domingo, 14 de janeiro de 2018

Lição 3: O Anticristo



                                         A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
                                                      Hernandes Dias Lopes
    
         

                     O ANTICRISTO


            O texto que estamos considerando foca sua atenção na pessoa, na atividade e na derrota do anticristo. William Barclay entende que estamos diante de uma das passagens mais difíceis de todo o Novo Testamento. Vamos, agora, examinar mais detidamente esse tema. A identidade do anticristo revelada

A palavra anticristo significa um cristo substituto ou um cristo rival.11 O prefixo grego anti pode significar duas coisas: "contrário a" e "no lugar de". António Hoekema diz, portanto, que a palavra "anticristo" significa um cristo substituto ou um cristo rival. Assim, o anticristo é ao mesmo tempo um cristo rival e um adversário de Cristo.12 Satanás não apenas se opõe a Cristo, mas também deseja ser adorado e obedecido no lugar de Cristo. Satanás sempre desejou ser adorado e servido como Deus (Is 14.14; Lc 4.5-8). Um dia produzirá sua obra-prima, o anticristo, que levará o mundo a adorá-lo e acreditar em suas mentiras.
No livro de Daniel, o anticristo é representado inicialmente não como uma pessoa, mas como quatro reinos (leão, urso, leopardo e outro animal terrível), numa descrição clara dos impérios da Babilônia, MedoPersa, Grego e Romano (Dn 7.1-6,17,18). Outro símbolo do anticristo no livro de Daniel é Antíoco Epifânio, que profanou o templo, quando o consagrou ao deus grego Zeus e mais tarde sacrificou porcos em seu altar (Dn 7.21,25).
No ensino de Jesus, o anticristo é visto como o imperador romano Tito que, no ano 70 d.C, destruiu a cidade de Jerusalém e o templo (Mt 24.15-20), bem como um personagem escatológico (Mt 24.21,22). A profecia bíblica vai se cumprindo historicamente e avança para a sua consumação (Mt 24.15-28).
Nas cartas de João, o termo anticristo é usado em um sentido impessoal (I Jo 4.2,3). Ele se referiu também ao anticristo de forma pessoal. Mas João vê o anticristo como uma pessoa que já está presente, ou seja, como alguém que representa um grupo de pessoas. Assim, o anticristo
é um termo utilizado para descobrir uma quantidade de gente que sustenta uma heresia fatal (1 Jo 2.22; 2Jo 7).
João fala ainda tanto do anticristo que virá como do anticristo que já está presente. Assim, João esperava um anticristo que viria no tempo do fim. Os anticristos são precursores do anticristo (l Jo 2.28). Para João, o anticristo sempre esteve presente nos seus precursores, mas ele se levantará no tempo do fim como expressão máxima da oposição a Cristo e sua igreja.
Na teologia do apóstolo Paulo, o anticristo é visto como o homem do pecado (2.3). Ele surgirá da grande apostasia (2.3); será uma pessoa (2.3), será objeto de adoração (2.4), usará falsos milagres (2.9), só pode ser revelado depois que aquilo e aquele que o detém for removido (2.6,7) e será total-mente derrotado por Cristo (2.8). O caráter do anticristo descrito
Paulo não usa o termo anticristo nesta carta. Essa designação é usada no Novo Testamento apenas por João (l Jo 2.18,22; 4.3; 2 Jo 7). Mas esse é o nome pelo qual identificamos o último gran¬de ditador mundial que Paulo chama de "homem da iniquidade", "filho da perdição" (2.3), aquele que "se opõe a Deus" (2.4), aquele "que se exalta acima de todos os demais" (2.4), "que se proclama Deus" (2.4), também chamado de "iníquo" (2.8).

Vamos examinar três aspectos do caráter do anticristo.
Em primeiro lugar, ele é o homem da iniquidade (2.3). Vale pontuar que o anticristo escatológico não é um sistema nem um grupo, mas um homem. Toda a descrição apresentada por Paulo é de caráter pessoal. O homem da iniquidade "se opõe", "se exalta", "se assenta no templo de Deus", "proclama a si mesmo como Deus", e será "morto". À luz de 2 Tessalonicenses 2.3,4,8 e 9, podemos afirmar com sólida convicção que Paulo está fazendo uma predição exata acerca de uma pessoa certa e específica que se manifestará e que receberá sua condenação quando Cristo voltar.
Alguns eminentes teólogos, como Benjamim Warfield, defenderam a tese de que o homem da iniquidade deveria ser identificado como a linhagem de imperadores romanos, como Calígula, Nero, Vespasiano, Tito e Domiciano. John Wyclif, Martinho Lutero e muitos outros líderes da Reforma defenderam a tese de que o papa era o anticristo. A Confissão de Fé de Westminster é categórica nesse ponto:
Não há outro Cabeça da igreja senão o Senhor Jesus Cristo. Em sentido algum pode ser o papa de Roma o cabeça dela, senão que ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exaltava na igreja contra Cristo e contra tudo o que chama Deus (XXV.vi).
William Hendriksen, destacado escritor reformado, entretanto, discorda dessa interpretação, dizendo que o papa pode ser chamado "um anticristo", um entre muitos dos precursores do anticristo final. Em tal pessoa o mistério da iniquidade já está em operação. Chamar, porém, o papa de o anticristo é algo que contraria toda a sã exegese.

O anticristo é o homem sem lei que viverá e agirá na absoluta ilegalidade. Ele será um transgressor consumado da lei de Deus e dos homens. Será um monstro absolutista. A palavra grega anomia, iniquidade, descreve a condição de quem vive de modo contrário à lei. Ele é a própria personificação da rebelião contra as ordenanças de Deus. O homem da iniquidade realizará os sonhos de Satanás sobre a terra, liderando a mais ampla e a mais profunda rebelião contra Deus em toda a História.
William Hendriksen coloca esse fato com clareza:
E importante observar que assim como a apostasia não será meramente passiva, mas ativa (não meramente uma negação de Deus, mas também uma rebelião contra Deus e seu Cristo), assim também o homem da iniquidade será um transgressor ativo e agressivo. Ele não leva o título de "homem sem lei" por jamais ter ouvido a lei de Deus, e, sim, porque publicamente a despreza!
Em segundo lugar, ele é o filho da perdição (2.3). Não apenas seu caráter é sumamente corrompido, mas seu destino é claramente definido. Ele procede do maligno e se destina inexoravelmente à perdição. Ele é um ser completamente perdido e designado para a perdição. Ele será lançado no lago de fogo (Ap 19.20; 20.10). A palavra grega apoleia, "perdição" traz a ideia de que o anticristo está destinado a ser destruído.
Em terceiro lugar, ele é o iníquo (2.8). A palavra grega anomos, traduzida por "iníquo" significa ilegal, iníquo, aquele que vive ao arrepio da lei. O anticristo será um homem corrompido em grau superlativo. Ele será inspirado pelo poder de Satanás e terá um caráter tão perverso quanto o daquele que o inspira.
Podemos afirmar, acompanhado por uma nuvem de testemunhas, que o conceito de Paulo sobre o anticristo procede da profecia de Daniel. Observemos os seguintes pontos: 1) o homem da iniquidade (2.3 - Dn 7.25; 8.25); 2) o filho da perdição (2.3 - Dn 8.26); 3) aquele que se opõe (2.4 - Dn 7.25); 4) e que se exalta contra tudo [que é] chamado Deus ou é adorado (2.4 - Dn 7.8,20,25; 8.4,10,11); 5) de modo que se assenta no santuário de Deus, proclamando a si mesmo como Deus (2.4 -Dn 8.9-14).


                                             A descrição do anticristo

Em Apocalipse 13, o apóstolo João destaca seis fatos acerca da besta, ou anticristo.

Em primeiro lugar, a ascensão do anticristo se dará num tempo de muita turbulência (Ap 13.1). João diz: "Vi emergir do mar uma besta" (Ap 13.1). O que significa isso? As águas do mar são multidões. São as nações e os povos na sua turbulência político-social (Ap 17.5). As águas são símbolo das nações não regeneradas em sua agitação (Is 57.20). Antes do levantamento do anticristo, o mundo estará em desespero, num beco sem saída. Ele emerge desse caos.
O pequeno chifre de Daniel, o homem da desolação citado por Jesus, o homem da iniquidade citado por Paulo, o anticristo citado por João e a besta que emerge do mar são a mesma pessoa. Esse personagem encarnouse na figura dos imperadores (Dominus et Deus) e também em outros reis e reinos despóticos, mas se apresentará no fim como o anticristo escatológico. Ele com seu grande poder vai seduzir as pessoas e conquistar as nações. Ele se levantará num contexto de grandes convulsões naturais: Terremotos, epidemias e fomes. Ele aparecerá num tempo de grande convulsão social: Será um tempo de guerras e rumores de guerras, em que reinos se levantarão contra reinos.
O mundo será um campo de guerra. Ele surgirá num tempo de profunda inquietação religiosa. Ele brotará do ventre da grande apostasia. Os homens obedecerão a ensinos de demônios. Os falsos mestres e os falsos cristos estarão sendo recebidos com entusiasmo. Nesse tempo haverá duas igrejas: a apóstata e a fiel. Ele surgirá oferecendo solução aos problemas mundiais. O mundo estará seduzido pelo seu poder. Os homens estarão dizendo: "Paz, paz", quando lhes sobrevirá repentina destruição.
Ele surgirá num tempo de profunda desatenção à voz do juízo de Deus (Mt 24.37-39). Esse tempo será como nos dias de Noé.

Em segundo lugar, o anticristo incorpora o poder, a força, e a crueldade dos grandes impérios do passado (Ap 13.2). Daniel viu quatro animais ferozes, representando quatro reinos. A força anticristã foi vista por Daniel como quatro reinos que dominaram o mundo (Babilónia, MedoPersa, Grécia e 
Roma). O anticristo incorpora todo o poder dos impérios anticristãos.

O anticristo é o braço de Satanás, enquanto o falso profeta é a mente de Satanás. Ele será um ser totalmente mau, prodigiosamente conquistador. Ele terá a ferocidade do leão, a força do urso e a velocidade do leopardo. A besta que sobe do mar simboliza o poder perseguidor de Satanás incorporado em todas as nações e governos do mundo ao longo de toda a História. Essa besta toma diferentes formas. No fim se manifestará na pessoa do homem da iniquidade.

Em terceiro lugar, o anticristo agirá no poder de Satanás (Ap 13.24; 2Ts 2.9,10). O anticristo vai manifestar-se com um grande milagre (Ap 13.3). Ele vai distinguir-se como uma pessoa sobrenatural, por um ato que será um simulacro da ressurreição. Como já dissemos anteriormente, esse fato é tão importante que João o registra três vezes (Ap 13.3,12,14). Certamente não será uma genuína ressurreição dentre os mortos, mas será o simulacro da ressurreição, produzido por Satanás. O propósito dessa misteriosa transação será conceder a Satanás um corpo. Satanás governará em pessoa.

O anticristo será uma espécie de encarnação de Satanás. A maioria dos estudiosos vê nessa figura a lenda do Nero redivivo. Nero se suicidou em 68 d.C, em um ano, em meio a golpes, surgiram quatro imperadores: Galba, Oto, Vitélio e finalmente Vespasiano. Depois surgiu a lenda de que Nero não tinha morrido, mas escapado para o Oriente, e que voltaria em triunfo. No tempo de João, Domiciano foi chamado o segundo Nero.

O anticristo vai realizar grandes milagres (2Ts 2.9,10). "Ora o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira". Hoje, vivemos numa sociedade ávida por milagres. As pessoas andam atrás de sinais e serão facilmente enganadas pelo anticristo.

O anticristo vai ditar e disseminar falsos ensinos (2 Ts 2.11). Nesse tempo os homens não suportarão a sã doutrina (2 Tm 4.3), mas obedecerão a ensinos de demônios (l Tm 4.1). As seitas heréticas, o misticismo e o sincretismo de muitas igrejas pavimentam o caminho para a chegada do anticristo.

O anticristo vai governar na força de Satanás (Ap 13.2). "Deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade". Na verdade, quem vai mandar é Satanás. Os governos subjugados por ele vão estar sujeitos a
Satanás. Será o pouco tempo de Satanás. O período da grande tribulação. O governo do anticristo vai ser universal, pois Satanás é o príncipe deste mundo. O mundo inteiro jaz no maligno. Aquele reino que Satanás ofereceu a Cristo, o anticristo o aceitará. Ele vai dominar sobre as nações. "Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação" (Ap 13.7). O governo universal do anticristo será extremamente cruel e controlador (Ap 13.16,17). O seu poder será irresistível (Ap 13.4). A grande pergunta será: "Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?"
O anticristo vai se tornar irresistível (Ap 13.4). Ele será singular e irresistível. Terá a aparência de um inimigo invencível. Contra Deus e os santos que estão no céu vai blasfemar (Ap 13.6). Contra a igreja que estará na terra, ele vai perseguir e matar (Ap 13.7,15b).

Em quarto lugar, o anticristo será objeto de adoração em toda a terra (Ap 13.3,4,8,12; 2Ts 2.4). A adoração ao anticristo é o mesmo que a adoração a Satanás (Ap 13.4). Adoração é um tema central no livro de Apocalipse: a noiva está adorando o Cordeiro, e a igreja apóstata está adorando o dragão e o anticristo. O mundo está ensaiando essa adoração aberta ao anticristo e Satanás. Como já dissemos anteriormente, o satanismo e o ocultismo estão em alta. As seitas esotéricas crescem. A Nova Era proclama a chegada de um novo tempo, em que o homem vai curvar-se diante do "Maitrea", o grande líder mundial. A adoração de ídolos é uma espécie de adoração de demônios (I Co 10.19,20). A necromancia é uma adoração de demônios. O grande e último plano do anticristo é levar seus súditos a adorarem a Satanás (Ap 13.3,4). Esse será o período da grande apostasia. Nesse tempo os homens não suportarão a verdade de Deus e obedecerão a ensinos de demônios. O humanismo idolátrico. O endeusamento do homem e sua consequente veneração é uma prática satânica. Adoração ao homem e adoração a Satanás são a mesma coisa.
O anticristo fará forte oposição a toda adoração que não seja a ele mesmo (2Ts 2.4). Ele vai se opor e se levantar contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto. Assim agiram os imperadores romanos que viam no culto ao imperador o elo de fidelidade dos súditos do império. Deixar de adorar o imperador era infidelidade ao Estado. O anticristo também se
assentará no templo de Deus, como Deus, fazendo-se passar por Deus. Ele vai usurpar a honra e a glória só devidas a Deus.
A adoração do anticristo será universal (Ap 13.8,16). Diz o apóstolo João que "adorá-lo-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro" (Ap 13.8). Satanás vai tentar imitar Deus também nesse aspecto. Ao saber que Deus tem os seus selados, ele também selará os seus com a marca da besta (Ap 13.8,16-18). Todas as classes sociais se acotovelarão para entrar nessa igreja apóstata e receber a marca da besta (Ap 13.16).
O anticristo perseguirá de forma cruel aqueles que se recusarem a adorá-lo (Ap 13.7,15). Esse será um tempo de grande angústia (Jr 30.7; Dn 12.1; Mt 24.21,22). A igreja de Cristo nesse tempo será uma igreja mártir (13.7,10). Mas os crentes fiéis vão vencer o diabo e o anticristo, preferindo morrer a apostatar (Ap 12.11).

Em quinto lugar, o anticristo fará oposição aberta a Deus e à sua igreja (Ap 13.6,7; 2Ts 2.4). O anticristo será um opositor consumado de Deus (Dn 7.25; 11.36; 2Ts 2.4; Ap 13.6) - "Proferirá palavras contra o Altíssimo"; "[...] contra o Deus dos deuses, falará coisas incríveis". O apóstolo Paulo diz que ele "[...] se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus [...] ostentando-se como se fosse o próprio Deus". João declara: "[...] e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome". Diz ainda: "Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho". O anticristo vai usar todas as suas armas para ridicularizar o nome de Deus. Ele vai fazer chacota com o nome do Altíssimo.
O anticristo fará violenta e esmagadora oposição contra a igreja (Dn 7.25; 7.21; Ap 12.11; 13.7). Ele [...] magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos". "Ele fará guerra contra os santos e prevalecerá contra eles". Porém, mediante a morte os santos o vencerão (Ap 12.11). João diz: "Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse" (Ap 13.7). O anticristo se levantará contra a igreja, contra o culto e contra toda expressão de fidelidade a Deus. Esse será o ponto mais intenso da grande tribulação (Mt 24.15-22).

Em sexto lugar, o anticristo será apoiado pela segunda besta, o falso profeta (Ap 13.11-18; 16.13; 19.20). A segunda besta seduzirá o mundo
inteiro para adorar a primeira besta (Ap 13.11-15). Se a primeira besta é o braço de Satanás, a segunda é a mente de Satanás. Ela é o falso profeta. A primeira besta age no campo político, a segunda no campo religioso. O falso profeta vai preparar o terreno para o anticristo e vai preparar o mundo para adorá-lo. A primeira besta será conhecida pelo seu poder conquistador, pela sua força (Ap 13.4). A segunda besta será conhecida pelo seu poder sobrenatural, de fazer grandes milagres (Ap 13.13-16).

A segunda besta usará também a arma do controle para garantir a adoração da primeira besta (Ap 13.16-18). Esse será um tempo de cerco, de perseguição, de controle, de vigilância, de monitoramento das pessoas, no aspecto político, religioso e econômico. Todo regime totalitário busca controlar as pessoas e tirar delas a liberdade. A recusa na adoração à primeira besta implica morte (Ap 13.15b).

A segunda besta usará um selo distintivo para os adoradores da primeira besta (Ap 13.18; 14.9-11). Assim como a noiva do Cordeiro recebe um selo (Ap 7.3; 9.4), também os adoradores da besta recebem uma marca (Ap 13.16). Então só haverá duas igrejas na terra, aquela que adora a Cristo e aquela que adora o anticristo. Como os que recebem o selo de Deus terão a vida eterna, os que recebem a marca da besta vão perecer eternamente (Ap 14.11; 20.4). A manifestação do anticristo

Destacaremos quatro pontos aqui:
Em primeiro lugar, sua presente dissimulação e futura revelação (2 Ts 2.68). Diz o apóstolo Paulo que o anticristo está sendo detido por ALGO (2 Ts 2.6) e por ALGUÉM (2 Ts 2.7). "E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém" (2 Ts 2.6,7, grifos do autor). Como já dissemos anteriormente, o que é esse ALGO? Quem é esse ALGUÉM? A maioria dos estudiosos entende que o algo é a LEI e que o ALGUÉM é AQUELE QUE FAZ A LEI SE CUMPRIR. É por isso que o anticristo vai surgir no período da grande apostasia, quando os homens não suportarão leis, normas nem absolutos. Então, eles facilmente se entregarão ao homem da ilegalidade, o filho da perdição.
Em segundo lugar, o número de sua identificação (Ap 13.18; 2Ts 2.3). O anticristo no seu cumprimento profético se deu em governos anticristãos e totalitários, ao longo dos séculos, que perseguiram a igreja, assim, o falso profeta simboliza as religiões e as filosofias falsas deste mundo que desviaram os homens de Deus para adorarem o anticristo e o dragão. Ambas as bestas se opõem à igreja durante toda a dispensação. Porém, o anticristo aponta para um personagem escatológico que reunirá toda a maldade dos impérios e governos totalitários.

O anticristo será uma pessoa, ele é o homem da iniquidade, o filho da perdição, o abominável da desolação, a besta que emerge do mar, a encarnação de Satanás. Os cristãos primitivos entenderam que ele era Nero. Os reformadores entenderam que ele era o papa romana Estudiosos modernos disseram que foi representado por Napoleão, Hitler, Mussolini.
Seu número é 666. Sete é o número perfeito, seis o número imperfeito. Seis é o número do homem, o número incompleto, imperfeito, o número do fracasso. O número do anticristo é fracasso sobre fracasso, sobre fracasso. Ele incorporará a plenitude da imperfeição, a consumação da maldade.
Em terceiro lugar, a limitação do anticristo (Ap 13.5). O anticristo tem um poder limitado, visto que pode matar os santos, mas não vencê-los (Ap 12.11; 20.4). Os verdadeiros crentes preferirão a morte à apostasia (Ap 13.8), vencendo assim a besta (Ap 15.2). Eles não temem aquele que só pode matar o corpo e não a alma. O anticristo também não pode fazer nada contra Deus e contra os remidos na glória, a não ser falar mal (Ap 13.6). O anticristo tem um tempo limitado (Ap 13.5). Quando o seu tempo acabar, ele mesmo será lançado no lago do fogo (Ap 19.20).
Em quarto lugar, a sua total destruição (2 Ts 2.8). Jesus o matará com o sopro da sua boca e o destruirá pela manifestação da sua vinda (2 Ts 2.8). Ele será quebrado sem esforço de mãos humanas (Dn 8.25). Jesus vai tirar o domínio do anticristo para o destruir e o consumir até o fim (Dn 7.26). O anticristo será lançado no lago do fogo que arde com enxofre (Ap 19.20). Cristo colocará todos os seus inimigos debaixo dos seus pés (I Co 15.24,25). A igreja, selada por Deus (Ap 9.4), preferirá a morte à apostasia e assim vencerá o dragão e o anticristo (Ap 12.11). Aqueles cujos nomes
estão no Livro da Vida não adorarão o anticristo (Ap 13.8). Eles reinarão com Cristo para sempre.
                                  
Hernandes Dias Lopes

                                            
                                                      Lição 3: O Anticristo
                                                        
                                                                O Anticristo
                  POR PROF. FELIPE AQUINO 28 DE JUNHO DE 2017  
                  DOUTRINA E TEOLOGIA
            
          Do grego “Antichristos”. Em composições, o termo anti tem diferentes significados: antibasileus significa um rei que preenche um interregno; antistrategos, um pretor; anthoupatos, um procônsul; em Homero antitheos significa alguém semelhante a um deus em poder e beleza, enquanto em outras obras significa um deus hostil. Seguindo a mera analogia alguém poderia interpretar anticristo como significando alguém semelhante a Cristo em aparência e poder; mas é mais seguro definir a palavra de acordo com seu significado bíblico e seu uso eclesiástico. Sentido bíblico da palavra A palavra Anticristo ocorre somente nas Epístolas Joaninas; mas existem assim chamados paralelismos a estas ocorrências no Apocalipse, nas Epístolas Paulinas, e outros menos explícitos nos Evangelhos e no Livro de Daniel. Nas Epístolas Joaninas São João supõe em suas Epístolas que os primeiros cristãos conheciam o ensinamento concernente à vinda do Anticristo. “Vocês ouviram que o Anticristo vem” (1Jo 2,18); “Este é o Anticristo, de cuja vinda vocês ouviram” (1Jo 4,3). Embora o Apóstolo fale de vários Anticristos, ele distingue entre os muitos e o agente único e principal: “O Anticristo virá. Já agora há muitos Anticristos.” (1Jo 2,18). Novamente, o escritor esboça o caráter e a obra do Anticristo: “Eles saíram dos nossos, mas eles não eram dos nossos” (1Jo 2,19); “Quem é mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o Anticristo, que nega o Pai e o Filho” (1Jo 2,22); “E todo espírito que nega Jesus, não é de Deus; e este é o Anticristo” (1Jo 4,3); “Pois muitos sedutores estão à solta no mundo, que não confessam que Jesus Cristo veio na carne: este é um sedutor e um Anticristo” (2Jo 1,7). Também quanto ao tempo, o Apóstolo coloca a vinda do Anticristo na “última hora” (1Jo 2,18); novamente ele mantém que “ele já está agora no mundo” (1Jo 4,3).

 No Apocalipse Praticamente todos os comentaristas encontram o Anticristo mencionado no Apocalipse, mas eles não concordam quanto ao capítulo específico do Livro no qual a menção ocorre. Alguns apontam para a “besta” de 11,7; outros para o “dragão vermelho” de 12; outros ainda para a besta “com sete cabeças e dez chifres” de 13; enquanto muitos escolásticos identificam o Anticristo com a besta que tinha “dois chifres, como um cordeiro” e falava “como um dragão” (13,11); ou com a besta vermelha “com sete cabeças e dez chifres” (17); ou, finalmente, com Satanás “libertado de sua prisão” e seduzindo as nações (20,7). Uma discussão detalhada das razões pró e contra cada uma destas opiniões estaria fora de lugar aqui. Nas Epístolas Paulinas São João supõe que a doutrina concernente à vinda do Anticristo já é conhecida a seus leitores; muitos comentaristas acreditam que ela se tornou conhecida na Igreja através dos escritos de São Paulo. São João exortava contra os hereges de seu tempo que aqueles que negavam o mistério da Encarnação eram vagas imagens do futuro grande Anticristo. Este último é descrito em mais detalhes em 2Ts 2,3.7-10.
Na Igreja de Tessalônica tinham ocorrido distúrbios por causa da crença de que a segunda vinda de Jesus Cristo era iminente. Esta impressão se devia parcialmente a uma interpretação errada de 1Ts 4,15, e parcialmente às maquinações dos enganadores. Foi tendo em vista remediar estas desordens que São Paulo escreveu sua Segunda Epístola aos Tessalonicenses, inserindo especialmente 2,3-10. A doutrina Paulina é esta: “o dia do Senhor” será precedido por “uma revolta”, e a revelação do “homem da iniquidade.” Este irá se assentar no templo de Deus, mostrando-se a si mesmo como se ele fosse Deus; ele irá realizar sinais e falsos prodígios pelo poder de Satanás; ele irá seduzir aqueles que não receberam o amor pela verdade, para que eles pudessem ser salvos; mas o Senhor Jesus irá liquidá-lo com o espírito de Sua boca, e destruí-lo com o resplendor de Sua vinda. Quanto ao tempo, “o mistério da iniquidade já opera; apenas esperando que aquele que o detém seja retirado do caminho.” Resumidamente, o “dia do Senhor” será precedido pelo “homem da iniquidade”, conhecido nas Epístolas Joaninas como Anticristo; este “homem da iniquidade” é precedido por “uma revolta”, ou uma grande apostasia; esta apostasia é o resultado do “mistério da iniquidade” que já “opera”, e que, de acordo com São João, mostra a si mesmo aqui e ali por vagos tipos do Anticristo. 
O Apóstolo dá três estágios da evolução do mal: a fermentação da iniquidade, a grande apostasia, e o homem da iniquidade. Mas ele adiciona uma cláusula calculada para determinar o tempo do evento principal mais precisamente; ele descreve algo primeiro como uma coisa (to datechon), e depois como uma pessoa (ho katechon), evitando a ocorrência do evento principal: “algo o detém” e “aquele que o detém”. Nós aqui só podemos enumerar as principais opiniões quanto ao significado desta cláusula sem discutir os seus valores:
1. O impedimento do evento principal é “o homem da iniquidade”; o evento principal é a segunda vinda do Senhor (Grimm, Simar).
2. O impedimento é o Império Romano; o evento principal impedido é o “homem da iniquidade” (a maioria dos Padres Latinos e intérpretes posteriores)
3. O Apóstolo referiu-se a pessoas e eventos de seu próprio tempo, o katechon e o “homem da iniquidade” são variadamente identificados com os Imperadores Calígula, Tito, Nero, Claudius, etc. (Teólogos protestantes depois do século 17).
4. O Apóstolo refere-se imediatamente a homens e eventos contemporâneos, que são, entretanto, tipos do katechon escatológico, o “homem da iniquidade”, e o dia do Senhor; a destruição de Jerusalém, por exemplo, é o tipo da segunda vinda do Senhor, etc. (Döllinger). Antes de deixar a doutrina Paulina sobre o Anticristo, nos devemos nos perguntar, de onde o Apóstolo derivou seu ensinamento? Novamente aqui nós encontramos várias respostas.
1. São Paulo expressa meramente seu próprio ponto de vista baseado na tradição judaica e nas imagens dos Profetas Daniel e Ezequiel. Este ponto de vista tem sido defendido por vários escritores protestantes.
 2. O Apóstolo expressa a impressão produzida na Igreja dos primeiros tempos pelo ensinamento escatológico de Jesus Cristo. Esta opinião é expressada por Döllinger.
3. São Paulo derivou a sua doutrina concernente ao Anticristo das palavras de Cristo, da profecia de Daniel, e dos eventos contemporâneos. Esta opinião, também, é expressada por Döllinger.
4. O Apóstolo proferiu uma profecia recebida através da inspiração do Espírito Santo. Os intérpretes católicos têm geralmente aderido a esta opinião.
 Nos Evangelistas e Daniel Depois de estudar a figura do Anticristo na Epístola de São Paulo aos Tessalonicenses, alguém facilmente reconhece o “homem da iniquidade” em Dn 7,8.11.20.21, aonde o Profeta descreve o “pequeno chifre”. Um tipo do Anticristo é encontrado em Dn 7,8.23; 11,21-45, na pessoa de Antíoco Epífanes. Muitos comentaristas encontraram alusões mais ou menos claras ao Anticristo na vinda de falsos cristos e falsos profetas (Mt 24,24; Mc 13,6.22; Lc 21,8), na “abominação da desolação”, e naquele que “virá em seu próprio nome” (Jo 5,43).

O ANTICRISTO NA LINGUAGEM ECLESIÁSTICA
Bousset acredita que havia entre os judeus uma lenda completamente desenvolvida do Anticristo, que foi aceita e amplificada pelos cristãos; e que esta lenda diverge e contradiz em importantes pontos as concepções encontradas no Apocalipse. Nós não acreditamos que Bousset tenha provado completamente a sua opinião; sua visão quanto ao desenvolvimento do cristianismo e do conceito de Anticristo não excede os méritos de uma engenhosa teoria. Nós não precisamos entrar em uma investigação da obra de Gunkel, na qual ele traça a ideia de Anticristo ao dragão primevo das profundezas de Othe; esta visão não merece mais atenção do que o resto das fantasias mitológicas desse autor. O que então é o verdadeiro conceito eclesiástico de Anticristo? Suarez mantém que é de fé que o Anticristo é uma pessoa individual, um notável inimigo de Cristo. Isto exclui a afirmação daqueles que explicam o Anticristo ou como toda a coleção daqueles que se opõe a Jesus Cristo, ou como o Papado. Os hereges Valdenses e Albigenses, assim como Wyclif e Hus, chamavam o Papa pelo nome de Anticristo; mas a expressão era somente uma metáfora no caso deles. Não foi até o tempo da Reforma que o nome foi aplicado ao Papa no seu sentido próprio. Isto então passou praticamente ao credo dos Luteranos, e tem sido seriamente defendido por eles tão tardiamente quanto em 1861 no “Zeitschrift für lutherische Theologie”. A mudança da verdadeira Igreja para o reino de Anticristo é dita ter ocorrido entre 19 de fevereiro e 10 de novembro de 607 DC, quando o Papa Bonifácio III obteve do imperador grego Newton, o título “Chefe de Todas as Igrejas” para a Igreja Romana. Uma apelação foi feita a Ap 13,8, em confirmação desta data, e foi calculado a partir de Ap 11,3, que o fim do mundo poderia ser esperado em 1866 DC. O Cardeal Belarmino refutou este erro tanto do ponto de vista exegético como histórico em “De Rom. Pont.”, III. A pessoa individual do Anticristo não será um demônio, como alguns dos escritores antigos acreditavam; nem ele será a pessoa do demônio encarnada na natureza humana do Anticristo. Ele será uma pessoa humana, talvez de extração judaica, se a explicação de Gn 49,17, juntamente com a omissão de Dã do catálogo das tribos, como encontrado no Apocalipse, estiver correta. Deve ser lembrado que a tradição extraescritural não nos fornece qualquer suplemento revelado às informações bíblicas concernentes ao Anticristo. Enquanto estas últimas são suficientes para fazer o crente reconhecer o “homem da iniquidade” no tempo de sua vinda, a falta de qualquer revelação adicional confiável deveria nos colocar em guarda contra os devaneios dos Irvingitas, dos Mórmons, e de outros recentes proclamadores de novas revelações.
Pode não estar fora de lugar chamar a atenção do leitor para duas dissertações do falecido Cardeal Newman sobre o assunto do Anticristo. Uma é chamada “A Ideia Patrística de Anticristo”; ela considera sucessivamente seu tempo, religião, cidade, e perseguição. Ela formou o número 83 dos “Tratados sobre os Tempos”, e foi republicada no volume chamado “Discussões e Argumentos sobre Vários Assuntos” (Londres, Nova Iorque, Bombaim, 1899). A outra dissertação está contida entre os “Ensaios Críticos e Históricos” do Cardeal (Vol. II; Londres, Nova Iorque e Bombaim, 1897), e traz o título “A Ideia Protestante do Anticristo”. Para entender a significância dos ensaios do Cardeal na questão do Anticristo, deve ser tido em mente que uma variedade de opiniões surgiram no decorrer do tempo concernentes à natureza deste oponente da cristandade. 1
. Koppe, Nitzsch, Storr e Pelt argumentaram que o Anticristo é um princípio maligno, não corporificado em uma pessoa ou um governo; esta opinião está em oposição tanto a São Paulo como a São João. Ambos Apóstolos descrevem o adversário como sendo distintamente concreto em forma.
2. Um segundo ponto de vista admitiu que o Anticristo deve realmente aparecer em uma forma concreta, mas identificou esta forma concreta com o sistema do Papado. Lutero, Calvino, Zwingli, Melanchthon, Bucer, Beza, Calixtus, Bengel, Michaelis, e quase todos os escritores protestantes do Continente são citados como suportando este ponto de vista; o mesmo pode ser dito dos teólogos ingleses Cranmer, Latimer, Ridley, Hooper, Hutchinson, Tyndale,
Sandys, Philpot, Jewell, Rogers, Fulke, Bradford, King James, e Andrewes. Bramhall introduziu qualificações na teoria, e após isso sua ascendência começou a se desvanecer entre os escritores ingleses. Nem se deve supor que a teoria Papa-Anticristo foi mantida por todos protestantes do mesmo modo; o Falso Profeta ou segunda Besta do Apocalipse são identificados com o Anticristo e o Papado por Aretius, Foxe, Napier Mede, Jurieu, Cunninghame, Faber, Woodhouse, e Habershon; a primeira Besta do Apocalipse tem esta posição na opinião de Marlorat, King James, Daubuz, e Galloway; ambas as Bestas são assim identificadas por Brightman, Pareus, Vitringa, Gill, Bachmair, Fraser, Croly, Fysh, e Elliott. Após este panorama geral das visões protestantes concernentes ao Anticristo, nós devemos ser capazes de apreciar alguns dos comentários críticos do Cardeal Newman sobre a questão.
 1. Se qualquer parte da Igreja for provada ser anticristã, toda a Igreja o é, inclusive o ramo protestante.
2. A teoria Papa-Anticristo foi gradualmente desenvolvida por três corpos históricos: os Albigenses, os Valdenses, e os Fraticelli, entre os séculos 11 e 16: são estes os expositores dos quais a Igreja de Cristo deve receber a verdadeira interpretação das profecias?
 3. Os defensores da teoria Papa-Anticristo cometeram erros crassos em seus argumentos; eles citam São Bernardo como identificando a Besta do Apocalipse com o Papa, contudo São Bernardo fala na passagem do Antipapa; eles apelam para o Abade Joaquim como acreditando que o Anticristo será elevado à Sé Apostólica, enquanto o Abade realmente acredita que o Anticristo irá derrubar o Papa e usurpar sua Sé; finalmente, eles apelam ao Papa Gregório o Grande como declarando que qualquer um que alegue ser Bispo Universal é Anticristo, enquanto o grande Doutor realmente fala do Precursor do Anticristo que era, na linguagem de seu tempo, nada mais que a figura de um grande mal iminente.
4. Os protestantes foram levados à teoria Papa-Anticristo pela necessidade de opor uma resposta popular aos populares e convincentes argumentos dados pela Igreja de Roma para sua autoridade Divina.
5. Warburton, Newton, e Hurd, os advogados da teoria Papa-Anticristo, não podem ser comparados com os santos da Igreja de Roma.
6. Se o Papa é o Anticristo, aqueles que o recebem e seguem não podem ser homens como São Charles Borromeo, ou Fénelon, ou São Bernardo, ou São Francisco de Sales.
7. Se a Igreja deve sofrer como Cristo, e se Cristo foi chamado Belzebu, a verdadeira igreja de Cristo deve esperar uma reprovação similar; desse modo, a teoria Papa-Anticristo torna-se um argumento a favor da Igreja Romana.
8. A chacota “se o Papa não é o Anticristo, ele tem azar de ser tão parecido com ele”, é na verdade outro argumento a favor das alegações do Papa; uma vez que o Anticristo simula Cristo, e o Papa é uma imagem de Cristo, o Anticristo deve ter alguma semelhança com o Papa, se este for o verdadeiro Vigário de Cristo.

Fonte: Enciclopédia Católica


Por : ESCOLA BEREANA ADVEC SEDE (TESOURO)

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