quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Lição 5 - Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica




N
 o capítulo 4.14-16, o autor introduziu o assunto da doutrina do sacerdócio. Aqui, ele tecerá mais detalhes da ordem sacerdotal levítica para contrastar posteriormente com o sacerdócio de Cristo, que é de outra ordem e superior ao levítico. A ideia do autor ao detalhar as qualificações exigidas do Sacerdócio Aarônico tem o propósito de mostrar, em primeiro lugar, que Jesus preenchera esses qualitativos. É bom ter sempre em mente que o autor já havia mostrado Jesus como sendo o Filho de Deus, fato esse que o identifica com a raça humana e o qualificaria para ministrar como Sumo Sacerdote.
        “Porque todo sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados" (v. 1). O autor de Hebreus revela que a primeira condição para alguém exercer o sacerdócio é que esse alguém tenha sido tomado dentre os homens. Somente um homem que possui a mesma natureza de outro homem poderia oficiar como sacerdote. Nos primeiros capítulos de sua carta, o autor expusera uma farta argumentação em favor da humanidade de Jesus. Esses fatos agora se tom am de grande relevância quando ele apresenta-o como um Sumo Sacerdote constituído em favor dos homens. O sacerdote tinha como dever apresentar dons e sacrifícios. Alguns comentaristas, como, por exemplo, Robert Gundry (nascido em 1932), entendem que a expressão “dons e sacrifícios” é usada como sinônimo.1 Por outro lado, muitos outros eruditos, como Donald Guthrie (1916-1992), entendem que os sentidos desses termos devem ser mantidos distintos. Guthrie observa, por exemplo, que, nesse caso, os dons (dôra) são uma referência às ofertas de cereais, e os sacrifícios (thysias) às ofertas de sangue.2 Isso parece ser confirmado pelo uso do verbo gregoprosphero (oferecer), que ocorre 19 vezes nessa carta e que mantém esse sentido de apresentar ofertas e sacrifícios diante de Deus. O sacerdote, portanto, deveria ser alguém que se identificasse com seus semelhantes.
       “E possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados, pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza" (v. 2). O termo grego metriopathein, traduzido como "compadecer", tem o sentido de alguém que consegue moderar suas paixões e sentimentos. Alexander Balmain Bruce (1831-1899) destaca que esse vocábulo
"Significa sentir-se com outro, mas sem abster-se de sentir contra ele; ser capaz de ter antipatia. Foi usado por Philo para descrever o sofrimento sóbrio de Abraão sobre a perda de Sara e a paciência de Jacó sob aflição. Aqui, parece ser empregado para denotar um estado de sentimento em relação ao ignorante e errado, com equilíbrio entre a severidade e indulgência excessiva".3
       O sacerdote lidava com todos os tipos de desvios, erros e pecados cometidos pelo povo. Nessa teia de relacionamentos, ele via a fragilidade humana, o fracasso e o desespero. Sendo um homem colocado por Deus para representar os homens, o sacerdote sentia na sua própria alma o peso da miséria humana. Por outro lado, ele tinha diante de si a palavra de Deus, que o instruía a dar ao pecado o tratamento adequado, mesmo que o remédio fosse amargo. Era nesse momento que ele precisava agir com metripatheia, isto é, com compaixãol
        “E, por esta causa, deve ele, tanto pelo povo com o também por si mesmo, fazer oferta pelos pecados" (v. 3). O sacerdote da antiga aliança vivia um dilema: ele necessitava fazer expiação não apenas pelos erros dos outros, mas também pelos seus. O sumo sacerdote deveria oferecer sacrifício primeiramente por si e, depois, pelo povo. "Depois, Arão oferecerá o novilho da oferta pela expiação, que será para ele; e fará expiação por si e pela sua casa” (Lv 16.6). Samuel Pérez Millos destaca que, na cerimônia da expiação dos sacerdotes e do povo, observam-se dois aspectos: primeiramente, o sacerdote, por uma questão do direito divino natural que lhe competia, deveria purificar-se de toda imundície pessoal, uma vez que isso tomava a oferta imunda e impossibilitava-o de ministrar diante de Deus. Por outro lado, o direito positivo prescrevia-lhe essa obrigação (Lv 4.3; 9,7; Hb 7.27; 9.7). Essa limitação, observa Millos, não é vista em Jesus Cristo, o Etert-O Sumo Sacerdote, que não teve necessidade de purificar-se, visto ser imaculado e santo.4
        “E ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão" (v. 4). O autor usa a palavra grega timê, traduzida aqui como honra, para destacar a natureza do sacerdócio.5 O sacerdote era alguém chamado por Deus, e não pelos homens. Nos dias do Novo Testamento, o sistema sacerdotal corrompeu-se e tomou-se um cargo político, não mais sendo observadas as prescrições divinas para o exercício desse ofício (Êx 28.1; Lv 8.1; Nm 16.5; Sl 105.26). Todavia, como observa Craig S. Keener (nascido em 1960), o texto sugere que o autor refere-se ao sistema sacerdotal veterotestamentário, onde as exigências da Lei acerca do sacerdócio eram cumpridas, para contrastar com o sacerdócio de Jesus Cristo.6
        “Assim, também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei” (v. 5). O autor mostra que Jesus cumpriu completamente todas as prescrições exigidas para o exercício do sacerdócio. Ele não se autoglorificou, constituindo-se a si mesmo como sacerdote. O léxico grego de Walter Bauer expressa bem o sentido do texto: "Ele não se elevou à glória do sumo sacerdócio”.7 No versículo 4, o autor fala da honra que Arão teve ao ser escolhido como sumo sacerdote; todavia, quando ele fala do sacerdócio de Jesus, mostra que o sacerdócio era algo inseparável de sua natureza. Deus dá testemunho de Jesus dizendo: "Tu és meu Filho”.8 Essa atribuição foi-lhe dada por Deus. Embora o autor não entre em detalhes sobre o momento no qual Jesus teria sido constituído sacerdote, os comentaristas destacam que a cristologia de Hebreus revela que Jesus é o Filho de Deus desde a eternidade (Hb 1.1,2; 5.8) e que foi vocacionado pelo Pai para ser Sumo Sacerdote. Nesse aspecto, a vocação aconteceu antes da encarnação, entrando, contudo, em vigor na paixão e morte, obtendo sua confirmação na ressurreição e ascensão.9
       "Como também diz noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque" (v. 6). É no capítulo 7 que a relação entre o sacerdócio de Jesus e Melquisedeque será explorada com maior profundidade pelo autor.10 Aqui, o comentarista bíblico Henry Orton Wiley mostra o que a analogia do sacerdócio de Melquisedeque revela em relação ao de Cristo.
1. Melquisedeque era sacerdote por seu próprio direito, e não em virtude de sua relação com os outros;
2. Era sacerdote para sempre, sem substitutos, sem sucessor;
3. Ele não foi ungido com óleo, mas com o Espírito Santo, como sacerdote do Altíssimo;
 4. Não ofereceu sacrifícios de animais, mas pão e vinho, símbolos da Ceia, que, depois, Cristo instituiu;
5. E (talvez o principal pensamento na mente do escritor da Epístola) ele uniu as funções sacerdotais e reais, coisa estritamente proibida em Israel, mas a ser manifesta em Cristo, Sacerdote no seu trono (Zc 6.13).11
      “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clam or e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia" (v. 7). A intercessão, característica de todo sumo sacerdote legitimamente constituído por Deus, é aplicada a Jesus de uma forma vívida e dramática pelo autor. A expressão "nos dias de sua carne" é uma referência à vida humana de Jesus. A humanidade de Jesus é sempre lembrada pelo autor de Hebreus como algo imprescindível para o exercício do sacerdócio. A expressão “grande clamor e lágrimas, orações e súplicas” não é encontrada nos evangelhos, mas aproxima-se dos acontecimentos que narram a agonia de Jesus no Getsêmani.
    “E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.37-39).
      A tradução "tendo sido ouvido por causa da sua piedade” (ARA) é preferível a "foi ouvido quanto ao que temia" (ARC), já que o termo grego eulabeia mantém o sentido no Novo Testamento de “temor de Deus" e "reverência", destacando o aspecto da vida piedosa.12 Em que sentido Jesus teria sido ouvido? Ao longo da história da interpretação, pelo menos três formas de entendimentos desse texto têm-se destacado. Uma interpretação é que Jesus teria sido ouvido com base na sua piedade. Nesse aspecto, Jesus orou ao Pai para que este o livrasse da morte; todavia, orou também para que a vontade do Pai prevalecesse. Essa era a opinião de João Crisóstomo, de vários escritores medievais e dos comentaristas protestantes James Moffat, Franz Delitzsch e Wescott. Esses autores observam que a oração de Jesus foi ouvida por ter sido feita com temor reverente, e, assim, a vontade do Pai efetivou-se. Uma segunda interpretação é que Jesus teria orado para livrar-se do medo da morte. Essa interpretação foi seguida por João Calvino, Teodoro de Beza, Hugo Grócio, Johann Albrecht Bengel, Milligan e Michel. Trata-se de uma interpretação inusitada, mas não parece natural e nem de acordo com o contexto desse capítulo. Uma terceira interpretação entende que Jesus foi ouvido e foi libertado da morte através da ressurreição.” Esse entendimento segue a antiga tradução dada pela Peshitta, que data do segundo século. A tradução da Peshitta diz: “E quando este estava vestido de carne, ofereceu petição e súplica com intenso clamor e lágrimas àquEle que podia ressuscitá-lo da morte, e foi ouvido”.14 Em uma nota de rodapé da versão em espanhol da Peshitta, está a explicação: “Essa expressão é fiel ao cumprimento de que o Pai não o abandonaria no Seol, aparte de que o Senhor sabia de antemão que havia vindo para morrer na cruz. O texto grego diz livrá-lo da morte".15 O erudito W. F. Mouton, um dos defensores dessa interpretação, destaca: “Estamos convencidos de que a oração não foi para que a morte fosse evitada, mas que houvesse segurança de libertação da mesma”.16 F. F. Bruce argumenta que o contexto de Hebreus 5, que é Salmos 22, favorece esse entendimento.
      “Mas enquanto o Getsêmani provê a 'ilustração mais vívida’ das palavras de nosso autor, elas têm uma referência mais geral ao curso da humilhação e paixão de nosso Senhor. Mais ainda: Foram influenciadas pela linguagem do Salmo 22, um salmo cuja frequência como testemunium cristão já temos assinalado. 'Grande clamor e lágrimas’ é a súplica e queixa da primeira parte do salmo , enquanto a afirmação de que Cristo foi ‘ouvido por causa de seu temor reverente’ faz eco do Salmo 22.24: ‘Quando ele clamou, o ouviu’. Na interpretação cristoló- gica desse salmo, essas palavras entendem-se como uma referência a ressurreição de Cristo".17
       "Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” (v. 8). Sendo o verbo de Deus encarnado, Jesus viveu nas mesmas condições nas quais viveram os demais homens, exceto o pecado. Na sua humanidade, Ele também precisou exercitar a vida de obediência. O sentido dado pela tradução americana New English Bible (NEB) é que Jesus aprendeu na escola do sofrimento.
     “E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem" (v. 9). A expressão “sendo ele consumado" é traduzido na Almeida Revista e Atualizada como “tendo sido aperfeiçoado". Esse vocábulo é o particípio aoristo passivo de teleioô, significando: executar plenamente, consumar, acabar, aperfeiçoar.18 Adam Clarke traduz como “havendo terminado tudo’’, significando “havendo morto e ressuscitado”.'9
O texto, portanto, não está sendo usado no sentido de que Jesus era imperfeito e precisava aperfeiçoar-se, mas, sim, no sentido de completude, isto é, que Ele completou a obra da Salvação. Em seu antigo comentário à carta aos Hebreus, Teodoreto de Cirro (393—457 d.C) destacou este sentido: “Com a expressão 'chegou à perfeição’ refere-se à ressurreição e à imortalidade, que são o cumprimento da economia da salvação”.20 O texto mostra que o plano da Salvação é para todos os homens (Jo 1.29; 3.16; 2 Pe 3.9; 1 Jo 2.2), mas ela só se efetiva naqueles que a recebem. Somente aqueles que recebem a Cristo e obedecem a Ele serão salvos. O autor conclui seu raciocínio dizendo que, tendo terminado o sacrifício do Calvário, Deus proclamou a Jesus Cristo, na sua ressurreição, Sumo Sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque.
        “Chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque’’ (v. 10). Ele voltará a tratar esse assunto com profundidade no capítulo 7; todavia, aqui, o autor introduz um parêntese exortativo, como ele já fizera em outros lugares.
       “Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação, porquanto vos fizestes negligentes para ouvir" (v. 11). A doutrina do sacerdócio de Cristo é de suma importância para a vida cristã; o autor, todavia, observou que seus leitores davam sinais de arrefecimento na fé. Eles negligenciaram o aprendizado, sendo tardios para ouvir, e, como consequência, não estavam crescendo em maturidade espiritual. O autor tem consciência de que, quando voltar a tratar do assunto do sacerdócio de Cristo (no capítulo 7), seus leitores terão dificuldades de assimilar o seu ensino. O perfeito do indicativo ativo do verbo grego ginomai mostra que seus leitores nem sempre foram assim. Era hora de acordá-los novamente!
      “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos tome a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento” (v. 12). A censura do autor é forte: eles deveriam ser mestres; no entanto, ainda se encontravam no jardim de infância da fé. Eles estavam atrasados na escola da fé e necessitavam refazer novamente as lições que já deveriam ter aprendido. O crescimento espiritual tem sua analogia no crescimento natural. A criança ainda não tem seus órgãos plenamente desenvolvidos; por isso, ela deve sofrer restrições quanto a determinados tipos de alimentos. Ela necessita de leite, que é necessário e adequado para esse estágio da vida. Para um adulto, porém, somente esse tipo de alimento não é suficiente. Os hebreus ainda estavam bebendo leite!
      "Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino" (v. 13). A criança alimenta-se de leite, e o adulto de comida sólida. O autor sabe que a doutrina do sacerdócio exige uma maior dificuldade de compreensão — ela é para os que já são graduados.
       “Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal" (v. 14). Os cristãos maduros, que cresceram na fé, são aqueles aos quais o autor tem como "adequadamente treinados".21

A Supremacia de Cristo
Cristo É Superior a Arão e à Ordem Levítica



SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. Introdução
•Texto Bíblico: Hebreus 4.14-16; 5.1-14
2. l. Um sacerdócio superior quanto à Qualificação
• 1. Por representar melhor os homens diante de Deus.
• 2. Por compreender melhor a condição humana.
• 3. Pela posição que exerceu.
3. II. Um sacerdócio superior quanto ao Serviço
• 1. Pela realeza e o propósito pelo qual viveu.
• 2. Pela vida santa que possuía.
• 3. Pela submissão que demonstrou.
4. III. Um sacerdócio superior quanto à importância Teológica
• 1. Uma doutrina transcendente.
• 2. Uma doutrina essencial.
5. Conclusão

Nesta altura, chegamos numa seção crucial da Carta aos Hebreus: A Supremacia do Sumo Sacerdócio de Cristo. O início dessa seção resgata o fato de que o Senhor Jesus, por intermédio de seu sacerdócio supremo, torna aberto o caminho para todas as pessoas aproximarem-se ao trono da Graça de Deus com confiança. Ora, nosso Senhor compartilhou a nossa humanidade e, por isso, ninguém melhor que Ele para compreender nossas fraquezas e debilidades. Por isso, precisamos de um mediador perfeito, "porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos" (1 Tm 2.5,6). Por todos esses motivos, o Senhor Jesus
(1) representa mais eficazmente todos os seres humanos do que os sacerdotes do Antigo Testamento;
(2) compreende melhor a condição humana, pois a viveu em sua plenitude - Ele é verdadeiro Homem;
(3) sua posição, junto ao Pai, o coloca em melhor posição para interceder por nós (1 Jo 2.1).
Dentre muitos outros motivos, esses três levantados acima atestam claramente que o nosso Senhor é o Sumo Sacerdote por excelência. Nele, devemos depositar a nossa confiança!
Sugestão Pedagógica
Uma boa sugestão é que você explique a classe a estrutura da ordem sacerdotal e levítica de Israel. Nesse sentido, vale a pena ler o capítulo 16 do livro de Levítico que descreve uma das principais cerimónias que o sumo sacerdote celebrava: o Dia da Expiação. Os capítulos 15 e 16.1-6 de 1 Crónicas também merecem atenção, pois eles destacam a organização dos levitas feita pelo rei Davi. Faça essa leitura com o auxílio da Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD. 
Boa aula!

                                    📌Russel Shedd - Comentário da Bíblia


4.2  A palavra... Cf. Rm 10.16s e Is 53.1. A mensagem do evangelho exige a aceitação da fé. Acompanhada. Lit. "unida". A fé compromete o ouvinte com a mensagem; não se pode livrar da sua obrigação. Anunciadas as boas novas. Lit. "evangelizadas".
4.4  Ao  sétimo  dia. O  sábado  cristão  é  guardado  pela  fé  por  aquele  que  descansa  nas promessas de Deus em Cristo.
 4.5 Meu  descanso. Deus  compartilha  conosco  Seu  próprio  descanso  (cf.  Gn  2.3).  Este descanso espiritual ficou à disposição dos homens desde o Éden, e o término da Criação, mas foi exposto claramente na Nova Criação.
4.7,8  Sendo que Deus oferecia Seu descanso no tempo de Davi, fica patente que Ele não fala a conquista da terra da Palestina no salmo 95. 4.9,10Repouso (gr sabbatismos).1 Refere-se ao descanso de sábado providenciado na morte  e  ressurreição  de  Cristo  (cf.  Jo  5.19).  Este  repouso  é  celestial,  mas  é  usufruído nesta  vida  pela  fé  (cf.  Jo  14.2,  24). Descansou  de  suas  obras. Quem  confia  na  obra perfeita  de  Cristo  que  iniciou  a  Nova  Criação  não  tentará  ganhar  a  salvação  por  boas obras.N. Hom.
 4.12 O Potencial da Palavra de Deus. 1) Sendo viva, concede a vida.
2) Sendo eficaz, transforma o ouvinte fiel.
 3) Tendo dois gumes, corta primeiramente quem à usa e depois  aqueles  que  recebem  seu  ministério.
 4)  Sendo  cortante,  traz  à  luz  os  motivos obscuros do subconsciente (1 Co 4.5).
5) Apta para discernir (gr kritikos), julga os valores.
4.13 Patentes. O gr tem o significado de um lutador que, tendo derrotado seu adversário, dobra o seu pescoço até a submissão total.
 4.14 Penetrou   os   céus.   Cristo   passou   pelos   céus   para   ocupar   Sua   suprema transcendência e autoridade (7,26; Ef 4.10; Fp 2.9-11).4.15 A  divina  majestade  de  Cristo,  não  nega  em  nada  Sua  humanidade.  Ele  simpatiza conosco porque sentiu o pleno poder da tentação. N.  Hom.
  4.16 (vv.  1-16).  A  Poderosa  Palavra  de  Deus. 
1)  Ela nos  adverte  acerca  dos perigos que enfrentamos (1-11).
 2) Revela o julgamento de Deus sobre a nossa natureza (12, 13).
 3) É a provisão divina para nossas necessidades (14-16)




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