quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Lição 09 - As Bodas do Cordeiro







                                         TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Apocalipse 19.7-10
7 - Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
8 - E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.
9 - E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.
10 - E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.
2 Coríntios 11.2
2 - Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.
Efésios 5.27
27 - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
Lucas 12.35-37
35 - Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas candeias.
36 - E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe.
37 - Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá.

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira – Juízes 14.12-17: Bodas celebradas por sete dias
3ª feira – Cantares 2.1-4: A sala do banquete
4ª feira – Mateus 8.5-13: Assentar-se à mesa com Abraão, Isaque e Jacó
5ª feira – Mateus 22.1-14: Sem as vestes nupciais
6ª feira – Mateus 25.1-6: A chegada do esposo
Sábado – Apocalipse 19.1-9: Felizes são os convidados para as Bodas
TEXTO ÁUREO
Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas
são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. Apocalipse 19.7

OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
- compreender biblicamente que a Igreja é a Noiva de Cristo e se tornará a Esposa do Cordeiro;
- identificar, de acordo com a concepção bíblica, as características de uma noiva que espera a chegada do noivo;
- descrever o amor do Noivo e da Noiva, cujo clímax se dará na glória do maior casamento de todos os tempos.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor,
Inicie a aula dividindo a lousa em duas partes: na parte direita, escreva casamento; na outra, preparativos. Use o método de perguntas e respostas.

Dirija-se aos alunos, individualmente, e pergunte a cada um deles: qual a sua concepção de casamento. Oriente-os sobre o que a Bíblia diz acerca do assunto e, em seguida, sobre quais são os preparativos para esse grande dia.

Selecione algumas respostas e escreva os conceitos na lousa;
então, trabalhe-os no contexto da aula, fazendo uma analogia com as bodas do Cordeiro. Não é à toa que Jesus utilizou-se do método de perguntas, que também é chamado de método catequético. Por meio desse recurso, o professor pode avaliar o nível de interesse e o conhecimento da classe ou de um aluno em particular [...]. Com esse método, o Mestre conferia grande praticidade às Suas preleções e ensinava de modo enfático grandes verdades do Reino de Deus (CHAVES, G. Central Gospel, 2012, p. 36,7).
Boa aula!

COMENTÁRIO

 Palavra introdutória
Deus criou o homem e a mulher com Suas próprias mãos — como pessoas adultas — e uniu-os em santo matrimônio (Gn 2.24).

No final dos tempos, após o Tribunal de Cristo, Deus celebrará outra união, como no início. Será o grande casamento:
grande em amor, felicidade, alegria, significado, beleza, glória, louvor, reverência, mistério e santidade! Esse matrimônio chama-se as bodas do Cordeiro; nele, o Senhor Jesus será o Noivo, e a Igreja, a Noiva (Ap 19.7).

1. CARACTERÍSTICAS DO CASAMENTO JUDAICO
O casamento judaico era uma ocasião de grande júbilo familiar (Jr 33.11). Os nubentes usavam trajes especiais nesse dia (Is 61.10; Ez 16.9-13).

A noiva usava um fino vestido, em geral adornado com joias e outros ornamentos (Sl 45.14,15; Is 61.10), e um véu (Gn 24.65; Ct 4.3), que era removido no aposento nupcial — isto explica a necessidade de Rebeca ter-se coberto com véu na presença de Isaque, seu noivo (Gn 24.65), como também explica o fato de Labão ter encontrado certa facilidade para trocar Raquel por Leia, sua filha mais velha, na noite do casamento com Jacó (Gn 29.23-25). O noivo, por sua vez, geralmente trajava roupas finas e um diadema (Ct 3.11; Is 61.10).

Em paralelo, a nação de Israel e a Igreja são comparadas a uma noiva, observando-se suas diferenças:
(1) a nação de Israel é descrita como uma esposa imoral (Is 54.5,6; Ez 16.28; Os 2.2; 5.3;9.1);
(2) a Igreja é descrita como uma noiva pura e virgem (2 Co 11.2) (Adaptado de: WILLMINGTON, H. L. Central Gospel, 2015b, p. 85).

1.1. Procedimentos do jovem pretendente
Segundo a tradição hebraica, na maior parte das vezes, o pai dizia ao seu filho com qual moça ele deveria se casar; de outra parte, a jovem teria o marido escolhido por seu pai (1Sm 18.17-28). Em outras ocasiões, no entanto, o rapaz poderia contrair matrimônio com a moça por quem se interessasse (Jz 14.1-3). A partir de então, a proposta de casamento era feita — por meio de um contrato (legal e verdadeiro), no qual se estabeleciam os termos do acordo. O mais importante a ser considerado na transação era o preço que o noivo estava disposto a pagar para desposar aquela noiva em particular (Gn 34.12).

Depois de firmado o contrato, o noivo pagava o valor estipulado e, depois, partia. Historiadores informam que o noivo deveria fazer um breve discurso à noiva, dizendo: eu vou preparar lugar para você (Jo 14.2). De volta à casa de seu pai, o noivo deveria construir para a noiva uma câmara nupcial, na qual passariam a lua de mel.

Se alguém visse o noivo trabalhando para concluir sua câmara nupcial, e porventura lhe perguntasse quando seria o grande dia, ele deveria responder: só meu pai sabe (Mt 24.36).

1.2. Deveres da noiva pretendida
Nesse período, a noiva era considerada consagrada, separada e comprada por preço. Ela não poderia retirar o véu, símbolo do seu compromisso (Gn 24.65).

A noiva estaria obrigada a esperar pacientemente pelo dia do matrimônio. Nesse ínterim — além de preparar o enxoval e organizar todas as coisas, até que o noivo viesse buscá-la —, a noiva deveria convocar suas irmãs, suas melhores amigas e todos aqueles que seguiriam com ela para as bodas.

Segundo a tradição, a noiva deveria ter consigo uma lâmpada com azeite, para o caso de o noivo demorar a chegar, ou para o caso de ele chegar tarde da noite — ela deveria estar pronta para partir, assim que fosse solicitada, e isso poderia acontecer de um momento para o outro, sem prévio aviso (Mt 25.6).

1.3. É chegada a hora das bodas
Os amigos do noivo eram obrigados a dar um sinal à noiva, quando se aproximassem da casa dela, que poderia ser um grito: aí vem o esposo! (Mt 25.6) — ao ouvir o brado, ela saberia que a hora das bodas chegara.

Ao se encontrarem, os nubentes entravam na câmara nupcial e trancavam a porta para consumar o casamento. Algum amigo ou parente ficava à porta, pelo lado de fora, para vigiá-la, a fim de garantir que eles não seriam incomodados. Enquanto isso, o pai do noivo recebia os convidados para as bodas.

Passados sete dias, os noivos saíam da câmara nupcial e eram anunciados por alguém que estivesse junto à porta (Gn 29.27,28; Jz 14.12; Jo 2.2-10). Nesta ocasião, a noiva apresentava-se sem o véu, por já estar desposada. A aparição dos recém-casados na festa era celebrada com uma ceia em homenagem ao casal.
A Noiva do Cordeiro ficará sete anos no céu, na casa do Pai, e depois virá. Desta vez, com seu Esposo, e todos conhecerão a mais formosa entre as mulheres (Ct 6.1; Jd 1.14).

2. O AMOR DO NOIVO E DA NOIVA
A essência de todo e qualquer casamento reside na maior de todas as virtudes: o amor (1 Co 13.1-13). O amor é o vínculo da perfeição, pois reveste os cônjuges de afeto, misericórdia, bondade, humildade, mansidão e longanimidade (Cl 3.14) e reveste a união conjugal de beleza, força e estabilidade.

O amor do Noivo pela Noiva é infinitamente superior ao amor storge (grego = amizade entre familiares); philia (grego = companheirismo) ou eros (grego = amor romântico ou sensual, associado à atração física, ao prazer e ao ato sexual propriamente dito). O amor de Cristo pela Igreja — Sua futura esposa — éágape
(grego = divino e puro).

2.1. Características do amor do Noivo
Agostinho disse que, no céu, o amor que recebermos de Deus para a nossa alma transbordará para nosso novo corpo ressurreto em uma torrente de prazer (KREEFT; TACELLI. Central Gospel, 2008, p. 418).

O amor (ágape) do Noivo (Jesus) possui as seguintes características:

sacrificial — porque Ele entregou-se, deu-se por sua Noiva, a Igreja (Ef 5.25);
incondicional — porque não há qualquer exigência ou cobrança (Is 53.7);
intenso, robusto, crescente e edificante (Ef 4.16);
provedor — porque Ele supre as necessidades da Noiva, em todas as áreas (Ef 5.29);
purificador, com mensagens extraídas da Palavra divina (Ef 5.25,26b);
eterno — maior do que o tempo, as circunstâncias, a Terra e tudo mais (Jo 13.1).

2.2. Características do amor da Noiva
A essência do amor da Noiva (Igreja) é o Espírito Santo, prefigurado
no azeite, citado por Jesus na parábola das dez virgens (Mt 25.1-4). Significa dizer que o amor da Noiva é essencialmente consagrado, dirigido e orientado pela terceira pessoa da Trindade divina.

O amor da Noiva, eleita pelo Cordeiro, é:
santo e puro — porque ela não se conforma aos padrões mundanos, que contaminam e corrompem aqueles que se deixam levar por eles (1 Jo 2.15,16);

engrandecedor — porque a prepara, habilita e aperfeiçoa (Ef 5.27), até que ela esteja pronta para o encontro com o Noivo, a quem tanto ama e a quem prometeu fidelidade (Et 2.12; 2 Co 11.2);

paciente — porque a Noiva, submissa, espera, a chegada do Seu amado (Tg 5.7);

pacífico, equilibrado e seguro — porque ela confia na promessa do seu Noivo: Ele voltará para buscá-la (Jo 14.1-3);

diligente, dinâmico e operante — porque ela trabalha enquanto é dia, anunciando as virtudes do Seu amado, até que Ele venha (Jo 9.4; 1 Co 11.26);

alerta — porque, até na escuridão da noite, ela está pronta, aguardando o Noivo, que poderá chegar de repente (Mt 25.6).

3. A GRANDE FESTA DAS BODAS
Nenhuma festa de casamento terrena pode ser comparada, sob qualquer aspecto, às bodas do Cordeiro. Todos os salvos e remidos, de todas as épocas e lugares, aguardam esse grande dia (Ap 19.7).

3.1. Onde tudo acontecerá
O céu foi criado e configurado por Deus para ser Sua morada (1 Rs 8.27,30; Is 63.15; 57.15) e para ser a morada eterna dos remidos (Hb 11.16). A grande festa das bodas do Cordeiro acontecerá nesse lugar de perfeição, onde não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor (Ap 21.4); nem noite (Ap 21.25); nem maldição (Ap 22.3); nem fome, sede ou calor excessivo (Ap 7.16); nem condenação (Jo 5.24), tampouco corrupção (1 Co 15.54; 1 Pe 1.4).

A festa das bodas do Cordeiro acontecerá na Jerusalém celestial, a cidade do Deus vivo (Hb 12.22), exatamente na sala do trono de Deus, onde resplandece a luz perpétua e divinal, que o Noivo dará à Sua Noiva (Is 60.1-3,19,20).

3.2. Vestimenta adequada
A veste nupcial será o traje de todos os participantes escolhidos e convidados para o grande casamento — estas foram lavadas e alvejadas pelo sangue do Cordeiro (Ap 7.14; 22.14).

O vestido da Noiva são os atos de justiça, representados como linho fino, puro e resplandecente (Ap 19.6-8) — como na parábola do grande rei que celebra as bodas do seu filho (Mt 22.1-12). Aqueles que não estiverem devidamente traja dos, seguindo as exigências do evento, serão reconhecidos, confrontados e punidos (Mt 22.14).

3.3. Convidados especiais
Estarão presentes neste casamento o Pai, o Espírito Santo e todos os seres criados que habitam os céus (1 Tm 5.21a). Somente os chamados terão acesso (Ap 19.9), conjuntamente com a Igreja Triunfante e os santos do Antigo Testamento (Mt 8.11; Lc 14.15) — como disse o senhor Jesus, os amigos do Noivo (Jo 3.29).

3.4. O tempo de cantar chegou!
Nas bodas do Cordeiro, haverá grande alegria, celebração, júbilo, regozijo e felicidade (Ap 5.11-14). Ao som de instrumentos preparados exclusivamente para este fim, em meio a cânticos e louvores, estarão o Noivo e a Noiva. Veja! O inverno passou; as chuvas acabaram e já se foram. Aparecem flores sobre a terra, e chegou o tempo de cantar (Ct 2.11, 12 NVI).

Veste significa fidelidade em fazer as boas obras. Essa vestimenta deve ser usada pelo crente e consiste de boas obras realizadas na dependência do Espírito Santo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE. Central Gospel, 2010b, p. 792).

CONCLUSÃO
A figura da Igreja como uma noiva que se prepara para contrair núpcias com o Senhor Jesus — para tornar-se a Esposa do Cordeiro — aparece em várias passagens bíblicas. Este é um dos mais relevantes símbolos neotestamentários, cujos significados são importantíssimos para todos os crentes salvos de todas as épocas.
Nesta era — na dispensação da graça —, Deus, por intermédio do Seu Santo Espírito, tem-nos dado Sua unção, Sua Palavra e Seu poder para anunciarmos o evangelho ao mundo, até que o Noivo volte para o grande dia das bodas celestiais (Jo 14.1,2).

Devemos estar disponíveis e cautelosos para o dia do enlace eterno com o Senhor Jesus (2 Co 11.2)

REVISTA CENTRAL GOSPEL
  
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                                        Estudo Bíblico As Bodas do Cordeiro


As Bodas do Cordeiro será a consumação da união mística entre Cristo e a Igreja. Acontecerá depois que a Igreja for galardoada no Tribunal de Cristo. Será conduzida ao palácio real, onde se encontra a “Sala do Banquete” (Ct 2.4), quando então, se dará início à celebração da Ceia das Bodas do Cordeiro.

Neste evento, todos os santos estarão presentes, os do Oriente e do Ocidente, tomarão lugar à mesa (Mt 8.11). “Nas Bodas do Cordeiro, a Igreja apossar-se-á de toda a sua herança como a Noiva de Cristo, e Cristo a possuirá, concretizando, assim, de maneira amorosa e eterna, o alvo maior do plano redentivo: Deus entre o seu povo, e o seu povo a desfrutar-lhe de todos os benefícios advindos desta comunhão”. [1]

Apóstolo Paulo se referiu a esta noiva quando escreveu aos coríntios: “Estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (1Co 11.2). Apocalipse também nos chama a atenção para o fato de a noiva já está pronta, vestida de linho fino, puro e resplandecente (Ap 19.7,8). Horton faz a seguinte observação sobre o assunto:

Os exércitos do céu, que seguem Jesus em cavalos brancos (simbolizando triunfo), estão “vestidos de linho fino, branco e puro” (Ap 19.14), identificando-os claramente com a Noiva do Cordeiro (a Igreja), que participa das Bodas do Cordeiro (Ap 19.6-9). Isto quer dizer que eles já estiveram no céu e já se vestiram plenamente com “os atos de justiças dos santos” (Ap 19.8, ARA). Isto também nos sugere que o número desses atos já foram completados e que os crentes já foram ressuscitados, transformados e arrebatados para o céu. Do mesmo modo isto implica que eles já compareceram diante do julgamento do Tribunal de Cristo (2Co 5.10). [2]
Entrada triunfal de Jesus no céu com sua Noiva.
Como dissemos acima, a celebração das Bodas seguirá os acontecimentos do Bema de Cristo, haja vista, a Igreja já aparecer adornada com “os atos de justiça dos santos” (Ap 19.8) que certamente se refere aos acontecimentos do tribunal de Cristo. Certamente será grande a alegria de todos os salvos arrebatados, quando juntos ao seu Senhor, adentrarem no céu, lugar preparado por Ele (Jo 14.1-3). Ali serão recepcionados por multidões de anjos (Ap 5.11), que os receberão com cânticos de aleluia (Ap 5.9-12), juntamente com a noiva que também cantará (Ap 5.9,10; 15.3,4).
Jesus apresenta ao Pai sua Noiva.
Durante o tempo do seu ministério terreno, Jesus fez promessas aos seus seguidores, àqueles que permanecessem fiéis, de apresentá-los e confessá-los diante de seu Pai e dos santos anjos (Mt 10.32; Lc 12.8; Ap 3.5). Naquele Dia o próprio Jesus apresentará diante do Pai, os filhos. Ele dirá: “Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor” (Is 8.18). Os olhos de Deus, o Todo-Poderoso contemplarão os salvos (Cl 1.23;1Ts 3.17), a Noiva de Cristo, seu particular tesouro (Ml 3.17).

As Bodas do Cordeiro.

O texto bíblico nos diz: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7). Este acontecimento se dará no céu e será o momento triunfal da Igreja de Cristo. Ela estará livre para sempre de toda angústia, luta, pecado, etc. A Noiva está no céu. Será o casamento tão almejado e esperado. Comentando sobre o texto acima, Ciro Ziborde apresenta fatos relacionados ao referido evento:

1) A Igreja do Senhor, à semelhança de uma noiva, estará pronta, preparada para as Bodas (Mt 25.10). Ela já chegará ao local do banquete ataviada, devidamente trajada com as suas vestes nupciais. E Jesus, com grande alegria, a apresentará diante de seu Pai (Mt 10.32; Ap 3.5; Ef 5.27) e dos seus anjos (Lc 12.8).

2) Haverá grande regozijo por parte dos salvos, quando entrarem na sala do banquete (cf. Ct 2.4). Ali, entoar-seão cânticos de adoração ao Cordeiro (Ap 5.9-11). A alegria que experimentarão não pode ser comparada a nenhum sentimento desta vida. Daí a razão de glorificarmos ao Senhor em altas vozes.

3) A noiva do Cordeiro estará vestida de linho fino, puro e resplandecente, que representa as justiças dos santos; ou seja, ela entrará na sala do banquete galardoada, honrada pelo noivo. [3]
Os participantes das Bodas do Cordeiro.
Os participantes do referido evento constará de Cristo e sua Igreja. Dr. Pentecosts diz que “as bodas do Cordeiro constituem um acontecimento que, evidentemente, inclui Cristo e a Igreja”. [4] Ele nos informa “que a ressurreição de Israel e dos santos do Antigo Testamento não ocorrerá até a segunda vinda de Cristo (Dn 12.1-3; Is 26.19-21)”. [5] Ele continua: “Apocalipse 20.4-6 esclarece que os santos da tribulação também não ressuscitarão até aquele dia”. [6] E conclui: “Embora fosse impossível eliminar esses grupos da posição de observadores, eles não ocupam a posição de participantes do acontecimento em si”. [7]

Bodas do Cordeiro e a Ceia de Casamento.

“E disse-me: Escreve: Bem aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus” (Ap 19.9). Estudiosos opinam que deve haver distinção entre Bodas do Cordeiro e Ceia de casamento. Dr. Pentecosts enfatiza sobre o assunto: A esse respeito parece necessário distinguir as bodas do Cordeiro da ceia de casamento. As bodas do Cordeiro referem-se particularmente à Igreja e ocorrem no céu. A ceia de casamento inclui Israel e ocorre na terra. Em Mateus 22.1-14, em Lucas 14.16-24 e em Mateus 25.1-13, trechos em que Israel aguarda o retorno do noivo e da noiva, a festa ou ceia de casamento é localizada na terra e tem referência especial a Israel. A ceia de casamento torna-se então uma parábola de todo o período do milênio para o qual Israel será convidado durante o período tribulacional, convite que muitos rejeitarão, sendo por isso lançado fora, e muitos aceitarão e serão recebidos. Por causa da rejeição, o convite será estendido aos gentios, de sorte que muitos deles serão incluídos. Israel, na segunda vinda, estará esperando que o Noivo venha para a cerimônia de casamento e o convide para aquela ceia, na qual o Noivo apresentará Sua noiva para os amigos (Mt 25.1-13). [8]
Harold L. Willmington corrobora com este pensamento. Ele faz a seguinte observação:
Em que momento o casamento torna-se público? Aparentemente, a cerimônia de casamento (a fase de apresentação) será realizada no céu em caráter privado, possivelmente logo após o julgamento bema de Cristo. O banquete de casamento (a fase de celebração) será realizado publicamente na terra, logo após a segunda vinda de Cristo. Não é por acaso que a Bíblia descreve o Milênio como imediatamente após o início do banquete (Ap 1920). [9]
Paul Benware se une a este pensamento. Ele afirma com bastante veemência:
Como é o caso da maioria dos casamentos, uma distinção deve ser feita entre o casamento e o banquete do casamento. O casamento que une é seguido por um tempo de celebração dessa união (Ap 19.7-9). O casamento ocorre no céu, mas o banquete se dá na terra. Este grande banquete é o retrato do Reino Milenar de Cristo e talvez do reino eterno que se segue. É o retrato da grande alegria que permeará o reino do Senhor sobre todos os redimidos de todas as eras. [10]

O Dr. Pentecosts encerra o assunto observando que:
Seria melhor adotar essa visão e ver as bodas do Cordeiro como o acontecimento celestial no qual a Igreja é eternamente unida a Cristo, e a festa ou a ceia das bodas como o milênio para o qual, judeus e gentios serão convidados, que ocorrerá na terra e onde o Noivo será honrado pela apresentação da noiva a todos os seus amigos que estão reunidos ali. [11]
Estou convicto que este será um evento indescritível. Será o momento triunfal da Igreja de Cristo em todo tempo. Os santos do Senhor estarão livres para sempre de todos os dissabores desta vida presente, viveremos para sempre com o Senhor, eternamente a adorá-lo para sempre e sempre! 

Aleluia, aleluia, aleluia!

Notas Bibliográficas
[1] Andrade, Claudionor Correia. Dicionário de Escatologia Bíblica. RJ, CPAD pg. 35 [2] HORTON, Stanley M. Nosso Destino, o ensino bíblico das últimas coisas. RJ, CPAD, pg. 82. [3] Teologia Bíblica Pentecostal, CPAD, pg. 509,10

                                                                            FONTE : ADVEC – TESOURO


             Capítulo 7 As Bodas do Cordeiro

“E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus” (Ap 19.9)

No cenário dos fins dos tempos, segundo a Palavra de Deus, já sabemos que o próximo acontecimento cósmico será o arrebatamento da Igreja de Jesus Cristo. “Jesus vem breve!” É o brado, mesmo silencioso, nas igrejas que amam a sua vinda. Em tempos passados, essa frase estava na parte superior dos púlpitos das igrejas Assembleias de Deus em todo o Brasil. Com os anos, houve igrejas que reduziram-na para apenas “Jesus Vem”; depois, em muitos lugares, resumiu-se numa palavra: “Jesus”. Alguém, não se sabe com que inspiração ou motivo, entendeu que era “mais elegante”, “soava melhor”, colocar apenas o nome de Jesus. Nome maravilhoso, acima de qualquer nome. Contudo, o alerta para a volta de Jesus deve ser uma constante proclamação por parte de sua Igreja.
 Porém, nas igrejas mais conservadoras, a frase completa, alertando a todos que entram no templo, continua como alerta eloqüente, lembrando que a vinda de Jesus se aproxima para o arrebatamento da Igreja. Mas para que Ele vem? Todos sabemos. Ele vem como Noivo para buscar a sua Noiva para as “Bodas do Cordeiro”, e viver com ela para sempre, na eternidade. Após galardoar seus servos fiéis, no seu Tribunal, Jesus introduzirá a Igreja nas mansões celestiais, onde a espera para servir a grande Ceia, em sua festa nupcial. “Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá” (Lc 12.37).

Naquele momento glorioso, os salvos de todos os lugares do mundo, em todos os tempos, ao longo da História, estarão reunidos, sob os olhares dos milhões de anjos, querubins, serafins e demais seres celestiais, participando da celebração do maior evento nupcial do universo. Haverá os que, na terra, nunca foram convidados para um casamento sequer; haverá os que nunca foram chamados para ser testemunhas de nenhum casamento, nas igrejas; haverá os que sequer fizeram uma pequena festa em seu casamento, por falta de condições; haverá os que foram deserdados por seus pais, por serem fiéis a Cristo; haverá os que foram perseguidos e até torturados por amor a Cristo, por não negarem o nome de Jesus.

Haverá os que não passaram por tantas agruras em sua vida, servindo a Deus, mas foram igualmente fiéis. Sim, porque a “prova” da bonança é fatal para muitos crentes. A ilusão das riquezas permitidas ou concedidas por Deus faz com que muitos percam de vista a expectativa da vinda de Jesus. E passam a ter uma vida de prazeres carnais, de hipocrisia e de fachada, no meio das igrejas. Se não se arrependerem e voltarem ao “primeiro amor” (Ap 2.4), ficarão para trás. Não estarão no Tribunal de Cristo para serem premiados por suas obras, nem participarão das Bodas do Cordeiro. Que Deus nos guarde ante a proximidade da volta de Jesus, que façamos parte da “Igreja que vai subir”, e não da que vai ficar.

I - O  Significado das Bodas do Cordeiro

1. O que Será

Será o maior evento matrimonial do universo. Os chamados “casamentos do século” nem de longe podem comparar-se às Bodas do Cordeiro. Jesus previu esse acontecimento: “E eu vos destino o Reino, como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino” (Lc 22.29,30). Na visão do Apocalipse, João teve o privilégio de registrar o anúncio do grande acontecimento, que marcará para sempre a união entre Cristo e sua Igreja. Será o encontro glorioso, já nos céus, entre Cristo e sua Igreja amada: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7). Há uma tradução que diz: “a sua noiva se aprontou”.1

2. Quem Participará das Bodas do Cordeiro?

 Milhões e milhões de salvos entrarão nas Bodas do Cordeiro. João viu a multidão incalculável de remidos por Cristo, que estarão com Ele nos céus: “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação” (Ap 5.9). A Noiva do Cordeiro (a Igreja) será composta dos cristãos verdadeiros, e os crentes de todas as épocas, incluindo os que morreram fiéis a Deus, no Antigo Testamento, sobre quem o sacrifício de Cristo teve efeito retroativo. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas” (Ap 22.14).

Serão os que forem arrebatados, na volta de Jesus. Com o vimos no capítulo 5, os mortos em Cristo ressuscitarão e terão o privilégio de subir primeiro ao encontro de Jesus, seguidos dos que estiverem vivos e serão transformados. “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16,17).

3. Quem Ficará de Fora

O Apocalipse nos diz quem não entrará na nova Jerusalém. Quem não puder entrar lá é porque não terá sido arrebatado. “E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Derradeiro. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Ap 22.12-15 - grifo nosso).

Diante dessa grave advertência, todo crente em Jesus deve vigiar e orar para não cair na tentação do pecado, e ser apanhado de surpresa pelo arrebatamento e ficar para a Grande Tribulação; e seguir o conselho de Paulo: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Mais incisiva e contundente é a exortação do apóstolo quanto à integridade do crente ante a vinda de Jesus: “Abstende-vos de toda aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.22,23).


 II - A Rejeição ao Convite do Rei


1. O Convite ao Povo de Israel

 Na parábola das Bodas, Jesus quis antecipar o que acontecerá com os que não estiverem preparados para entrar no céu. No texto de Mateus 22.1-14, vê-se que “um certo rei que celebrou as bodas de seu filho” (v. 2). Esse rei representa Deus, o Pai, que já preparou tudo nos céus, para as Bodas do Cordeiro, de seu Filho Jesus Cristo. Num primeiro momento, aquele rei manda “seus servos a chamar os convidados para as bodas; e estes não quiseram vir” (v. 3). Refere-se aos judeus, que, durante séculos, não quiseram ouvir os profetas que lhes transmitiram a Palavra de Deus, convidando-os para viver com Ele. Mas deram as costas para os mensageiros. Noutro momento, o rei manda outros servos, ou outros mensageiros para convidar o povo de Israel para as bodas do Filho do rei, mas eles rejeitam, e até matam os homens enviados (v. 4-6). Esse texto resume, sem dúvida, o que aconteceu no relacionamento de Deus com o povo escolhido, no Antigo Testamento.

2. A Tragédia dos que Rejeitaram a Deus

Figuradamente, o rei da parábola, que representa Deus, executou terrível juízo sobre os que rejeitaram seu honroso convite para as bodas de seu Filho. Os judeus sofreram, ao longo dos tempos antigos, a experiência terrível do cativeiro egípcio, de onde foram libertos por Deus; sofreram os cativeiros assírio e babilônico, onde amargaram a dor por causa de sua desobediência. “E o rei, tendo notícias disso, encolerizou-se, e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade” (Mt 22.7). No ano 70 d.C., Jerusalém foi invadida pelos romanos, sob o comando do general Tito, e todos foram dispersos e perseguidos por várias nações. Até hoje, Israel como um todo não reconhece Jesus como o Messias.

Mas haverá um remanescente que despertará do equívoco espiritual e reconhecerá que Jesus de Nazaré era (e é) de fato o “Desejado de todas as nações” (Ag 2.7). Diz Paulo: “Também Isaías clamava acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo” (Rm 9.27). João viu, na Ilha de Patmos, a revelação dos últimos tempos, o futuro da Igreja, e o destinos dos salvos em Cristo Jesus, incluindo os que pertencem à nação de Israel. E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel” (Ap 7.4). Certamente, será um grupo especial de israelitas salvos, que terão uma missão muito elevada, de proclamar o evangelho de Cristo às nações, e subirão ao encontro do Senhor para participar das Bodas do Cordeiro e, na segunda fase da volta de Jesus, estarem com Ele em Jerusalém. E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai” (Ap 14.1).

3. O Convite a Todos

A parábola diz que “os convidados não eram dignos” (Mt 22.8). Ou se tornaram indignos por sua rejeição a Deus e a seu Filho prometido, o Messias de Israel. Diante dessa recusa desrespeitosa ao “rei”, este disse: “Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas a todos os que encontrardes. E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial ficou cheia de convidados” (Mt 22.9,10). Isso se cumpriu, por intermédio de Cristo, quando Ele disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).

Por meio de Cristo, Deus lançou o convite inclusivo, a todos os homens, para serem salvos, mediante a condição de arrependerem-se e crerem no evangelho (Mc 1.15). O evangelho de Cristo não é excludente, desde que quem o busque aceite as condições para ser seu discípulo (Lc 9.23). Em várias ocasiões, são vistas pessoas que desobedecem frontalmente à Lei de Deus, e procuram justificar suas práticas abomináveis, invocando o grande amor de Deus. Os homossexuais, normalmente, em seus desfiles ou paradas, usam faixas com dizeres alusivos ao amor de Deus: “Deus não exclui ninguém”, “Deus ama a todos”, etc. Mas tais manifestações só aumentam sua reprovação da parte do Senhor. O amor de Deus jamais encobrirá ou justificará os pecados ou iniquidades condenados na sua Lei. “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Ap 22.15 - grifo nosso). A palavra “cães”, no texto de Apocalipse, eqüivale a homossexuais.

Em Deuteronômio, vemos Deus rejeitando as ofertas dos homossexuais e das prostitutas, de modo bem incisivo: “Não trarás salário de rameira nem preço de cão à casa do Senhor, teu Deus, por qualquer voto; porque ambos estes são igualmente abominação ao Senhor, teu Deus” (Dt 23.18). Champlin corrobora esse entendimento sobre a palavra “cão”, nesse texto, dizendo: “A palavra sodomita, usada no versí­ culo 18, no original hebraico é keleb, ‘cão’, provavelmente servia tanto a homens como a mulheres, e sem dúvida a bissexuais, em muitos casos”.2 Quanto aos feiticeiros, os que se prostituem, os homicidas, os idólatras e mentirosos, não há necessidade de comentários, pois são qualificações bem conhecidas de pessoas que vivem na prática da impiedade. Destacamos a questão dos homossexuais porque, nos últimos tempos, haverá um aumento acentuado de suas práticas abomináveis, como verdadeira afronta ao Criador.

4. Os que não Estão Preparados

Na parábola das bodas, o rei surpreende um homem que foi convidado, mas não estava trajado adequadamente para a festa nupcial. “E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste nupcial” (Mt 22.11). E o rei mandou que seus servos lançassem o intruso “nas trevas exteriores”, onde “haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 22.13). Notemos que ele tinha autorização para estar ali, pois fora convidado. Mas sua veste não era apropriada para estar lá. E uma figura dos crentes que estão nas igrejas, fazem parte dos convidados, aceitaram a Cristo um dia, mas não se prepararam espiritualmente para o grande dia das Bodas do Cordeiro. João viu os mártires da Gran­de Tribulação, que foram salvos e puderam chegar aos céus, pelo fato de terem suas vestes devidamente lavadas para estarem ali. “E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram? E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disseme: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Ap 7.13,14).

III - A  Apresentação da Noiva do Cordeiro

 1. Jesus Apresentará a Igreja ao Pai
Será gloriosa a apresentação da Igreja a Deus. Os salvos de todo o mundo, após passarem pelo Tribunal de Cristo, serão apresentados ao Pai, numa solenidade divina, jamais imaginada por qualquer pessoa na história do universo. Os crentes do Antigo Testamento juntar-se-ão aos fiéis da Igreja, num só corpo, num só rebanho, num só grupo, para assentar-se à mesa do Rei: “E virão do Oriente, e do Ocidente, e do Norte, e do Sul e assentar-se-ão à mesa no Reino de Deus” (Lc 13.29). Será a festa gloriosa para os que vencerem todas as lutas, obstáculos e barreiras que se apresentam diante dos salvos. “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5); Jesus apresentará sua Noiva, “sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante” (Ef 5.27).

2. Características da Noiva do Cordeiro

1) Ela é fiel. “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2 Co 11.2,3; 1 Co 4.2; Mt 25.21);

2) Ela é santa. “[...] como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.25-27).

3 ) Só pertence a Ele, e não dá lugar ao mundo. “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt 6.24; Ap 2.10); “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 Jo 2.15);

4) Espera pelo seu Noivo. “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2 Tm 4.8);

5) E perfeita. “Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27; 1 Ts 5.23);

6) Adora a Deus. “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (Jo 4.23).

7) Proclama a mensagem do Noivo. “Mas digo: Porventura, não ouviram? Sim, por certo, pois por toda a terra saiu a voz deles, e as suas palavras até aos confins do mundo” (Rm 10.18; Mc 16.15).

3. Haverá uma Grande Ceia nos Céus

1) Serão reunidos os salvos de todos os tempos. Será algo nunca visto. Jesus é quem vai servir à mesa, com os salvos sentados, ao lado de Abraão, Isaque e Jacó: “Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus” (Mt 8.11); este versículo dá base bíblica para afirmarmos que, nos céus, conheceremos uns aos outros; se vamos conhecer Abraão, Isaque e Jacó, certamente, também conheceremos os irmãos com quem convivemos na terra. Sem dúvida, será um privilégio indizível poder estar ao lado dos santos da Antiga Aliança, falar com eles, e compartilhar da alegria de estar nas Bodas do Cordeiro.

2) Jesus é quem vai servir. “Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá” (Lc 12.37); é uma inferência consistente, pois a parábola é uma figura da realidade que Cristo quis explicar sobre a vida futura. Ele prometeu cear outra vez no reino de seu Pai (Mt 26.29; Mc 14.25). Se estar nas Bodas do Cordeiro já será uma honra jamais vista, imaginemos o que será ser servido pelo Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16).

Diante de tamanha revelação acerca do futuro glorioso da Igreja, podemos afirmar que vale a pena ser fiel a Deus; vale a pena renun­ciar ao mundo e seguir a Cristo; vale a pena buscar a santificação para poder participar dessa maravilhosa festa celestial. Nas Bodas do Cordeiro, só haverá alegria, festa celestial, com a presença de bilhões de crentes salvos, de todo o mundo, de todos os tempos, rodeados de anjos, do arcanjo, de querubins, serafins, dos quatro seres viventes e dos vinte e quatro anciãos.

Livro : O FINAL DE TODAS AS COISAS






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