TEXTO BÍBLICO
BÁSICO
Apocalipse
19.7-10
7 -
Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas
do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
8 - E
foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o
linho fino são as justiças dos santos.
9 - E
disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do
Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.
10 - E eu
lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não faças tal; sou
teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus;
porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.
2
Coríntios 11.2
2 - Porque
estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos
apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.
Efésios
5.27
27 - Para a
apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível.
Lucas
12.35-37
35 - Estejam
cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas candeias.
36 - E sede
vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar
das bodas, para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe.
37 -
Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando!
Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se,
os servirá.
SUBSÍDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Juízes 14.12-17: Bodas
celebradas por sete dias
3ª feira – Cantares 2.1-4: A sala do
banquete
4ª feira – Mateus 8.5-13: Assentar-se à
mesa com Abraão, Isaque e Jacó
5ª feira – Mateus 22.1-14: Sem as vestes
nupciais
6ª feira – Mateus 25.1-6: A chegada do
esposo
Sábado – Apocalipse 19.1-9: Felizes
são os convidados para as Bodas
TEXTO ÁUREO
Regozijemo-nos,
e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas
são as bodas
do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. Apocalipse 19.7
OBJETIVOS
Ao
término do estudo bíblico, o aluno deverá:
-
compreender biblicamente
que a Igreja é a Noiva de Cristo e se tornará a Esposa do Cordeiro;
-
identificar, de
acordo com a concepção bíblica, as características de uma noiva que espera a
chegada do noivo;
-
descrever o
amor do Noivo e da Noiva, cujo clímax se dará na glória do maior casamento de
todos os tempos.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Caro
professor,
Inicie a
aula dividindo a lousa em duas partes: na parte direita, escreva casamento; na
outra, preparativos. Use o método de perguntas e respostas.
Dirija-se
aos alunos, individualmente, e pergunte a cada um deles: qual a sua concepção
de casamento. Oriente-os sobre o que a Bíblia diz acerca do assunto e, em
seguida, sobre quais são os preparativos para esse grande dia.
Selecione
algumas respostas e escreva os conceitos na lousa;
então,
trabalhe-os no contexto da aula, fazendo uma analogia com as bodas do Cordeiro.
Não é à toa que Jesus utilizou-se do método de perguntas, que também é chamado
de método catequético. Por meio desse recurso, o professor pode avaliar o nível
de interesse e o conhecimento da classe ou de um aluno em particular [...]. Com
esse método, o Mestre conferia grande praticidade às Suas preleções e ensinava
de modo enfático grandes verdades do Reino de Deus (CHAVES, G. Central Gospel,
2012, p. 36,7).
Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra
introdutória
Deus criou o
homem e a mulher com Suas próprias mãos — como pessoas adultas — e uniu-os em
santo matrimônio (Gn 2.24).
No final dos
tempos, após o Tribunal de Cristo, Deus celebrará outra união, como no início.
Será o grande casamento:
grande em
amor, felicidade, alegria, significado, beleza, glória, louvor, reverência,
mistério e santidade! Esse matrimônio chama-se as bodas do Cordeiro; nele, o
Senhor Jesus será o Noivo, e a Igreja, a Noiva (Ap 19.7).
1.
CARACTERÍSTICAS DO CASAMENTO JUDAICO
O casamento
judaico era uma ocasião de grande júbilo familiar (Jr 33.11). Os nubentes
usavam trajes especiais nesse dia (Is 61.10; Ez 16.9-13).
A noiva
usava um fino vestido, em geral adornado com joias e outros ornamentos (Sl
45.14,15; Is 61.10), e um véu (Gn 24.65; Ct 4.3), que era removido no aposento
nupcial — isto explica a necessidade de Rebeca ter-se coberto com véu na
presença de Isaque, seu noivo (Gn 24.65), como também explica o fato de Labão
ter encontrado certa facilidade para trocar Raquel por Leia, sua filha mais
velha, na noite do casamento com Jacó (Gn 29.23-25). O noivo, por sua vez,
geralmente trajava roupas finas e um diadema (Ct 3.11; Is 61.10).
Em paralelo, a nação de Israel e a
Igreja são comparadas a uma noiva, observando-se suas diferenças:
(1) a nação
de Israel é descrita como uma esposa imoral (Is 54.5,6; Ez 16.28; Os 2.2;
5.3;9.1);
(2) a Igreja
é descrita como uma noiva pura e virgem (2 Co 11.2) (Adaptado de: WILLMINGTON,
H. L. Central Gospel, 2015b, p. 85).
1.1.
Procedimentos do jovem pretendente
Segundo a
tradição hebraica, na maior parte das vezes, o pai dizia ao seu filho com qual
moça ele deveria se casar; de outra parte, a jovem teria o marido escolhido por
seu pai (1Sm 18.17-28). Em outras ocasiões, no entanto, o rapaz poderia
contrair matrimônio com a moça por quem se interessasse (Jz 14.1-3). A partir
de então, a proposta de casamento era feita — por meio de um contrato (legal e
verdadeiro), no qual se estabeleciam os termos do acordo. O mais importante a
ser considerado na transação era o preço que o noivo estava disposto a pagar
para desposar aquela noiva em particular (Gn 34.12).
Depois de
firmado o contrato, o noivo pagava o valor estipulado e, depois, partia.
Historiadores informam que o noivo deveria fazer um breve discurso à noiva,
dizendo: eu vou preparar lugar para você (Jo 14.2). De volta à casa de seu pai,
o noivo deveria construir para a noiva uma câmara nupcial, na qual passariam a
lua de mel.
Se alguém
visse o noivo trabalhando para concluir sua câmara nupcial, e porventura lhe
perguntasse quando seria o grande dia, ele deveria responder: só meu pai sabe
(Mt 24.36).
1.2.
Deveres da noiva pretendida
Nesse
período, a noiva era considerada consagrada, separada e comprada por preço. Ela
não poderia retirar o véu, símbolo do seu compromisso (Gn 24.65).
A noiva
estaria obrigada a esperar pacientemente pelo dia do matrimônio. Nesse ínterim
— além de preparar o enxoval e organizar todas as coisas, até que o noivo
viesse buscá-la —, a noiva deveria convocar suas irmãs, suas melhores amigas e
todos aqueles que seguiriam com ela para as bodas.
Segundo a
tradição, a noiva deveria ter consigo uma lâmpada com azeite, para o caso de o
noivo demorar a chegar, ou para o caso de ele chegar tarde da noite — ela
deveria estar pronta para partir, assim que fosse solicitada, e isso poderia
acontecer de um momento para o outro, sem prévio aviso (Mt 25.6).
1.3. É chegada
a hora das bodas
Os amigos do
noivo eram obrigados a dar um sinal à noiva, quando se aproximassem da casa
dela, que poderia ser um grito: aí vem o esposo! (Mt 25.6) — ao ouvir o brado,
ela saberia que a hora das bodas chegara.
Ao se
encontrarem, os nubentes entravam na câmara nupcial e trancavam a porta para
consumar o casamento. Algum amigo ou parente ficava à porta, pelo lado de fora,
para vigiá-la, a fim de garantir que eles não seriam incomodados. Enquanto
isso, o pai do noivo recebia os convidados para as bodas.
Passados
sete dias, os noivos saíam da câmara nupcial e eram anunciados por alguém que
estivesse junto à porta (Gn 29.27,28; Jz 14.12; Jo 2.2-10). Nesta ocasião, a
noiva apresentava-se sem o véu, por já estar desposada. A aparição dos recém-casados
na festa era celebrada com uma ceia em homenagem ao casal.
A Noiva do Cordeiro ficará sete
anos no céu, na casa do Pai, e depois virá. Desta vez, com seu Esposo, e todos
conhecerão a mais formosa entre as mulheres (Ct 6.1; Jd 1.14).
2. O AMOR DO
NOIVO E DA NOIVA
A essência
de todo e qualquer casamento reside na maior de todas as virtudes: o amor (1 Co
13.1-13). O amor é o vínculo da perfeição, pois reveste os cônjuges de afeto,
misericórdia, bondade, humildade, mansidão e longanimidade (Cl 3.14) e reveste
a união conjugal de beleza, força e estabilidade.
O amor do
Noivo pela Noiva é infinitamente superior ao amor storge (grego
= amizade entre familiares); philia (grego = companheirismo)
ou eros (grego = amor romântico ou sensual, associado à
atração física, ao prazer e ao ato sexual propriamente dito). O amor de Cristo
pela Igreja — Sua futura esposa — éágape
(grego =
divino e puro).
2.1.
Características do amor do Noivo
Agostinho
disse que, no céu, o amor que recebermos de Deus para a nossa alma transbordará
para nosso novo corpo ressurreto em uma torrente de prazer (KREEFT; TACELLI.
Central Gospel, 2008, p. 418).
O amor
(ágape) do Noivo (Jesus) possui as seguintes características:
sacrificial — porque Ele entregou-se,
deu-se por sua Noiva, a Igreja (Ef 5.25);
incondicional — porque não há qualquer
exigência ou cobrança (Is 53.7);
intenso, robusto, crescente e edificante
(Ef 4.16);
provedor — porque Ele supre as
necessidades da Noiva, em todas as áreas (Ef 5.29);
purificador, com mensagens extraídas da
Palavra divina (Ef 5.25,26b);
eterno — maior do que o tempo, as
circunstâncias, a Terra e tudo mais (Jo 13.1).
2.2.
Características do amor da Noiva
A essência
do amor da Noiva (Igreja) é o Espírito Santo, prefigurado
no azeite,
citado por Jesus na parábola das dez virgens (Mt 25.1-4). Significa dizer que o
amor da Noiva é essencialmente consagrado, dirigido e orientado pela terceira
pessoa da Trindade divina.
O amor da
Noiva, eleita pelo Cordeiro, é:
santo e
puro — porque
ela não se conforma aos padrões mundanos, que contaminam e corrompem aqueles
que se deixam levar por eles (1 Jo 2.15,16);
engrandecedor — porque a prepara, habilita e
aperfeiçoa (Ef 5.27), até que ela esteja pronta para o encontro com o Noivo, a
quem tanto ama e a quem prometeu fidelidade (Et 2.12; 2 Co 11.2);
paciente — porque a Noiva, submissa,
espera, a chegada do Seu amado (Tg 5.7);
pacífico, equilibrado e seguro — porque ela
confia na promessa do seu Noivo: Ele voltará para buscá-la (Jo 14.1-3);
diligente, dinâmico e operante — porque ela
trabalha enquanto é dia, anunciando as virtudes do Seu amado, até que Ele venha
(Jo 9.4; 1 Co 11.26);
alerta — porque, até na escuridão da
noite, ela está pronta, aguardando o Noivo, que poderá chegar de repente (Mt
25.6).
3. A GRANDE
FESTA DAS BODAS
Nenhuma
festa de casamento terrena pode ser comparada, sob qualquer aspecto, às bodas
do Cordeiro. Todos os salvos e remidos, de todas as épocas e lugares, aguardam
esse grande dia (Ap 19.7).
3.1. Onde
tudo acontecerá
O céu foi
criado e configurado por Deus para ser Sua morada (1 Rs 8.27,30; Is 63.15;
57.15) e para ser a morada eterna dos remidos (Hb 11.16). A grande festa das bodas
do Cordeiro acontecerá nesse lugar de perfeição, onde não haverá mais morte,
nem pranto, nem clamor, nem dor (Ap 21.4); nem noite (Ap 21.25); nem maldição
(Ap 22.3); nem fome, sede ou calor excessivo (Ap 7.16); nem condenação (Jo
5.24), tampouco corrupção (1 Co 15.54; 1 Pe 1.4).
A festa das
bodas do Cordeiro acontecerá na Jerusalém celestial, a cidade do Deus vivo (Hb
12.22), exatamente na sala do trono de Deus, onde resplandece a luz perpétua e
divinal, que o Noivo dará à Sua Noiva (Is 60.1-3,19,20).
3.2.
Vestimenta adequada
A veste
nupcial será o traje de todos os participantes escolhidos e convidados para o
grande casamento — estas foram lavadas e alvejadas pelo sangue do Cordeiro (Ap
7.14; 22.14).
O vestido da
Noiva são os atos de justiça, representados como linho fino, puro e
resplandecente (Ap 19.6-8) — como na parábola do grande rei que celebra as
bodas do seu filho (Mt 22.1-12). Aqueles que não estiverem devidamente traja
dos, seguindo as exigências do evento, serão reconhecidos, confrontados e
punidos (Mt 22.14).
3.3.
Convidados especiais
Estarão
presentes neste casamento o Pai, o Espírito Santo e todos os seres criados que
habitam os céus (1 Tm 5.21a). Somente os chamados terão acesso (Ap 19.9),
conjuntamente com a Igreja Triunfante e os santos do Antigo Testamento (Mt
8.11; Lc 14.15) — como disse o senhor Jesus, os amigos do Noivo (Jo 3.29).
3.4. O
tempo de cantar chegou!
Nas bodas do
Cordeiro, haverá grande alegria, celebração, júbilo, regozijo e felicidade (Ap
5.11-14). Ao som de instrumentos preparados exclusivamente para este fim, em
meio a cânticos e louvores, estarão o Noivo e a Noiva. Veja! O inverno passou;
as chuvas acabaram e já se foram. Aparecem flores sobre a terra, e chegou o
tempo de cantar (Ct 2.11, 12 NVI).
Veste significa fidelidade em fazer as
boas obras. Essa vestimenta deve ser usada pelo crente e consiste de boas obras
realizadas na dependência do Espírito Santo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central
Gospel, 2010b, p. 792).
CONCLUSÃO
A figura da
Igreja como uma noiva que se prepara para contrair núpcias com o Senhor Jesus —
para tornar-se a Esposa do Cordeiro — aparece em várias passagens bíblicas.
Este é um dos mais relevantes símbolos neotestamentários, cujos significados
são importantíssimos para todos os crentes salvos de todas as épocas.
Nesta era —
na dispensação da graça —, Deus, por intermédio do Seu Santo Espírito, tem-nos
dado Sua unção, Sua Palavra e Seu poder para anunciarmos o evangelho ao mundo,
até que o Noivo volte para o grande dia das bodas celestiais (Jo 14.1,2).
Devemos estar
disponíveis e cautelosos para o dia do enlace eterno com o Senhor Jesus (2 Co
11.2)

Estudo
Bíblico As Bodas do Cordeiro
As Bodas do
Cordeiro será a consumação da união mística entre Cristo e a Igreja. Acontecerá
depois que a Igreja for galardoada no Tribunal de Cristo. Será conduzida ao
palácio real, onde se encontra a “Sala do Banquete” (Ct 2.4), quando então, se
dará início à celebração da Ceia das Bodas do Cordeiro.
Neste
evento, todos os santos estarão presentes, os do Oriente e do Ocidente, tomarão
lugar à mesa (Mt 8.11). “Nas Bodas do Cordeiro, a Igreja apossar-se-á de toda a
sua herança como a Noiva de Cristo, e Cristo a possuirá, concretizando, assim,
de maneira amorosa e eterna, o alvo maior do plano redentivo: Deus entre o seu
povo, e o seu povo a desfrutar-lhe de todos os benefícios advindos desta
comunhão”. [1]
Apóstolo
Paulo se referiu a esta noiva quando escreveu aos coríntios: “Estou zeloso de
vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma
virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (1Co 11.2). Apocalipse também nos
chama a atenção para o fato de a noiva já está pronta, vestida de linho fino,
puro e resplandecente (Ap 19.7,8). Horton faz a seguinte observação sobre o
assunto:
Os exércitos
do céu, que seguem Jesus em cavalos brancos (simbolizando triunfo), estão
“vestidos de linho fino, branco e puro” (Ap 19.14), identificando-os claramente
com a Noiva do Cordeiro (a Igreja), que participa das Bodas do Cordeiro (Ap
19.6-9). Isto quer dizer que eles já estiveram no céu e já se vestiram
plenamente com “os atos de justiças dos santos” (Ap 19.8, ARA). Isto também nos
sugere que o número desses atos já foram completados e que os crentes já foram
ressuscitados, transformados e arrebatados para o céu. Do mesmo modo isto
implica que eles já compareceram diante do julgamento do Tribunal de Cristo
(2Co 5.10). [2]
Entrada
triunfal de Jesus no céu com sua Noiva.
Como
dissemos acima, a celebração das Bodas seguirá os acontecimentos do Bema de
Cristo, haja vista, a Igreja já aparecer adornada com “os atos de justiça dos
santos” (Ap 19.8) que certamente se refere aos acontecimentos do tribunal de
Cristo. Certamente será grande a alegria de todos os salvos arrebatados, quando
juntos ao seu Senhor, adentrarem no céu, lugar preparado por Ele (Jo 14.1-3).
Ali serão recepcionados por multidões de anjos (Ap 5.11), que os receberão com
cânticos de aleluia (Ap 5.9-12), juntamente com a noiva que também cantará (Ap
5.9,10; 15.3,4).
Jesus
apresenta ao Pai sua Noiva.
Durante o
tempo do seu ministério terreno, Jesus fez promessas aos seus seguidores,
àqueles que permanecessem fiéis, de apresentá-los e confessá-los diante de seu
Pai e dos santos anjos (Mt 10.32; Lc 12.8; Ap 3.5). Naquele Dia o próprio Jesus
apresentará diante do Pai, os filhos. Ele dirá: “Eis-me aqui, com os filhos que
me deu o Senhor” (Is 8.18). Os olhos de Deus, o Todo-Poderoso contemplarão os
salvos (Cl 1.23;1Ts 3.17), a Noiva de Cristo, seu particular tesouro (Ml 3.17).
As Bodas do
Cordeiro.
O texto
bíblico nos diz: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, demos-lhe glória, porque
vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7). Este
acontecimento se dará no céu e será o momento triunfal da Igreja de Cristo. Ela
estará livre para sempre de toda angústia, luta, pecado, etc. A Noiva está no
céu. Será o casamento tão almejado e esperado. Comentando sobre o texto acima,
Ciro Ziborde apresenta fatos relacionados ao referido evento:
1) A Igreja
do Senhor, à semelhança de uma noiva, estará pronta, preparada para as Bodas
(Mt 25.10). Ela já chegará ao local do banquete ataviada, devidamente trajada
com as suas vestes nupciais. E Jesus, com grande alegria, a apresentará diante
de seu Pai (Mt 10.32; Ap 3.5; Ef 5.27) e dos seus anjos (Lc 12.8).
2) Haverá
grande regozijo por parte dos salvos, quando entrarem na sala do banquete (cf.
Ct 2.4). Ali, entoar-seão cânticos de adoração ao Cordeiro (Ap 5.9-11). A
alegria que experimentarão não pode ser comparada a nenhum sentimento desta
vida. Daí a razão de glorificarmos ao Senhor em altas vozes.
3) A noiva
do Cordeiro estará vestida de linho fino, puro e resplandecente, que representa
as justiças dos santos; ou seja, ela entrará na sala do banquete galardoada,
honrada pelo noivo. [3]
Os
participantes das Bodas do Cordeiro.
Os
participantes do referido evento constará de Cristo e sua Igreja. Dr.
Pentecosts diz que “as bodas do Cordeiro constituem um acontecimento que,
evidentemente, inclui Cristo e a Igreja”. [4] Ele nos informa “que a
ressurreição de Israel e dos santos do Antigo Testamento não ocorrerá até a
segunda vinda de Cristo (Dn 12.1-3; Is 26.19-21)”. [5] Ele continua:
“Apocalipse 20.4-6 esclarece que os santos da tribulação também não
ressuscitarão até aquele dia”. [6] E conclui: “Embora fosse impossível eliminar
esses grupos da posição de observadores, eles não ocupam a posição de
participantes do acontecimento em si”. [7]
Bodas do
Cordeiro e a Ceia de Casamento.
“E disse-me:
Escreve: Bem aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.
E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus” (Ap 19.9). Estudiosos
opinam que deve haver distinção entre Bodas do Cordeiro e Ceia de casamento.
Dr. Pentecosts enfatiza sobre o assunto: A esse respeito parece necessário
distinguir as bodas do Cordeiro da ceia de casamento. As bodas do Cordeiro
referem-se particularmente à Igreja e ocorrem no céu. A ceia de casamento
inclui Israel e ocorre na terra. Em Mateus 22.1-14, em Lucas 14.16-24 e em
Mateus 25.1-13, trechos em que Israel aguarda o retorno do noivo e da noiva, a
festa ou ceia de casamento é localizada na terra e tem referência especial a
Israel. A ceia de casamento torna-se então uma parábola de todo o período do
milênio para o qual Israel será convidado durante o período tribulacional,
convite que muitos rejeitarão, sendo por isso lançado fora, e muitos aceitarão
e serão recebidos. Por causa da rejeição, o convite será estendido aos gentios,
de sorte que muitos deles serão incluídos. Israel, na segunda vinda, estará
esperando que o Noivo venha para a cerimônia de casamento e o convide para
aquela ceia, na qual o Noivo apresentará Sua noiva para os amigos (Mt 25.1-13).
[8]
Harold L.
Willmington corrobora com este pensamento. Ele faz a seguinte observação:
Em que
momento o casamento torna-se público? Aparentemente, a cerimônia de casamento
(a fase de apresentação) será realizada no céu em caráter privado,
possivelmente logo após o julgamento bema de Cristo. O banquete de casamento (a
fase de celebração) será realizado publicamente na terra, logo após a segunda
vinda de Cristo. Não é por acaso que a Bíblia descreve o Milênio como
imediatamente após o início do banquete (Ap 1920). [9]
Paul Benware
se une a este pensamento. Ele afirma com bastante veemência:
Como é o
caso da maioria dos casamentos, uma distinção deve ser feita entre o casamento
e o banquete do casamento. O casamento que une é seguido por um tempo de
celebração dessa união (Ap 19.7-9). O casamento ocorre no céu, mas o banquete
se dá na terra. Este grande banquete é o retrato do Reino Milenar de Cristo e
talvez do reino eterno que se segue. É o retrato da grande alegria que permeará
o reino do Senhor sobre todos os redimidos de todas as eras. [10]
O Dr.
Pentecosts encerra o assunto observando que:
Seria melhor
adotar essa visão e ver as bodas do Cordeiro como o acontecimento celestial no
qual a Igreja é eternamente unida a Cristo, e a festa ou a ceia das bodas como
o milênio para o qual, judeus e gentios serão convidados, que ocorrerá na terra
e onde o Noivo será honrado pela apresentação da noiva a todos os seus amigos
que estão reunidos ali. [11]
Estou
convicto que este será um evento indescritível. Será o momento triunfal da
Igreja de Cristo em todo tempo. Os santos do Senhor estarão livres para sempre
de todos os dissabores desta vida presente, viveremos para sempre com o Senhor,
eternamente a adorá-lo para sempre e sempre!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Notas
Bibliográficas
[1] Andrade,
Claudionor Correia. Dicionário de Escatologia Bíblica. RJ, CPAD pg. 35 [2]
HORTON, Stanley M. Nosso Destino, o ensino bíblico das últimas coisas. RJ,
CPAD, pg. 82. [3] Teologia Bíblica Pentecostal, CPAD, pg. 509,10
FONTE : ADVEC
– TESOURO
Capítulo 7 As Bodas do Cordeiro
“E disse-me: Escreve: Bem-aventurados
aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as
verdadeiras palavras de Deus” (Ap 19.9)
No cenário
dos fins dos tempos, segundo a Palavra de Deus, já sabemos que o próximo
acontecimento cósmico será o arrebatamento da Igreja de Jesus Cristo. “Jesus
vem breve!” É o brado, mesmo silencioso, nas igrejas que amam a sua vinda. Em
tempos passados, essa frase estava na parte superior dos púlpitos das igrejas
Assembleias de Deus em todo o Brasil. Com os anos, houve igrejas que
reduziram-na para apenas “Jesus Vem”; depois, em muitos lugares, resumiu-se
numa palavra: “Jesus”. Alguém, não se sabe com que inspiração ou motivo,
entendeu que era “mais elegante”, “soava melhor”, colocar apenas o nome de
Jesus. Nome maravilhoso, acima de qualquer nome. Contudo, o alerta para a volta
de Jesus deve ser uma constante proclamação por parte de sua Igreja.
Porém,
nas igrejas mais conservadoras, a frase completa, alertando a todos que entram
no templo, continua como alerta eloqüente, lembrando que a vinda de Jesus se
aproxima para o arrebatamento da Igreja. Mas para que Ele vem? Todos sabemos.
Ele vem como Noivo para buscar a sua Noiva para as “Bodas do Cordeiro”, e viver
com ela para sempre, na eternidade. Após galardoar seus servos fiéis, no seu
Tribunal, Jesus introduzirá a Igreja nas mansões celestiais, onde a espera para
servir a grande Ceia, em sua festa nupcial. “Bem-aventurados aqueles servos, os
quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se
cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá” (Lc 12.37).
Naquele
momento glorioso, os salvos de todos os lugares do mundo, em todos os tempos,
ao longo da História, estarão reunidos, sob os olhares dos milhões de anjos, querubins,
serafins e demais seres celestiais, participando da celebração do maior evento
nupcial do universo. Haverá os que, na terra, nunca foram convidados para um
casamento sequer; haverá os que nunca foram chamados para ser testemunhas de
nenhum casamento, nas igrejas; haverá os que sequer fizeram uma pequena festa
em seu casamento, por falta de condições; haverá os que foram deserdados por
seus pais, por serem fiéis a Cristo; haverá os que foram perseguidos e até
torturados por amor a Cristo, por não negarem o nome de Jesus.
Haverá os
que não passaram por tantas agruras em sua vida, servindo a Deus, mas foram
igualmente fiéis. Sim, porque a “prova” da bonança é fatal para muitos crentes.
A ilusão das riquezas permitidas ou concedidas por Deus faz com que muitos
percam de vista a expectativa da vinda de Jesus. E passam a ter uma vida de
prazeres carnais, de hipocrisia e de fachada, no meio das igrejas. Se não se
arrependerem e voltarem ao “primeiro amor” (Ap 2.4), ficarão para trás. Não
estarão no Tribunal de Cristo para serem premiados por suas obras, nem
participarão das Bodas do Cordeiro. Que Deus nos guarde ante a proximidade da
volta de Jesus, que façamos parte da “Igreja que vai subir”, e não da que vai
ficar.
I - O Significado das Bodas do Cordeiro
1. O que
Será
Será o
maior evento matrimonial do universo. Os chamados “casamentos do século” nem de
longe podem comparar-se às Bodas do Cordeiro. Jesus previu esse acontecimento:
“E eu vos destino o Reino, como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à
minha mesa no meu Reino” (Lc 22.29,30). Na visão do Apocalipse, João teve o
privilégio de registrar o anúncio do grande acontecimento, que marcará para
sempre a união entre Cristo e sua Igreja. Será o encontro glorioso, já nos
céus, entre Cristo e sua Igreja amada: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e
demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se
aprontou” (Ap 19.7). Há uma tradução que diz: “a sua noiva se aprontou”.1
2. Quem
Participará das Bodas do Cordeiro?
Milhões
e milhões de salvos entrarão nas Bodas do Cordeiro. João viu a multidão
incalculável de remidos por Cristo, que estarão com Ele nos céus: “E cantavam
um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos,
porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo,
e língua, e povo, e nação” (Ap 5.9). A Noiva do Cordeiro (a Igreja) será
composta dos cristãos verdadeiros, e os crentes de todas as épocas, incluindo
os que morreram fiéis a Deus, no Antigo Testamento, sobre quem o sacrifício de
Cristo teve efeito retroativo. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas
vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e
possam entrar na cidade pelas portas” (Ap 22.14).
Serão os
que forem arrebatados, na volta de Jesus. Com o vimos no capítulo 5, os mortos
em Cristo ressuscitarão e terão o privilégio de subir primeiro ao encontro de
Jesus, seguidos dos que estiverem vivos e serão transformados. “Porque o mesmo
Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de
Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que
ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar
o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16,17).
3. Quem
Ficará de Fora
O
Apocalipse nos diz quem não entrará na nova Jerusalém. Quem não puder entrar lá
é porque não terá sido arrebatado. “E eis que cedo venho, e o meu galardão está
comigo para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o
Princípio e o Fim, o Primeiro e o Derradeiro. Bem-aventurados aqueles que lavam
as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da
vida e possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães e os
feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer
que ama e comete a mentira” (Ap 22.12-15 - grifo nosso).
Diante
dessa grave advertência, todo crente em Jesus deve vigiar e orar para não cair
na tentação do pecado, e ser apanhado de surpresa pelo arrebatamento e ficar
para a Grande Tribulação; e seguir o conselho de Paulo: “Segui a paz com todos
e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Mais incisiva e
contundente é a exortação do apóstolo quanto à integridade do crente ante a
vinda de Jesus: “Abstende-vos de toda aparência do mal. E o mesmo Deus de paz
vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam
plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo” (1 Ts 5.22,23).
II - A Rejeição ao Convite do Rei
1. O Convite ao Povo de Israel
Na
parábola das Bodas, Jesus quis antecipar o que acontecerá com os que não
estiverem preparados para entrar no céu. No texto de Mateus 22.1-14, vê-se que
“um certo rei que celebrou as bodas de seu filho” (v. 2). Esse rei representa
Deus, o Pai, que já preparou tudo nos céus, para as Bodas do Cordeiro, de seu
Filho Jesus Cristo. Num primeiro momento, aquele rei manda “seus servos a
chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir” (v. 3). Refere-se
aos judeus, que, durante séculos, não quiseram ouvir os profetas que lhes
transmitiram a Palavra de Deus, convidando-os para viver com Ele. Mas deram as
costas para os mensageiros. Noutro momento, o rei manda outros servos, ou
outros mensageiros para convidar o povo de Israel para as bodas do Filho do
rei, mas eles rejeitam, e até matam os homens enviados (v. 4-6). Esse texto
resume, sem dúvida, o que aconteceu no relacionamento de Deus com o povo
escolhido, no Antigo Testamento.
2. A
Tragédia dos que Rejeitaram a Deus
Figuradamente,
o rei da parábola, que representa Deus, executou terrível juízo sobre os que
rejeitaram seu honroso convite para as bodas de seu Filho. Os judeus sofreram,
ao longo dos tempos antigos, a experiência terrível do cativeiro egípcio, de
onde foram libertos por Deus; sofreram os cativeiros assírio e babilônico, onde
amargaram a dor por causa de sua desobediência. “E o rei, tendo notícias disso,
encolerizou-se, e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e
incendiou a sua cidade” (Mt 22.7). No ano 70 d.C., Jerusalém foi invadida pelos
romanos, sob o comando do general Tito, e todos foram dispersos e perseguidos
por várias nações. Até hoje, Israel como um todo não reconhece Jesus como o
Messias.
Mas haverá
um remanescente que despertará do equívoco espiritual e reconhecerá que Jesus
de Nazaré era (e é) de fato o “Desejado de todas as nações” (Ag 2.7). Diz
Paulo: “Também Isaías clamava acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos
de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo” (Rm 9.27).
João viu, na Ilha de Patmos, a revelação dos últimos tempos, o futuro da
Igreja, e o destinos dos salvos em Cristo Jesus, incluindo os que pertencem à
nação de Israel. E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e
quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel” (Ap 7.4).
Certamente, será um grupo especial de israelitas salvos, que terão uma missão
muito elevada, de proclamar o evangelho de Cristo às nações, e subirão ao
encontro do Senhor para participar das Bodas do Cordeiro e, na segunda fase da
volta de Jesus, estarem com Ele em Jerusalém. E olhei, e eis que estava o
Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em
sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai” (Ap 14.1).
3. O
Convite a Todos
A parábola
diz que “os convidados não eram dignos” (Mt 22.8). Ou se tornaram indignos por
sua rejeição a Deus e a seu Filho prometido, o Messias de Israel. Diante dessa
recusa desrespeitosa ao “rei”, este disse: “Ide, pois, às saídas dos caminhos e
convidai para as bodas a todos os que encontrardes. E os servos, saindo pelos
caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa
nupcial ficou cheia de convidados” (Mt 22.9,10). Isso se cumpriu, por
intermédio de Cristo, quando Ele disse: “Vinde a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).
Por meio
de Cristo, Deus lançou o convite inclusivo, a todos os homens, para serem
salvos, mediante a condição de arrependerem-se e crerem no evangelho (Mc 1.15).
O evangelho de Cristo não é excludente, desde que quem o busque aceite as
condições para ser seu discípulo (Lc 9.23). Em várias ocasiões, são vistas
pessoas que desobedecem frontalmente à Lei de Deus, e procuram justificar suas
práticas abomináveis, invocando o grande amor de Deus. Os homossexuais,
normalmente, em seus desfiles ou paradas, usam faixas com dizeres alusivos ao
amor de Deus: “Deus não exclui ninguém”, “Deus ama a todos”, etc. Mas tais
manifestações só aumentam sua reprovação da parte do Senhor. O amor de Deus
jamais encobrirá ou justificará os pecados ou iniquidades condenados na sua
Lei. “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os
homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Ap 22.15 -
grifo nosso). A palavra “cães”, no texto de Apocalipse, eqüivale a
homossexuais.
Em
Deuteronômio, vemos Deus rejeitando as ofertas dos homossexuais e das
prostitutas, de modo bem incisivo: “Não trarás salário de rameira nem preço de
cão à casa do Senhor, teu Deus, por qualquer voto; porque ambos estes são
igualmente abominação ao Senhor, teu Deus” (Dt 23.18). Champlin corrobora esse
entendimento sobre a palavra “cão”, nesse texto, dizendo: “A palavra sodomita,
usada no versí culo 18, no original hebraico é keleb, ‘cão’, provavelmente
servia tanto a homens como a mulheres, e sem dúvida a bissexuais, em muitos
casos”.2 Quanto aos feiticeiros, os que se prostituem, os homicidas, os
idólatras e mentirosos, não há necessidade de comentários, pois são
qualificações bem conhecidas de pessoas que vivem na prática da impiedade.
Destacamos a questão dos homossexuais porque, nos últimos tempos, haverá um
aumento acentuado de suas práticas abomináveis, como verdadeira afronta ao
Criador.
4. Os que
não Estão Preparados
Na
parábola das bodas, o rei surpreende um homem que foi convidado, mas não estava
trajado adequadamente para a festa nupcial. “E o rei, entrando para ver os
convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste nupcial” (Mt
22.11). E o rei mandou que seus servos lançassem o intruso “nas trevas
exteriores”, onde “haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 22.13). Notemos que
ele tinha autorização para estar ali, pois fora convidado. Mas sua veste não
era apropriada para estar lá. E uma figura dos crentes que estão nas igrejas,
fazem parte dos convidados, aceitaram a Cristo um dia, mas não se prepararam
espiritualmente para o grande dia das Bodas do Cordeiro. João viu os mártires
da Grande Tribulação, que foram salvos e puderam chegar aos céus, pelo fato de
terem suas vestes devidamente lavadas para estarem ali. “E um dos anciãos me
falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde
vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disseme: Estes são os que
vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue
do Cordeiro” (Ap 7.13,14).
III - A Apresentação da Noiva do Cordeiro
1.
Jesus Apresentará a Igreja ao Pai
Será
gloriosa a apresentação da Igreja a Deus. Os salvos de todo o mundo, após
passarem pelo Tribunal de Cristo, serão apresentados ao Pai, numa solenidade
divina, jamais imaginada por qualquer pessoa na história do universo. Os
crentes do Antigo Testamento juntar-se-ão aos fiéis da Igreja, num só corpo,
num só rebanho, num só grupo, para assentar-se à mesa do Rei: “E virão do
Oriente, e do Ocidente, e do Norte, e do Sul e assentar-se-ão à mesa no Reino
de Deus” (Lc 13.29). Será a festa gloriosa para os que vencerem todas as lutas,
obstáculos e barreiras que se apresentam diante dos salvos. “O que vencer será
vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da
vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap
3.5); Jesus apresentará sua Noiva, “sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante”
(Ef 5.27).
2.
Características da Noiva do Cordeiro
1) Ela é
fiel. “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado
para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2 Co
11.2,3; 1 Co 4.2; Mt 25.21);
2) Ela é
santa. “[...] como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por
ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para
a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.25-27).
3 ) Só
pertence a Ele, e não dá lugar ao mundo. “Ninguém pode servir a dois senhores,
porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o
outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt 6.24; Ap 2.10); “Não ameis o
mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está
nele” (1 Jo 2.15);
4) Espera
pelo seu Noivo. “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o
Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a
todos os que amarem a sua vinda” (2 Tm 4.8);
5) E
perfeita. “Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga,
nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27; 1 Ts 5.23);
6) Adora a
Deus. “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o
Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem”
(Jo 4.23).
7)
Proclama a mensagem do Noivo. “Mas digo: Porventura, não ouviram? Sim, por
certo, pois por toda a terra saiu a voz deles, e as suas palavras até aos
confins do mundo” (Rm 10.18; Mc 16.15).
3. Haverá
uma Grande Ceia nos Céus
1) Serão
reunidos os salvos de todos os tempos. Será algo nunca visto. Jesus é quem vai
servir à mesa, com os salvos sentados, ao lado de Abraão, Isaque e Jacó: “Mas
eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa
com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus” (Mt 8.11); este versículo dá
base bíblica para afirmarmos que, nos céus, conheceremos uns aos outros; se
vamos conhecer Abraão, Isaque e Jacó, certamente, também conheceremos os irmãos
com quem convivemos na terra. Sem dúvida, será um privilégio indizível poder
estar ao lado dos santos da Antiga Aliança, falar com eles, e compartilhar da
alegria de estar nas Bodas do Cordeiro.
2) Jesus é
quem vai servir. “Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor
vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à
mesa, e, chegando-se, os servirá” (Lc 12.37); é uma inferência consistente,
pois a parábola é uma figura da realidade que Cristo quis explicar sobre a vida
futura. Ele prometeu cear outra vez no reino de seu Pai (Mt 26.29; Mc 14.25).
Se estar nas Bodas do Cordeiro já será uma honra jamais vista, imaginemos o que
será ser servido pelo Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).
Diante de
tamanha revelação acerca do futuro glorioso da Igreja, podemos afirmar que vale
a pena ser fiel a Deus; vale a pena renunciar ao mundo e seguir a Cristo; vale
a pena buscar a santificação para poder participar dessa maravilhosa festa
celestial. Nas Bodas do Cordeiro, só haverá alegria, festa celestial, com a
presença de bilhões de crentes salvos, de todo o mundo, de todos os tempos,
rodeados de anjos, do arcanjo, de querubins, serafins, dos quatro seres
viventes e dos vinte e quatro anciãos.
Livro : O
FINAL DE TODAS AS COISAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário