouco, nos lembraremos quantas formas de linguagem a respeito de Cristo vem diretamente do tabernáculo e do sistema que o rodeia.” (Crisp). Essa linguagem incluía “aspersão de sangue”, “expiação”, “propiciatório”, “arca da aliança”, “véu”, “éfode”, “bode expiatório” e outras palavras. Se não estudássemos o tabernáculo, seríamos ignorantes de grande parte da linguagem da Bíblia.

Local, Tamanho e Material Usado das Cortinas deste Pátio.

Local –
do lado meridional, que dá para o sul, v. 9
do lado norte, v. 11
do lado do ocidente, v. 12
do lado oriental, v. 13
Tamanho –
Comprimento dos lados: Cada lado de 100 côvados, v. 9
Largura: 50 côvados, v. 12, 13, 18
Altura: 5 côvados, v. 18
Material – Cortinas todas feitas de linho fino torcido, v. 9,
18 Lado norte e sul: 20 colunas, 20 bases de cobre, v. 10, 11, 17-
19. Lado oriente (leste) e ocidente (oeste):
10 colunas no lado ocidente, v. 12 e 6 colunas no lado oriental, v. 13-15, com 4 colunas na porta, v. 16.
A soma destas colunas é 60.
Colchetes das colunas e as suas faixas serão de prata, v. 10, 11, 17, 18.
Todas as bases são de cobre, v. 12, 18, 19.
Pregos: de cobre, v. 19.
A Porta do Pátio
Lugar: Lado oriental, onde o sol se levanta, v. 13-16
Largura: 20 côvados, v. 13-16
Cortina de 20 côvados, v. 16
Material: azul, púrpura, carmesim, linho fino torcido, de obra de bordador, v. 16
 Número de colunas e bases: 4, v. 16.
As suas Bases são de cobre, v. 17.
 Colchetes e faixas são de prata, v.17.

 Representação

O Pátio era um lugar especial para servir Deus publicamente. Além dos cultos domésticos (Dt 6.6-9), e a observação de todas as leis sobre casamento, alimentação, vestimenta, e sobre higiene na vida cotidiana de todos em todo lugar, ainda assim, tinha um lugar separado para o culto público. Este lugar especial foi delineado pelas cortinas do pátio. A vida Cristã é manifesta pela nossa família, alimentação, vestimenta, higiene, etc. em todo lugar. Todavia existe um lugar especial para o culto público. Este lugar especial é onde reúne o Povo de Deus em obediência à Palavra de Deus, a igreja, que é o corpo de Cristo. Os verdadeiros adoradores não somente adoram a Deus em espírito nas suas vidas particulares obedecendo à verdade com amor, mas, eles também não deixam a congregação dos santos para adorá-LO em espírito e em verdade publicamente (Jo 4.24; Hb 10.25).
As cortinas do pátio eram brancas, as suas colunas, talvez de madeira, tinham bases de cobre que reluziram gloriosamente. As suas faixas e os seus colchetes de prata em cada coluna manifestaram a glória tanto do pátio quanto o serviço ali ministrado. Quem contemplava essa glória de santidade foi forçado a lamentar por tal glória não fazer parte da sua vida cotidiana nem dos seus pensamentos toda hora.
A glória manifesta pelas cortinas e pelas suas bases era convincente que o pecador não podia servir O Santo Senhor perfeitamente. A lei no coração convencia todos que eram contaminados por pensamentos alheios e pela desobediência das leis de Deus. A beleza da santidade requerida, representada pela brancura do linho fino torcido, testificava da separação entre os pecadores e Deus (Jó 42.6; Is 6.1-5). Vendo as bases de cobre reconhecia que tal santidade era somente pelo julgamento dos seus pecados. A sua consciência pesava muito e reconhecia que não era apto para servir o Deus glorioso. Todavia, essas cortinas eram seguradas às colunas com colchetes de prata. Aquele que desejava ser santo, vendo o uso do cobre nessas cortinas e colunas, percebia que não somente os pecados seriam julgados, mas a prata (nos colchetes e faixas) pregava da expiação dada pelo Cordeiro de Deus.
 A expiação de Cristo (colchetes de prata) posicionava entre o julgamento (cobre) e a justiça de Deus (linho fino). Os pecadores arrependidos podiam, pela fé, alegrar-se pela salvação dessa expiação idônea. Estes então se dirigiam à Única Porta levando um sacrifício idôneo, que, em tipo, representava o sacrifício do próprio Cristo, foi oferecido diante da porta. Através da fé no que representava este sacrifício idôneo, seus pecados eram remidos e este tornava participante da justiça de Deus. Essa Porta Única testificava da natureza celestial de Cristo (azul), da Sua soberania (púrpura), do Seu sacrifício (carmesim), e da Sua pureza (linho fino), ou seja, da Sua santidade (cor branca do linho). Representando a porta assim o Cristo, o arrependido que buscava agradar a Deus, podia ir a Deus pelas qualidades de Cristo e poderia adorá-LO em espírito e em verdade. A porta única, que dava acesso ao pátio representa Cristo Que é a própria e Única Porta que dá acesso à presença de Deus e àquela adoração que Ele deseja (Jo 10.7-9). Jesus é o único por Quem a salvação é dada e por Quem qualquer serviço ou adoração a Deus é aceita (Jo 14.6). Posso imaginar, se pessoas naquela época são como hoje, muitas pessoas estão ao redor da Porta Única. Essas sentem-se bem por saber onde a Porta é localizada. Podem avisar a todo mundo que essa é a Porta Única para ter acesso a Deus. Sentem-se confortadas de estarem ao redor da Porta Única, pois seus pais também estavam aí por muito tempo. Todavia, essas pessoas religiosas, as que estão satisfeitas pelas aparências, as que são enganadas pelos que pregam um outro evangelho, essas nunca entram nEla para terem os pecados expiados. Não conhecem o que é ter os corações lavados, uma nova natureza e não têem comunhão com Deus.

NÃO SEJA COMO ESTAS!

A promessa de Vida Nova é somente para os que entram pela Porta Única (Jo 10.9, “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens”). Portanto, arrependa-se dos seus pecados verdadeiramente e creia no Senhor Jesus Cristo mesmo. Apenas esses que se arrependem e crêem pela fé em Cristo Jesus serão salvos verdadeiramente! Somente esses entram pela Porta. Por mais confortável que seja estar entre os muitos à porta, estar meramente perto da Porta pode ser um caminho à Morte.
 As quatro colunas desta Única Porta podem ser comparadas aos quatro Evangelhos do Novo Testamento e aos quatro animais diante e por detrás do trono de Deus (Ap 4.6-9). Desde que os quatro evangelhos pregam o Evangelho a todo povo, tanto judeu quanto grego, e desde que os quatro animais ao redor do trono eram semelhantes aos quatro evangelhos (leão como rei, Mateus; bezerro como Servo, Marcos; rosto como homem, Filho de Homem, Lucas; águia como Deus, João), as quatro colunas podem representar a verdade que Cristo é universalmente: o Salvador de qualquer pecador arrependido de “toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5.9). As quatro colunas também podem significar que Cristo deve ser pregado “a toda criatura” (Mc 16.15).
Se contássemos todas as colunas nas cortinas do pátio mais as quatro da porta teríamos o número de sessenta. É interessante que Salomão no seu cântico diz: “Eis que é a liteira de Salomão; sessenta valentes estão ao redor dela, dos valentes de Israel”, Ct 3.7. As sessenta colunas não somente impedem alguém de entrar na presença de Deus por outra maneira a não ser pela Porta Única, como também guarda os que estão dentro do pátio. Pode representar a segurança para os que estão dentro (Jo 10.27- 29; I Pe 1.5, “guardados na virtude de Deus”; Jd 1.24, “àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar”). Pode representar o juízo sobre os que procurariam entrar por outra maneira (os ladrões e salteadores, mercenários, professores falsos – Mt 7.21-23; Jo 10.8-13; Gl 1.6-9). Os que entraram pela Porta Única são guardados pelo O Valente, Cristo. Os que negam a entrar pela Porta Única têm que encarar os Valentes: a Lei de Moisés - Rm 7.12, 13; a palavra dos profetas – II Pe 1.19; dos apóstolos – Gl 1.6-9; de Deus – Mt 17.5; de Jesus Cristo – Jo 12.48; e da própria Bíblia – Ap 20.12. É melhor submeter-se a Deus e ter os Seus Valentes lhe segurando do que contrariar estes Valentes e encará-los no juízo.




                                                             O TABERNÁCULO Pastor Calvin Gardner

Cap 11 - O TABERNÁCULO
A Porta para o Pátio Externo
(Êxodo 27:16-17)
A Porta do Pátio Externo era uma cortina grande, feita de linho fino e nas cores:
azul, púrpura, carmesim e branca. A cortina era sustentada por pilares de madeira
que eram apoiados em bases de cobre, com colchetes de prata, igual aos outros
pilares da cortina do Pátio Externo. A cortina da porta era fixada aos pilares com
ganchos de ouro.
Cada uma das cores tem um significado:
Azul indica a divindade: "Eis aqui está o vosso Deus" (Isaías 40:9),
apontando para o evangelho de João, onde o incrédulo Tomé eventualmente
diz para Jesus: "Senhor meu, e Deus meu" (João 20:28).

Púrpura significa realeza: "Eis que o teu Rei virá a ti" (Zacarias 9:9),
apontando para o evangelho de Mateus, onde Jesus, o descendente do Rei
Davi (Mateus 1:1), declara após ressuscitar dos mortos: "É-me dado todo o
poder no céu e na terra" (Mateus 28:18).

Carmesim representa o sangue: "Eis...o Meu Servo" (Isaías 52:13; 53:11),
apontando para o evangelho de Marcos, onde Jesus diz que Ele veio "para
servir e dar a Sua vida em resgate de muitos" (Marcos 10:45).

Branco significa pureza e humanidade perfeita: "Eis aqui o homem"
(Zacarias 6:12), apontando para o evangelho de Lucas, onde Pilatos diz a
respeito de Jesus: "Não acho culpa alguma neste homem" (Lucas 23:4, 14).

Estas quatro cores são entrelaçadas para formarem a Porta toda, assim como os
quatro evangelhos combinam para dar um completo quadro de Jesus. Jesus Cristo
é puro e justo, real e divino, e isso mostra como Ele sendo homem pôde ser o nosso
resgate, a Porta para nós entrarmos na presença de Deus no Tabernáculo. Jesus
disse: "Eu sou a Porta; se alguém entrar por Mim, salvar-se-á" (João 10:9) e "Eu
sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai [Deus], senão por Mim"
(João 14:6).
Esta declaração por Jesus é única e exclusiva, mas observe a Sua vida e a Sua
conduta: Ele era rodeado por todo o tipo de pessoas com toda a espécie de histórias
e condições e motivos, e ainda assim Simão Pedro (um dos Seus discípulos mais
íntimo) pôde dizer mais tarde a respeito de Cristo: "O qual não cometeu pecado,
nem na Sua boca se achou engano" (I Pedro 2: 22).
Pedro tinha visto Jesus em toda a sorte de situação com todo tipo de pessoas (dos
lideres religiosos, as classes mais baixas como: prostitutas, publicanos e cobradores
de impostos), e ainda assim escreveu: "Não vos fizemos saber a virtude e a vinda
de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós
mesmos vimos a Sua majestade" (II Pedro 1:16).
Gaste tempo olhando para a Porta. Leia a descrição de Jesus pelos evangelhos e
descubra por si mesmo o Seu caráter, Seu compaixão, Seu diligência, Seu ensino,
Seu poder. Caso você não saiba por onde começar, você podia começar pelo
evangelho de Marcos. Eu fiz isto.

A Porta do Pátio Externo é a única entrada, e ela é convidativa e atraente. A Porta
fala da compaixão e realeza de Jesus, Sua natureza como Deus e genuíno homem,
Filho de Deus e Filho do homem, entrelaçado como uma maravilhosa tapeçaria do
aparecimento da "benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os
homens" (Tito 3:4). Jesus disse: "Eu sou a Porta; se alguém entrar por Mim,
salvar-se-á" (João 10:9). Dê uma boa olhada na Porta; e então entre através dela.
Uma vez que você esteja dentro do Tabernáculo, você descobrirá muito a respeito
do que Jesus queria dizer com "salvar-se-á" e como isto pode ocorrer em sua vida,
começando pelo Altar do Holocausto e a Pia




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