A autoridade de Jesus
Texto: Mateus
7.28-8.13
A autoridade
autêntica é evidente
1. A Bíblia
nos ensina que Jesus teve toda exousîa, tanto cósmica quanto histórica, para
ensinar (Mt 7.29; Mc 11.28; Mt 9.8; Lc 4.36), curar (Mt 9.1-13), expulsar
demônios (Mc 3.15), e para perdoar pecados (Mt 9.6; Mc 2.10). Assim demonstava
na sua pessoa que o reinado de Deus prometido desde a antiguidade estava
finalmente presente, um momento inédito em que o próprio atrairia as pessoas
para Si.
2. O que é exousîa?
Geralmente traduzimos como “autoridade”, e às vezes, como “poder”. A origem da palavra está na idéia do “poder da escolha”, a “liberdade de agir” e da “permissão”. A partir disto vem a idéia do poder físico ou mental ou a abilidade ou força que se recebe que então exerce sobre outros. Logo, a exousîa é “o poder de autoridade e de direito para realizar certos atos e decisões” e acaba sendo associada com o poder de governar, por exemplo, por oficiais dum governo ou até por seres espirituais invisíveis. Por derivação por se referir também a “uma esfera onde o poder e a autoridade são exercidos”.
3. A autoridade de Jesus era evidente.
Não precisava sacar nenhuma carteira de profeta, sacerdote. Não usava uniforme de pastor ou padre. Não havia certificado de ordenação ou diploma de bacharel em teologia no seu gabinete. Não tinha gabinete! Não. A sua autoridade era de outra natureza, evidente, marcante, para todos verem. Não há nenhuma evidência de esforço próprio por Jesus no exercício da sua autoridade. Isto é muito importante porque demonstra que autoridade sempre é derivada de outra fonte, salvo a fonte final, o próprio Deus, que exubera autoridade. Jesus ensinava com tranquilidade e total segurança. Perdoava pecados sem ceremônias e expulsava demônios na rapidez dum espirro. Entretanto, nada disto era barato no sentido que Jesus exercia autoridade sem critério. Surge uma dúvida: se Jesus exercia autoridade de modo tranquilo, significa que não havia impedimentos para este exercício? E a resposta é um surpreendente “sim!”. Havia impedimentos, sim...
2. O que é exousîa?
Geralmente traduzimos como “autoridade”, e às vezes, como “poder”. A origem da palavra está na idéia do “poder da escolha”, a “liberdade de agir” e da “permissão”. A partir disto vem a idéia do poder físico ou mental ou a abilidade ou força que se recebe que então exerce sobre outros. Logo, a exousîa é “o poder de autoridade e de direito para realizar certos atos e decisões” e acaba sendo associada com o poder de governar, por exemplo, por oficiais dum governo ou até por seres espirituais invisíveis. Por derivação por se referir também a “uma esfera onde o poder e a autoridade são exercidos”.
3. A autoridade de Jesus era evidente.
Não precisava sacar nenhuma carteira de profeta, sacerdote. Não usava uniforme de pastor ou padre. Não havia certificado de ordenação ou diploma de bacharel em teologia no seu gabinete. Não tinha gabinete! Não. A sua autoridade era de outra natureza, evidente, marcante, para todos verem. Não há nenhuma evidência de esforço próprio por Jesus no exercício da sua autoridade. Isto é muito importante porque demonstra que autoridade sempre é derivada de outra fonte, salvo a fonte final, o próprio Deus, que exubera autoridade. Jesus ensinava com tranquilidade e total segurança. Perdoava pecados sem ceremônias e expulsava demônios na rapidez dum espirro. Entretanto, nada disto era barato no sentido que Jesus exercia autoridade sem critério. Surge uma dúvida: se Jesus exercia autoridade de modo tranquilo, significa que não havia impedimentos para este exercício? E a resposta é um surpreendente “sim!”. Havia impedimentos, sim...
A autoridade
precisa ser reconhecida e afirmada
1. O
exercício da autoridade de Jesus era limitado pela incredulidade da sua
audiência. Nem todas as pessoas reconhecia e portanto, experimentavam a
autoridade de Jesus. E não falo apenas dos fariseus (Mt 21.23-27), dos
escribas, e das pessoas onde Jesus foi criado. Entre estes Jesus não realizava
milagres, a marcada mais evidente da sua autoridade. Mas além deste, falo
também de você e de mim. Não basta ter alguém autoridade. A autoridade precisa
também reconhecida, afirmada. E veja bem, a autoridade não é tanto uma questão
mística quanto uma questão de simples reconhecimento. Veja o exemplo do oficial
romano. A nossa passagem não disse que ele orou muito, jejuou, fez sacrifícios
ou promessas...nada disto. Apenas este oficial afirmou que ele sabe...veja bem,
que ele sabe com funciona autoridade. E não era por nenhuma formação
espiritual...nenhuma. Era pela
sua formação
militar. Ele sabia como funcionava autoridade e simplesmente reconhecia que
Jesus tinha tal autoridade. Isto era suficiente, não precisava de mais nada. E
você acha que Jesus o corrigia pela sua falta de espiritualidade. Nada disto.
Pelo contrário, Jesus associava o reconhecimento militar de autoridade com a
fé! E não qualquer fé, mas a fé maior do que existe em todo o Israel, isto é,
no estabelecimento religioso.
2. Por
sinal, a fé bíblica ilustra bem como funciona autoridade. Quando Deus falou
para Abrão que ele se tornariam uma nação mais numerosa que as estrelas do céu,
lemos em Gênesis 15.6 que “Abrão creu no SENHOR, e isso lhe foi creditado como
justiça” (NVI). A palavra, crer, no hebraico é °¹man e significa: confirmar,
apoiar, guardar; ser estabelecido, ser fiel; ter certeza, i.e. crer. A base do
significado do termo é a idéia de certeza (Hb 11.1) ou firmeza. Na forma verbal
Qal descreve o “apoio” dum bebê pelos braços fortes dos pais (veja os pilares
de suporte em 2Rs 18.16). A fé bíblica, portanto, é uma certeza, uma segurança
ao invés dos conceitos modernos de fé como algo possível, talvez verdadeira,
mas sem certeza. A derivação, amēn (amém), confere a mesma idéia de certeza e
confirmação. Jesus usava esta palavra, “verdadeiramente” ou “ eu afirmo” (NTLH)
ou “em verdade” (RA) frequentemente (Mt 5.18, 26) para enfatizar a certeza duma
questão. E tanto a forma grega quanto a forma hebraica do termo finaliza as
orações e os hinos de louvor com o mesmo propósito (Sl 41.13; 106.48; 2Tm 4.18;
Ap 22.20). Uma derivação do termo, °§mûnâ, é usado em Habacuque 2.4 (veja
também Rm 1.17; Gl 3.11) para expressar firmeza (Êx 17.12) e fidelidade.
Basicamente, este termo se aplica ao próprio Deus (Dt 32.4) para expressar sua
total confiabilidade, um dos seus atributos (1Sm 26.23; Sl 36.5; 40.10; Lm
3.23), suas obras (Sl 33.4) e suas palavras (Sl 119.86; 143.1). Portanto, o oficial
romano era exemplo de fé porque ele tinha certeza e segurança na exousîa de
Jesus.
3. A
história sobre o oficial romano nos ensina uma lição valiosa: é necessária
exousîa para reconhecer exousîa, e isto é exatamente a lição da história sobre
a cura do empregado do oficial romano (veja a parábola das dez moedas de ouro
em Lc 19.11-27). A pergunta é simples: Desejas a manifestação da autoridade de
Jesus na sua vida? Desejamos a demonstração da autoridade de Jesus na nossa
igreja? Então você precisa exercer autoridade e nós, como povo de Deus,
precisamos exercer autoridade. Isto não significa que precisamos saber apenas
como mandar. Significa que precisamos aprender a nos colocar debaixo de
autoridade. Você poderá responder: sim, precisamos aprender a nos colocar
debaixo da autoridade de Jesus. E isto não tem dúvida. Entretanto, nunca
aprendemos a nos colocar debaixo da autoridade de Jesus antes que aprendemos
nos colocar debaixo da autoridade humana. Obviamente há mil qualificações que
precisamos fazer em relação a esta afirmação. Entretanto as qualificações só
têm significado se reconhecemos autoridade e o campo de aprendizam é nos
relacionamentos humanos.
Que tem a
ver comigo a autoridade de Jesus?
1. A
autoridade de Jesus nos traz completa libertação, restauração com Deus, o
perdão dos nossos pecados, nada menos que vida abundante, inclusão na
intimidade com Deus com filhinhos do próprio Criador.
Cristo reina
sobre todos os governos celestiais, autoridades, forças e poderes. Ele tem um
título que está acima de todos os títulos das autoridades que existem neste
mundo e no mundo que há de vir. Efésios 1.21
E foi na
cruz que Cristo se livrou do poder dos governos e das autoridades espirituais.
Ele humilhou esses poderes publicamente, levando-os prisioneiros no seu desfile
de vitória. Colossenses 2.15
Ele nos
libertou da autoridade da escuridão e nos trouxe em segurança para o Reino do
seu Filho amado. É ele quem nos liberta, e é por meio dele que os nossos
pecados são perdoados. Colossenses 1.13-14
Pois tens
dado ao Filho autoridade sobre todos os seres humanos para que ele dê a vida
eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que eles conheçam a
ti, que és o único Deus verdadeiro; e conheçam também Jesus Cristo, que
enviaste ao mundo. João 17.2-3
Porém alguns
creram nele e o receberam, e a estes ele deu a autoridade de se tornarem filhos
de Deus. João 1.12
2. A
autoridade de Jesus dá propósito para nossas vidas, e este propósito é
essencialmente missionário.
Jesus chamou
os seus doze discípulos e lhes deu autoridade para expulsar espíritos maus e
curar todas as enfermidades e doenças graves. Mateus 10.1
Então Jesus
chegou perto deles e disse: —Deus me deu toda a autoridade no céu e na terra.
Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores,
batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e
ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto:
eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos. Mateus 28.18-20
Você vai
abrir os olhos deles a fim de que eles saiam da escuridão para a luz e da
autoridade de Satanás para Deus. Então, por meio da fé em mim, eles serão
perdoados dos seus pecados e passarão a ser parte do povo escolhido de Deus.
Atos 26.18
Aos que
conseguirem a vitória e continuarem a fazer até o fim a minha vontade eu darei
a mesma autoridade que recebi do meu Pai: autoridade sobre as nações.
Apocalipse 2.26
Solus Christus: A
Supremacia de Cristo
Por Thomas Magnum
"Dando
graças ao Pai, que nos tornou dignos de participar da herança dos santos no
reino da luz. Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou
para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão
dos pecados. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação,
pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as
invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas
foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo
subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o
primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia".
Colossenses
1:12-18
Introdução
Somente o ato de ler o texto de Colossenses
1.12-18 já eleva os verdadeiros cristãos ao louvor e a adoração ao Cordeiro de
Deus. Jesus é exaltado em sua sublimidade em sua majestade em sua glória. Ao
falarmos da supremacia e dizermos que Cristo é supremo, não estamos apenas
dizendo que Ele foi melhor que outros líderes religiosos. Não estamos dizendo
apenas que ele foi moralmente superior aos homens mais idôneos que essa terra
já teve, não estamos dizendo que ele foi o que teve mais sabedoria de todos dos
sábios. Ao conclamarmos a supremacia de Cristo, estamos evocando sua majestade,
sua soberania, sua glória, seu domínio, seu reino.
Estamos dizendo que Ele – A verdade, o caminho, a vida, o pão, a porta, a luz, o verbo, a água, a ressurreição, a sabedoria, o príncipe da paz o pai da eternidade, o maravilhoso conselheiro, o cordeiro de Deus, o Eu Sou, o alfa e o ômega, o principio e o fim é detentor de todo poder e como disse o apóstolo, o único digno de abrir o livro e desatar os sete selos. Estamos louvando aquele que é o cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo, aquele que é nosso cordeiro pascal como disse Paulo em I Coríntios 5.7.
Estamos dizendo que Ele – A verdade, o caminho, a vida, o pão, a porta, a luz, o verbo, a água, a ressurreição, a sabedoria, o príncipe da paz o pai da eternidade, o maravilhoso conselheiro, o cordeiro de Deus, o Eu Sou, o alfa e o ômega, o principio e o fim é detentor de todo poder e como disse o apóstolo, o único digno de abrir o livro e desatar os sete selos. Estamos louvando aquele que é o cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo, aquele que é nosso cordeiro pascal como disse Paulo em I Coríntios 5.7.
A supremacia
de Cristo fala de sua égide real, fala de seus ofícios de Sacerdote, profeta e
rei. Fala dos seus méritos na cruz do calvário, por quem nós fomos salvos e
enxertados na videira. Por quem a parede da separação foi derrubada, por quem o
documento que era contra nós foi anulado, aquele que nos fez mais que
vencedores pelo seu amor. Não estamos falando do Jesus dos quadros, não estamos
falando do Jesus dos filmes, não estamos falando do Jesus das músicas profanas,
não estamos falando do Jesus dos teatros. Ao falarmos do supremo filho de Deus,
estamos falando daquele que se humilhou, daquele que se tornou homem, daquele
que como disse Calvino: Cristo ao fazer-se filho do homem junto conosco, nos
fez filhos de Deus junto consigo. (Calvino – Institutas IV.17.2)
Estamos falando daquele que tem o domínio sobre tudo e sobre todos, estamos falando daquele que dirige e governa a história, estamos falando daquele que criou todas as coisas, que sem ele nada do que foi feito se fez. Esse mesmo, Cristo glorioso “nasceu por nós, viveu por nós, sofreu por nós, morreu por nós e ressuscitou por nós” (Institutas IV.17.5).
Estamos falando daquele que tem o domínio sobre tudo e sobre todos, estamos falando daquele que dirige e governa a história, estamos falando daquele que criou todas as coisas, que sem ele nada do que foi feito se fez. Esse mesmo, Cristo glorioso “nasceu por nós, viveu por nós, sofreu por nós, morreu por nós e ressuscitou por nós” (Institutas IV.17.5).
Rendendo
graças a Deus Pai (v.12) O
versículo nos orienta a rendermos graças ao Pai primeiramente porque ele é o
grande agente da nossa salvação, sua graça manifestada através de seu Filho
Jesus é a causa última de termos sido transformados por seu imenso amor
salvífico.
Temos a
compreensão dessa convocação a ações de graças no início do versículo 12 na
parte b do mesmo e no versículo 13. Devemos ser gratos pela – Herança da vida
eterna e por temos sido transportados do reino das trevas para o reino de seu
filho amado.
“A herança
dos santos significa, a herança dos crentes redimidos, isto é, daqueles que,
tendo-se retirados das trevas e tendo sido trazidos à luz, são consagrados a
Deus”. [i]
“Essa
herança dos Santos é ao mesmo tempo herança na luz. Essa luz é o conhecimento
da glória de Deus na face de Cristo (2 Co 4.16), é o amor de Deus derramado
pelo Espírito em nosso coração (Rm 5.5); a paz de Deus que excede todo
entendimento (Fp 4.7); a alegria indizível e cheia de glória (1 Pe 1.8)”.[ii]
A intensão
de Paulo ao exortar os crentes em Colossos a serem gratos a Deus era a
centralidade de Cristo na vida comunitária da igreja e na vida de cada crente
individualmente como disse Calvino ao comentar o versículo 12:
“Pois
somente Cristo faz com que as demais coisas desvaneçam subitamente . Daí não há
nada que Satanás se esforce mais em fazer do que provocar nevoeiros a vista de
obscurecer Cristo, porque ele sabe que por esse meio se abre uma via de acesso
a todo gênero de falsidade, portanto esse é o único meio tanto de reter como de
restaurar, a doutrina pura – colocar Cristo diante dos olhos como ele é com
todas as suas bênçãos, para que sua excelência seja realmente percebida.”[iii]
Calvino nos
diz ainda em seu comentário aos Colossenses que se deve atentar para as cores
que Paulo pinta Cristo nesse texto, a beleza das verdades sobre a supremacia de
Cristo são evidenciadas como aponta Calvino “Cristo é o começo o meio e o fim –
que é nele que todas as coisas devem ser buscadas – que nada é nem pode se
encontrado fora dele.” [iv]
A gratidão
que Paulo nos exorta a ter por tudo que Deus fez por nós nos leva a entender
que:
Gratidão é
votar os olhos para o passado e com esperança direcionar os olhos para o
futuro. Nossa vida deve ser um eterno hino de gratidão a Deus, por aquilo que
Ele fez, faz e fará por nós.[v]
A Supremacia
de Cristo na Obra da Redenção (1.13,14)
No trecho
que estamos examinando temos a referência histórica que havia um ataque de
hereges a igreja e principalmente a obra da redenção e da criação. Os gnósticos
afirmavam que a matéria era essencialmente má, algo que era uma herança do
platonismo que afirmava que o mundo perfeito era a dimensão das ideias a
matéria era inferior ao mundo espiritual. Ao afirmarem isso os hereges diziam
que Cristo não tinha encarnado e invalidavam automaticamente a obra criadora de
Deus e a obra redentora de Cristo.
No versículo
13 temos algumas lições importantes ensinadas pelo apóstolo
1. Existe um
império um reino das trevas em que os homens sem Cristo são escravos,
prisioneiros, e esse reino está sob a égide de Satanás. 2. O homem por si mesmo
não pode libertar-se desse reino de trevas, por sua vontade nunca sairá, pois
está sob o domínio de um reino. 3. Somente Cristo liberta o homem desse reino
de trevas e maldade, somente Cristo nos transporta para seu Reino.
Estávamos
imersos em trevas, sem perspectiva, sem direção, “pois onde quer que sua graça
não esteja, aí só existem trevas.”[vi]
Ao chegarmos
ao versículo 14 destacamos três pontos sobre a nossa redenção em Cristo
1. Deus nos
redimiu como povo seu, propriedade exclusiva dele para louvor da sua glória. 2.
Deus pagou um alto preço pela nossa redenção, nos diz a Escritura em Atos 20.28
que ele comprou a igreja com seu próprio sangue. 3. Deus não pagou esse preço a
Satanás, mas, a si próprio.
Fomos
perdoados em seu filho, somente o Deus encarnado poderia realizar a
reconciliação da humanidade caída com ele mesmo, somente Deus tomando a
fraqueza humana poderia levar-nos a ele novamente, somente o sangue do próprio
Deus em Jesus Cristo poderia pagar o preço da nossa libertação, da nossa
redenção. Os sacrifícios de animais eram imperfeitos como nos diz o escritor
aos Hebreus, mas, o sacrifício de Jesus pagou o preço, um sacrifício sangrento,
perfeito, imutável.
A Supremacia
de Cristo na Obra da Criação (1.15-17)
Ao chegarmos
a esse ponto de nosso texto considero importante notarmos que a doutrina da
criação tem sido atacada desde tempos remotos. A tese de que Cristo não havia
criado o mundo permeava a igreja de Colossos com os ensinos dos gnósticos.
Invalidar a doutrina da criação é minar todo o evangelho, é tentar destruir
toda a revelação de Deus na Escritura, é manifestação de um pensamento liberal
que tenta conciliar o Darwinismo com as Escrituras e todas as vezes que se
tenta somar algo as Escrituras as mesmas saem perdendo. O ataque a doutrina da
criação não começou com Darwin, mas, já havia no mundo antigo a ideia que não
havia um criador eterno, uma causa última e incausada. No versículo 18 lemos
que Jesus é o princípio é o arché, dele procede a criação,
ele é o
causador e a finalidade da criação. Por ele o mundo subsiste, por ele a criação
foi criada e é sustentada chamamos isso de imanência, por ele somos salvos e
seremos ressuscitados por ele ser o principio e o primogênito dentre os mortos.
Voltemos ao
texto propriamente.
Ele é a
imagem do Deus invisível (v.15)
Calvino ao
comentar esse versículo nos diz que Jesus faz de certa forma Deus visível a
nós.[vii] Ao lidarmos com o que a palavra empregada para imagem quer dizer aqui
temos um sentido amplo e teologicamente firme da intensão de Paulo no uso da
palavra imagem. Dr. John MacArthur nos diz:
A Palavra
grega para imagem é eikón, de onde deriva a palavra ícone em português.
Significa cópia ou semelhança. Jesus Cristo é a imagem perfeita – a semelhança
exata – de Deus e subsiste na forma genuína de Deus (Fp 2.6; Jo 1.14; 14.9), e
tem sido assim desde toda a eternidade. Ao descrever Jesus dessa maneira, Paulo
enfatiza que ele é tanto a representação como a manifestação de Deus. Portanto
ele é plenamente Deus em todos os sentidos. [viii]
Ao
esclarecer o texto de Paulo aqui temos uma referência paralela em Hebreus 1.3:
Ele que é o
resplendor da sua glória, e a expressão exata do seu Ser, e sustentando todas
as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação
dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;
O escritor
aos Hebreus ao usar o termo a expressão exata do seu Ser nos desperta um ponto
interessante. O termo só é usado aqui em todo o Novo Testamento, na literatura
antiga o termo era usado como referência a um entalhe em madeira, uma gravação
em metal, uma marca na pele de animal, uma impressão em barro e uma imagem
estampada em moeda. “Ser” é uma palavra que expressa natureza, pessoa ou
essência. O filho é a impressão perfeita, a representação exata da natureza e
da essência de Deus no tempo e no espaço. [ix]
O
Primogênito de toda criação
Nos nossos
dias as Testemunhas de Jeová que são herdeiras do arianismo que negava a
divindade de Cristo tentam se valer dessa expressão para dizer que Jesus é uma
criatura de Deus, que Jesus não é o Deus todo-poderoso, afirmando que o termo
primogênito tem apenas um sentido que é o primeiro gerado. No entanto nos
tempos bíblicos o termo primogênito como também usado em Hebreus 1.6 e Romanos
8.29 se referem aquele que possuía a herança do Pai. O herdeiro. O termo
primogênito aqui significa aquele que está na mais alta posição, a exemplo
disso tanto na cultura judaica como na grega o primogênito era aquele que
recebia a herança em maior parte, dobradamente. Não necessariamente o
primogênito teria que ser sempre o primeiro, vemos o caso bíblico de Esaú que
vendeu sua primogenitura a seu irmão Jacó. Em passagens como Êxodo 4.22; Jr
31.9, vemos que Israel era a nação preeminente mesmo sem ter sido a primeira a
nascer.
Todas as
coisas foram criadas para Ele
No versículo
17 lemos que para ele todas as coisas foram criadas, nele tudo se sustenta, ele
é o criador e mantenedor de sua obra criadora, aqui o deísmo é minado pela
Palavra de Deus, Deus não é apenas transcendente a sua criação, mas, também
imanente. Como nos diz ainda o versículo 16 que ele criou tudo que é visível e
invisível. O Deus trino é evocado no pensamento paulino veja que em Romanos
11.33-36, Paulo atribui a finalidade da criação ao Deus eterno, porque dele,
por Ele e para Ele são todas as coisas. Aqui lemos que Deus criou o mundo
através de se Filho amado e criou não só por meio dele, mas, para Ele. Diz o
texto em Cristo tudo subsiste i.e. Lit. “manter unido”, Cristo sustenta o
universo, mantendo o poder e o equilíbrio de todas as coisas.
A Supremacia
de Cristo na Igreja (1.18)
Cristo o
cabeça do corpo
Talvez fosse
desnecessário falar da supremacia de Cristo na igreja depois de ter falado de
sua supremacia na redenção, mas, considero importante para um claro
entendimento do trecho que estamos considerando o texto sagrado nos diz que
Cristo é o Cabeça do Corpo, da igreja. Ainda nos diz que Ele é o primogênito
dentre os mortos para ter a supremacia. A metáfora usada por Paulo para igreja
como corpo já é bem conhecida, no entanto vale ressaltarmos aqui que o corpo é
dirigido pelo cérebro, sem a cabeça o corpo não é nada, não faz nada, não
pode nada.
Sem os comandos cerebrais o corpo é invalido, sem mobilidade, sem expressão.
Todo movimento do corpo vem de comandos do cérebro, da mesma forma Cristo controla
todas as partes da igreja, ele é o cabeça, dele provem a vida do corpo, a
expressão do corpo, a vitalidade e alegria do corpo, Cristo é supremo sobre o
corpo que é a igreja.
O Principio
Cristo é
mostrado também por Paulo como o principio. Na epístola aos Efésios Paulo nos
diz que a igreja tem origem em Cristo (Ef 1.4). Nesse trecho do versículo 18
mostra Cristo como a fonte e como o preeminente.
O
Primogênito dentre os mortos
Jesus foi o
primeiro a ressuscitar, provendo para nós também a ressurreição. Pois em suas
palavras Ele é a ressurreição e a vida. Em ordem cronológica ele foi o primeiro
(Jo 5.28,29). No que se refere à vida eterna.
Aplicação
O texto que
meditamos nos leva a edificantes aplicações em nossa vida cristã. Primeiro,
devemos crer e compreender que Cristo é supremo, soberano e é Deus. Segundo,
Cristo é suficiente para nossa vida, sua vida em nós é o que de mais precioso
temos. Terceiro, a criação é dele, ele tudo criou, por ele e para ele são todas
as coisas, por tudo isso devemos viver para louvor de sua glória. Quarto Cristo
é supremo em sua santidade, e nos seus méritos na cruz nos santifica e requer
de nós santidade. Quinto, Cristo é supremo em sua justiça, ele governa todas as
coisas e ainda que não entendamos o concursus divinus de sua providência dirige
toda a história e sua ira se acumula para o dia do juízo.
"... ao
único Deus, nosso Salvador, sejam glória, majestade, poder e autoridade,
mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, antes de todos os tempos, agora e para
todo o sempre! Amém".
Judas 1:25
Solus
Christus ______________________
Solus Christus – Somente Cristo A suficiência de Cristo para a salvação
Ao longo da história cristã, é comum encontrarmos várias modalidades de “Cristo mais alguma coisa”. O ensino bíblico é muito claro: nossa salvação depende inteiramente da obra de Cristo realizada em nosso lugar. Ele foi nosso substituto, recebeu uma morte que era nossa para que, por ele, tivéssemos vida em seu nome. Mas a natureza humana não se sente muito confortável em ter de depender de alguém, não é verdade? É por esse desejo humano de autonomia que a história cristã vem registrando a criatividade humana em acrescentar alguma coisa (algo feito pelo ser humano para que ele tenha uma participação “razoável” em sua própria salvação) à pessoa e obra de Cristo. Na lição de hoje, veremos três dessas coisas: as penitências, o dízimo e as atividades eclesiásticas.
I. Cristo mais as penitências
A doutrina romana das penitências foi uma das maneiras pelas quais a supremacia de Cristo na salvação era obscurecida. De acordo com essa doutrina, o batismo expia os pecados cometidos até o momento em que a pessoa é batizada. Para alcançar expiação pelos pecados cometidos após o batismo a pessoa precisa praticar atos de penitência. Deste modo, a penitência é um sacramento cujo objetivo é mitigar a culpa do pecador.
Segundo essa doutrina, há quatro graus de penitência. O primeiro é o “pranto” às portas do templo, no qual o pecador roga com lágrimas aos que entram que orem por ele. O segundo grau é “ouvir” a palavra divina na entrada da igreja, de onde a pessoa devia se retirar logo que as orações começavam a ser feitas. Durante as orações, o penitente não podia ficar presente. O terceiro grau era a “prostração” no fundo da igreja, onde o penitente ficava na companhia dos novos convertidos e era obrigado a sair com eles, antes da ministração dos sacramentos. O quarto grau era “estar junto”. Nessa fase, o penitente tinha permissão para ficar junto com os demais cristãos e não era mais obrigado
a sair com os novos convertidos. Com o tempo, o penitente recebia permissão para participar dos sacramentos. No “estar junto” o penitente podia participar da oração e, mais tarde, também dos sacramentos.
Esse elaborado sistema penitencial era usado para manter a disciplina na igreja e para expiar, mesmo que parcialmente, os pecados cometidos depois do batismo. O problema é que, se os pecados são parcialmente expiados pelos atos penitenciais, então Cristo expia apenas uma parte dos pecados e, consequentemente, concede apenas uma parte da salvação, sendo a outra parte uma obra humana. Assim, a salvação seria resultado de um trabalho em conjunto realizado por Deus, em Cristo, e o ser humano, em seu zelo por se penitenciar e expiar, ainda que parcialmente, seus próprios pecados.
A teologia reformada insiste que a salvação não é uma obra realizada em parte por Jesus e em parte pelo pecador. A salvação e tudo o que está diretamente ligado a ela (como o perdão de pecados, por exemplo) é obra exclusiva de Deus.
Pedro é claro ao afirmar: “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.11-12).
Deus não tem colaboradores na salvação. A salvação é uma obra realizada exclusivamente por ele. Associar a ela qualquer esforço ou mérito humano é depreciar o sacrifício perfeito de Jesus Cristo, realizado de uma vez por todas em favor de todo aquele que crê. Contra a doutrina da colaboração humana na salvação, a teologia reformada grita a plenos pulmões: Cristo! Cristo! Só Cristo!
II. Cristo mais o dízimo
Na lição 3, que trata da graça de Deus em oposição aos méritos humanos, já tratamos das indulgências. No entanto, a comercialização da fé e da salvação, infelizmente, não é um fenômeno que ficou restrito à Idade Média nem à prática romana. Isso acontece hoje, especialmente dentro de muitas igrejas evangélicas, nas quais o evangelho é oferecido por dinheiro e a salvação é trocada por dízimos e ofertas.
É triste e vergonhoso perceber como a prática romana das indulgências não apenas entrou, mas foi aperfeiçoada no meio evangélico. Os vendedores de indulgências da Idade Média trocavam a salvação ou a redução das penas no purgatório por dinheiro. Os modernos comerciantes da fé vendem não apenas a salvação (sobre a qual pouco se fala nos cultos voltados à prosperidade, mais interessados nas bênçãos terrenas), mas também relíquias “poderosas”, como fios de barba dos apóstolos, o manto de Elias (esse profeta devia ter muitos mantos, pois são vendidos em toda parte), pedaços da arca de Noé, da arca da aliança e até da cruz de Cristo.
Engana-se quem pensa que esse é o ponto mais alto a que pode chegar a criatividade humana. Insatisfeitos com a venda da salvação e de relíquias religiosas, os mercadores da fé começaram a vender até mesmo orações e visitas a enfermos e idosos.
O que é mais alarmante em tudo isso é que muitos cristãos não percebem o quanto isso fere a supremacia da obra de Cristo. O poder cristão não vem de relíquias de qualquer espécie, mas de Cristo, que é o Senhor e cabeça da igreja. É somente quando
permanecemos ligados à videira que obtemos a seiva que nos alimenta e revigora. Somente quando estamos ligados à videira podemos dar fruto. Esse é o ensino do próprio Jesus (Jo 15.5).
O mesmo acontece com a venda de orações. Jesus é quem intercede por nós (Rm 8.34). Ele é o único Mediador entre nós e Deus (1Tm 2.5) e, como nosso sumo sacerdote eterno, vive sempre para interceder por nós (Hb 7.25). É ele mesmo quem ensina: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á” (Mt 7.7). E, certamente, quando Paulo orientou os crentes gálatas a levar as cargas uns dos outros (Gl 6.2), esperava que isso fosse feito gratuitamente.
Contra a comercialização da fé, da salvação, das orações e das relíquias, a teologia reformada afirma: Cristo! Cristo! Só Cristo!
III. Cristo mais a participação nas atividades eclesiásticas
Há uma forma sutil de acrescentar um adereço à pessoa e obra de Cristo: a participação nas atividades eclesiásticas.
É correto e bom participar dos cultos. Isso deve ser encorajado em todas as igrejas: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns;” (Hb 10.25). Quando participamos do culto público, Deus fala conosco nos cânticos, na leitura da Palavra e na pregação. Somos edificados e consolados quando adoramos a Deus pela mediação de seu Filho por tudo o que ele é, fez e fará por nós.
Algumas igrejas têm outros tipos de reunião: reuniões de mocidade, de senhoras, de crianças, trabalhos sociais, etc. Participar de tudo isso é uma grande bênção, especialmente daquelas atividades em que podemos colocar em prática a capacitação espiritual que recebemos de Deus para o trabalho na sua obra. Além disso, somos cristãos e precisamos participar da vida da igreja. Somos um corpo cujo cabeça é Cristo e precisamos adorá-lo como indivíduos e como corpo, como comunidade de fé.
É claro que os cristãos devem ter prazer nos cultos, sabendo que esse é um momento especial de comunhão com Deus. O problema surge quando reduzimos a vida cristã à participação em uma enxurrada de atividades eclesiásticas. Vida cristã não é o mesmo que participação em atividades eclesiásticas diárias. Vida cristã é comunhão com Deus pela mediação de Cristo.
Além dessa concepção equivocada de vida cristã, a ênfase exagerada que muitos líderes costumam dar à participação descontrolada em atividades eclesiásticas acaba produzindo dois resultados colaterais muito negativos. O primeiro é ocupar o único horário que muitos irmãos têm para descansar da labuta diária. Muitos irmãos trabalham o dia todo e chegam em casa exaustos. Reservar uma noite por semana para participar de um culto não faria mal. No entanto, reservar todas as noites para participar de atividades eclesiásticas é algo que poderá trazer, cedo ou tarde, resultados danosos à sua saúde. Lembre-se de que cuidar da saúde faz parte da mordomia cristã. Além disso, esse é justamente o único momento que muitos irmãos têm para manter a convivência familiar. Os membros da família saem cedo de casa, passam o dia todo fora, trabalhando ou estudando, e só se encontram à noite. O que acontecerá, em médio prazo, se eles forem privados desse convívio familiar?
O segundo é ainda pior que o primeiro, pois envolve o ensino bíblico da suficiência de Cristo para a salvação. Devido à grande ênfase dada à participação em atividades eclesiásticas, muitos cristãos assimilam a ideia de que estar presente ao maior número possível de atividades é algo que está diretamente associado à salvação. Isso está errado. Ninguém é salvo por participar de atividades eclesiásticas, mas por ter Cristo como seu Salvador pessoal.
A essa ênfase exagerada na necessidade de participação em atividades eclesiásticas, a teologia reformada afirma: Cristo! Cristo! Só Cristo!
Conclusão
Cristo mais isso, Cristo mais aquilo. Os diversos “apêndices” que o ser humano acrescenta a Cristo não mudam a realidade: somos inteiramente dependentes de Jesus para nossa salvação. Nada há que possamos fazer para obtê-la e só a recebemos porque Cristo fez por nós tudo o que era necessário. Até mesmo a fé com que nos apropriamos dessa salvação é fruto da sua graça. Somos inteiramente dependentes dele. Para salientar em nosso coração essa dependência, a teologia reformada sempre afirmou, com muito vigor: Só Cristo! Aplicação
Em que você tem colocado o seu coração? Em Cristo ou em algum dos “apêndices” modernos? Examine agora a sua fé e veja em que você tem crido para sua salvação. Se for em algum “apêndice” ou mesmo em “Cristo mais alguma coisa”, livre-se disso e creia somente em Jesus Cristo para sua salvação.
Boa leitura
Por que Cristo sofreu e morreu? O assunto central na morte de Jesus não é a sua causa, mas seu significado – o significado de Deus. John Piper trata desse tema em A Paixão de Cristo, publicado pela Editora Cultura Cristã. Ele reuniu cinquenta razões retiradas do Novo Testamento. Não cinquenta causas, mas cinquenta propósitos – em resposta à mais importante pergunta que cada um deve enfrentar: o que Deus fez por pecadores como nós ao enviar seu Filho para morrer?
>> Autor do estudo: Vagner Barbosa
ESCOLA
DOMINICAL - Lição 3 - Revista da Central Gospel
Texto
Áureo: Mt 28.18
18 E, aproximando-se Jesus,
falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra.
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PALAVRA
INTRODUTÓRIA
-
Professor(a), nessa aula apresente aos alunos a autoridade de Jesus em redimir
o ser humano.
- “fonte
suprema da autoridade”, Cristo aqui é chamado de fonte, pois dEle vem a autoridade que
temos sobre o inferno. Ele nos comissionou para sermos seus ribeiros, seus
canais que jorram águas do trono do Senhor.
- “tudo
será subjugado a Ele”, de acordo com a referência de Fp 2.10, sabemos que diante do Senhor
Jesus todo joelho se dobrará. Dessa forma todos se encontraram com Ele, seja
servo ou seja ímpio.
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1.
AUTORIDADE PLENA DE CRISTO
- “não a
credos, tradições ou instituições religiosas”, não se deve concordar com essa
afirmação, pois a Palavra nos ensina lealdade também a nosso pastor,
nossa congregação e às autoridades constituídas.
1.1. Sua
deidade
- A
divindade de Jesus sempre foi tema de debates desde os primeiros tempos da
Igreja na Terra. Haviam muitos irmãos que duvidavam abertamente da divindade de
Cristo. Por isso houve a necessidade um concílio no ano de 325 chamado concílio
de Nicéia, para que a liderança cristã chegasse a conclusão se Jesus era de
fato o Filho de Deus. Eles não o fizeram Filho de Deus, mas eles se reuniram
para saberem como a Bíblia o apresenta.
- “para
um relacionamento espiritual”, para exemplificar na Bíblia a afirmação nessa parte,
você pode acrescentar afirmando que Jesus é quem nos conduz a Deus e apresentar
o versículo abaixo:
"Tendo
sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus
Cristo;" Rm 5 : 1
- Nesse
versículo se afirma que a paz é por meio de Jesus. Ele é a escada para o céuGn
28.12 e Jo 1.51. Ele é a porta Jo 10.9
1.1.1.
Jesus, Filho de Deus
- “Filho
unigênito”, é o
filho único, comente que a acusação que foi apresentada e aceita pelo Sinédrio
contra Jesus, foi a de ele ter dito ser o Filho de Deus, por isso o acusaram de
querer se fazer igual a Deus.
- “missão
redentora”, é a
missão de libertação que cristo promoveu na cruz e continua promovendo através
do anúncio dessa mensagem.
- “papel
sacerdotal”, o
sacerdote no Antigo Testamento tinha a função principal de fazer a
intermediação entre Deus e o homem, oferecendo a Deus sacrifícios pelo povo,
note que essa intermediação era por meio de sangue de animais.
1.2.
Poderoso na palavra.
- Alguns acreditam
que no período em que Jesus não aparece nos evangelho, compreendido entre seus
12 a 30 anos, seria o tempo em que Ele estudou a Palavra, mas sabemos que Ele é
a Palavra, os eventos do Antigo Testamento ocorreram com a presença de Jesus.
- Aproveite
bem o quadrinho para explicar a parábola do semeador.
1.3.
Poderoso em obras.
-
“profeta poderoso em obras”, você pode lembrar também que Cleopas chama Jesus de
profeta, pois ele ainda não conhecia quem era o Mestre, não sabia que Ele era o
Cristo. Dessa forma ainda existem muitos irmãos que reconhecem que Jesus é
poderoso para curar, mas não reconhecem que Ele é o Filho do Deus Vivo e não o
reconhecem como Senhor de suas vidas. Assim como Cleopas, estava na direção
errada eles também estão indo na direção contrária.
1.3.1. O
anúncio do Reino
-
“rudimentos da doutrina de Cristo”, você pode convidar seus alunos a lerem o texto da
referência:
“Por isso,
deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não
lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em
Deus,
E da
doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e
do juízo eterno.” Hebreus 6:1-2
- Rudimento
de acordo com o dicionário, é aquilo que é básico, em estado primitivo. Note
que na passagem acima, o autor nos convida a deixar os rudimentos da doutrina e
se aperfeiçoar não lançando novas doutrinas, não inventando coisas. Precisamos
sair do que é básico e se aprofundar na revelação da Palavra.
1.3.2. O
ato de curar
- “quando
deixa de curar”, muitos
pensam que em Mt 13.58 Jesus deixou de curar porque não conseguiu, o certo é
que Jesus viu a falta de fé deles e não quis curar ninguém, Jesus podia operar
sem a fé deles, isso até ocorreu em Lc 22.50,51quando Jesus curou a orelha
cortada do servo que o prendia, não havia manifestação de fé ali, mas era uma
situação atípica. Jesus não gosta de operar na falta de fé.
1.3.3. O
ato de expulsar demônios
-
“destituiu regularmente”, quer dizer que Ele destituiu de acordo com a lei, de forma legal,
isso porque Ele veio e pagou legalmente a nossa dívida com Deus na cruz, então
de forma legal Ele tirou a autoridade que Satanás tinha no mundo. ISSO É
LINDO!!!!
- “uma
das atividades mais compassivas”, compassivo significa: o que
compadece do sofrimento alheio, quer dizer aqui o seguinte, a atividade de
expulsar demônios é uma das que Jesus mais demonstra seu amor pelas almas, sua
compaixão pelos oprimidos, essa é parte da obra de libertação das vidas.
1.3.4. O
ato de perdoar
- Os
exemplos de perdão que Jesus deixou na Bíblia são para nos estimular a
praticá-lo. O ato de perdoar entre os irmãos serve para manter o povo unido em
Deus, dessa forma a luta contra o inferno fica mais fácil. Por isso Jesus tanto
insistiu em nos ensinar isso. Mt 18.22
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2.
AUTORIDADE PARA LIDERAR A IGREJA
-
“legitima-se”, quer dizer: torna-se reconhecida como legal, ou
comprova-se a legalidade.
2.1. Jesus, o Senhor da Igreja
-
“longânime”, no dicionário: generoso, bondoso; por favor não confunda
com “longânimo”: pessoa paciente.
-
“capazes de entronizar Jesus”, o texto pode parecer estranho, pois
independente do que façamos, Jesus sempre será Senhor, mas aqui passa a ideia
de nós somos capazes de fazê-lo Senhor sobre nossa vida, coisa que o mundo não
é capaz de fazer.
-
“promovem seu senhorio”, não somente somos capazes de entronizá-lo
sobre nossa vida, como também o anunciamos ao mundo, isso é promover seu Reino.
2.2.
Exaltado à condição de Príncipe e Salvador
- “Seus
atributos divinos”, são
os atributos que o caracterizam como Deus: onipotência, oniciência,
onipresença, soberania, majestade, etc.
- “cabeça de todas as atividades da Igreja”, tudo deve ser comunicado ao Senhor pela oração,
toda decisão na obra de Deus. Certa feita minhas filhas saíram e não me pediram
permissão e nem me comunicaram aonde iam, na hora fiquei nervoso, mas depois
fiquei triste, na hora da tristeza eu entendi como Jesus se sente quando
tomamos decisões importantes na sua obra e não pedimos sua permissão.
3.
SUBMISSÃO À AUTORIDADE DE CRISTO
- A todas as
pessoas é anunciado o evangelho para que todos tenham a oportunidade de se
fazer súdito do Rei Jesus, por livre vontade e não por força, por isso nossa
missão é somente anunciar o evangelho, ela só terminará quando todas as pessoas
no mundo tiverem ouvido a Palavra.
3.1.
Reverência ao Seu nome
- “nome
que é sobre todo nome”, aqui não está falando que Jesus passou a ser Deus depois da obra na
cruz, mas afirma que Deus fez o nome de Jesus reconhecido acima dos demônios,
acima dos anjos, acima dos reis, por isso Satanás não suporta o nome de Jesus.
- “quanto
aos salvos”, as ordenanças aos salvos aqui servem para a pregação do
evangelho, pois se formos capaz de seguir fielmente o que está sendo colocado,
estaremos dando o bom testemunhos e o exemplo vale mais do que palavras.
**************************************************************
CONCLUSÃO
-
“ninguém está fora do domínio”, isso ocorre porque o Espírito Santo está derramado no
mundo ministrando aos corações de todas as pessoas.
- Conclua
dizendo que nesse tempo em que vivemos, muitos crentes não tem dado a honra
devida a Cristo, deixando vir escândalos pelo seu mau comportamento e falta de
vigilância. É hora dos servos de Deus se posicionarem e mostrarem aos homens,
quem é que tem todo o poder no céu e na Terra.
APLICADA NO DIA: _____/_____/____
Tema: AUTORIDADE REDENTORA DE CRISTO

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