A HISTÓRIA DE JOSAFÁ
Faz grande diferença a fidelidade do homem com Deus. Quem é fiel no pouco, será administrador de muito, foi Jesus quem disse, mas o coração do homem é enganoso e demasiadamente corrupto e fidelidade não faz parte do pacote básico de atributos humanos.
Houve um rei em Judá que era fiel ao Senhor e fez grandes coisas para o seu povo. Era Josafá (ou Jeosafá), filho de Asa, que também foi um rei fiel a Deus. Josafá reinou por vinte e cinco anos sobre Judá e Deus confirmou seu reinado por causa da sua fidelidade, porque ele rejeitou os ídolos e buscou ao Deus verdadeiro e foi engrandecido pelo Senhor.
No contexto histórico o reino de Israel estava dividido, reinava Josafá em Judá e, ao mesmo tempo, reinava Acabe sobre Israel. Não eram tempos de paz, tanto é que Josafá fortaleceu o exército de Judá, posto que estava sempre esperando um ataque de Israel. O reino dividido não agradava ao coração de Deus, mas foi consequência do pecado de Israel como nação.
Josafá era um excelente administrador e avançou em questões relevantes para a nação, tanto do ponto de vista espiritual, quanto nas questões de governo. Ele retirou os postes-ídolos de Judá, que eram altares dedicados a deuses estranhos, além disso, ele mandou uma comissão composta de sacerdotes e levitas percorrer todas as cidades de Judá para ensinar ao povo sobre o Livro da Lei do Senhor. Foi uma medida importante, porque os hebreus estavam longe do seu Deus já fazia um bom tempo e bem pouco sabiam sobre a lei mosaica.
Nas questões de governo, Josafá edificou cidades-fortalezas e cidades-armazéns e realizou muitas obras estruturantes. Foi Josafá quem criou o sistema jurídico de Judá e colocou juízes em todas as cidades fortificadas para julgar as causas do povo, exortando pessoalmente cada juiz a julgar da parte do Senhor e não dos homens, não aceitando suborno.
Em Jerusalém, o rei Josafá estabeleceu um tribunal superior para resolver as causas controversas com as mesmas recomendações de agir com integridade e imparcialidade. Josafá entendia do riscado.
Pois bem. Este rei competente e fiel ao Senhor foi temido e respeitado pelos povos que habitavam ao redor de seus domínios, inclusive os filisteus, que mandaram presentes quando Josafá foi coroado, mas na verdade os povos temiam era o Deus de Israel, e o que esse Deus poderia fazer, agora que o rei era fiel a Ele.
Um dia os filhos de Moabe e os filhos de Amom resolveram pelejar contra Judá e reuniram um grande exército. Josafá foi avisado da multidão que marchava contra seu reino e temeu.
Bom, ficar com medo é normal, faz parte da natureza humana, o que se faz com o medo que se sente é que faz toda diferença. Josafá poderia ter se escondido debaixo da cama, ou fugido de Jerusalém para salvar sua vida, ou chorar feito menino mimado, mas ele fez a coisa certa: buscou a Deus e apregoou jejum em todo Judá.
Veio gente de todas as cidades para ajudar no pedido de socorro ao Senhor, até crianças, mulheres e idosos e Judá se juntou para jejuar e clamar a Deus. Era uma situação extrema, Josafá estava com o problema do MAIS, os inimigos eram MAIS numerosos, MAIS bem armados, MAIS preparados para a guerra, MAIS incrédulos e MAIS petulantes, estavam desafiando o Deus de Israel, parece que nunca tinham ouvido falar do Deus Poderoso que reinava em Judá.
Josafá se pôs de pé na congregação de Judá e de Jerusalém na Casa do Senhor. O rei fez uma bela e eficiente oração, de todo o seu coração e de toda sua alma, que engrandecia ao Senhor, para em seguida lembrar ao Senhor Sua Palavra e disse Josafá:“Se algum mal nos sobrevier, espada, juízo, peste, ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de ti, pois teu nome está nesta casa, e clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás.”(2 Crônicas 20:9).
A oração eficaz tem cabeça, tronco e membros, começa com adoração, depois vem a invocação da Palavra de Deus sobre aquele assunto e só depois vem o pedido e a assinatura: em Nome de Jesus. Não adianta assinar seu nome, ou o nome do Pato Donald, porque Deus só reconhece Jesus como Intercessor entre Ele e os homens.
Josafá fez o pedido e expôs a crise de segurança nacional ao Senhor, então veio o Espírito de Deus no meio do povo sobre a vida de Jaaziel, filho de Zacarias e disse o Senhor: “Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a peleja não é vossa, mas de Deus. Amanhã descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz, e os achareis no fim do vale, diante do deserto de Jeruel. Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do SENHOR para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o SENHOR será convosco.” (2 Crônicas 20:15-17).
Pronto. Estava dada a Palavra de vitória e Josafá se prostrou com o rosto em terra e adorou ao Senhor e todo Judá fez a mesma coisa e se levantaram os levitas e cantores e louvaram a Deus em alto e bom tom. O povo estava consolado em sua aflição, Deus havia dado Sua palavra de vitória sobre o problema, ou seja, havia razões de sobra para adorar o grande e temido Deus de Israel.
Na manhã seguinte, logo cedinho, Josafá e seu exército se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa, onde estavam acampados os inimigos, antes, porém, Josafá se pôs de pé e disse: “Ouvi-me, ó Judá, e vós, moradores de Jerusalém: Crede no SENHOR vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis.” (2 Crônicas 20:20).
Josafá se aconselhou com o povo, o que mostra seu caráter humilde e ordenou cantores para louvar o Senhor. O interessante é que estes cantores saíram na frente do exército, eles iam louvando ao Senhor e o exército atrás. Josafá creu na Palavra do Senhor e sabia que um grande milagre estava para acontecer, a estratégia adotada por ele foi a do louvor.
O que aconteceu em seguida foi extraordinário. Quando os cantores começaram a cantar os louvores, Deus pôs emboscadas entre aos exércitos inimigos e eles se mataram sozinhos, a espada de um foi contra o outro. Isso mesmo, os caras se mataram mutuamente e Judá não precisou matar unzinho sequer.
Nisso chegou o atalaia de Judá que estava observando a confusão generalizada no arraial dos inimigos, avisando Josafá o que estava acontecendo e quando eles chegaram e olharam para o acampamento inimigo, estavam todos mortinhos da silva. Nenhum escapou.
O rei Josafá e seu povo só tiveram o trabalho de recolher os despojos, porque era muita riqueza, joias, objetos de valor, armas, etc. Eles recolheram tanta coisa que não podiam levar e passaram três dias saqueando os despojos.
Me diga aí se Deus não é maravilhoso? A multidão dos inimigos de Judá era tamanha que assustou Josafá, mas não tinha como assustar o Senhor dos Exércitos e a vitória foi retumbante. Josafá voltou para Jerusalém com todos os seus homens, não houve baixas no exército de Judá, na verdade ninguém nem viu o inimigo vivo, quando eles chegaram só havia cadáveres e muita riqueza e Josafá e todo Judá se alegraram com grande júbilo, porque o Senhor prevaleceu sobre seus inimigos.
Esta lição serve para você e para mim. Por maiores que sejam nossos problemas, nenhum é insolúvel para Deus. Por mais escaldante que seja o deserto, o Senhor conduz nossos passos para a Sombra do Onipotente. Por mais duras que sejam nossas batalhas, o Senhor dos Exércitos está a frente e nenhum mal nos sucederá.
O que é preciso para garantir a vitória? Exercício de fé, fidelidade a Deus e um coração manso e humilde, como é o de Jesus. É fácil? Não, mas é possível. Acontece rapidinho o milagre? Depende, cada caso é um caso, porém tudo é um processo de cura, de perseverança, de busca. Com algumas pessoas o milagre acontece rapidinho, com outras demora mais tempo.
O importante é dar o primeiro passo, os inimigos de Judá só começaram a se matar quando Josafá e seus cantores e seu exército deram o primeiro passo. Enquanto a gente ficar parado Deus não age, porque Ele não dispensa a nossa parte. O primeiro passo, você já conhece, é reconhecer Jesus como único Salvador, o resto é um processo vitorioso.
FONTE : http://sombradoonipotente.blogspot.com/2013/01/a-historia-de-josafa.html
JOSAFÁ E A
ADORAÇÃO A DEUS EM MEIO AO CAOS
Josafá foi o
quarto rei de Judá depois de Asa, seu pai, o qual reinou por quarenta e um anos
tendo iniciado seu reinado em 911 a.C. Foi um rei exemplar e, nos primeiros dez
anos, Asa fez prosperar o reino expandindo seu domínio. Edificou cidades e as
fortificou com muralhas, torres e portas pesadas (2 Cr 14.6,7), de tal modo que
não era fácil a entrada de gente estranha ao reino. Depois de alguns anos de
paz, Asa deixou de buscar a Deus e tomou decisões que trouxeram guerra e problemas
políticos para o seu reino. Dois anos antes de sua morte, Asa ficou doente nos
pés, vindo a falecer. Foi sucedido no trono por seu filho Josafá, em 873 a.C.
A história
de Josafá ganha importância pelo cuidado inicial que ele teve em dar continuidade
a algumas obras iniciadas por seu pai. Josafá foi um rei enérgico e muito hábil
em seus dias. Sua aprendizagem inicial foi como co regente por três anos junto
ao seu pai. Josafá procurou desenvolver uma relação de paz com Israel, uma vez
que eram irmãos. Porém, essa aliança feita com reis de Israel lhe trouxe
problemas no seu reino. Sua história nos traz lições preciosas que nos mostram
uma liderança espiritual, sujeita a falhas como qualquer outra liderança, mas
alicerçada em princípios de temor a Deus. As lições dessa liderança são úteis
para a igreja de Cristo nos tempos atuais, quando lutamos contra potestades
espirituais que procuram desestabilizar a igreja na sua relação com o Senhor.
Por outro lado, aprendemos com Josafá, princípios com os quais podemos fazer a
igreja crescer.
OS ANTECEDENTES DO REINO DE JOSAFÁ
A Divisão
do Reino de Israel
É sempre
difícil entender por que Deus permitiu essa divisão do seu povo em dois reinos,
o de Israel e o de Judá. Mas os livros dos reis e das crônicas do Antigo
Testamento entraram no cânon das Escrituras, porque Deus não vê no sentido
horizontal, mas no sentido vertical, de cima para baixo. Ele conhece todas as
coisas e seu cetro de poder sobre o seu povo está em suas mãos. Quando lemos
sobre os dois reinos, Israel e Judá, entendemos o paralelo histórico que existe
entre os fatos registrados nos livros dos reis e nos livros das crónicas. Todos
os fatos registrados nesses livros apresentam a história das divisões entre os
povos do norte e do sul do povo de Israel, identificados como “o Reino do
Norte, Israel” e o “Reino do Sul, Judá”. O Reino do Norte ficou com dez tribos,
e o Reino do Sul com duas tribos. Essa divisão do povo de Israel aconteceu nos
dias de Roboão (924 -908 a.C.), filho de Salomão que deixou de buscar a Deus e
seguiu os passos de seu pai quando se envolveu com a idolatria pagã. Ele se
casou com Naamá, mulher amonita, que fora uma das muitas mulheres de Salomão, e
esta muito o influenciou em decisões importantes do reino. O reino enfraqueceu
economicamente, e muito mais espiritualmente. Com o enfraquecimento econômico
do reino, Roboão resolveu aumentar a carga tributária que já era pesada desde
os tempos de Salomão sobre o povo. Por causa dessa carga tributária, Roboão não
se dispôs a aliviar os impostos sobre o povo. Pelo contrário, endureceu ainda
mais sem usar de bom senso e respeito pelo povo. As tribos que viviam no norte
de Israel romperam com as tribos do sul (2 Cr 10.1-15), e assim aconteceu a
separação do norte e do sul.
Os Dois
Reinos e seus Reis, Jeroboão e Roboão
As dez
tribos formaram outro reino, sobre o qual reinou Jeroboão, e o chamaram Israel;
as duas tribos, Judá e Benjamim, com a capital Jerusalém, formaram o Reino de
Judá, e Roboão foi o seu rei. Jeroboáo, fazendo-se rei do Norte (Israel), foi
um mau rei voltado para a idolatria. Ele desafiou a religiosidade do seu povo e
construiu um santuário para um Bezerro de Ouro, abrindo espaço para dois
centros de adoração entre as tribos do norte. Por outro lado, assumiu o reino
de Judá o jovem Roboão, que foi um mau rei (2 Cr 12.14,15). Seu fracasso
começou, sem dúvida, quando seguiu o mau exemplo de seu pai, Salomão, tendo uma
vida polígama com muitas mulheres e concubinas. Asa era neto de Roboão e Maaca,
e, quando feito rei, restaurou o culto a Deus e fez um excelente governo em
Judá nos anos (905-865 a.C.). Seu filho Josafá, foi cor regente com o pai, e
depois da morte de Asa, reinou sobre o reino de Judá.
0 REINO
DE JOSAFÁ
Quem Era
Josafá
Josafá foi o
quarto rei de Judá (870- 848 a.C.) e adquiriu experiência no reino sendo co
regente com seu pai, Asa, por aproximadamente três anos (1 Rs 22.41-50).
Josafá, tendo o pai como referencial de governo e espiritualidade, exerceu um
governo de grande prosperidade. Diz o texto que ele “andou nos primeiros
caminhos de Davi, seu pai” (2 Cr 17.3). Sua mãe chamava-se Azuba e não parece
que tenha exercido qualquer influência sobre ele. Enquanto o outro reino, o
reino de Israel, permitiu que a idolatria dos dias de Acabe e Jezabel dominasse
o reino, o rei de Judá, Josafá, ao contrário, desfez e mandou quebrar os
altares construídos nos montes aos deuses pagãos. Ele entendeu de início que o
seu reino prosperaria se voltasse a servir a Deus. Então ele enviou seus
príncipes por todas as terras do reino de Judá para ensinarem ao povo acerca do
Deus de Israel mediante a obediência e o respeito à Lei e aos mandamentos do
Senhor. Para tirar o povo da crise econômica e espiritual, Josafá cria
fortemente que só haveria uma reforma verdadeira e segura se o povo voltasse a
reconhecer a soberania de Deus. Seus príncipes, sacerdotes e levitas se
dedicaram a visitar todos os lugares do reino ensinando a Palavra de Deus.
Prosperidade
de Josafá no Reino de Judá
No terceiro
ano de seu reinado, Josafá estabeleceu um sistema para administrar a justiça em
todos os lugares de Judá. Para tal empreendimento, visando estabelecer ordem no
reino, ele nomeou juízes capazes para julgar as causas do povo em todo o reino.
Eram pessoas de confiança do rei, as quais deveriam administrar a justiça sem
temor, sem favores nem suborno.
Josafá levou
o avivamento ao coração do povo por meio do ensino do “livro da Lei”.
Principalmente, os levitas e sacerdotes de Jerusalém deveriam cumprir essa
missão. De cidade em cidade, aos sábados, especialmente, eles reuniam o povo
nas praças. Como não havia sinagogas nem templos fora de Jerusalém, esses
comissionados do rei iam às praças e ensinavam ao povo acerca dos seus deveres
para com Deus, com o próximo e com o reino, com a garantia da bênção de Deus.
Essa ação promoveu um grande avivamento espiritual no coração do povo. Deus
honrou a Josafá, e um grande exército — com aproximadamente 700 mil homens
valentes — estava à disposição para defender a sua terra e o reino. Temos a
tendência de diminuir nossa devoção ao Senhor quando gozamos de prosperidade,
quando não falta dinheiro no bolso, quando temos saúde abundante, quando tudo
está aparentemente em paz. Muitos líderes em seus sucessos se esquecem de
buscar ao Senhor e passam a agir por conta própria, sem consultar nem depender
de Deus. Josafá começou a agir com atitude independente e começou a errar.
AMEAÇAS
ENFRENTADAS POR JOSAFÁ
A
Perigosa Aliança Feita com Acabe
Ainda nos
dias de Acabe, rei de Israel — um rei que trouxe desgraça para o povo de Deus
porque não temia ao Senhor — , o rei Josafá, desejando que houvesse paz entre
os dois reinos, faz uma aliança com a casa de Acabe. Josafá e Acabe negociam o
casamento de Jorão, filho de Josafá, com a filha de Acabe e Jezabel, chamada
Atalia. Jezabel tinha uma forte influência sobre seu marido, Acabe, e,
naturalmente, sobre seus filhos. Não foi diferente com Atalia, que preferia os
deuses fenícios ao Deus de Israel. Nessa aliança, Acabe e Josafá entraram em
guerra contra os tiros a fim de tomar a Ramote-Gileade. Acabe tramou um plano
pernicioso para que Josafá fosse morto e ele levasse a fama da guerra. Nesse
tempo, enquanto estão na guerra, Atalia, mulher de Jorão, toma posse do trono
de Judá, levando Israel à apostasia por seis anos. Quando Josafá volta ao seu
lugar no reino de Judá, entendeu o perigo do jugo desigual com os incrédulos.
Josafá
deixou de buscar ao Senhor e passou a agir por si mesmo, confiado apenas na sua
capacidade de governante. Por outros interesses, fez aliança com Acabe, que era
um rei perverso e sem o menor temor de Deus no seu coração. Essa aliança não
agradou ao Senhor porque punha o seu povo em perigo. Essa aliança foi selada
com o casamento com a filha de Acabe, um parentesco que lhe traria derrota
moral, física e espiritual.
Repreensão
de Deus por meio do Profeta Jeú
Josafá, sem
consultar a Deus, fez uma aliança com Acabe, rei de Israel. Foi uma aliança
militar que produziu uma derrota para ambos os reinos. Deus levantou ao profeta
Jeú, que condenou a aliança com Acabe, um rei inimigo de Deus e do povo de
Israel. Mas Deus conhecia o coração de Josafá e sabia que havia temor, a
despeito da atitude precipitada que havia tomado na aliança que fez com Acabe.
Por isso, a ira de Deus foi desviada de Josafá, porque este havia resgatado o
verdadeiro culto a Jeová. Josafá resgatou a ordem de justiça na terra de Judá,
e um novo sentimento de segurança nas famílias, de justiça, de prosperidade
material e espiritual passou a dominar o coração do povo. Depois da repreensão,
Josafá humilha-se perante o Senhor e, além das reformas estruturais no governo
das cidades de Judá, restabelece o lugar de Deus na vida do povo.
Josafá
Enfrenta Ameaças contra o seu Reino
Em
meio às mudanças positivas que Josafá realizou em seu reino, surge uma crise
política externa provocada pelos moabitas, que declararam guerra contra Judá. A
informação chegou a Jerusalém de que um forte exército estava marchando para a
cidade santa. Foi uma terrível notícia, e, então, Josafá convoca o povo para um
jejum nacional com oração a Deus para o Senhor interferisse naquele ataque de
Moabe.
Um pouco
antes desse ataque dos moabitas contra Judá, conforme está descrito no capítulo
18, Acabe e Josafá firmam uma aliança contra os moabitas e amonitas. Eles
partiram para a guerra contra esses povos, e a batalha foi trágica em
Ramote-Gileade da Síria. Nessa batalha, Acabe foi ferido (2 Cr 18.33,34). Acabe
tramou uma situação em que Josafá viesse a ser morto, mas os amonitas e
moabitas viram que Josafá não era Acabe, por isso, não o mataram (1 Rs 22.1-38;
2 Cr 18.28-32). Sem dúvida, o Senhor o protegeu. Por essa razão, Josafá foi
repreendido pelo profeta Jeú, principalmente pelo fato de ter-se aliado com
Acabe (2 Cr 19.1,2).
Visto
que estava seguro de que suas fronteiras eram bem protegidas e não corriam o
risco de serem ultrapassadas, Josafá se descuidou. Os amonitas, os edomitas e
os moabitas uniram forças para invadir Judá cruzando o M ar Morto em direção a
En-Gedi com muitos soldados, cavalos e armas de guerra. Então, Josafá,
consciente do erro que havia cometido na sua aliança com Acabe, entendeu que
Jeová, o Senhor Todo-Poderoso, o Deus de seu povo, poderia salvá-lo, bem como
ao povo de Judá, de serem destruídos pelo inimigo.
ATITUDES
VITORIOSAS PARA ENFRENTAR AS AMEAÇAS
Josafá
precisou agir rápido, com atitudes que fossem capazes de mudar o estado de
espírito do povo, que estava assustado com a aproximação de um grande exército
formado com aliados inimigos do reino de Judá.
Essas
atitudes requeriam a união de todo povo, e todas as famílias responderam
positivamente ao apelo do rei.
Josafá
Propõe ao Povo Invocar o Nome do Senhor
Josafá,
mediante a ameaça dos moabitas, convocou o povo em jejum e oração juntamente
com ele. Na sua oração, Josafá reconhece a soberania de Deus sobre todas as
coisas e como sendo o único que poderia intervir naquela situação (2 Cr
20.6-12). Jejum e oração são dois ingredientes eficazes para solucionar o
problema. Todo o povo de Judá sabia e, reunido numa demonstração de fé e
confiança em Deus, aceitou o pedido do rei Josafá de clamar pelo Senhor em seu
socorro. Era uma nação inteira buscando a Deus. Nossa nação brasileira está
vivendo uma de suas maiores crises, que abrange a todos econômica e moralmente,
porque a mentira, o engano e a incredulidade campeiam as mentes. É tempo de as
igrejas se unirem para orar e jejuar pedindo a intervenção divina. A prática do
jejum e da oração quase não mais existe, e os cristãos estão à mercê dessa
tragédia moral e espiritual na nossa nação. Nenhum cristão verdadeiro duvida do
poder da oração. Aquela atitude do rei Josafá significa um ato de humilhação
nacional em total dependência de Deus. Era a admissão de culpa e a intenção de alcançar
a misericórdia e o socorro divino para aquela situação inevitá vel. O povo
atendeu ao apelo do rei Josafá, começando ali um grande avivamento espiritual
na vida de todos. Não há crise que não possa ser vencida quando confiamos no
Senhor. Davi, em um dos seus cânticos disse: “Uns confiam em carros, e outros,
em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus” (SI 20.7).
Nos grandes
desafios da igreja atual, quando ameaçada por circunstâncias materiais, morais
e espirituais, as soluções espirituais têm sido menosprezadas por soluções
meramente humanas. E tempo de restaurar a invocação ao nome do Senhor! Jejum e
oração são práticas raras nos tempos modernos, mas sempre estiveram na
experiência dos grandes servos de Deus (2 Co 6.5). Jesus declarou que aquela
casta de demônios que dominava um pobre homem só seria expelida “pela oração e
pelo jejum” (Mt 17.21).
Deus Fez o
Povo Ouvir a Voz Profética de Jaaziel
Mesmo em
meio à crise, Deus sempre tem alguém que ouve a sua voz e se torna voz
profética para o seu povo. Foi o que Deus fez em Judá. No meio do povo de Deus
sempre haverá espaço para ouvir a palavra do Senhor por meio de seus profetas.
O Senhor não falava só nos tempos históricos, mas ainda fala pelo “dom da
profecia” na sua igreja, porque cremos na atualidade dos dons espirituais. Deus
levantou Jaaziel, que profetizou para o povo e levantou o ânimo de todos. Na
palavra profética, Deus disse que o seu povo não entraria em guerra, com estas
palavras: “Nesta peleja, não tereis de pelejar; parai, estai em pé e vede a
salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém; não temais, nem vos
assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco” (2 Cr
20.17). Na peleja contra o inimigo de nossas almas precisamos confiar
no Senhor. Temos dois modos de ouvirmos a voz profética em nossos dias. Aquele
que profetiza mediante a inspiração da palavra pregada e ensinada, bem como
mediante o dom do Espírito, quando o profeta ouve de Deus e transmite à igreja
a mensagem divina (Ef 4.11; 1 Co 12.10). Precisamos de um avivamento capaz de
reativar os dons espirituais na igreja.
0 Povo
Foi Estimulado a Louvar e Adorar ao Senhor
O rei Josafá
não teve dúvida da voz profética de Jaaziel (2 Cr 20.15).
Desde
o rei até ao mais simples súdito do reino, todos aceitaram a mensagem de Deus e
começaram a adorar e a louvar ao Senhor (2 Cr 20.18,19). Os levitas, não só os
que serviam nos sacrifícios, mas aqueles que tinham a missão da adoração e do
louvor, começaram a louvar ao Senhor pela sua majestade santa, pela sua
benignidade eterna. Houve grande júbilo e a certeza da vitória que o Senhor
daria ao seu povo. O louvor, quando ministrado de forma a reconhecer a soberania
divina, tem o poder de abrir portas na presença de Deus. Quando o povo começou
a adorar a Deus, Josafá acalmou seu coração porque entendeu que o Senhor
cumpriria a sua palavra e nenhuma família se perderia. Quando os exércitos
inimigos se aproximaram de Jerusalém e ouviram o som dos louvores, diz a bíblia
que começaram a cair em emboscadas e se destruírem uns aos outros, sem que
ninguém do povo judeu precisasse fazer qualquer coisa. Os exércitos inimigos
foram desbaratados porque Deus os confundiu (2 Cr 20.24).
Josafá e
todo o povo de Israel descobriram que as nossas batalhas sem o Senhor na
direção significam tragédia. Quando reconheceram a soberania de Deus para fazer
o impossível, não tiveram mais dúvidas: só o Senhor é capaz de nos dar vitória
para fazer valer sua palavra sobre nós.
O povo de
Judá e o seu rei aprenderam a colocar Deus no seu verdadeiro lugar como Senhor
e Rei soberano, e o fizeram mediante o louvor e a adoração. Deus impediu que os
inimigos entrassem em Jerusalém confundindo-os e, por isso, o povo de Judá
demonstrou gratidão a Deus pela vitória que o Senhor lhes concedeu.
CONCLUSÃO
A história
de Josafá é uma história de proezas políticas, econômicas e espirituais porque
tinha como referencial o seu pai Asa. Como homem, teve suas falhas, mas seu
coração ainda estava com o temor a Deus. Soube pedir perdão ao Senhor e
arrepender-se quando errava, e Deus se agrada de um coração contrito. Os fatos
da história de Josafá se constituem modelo para quem quer superar crises. Ele
buscou ao Senhor e reconheceu a soberania divina para solução de seus
problemas, louvando e adorando ao Senhor.
A oração e o
louvor a Deus constituem a arma secreta
do
crente na luta contra o Inimigo.
Livro de Apoio - O Deus de toda provisão
- Esperança e Sabedoria Divina para a Igreja em meio às crises - 4º.trim_2016
CPAD - Comentarista Elienai Cabral

SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
A invasão
dos moabitas
Os
moabitas e os amonitas começaram a se levantar contra Judá desde os dias
de Davi. Ao invés de amonitas a Septuaginta traz o termo Meunim, um povo de
Seir. A invasão veio do leste ou do sudeste. Dalém do mar é uma
referência ao mar Morto. Josafá conclamou o povo à oração e ao jejum em
todo o território de Judá, a fim de buscar a ajuda e a direção de Deus.
Em
momentos de crise, a oração é uma fonte de força capaz de nos fazer recordar
experiências prévias em que fomos ajudados por Deus. O rei invocou o Deus de
seus pais, e relembrou libertações ocorridas no passado, diante do pátio novo.
Este seria o pátio externo, provavelmente renovado ou reconstruído desde os
dias de Salomão. Sob a sombra do Templo, Josafá se lembrou e citou a oração de
seu tataravô, na ocasião em que o local santificado havia sido dedicado (2 Cr
6.28-31).
O rei e
seu povo se depararam com o tipo de dilema que todos nós enfrentamos mais
de uma vez na vida; e não sabemos nós o que faremos. Mas ele, também tinha o
recurso para a solução do problema. Este meio está à disposição de todo o
verdadeiro servo de Deus: Os nossos olhos estão postos em ti. Seguindo uma
liderança temente e obediente ao Senhor, as esposas (e também as crianças)
permaneceram perante o Senhor com os seus maridos e com o seu rei"
(Comentário Bíblico Beacon. Vol 2. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 461).
CONHEÇA
MAIS
Josafá
"Com
35 de idade ele se tornou co-regente com seu pai Asa, até a morte deste em 870,
e governou por 25 anos (1 Rs 22.42). Sua mãe era Azuba, filha de Sili. Ele foi
contemporâneo de Acabe, e Jeorão de Israel. Fez uma aliança com Israel casando
seu filho Jeorão com Atalia, a filha de Acabe e Jezabel (2 Rs 8.18). Apesar
deste ato ter aberto a porta à adoração a Baal no reino de Judá, ele foi
considerado um bom rei." Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico
Wycliffe, CPAD, p.1089
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
Josafá
Ele foi
contemporâneo de Acabe, Acazias, e Jorão de Israel. Fez uma aliança com Israel
casando seu filho Jeorão com Atalia, a filha de Acabe e Jezabel (2 Rs 8.18).
Apesar deste ato ter aberto a porta à adoração a Baal no reino de Judá, ele foi
considerado um bom rei.
No
terceiro ano do seu reinado, ele conduziu algumas reformas para melhorar a
situação religiosa, instruindo pessoalmente o seu povo e enviando levitas com
os livros da lei para ensinar nas cidades de Judá (2 Cr 17.7-9). Os filisteus e
os árabes lhe pagavam tributos (vv. 10,11), e ele mais tarde fortificou as
cidades de seu reino.
Durante os
últimos cinco anos de seu reinado, Josafá teve seu filho Jeorão reinando junto
a si (2 Rs 8.16 com 1.17). Josafá morreu com sessenta anos de idade, e foi
sepultado na cidade de Davi (1 Rs 22.50)" (Dicionário Bíblico Wycliff.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp. 1088-1089).
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
Em 853
a.C., Acabe o persuadiu a se ajuntar a Israel em uma tentativa de desarraigar
Ramote-Gileade da Síria. Acabe foi mortalmente ferido, mas Josafá sobreviveu (1
Rs 22.1-38). Ele foi severamente reprovado pelo profeta Jeú por ter se
associado ao rei Acabe (2 Cr 19.1,2). Judá ocupou uma clara posição
subordinada, mas a aliança foi, temporamente, a fonte da força de ambos
os reinos. Em seu retorno, Josafá novamente encorajou a adoração ao Senhor
Jeová (1 Cr 19.4).
Ele havia
previamente fortalecido as defesas de Judá e trazido Edom ao seu controle. Isto
lhe deu o comando das rotas de caravanas da Arábia e lhe trouxe uma
riqueza adicional (2 Cr 17.5; 18.1). Josafá tentou construir uma frota de
navios em Eziom-Geber com a cooperação de Acazias, rei de Israel, mas os navios
foram destruídos. Josafá recusou quaisquer novas parcerias, provavelmente com
medo da invasão de seu território e pelo fato de ter sido repreendido por se
unir a Acazias (1 Rs 22.48,49)" (Dicionário Bíblico Wycliff. 1. ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2009, p. 1089).
Fonte: Lições Bíblicas adultos, 4° trimestre de 2016 – CPAD

ADORAÇÃO
(Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea - Dicionário Bíblico Wycliffe)
O
propósito da adoração é estabelecer ou dar expressão a um relacionamento entre
a criatura e a divindade. A adoração é praticada prestando-se reverência e
homenagem religiosa a DEUS (ou a um deus) em pensamento, sentimento ou ato, com
ou sem a ajuda de símbolos e ritos. Veja Religião. A adoração pura
expressa a veneração sem fazer alguma petição, e pressupõe a auto-renúncia e a
entrega sacrificial a DEUS. Estritamente falando, a adoração é a ocupação da
alma com o próprio DEUS, e não inclui a oração por necessidades e ação de
graças pelas bênçãos.
A
adoração é representada na Bíblia principalmente por duas palavras: no AT a
palavra heb. shaha (mais de 100 vezes) significando "curvar-se
diante", "prostrar-se", (Gn 22.5; 42.6; 48.12; Êx 24.1; Jz 7.15;
1 Sm 25.41; Jó 1.20; SI 22.27; 86.9 etc), e no NT a palavra
gr. proskyneo (59 vezes), significando "prostrar-se",
"prestar homenagem a alguém" (Mt 2.2,8,11; 4.9; Mc 5.6; 15.19; Lc 4.,
.8: Jo 4.20-22 etc). Essas duas palavras são constantemente traduzidas pela palavra
"adoração", denotando o valor daquele que recebe a honra ou devoção
especial. Ambos os termos "adoração" e "digno" podem ser
vistos juntos na grande descrição dos 24 anciãos prostrando-se diante daquele
que se assenta no trono (Ap 4.10-11; cf. 5.8-14). Veja Prostrar-se;
Joelho; Beijo. Além das duas palavras principais há um extenso vocabulário
tanto no heb. como no gr. definindo ainda mais a atividade de adoração. As
palavras comumente usadas são o heb. 'abad, significando "trabalhar",
"servir", "adorar" (2 Rs 10.19-23) com a sua contraparte
gr. latreuo, significando "prestar serviço religioso ou honra a
DEUS" (At 24.14; Fp 3.3). Uma palavra heb. e
aram. sagad, significando "prostrar-se em adoração", é encontrada
em Isaías 44.15,17,19; 46.6; Daniel 2.46 e frequentemente no capítulo seguinte.
Temer ao Senhor é um sinónimo próximo, à medida que se aprende a comparar
Deute-ronômio 6.13 com a citação deste versículo pelo Senhor JESUS em Mateus
4.10. Aqui o temor tem um sentido de admiração e reverência (cf. SI
5.7). Veja Temor. Outras palavras gregas de grande importância
são sebomaie os seus diversos cognatos, significando "ficar
admirado", "reverenciar", e threskeia, significando
"religião", "adoração cerimonial" (Cl 2.18; At 26.5; Tg
1.26ss.).
A
Adoração no AT
A
adoração no AT pode ser dividida em dois períodos principais, o patriarcal e o
teocrá-tico. Antes das instituições mosaicas, há poucas indicações de adoração
formal e pública entre os patriarcas. Os tempos dos patriarcas revelam, antes,
os atos individuais, pessoais e ocasionais de adoração que caracterizariam um
povo seminômade vivendo longe da sociedade organizada (por exemplo, Abraão no
Moriá, Génesis 22.1-5; Jacó em Betei, Génesis 28.18-22). Génesis, porém,
retrata os primórdios da religião ritualista na instituição de sacrifícios e na
construção de altares (Gn 4.3,4,26; 8.20-22). Durante o período teocrático, o
conceito corporativo e ritualista da adoração tornou-se proeminente. Um sistema
de adoração altamente organizado e muito completo foi revelado por DEUS a
Moisés no Sinai, o qual incluía:
1. Tipos
especiais de ofertas e sacrifícios para toda a nação: (a) diário (Nm
28.3-8); (ò) todos os sábados (Nm 28.9,10; Lv 24.8); (c) na lua nova (Nm
28.11-15); (d) a Páscoa ou a Festa dos Pães Asmos (Nm 28.16-25; Êx
12.1ss.); (e) Festa das Primícias e Pentecostes - Festa das Semanas
(Lv 23.15-20; Nm 28.26-31); (/) Festa das Trombetas (Lv 23.23-25; Nm 29.1-6;
cf. Is 18.3; 27.12,13; Jl 2.15-32); (g) Dia da Expiação (Lv 23.26-32;
Nm 29.7-11); (h) Festa dos Tabernáculos, quando, no décimo quinto dia
do sétimo mês, logo após a colheita, enquanto o povo habitava em tendas feitas
de galhos de árvores em memória de sua libertação do Egito, os sacerdotes
ofereciam sete dias de sacrifícios especiais (Lv 23.33-44; Nm 29.13ss.). Veja Festividades;
Sacrifícios.
2.
Sacrifícios específicos a serem oferecidos por um indivíduo por si mesmo e sua
família, como o manjar da Páscoa e a Páscoa em si (Ex 12; cf. Lv 23.5); uma
oferta queimada de um macho do rebanho sem mancha, por si mesmo e sua família
(Lv l.lss.) com o qual ele se identificava e sobre o qual tanto os seus pecados
como os dos seus familiares eram simbolicamente depositados, ao colocar a sua
mão sobre a cabeça da oferta quando ela era morta; uma oferta de manjares como
uma oferta de louvor apontando para a perfeição de DEUS e de CRISTO (Lv 2); uma
oferta pacífica apontando para CRISTO como a nossa paz (Lv 3). Havia ofertas
apropriadas para o caso dos pecados praticados por ignorância (Lv 4—5) e pelas
transgressões (Lv 6.1-7).
3.
Sacrifícios especiais pelos próprios sacerdotes na consagração de Arão e seus
filhos (Lv 8.2,14,15); na unção de um sacerdote (Ex 29.15ss.; Lv 6.19-23);
quando um sacerdote havia pecado (Lv 4.3ss.); na purificação das mulheres (Lv
12.6,8); para a purificação de leprosos (Lv 14.19); para remover a impureza
cerimonial (Lv 15.15,30); na conclusão ou na quebra do voto de um nazireu (Nm
6.11-14). Veja Sacrifícios.
Houve,
sem dúvida, muita confusão durante o período dos juízes, e a dispersão das
tribos por toda a terra, posteriormente, perturbou o quadro religioso. O
conceito corporativo de adoração, apesar de tudo, estava destinado a aumentar.
Santuários foram estabelecidos e buscados pelo povo ano após ano; Dã, Gilgal,
Siquém, Silo e Berseba, para citar os mais importantes. Tendências sincretistas
em religião constantemente corrompiam a adoração nesses lugares, inspirando
práticas pagãs na religião de Israel. Por causa da corrupção constante e
crescente, a religião de Israel estava em uma situação difícil quando Saul e a
monarquia chegaram. Na verdade, o reinado de Davi poderia ser visto como uma
época de reavivamento religioso que culminou com a edificação do Templo sob a
autoridade de Salomão. Sem dúvida alguma a própria experiência de adoração de
Davi em particular, e a sua comunhão com o Senhor em meio às circunstâncias
mais atribuladas, lhe trouxeram o desejo de levar outros a louvar e adorar a
DEUS (SI 42.1-4; 122.1; 2 Sm 6.12-18; 1 Cr 16.1-36). O efeito do Templo na
adoração de Israel é desequilibrado por qualquer outro fator. Gradualmente,
todos os outros lugares de adoração foram eliminados, e o Templo em Jerusalém
permaneceu como o único lugar para sacrifício, a base da adoração. Além de
todas as ofertas e sacrifícios especificados por DEUS na lei mosaica,
desenvol-veu-se um sistema de adoração pública com algumas características: (1)
Atos sacrificiais especiais para ocasiões extraordinárias, como a consagração
do Tabernáculo (Nm 7) ou do Templo de Salomão (2 Cr 7.5ss.). (2) Atos
cerimoniais específicos nos quais o povo expressava uma reverência incomum,
como quando o sumo sacerdote oferecia incenso no lugar santo, quando Salomão
abençoava o povo (1 Rs 8.14), e quando os sacerdotes tocaram as trombetas de
prata (2 Cr 7.6). (3) Ministrações de louvor no Templo quando cânticos vocais e
instrumentos musicais de todo tipo eram empregados (2 Cr 5.13). Moisés compôs
um cântico de livramento depois que DEUS conduziu o povo a pés enxutos pelo
meio do mar Vermelho, e Miriã, sua irmã, e as mulheres o acompanharam com
tamboris (Ex 15.1,20). Depois da arca do Senhor ter sido recuperada dos
filisteus, Davi designou um coral de levitas para ministrar diante dela (1 Cr
16.4), e também formou uma orquestra (1 Cr 16.6,42,43; cf. 2 Sm 6.5). O último
Salmo recomenda que instrumentos musicais de todos os tipos sejam usados para
louvar ao Senhor (SI 150). Existem possivelmente alguns Salmos antifo-nais (SI
20,21,24,107,118). (4) A oração pública quando o povo foi guiado por Moisés (Dt
26.15), por Salomão (1 Rs 8.23-54), e como encontrado nos Salmos 51, 60, 79, 80
e muitos outros. (5) Discursos públicos, como a soma da obra de Moisés com
cinco discursos no livro de Deuteronômio; o discurso de Salomão para a
congregação (2 Cr 6.4-11); Neemias mandando ler a lei e então mandando os
levitas orarem (Ne 9.3-38; cf. 13.1-5). Veja Templo. Depois que os
cativos retornaram da Babilónia, a reedificação do Templo era de certo modo o
renascimento da religião nacional. Nos séculos que se seguiram ao retorno, a
adoração de Israel tornou-se altamente desenvolvida e ritualista. O calendário
religioso foi expandido para incluir as festas pós-exílio e as observâncias
sagradas. O Templo não era só um edifício, mas um centro que colocava em foco a
adoração de toda a nação. Sua evidência verdadeira revela que algumas seitas do
judaísmo (como os essêni-os) eram antitemplo em sua expressão de adoração, mas
a principal corrente da vida judaica, alimentada por muitos e divergentes
tributários (como os saduceus e os fariseus), fluía através do Templo. Depois
do retorno do exílio babilónico, a sinagoga (q.v.) apareceu como um rival para
o Templo. Estritamente falando, a sinagoga foi criada para a instrução e não
para a adoração; mas, na prática, parece ter havido algum elemento de adoração
na minis-tração da sinagoga desde o seu início. Na verdade, este era um
elemento crescente; e após a destruição do Templo em 70 d.C, a sinagoga se
apropriou de tudo o que restou da adoração judaica.
A
Adoração no NT
Com a
morte, sepultamento e ressurreição de CRISTO, todos os sacrifícios e ofertas do
AT :ornaram-se coisa do passado. Agora "não resta mais sacrifício pelos
pecados", pois o Cordeiro de DEUS tirou o pecado do mundo Hb 10.26; Jo
1.29). Agora o crente tem, em CRISTO, um advogado diante de DEUS para defendê-lo
quando ele se arrepende de seus pecados (1 Jo 1.9; 2.1), e assim não precisa áe
nenhum sacerdote terreno. Portanto, a forma de adoração logo começou a mudar.
Porém a adoração pública nos primeiros dias do cristianismo ainda estava
associada ao Templo. O livro de Atos descreve cristãos judeus continuando sua
adoração no Templo 'At 2.46; 3.1; 5.20,42), mesmo na época da prisão de Paulo
(At 21.26-33). Somente a hostilidade daqueles que controlavam o Templo,
aparentemente, afastou os primeiros cristãos daquele lugar santo. Ao mesmo
tempo, o cristianismo começou a se voltar para as residências particulares como
lugares de reunião (At 2.46; 5.42; 12.12). O elemento de sacrifício, que era
básico no Templo, foi perpetuado apenas na ceia que rememorava a morte sacrificial
de CRISTO. Esta observância parece ter sido, a princípio, uma parte de uma
refeição coleti-va que os cristãos compartilhavam (1 Co 11.20-34).
Posteriormente ela se tornou especialmente associada com o dia do Senhor, o dia
que logo foi separado para a adoração cristã. O sábado judaico foi gradualmente
substituído pelo primeiro dia da semana, fir-mando-se como o dia das primeiras
experiências cristãs com o CRISTO ressurrecto (Jo 20.19,26; At 20.7; 1 Co 16.2;
Ap 1.10). Pregar e ensinar eram elementos de suprema importância nas reuniões
públicas para as jovens igrejas (At 11.26; 15.35; 18.25; 20.7). Aqueles
elementos que faziam parte da adoração no judaísmo também aparecem nas
primeiras ministrações cristãs: leitura do AT (1 Tm 4.13), oração (At 2.42; 1
Co 14.14-16), canto (Ef 5.19; Cl 3.16) e a entrega de ofertas ou donativos (1
Co 16.1,2). A verdadeira adoração congregacional é regulamentada em 1 Coríntios
11-14. Qualquer membro era livre para participar conforme o ESPÍRITO dispusesse
(1 Co 14.26), principalmente quando procurasse ministrar aos outros através de
seu dom espiritual ou carismático (1 Pe 4.10ss.). Uma mulher que orasse ou
profetizasse deveria ter a sua cabeça coberta (1 Co 11.5). Uma mensagem em uma
língua incompreensível deveria ser interpretada, e toda profecia deveria estar
sujeita aos profetas na congregação (1 Co 14.27-33). Veja Música;
Louvor; Oração; Dons Espirituais; Ação de Graças. CRISTO não prescreveu para os
seus discípulos formas específicas de adoração pública, sem dúvida assumindo
que o seu próprio exemplo e o ESPÍRITO SANTO fariam com que estas surgissem
espontaneamente. Ele realmente enfatizou que os adoradores deveriam adorar a
DEUS "em espírito e em verdade" (Jo 4.23ss.) e que procurassem
guardar a sua adoração de formas meramente exteriores, enfatizando a
privacidade e a realidade diante de DEUS (Mt 6.1-18). O apóstolo Paulo nos
permite enxergar uma parte de sua vida devocional particular quando menciona o
falar a DEUS em mistérios em seu espírito e através de suas orações, e quando
nos ensina sobre cantar e bendizer a DEUS tanto com o espírito como com a mente
(1 Co 14.2,14-19).
Alguns
estudiosos têm professado encontrar nas religiões de mistério várias práticas
que têm - segundo eles pensam - uma adoração cristã influenciada. O banho ou
batismo cerimonial (como o banho de sangue do Mitraísmo); o manjar sagrado, às
vezes com um significado memorial (como a elevação da espiga de trigo como um
símbolo de morte e renascimento no ritual Eleusiano). E claramente certo que
essas religiões eram totalmente inferiores ao cristianismo, pois a base da
adoração cristã reside no fato histórico e não em mitos e teorias. Por seus
próprios méritos inerentes, o cristianismo ganhou a sua vitória sobre as
religiões rivais do mundo antigo, e tais expressões de adoração, quando são
similares ao cristianismo, apenas apontam para a ampla base religiosa que é
inerente à natureza humana. Uma das maiores dificuldades do cristianismo chegou
cedo e em conexão com a adoração. Roma decretou uma religião universal para o
mundo: o culto aos imperadores. Era a política romana chamar a atenção de todas
as pessoas para o centro do poder, e o culto imperial era um meio de dar coesão
ao vasto império. Este culto jamais teve a intenção de perseguir ou substituir
as religiões nacionais, não pretendia impor um dogma religioso. Na verdade, a
apoteose imperial era política em natureza e propósito, surgindo como resultado
de lisonja, gratidão e precedente histórico. Os imperadores reagiram à apoteose
em graus diferentes. De todos os imperadores, embora provavelmente encorajando
a adoração a si mesmo em níveis inferiores a qualquer outro, Augusto recebeu a
adoração mais genuína. Tibério recusou-se a receber honras divinas em Roma, mas
encorajou o culto nas províncias. Calígula era insistente em sua divindade.
Nero foi o primeiro imperador vivo a usar a corona radiata que era o
símbolo da descendência do deus sol. Domiciano reivindicou o título
de dominus et deus durante o período em que viveu. Embora não possuísse
nenhum valor religioso, o culto se tornou, nas províncias, um modo conveniente
de detectar a deslealdade a Roma. Os principais não-conformistas eram os
republicanos, os judeus e os cristãos. O cristianismo jamais esteve disposto a
atribuir um senhorio a César, o que trouxe um imenso sofrimento e uma
perseguição generalizada no final do século I - A adoração dos cristãos - mesmo
em uma era politeísta - era exclusivamente reservada a
CRISTO. Veja Perseguição.
שחה shachah - Uma raiz
primitiva; adorar
1) inclinar-se
1a) (Qal) inclinar-se
1b) (Hifil) deprimir (fig.)
1c) (Hitpael)
1c1) inclinar-se, prostrar-se
1c1a) diante de superior em deferência
1c1b) diante de DEUS em adoração
1c1c) diante de deuses falsos
1c1d) diante dum anjo
2 Crônicas 20:1-37 - Bíblia
Diário Vivir
20.3 Quando
a nação enfrentou o desastre, Josafá fez um chamado ao povo para que tomasse a
sério a DEUS e que jejuasse por um tempo determinado. Ao separar-se da rotina
diária da preparação e do consumo da comida, puderam dedicar esse tempo extra a
considerar seu pecado e a orar para pedir ajuda a DEUS. A dor aguda da fome
reforçaria seus sentimentos de penitência e lhes recordaria sua debilidade e
sua dependência de DEUS. O jejum ainda é útil na atualidade quando procuramos a
vontade de DEUS em situações especiais.
20.6ss A
oração do Josafá tinha vários ingredientes essenciais: (1) Entregou a situação
a DEUS, reconhecendo que só DEUS podia salvar à nação. (2) Procurou o favor de
DEUS já que seu povo era o povo de DEUS. (3) Reconheceu a soberania de DEUS na
situação atual. (4) Elogiou a glória de DEUS e se consolou em suas promessas.
(5) Professou uma dependência completa de DEUS, não de si mesmo, para a
liberação. Para ser a classe de líder que DEUS quer na atualidade, siga o
exemplo do Josafá: concentre-se totalmente no poder de DEUS e não em você
mesmo.
20.15 Quando
o inimigo avançou no Judá, DEUS falou por meio do Jahaziel: "Não temam nem
lhes amedrontem[...] porque não é sua a guerra, mas sim de DEUS".
Possivelmente não estejamos lutando com um exército, mas todos os dias lutam
com a tentação, a pressão e "hostes espirituais de maldade" (Eph_6:12)
que querem que nos rebelemos contra DEUS. Devemos recordar que, como crentes,
temos o ESPÍRITO de DEUS em nós. Se pedirmos a ajuda de DEUS quando enfrentamos
lutas, DEUS brigará por nós. E DEUS sempre triunfa.
Como deixamos que DEUS brigue por nós? (1) Ao
nos dar conta que a luta não é nossa mas sim de DEUS. (2) Ao reconhecer as
limitações humanas e ao permitir que a fortaleza trabalhe através de nossos
temores e debilidades. (3) Ao nos assegurar que procuramos os interesses de
DEUS e não nossos desejos egoístas. (4) Ao pedir a ajuda de DEUS em nossas
batalhas diárias.
20.33 Este
versículo diz que Josafá não tirou os lugares altos corruptos (altares
idólatras) enquanto que em 17.6 e em 19.3 diz que sim os destruiu. Josafá
destruiu a maioria dos ídolos do Baal e Asera, mas não teve êxito ao tratar de
erradicar as religiões corruptas praticadas nos lugares altos.
20.37 Josafá
se enfrentou ao desastre quando uniu forças com o malvado rei Ocozías. Não
aprendeu de sua aliança desastrosa com o Acab (18.28-34) ou da aliança que seu
pai fez com Síria (16.2-9). A sociedade esteve fundamentada em raízes desiguais
já que um homem servia a DEUS e o outro adorava ídolos. Provocamos o desastre quando
entramos em sociedade com não crentes devido a que diferimos nos principais
fundamentos de nossa vida (2Co_6:14-18). Enquanto que a gente serve ao
Senhor, o outro não reconhece sua autoridade. Indevidamente, que serve a DEUS
se vê tentado a comprometer seus valores. Quando isto acontece, surge o
desastre espiritual.
antes de entrar em uma aliança pergunte: (1)
Quais são meus motivos? (2) Que problemas estou tratando de evitar ao procurar
esta sociedade? (3) É esta sociedade a melhor solução, ou é só uma solução
rápida para meu problema? (4) orei ou pedi a outros que orem procurando a
direção de DEUS? (5) Trabalhamos meu futuro sócio e eu para conseguir as mesmas
metas? (6) Estou disposto a me conformar com menos lucros econômicas a fim de
agradar a DEUS?
Estudo rico e detalhado de um capitulo biblico tão cheio de ensinamentos.
ResponderExcluirAmém, Deus o abençoe !
ExcluirAinda não li tudo e já agradeço a Deus por ter encontrado esse Estudo
ResponderExcluirGlórias a Deus pelas vidas que contribuíram aqui Sônia❤️🌻
Obrigada, espero que seja enriquecida ainda mais pela Palavra de Deus.
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