segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Lição 4- A Grande Tribulação





                                                  TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Mateus 24.21
21 - Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais.
Sofonias 1.14-18
14 - O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso.
15 - Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas,
16 - dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortes e contra as torres altas.
17 - E angustiarei os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua carne, como esterco.
18 - Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia do furor do Senhor, mas, pelo fogo do seu zelo, toda esta terra será consumida, porque certamente fará de todos os moradores da terra uma destruição total e apressada.
Apocalipse 6.15-17
15 - E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo livre se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas
16 - e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro,
17 - porque é vindo o grande Dia da sua ira; e quem poderá subsistir?
                                                
                                             TEXTO ÁUREO
Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. Apocalipse 3.10
                                         
                                         SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Daniel 12: Um tempo de terrível angústia
3ª feira - Ezequiel 9: O grande dia do furor do Senhor
4ª feira - Lucas 21.25-33: Sinais espantosos no céu e na terra
5ª feira - Apocalipse 11.1-3: Dois profetas especiais na Grande Tribulação
6ª feira - Apocalipse 16: As sete taças da ira de Deus
Sábado - Marcos 13.24-31: Os anjos ajuntarão os escolhidos de Deus

OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• compreender que as tragédias da Grande Tribulação não serão, em sua maioria, figurativas, nem simbólicas;
• conhecer os protagonistas deste tempo escatológico;
•  descrever os propósitos da Grande Tribulação.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor,
Como apoio didático, sugerimos que, nos tópicos 2.2 e 2.3, seja apresentado aos alunos um quadro contendo fatos relacionados ao Anticristo e ao Falso Profeta, registrados nas Escrituras.


Palavra introdutória
COMENTÁRIO
Conhecer o que o futuro nos reserva oferece-nos a oportunidade de preparação e de definição sobre onde passaremos a eternidade. Por essa razão, nesta lição, estudaremos este evento que ocupa a maior parte do livro das revelações proféticas (Ap 6—19); além disso, examinaremos vários textos proféticos do Antigo Testamento, que nos oferecem uma descrição abrangente, rica e esclarecedora acerca do que será, quando e como se dará o maior tempo de sofrimento na história da humanidade.

1. EM QUE CONSISTIRÁ A GRANDE TRIBULAÇÃO?
Segundo as profecias bíblicas, a Tribulação durará sete anos — período conhecido como a última das 70 Semanas Proféticas de Daniel (Dn 9.24; 12.1).Nesse tempo, toda a terra e seus habitantes experimentarão o caos absoluto e uma devastação sem precedentes, durante 2.520 dias.

Conforme destacado na Lição 3 (tópico 1.3), esse período (Tribulação e Grande Tribulação) será dividido em duas partes de três anos e meio cada uma:
 • a primeira etapa de três anos e meio — tempo, e tempos, e metade de um tempo (Dn 7.25; Ap 12.14); equivale a quarenta e dois meses (Ap 11.2; 13.5); igualmente a mil duzentos e sessenta dias (Ap 12.6) — é chamada na Bíblia de Tribulação e abrange os capítulos 6—9 do Apocalipse;
• a segunda etapa é denominada, no texto bíblico, de a Grande Tribulação e terá a mesma duração que a primeira (três anos e meio). Esta será a pior e mais terrível época na história da humanidade; depois dela, outra não será testemunhada por olhos humanos.

1.1. Após o arrebatamento dos salvos
No fim dos tempos, a contagem regressiva dos últimos dias começará após todos os salvos serem arrebatados pelo Senhor — conforme descrito na Lição l (tópico 1.1.1). Esse período indica o começo do período tribulacional.

Quando a primeira etapa (Tribulação) tiver início, as pessoas estarão assustadas com os últimos acontecimentos, especialmente com o desaparecimento de milhões de indivíduos em todo o mundo. A ausência de familiares, amigos e conhecidos impactará desmesuradamente os que não tiverem sido arrebatados.

Neste ponto, autoridades em todos os níveis da sociedade tentarão resolver celeremente os problemas causados pelo desaparecimento das pessoas. É possível imaginar o caos que se instalará em todos os lugares. O mundo enfrentará o desastre da paralisação de todos os segmentos sociais — das mais altas esferas, às mais humildes; dos bens e serviços mais elementares, aos mais específicos.

Mesmo sofrendo, as pessoas procurarão adaptar-se às circunstâncias nesses primeiros três anos e meio. Será um tempo de muita dificuldade, mas suportável, o pior acontecerá na segunda etapa — na Grande Tribulação —, que ocorrerá nos próximos três anos e meio.

Conforme mencionado na Lição 3 (tópico 1.2), a assinatura de um pacto de paz, proteção e colaboração entre o governante mundial e a nação de Israel será um sinal profético da Tribulação que o mundo conhecerá (Dn 9.27).

1.2. Justiça e ira divina
Deus manifestará Sua justiça, juízos, julgamentos e ira sobre toda a terra, através dos selos, das trombetas e das taças. Serão 21 juízos imediatos; alguns, simultâneos — especialmente na segunda etapa (na Grande Tribulação).

Todos os termos utilizados na Escritura para fazer referência à Grande Tribulação indicam, essencialmente, ira, punição, condenação, castigo, julgamento e juízo divinos. No panorama profético, o Dia do Senhor, especificamente, focaliza os piores sofrimentos que ocorrerão durante a Grande Tribulação.

Na Bíblia, encontramos termos que descrevem o período da Grande Tribulação, tais como; ira, indignação, destruição, desolação, juízo,prova, trevas, sofrimento, ruína, escuridão, nuvens, aflição e negridão. Diversas expressões, aliás, referem-se a essa época como o tempo da angústia de Jacó; o dia de trevas; o dia da vingança de nosso Deus; aquele dia; o grande dia e Dia do Senhor.

2. QUEM SERÃO OS PROTAGONISTAS DESTE TEMPO ESCATOLÓGICO?
É sabido que o diabo, o Anticristo e o Falso Profeta constituem a trindade satânica, mas o que acontecerá, no céu e na terra, durante a Grande Tribulação? Que papel cada um dos protagonistas mencionados no texto bíblico exercerá nesse período? De que maneira os fatos previstos para acontecer nos tempos do fim influenciarão a vida de cada ser humano? Vejamos a seguir.

2.1. O diabo
O diabo será um dos mais ativos personagens neste período — que antecederá sua derrocada final, bem como a de seu império maligno. Ele fará de tudo; investirá tudo; mobilizará, convocará, manipulará e tentará todas as pessoas; e utilizará todos os meios possíveis para arrastar milhões de seres humanos ao destino final que lhe está reservado — o lago de fogo ardente, o inferno, lugar real e literal de tormento eterno (Ap 20.10).

2.2. O Anticristo
Na opinião de ilustres eruditos da Bíblia, o Anticristo, depois do Senhor Jesus, é a figura mais importante nas profecias bíblicas e em toda a história humana. Ele será o governante mundial durante os sete anos da Tribulação.

Um estudo detalhado acerca do tema permite-nos afirmar que João, no Livro do Apocalipse, refere-se ao Anticristo como rei; o apóstolo Paulo, por sua vez, descreve seu aspecto espiritual; e o profeta Daniel destaca o ponto de vista histórico relacionado a esta figura satânica. Mas, de onde ele virá?

Qual será sua nacionalidade? Ele já está entre nós? Quanto tempo durará o seu domínio universal?

As natureza s de Cristo e do Anticristo são completamente opostas. Passagens bíblicas mencionam o homem pecador (Lc 5.8) e o servo do pecado (Jo 8.34); todavia, a expressão homem do pecado é citada uma única vez nas Escrituras e se aplica exclusivamente ao Anticristo (2 Ts 2.3).

2.2.1. O homem do pecado
E expressão homem do pecado (2 Ts 2.3} é uma das figuras atribuídas ao Anticristo. Ele fará tudo que estiver ao seu alcance para aborrecer e ofender a Deus, que é pleno em santidade. Deus é santo em tudo que é e faz (Is 6.3), enquanto o Anticristo é iníquo em tudo que é e faz (2 Ts 2.8).

Como homem do pecado, o Anticristo, consciente e voluntariamente, entregar-se-á a tudo que é errado, nocivo e imundo, cumprindo o seu papel no cenário profético mundial.

No aspecto espiritual-religioso, a oposição total que o Anticristo fará ao Senhor Jesus Cristo pode ser observada no quadro a seguir.

            CRISTO É..
 O ANTICRISTO É...
      A verdade
A mentira
     O santo
O ímpio
     O Varão de dores
O homem do pecado
      O Filho de Deus
O filho da perdição
     O mistério da santidade
O mistério da iniquidade
     O purificador do templo
O profanador do templo
     O Cordeiro
A besta

2.2.2. A vinda do Anticristo
Nos dias em que o apóstolo João viveu, os cristãos ouviram falar sobre a vinda do Anticristo (l Jo 2.18) e sobre o espírito do Anticristo que já estava no mundo (1Jo 4.3).

Comenta-se nos meios teológicos que o Anticristo poderá surgir, no panorama mundial, como um indivíduo muito importante no conflito do Oriente Médio entre árabes e judeus. Tal opinião tem como base as profecias que declaram que ele será um governante universal.

Como poderoso negociador e articulador, o Anticristo se envolverá profundamente nas instituições e organizações políticas, tais como a União Europeia, o parlamento europeu, o Mercosul, a OEA (Organização dos Estados Americanos), a ONU (Organização das Nações Unidas), dentre outras.
A marca, o sinal e a senha da primeira besta, o Anticristo, será um projeto mundial liderado pelo Falso Profeta na Grande Tribulação (Ap 13.16,17).

2.3. O Falso Profeta
O Falso Profeta será outro personagem importante durante a Grande Tribulação. Coma assessor direto do Anticristo, suas atividades estarão subordinadas diretamente ao enganador, ao ímpio, ao opressor (Is 14.4). Ele é identificado na Bíblia como a outra besta (Ap 13.11). Ele controlará o maior e mais terrível sistema de apostasia religiosa de todos os tempos e promoverá a pior de todas as apostasias morais jamais existentes na história da humanidade.

O Falso Profeta não buscará glória para si mesmo. Ele não será o foco, nem será alvo de culto ou adoração. Sua missão consistirá em dirigir toda a atenção do mundo para o Anticristo. Possuído pelo poder de Satanás, a outra besta realizará falsos milagres e falsos sinais, em proporções incríveis, levando milhões de pessoas ao engano. Ele conduzirá as nações, os povos, as famílias e cada pessoa, individualmente, à adoração do Anticristo (Ap 13.11-15).

2.4. Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó
Os judeus terão destaque entre os habitantes da terra no período tribulacional — um dos principais motivos está relacionado ao fato de os acontecimentos mais relevantes deste período transcorrer em Israel, no Oriente Médio.

De acordo com as profecias, o povo judeu, neste tempo, será purificado pelo Senhor, a fim de preparar-se para sua restauração espiritual, política, social e geográfica. Esse tempo de dores para os filhos de Abraão é referenciado na Bíblia como a angústia dejacó (Jr 30.4-7).

2.5. Outros povos
Nações gentias de todas as partes do mundo vivenciarão os horrores da Grande Tribulação. As pessoas que rejeitaram a Cristo e os ímpios (que deliberadamente escolheram servir ao diabo na prática desenfreada do pecado) serão alvos dos juízos divinos e serão castigados por toda maldade. Os povos que perseguiram o povo de Deus serão severamente punidos (Is 13.11-13; Jl 3.2; Ob 15,16).
Conclusão
A Grande Tribulação será um período de sofrimento inigualável. As aflições desse tempo jamais foram vividas pêlos homens em toda a sua história.
A Grande Tribulação serve a alguns propósitos, dentre os quais se destacam:
• fazer com que Israel reconheça o Messias verdadeiro: Jesus Cristo, o Senhor (Ez 20.33-38; Mt 23.37-39);
• julgar as nações gentias pela tentativa de exterminar a nação de Israel e por seus abusos infames (Gn 12.3);
• permitir que os incrédulos experimentem pessoalmente a tristeza e o sofrimento perpetrados pelo império maligno — administrado por Satanás, o Anticristo e o Falso Profeta;
• derramamento da ira de Deus sobre todos os que rejeitaram o evangelho (Ap 14.9-11). Ouçamos a voz das profecias!

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Qual será a grande missão do Falso Profeta, de acordo
com o que foi exposto nesta lição?
R.: O Falso Profeta não buscará glória para si mesmo. Ele não será o foco. Ele não será alvo de culto ou de adoração. Sua missão consistirá em dirigir toda a atenção do mundo para o Anticristo.


                                                                                       REVISTA CENTRAL GOSPEL


                              A Grande Tribulação

 “...porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados”. (Mateus 24:21-22)    Jerusalém cercada de exércitos, pessoas fugindo dela, assim começa a grande tribulação que durou três anos e meio. Muita gente hoje em dia pensa que essa grande tribulação será a nível mundial. Um dos argumentos usados para dizer que a grande tribulação não ocorreu no primeiro século da era cristã é que houve sofrimentos piores na história humana.     Sobre isto, um expositor bíblico escreveu o seguinte:
    “Quem pensa que nessa seção Jesus se refere à invasão de Jerusalém, no ano 70, precisa ler com atenção o versículo 21: “nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (ARA). A Segunda Guerra Mundial, por exemplo, foi muito pior para os israelitas que a invasão de Jerusalém”.20 (o grifo é meu) 
    Ao falar da 1ª e 2ª Guerra Mundial, Charles L. Feinberg perguntou: 
    “Quem pode, legitimamente, igualá-las com Mateus 24:21?”21 
    A ideia de Feinberg é que se duas guerras mundiais não se aplicam a Mateus 24:21, muito menos a guerra do Roma contra Jerusalém
se aplicaria como cumprimento profético. O grande problema é que os nossos atuais professores de Bíblia confundem “grande tribulação” com “grande destruição”. É verdade que a segunda grande guerra mundial foi muito maior se comparado ao cerco a e destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. A questão não é o tamanho da destruição, mas, sim, ao tamanho da tribulação. A palavra “tribulação” significa “aflição, adversidade e sofrimento”. É por isto que na versão de Lucas encontramos: “Porque haverá grande aflição na terra e ira contra este povo”. (Lucas 21:23)    Por causa de seu público alvo que eram os gregos, a versão de Lucas vai bem direto ao ponto quando trata da grande tribulação:      
    “Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes; os que se encontrarem dentro da cidade, retirem-se; e os que estiverem nos campos, não entrem nela. Porque estes dias são de vingança, para se cumprir tudo o que está escrito. Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Porque haverá grande aflição na terra e ira contra este povo.    Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles”.                                                  (Lucas 21:20-24 – o grifo é meu)
   

   A conclusão inevitável que dá para se tirar é que a grande tribulação foi um evento local e o mais terrível da história em matéria de intensidade de sofrimento. Lembre-se de que Jesus disse que naquela geração iria recair “todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o santuário e o altar”. (Mateus 23:35)     Acrescente a isto o fato de que Jesus garantiu que a situação daquela geração seria como a do homem que ficou livre de um espírito imundo, mas depois outros sete espíritos piores do que o primeiro possuem o homem novamente tornando o seu último estado pior do que o primeiro. E o Senhor termina: “Assim também acontecerá a esta geração perversa”. (Mateus 23:43-45)    E, por último, lembre-se que aqueles judeus do primeiro século encheram a medida dos pecados de seus antepassados cometendo o crime mais hediondo da história humana ao matarem o Filho de Deus. Imagine o leitor o peso de tudo isto. Não é em vão que os escritos do historiador Flávio Josefo (que foi testemunha ocular da grande tribulação) nos mostram um cenário horrível, indescritível em palavras. Na guerra de Roma contra Jerusalém aconteceram coisas que nem na segunda grande guerra mundial aconteceram quando os judeus foram perseguidos e mortos por Hitler na Alemanha nazista. Só para se ter uma ideia mais de um milhão de pessoas estavam amontoadas dentro de Jerusalém quando houve o cerco. Cerca de um milhão e cem mil pessoas foram mortas sem falar dos milhares que foram escravizados. Os que morriam não eram enterrados e não havia como caminhar sem pisar num cadáver. Por falta de alimentos alguns comiam feno podre, sola de sapatos e o couro dos escudos. “No ápice desse horror, uma judia de família nobre, impelida pelas necessidades implacáveis da fome, matou seu filho e o cozinhou. Ela havia comido metade quando os soldados, atraídos pelo cheiro, a ameaçaram de morte se ela se recusasse a confessar. Intimidada pela ameaça, ela trouxe os restos de seu filho, o que os petrificou de terror”.22
   Essa foi uma das maldições preditas por Moisés caso Israel desobedece a Deus:      “Comerás o fruto do teu ventre, a carne de teus filhos e de tuas filhas, que te der o SENHOR, teu Deus, na angústia e no aperto com que os teus inimigos te apertarão.    A mais mimosa das mulheres e a mais delicada do teu meio, que de mimo e delicadeza não tentaria pôr a planta do pé sobre a terra, será mesquinha para com o marido de seu amor, e para com seu filho, e para com sua filha; mesquinha da placenta que lhe saiu dentre os pés e dos filhos que tiver, porque os comerá às escondidas pela falta de tudo, na angústia e no aperto com que o teu inimigo te apertará nas tuas cidades”.                                (Deuteronômio 28.53, 56-57 – o grifo é meu)
    A grande tribulação foi tão terrível que o historiador judeu Flavio Josefo a descreve nos seguintes termos:
    “Considerando a guerra que os judeus fizeram com os Romanos tem sido a maior de todas, não apenas de nossos dias, mas, de algum modo, de todas das quais já se ouviram” (Guerras, Prefácio, 1). 
    “As desgraças de todos os homens, desde o princípio do mundo, se comparadas com estas dos judeus, não são tão consideradas quanto eram” (Guerras, Prefácio, 4). 
    “Nem qualquer outra cidade já sofreu tais misérias... desde o princípio do mundo” (Guerras, 5:10:5).

A grande tribulação é uma hipérbole!

   É preciso ser esclarecido que a grande tribulação se concentrou na terra de Israel, mais especificamente na cidade de Jerusalém e, quando o Senhor falou sobre esse tempo de aflição, Ele usou na linguagem profética uma “hipérbole”. Uma hipérbole é uma figura de linguagem que consiste em exagerar uma ideia com finalidade
expressiva. É um exagero intencional na expressão. A grande tribulação pode ser considerada uma hipérbole.     No Antigo Testamento encontramos esse tipo de linguagem. A aflição da décima praga do Egito reflete esse tipo de linguagem:             “Pelo que haverá grande clamor em toda a terra do Egito, como nunca houve nem haverá jamais”. (Êxodo 11:6 – o grifo é meu)
    Se você é daqueles que acreditam que a Grande Tribulação ainda está em nosso futuro, e que alcançará todo o Planeta Terra, esse versículo de Êxodo poderá ajudá-lo a repensar sua crença, pois a passagem diz que o Egito nunca mais voltará a experimentar um evento tão terrível como a décima praga.     Na profecia a respeito do cativeiro babilônico e a destruição de Jerusalém, vemos mais uma linguagem semelhante à da grande tribulação:      
    “E por causa de todas as tuas abominações farei sem ti o que nunca fiz, e coisas às quais nunca mais farei semelhantes”.                                                        (Ezequiel 5:9 – o grifo é meu)
    Essa profecia sobre o cativeiro babilônico foi cumprida em um passado distante, nos tempos do Antigo Testamento. Deus nunca mais fará punições por causa das abominações de quem quer que seja?    Daniel usa linguagem semelhante ao falar do cativeiro babilônico: 
    “E ele confirmou a sua palavra, que falou contra nós, e contra os nossos juízes que nos julgavam, trazendo sobre nós um grande mal; porquanto debaixo de todo o céu nunca se fez como se tem feito a Jerusalém”.                                                          (Daniel 9:12 – o grifo é meu)
    Chamamos a isto de “linguagem de evento-único”. É quando Deus diz em exagero intencional (hipérbole) que NUNCA mais fará alguma coisa. É uma linguagem comum na literatura profética. Não deve ser considerada literalmente.    Por ser judeu, o Senhor Jesus Cristo estava familiarizado com a linguagem profética (Lucas 4:16). Ele foi “profeta, dirigia-se a uma
audiência judaica, e, antes de tudo, falava pelo mesmo espírito que os antigos profetas falaram. Assim, usou a mesma linguagem que Isaías, Jeremias, Ezequiel e muitos outros, os quais usaram a expressão “como nunca houve nem haverá jamais” de forma hiperbólica e não literal”.23
   “Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados”. (Mateus 24:22)    A história registra como foi terrível ser cristão naqueles dias do primeiro século da era cristã. Perseguições, torturas, prisões, mortes, dificuldades financeiras, terremotos, pestes, guerras e a constante ilegalidade por alguém ser cristão foram fatores suficientes para qualquer um não aguentar muito tempo. É por isto que se diz que aqueles dias foram abreviados.    O livro de Hebreus reflete muito bem o sofrimento dos cristãos:  
    “Alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões. Foram apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra”.                                                                              (Hebreus 11:35)  

Uma grande tribulação que ocupa  o centro da história!
   “...porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados”.                                                 (Mateus 24:21-22 – o grifo é meu)
   Se essa grande tribulação ocupa o centro da história humana devido a sua intensidade de sofrimento causado, ou se ela ocupa apenas o centro da história da nação de Israel, seja lá como for, tal tribulação ocupa o “centro”, pois a história continua após ela. Assim como existiu tribulações desde o início do mundo, haverá outras tribulações depois da Grande Tribulação demonstrando claramente que o Estado Eterno não começa imediatamente após ela.    
Eventos locais fazem sentido e transformação com consequências globais e eternas!
   Muita gente acha que para fazer sentido ou para preencher as demandas de Mateus 24, a grande tribulação e os sinais ali descritos, deveriam ser acontecimentos grandiosos a nível mundial, num futuro altamente tecnológico, com grandes exércitos com poderio bélico nuclear etc. Eles acham que uma grande tribulação local reduz a grandiosidade da mensagem de Mateus 24 a um simples “finzinho”.     O nome que dou a esse argumento é “especulação profética”. Isto demonstra como nossos pastores e professores cristãos foram contaminados com uma ideia de fim do mundo fantasiosa como os filmes futuristas de ficção científica produzidos em hollywood.     A grande questão não é o que achamos ou o que aprendemos por tradição. A grande questão é o que Jesus disse as claras! A nossa ideia escatológica não pode estar baseada nas últimas notícias dos jornais. Muito menos em prognósticos de uma ciência falha que as vezes vive alardeando que o Universo será destruído um dia.     A Bíblia mostra claramente que os acontecimentos pequenos e locais são os que realmente fazem a diferença e transformação a nível mundial com consequências eternas. Este sempre foi o padrão bíblico! 
   Vamos agora analisar esse padrão começando por Sodoma e Gomorra. O que foram essas duas cidades se comparadas com as grandes metrópoles de hoje? A destruição dessas duas cidades, aconteceu num momento bem remoto na história do mundo, ficaram sepultadas debaixo das lavas vulcânicas e deixaram pouquíssimas pistas de suas existências. Foram cidades que pelo tempo e tamanho são insignificantes se comparadas com as cidades de hoje. No entanto, essas duas cidades estão muito vivas na memória dos seres humanos. Tornaram-se temas de novelas, teatro, filmes e nos influência de tal maneira que até o termo “sodomia” é usado para quem vive em práticas sexuais ilícitas.    Veja o exemplo de nosso Salvador. Há dois mil anos atrás Ele nasceu na pequenina cidade de Belém, pastores desconhecidos na história o viram na noite de seu nascimento, foi visitado por magos que pouco sabemos a respeito deles. Apareceu aos doze anos de idade no templo interrogando e respondendo aos doutores da lei. Depois desaparece por dezoito anos na história. Por isto nada sabemos de sua adolescência e juventude. Aparece novamente aos trinta anos de idade. Morreu numa cruz em Jerusalém, foi abandonado por seus discípulos, ninguém testemunhou sua ressurreição frente a frente. Depois de ressuscitado foi visto por nada menos que umas quinhentas pessoas que nada sabemos sobre elas. Ao ser ressuscitado não se apresentou a nenhum imperador romano e nem desfilou gloriosamente nas grandes cidades. Tudo isto aconteceu no pequeno país de Israel, longe dos suntuosos palácios romanos. Nada foi divulgado por meio de rádio, TV, internet como temos hoje. Tudo aconteceu num passado sem a tecnologia de hoje, nada foi registrado em arquivos eletrônicos mas devidamente registrado em pergaminhos por testemunhas oculares.      Todavia, sua vida e obra impactaram e mudaram o mundo profundamente e para sempre. Que o leitor aprenda a conviver com esse padrão bíblico!    
 Os falsos cristos
   “Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.     Vede que vo-lo tenho predito.     Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa!, não acrediteis”.                                                                             (Mateus 24:23-26)
    Devido à opressão da dominação romana, a aparição de falsos cristos bem carismáticos seria muito tentador para aqueles primeiros discípulos. Já vimos nas páginas anteriores a respeito dos falsos cristos no comentário de Mateus 24:4, 5. A parte que diz que o falso cristo “está no deserto” é interessante porque mostra o quão local (dentro dos limites do Oriente Médio) seria o cumprimento dessa profecia. 

Como o relâmpago será a vinda  do Filho do homem

   “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem.    Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres”.                                                                            (Mateus 24:27-28)

   Baseado nesses versículos, Randall Price pôs em dúvida a interpretação aqui defendida. Ele por se apegar demais ao literalismo escreveu que se a interpretação de cumprimento passado da profecia baseada em Mateus 24 “estivesse correta, o registro histórico deveria confirmar os detalhes. Entretanto, ocorre exatamente o contrário. Por exemplo, a direção do advento [i.e., chegada] de Cristo a Jerusalém (Mt 24.27) é comparada a um relâmpago, cuja claridade é vista do oriente para o ocidente. Porém, o exército romano, interpretado pelos preteristas como o cumprimento dessa profecia, avançou contra Jerusalém do ocidente para o oriente”.24 (o grifo é meu)    Quando o Senhor Jesus Cristo compara sua vinda a um relâmpago “cuja claridade é vista do oriente para o ocidente”, Ele não está dizendo sobre a direção que viria, mas, pelo contrário, o que Ele quer dizer é que sua vinda foi repentina como um relâmpago, não a posição de onde Ele viria. Ele declarou isto para contrastar com a vinda dos falsos cristos.   

   “Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres”. “Na verdade, trata-se de um provérbio muito popular nos dias de Jesus, cujo significado real é “Onde houver motivos para juízo, aí haverá juízo”. Neste caso, Jerusalém e os judeus seriam os cadáveres que teriam atraído as águias romanas (os abutres eram considerados uma espécie de águia). Isso também é profetizado por Oséias, que diz: “Põe a trombeta à tua boca. Ele vem como a águia contra a casa do Senhor, porque transgrediram a minha aliança, e se rebelaram contra a minha lei” (Os.8:1). Não era por coincidência que a insígnia romana gravada nos escudos e estandartes do seu exército era uma águia”.25


  Mateus 24 e a  vinda de Cristo  
 Comentário explicativo  versículo por versículo 
 César Francisco Raymundo

  
                                                                                         
                                                                                        4. A SEPTUAGÉSIMA SEMANA:
                                                                                                        LUIZ ANTONIO FE
                                                                                                              ESCATOLOGIA


Sem dúvida nenhuma a septuagésima semana é o período da Grande Tribulação (Mt.24:21), que há de vir sobre o mundo (Ap.3;10) e sobre Israel, para que se cumpra o restante da profecia de Daniel (Dt.4:26-31; Is.13:6-13; 17:4-11; Jr.30:4-9; Ez.20:33-38; Dn.12:1-4; Jl.3;9-11).

É nesse período que o povo de Israel será, através do sofrimento, purificado dos seus pecados. Então cumprir-se-á a profecia de Daniel: "...para fazer cessar a transgressão, para dar um fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia, e para ungir o santo dos santos."(Dn.9:24). É nesse período que Israel sofrerá "dores de parto"7 (Is.66:8), a fim de que o remanescente fiel seja gerado. Alguns intérpretes relacionam isso à Miquéias 5:2,3 e Ap.12:4,5. A nação de Israel será perseguida, mas Deus lhe preparará um caminho de fuga (Zc.14:4,5 Ez.20:35; Ap.12:6). Esta perseguição terá início na metade da septuagésima semana. A profecia de Daniel diz que "o príncipe que há de vir"(Dn.9:27) fará uma aliança com Israel, mas no meio da semana romperá com esta aliança. Portanto para entendermos a tribulação devemos dividí-la em duas partes, como a própria Bíblia o faz.

O período completo da tribulação é de sete anos, divididos em 3 ½ cada parte. Isto fica bem claro nas profecias. O profeta Daniel menciona este período: "um tempo, dois tempos e metade de um tempo"(Dn.7:25). Literalmente temos a seguinte expressão: "um ano, dois anos e metade de um ano", o que equivale a três anos e meio. Esta mesma expressão também é usada em Apocalipse para se referir ao tempo da perseguição de Israel: "...e foram dadas à mulher (Israel) as duas asas da grande águia, para que voasse até o deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente."(Ap.12;14). Este mesmo período é identificado ainda como sendo 42 mêses(Ap.13:5) ou 1.260 dias (Ap.12:6). Este período é a segunda metade da tribulação, quando o Anticristo (o príncipe romano)8 se assentará sobre o trono do Messias "estabelecendo a abominação desoladora"(Dn.12:31; Mt.24:15; IITs.2:3,4).

Deve-se notar que a profecia é clara em afirmar que antes da septuagésima semana "haverá guerra; desolações são determinadas."(Dn.9:26). Isso deixa claro que a septuagésima semana ainda não se cumpriu, pois até agora Israel continua buscando a paz (Sl.122:6-9; Jr.23:5,6; Lc.19:42). A paz só virá quando Jesus o Principe da Paz retornar com poder e glória (Mt.24:29-31).

Na primeira metade, quando haverá uma paz aparente, o evangelho será pregado à todas as nações (Mt.24:14). As duas testemunhas, provavelmente Moisés e Elias, proclamarão a mensagem da salvação (Ap.11;3). Provavelmente os 144.000 serão evangelistas nesse período (Ap.7:9-14: 14:1).

Há muito mais que poderíamos comentar sobre as 70 Semanas de Daniel, mas as passagens que foram aqui examinadas, cremos, são suficientes para demonstrar a veracidade daquilo que chamamos de cumprimento parentético, ou que Delitzsch chama de "apotelesmática, isto é, vê logo em seguida o próximo grande evento da história, a culminância do fim".9

É digno de nota ressaltar que a profecia de Daniel não menciona a Igreja, mas fala apenas do povo de Israel. Isso ocorre porque a Igreja era um mistério oculto em Deus (Ef.3:2,3; Rm.16:25; Cl.2:2; 4:2), que veio a revelar-se neste período de intervalo entre as 69ª e 70ª semanas de Daniel.


CONCLUSÃO

O presente estudo não tem a pretensão de esgotar o assunto, pois quando se trata de profecias não há ninguém neste mundo com autoridade vinda de Deus, para explicar, sem margens de erros, os acontecimentos futuros. A profecia está selada. É verdade que "O Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas."(Am.3:7; veja também Gn.18:17). Também é verdade que as coisas reveladas "pertencem a nós e a nossos filhos para sempre..."(Dt.29:29b). Porém "...as coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus..."(Dt.29:29a), e "Não nos compete conhecer os tempos ou épocas que o Pai reservou para a sua exclusiva autoridade."(At.1:7). Devemos nos lembrar das palavras de Jesus: "...a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai."(Mt.24:36).

Com estas coisas em mente, devemos percorrer o caminho das profecias com muito cuidado e humildade. Porém não devemos nos desanimar, acreditando, como afirmam alguns, que é impossível conhecermos os tempos e épocas profetizadas. É claro que não ousaríamos descrever os detalhes das profecias, pois estes a Deus pertence, mas à nós foi dado o privilégio e também o dever de estudá-las "...para que cumpramos todas as palavras desta lei."(Dt.29:29).

Portanto ao nos dirigirmos às profecias, como crentes, é nosso dever decidir qual sistema hermenêutico vamos adotar; se é amilenismo, pós-milenismo ou pré-milenismo. Entretanto não devemos fazê-lo com arrogância, achando que somos infalíveis. Deus só revela seus segredos àqueles que se humilham perante Ele (I Pe.5:5).

Quando fizermos nossas escolhas não devemos desprezar nossos irmãos em Cristo que adotam sistemas diferentes. Portanto cabe aqui o velho, mas bem apropriado axioma cristão: unidade no essencial, tolerância no secundário, e amor em tudo!

Não devemos contender com nossos irmãos de opiniões diferentes, sobre questões que só a Deus compete decidir. Podemos presumir, mas não somos infalíveis.

É pena que muitos estudiosos não tratam dos pontos polêmicos das Escrituras com este espírito cristão. É o caso, por exemplo, de Cleómines A. de Figueredo, que na ânsia de defender o amilenismo, reportou-se ao pré-milenismo de maneira irônica, fazendo seus defensores parecerem parecerem tolos. Só faltou chamá-los de herege. Cleómines escreve: "Este reinado de Cristo na terra, o milênio, fracassado na 1ª tentativa (!), será realizado na terra, como outro reino qualquer, havendo pessoas revoltadas, guerras, conflitos, e o 'Rei' Jesus, com sede em Jerusalém, atendendo telefone (?) dando entrevista por televisão (?), 'tendo audiências marcadas como Presidente' (?) e guerreando com armas, bombas, fuzis (?), mantendo 'a ordem' com os santos (?), mantendo a soberania do Estado de Israel (?)".1

Não devemos tratar dessas coisas neste nível. Elas são sérias demais para usarmos da ironia, seja para defender, seja para refutar. Que o leitor saiba decidir que caminho tomar, mas ao fazê-lo, não caia no mesmo exemplo de muitos daqueles que, com suas apologias, tem mais colaborado para a divisão do corpo de Cristo, do que para a sua edificação.




7 Esta expressão figurativa é aplicada por Paulo à Igreja em Gálatas 4:19
8 Alguns argumentam que o príncipe que há de vir de Dn.9:27 não pode ser o Anticristo porque ele será judeu (Dn.11:37).
9 Alva J. MAC'CLAIN, op. cit., p.37-8
 1 Cleómines A. de FIGUEREDO, op. cit., p.10

                                                          📌Fonte : ESCOLA BEREANA - ADVEC SEDE


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