Central
Gospel
TEXTO
BÍBLICO BÁSICO
Apocalipse
11.3-12
3 – E
darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e
sessenta dias, vestidas de pano de saco.
4 – Estas
são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra.
5 – E, se
alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e devorará os seus
inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.
6 – Estas
têm poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia; e têm
poder sobre as águas para convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda
sorte de pragas, quantas vezes quiserem.
7 – E,
quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra,
e as vencerá, e as matará.
8 – E
jazerá o seu corpo morto na praça da grande cidade que, espiritualmente, se
chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado.
9 – E
homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seu corpo morto por
três dias e meio, e não permitirão que o seu corpo morto seja posto em
sepulcros.
10 – E os
que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão
presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os
que habitam sobre a terra.
11 – E,
depois daqueles três dias e meio, o espírito de vida, vindo de Deus, entrou
neles; e puseram-se sobre os pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.
12 – E
ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi cá. E subiram ao céu em uma
nuvem; e os seus inimigos os viram.
TEXTO
ÁUREO
Vós sois
as minhas testemunhas, diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi; para que o
saibas, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus
nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá (Is 43.10).
OBJETIVOS
Ao término
do estudo bíblico, o aluno deverá:
- Analisar a missão das duas
testemunhas no contexto escatológico desta lição;
- Conhecer as principais
características do plano divino para uma vida de testemunho cristão
fidedigno;
- Conscientizar-se de que uma
testemunha fiel e autêntica passa por perseguição ou até mesmo pela morte,
como as duas testemunhas.
OBJETIVOS
Ao
término do estudo bíblico, o aluno deverá:
I.
analisar a
missão das duas testemunhas no contexto escatológico desta lição;
II.
conhecer as
principais características do plano divino para uma vida de testemunho cristão
fidedigno;
III.
conscientizar-se de
que uma testemunha fiel e autêntica passa por perseguição ou até mesmo pela
morte, como as duas testemunhas.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Caro
professor,
Nos dias que
antecedem a sua aula, é impreterível que haja planejamento; portanto, pense em
qual método você utilizará na condução do processo de ensino-aprendizagem.
Um dos
métodos mais utilizados em classe é o da preleção (ou exposição oral), que está
centralizado na figura do professor — o que pode ser uma desvantagem —;
todavia, se ele for empregado em alternância com outros, tornar-se-á mais
funcional. Trabalhos em grupo e debates contribuem para uma aula mais clara e
precisa, trazendo melhores resultados.
A seguir,
destacamos algumas sugestões para o uso do método expositivo:
- utilize-se
de ilustrações para aclarar o tema; conheça seus ouvintes — isto favorece a
adequação da linguagem para que eles sejam alcançados pelo tema;
- domine o
assunto que será ministrado em classe;
- no final
da aula, apresente uma síntese das ideias centrais da lição.
Adaptado de:
CHAVES, G. Central Gospel, 2012, p. 148-150.
Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra
introdutória
Nesta lição, estudaremos duas
personagens misteriosas, referidas no Livro do Apocalipse apenas como as duas
testemunhas (Ap 11.3). O que se sabe a respeito dessas duas personalidades
escatológicas é que elas estão ligadas ao tempo da Grande Tribulação, quando o
Anticristo se voltará contra a nação de Israel, depois de profanar o templo (2
Ts 2.4; Ap 11.1,2).
Essas testemunhas profetizarão na cidade de
Jerusalém e exercerão um ministério impactante e sobrenatural por 42 meses —
1.260 dias, ou três anos e meio. As duas testemunhas proclamarão uma nova
etapa, um novo mundo, onde não haverá morte, nem pranto, nem clamor, nem dor
(Ap 21.4). Todos os que aceitarem o dom de Deus, permanecerem fiéis e guardarem
os mandamentos do Senhor serão salvos e viverão felizes na presença do Rei dos
reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).
Logo que
terminarem a sua missão, as duas testemunhas serão mortas pela besta (Ap 11.7).
1. DUAS
TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS
Muitas especulações foram feitas no
decorrer da História, a respeito da identidade das duas testemunhas. Uma
das correntes mais conhecidas defende que elas representam os dois Testamentos
(Antigo e Novo). Outros estudiosos, no entanto, afirmam que elas podem retratar
duas dispensações [como, por exemplo, Lei e Graça]. Outros comentaristas
bíblicos, ainda, acreditam que podem ser Josué e Zorobabel (Zc 4.3,12), ou João
e Paulo (Jo 21.22,23; Fp 1.22-25), ou Enoque e Elias (Gn 5.24; 2 Rs 2.11), ou,
talvez, dois pregadores — um judeu e outro gentio.
Porém, a
hipótese mais aceita pelos exegetas bíblicos, teólogos, comentaristas e
estudantes da Bíblia versa que as duas testemunhas, provavelmente, serão Moisés
e Elias (Dt 34.6; Lc 9.30,31; Jd 1.9).
1.1.
Testemunhas especiais
Essas duas
testemunhas encontram-se no meio da septuagésima semana das visões
escatológicas de Daniel (Dn 9.24). Mesmo que este seja um período da falsa paz,
em que haverá demonstrações de poder e muitos sinais, elas se levantarão contra
o Anticristo — para fazer oposição ao seu governo autocrático e diabólico — e
tentarão libertar o mundo da cegueira espiritual, pois as pessoas, nesse
período, o aclamarão como líder mundial e o adorarão, profanamente, como se
fosse ele um deus (Is 14.13,14; 2 Ts 2.4).
A
coligação infernal —
composta pelo Anticristo, pelo Falso Profeta, pelos demônios e pelas nações
ímpias que rejeitam e blasfemam contra o Deus verdadeiro (Ap 16.9) — formará um
único bloco maligno, que buscará a vitória pública, esmagadora e contundente do
diabo e, por essa razão, se posicionará contra as duas testemunhas (Ap 11.3).
1.2.
Castiçais e oliveiras
No decurso
de três anos e meio, despontará um fato que comprovará a origem divina das duas
testemunhas, simbolizadas no Apocalipse como castiçais e oliveiras que estão
diante do Deus da terra (Ap 11.4b).
Como
castiçais, elas refletirão a luz divina e iluminarão o mundo, envolto em
trevas. Como oliveiras (árvore que produz azeitona, e de cujo fruto se extrai o
azeite), representarão a unção do Espírito Santo. Ungidas, separadas e enviadas
pelo Senhor todo-poderoso, as duas testemunhas serão instrumentos vivos da
glória de Deus (Lc 4.18,19).
As testemunhas são descritas como duas
oliveiras e dois castiçais. [...] O princípio universal para essas e todas as
outras testemunhas do Senhor é que o testemunho delas pela verdade não é por
força,
nem por
violência, mas pelo Espírito do Senhor (Zc 4.6) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE.
Central Gospel, 2010b, p. 778).
1.3.
Profetas na terra dos profetas
As duas
testemunhas proclamarão as palavras de Deus em Israel, terra dos profetas.
Jerusalém, a
cidade inesquecível, amada e reverenciada por judeus em todos os lugares do
mundo, será o palco principal dos eventos mais importantes do tempo do fim. As
testemunhas-profetas do Senhor exercerão suas atividades precisamente onde tudo
começou e onde tudo terminará (Ap 11.8,9).
O propósito
divino para as duas testemunhas é o de que sirvam como vozes proféticas no
tempo do fim. Elas alertarão as pessoas a buscarem o Senhor, enquanto houver
oportunidade (Is 55.6); anunciarão as punições e bênçãos prometidas, quando os
reinos forem do Cristo de Deus (Ap 11.15); profetizarão sobre a restauração
espiritual, política, social e territorial de Israel, do remanescente que
fugirá para o deserto (Ap 12); e vaticinarão a derrota do Anticristo e seus
exércitos (Ap 17.14; 19.11-21). As duas testemunhas exercerão seu ministério
profético durante o tempo predeterminado pelo Senhor (Ap 11.3).
1.4.
Vestimenta significativa
Os panos de
saco (tecido grosseiro, fabricado com pelo de bode; conf. Ap 11.3) eram
utilizados por aqueles que pranteavam — Jacó (Gn 37.34); Davi (2 Sm 3.31);
Acabe (1 Rs 21.27); Ezequias (2 Rs 19.1). Esse tipo de vestimenta traduz
humildade e modéstia, mas, ao mesmo tempo, indica tristeza, insatisfação e
desconforto.
Trajadas com
tais vestes, as duas testemunhas, simbolicamente, manifestarão seu desagrado e
discordância em relação à situação causada pelos agentes do mal.
2.
TESTEMUNHAS PODEROSAMENTE CAPACITADAS POR DEUS
Para desenvolverem a sua missão, as
duas testemunhas escatológicas receberão, de Deus, poder (Ap 11.3) para
enfrentar o governo do Anticristo, que opera por Satanás (Ap 13.2).
Vejamos,
portanto, como Deus as capacitará para enfrentar as forças das trevas (Ap
11.4).
2.1. O
poder de Deus
Deus declara
que as duas testemunhas são dele (minhas; conf. Ap 11.3) e que as dotará de
poder — como a Moisés e a Elias (Êx 7.19,20; Tg 5.17) —, a fim de que possam
comprovar suas profecias e executar, em última instância, Seus planos eternos.
Durante três
anos e meio, as duas personagens escatológicas serão imbatíveis, poderosas e
invencíveis. Como profetas, vaticinarão juízos divinos sobre seus inimigos (Ap
11.5) e sobre a Natureza (Ap 11.6), e seus vaticínios se cumprirão
imediatamente — como aconteceu a Eliseu (2 Rs 5.27) e a Paulo (At 13.11).
A aparência
das duas testemunhas é peculiar; elas estarão vestidas de saco (Ap
11.3), simbologia que indica tristeza, humildade e lamento (Gn 37.34; 2 Sm
3.31). Elias e João Batista vestiram-se desta maneira (2 Rs 1.8; Mt 3.4).
2.2. A
manifestação do poder de Deus
Obras
maravilhosas, fruto do incomparável poder do Senhor, aparecem em todo texto
bíblico. Lembremo-nos de algumas delas.
Libertação de cativeiros — como
ocorreu no Egito, após 430 anos de escravidão (Êx 12.40,51) — e prisões — como
aconteceu ao apóstolo Pedro (At 12.10).
Aniquilação dos inimigos de Deus e de
todos os que se levantam contra Sua obra — como aconteceu nos dias de Ezequias,
rei de Judá (2 Rs 19.20-35).
Provisão de alimentos — como aconteceu
à viúva de Sarepta e a seu filho (1 Rs 17.14-16) e no ministério do Senhor
Jesus (Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; Lc 9.10-17; Jo 6.1-14).
Proteção de todo mal (doenças,
desastres, ataques e tragédias)
— como
aconteceu ao patriarca Jacó (Gn 28.15; 35.3).
Assim como
aconteceu no passado, nos tempos do fim, as duas testemunhas — investidas,
revestidas e possuídas pelo poder de Deus — cumprirão integralmente a missão
divina.
3. QUATRO
ETAPAS DA MISSÃO DAS TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS
O ministério das duas testemunhas
subdivide-se em quatro etapas: perseguição, morte, ressurreição e
arrebatamento. Suas obras repercutirão no céu, no inferno, na terra —
especialmente em Israel e nações vizinhas — e nas regiões celestiais.
3.1.
Perseguidas pelo império das trevas
A Escritura
narra o sofrimento, a perseguição e até a morte (martírio) dos que servem ao
Senhor com fidelidade e incondicional retidão (Ez 3.25; Mt 10.16-18,21,22; Jo
15.20; 16.2; At 14.22; 2 Tm 3.12).
As duas
testemunhas escatológicas não escaparão à perseguição feroz e cruel que se
levantará por todos os lados, visando à sua destruição. Certamente, nesse
tempo, os algozes desses servos de Deus utilizarão os recursos midiáticos e
tecnológicos disponíveis para este fim. E a mensagem que propagarão será uma
só: Eles são inimigos públicos do Estado, do sistema, do grande líder, das
instituições e da família. São perigosos porque se utilizam de forças
estranhas, místicas e assombrosas; por essa razão, precisam ser eliminados a
qualquer custo.
3.2.
Mortas pela besta, o Anticristo
Ao fim de
três anos e meio, o ministério público das duas testemunhas terá fim. Neste
momento, o Anticristo fará guerra aos santos (Dn 7.21) e os vencerá (Ap 11.7).
Os habitantes da terra celebrarão a morte dos mensageiros de Deus e trocarão
presentes (Ap 11.9,10). Tudo isso acontecerá na cidade de Jerusalém, que é
chamada, espiritualmente, de Sodoma e Egito, devido à sua apostasia e pecado
(Ap 11.8).
3.3.
Ressuscitadas por Deus na praça de Jerusalém
Em sinal de
infâmia e desonra, homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações
impedirão que as duas testemunhas sejam sepultadas. Todavia, após três dias e
meio, os corpos jacentes na praça ouvirão a voz de Deus e ressuscitarão (Jo
5.25; Ap 11.11) — como aconteceu no vale de ossos secos, Deus trará à vida os
seus servos (Ez 37.10). O impacto desse acontecimento confundirá o mundo.
O texto
bíblico diz ainda que, naquela ocasião, as pessoas testemunharão — seja pela
televisão ou por quaisquer outros recursos midiáticos — o terremoto que abalará
a cidade e tragará sete mil homens (Ap 11.13); e acrescenta que os
sobreviventes, muito atemorizados, darão glória ao Deus do céu (Ap 11.13b).
3.4.
Arrebatadas aos céus
Deus chamará
as duas testemunhas ao céu, e elas subirão em uma nuvem, sob os olhares
estupefatos dos seus perseguidores (Ap 11.12).
Esse evento
corrobora o arrebatamento dos mortos salvos, que ressuscitaram e foram
arrebatados ao céu — juntamente com os salvos vivos transformados —, para
encontrar-se com o Senhor Jesus (1 Ts 4.16-18).
O
Anticristo, finalmente, receberá permissão para matar as duas testemunhas.
Porém, ela (a besta) não poderá matá-las, até que elas terminem o seu
testemunho (WILLMINGTON, H. L. Central Gospel, 2015a, p. 683).
CONCLUSÃO
Deus sempre
apresenta ao mundo um testemunho, para que ninguém fique inescusável diante
Dele — inclusive os homens cegos pelo Anticristo.
Durante a
Grande Tribulação, dois profetas do Senhor se levantarão entre os homens, dando
mostras de Seu imenso poder para julgar o mundo, destruir Satanás e desmascarar
o erro (Ap 11.3-6). Eles levarão ao reino do Anticristo — como Elias e Moisés
levaram a Acabe e Faraó (1 Rs 18.17; Êx 9.1-9,14) — o desassossego e a
perturbação.
Lição 05 -
As Duas Testemunhas do Final dos Tempos janeiro 30, 2018 "Vós sois minhas
testemunhas, diz o Senhor; e o meu servo, a quem escolhi; para que o saibas, e
me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se
formou, e depois de mim, nenhum haverá" - Isaías 43.10
Texto
Bíblico Básico: Apocalipse 11.3-12

📌DUAS
TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS
Depois dos
acontecimentos exibidos pelo toque da 6ª trombeta, antes de se iniciar o toque
da 7ª trombeta, Deus faz uma pausa na história dos acontecimentos para enviar a
terra às duas testemunhas que irão pregar a Sua Palavra em Jerusalém. Quando o
Anticristo estará no seu apogeu de domínio e força e todo Israel apóstata
curvado perante ele, seguido dos povos gentios habitantes de toda terra, então
aparecerá em Jerusalém duas grandes testemunhas. Deus enviá-lo-as para anunciar
o evangelho do Reino de Cristo e profetizar a respeito do futuro. Terão grande
poder sobrenatural (Ap 11.1-14). Essas testemunhas do Senhor irão pregar num
período de 1.260 dias (que são três anos e meio). Vestidos se saco: “Darei às
minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias,
vestidas de pano de saco” (Ap 11.3). O Evangelho do Reino começou a ser pregado
por João Batista, que estava preparando o caminho do Senhor Jesus, e ainda será
pregado na grande tribulação pelas duas testemunhas procurando converter o
coração dos pais aos filhos (Ml 4.6). Este evangelho é o mesmo que João Batista
pregava na primeira vinda de Cristo, há quase dois mil anos dizendo:
“arrependei-vos porque é chegado o reino de Deus” (Mt 3.2), este não é o mesmo
evangelho que pregamos nos dias de hoje, existem duas formas de pregar o
evangelho:
1. O Evangelho da graça
(Mc 16.15): O Evangelho que é pregado hoje para a salvação.
2. O Evangelho do Reino (Mt 24.14): As duas
testemunhas irão pregar na grande tribulação.
Enquanto o
falso profeta estará apresentado Anticristo ao mundo como o verdadeiro messias,
as duas testemunhas irão pregar que o reino de Cristo está próximo e Ele virá
com poder e grande glória para reinar por mil anos e isto irá acontecer no
mundo todo, e assim aqueles que aceitarem esta palavra serão mortos pelo
Anticristo por aceitarem o Reino de Cristo no milênio. “Se alguém pretende
causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os inimigos; sim, se alguém
pretender causar-lhes dano, certamente, deve morrer. Elas têm autoridade para
fechar o céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem. Têm
autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para
ferir a terra com toda sorte de flagelos, tantas vezes quantas quiserem” (Ap 11.5-6).
Como Moisés no Egito as duas testemunhas serão revestidos de poder e autoridade
pelo Espírito Santo para pregar o evangelho e advertir a nação de Israel e
também as demais nações contra o governo do Anticristo. São servos que
receberão o dom de maravilha (1ª Co 12.9-10) para enfrentar o império
anticristão. Durante a Grande Tribulação, Israel e a Cidade Santa (Jerusalém),
serão oprimidas pelos gentios e sofrerão grandemente num período de três anos e
meio (42 meses), Israel será severamente atingida pelas mensagens, que mostra a
rejeição que eles fizeram a Jesus de Nazaré, o verdadeiro Messias. Entretanto o
livramento do povo judeu virá somente no final da Grande Tribulação, quando
estiverem cercados pelos exércitos do Anticristo, nesse dia Israel clamará e o
Senhor os ouvirá.
QUEM SÃO AS
DUAS OLIVEIRAS? “São estas as duas Oliveiras (testemunhas), e os dois
candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra” (Ap 11.4). “Junto a
este, duas Oliveiras...”. Quando estudamos a luz da hermenêutica podemos ter
uma ideia de quem serão as duas testemunhas comparando com o profeta Zacarias.
“E disse-me:
Que vês? E eu disse: Olho, e eis que vejo um castiçal todo de ouro, e um vaso
de azeite no seu topo, com as suas sete lâmpadas; e sete canudos, um para cada
uma das lâmpadas que estão no seu topo. E, por cima dele, duas oliveiras, uma à
direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda. E respondi, dizendo ao anjo
que falava comigo: Senhor meu, que é isto?” (Zc 4.3-4). Não sabendo responder o
significado da revelação o anjo que continua lhe perguntando e lhe explicando:
“Que são as duas oliveiras à direita e à esquerda do castiçal? E,
respondendo-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois ramos de oliveira, que
estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si azeite dourado? E ele me
falou, dizendo: Não sabes tu o que é isto? E eu disse: Não, senhor meu. Então
ele disse: Estes são os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a
terra” (Zc 4.11-14). As duas Oliveiras falam da autoridade real e sacerdotal.
Através destas formas ou meios, Deus manifestou Seus dons graciosos ao Seu
povo. “Os dois ungidos” nesta visão representam a Josué e Zorobabel (conf. Zc
3.1; 4.9). Josué era o sumo sacerdote e Zorobabel o herdeiro do trono Judá (1º
Cr 3.17-19). Zorobabel era no seu tempo representante da monarquia de Davi (Ag
2.20-23), e está na linhagem direta de Cristo (Mt 1.12). Foi nomeado por Ciro
rei da Pérsia para ser o condutor do e governador do povo Judeu no regresso
para Judá (Ed 1.8; cap. 11; 5.11-14). Portanto as duas oliveira nesta revelação
dada a Zacarias são Josué e Zorobabel uma autoridade política e outra religiosa
nos dias deste profeta! Porém na Grande Tribulação as duas testemunha tipificam
duas autoridades (política e religiosa da nação israelita) na época em que o
Anticristo estiver governando a terra. Eles serão escolhidos por Deus para
realizar a Sua obra nesse período de engano. Portanto, não será nenhum
personagem bíblico do V.T., ou seja, nem Josué, Zorobabel outro. Eles apenas
tipificam as duas testemunhas.
QUEM SÃO AS
DUAS TESTEMUNHAS? Há três pontos de vista principais sobre a identidade das
duas testemunhas em Apocalipse 11:3-12: 1) Moisés e Elias, 2) Enoque e Elias, e
3) dois crentes desconhecidos a quem Deus chama para serem Suas testemunhas nos
tempos finais. Moisés e Elias são vistos como possibilidades devido ao poder
das testemunhas de transformar a água em sangue (Apocalipse 11:6), pelo qual
Moisés é conhecido (Êxodo capítulo 7). As duas testemunhas também têm o poder
de destruir pessoas com fogo do céu (Apocalipse 11:5), pelo qual Elias é
conhecido (2 Reis capítulo 1). Também dando força a essa visão é o fato de que
Moisés e Elias apareceram com Jesus na transfiguração (Mateus 17:3-4). Além
disso, a tradição judaica espera que Moisés e Elias retornem no futuro.
Malaquias 4:5 prevê a vinda de Elias, e alguns judeus acreditam que a promessa
de Deus de levantar um profeta como Moisés (Deuteronômio 18:15, 18) também
precise do retorno de Moisés. Enoque e Elias são vistos como possíveis
identidades das duas testemunhas porque são os dois indivíduos na história que
nunca experimentaram a morte (Gênesis 5:24; 2 Reis 2:11). O fato de que nem
Enoque e nem Elias morreram parece capacitá-los para a morte e ressurreição das
duas testemunhas (Apocalipse 11:7-12). Os defensores deste ponto de vista
alegam que Hebreus 9:27 (todos os homens morrem uma vez) desqualifica Moisés de
ser uma das duas testemunhas, já que Moisés já morreu uma vez (Deuteronômio
34:5). Entretanto, existem vários outros na Bíblia que morreram duas vezes -
por exemplo, Lázaro, Dorcas e a filha de Jairo - então não há realmente nenhuma
razão para que Moisés seja eliminado com base nisso. A terceira visão sustenta
essencialmente que Apocalipse capítulo 11 não atribui nenhum nome famoso às
duas testemunhas. Se as testemunhas fossem Moisés e Elias, ou Enoque e Elias,
por que a Escritura ficaria em silêncio sobre suas identidades? Deus é
perfeitamente capaz de tomar dois crentes "comuns" e capacitá-los a
realizar os mesmos sinais e maravilhas como Moisés e Elias. Não há nada em
Apocalipse 11 que exija que assumamos uma identidade "famosa" para as
duas testemunhas. Qual ponto de vista é o correto? Não sabemos ao certo. A
possível fraqueza da primeira visão é que Moisés já morreu uma vez e, portanto,
não poderia ser uma das duas testemunhas (uma vez que sua morte seria uma
contradição de Hebreus 9:27). No entanto, os defensores deste ponto de vista
argumentam que todas as pessoas que foram milagrosamente ressuscitadas na
Bíblia (por exemplo,
Lázaro) mais
tarde morreram novamente. Hebreus 9:27 pode ser visto, então, como uma
"regra geral" e não um princípio universal. Quanto às previsões da
Bíblia sobre a vinda de Elias e do profeta como Moisés, o Novo Testamento deixa
claro que essas profecias foram cumpridas por João Batista e pelo próprio
Jesus, respectivamente. Não há fraquezas claras para a segunda visão de Enoque
e Elias, pois resolve o problema de "morrer uma vez". Faz sentido que
Deus possa ter levado Enoque e Elias ao céu sem morrerem a fim de
"salválos" para um propósito especial mais tarde. Também não há
pontos fracos claros para a terceira possibilidade. Todas as três visões são
interpretações plausíveis, mas não podemos ter absoluta certeza sobre nenhuma
delas, uma vez que a Bíblia não revela as identidades das testemunhas. Os
cristãos, portanto, não devem ser dogmáticos sobre esta questão.
O QUE ACONTECERÁ COM AS DUAS TESTEMUNHAS?
Quando terminarem de realizar a obra a que foram designados por Deus, o
Anticristo fará guerra e morrerão na praça da cidade, e depois de três dias e
meio o Senhor ressuscitará e subirão ao céu numa nuvem diante dos olhos de
todos (Ap 11.6-12) até que os dias da tribulação se completem. “E naquela mesma
hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto
foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram
glória ao Deus do céu” (Ap 11.13). Depois do arrebatamento das duas testemunhas
haverá um grande terremoto e a décima parte da cidade (Jerusalém) será
destruída e morrerão sete mil pessoas. Após o julgamento divino, o remanescente
de Israel aceitará a mensagem das duas testemunhas e dará glória a Deus.
FONTES DE
PESQUISA
https://www.gotquestions.org/Portugues/duas-testemunhas-Apocalipse.html https://pastoreliasribas.blogspot.com.br/
📌LIÇÃO 19
O
Santuário e as Duas Testemunhas (Apocalipse 111-13) O Santuário e as Duas
Testemunhas (Apocalipse 11:1-13) O intervalo entre as sexta e sétima trombetas
continua no capítulo 11 com mais duas cenas que mostram a proteção divina para
os fiéis. O povo é protegido, mas não totalmente. Ainda sofrerão as agressões
dos inimigos e podem até morrer, mas a vitória final pertence aos santos de
Deus. A Ordem para Medir o Santuário (11:1-2) 11:1 – Foi-me dado um caniço
semelhante a uma vara, e também me foi dito: Dispõe-te e mede o santuário de
Deus, o seu altar e os que naquele adoram;
Foi-me dado
um caniço semelhante a uma vara: João continua a sua participação ativa,
recebendo um caniço para medir. Dispõe-te e mede o santuário de Deus, o seu
altar e os que naquele adoram: O relato de João aqui não oferece detalhes, mas
nos lembra da medição do templo em Ezequiel 40-42. Observamos, na lição 18, a
importância das mensagens dos profetas em relação ao cumprimento do mistério de
Deus, notando que o contexto de Ezequiel 37-39 mostra o domínio do Messias
sobre as nações. Em Ezequiel 40-42, o profeta assiste enquanto um homem mede o
templo. A visão de Ezequiel mostra o povo de Deus restaurado à glória e à
proteção de Deus, o qual volta ao templo no capítulo 43. Zacarias 2:1-5
apresenta outra visão de medição, esta vez de Jerusalém. Como nos intervalos do
Apocalipse, o propósito da visão de Zacarias é assegurar os fiéis da proteção
divina: “Pois eu lhe serei, diz o SENHOR, um muro de fogo em redor e eu mesmo
serei, no meio dela, a sua glória” (Zacarias 2:5). Ao ouvir a ordem para medir
o santuário, João e seus leitores, sem dúvida, lembrariam dessas passagens
proféticas e do consolo que oferecem aos servos do Senhor. O santuário de Deus,
no Novo Testamento, é o povo do Senhor. Num texto que fala sobre a edificação
da igreja, Paulo diz que os discípulos de Cristo são o santuário de Deus (1
Coríntios 3:16-17; cf. 2 Coríntios 6:16). A família de Deus, edificada sobre a
pedra angular, é o “santuário dedicado ao Senhor” (Efésios 2:19-22). O templo
não é um edifício feito com mãos, e sim uma casa espiritual (1 Timóteo 3:15).
Esta casa espiritual é feita de pedras que vivem (1 Pedro 2:56).
João tira
qualquer dúvida sobre o significado do santuário quando diz que a medição
incluiria “os que naquele adoram”. Não se trata de medir uma estrutura física.
Este templo é composto por adoradores, pessoas, os verdadeiros sacerdotes de
Deus que adoram dentro do templo. 11:2 – mas deixa de parte o átrio exterior do
santuário e não o meças, porque foi ele dado aos gentios; estes, por quarenta e
dois meses, calcarão aos pés a cidade santa. Deixa de parte o átrio
exterior..., porque foi ele dado aos gentios: A ordem para medir não somente
oferece consolo, fala também de santificação. Os adoradores dentro do santuário
são separados dos gentios no átrio. A palavra traduzida “gentios” aparece 22
vezes no Apocalipse, normalmente traduzida “nações” ou “povos”. Várias vezes,
refere-se aos gentios na carne ou às nações em geral, como pessoas que ouvem o
evangelho e recebem a oportunidade de serem salvas (5:9; 7:9; 14:6; 21:24-26;
22:2). Da mesma forma que palavras como
judeu,
circuncisão e Israel, no Novo Testamento, passam a identificar os servos de
Cristo (Romanos 2:28-29), a palavra gentios, às vezes, representa os que não
conhecem a Deus (1 Tessalonicenses 4:5; 3 João 7). Assim, vivemos “no meio dos
gentios” (1 Pedro 2:12), mas não andamos como eles andam (Efésios 4:17; 1 Pedro
4:3). Neste sentido, a palavra gentios ou nações, em algumas das citações no
Apocalipse, refere-se aos ímpios. São as nações seduzidas por Satanás para
pelejarem contra o povo de Deus (20:7-9). São as mesmas que impedem o
sepultamento das duas testemunhas (11:9-10) e que se enfurecem contra os servos
de Deus (11:18). As nações apóiam a meretriz, Babilônia (17:15), são seduzidas
pela feitiçaria dela (18:23) e se prostituem com ela (18:3). Jesus, porém,
domina as nações com o cetro de ferro (12:5; 19:15). Os vencedores participam
do reinado dele sobre os povos (2:26-27; 20:4,6). Quarenta e dois meses: Este
período sempre representa um tempo relativamente breve de tribulação ou
sofrimento. É o mesmo período de “tempo, tempos e a metade de um tempo” (12:14;
Daniel 7:25), de 1.260 dias (11:3; 12:6) ou de “três anos e seis meses” (Tiago
5:17). É a metade de sete anos, que representaria um período completo. Calcarão
aos pés a cidade santa: Há diversas interpretações da cidade santa.
Pré-milenaristas geralmente explicam que a cidade santa é Jerusalém (terrestre)
e que o templo será reconstruído naquela cidade para o cumprimento desta
profecia. Enfrentam inúmeras dificuldades com esta interpretação, que descarta
totalmente os limites de tempo encontrados do começo ao fim do Apocalipse.
Outros acreditam que o Apocalipse foi escrito antes de 70 d.C. e que fala da
destruição do templo e da cidade de Jerusalém pelos romanos. Citam Lucas 21:24,
onde Jesus usou linguagem semelhante para falar sobre a destruição de
Jerusalém. Uma vez que entendem a cidade literal, procuram uma explicação
literal do tempo de 42 meses. Aqui a situação se complica. Freqüentemente citam
a duração da guerra entre os romanos e os judeus, dizendo que Nero enviou
Vespasiano no início de 67 (fevereiro? – há dúvida sobre esta data) para vencer
os judeus rebeldes e que o período de 42 meses termina com a destruição da
cidade de Jerusalém em setembro de 70. Mas o exército romano não entrou em
Jerusalém em 67. Vespasiano começou na direção de Jerusalém em 68, mas desistiu
devido à morte de Nero. Tito cercou Jerusalém nos primeiros meses de 70,
invadiu os muros por volta de abril ou maio, e destruiu a cidade em setembro.
Assim, para dizer literalmente que calcaram aos pés a cidade literal de
Jerusalém por 42 meses exige algumas explicações mais complicadas. Para
defender esta posição é necessário, também, manter uma data para o Apocalipse
antes de 70 d.C., contra outras evidências que ainda encontraremos. O que é a
cidade santa? Consideremos as evidências bíblicas. As expressões “cidade santa”
ou “santa cidade”, em si, aparecem onze vezes na Bíblia. Neemias 11:1 e 18
identificam a cidade física de Jerusalém. Daniel chamou Jerusalém de “santa
cidade” (9:24). Isaías repreende o povo de Israel que profanaram o nome da
“santa cidade” (48:2). Mais tarde ele fala de “Jerusalém, cidade santa” (52:1).
Lendo o capítulo todo, percebemos a ênfase na restauração espiritual do reino
de Cristo sobre seu povo, da salvação que vem pela pregação do evangelho.
Mateus usa esta expressão duas vezes (4:5; 27:53) para identificar a cidade
literal de Jerusalém. As outras ocorrências se encontram no Apocalipse – aqui
em 11:3, e algumas outras vezes no final do livro. Em 21:2, 10 e 22:19, ele
claramente descreve o povo espiritual de Deus, a nova Jerusalém que desce do
céu. Outras
expressões semelhantes ajudam a entender este sentido espiritual. Apocalipse
3:12 fala da presença eterna do vencedor no “santuário do meu Deus” e na
“cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu”. Paulo disse que a
nossa mãe é a Jerusalém livre lá de cima e não a “Jerusalém atual, que está em
escravidão com seus filhos” (Gálatas 4:25-26). O autor de Hebreus disse: “Mas
tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial...
e igreja dos primogênitos arrolados nos céus” (Hebreus 12:22-23). Entendendo
este sentido de Jerusalém espiritual ou celestial, como podemos entender estes
primeiros versículos do capítulo 11? João mede o santuário de Deus, mostrando a
intenção do Senhor de proteger o seu povo, mas ainda diz que a cidade santa
será pisada pelos gentios durante três anos e meio. O povo fiel seria
protegido, mesmo deixando a igreja ser perseguida por um período. Podem afligir
a igreja, e até matar os corpos dos fiéis, mas não atingiriam os espíritos dos
verdadeiros adoradores. “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a
alma” (Mateus 10:28). A igreja pode ser calcada aos pés pelos perseguidores,
mas eles nunca chegarão a destruir o santuário em si onde os sacerdotes adoram
a Deus. O Trabalho, a Morte e a Ressurreição das Duas Testemunhas (11:3-13)
11:3 – Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta
dias, vestidas de pano de saco. Darei às minhas duas testemunhas que profetizem
por mil duzentos e sessenta dias: A ordem vem de cima. As testemunhas
profetizam pela autoridade de Deus. Quem são as duas testemunhas? Comentaristas
têm oferecido diversas respostas a esta pergunta. Alguns procuram personagens
específicas, até sugerindo a volta à terra de pessoas do Velho Testamento (por
exemplo, Moisés e Elias ou Enoque e Elias). Outros sugerem o Antigo e o Novo
Testamentos. Alguns dizem que são a Lei (de Moisés) e os Profetas (veja Lucas
16:29,31; 24:27; Atos 13:15; 24:14; Romanos 3:21 e outras passagens que falam
sobre a Lei e os Profetas, mas considere também comentários de Jesus mostrando
que estas revelações do Antigo Testamento já seriam ultrapassadas pelo
evangelho – Mateus 11:13; Lucas 16:16). Outras possibilidades incluem profetas
e apóstolos (Lucas 11:49) ou o Espírito Santo e os apóstolos (João 15:26-27;
Atos 5:32). Por não ter uma identificação específica neste trecho, talvez a
resposta melhor se encontra no próprio contexto. Os primeiros versículos do
capítulo falaram sobre a igreja, o povo de Deus. Cristãos fiéis são descritos
como testemunhas ou pessoas que dão testemunho em outros versículos do livro
(2:13; 6:9; 12:11,17; 17:6; 19:10; 20:4). Veremos um pouco mais sobre as
testemunhas no versículo 4. O tempo do trabalho deles, 1.260 dias, é igual a 42
meses (11:2) ou três anos e meio (usando o calendário de 12 meses de 30 dias).
Este período, a metade de sete anos, normalmente descreve um período de
tribulação e sofrimento. Seria um trabalho difícil, cheio de angústia (veja o
significado de pano de saco abaixo), mas seria temporário. Vestidas de pano de
saco: Pano de saco é a roupa de lamentação e angústia, sentimentos opostos à
alegria (Salmo 30:11; 35:13; 69:11; Ezequiel 27:31; Joel 1:8). Jacó se vestiu
de pano de saco quando lamentou a suposta morte de José (Gênesis 37:34). Quando
Acabe ouviu a condenação de sua casa, ele se lamentou em pano de saco, um gesto
de angústia e humildade (1 Reis 21:2729). Pano de saco acompanha o
arrependimento em várias outras citações
bíblicas
(Neemias 9:1-2; Jonas 3:6-8; Mateus 11:21; Lucas 10:13). Ezequias se vestiu de
pano de saco quando buscou a libertação de Jerusalém diante da ameaça assíria
(2 Reis 19:1-3). O pano de saco das duas testemunhas sugere a mensagem difícil
e a lamentação delas em pronunciar a mensagem do Senhor, uma mensagem que
certamente condenava os perversos. 11:4 – São estas as duas oliveiras e os dois
candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra. São estas as duas
oliveiras e os dois candeeiros que se acham em pé diante do Senhor da terra:
Esta linguagem nos lembra da visão de Zacarias 4 (leia o capítulo). As duas
oliveiras que alimentavam de azeite o candelabro são identificados como “os
dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a terra” (4:14). No Velho
Testamento, sacerdotes e reis foram ungidos (Levítico 8:12,30; 1 Samuel 10:1;
16:1,13). No Novo Testamento, os cristãos são o “reino, sacerdotes para o seu
Deus e Pai” (1:6), o “sacerdócio real” (1 Pedro 2:9). Apoiando a interpretação
das duas testemunhas como a igreja é a expressão acrescentada aqui, “os dois
candeeiros”. No Apocalipse, os candeeiros representam as igrejas (1:20). Os
candeeiros no templo sempre ficavam acesos diante de Deus, como os cristãos
brilham diante do Senhor como a luz do mundo (Mateus 5:14-16; Efésios 5:8;1
Tessalonicenses 5:5). 11:5 – Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo da
sua boca e devora os inimigos; sim, se alguém pretender causar-lhes dano,
certamente, deve morrer. Se alguém pretende causar-lhes dano: Agora entram os
perseguidores, aqueles que queriam causar danos aos servos de Deus. Sai fogo da
sua boca e devora os inimigos: É uma visão num livro que emprega uma grande
variedade de símbolos. O fogo da boca das testemunhas não é literal, mas
representa o poder dos servos de Deus de persistir no seu trabalho, apesar da
oposição dos inimigos. A figura nos lembra de vários profetas do Velho
Testamento. Moisés e Arão enfrentaram seus adversários no Egito com uma série
de pragas devastadoras (Êxodo 7-12). Quando Acazias, rei de Israel, tentou
prender Elias, fogo desceu do céu e consumiu os soldados do rei (2 Reis
1:1-14). Os servos de Nabucodonosor que tentaram matar os amigos de Daniel
foram consumidos pelo fogo da fornalha (Daniel 3:19-22). Deus está com as
testemunhas e lhes dará a vitória. Os adversários devem morrer. Sabemos que a
perseguição começou pouco tempo depois do início da igreja. Alguns discípulos
foram presos, e alguns morreram (Estêvão – Atos 7; Tiago – Atos 12; etc.). Mas
o trabalho da divulgação do evangelho continuou praticamente sem empecilho, e a
palavra circulou pelo mundo inteiro nas primeiras três décadas (veja
Colossenses 1:23). 11:6 – Elas têm autoridade para fechar o céu, para que não
chova durante os dias em que profetizarem. Têm autoridade também sobre as
águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte
de flagelos, tantas vezes quantas quiserem.
Elas têm autoridade para fechar o céu: Como fez Elias durante o reinado
de Acabe (1 Reis 17:1; Tiago 5:17-18). Têm autoridade também sobre as águas,
para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de
flagelos: Como fizeram Moisés e Arão no Egito (Êxodo 7-12). Deus equipa seus
servos com poder para vencer os inimigos. Deus agiu durante o ministério dos
apóstolos através de milagres que demonstraram o poder divino
e
confundiram os inimigos (Atos 5:17-21; 12:6-24; 16:23-26; 19:13-17). Paulo
cegou Elimas, um “inimigo de toda a justiça” (Atos 13:9-11) e expulsou o
espírito adivinhador da jovem em Filipos (Atos 16:16-18). O período apostólico
foi caracterizado pelo crescimento do evangelho: “Com grande poder, os
apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus” (Atos 4:33).
“Crescia a palavra de Deus” (Atos 6:7). “Assim, a palavra do Senhor crescia e
prevaleceu poderosamente” (Atos 19:20). O maior poder dado aos discípulos vem
da própria palavra pregada. O evangelho “é o poder de Deus para a salvação”
(Romanos 1:16). As armas espirituais são “poderosas em Deus, para destruir
fortalezas...e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus” (2
Coríntios 10:3-6). A palavra de Deus é “a espada do Espírito”, usada “contra as
forças espirituais do mal” (Efésios 6:10-17). Esta espada é “mais cortante do
que qualquer espada de dois gumes” (Hebreus 4:12). 11:7 – Quando tiverem,
então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo
pelejará contra elas, e as vencerá, e matará, Quando tiverem, então, concluído
o testemunho que devem dar: Este trecho obviamente não fala do término final da
missão da igreja, pois já usou a figura de um período curto (1.260 dias).
Chegando ao ponto determinado por Deus, e tendo cumprido a sua responsabilidade
de testemunhar, Deus permitiria que a cena continuasse. Embora tenhamos sempre
trabalho para fazer, é possível encerrar uma determinada missão (Lucas
10:10-12; Atos 13:46-47). Deus determinou uma missão de tempo limitado para os
seus servos, e deixou o inimigo mostrar seu poder limitado somente quando a
missão fosse encerrada. A besta que surge do abismo pelejará contra elas, e as
vencerá e matará: Esta besta se tornará importante nos próximos capítulos. Ela
sobe do mar (13:1) ou do abismo (11:7; 17:8) e peleja contra os santos e os
vence (13:7). Mas a sua vitória não é final nem completa, pois será vencida
pelo Cordeiro e seus servos (17:12-14). Aqui, porém, a besta aparece e, por
enquanto, vence as testemunhas do Senhor. 11:8 – e o seu cadáver ficará
estirado na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e
Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado. E o seu cadáver ficará
estirado na praça: O cadáver (cadáveres – 11:9) das testemunhas não é tratado
com nenhum respeito pela besta e seus servos. Os corpos ficam na rua como
troféus da vitória sobre os fiéis (veja o desrespeito mostrado pelos filisteus
quando mataram Saul – 1 Samuel 31:8-10). Da grande cidade que, espiritualmente,
se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado: Este
versículo é um dos mais polêmicos do livro. Qual cidade? É uma cidade
específica, ou linguagem que representa algo maior? Claramente a descrição usa
linguagem simbólica, pois qualquer interpretação literal cairia em diversas
contradições. Sodoma foi destruída há milhares de anos. Egito é um país, não
apenas uma cidade. Jesus foi crucificado em Jerusalém, nem em Sodoma e nem no
Egito. O que estes símbolos representam? Sodoma e Egito aparecem somente neste
versículo no livro do Apocalipse, mas são citados freqüentemente em outros
livros da Bíblia. Vamos ver o significado destes lugares. Sodoma: Depois de sua
destruição (Gênesis 19), Sodoma serve como exemplo de destruição e castigo
divino, ou de pecado aberto e perversidade exagerada. “...como Sodoma, publicam
o seu pecado e não o encobrem. Ai da sua alma!
Porque fazem
mal a si mesmos” (Isaías 3:9). “Porque maior é a maldade da filha do meu povo
do que o pecado de Sodoma, que foi subvertida como num momento, sem o emprego
de mãos nenhumas” (Lamentações 4:6). “...como Sodoma, e Gomorra, e as cidades
circunvizinhas, que, havendo-se entregado à prostituição como aqueles, seguindo
após outra carne, são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição”
(Judas 7). Veja também: Deuteronômio 32:32-33; Isaías 1:9-10. Sodoma
seguramente representa pecadores que merecem castigo. Egito: Muitas citações
bíblicas referem-se à nação ou à terra do Egito. Quando usado simbolicamente, o
Egito sugere pecado, idolatria, imundícia, escravidão e rejeição de Deus.
Quando o povo de Israel chegou à terra prometida e fez a circuncisão dos
homens, Deus disse: “Hoje, removi o opróbrio do Egito” (Josué 5:9). A terra do
Egito foi conhecida como a casa da servidão (Josué 24:17; Judas 5), uma figura
empregada no Novo Testamento para descrever a escravidão ao pecado (Atos
7:39-40; Hebreus 3:16 e, implicitamente, em 1 Coríntios 10:1). O Egito oprimiu
o povo de Deus, e serve como uma figura apropriada dos perversos que oprimiam e
perseguiam os cristãos na época de João. Sodoma e Egito, então, representam as
idéias de pecado, perversidade, rejeição de Deus e opressão dos fiéis.
Resumindo, representam a sociedade ímpia que se colocou em oposição ao povo do
Senhor, perseguindo os servos de Jesus. E a terceira descrição? O que quer
dizer “onde também o Senhor foi crucificado”? Algumas pessoas, mesmo aceitando
o significado simbólico de Sodoma e Egito, sugerem uma interpretação literal
desta frase e concluem que Jerusalém fosse um dos principais objetos da ira de
Deus no Apocalipse. É claro que Jesus foi crucificado em (ou perto de)
Jerusalém. Mas, num sentido maior, ele foi crucificado pelo mundo – pelo povo
ímpio – que não o aceitou. O relato do evangelho do mesmo autor destaca esta
rejeição pelo mundo, não somente por Jerusalém: “O Verbo estava no mundo, o
mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu” (João 1:10). É
interessante observar que mais de um terço das ocorrências da palavra “mundo”
na Bíblia toda se encontram nos livros de João. A vitória aparente do mal sobre
Jesus trouxe tristeza aos discípulos e alegria ao mundo (João 16:19-20). O
lugar onde o Senhor foi crucificado foi no mundo, no meio de uma sociedade
rebelde que o rejeitou porque preferia permanecer nas trevas. A mesma sociedade
que odiava o Mestre, também odiaria os discípulos: “Se o mundo vos odeia, sabei
que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim” (João 15:18). Regozijaram-se
na vitória aparente sobre Jesus, e fariam uma grande festa quando vencerem,
aparentemente, as testemunhas dele. Mas nenhuma das duas vitórias foi real.
11:9 – Então, muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações contemplam os
cadáveres das duas testemunhas, por três dias e meio, e não permitem que esses
cadáveres sejam sepultados. Muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações
contemplam os cadáveres das duas testemunhas: Pessoas de todas as nações, ou
seja, pessoas do mundo em geral, contemplam os corpos mortos das testemunhas do
Senhor. A descrição usada aqui é quase a mesma encontrada algumas outras vezes
no livro para identificar a sociedade em geral, ou as pessoas de diversas
nações. A grande multidão que adora a Deus diante do trono vem de “todas as
nações, tribos, povos e línguas” (7:9). João foi encarregado de profetizar “a
respeito de muitos povos, nações, línguas e reis” (10:11). A meretriz Babilônia
se assenta sobre
“povos,
multidões, nações e línguas” (17:15). Esta linguagem denomina as pessoas do
mundo ou da sociedade em geral. Algumas dessas pessoas aceitam as bênçãos que
vêm pelo descendente de Abraão e, assim, fazem parte da multidão de adoradores
diante do trono. Outras seguem a meretriz e se regozijam com as vitórias
passageiras sobre os servos do Senhor. Muitos (mas não todos – 7:9) dentre os
povos olham para os corpos dos servos mortos. Por três dias e meio: Não há
dúvida. Estão mortas. Os corpos já estariam com o mal cheiro da decomposição.
Mas há mais aqui. Três dias e meio, a metade de sete dias, novamente representa
um período curto, um tempo de angústia para os fiéis que sofrem das
perseguições. Mas, a “vitória” da besta não dura por muito tempo. Somente as
pessoas com miopia espiritual serão enganadas por esta falsa vitória. E não
permitem que esses cadáveres sejam sepultados: Os ímpios querem o proveito
máximo desta “vitória” sobre os servos de Deus. Deixam os corpos expostos para
mostrar o seu poder sobre os justos. O que eles não entendem, ainda, é que a
morte não é o fim para os servos de Deus. Os vencedores não sofrem “dano da
segunda morte” (2:11). Também não entendem como o orgulho da festa desta falsa
vitória ajudará a salientar a vitória verdadeira dos servos do Senhor. O que
acontecerá nos versículos 11 e 12 será visível a todos!
11:10 – Os que habitam
sobre a terra se alegram por causa deles, realizarão festas e enviarão
presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas atormentaram os que
moram sobre a terra. Os que habitam sobre a terra se alegram por causa deles:
Quando a besta mata os servos do Senhor, os ímpios fazem a festa. A prática de
enviar presentes é uma maneira de expressar alegria em ocasiões especiais (veja
Neemias 8:9-10). Aqui, os perversos fazem uma festa de vitória. Há uma
verdadeira guerra, uma luta entre o bem e o mal, e os malfeitores se regozijam
com qualquer vitória, mesmo de pouca duração, sobre o bem. Freqüentemente, os
ímpios acham que suas “vitórias” sirvam para libertar pessoas oprimidas por
regras desnecessárias de religiões ultrapassadas. Oferecem a liberdade para
satisfazer qualquer desejo sexual, ou a liberdade para tirar a vida de crianças
antes de elas nascerem, ou a liberdade para exigir o respeito de outros mesmo
quando praticam coisas que desprezam os princípios de decência daqueles que
seguem a Deus. Prometem liberdade, mas são escravos da corrupção (2 Pedro
2:19). Porquanto esses dois profetas atormentaram os que moram sobre a terra:
Aqui revela o motivo do assassinato. Os dois profetas atormentaram os ímpios.
Como? Eles pregaram a verdade! A palavra de Deus atormenta os malfeitores,
tirando o sossego daqueles que recusam se submeterem ao Senhor. Este é o lado
amargo da pregação do evangelho. Por isso, os pregadores fiéis são odiados pelo
mundo (Mateus 10:22). Paulo sofreu perseguições e avisou que os piedosos seriam
perseguidos por homens perversos (2 Timóteo 3:10-13). 11:11 – Mas, depois dos
três dias e meio, um espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou,
e eles se ergueram sobre os pés, e àqueles que os viram sobreveio grande medo;
Depois dos três dias e meio, um espírito de vida, vindo da parte de Deus: Foram
três anos e meio de profecia e três dias e meio de falsa vitória dos ímpios
antes da vitória real das testemunhas de Deus. O Senhor manda um espírito de
vida, pois ele é a verdadeira e única fonte de vida. Um tema constante nas
Escrituras é o contraste entre a vida e a morte (Deuteronômio 30:15; Mateus
7:13-14; etc.).
A vida é
sempre ligada a Deus, e a morte sempre ligada ao pecado. A palavra vida aparece
mais nos livros de João do que nos escritos de qualquer outro autor no Novo
Testamento. João emprega esta palavra com um rico significado espiritual, a
partir do prólogo de seu evangelho: “A vida estava nele e a vida era a luz dos
homens” (João 1:4). A vida própria é uma qualidade divina: “Porque assim como o
Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo” (João
5:26). Jesus oferece a vida aos homens, dizendo: “Eu sou o pão da vida” (João
6:48) e oferecendo a água viva (João 4:10-11). Acrescenta: “Eu lhes dou a vida
eterna” (João 10:28) e “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda
que morra, viverá” (João 11:25). Resumindo o seu papel essencial para a
salvação dos homens, ele diz: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém
vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). “E a vida eterna é esta: que te conheçam
a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).
Na sua primeira carta, João descreve Jesus como o “Verbo da vida” (1:1) e o
identifica como “a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada”
(1:2). Sem o Pai e o Filho, a vida se torna impossível: “E o testemunho é este:
que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o
Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (5:11-12).
Paulo desenvolveu o mesmo tema em diversos comentários nas suas cartas: “...a vossa
vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa
vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória”
(Colossenses 3:3-4). Ele disse que Jesus “...não só destruiu a morte, como
trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho” (2 Timóteo 1:10).
A vida vem
de Deus. Neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés: O espírito de vida
enviado por Deus ressuscitou as testemunhas. A vitória da besta e dos perversos
acabou! Que conforto aos discípulos do Senhor na Ásia ou em outros lugares onde
a perseguição ameaçava matá-los! Poderiam até morrer, mas a morte não teria a
vitória final sobre os fiéis. Eles são os vencedores (2:11). Este versículo
serve para encorajar os servos de Deus em qualquer época, enfrentando qualquer
ameaça do inimigo. Podem sofrer; podem até morrer. Mas, no final, ficarão de
pé, vitoriosos! E àqueles que os viram, sobreveio grande medo: A festa acabou!
A vitória dos ímpios não durou, era falsa. Agora os perversos percebem que seu
adversário é realmente invencível. Nem a morte segura os servos de Jesus! “Onde
está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?.... Graças a
Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1
Coríntios 15:55-57). Os perseguidores têm todo motivo para sentir medo.
Perderão! 11:12 – e as duas testemunhas ouviram grande voz vinda do céu,
dizendo-lhes: Subi para aqui. E subiram ao céu numa nuvem, e os seus inimigos
as contemplaram. As duas testemunhas ouviram grande voz vinda do céu,
dizendo-lhes: Subi para aqui: Mais uma grande voz. As testemunhas ouviram esta
voz, mas não sabemos se os adversários a ouviram. A voz chamou os servos
vitoriosos a subirem para o céu. Missão cumprida! E subiram ao céu numa nuvem: Sobre
o significado de nuvens, veja os comentários na lição 18 sobre 10:1. As
testemunhas, depois de sua ressurreição, subiram como Jesus subiu (Atos 1:9).
Na segunda vinda de Jesus, os fiéis subirão “entre nuvens, para o encontro do
Senhor nos ares” (1 Tessalonicenses 4:17). E os seus inimigos as contemplaram:
Que cena triste para os inimigos de Deus. As testemunhas, não contidas pela
morte, agora somem de vez. A besta que surgiu do abismo e parecia tão forte se
mostra incapaz de vencer os servos de Deus. O resto do livro mostrará, com mais
detalhes, esta certeza da vitória dos fiéis sobre seus adversários ímpios.
“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que
vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser
Jesus o Filho de Deus?” (1 João 5:4-5).
11:13 –
Naquela hora, houve grande terremoto, e ruiu a décima parte da cidade, e
morreram, nesse terremoto, sete mil pessoas, ao passo que as outras ficaram
sobremodo aterrorizadas e deram glória ao Deus do céu. Houve grande terremoto,
e ruiu a décima parte da cidade, e morreram, nesse terremoto, sete mil pessoas:
Já encontramos terremotos como símbolos do castigo divino. Este terremoto afeta
a décima parte da cidade e causa a morte de 7.000 pessoas. Como as primeiras
trombetas, este castigo também não é final e total, mas a retirada das
testemunhas de Deus traz conseqüências graves para a cidade mundana, a
sociedade dos ímpios. As outras ficaram sobremodo aterrorizadas e deram glória
ao Deus do céu: Ficaram com medo, mas o texto não diz que se converteram.
Nabucodonosor, impressionado com a interpretação do seu sonho por Daniel,
reconheceu o Senhor como “o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis” (Daniel 2:47)
mas ainda fez a sua imagem de ouro e exigiu que os homens a adorassem (Daniel
3) e se exaltou ao ponto de ser humilhado por Deus (Daniel 4). É possível dar
glória a Deus sem se converter a ele.
Conclusão
Antes de
completar a série de sete trombetas, Deus frisou vários fatos importantes nas
cenas do intervalo. Além dos pontos observados na lição 18 (capítulo 10),
observamos mais estes fatos: Deus identifica (mede) e protege o seu povo mas,
ao mesmo tempo, • Ele deixa os ímpios pisar, perseguir e até matar os seus
servos. Ž No final, os fiéis terão a vitória e os perversos serão totalmente
derrotados. Na próxima lição, ouviremos a sétima trombeta. Se as primeiras seis
já demonstraram o poder de Deus por meio de castigos severos, podemos imaginar
o que vem pela frente.
http://ebdbelasartes.blogspot.com.brfinal.html
Por : ADVEC
BEREANA - TESOURO
Nenhum comentário:
Postar um comentário