O
Tabernáculo
O Pátio do
Tabernáculo e a Sua Porta Ex 27.9-19; 38.9-20
Introdução
Por que
estudar sobre o Tabernáculo? “Na realidade, através do tabernáculo, Deus estava
criando uma linguagem e conceitos que nos ajudariam a entender o evangelho. Ao
refletirmos um pouco, nos lembraremos quantas formas de linguagem a respeito de
Cristo vem diretamente do tabernáculo e do sistema que o rodeia.” (Crisp). Essa
linguagem incluía “aspersão de sangue”, “expiação”, “propiciatório”, “arca da
aliança”, “véu”, “éfode”, “bode expiatório” e outras palavras. Se não
estudássemos o tabernáculo, seríamos ignorantes de grande parte da linguagem da
Bíblia.
Local, Tamanho e Material Usado das
Cortinas deste Pátio.
Local –
do lado
meridional, que dá para o sul, v. 9
do lado
norte, v. 11
do lado do
ocidente, v. 12
do lado
oriental, v. 13
Tamanho –
Comprimento
dos lados: Cada lado de 100 côvados, v. 9
Largura: 50
côvados, v. 12, 13, 18
Altura: 5
côvados, v. 18
Material –
Cortinas todas feitas de linho fino torcido, v. 9,
18 Lado
norte e sul: 20 colunas, 20 bases de cobre, v. 10, 11, 17-
19. Lado
oriente (leste) e ocidente (oeste):
10 colunas
no lado ocidente, v. 12 e 6 colunas no lado oriental, v. 13-15, com 4 colunas
na porta, v. 16.
A soma
destas colunas é 60.
Colchetes
das colunas e as suas faixas serão de prata, v. 10, 11, 17, 18.
Todas as
bases são de cobre, v. 12, 18, 19.
Pregos: de
cobre, v. 19.
A Porta do
Pátio
Lugar: Lado
oriental, onde o sol se levanta, v. 13-16
Largura: 20
côvados, v. 13-16
Cortina de
20 côvados, v. 16
Material:
azul, púrpura, carmesim, linho fino torcido, de obra de bordador, v. 16
Número de colunas e bases: 4, v. 16.
As suas
Bases são de cobre, v. 17.
Colchetes e faixas são de prata, v.17.
Representação
O Pátio era
um lugar especial para servir Deus publicamente. Além dos cultos domésticos (Dt
6.6-9), e a observação de todas as leis sobre casamento, alimentação,
vestimenta, e sobre higiene na vida cotidiana de todos em todo lugar, ainda
assim, tinha um lugar separado para o culto público. Este lugar especial foi
delineado pelas cortinas do pátio. A vida Cristã é manifesta pela nossa
família, alimentação, vestimenta, higiene, etc. em todo lugar. Todavia existe
um lugar especial para o culto público. Este lugar especial é onde reúne o Povo
de Deus em obediência à Palavra de Deus, a igreja, que é o corpo de Cristo. Os
verdadeiros adoradores não somente adoram a Deus em espírito nas suas vidas
particulares obedecendo à verdade com amor, mas, eles também não deixam a
congregação dos santos para adorá-LO em espírito e em verdade publicamente (Jo
4.24; Hb 10.25).
As cortinas
do pátio eram brancas, as suas colunas, talvez de madeira, tinham bases de
cobre que reluziram gloriosamente. As suas faixas e os seus colchetes de prata
em cada coluna manifestaram a glória tanto do pátio quanto o serviço ali
ministrado. Quem contemplava essa glória de santidade foi forçado a lamentar
por tal glória não fazer parte da sua vida cotidiana nem dos seus pensamentos
toda hora.
A glória
manifesta pelas cortinas e pelas suas bases era convincente que o pecador não
podia servir O Santo Senhor perfeitamente. A lei no coração convencia todos que
eram contaminados por pensamentos alheios e pela desobediência das leis de
Deus. A beleza da santidade requerida, representada pela brancura do linho fino
torcido, testificava da separação entre os pecadores e Deus (Jó 42.6; Is
6.1-5). Vendo as bases de cobre reconhecia que tal santidade era somente pelo
julgamento dos seus pecados. A sua consciência pesava muito e reconhecia que
não era apto para servir o Deus glorioso. Todavia, essas cortinas eram
seguradas às colunas com colchetes de prata. Aquele que desejava ser santo,
vendo o uso do cobre nessas cortinas e colunas, percebia que não somente os
pecados seriam julgados, mas a prata (nos colchetes e faixas) pregava da
expiação dada pelo Cordeiro de Deus.
A expiação de Cristo (colchetes de prata)
posicionava entre o julgamento (cobre) e a justiça de Deus (linho fino). Os
pecadores arrependidos podiam, pela fé, alegrar-se pela salvação dessa expiação
idônea. Estes então se dirigiam à Única Porta levando um sacrifício idôneo,
que, em tipo, representava o sacrifício do próprio Cristo, foi oferecido diante
da porta. Através da fé no que representava este sacrifício idôneo, seus
pecados eram remidos e este tornava participante da justiça de Deus. Essa Porta
Única testificava da natureza celestial de Cristo (azul), da Sua soberania
(púrpura), do Seu sacrifício (carmesim), e da Sua pureza (linho fino), ou seja,
da Sua santidade (cor branca do linho). Representando a porta assim o Cristo, o
arrependido que buscava agradar a Deus, podia ir a Deus pelas qualidades de
Cristo e poderia adorá-LO em espírito e em verdade. A porta única, que dava
acesso ao pátio representa Cristo Que é a própria e Única Porta que dá acesso à
presença de Deus e àquela adoração que Ele deseja (Jo 10.7-9). Jesus é o único
por Quem a salvação é dada e por Quem qualquer serviço ou adoração a Deus é
aceita (Jo 14.6). Posso imaginar, se pessoas naquela época são como hoje,
muitas pessoas estão ao redor da Porta Única. Essas sentem-se bem por saber
onde a Porta é localizada. Podem avisar a todo mundo que essa é a Porta Única
para ter acesso a Deus. Sentem-se confortadas de estarem ao redor da Porta
Única, pois seus pais também estavam aí por muito tempo. Todavia, essas pessoas
religiosas, as que estão satisfeitas pelas aparências, as que são enganadas
pelos que pregam um outro evangelho, essas nunca entram nEla para terem os
pecados expiados. Não conhecem o que é ter os corações lavados, uma nova
natureza e não têem comunhão com Deus.
NÃO SEJA
COMO ESTAS!
A promessa
de Vida Nova é somente para os que entram pela Porta Única (Jo 10.9, “Eu sou a
porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará
pastagens”). Portanto, arrependa-se dos seus pecados verdadeiramente e creia no
Senhor Jesus Cristo mesmo. Apenas esses que se arrependem e crêem pela fé em
Cristo Jesus serão salvos verdadeiramente! Somente esses entram pela Porta. Por
mais confortável que seja estar entre os muitos à porta, estar meramente perto
da Porta pode ser um caminho à Morte.
As quatro colunas desta Única Porta podem ser
comparadas aos quatro Evangelhos do Novo Testamento e aos quatro animais diante
e por detrás do trono de Deus (Ap 4.6-9). Desde que os quatro evangelhos pregam
o Evangelho a todo povo, tanto judeu quanto grego, e desde que os quatro
animais ao redor do trono eram semelhantes aos quatro evangelhos (leão como
rei, Mateus; bezerro como Servo, Marcos; rosto como homem, Filho de Homem,
Lucas; águia como Deus, João), as quatro colunas podem representar a verdade
que Cristo é universalmente: o Salvador de qualquer pecador arrependido de
“toda a tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5.9). As quatro colunas também
podem significar que Cristo deve ser pregado “a toda criatura” (Mc 16.15).
Se
contássemos todas as colunas nas cortinas do pátio mais as quatro da porta
teríamos o número de sessenta. É interessante que Salomão no seu cântico diz:
“Eis que é a liteira de Salomão; sessenta valentes estão ao redor dela, dos
valentes de Israel”, Ct 3.7. As sessenta colunas não somente impedem alguém de
entrar na presença de Deus por outra maneira a não ser pela Porta Única, como
também guarda os que estão dentro do pátio. Pode representar a segurança para
os que estão dentro (Jo 10.27- 29; I Pe 1.5, “guardados na virtude de Deus”; Jd
1.24, “àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar”). Pode representar o
juízo sobre os que procurariam entrar por outra maneira (os ladrões e
salteadores, mercenários, professores falsos – Mt 7.21-23; Jo 10.8-13; Gl
1.6-9). Os que entraram pela Porta Única são guardados pelo O Valente, Cristo.
Os que negam a entrar pela Porta Única têm que encarar os Valentes: a Lei de
Moisés - Rm 7.12, 13; a palavra dos profetas – II Pe 1.19; dos apóstolos – Gl
1.6-9; de Deus – Mt 17.5; de Jesus Cristo – Jo 12.48; e da própria Bíblia – Ap
20.12. É melhor submeter-se a Deus e ter os Seus Valentes lhe segurando do que
contrariar estes Valentes e encará-los no juízo.
O TABERNÁCULO Pastor Calvin Gardner
Cap 11 - O
TABERNÁCULO
A Porta para
o Pátio Externo
(Êxodo
27:16-17)
A Porta do Pátio Externo era uma
cortina grande, feita de linho fino e nas cores:
azul, púrpura, carmesim e branca. A
cortina era sustentada por pilares de madeira
que eram apoiados em bases de cobre,
com colchetes de prata, igual aos outros
pilares da cortina do Pátio Externo.
A cortina da porta era fixada aos pilares com
ganchos de ouro.
Cada uma das cores tem um significado:
Azul indica a divindade: "Eis aqui está o vosso Deus" (Isaías
40:9),
apontando para o evangelho de João, onde o incrédulo Tomé eventualmente
diz para Jesus: "Senhor meu, e Deus meu" (João 20:28).
Púrpura significa realeza: "Eis que o teu Rei virá a ti"
(Zacarias 9:9),
apontando para o evangelho de Mateus, onde Jesus, o descendente do Rei
Davi (Mateus 1:1), declara após ressuscitar dos mortos: "É-me dado
todo o
poder no céu e na terra" (Mateus 28:18).
Carmesim representa o sangue: "Eis...o Meu Servo" (Isaías
52:13; 53:11),
apontando para o evangelho de Marcos, onde Jesus diz que Ele veio
"para
servir e dar a Sua vida em resgate de muitos" (Marcos 10:45).
Branco significa pureza e humanidade perfeita: "Eis aqui o
homem"
(Zacarias 6:12), apontando para o evangelho de Lucas, onde Pilatos diz a
respeito de Jesus: "Não acho culpa alguma neste homem" (Lucas
23:4, 14).
Estas quatro cores são entrelaçadas para formarem a Porta toda, assim
como os
quatro evangelhos combinam para dar um completo quadro de Jesus. Jesus
Cristo
é puro e justo, real e divino, e isso mostra como Ele sendo homem pôde
ser o nosso
resgate, a Porta para nós entrarmos na presença de Deus no Tabernáculo.
Jesus
disse: "Eu sou a Porta; se alguém entrar por Mim, salvar-se-á"
(João 10:9) e "Eu
sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai [Deus], senão por
Mim"
(João 14:6).
Esta declaração por Jesus é única e
exclusiva, mas observe a Sua vida e a Sua
conduta: Ele era rodeado por todo o
tipo de pessoas com toda a espécie de histórias
e condições e motivos, e ainda assim
Simão Pedro (um dos Seus discípulos mais
íntimo) pôde dizer mais tarde a
respeito de Cristo: "O qual não cometeu pecado,
nem na Sua boca se achou engano"
(I Pedro 2: 22).
Pedro tinha visto Jesus em toda a
sorte de situação com todo tipo de pessoas (dos
lideres religiosos, as classes mais
baixas como: prostitutas, publicanos e cobradores
de impostos), e ainda assim escreveu:
"Não vos fizemos saber a virtude e a vinda
de nosso Senhor Jesus Cristo,
seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós
mesmos vimos a Sua majestade"
(II Pedro 1:16).
Gaste tempo olhando para a Porta.
Leia a descrição de Jesus pelos evangelhos e
descubra por si mesmo o Seu caráter,
Seu compaixão, Seu diligência, Seu ensino,
Seu poder. Caso você não saiba por
onde começar, você podia começar pelo
evangelho de Marcos. Eu fiz isto.
A Porta do Pátio Externo é a única
entrada, e ela é convidativa e atraente. A Porta
fala da compaixão e realeza de Jesus,
Sua natureza como Deus e genuíno homem,
Filho de Deus e Filho do homem,
entrelaçado como uma maravilhosa tapeçaria do
aparecimento da "benignidade e
amor de Deus, nosso Salvador, para com os
homens" (Tito 3:4). Jesus disse:
"Eu sou a Porta; se alguém entrar por Mim,
salvar-se-á" (João 10:9). Dê uma
boa olhada na Porta; e então entre através dela.
Uma vez que você esteja dentro do
Tabernáculo, você descobrirá muito a respeito
do que Jesus queria dizer com
"salvar-se-á" e como isto pode ocorrer em sua vida,
começando pelo Altar do Holocausto e
a Pia
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