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o capítulo 4.14-16, o autor introduziu o
assunto da doutrina do sacerdócio. Aqui, ele tecerá mais detalhes da ordem
sacerdotal levítica para contrastar posteriormente com o sacerdócio de Cristo,
que é de outra ordem e superior ao levítico. A ideia do autor ao detalhar as
qualificações exigidas do Sacerdócio Aarônico tem o propósito de mostrar, em
primeiro lugar, que Jesus preenchera esses qualitativos. É bom ter sempre em
mente que o autor já havia mostrado Jesus como sendo o Filho de Deus, fato esse
que o identifica com a raça humana e o qualificaria para ministrar como Sumo
Sacerdote.
“Porque todo sumo sacerdote, tomado
dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a
Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados" (v. 1). O autor de Hebreus revela
que a primeira condição para alguém exercer o sacerdócio é que esse alguém
tenha sido tomado dentre os homens. Somente um homem que possui a mesma
natureza de outro homem poderia oficiar como sacerdote. Nos primeiros capítulos
de sua carta, o autor expusera uma farta argumentação em favor da humanidade de
Jesus. Esses fatos agora se tom am de grande relevância quando ele apresenta-o
como um Sumo Sacerdote constituído em favor dos homens. O sacerdote tinha como
dever apresentar dons e sacrifícios. Alguns comentaristas, como, por exemplo,
Robert Gundry (nascido em 1932), entendem que a expressão “dons e sacrifícios”
é usada como sinônimo.1 Por outro lado, muitos outros eruditos, como Donald
Guthrie (1916-1992), entendem que os sentidos desses termos devem ser mantidos
distintos. Guthrie observa, por exemplo, que, nesse caso, os dons (dôra) são
uma referência às ofertas de cereais, e os sacrifícios (thysias) às ofertas de
sangue.2 Isso parece ser confirmado pelo uso do verbo gregoprosphero
(oferecer), que ocorre 19 vezes nessa carta e que mantém esse sentido de
apresentar ofertas e sacrifícios diante de Deus. O sacerdote, portanto, deveria
ser alguém que se identificasse com seus semelhantes.
“E possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados, pois também
ele mesmo está rodeado de fraqueza" (v. 2). O termo grego metriopathein, traduzido como "compadecer",
tem o sentido de alguém que consegue moderar suas paixões e sentimentos.
Alexander Balmain Bruce (1831-1899) destaca que esse vocábulo
"Significa sentir-se com outro, mas sem
abster-se de sentir contra ele; ser capaz de ter antipatia. Foi usado por Philo
para descrever o sofrimento sóbrio de Abraão sobre a perda de Sara e a
paciência de Jacó sob aflição. Aqui, parece ser empregado para denotar um
estado de sentimento em relação ao ignorante e errado, com equilíbrio entre a
severidade e indulgência excessiva".3
O sacerdote lidava com todos os tipos de
desvios, erros e pecados cometidos pelo povo. Nessa teia de relacionamentos,
ele via a fragilidade humana, o fracasso e o desespero. Sendo um homem colocado
por Deus para representar os homens, o sacerdote sentia na sua própria alma o
peso da miséria humana. Por outro lado, ele tinha diante de si a palavra de
Deus, que o instruía a dar ao pecado o tratamento adequado, mesmo que o remédio
fosse amargo. Era nesse momento que ele precisava agir com metripatheia, isto
é, com compaixãol
“E, por esta causa, deve ele, tanto
pelo povo com o também por si mesmo, fazer oferta pelos pecados" (v. 3). O sacerdote da antiga
aliança vivia um dilema: ele necessitava fazer expiação não apenas pelos erros
dos outros, mas também pelos seus. O sumo sacerdote deveria oferecer sacrifício
primeiramente por si e, depois, pelo povo. "Depois, Arão oferecerá o
novilho da oferta pela expiação, que será para ele; e fará expiação por si e
pela sua casa” (Lv 16.6). Samuel Pérez Millos destaca que, na cerimônia da
expiação dos sacerdotes e do povo, observam-se dois aspectos: primeiramente, o
sacerdote, por uma questão do direito divino natural que lhe competia, deveria
purificar-se de toda imundície pessoal, uma vez que isso tomava a oferta imunda
e impossibilitava-o de ministrar diante de Deus. Por outro lado, o direito
positivo prescrevia-lhe essa obrigação (Lv 4.3; 9,7; Hb 7.27; 9.7). Essa
limitação, observa Millos, não é vista em Jesus Cristo, o Etert-O Sumo Sacerdote,
que não teve necessidade de purificar-se, visto ser imaculado e santo.4
“E ninguém toma para si essa honra, senão o
que é chamado por Deus, como Arão" (v. 4). O autor usa a palavra grega
timê, traduzida aqui como honra, para destacar a natureza do sacerdócio.5 O
sacerdote era alguém chamado por Deus, e não pelos homens. Nos dias do Novo
Testamento, o sistema sacerdotal corrompeu-se e tomou-se um cargo político, não
mais sendo observadas as prescrições divinas para o exercício desse ofício (Êx
28.1; Lv 8.1; Nm 16.5; Sl 105.26). Todavia, como observa Craig S. Keener
(nascido em 1960), o texto sugere que o autor refere-se ao sistema sacerdotal
veterotestamentário, onde as exigências da Lei acerca do sacerdócio eram
cumpridas, para contrastar com o sacerdócio de Jesus Cristo.6
“Assim, também Cristo não se glorificou
a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse:
Tu és meu Filho, hoje te gerei” (v. 5). O autor mostra que Jesus cumpriu completamente todas
as prescrições exigidas para o exercício do sacerdócio. Ele não se
autoglorificou, constituindo-se a si mesmo como sacerdote. O léxico grego de
Walter Bauer expressa bem o sentido do texto: "Ele não se elevou à glória
do sumo sacerdócio”.7 No versículo 4, o autor fala da honra que Arão teve ao
ser escolhido como sumo sacerdote; todavia, quando ele fala do sacerdócio de
Jesus, mostra que o sacerdócio era algo inseparável de sua natureza. Deus dá
testemunho de Jesus dizendo: "Tu és meu Filho”.8 Essa atribuição foi-lhe
dada por Deus. Embora o autor não entre em detalhes sobre o momento no qual
Jesus teria sido constituído sacerdote, os comentaristas destacam que a
cristologia de Hebreus revela que Jesus é o Filho de Deus desde a eternidade
(Hb 1.1,2; 5.8) e que foi vocacionado pelo Pai para ser Sumo Sacerdote. Nesse
aspecto, a vocação aconteceu antes da encarnação, entrando, contudo, em vigor
na paixão e morte, obtendo sua confirmação na ressurreição e ascensão.9
"Como também diz noutro lugar: Tu és
sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque" (v. 6). É no
capítulo 7 que a relação entre o sacerdócio de Jesus e Melquisedeque será
explorada com maior profundidade pelo autor.10 Aqui, o comentarista bíblico
Henry Orton Wiley mostra o que a analogia do sacerdócio de Melquisedeque revela
em relação ao de Cristo.
1. Melquisedeque era sacerdote por seu próprio direito, e não em virtude
de sua relação com os outros;
2. Era sacerdote para sempre, sem substitutos, sem sucessor;
3. Ele não foi ungido com óleo, mas com o Espírito Santo, como sacerdote
do Altíssimo;
4. Não ofereceu sacrifícios de
animais, mas pão e vinho, símbolos da Ceia, que, depois, Cristo instituiu;
5. E (talvez o principal pensamento na mente do escritor da Epístola) ele
uniu as funções sacerdotais e reais, coisa estritamente proibida em Israel, mas
a ser manifesta em Cristo, Sacerdote no seu trono (Zc 6.13).11
“O
qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clam or e lágrimas, orações
e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia"
(v. 7). A intercessão, característica de todo sumo sacerdote legitimamente
constituído por Deus, é aplicada a Jesus de uma forma vívida e dramática pelo
autor. A expressão "nos dias de sua carne" é uma referência à vida
humana de Jesus. A humanidade de Jesus é sempre lembrada pelo autor de Hebreus
como algo imprescindível para o exercício do sacerdócio. A expressão “grande
clamor e lágrimas, orações e súplicas” não é encontrada nos evangelhos, mas
aproxima-se dos acontecimentos que narram a agonia de Jesus no Getsêmani.
“E, levando
consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a
angustiar-se muito. Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até
à morte; ficai aqui e vigiai comigo. E, indo um pouco adiante, prostrou-se
sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este
cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.37-39).
A
tradução "tendo sido ouvido por
causa da sua piedade” (ARA) é preferível a "foi ouvido quanto ao que
temia" (ARC), já que o termo grego eulabeia mantém o sentido no Novo
Testamento de “temor de Deus" e "reverência", destacando o
aspecto da vida piedosa.12 Em que sentido Jesus teria sido ouvido? Ao longo da
história da interpretação, pelo menos três formas de entendimentos desse texto
têm-se destacado. Uma interpretação é que Jesus teria sido ouvido com base na
sua piedade. Nesse aspecto, Jesus orou ao Pai para que este o livrasse da
morte; todavia, orou também para que a vontade do Pai prevalecesse. Essa era a
opinião de João Crisóstomo, de vários escritores medievais e dos comentaristas
protestantes James Moffat, Franz Delitzsch e Wescott. Esses autores observam
que a oração de Jesus foi ouvida por ter sido feita com temor reverente, e,
assim, a vontade do Pai efetivou-se. Uma segunda interpretação é que Jesus
teria orado para livrar-se do medo da morte. Essa interpretação foi seguida por
João Calvino, Teodoro de Beza, Hugo Grócio, Johann Albrecht Bengel, Milligan e Michel.
Trata-se de uma interpretação inusitada, mas não parece natural e nem de acordo
com o contexto desse capítulo. Uma terceira interpretação entende que Jesus foi
ouvido e foi libertado da morte através da ressurreição.” Esse entendimento
segue a antiga tradução dada pela Peshitta, que data do segundo século. A
tradução da Peshitta diz: “E quando este estava vestido de carne, ofereceu
petição e súplica com intenso clamor e lágrimas àquEle que podia ressuscitá-lo
da morte, e foi ouvido”.14 Em uma nota de rodapé da versão em espanhol da
Peshitta, está a explicação: “Essa expressão é fiel ao cumprimento de que o Pai
não o abandonaria no Seol, aparte de que o Senhor sabia de antemão que havia
vindo para morrer na cruz. O texto grego diz livrá-lo da morte".15 O
erudito W. F. Mouton, um dos defensores dessa interpretação, destaca: “Estamos
convencidos de que a oração não foi para que a morte fosse evitada, mas que
houvesse segurança de libertação da mesma”.16 F. F. Bruce argumenta que o
contexto de Hebreus 5, que é Salmos 22, favorece esse entendimento.
“Mas enquanto o Getsêmani provê a
'ilustração mais vívida’ das palavras de nosso autor, elas têm uma referência
mais geral ao curso da humilhação e paixão de nosso Senhor. Mais ainda: Foram
influenciadas pela linguagem do Salmo 22, um salmo cuja frequência como
testemunium cristão já temos assinalado. 'Grande clamor e lágrimas’ é a súplica
e queixa da primeira parte do salmo , enquanto a afirmação de que Cristo foi
‘ouvido por causa de seu temor reverente’ faz eco do Salmo 22.24: ‘Quando ele
clamou, o ouviu’. Na interpretação cristoló- gica desse salmo, essas palavras
entendem-se como uma referência a ressurreição de Cristo".17
"Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que
padeceu” (v. 8).
Sendo o verbo de Deus encarnado, Jesus viveu nas mesmas condições nas quais
viveram os demais homens, exceto o pecado. Na sua humanidade, Ele também
precisou exercitar a vida de obediência. O sentido dado pela tradução americana
New English Bible (NEB) é que Jesus aprendeu na escola do sofrimento.
“E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para
todos os que lhe obedecem" (v. 9). A expressão “sendo ele consumado" é traduzido
na Almeida Revista e Atualizada como “tendo sido aperfeiçoado". Esse
vocábulo é o particípio aoristo passivo de teleioô, significando: executar
plenamente, consumar, acabar, aperfeiçoar.18 Adam Clarke traduz como “havendo
terminado tudo’’, significando “havendo morto e ressuscitado”.'9
O texto,
portanto, não está sendo usado no sentido de que Jesus era imperfeito e
precisava aperfeiçoar-se, mas, sim, no sentido de completude, isto é, que Ele
completou a obra da Salvação. Em seu antigo comentário à carta aos Hebreus,
Teodoreto de Cirro (393—457 d.C) destacou este sentido: “Com a expressão
'chegou à perfeição’ refere-se à ressurreição e à imortalidade, que são o
cumprimento da economia da salvação”.20 O texto mostra que o plano da Salvação
é para todos os homens (Jo 1.29; 3.16; 2 Pe 3.9; 1 Jo 2.2), mas ela só se
efetiva naqueles que a recebem. Somente aqueles que recebem a Cristo e obedecem
a Ele serão salvos. O autor conclui seu raciocínio dizendo que, tendo terminado
o sacrifício do Calvário, Deus proclamou a Jesus Cristo, na sua ressurreição,
Sumo Sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque.
“Chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a
ordem de Melquisedeque’’ (v. 10). Ele voltará a tratar esse assunto com
profundidade no capítulo 7; todavia, aqui, o autor introduz um parêntese
exortativo, como ele já fizera em outros lugares.
“Do qual muito temos que dizer, de difícil interpretação, porquanto vos
fizestes negligentes para ouvir" (v. 11). A doutrina do sacerdócio de Cristo é de suma
importância para a vida cristã; o autor, todavia, observou que seus leitores
davam sinais de arrefecimento na fé. Eles negligenciaram o aprendizado, sendo
tardios para ouvir, e, como consequência, não estavam crescendo em maturidade
espiritual. O autor tem consciência de que, quando voltar a tratar do assunto
do sacerdócio de Cristo (no capítulo 7), seus leitores terão dificuldades de
assimilar o seu ensino. O perfeito do indicativo ativo do verbo grego ginomai
mostra que seus leitores nem sempre foram assim. Era hora de acordá-los
novamente!
“Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se
vos tome a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e
vos haveis feito tais que necessitais de leite e não de sólido mantimento” (v. 12). A censura do autor é forte:
eles deveriam ser mestres; no entanto, ainda se encontravam no jardim de
infância da fé. Eles estavam atrasados na escola da fé e necessitavam refazer
novamente as lições que já deveriam ter aprendido. O crescimento espiritual tem
sua analogia no crescimento natural. A criança ainda não tem seus órgãos
plenamente desenvolvidos; por isso, ela deve sofrer restrições quanto a
determinados tipos de alimentos. Ela necessita de leite, que é necessário e
adequado para esse estágio da vida. Para um adulto, porém, somente esse tipo de
alimento não é suficiente. Os hebreus ainda estavam bebendo leite!
"Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está
experimentado na palavra da justiça, porque é menino" (v. 13). A criança alimenta-se de leite, e o
adulto de comida sólida. O autor sabe que a doutrina do sacerdócio exige uma
maior dificuldade de compreensão — ela é para os que já são graduados.
“Mas
o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os
sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal" (v. 14).
Os cristãos maduros, que cresceram na fé, são aqueles aos quais o autor tem
como "adequadamente treinados".21
A Supremacia
de Cristo
Cristo É
Superior a Arão e à Ordem Levítica
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Revista Ensinador Cristão -
CPAD, n° 72
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. Introdução
•Texto Bíblico: Hebreus 4.14-16;
5.1-14
2. l. Um sacerdócio superior
quanto à Qualificação
• 1. Por representar melhor os homens
diante de Deus.
• 2. Por compreender melhor a
condição humana.
• 3. Pela posição que exerceu.
3. II. Um sacerdócio superior
quanto ao Serviço
• 1. Pela realeza e o propósito pelo
qual viveu.
• 2. Pela vida santa que possuía.
• 3. Pela submissão que demonstrou.
4. III. Um sacerdócio superior
quanto à importância Teológica
• 1. Uma doutrina transcendente.
• 2. Uma doutrina essencial.
5. Conclusão
Nesta altura, chegamos numa seção
crucial da Carta aos Hebreus: A Supremacia do Sumo Sacerdócio de Cristo. O
início dessa seção resgata o fato de que o Senhor Jesus, por intermédio de seu
sacerdócio supremo, torna aberto o caminho para todas as pessoas aproximarem-se
ao trono da Graça de Deus com confiança. Ora, nosso Senhor compartilhou a nossa
humanidade e, por isso, ninguém melhor que Ele para compreender nossas
fraquezas e debilidades. Por isso, precisamos de um mediador perfeito,
"porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo
Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos" (1 Tm 2.5,6).
Por todos esses motivos, o Senhor Jesus
(1) representa mais eficazmente todos
os seres humanos do que os sacerdotes do Antigo Testamento;
(2) compreende melhor a condição
humana, pois a viveu em sua plenitude - Ele é verdadeiro Homem;
(3) sua posição, junto ao Pai, o
coloca em melhor posição para interceder por nós (1 Jo 2.1).
Dentre muitos outros motivos, esses
três levantados acima atestam claramente que o nosso Senhor é o Sumo Sacerdote
por excelência. Nele, devemos depositar a nossa confiança!
Sugestão Pedagógica
Uma boa sugestão é que você explique
a classe a estrutura da ordem sacerdotal e levítica de Israel. Nesse sentido,
vale a pena ler o capítulo 16 do livro de Levítico que descreve uma das
principais cerimónias que o sumo sacerdote celebrava: o Dia da Expiação. Os
capítulos 15 e 16.1-6 de 1 Crónicas também merecem atenção, pois eles destacam
a organização dos levitas feita pelo rei Davi. Faça essa leitura com o auxílio
da Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD.
Boa aula!
📌Russel Shedd - Comentário da Bíblia
4.2 A palavra... Cf. Rm 10.16s e Is 53.1. A mensagem
do evangelho exige a
aceitação da fé. Acompanhada. Lit. "unida". A fé compromete o ouvinte
com a mensagem; não se pode livrar da sua obrigação. Anunciadas as boas novas.
Lit. "evangelizadas".
4.4 Ao
sétimo dia. O sábado
cristão é guardado
pela fé por
aquele que
descansa nas promessas de Deus em
Cristo.
4.5 Meu
descanso. Deus compartilha conosco
Seu próprio descanso
(cf. Gn
2.3). Este descanso espiritual
ficou à disposição dos homens desde o Éden, e o término da Criação, mas foi
exposto claramente na Nova Criação.
4.7,8 Sendo que Deus oferecia Seu descanso no tempo
de Davi, fica patente que Ele não fala a conquista da terra da Palestina no salmo 95.
4.9,10Repouso (gr sabbatismos).1 Refere-se ao descanso de sábado providenciado
na morte e ressurreição
de Cristo (cf.
Jo 5.19). Este
repouso é celestial,
mas é usufruído nesta vida
pela fé (cf.
Jo 14.2, 24). Descansou de
suas obras. Quem confia
na obra perfeita de
Cristo que iniciou
a Nova Criação
não tentará ganhar
a salvação por
boas obras.N. Hom.
4.12 O Potencial da Palavra de Deus. 1) Sendo
viva, concede a vida.
2) Sendo eficaz, transforma o ouvinte fiel.
3) Tendo dois gumes, corta primeiramente quem
à usa e depois aqueles que
recebem seu ministério.
4)
Sendo cortante, traz
à luz os
motivos obscuros do subconsciente (1 Co 4.5).
5) Apta para
discernir (gr kritikos), julga os valores.
4.13 Patentes. O gr tem o significado
de um lutador que, tendo derrotado seu adversário, dobra o seu pescoço até a submissão total.
4.14 Penetrou
os céus. Cristo
passou pelos céus
para ocupar Sua suprema
transcendência e autoridade (7,26; Ef 4.10; Fp 2.9-11).4.15 A divina
majestade de Cristo,
não nega em
nada Sua humanidade.
Ele simpatiza conosco porque sentiu
o pleno poder da tentação. N. Hom.
4.16 (vv. 1-16). A
Poderosa Palavra de
Deus.
1) Ela nos
adverte acerca dos perigos que enfrentamos (1-11).
2) Revela o julgamento de Deus sobre a nossa
natureza (12, 13).
3) É a provisão divina para nossas
necessidades (14-16)
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