sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Lição 8- A Soteriologia Reformada




TEXTO ÁUREO
Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Romanos 11.33,34
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
*  entender como o texto bíblico aborda o tema salvação no Antigo e no Novo Testamento;
*  conhecer as duas principais correntes doutrinárias, reformadas, relativas à salvação;
* compreender que mais importante que apreender argumentações soteriológicas é saber que somente por meio de Cristo somos redimidos.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Caro professor,
No texto de Lucas 2.52 (ARA), encontramos um exemplo muito claro de desenvolvimento integral na pessoa do menino Jesus, que crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens. Assim também, as iniciativas da educação devem contemplar o ser humano em todos os seus constitutivos e áreas e prepará-lo para enfrentar os desafios da vida com ousadia, entusiasmo, confiança e coragem.

Educar, dentro de uma perspectiva cristã, exige um compromisso constante não apenas com a qualidade do conteúdo, a eficácia do método educacional, a qualidade e a quantidade de recursos didáticos, mas, acima de tudo, com o progresso do aluno em sua fé. Ajudá-lo a desenvolver todo o seu potencial e talentos concedidos por Deus é, primordialmente, a meta a ser perseguida.
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Como dito em lições anteriores, os fundamentos soteriológicos da fé cristã foram drasticamente afetados pela Reforma Protestante, a partir dos princípios de sola fide, sola Scriptura, solus Christus e sola gratia.
Nesta lição, destacaremos dois sistemas soteriológicos — adotados por igrejas reformadas em todo mundo —, considerando sua preeminência e relevância histórica, a saber: calvinismo e arminianismo. Antes, porém, veremos de que forma a salvação é apresentada no Antigo e no Novo Testamento.
1. SOTERIOLOGIA: A DOUTRINA DA SALVAÇÃO
Todas as religiões do mundo possuem, de um modo ou de outro, sua própria soteriologia (doutrina da salvação): algumas enfatizam o relacionamento entre Deus e os homens; outras, por sua vez, põem ênfase no aprimoramento do auto-conhecimento como forma de alcançar a redenção.

Vejamos a seguir de que forma o manual de fé e prática do cristão reformado (a Escritura) apresenta a salvação.

1.1. No Antigo Testamento
Yahweh é o Ser soberano que, invariavelmente, toma a iniciativa de restabelecer com o homem o elo (de amor e verdadeira comunhão) rompido com Ele, no Éden.

Pode-se afirmar que, para Israel, a ideia de aliança constitui-se na chave-mestra capaz de abrir as portas que levam ao conhecimento da identidade do Eterno.

Nas alianças estabelecidas com Israel — destacadas a seguir —, dentre outras promessas, Yahweh assegurou que salvaria o Seu povo.
São elas: edênica — da Criação à Queda (Gn 1—3.24); adâmica — de Adão ao Dilúvio (Gn 3.24—9.13); noética — de Noé a Abraão (Gn 9.13— 10.32); abraâmica — de Abraão a Moisés (Gn 12—Êx 3.6-10); mosaica — de Moisés a Davi (Êx 3.4; 2 Sm 7.1-29); davídica — de Davi a Cristo (2 Sm 7—Mt 1.1).

1.2. No Novo Testamento
No Novo Testamento, o conceito de salvação (gr. soteria = libertação, salvação, livramento, restituição do homem à ple na comunhão com o Eterno) inclui a maioria dos rudimentos e exterioridades mencionadas no Antigo Testamento (ajudar, libertar, livrar e salvar em situações de grandes ameaças) acrescentando-lhe dimensões espirituais (Fp 2.8).

A teologia reformada entende e apregoa que todo o Novo Testamento deixa transparecer a manifestação da graça salvadora de Deus em Cristo Jesus (Jo 3.16). Aliás, esse é o tema central da Nova Aliança, que está diretamente fundamentada na obra sacrificial de Cristo na cruz (que foi prefigurada pelo sistema de sacrifícios de Israel); [o Salvador] tira o pecado e purifica a consciência por meio da fé nele (Hb 10.2,22) [...] (RADMACHER; ALLEN; HOUSF, 20101), p. 437).
O termo aliança reveste-se de sublime importância na conformação da identidade religiosa de Israel, pois em nenhum outro sistema de culturas e crenças, em todo o mundo, encontram-se vestígios que possam indicar o estabelecimento de pactos entre uma divindade e o seu povo; fato que, por si só, comprova o ineditismo do texto bíblico.

2. OS SISTEMAS SOTERIOLÓGICOS PROTESTANTES
Existem diversos sistemas soteriológicos dentro do protestantismo, os quais partem desse entendimento primordial: os pecadores são declarados justos diante de Deus somente pela fé, somente em Cristo, somente pela Graça, não mediante as boas obras praticadas.

Abordar cada um desses sistemas ocuparia um espaço muito maior que o permitido nesta lição, e ultrapassaria os objetivos pretendidos nesta ocasião. Portanto, examinaremos dois deles, pelo fato de terem-se destacado desde a Reforma, a saber: o calvinismo e o arminianismo.

2.1. Considerações prévias
Ao longo dos séculos, debates têm sido promovidos e diversos materiais têm sido produzidos, por teólogos, pensadores e críticos, de forma sistemática, a respeito da seguinte pergunta: somos predestinados à salvação ou escolhemos ser salvos?

Considerando que, na História, ocorreram polarizações entre ambos os pensamentos, sem que tenha sido estabelecida uma conclusão definitiva, apresou taremos os principais aspectos dessas duas teorias — mutuamente excludentes, segundo seus defensores —, sem a pretensão de esgotar as múltiplas conexões sugeridas por cada segmento.

2.2. O calvinismo e a predestinação
A fundamentação teórica do calvinismo repousa sobre as Institutos da Religião Cristã, obra escrita pelo teólogo e reformador francês João Calvino (1509—1564).

A doutrina da eleição (ou predestinação), elaborada por Calvino, pode ser definida como um ato de Deus, por meio do qual Ele elegeu (escolheu) previamente um determinado número de pessoas para obter a salvação por meio da fé em Cristo, independente do desejo ou de qualquer ato da vontade humana.

2.2.1. As cinco teses centrais do calvinismo
É possível entender mais facilmente o calvinismo a partir das suas cinco teses centrais, resumidas no acrónimo TULIP.
• Total depravity (a total depravação) — A raça humana, como resultado do pecado, está tão decaída que nada pode fazer para melhorar ou para ser aceita diante de Deus.
•  Unconditional election (a eleição incondicional) — O Deus soberano, na eternidade passada, elegeu (escolheu) alguns membros da raça humana para serem salvos, independentemente da aceitação de Sua oferta, que tem como base Sua graça e compaixão.
• Limited atonement (a expiação limitada) — Deus enviou Seu Filho para prover a expiação somente daqueles que Ele elegeu.
• Irresistible grace (a graça irresistível) — Os eleitos não poderão resistir à Sua oferta generosa; serão salvos.
• Perseverance ofthe saints (a perseverança dos santos) — Uma vez salvos, perseverarão até o fim e receberão a realidade última da salvação: a vida eterna.

2.2.2. Questões a serem respondidas pelo calvinismo
Todos os cinco pontos do acrónimo omitem um conceito específico da soberania divina, a saber: o fato de Deus ser soberano sobre Si mesmo e, portanto, capaz de limitar-se em áreas de Sua escolha, de modo que possamos ter verdadeiro livre-arbítrio — o que nos torna capazes de optar por sermos Seus filhos, em vez de apenas seres autómatos.

Além disso, esses cinco pontos do acrónimo colidem com o ensino bíblico da superioridade do sacrifício de Cristo, retirando o seu valor, pois, se alguns foram predestinados para a perdição, o que a obra expiatória de Cristo poderia fazer por eles? E, se outros foram predestinados para a salvação, em que medida o sacrifício de Cristo cooperou para que isso ocorresse?

2.3. O arminianismo e o livre-arbítrio
O arminianismo é uma doutrina firmada nos conceitos do teólogo holandês Jacob Harmensz (1560—1609), conhecido por seu nome latino Jacobus Arminius (em Português, Jacó Armínio).

O livre-arbítrio, sob muitos aspectos, consiste no anverso da doutrina da predestinação, elaborada por Calvino, pois apregoa que o homem pode tomar suas próprias decisões, determinando, assim, seu destino.

Armínio discordou das doutrinas calvinistas, argumentando que seus defensores:
(1) tendem a fazer de Deus o autor do pecado, por ter Ele escolhido, na eternidade passada, quem seria ou não salvo;
(2) negam o livre-arbítrio do ser humano, por declararem que ninguém pode resistir à graça de Deus; e
(3) negam a absoluta necessidade e singularidade do sacrifício de Cristo, pois, se tudo já está antecipadamente determinado, a obra de Cristo no Calvário foi vã.

2.3.1. As teses centrais do arminianismo
Os ensinos de Armínio foram resumidos nas cinco teses dos Artigos de Protesto, publicados em 1610, após a sua morte:

(1) a predestinação depende da maneira de a pessoa corresponder ao chamado da salvação, e é fundamentada na presciência de Deus;
(2) Cristo morreu em prol de toda e qualquer pessoa, mas somente as que crêem são salvas;
(3) a pessoa não tem a capacidade de crer e precisa da graça de Deus, mas
(4) a Graça pode ser resistida;
(5) se todos os regenerados perseverarão é questão que exige maior investigação (LETHAM, 1988, p. 45).

2.4. Adendo necessário
A diferença de pensamento entre cristãos reformados — inclusive no que concerne aos temas abordados nesta lição (predestinação e livre-arbítrio) — resulta da liberdade de consciência, conquistada, há cinco séculos, por aqueles que ousaram confrontar os abusos do Clero.
Não se deve compreender a liberdade de consciência como um agente de cisão entre os cristãos; ao contrário, ela foi, para a humanidade, antes de tudo, um dos grandes legados da Reforma Protestante (como veremos em lições subsequentes). Sem ela (sem a liberdade de consciência), estaríamos vivendo, ainda hoje, segundo as tradições e rituais romanos.

3. O POSICIONAMENTO DAS IGREJAS DE 'CONFISSÃO PENTECOSTAL
São claras as diferenças entre o calvinismo e o arminianismo, sistema soteriológico adotado pela maioria das igrejas de confissão pentecostal, dentre elas as Assembleias de Deus e várias outras.
Segundo os arminianos, Deus sabe, de antemão, as pessoas que lhe aceitarão a oferta da graça, e são essas que Ele  predestina à salvação. Em outras palavras, Deus predestina todos aqueles que, de livre e espontânea vontade, aceitam a salvação outorgada em Cristo, e continuam a viver por Ele.

3.1. Quem são os predestinados à salvação?
Defender unilateralmente a doutrina da predestinação pode conduzir a grandes paradoxos, uma vez que a Bíblia ensina que o plano de Deus é que ninguém se perca, mas que todos cheguem ao conhecimento da verdade (1Tm 2.3-6). Além disso, as Escrituras apresentam um Deus justo, amoroso que não faz acepção de pessoas (Rm 2.11).

Hoje em dia, até mesmo os teólogos outrora muito radicais na defesa do calvinismo estão migrando, progressivamente, para um ponto de equilíbrio em relação ao tema do livre-arbítrio e da predestinação.
Predestinados à salvação são todos aqueles que se encontram do lado de dentro dos limites do sacrifício de Cristo e que, arrependidos dos seus pecados, confessaram-nos ao Senhor e tiveram seus nomes registrados no livro eterno.

CONCLUSÃO
Em relação aos temas  principais  apresentados  nesta  lição
(predestinação e livre-arbítrio), o que os cristãos reformados precisam ter em mente é que Deus não se limita a sistematizações e/ou a epistemologias, ao tempo e/ou ao espaço. Deste modo, precisamos prender-nos à verdade incontestável de Seu amor, que a todos quer envolver, porque Ele amou o mundo de tal maneira — e até mesmo além da percepção humana —, que enviou Seu único Filho para redimir o perdido, indistintamente. É Ele quem salva e transforma aqueles que Nele creem, dia a dia, à imagem do Seu Filho (Jo 3.16; Fp 1.6).
REVISTA CENTRAL GOSPEL


Lição 08 – A Soteriologia Reformada Assunto:
 Reforma Protestante: história, ensinos e legado.
TEXTO  BÍBLICO  BÁSICO Romanos 9.9-21

T E X T O  Á U R E O “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?” Rm 11.33,34; “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11).

OBJETIVOS  GERAL: Mostrar que a promessa da salvação foi à resposta amorosa de Deus para reconciliar Consigo a humanidade pecadora.

OBJETIVOS: Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:  entender como o texto bíblico aborda o tema salvação no Antigo e no Novo Testamento;  conhecer as duas principais correntes doutrinárias, reformadas, relativas à salvação; e  compreender que mais importante que apreender argumentações soteriológicas é saber que somente por meio de Cristo somos redimidos.

V E R D A D E  P R Á T I C A “A salvação oferecida por Deus, através de Cristo, é amorosamente inclusiva: contempla todos os seres humanos e não apenas um grupo ou nação.” Assim sendo:  A salvação é obtida somente em nome de Jesus. (At 4.12); O Evangelho é poder de Deus para a salvação. (Rm 1.16); A salvação está mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. (Rm 13.11)

P O N T O  D E  C O N T A T O “Professor, a doutrina da salvação não deve ser apenas compreendida. É necessário que seja experimentada pelos seus alunos. Conhecer os profundos e confortadores ensinos concernentes à redenção é um bálsamo para o peregrino cristão. No entanto, o conhecimento teórico de pouco adianta se a obra salvífica de Cristo não for experimentada. Portanto, ministre a lição com objetividade, conhecimento da doutrina e amor pela conversão e salvação de seus alunos.”

                                                     I N T R O D U Ç Ã O
A nossa “salvação é tão bem projetada, tão bem harmonizada, que Deus pode ter misericórdia dos pobres pecadores e estar em paz com eles, sem nenhum prejuízo de sua verdade e justiça”. (Matthew Henry)
                                                 S Í N T E S E  T E X T U A L
A doutrina da salvação, (Soteriologia), ocupa-se do estudo do plano salvífico (Ef 1.3-14), da obra de Cristo (Rm 3.24-26), e da aplicação da salvação ao homem (Ef 2.8-10), de acordo com a Escritura.  O termo procede do grego sōtēria, traduzido por “salvação”, “libertação” e “preservação”. Em Lc 1.69,71 e Hb 11.7, o vocábulo é usado com o sentido de “livrar ou preservar de um perigo eminente”.  A palavra equivalente usada no Antigo Testamento é yeshû‘â (o nome Jesus no grego, procede desse termo hebraico, Mt 1.21), isto é, “salvação”, “livramento”. O termo hebraico é usado, em Gn 49.18, como referência à salvação do Senhor (Dt 32.15; 1 Sm 12.1), e, em Ez 37.23, com o significado de “livrar” dos pecados.  Portanto, salvação, quer no Antigo ou Novo Testamento, significa libertação, livramento ou preservação de um perigo eminente.
1.    SOTERIOLOGIA: A DOUTRINA DA SALVAÇÃO
 Antes que o homem pudesse pensar em Deus, ele já estava presente no pensamento de Deus. A Escritura em inúmeras passagens atribui a salvação a uma ação e iniciativa completamente divina: Deus elege, predestina e chama (Ef 1.4,5,18; 2.8-10; Rm 8.28-30; Fp 2.15,16; 2 Ts 1.11; Hb 3.1; 2 Pe 1.10). 
No entanto, é necessário que o homem responda positivamente a vocação celeste:
 ∞ recebendo-o (Jo 1.12);
 ∞ crendo (Jo 3.16); ∞ indo ao encontro d’Ele (Jo 6.37);
 ∞ invocando-o (Rm 10.13);
∞ entre outros. 
A obra inicial do Espírito Santo, a fim de que o pecador seja salvo, é convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11). Contudo, há um completo envolvimento da deidade e do homem na salvação. O gráfico a seguir representa esses conceitos.
  A salvação é um conceito amplo que engloba três estágios: 
1º - A salvação do castigo passado merecido pelo nosso pecado; 
2º - A salvação do poder presente do pecado; e
 3º - A salvação da presença futura do pecado.  Estes estágios são denominados, respectivamente: justificação, santificação e glorificação. Salvação e da missão primordial da Igreja do Senhor, a evangelização. A salvação do homem somente é possível mediante a sua infinita graça: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11).
Segundo Norman Geisler1 “a salvação é descrita por diferentes termos e expressões na Bíblia”.

1.1.        No Antigo Testamento
Está relacionada ao escape das mãos dos inimigos, à libertação da escravidão e ao estabelecimento de qualidades morais e espirituais para a vida de quem tem Deus como seu Senhor (Is 33.22-24). Assim, livra diante das calamidades naturais (Êx 14.13); Livrá-lo e curá-lo (Is 38.16); Contudo, Em Is 53 descreve a morte do “Servo Sofredor”. A. T. aponta para sacrifícios de animais para sacrifício substitutivo de Jesus Cristo na cruz do Calvário (Hb 10.11,12), oferecimento de um inocente no lugar de um culpado; uma morte não merecida, mas aceita diante de Deus para remir os nossos pecados (Hb 9.22)

Os Tipos Ilustrativos da Salvação, no Velho Testamento
A              .   Adão e Eva, ilustrando que a salvação nos veste
Gn 3:21; Zc 3:1-5; Ap 3:5,18; 19:7-8. - primeiro terrível resultado do pecado sobre Adão e Eva foi à percepção das suas vergonha e nudez diante de Deus Gn 3:7. Mas o gracioso Criador, então, perdoou e vestiu seus dois cidadãos pecadores do Éden Gn 3:21
B.                     Caim e Abel, ilustrando que aquela salvação [o sangue] nos garante aceitação
Gn 4.4; Ef 1.6. - [este fato] Também demonstra (no exemplo de Caim) o caminho errado para ser aceito: Abel fez à primeira “[sincera] profissão pública de Cristo” registrada aqui na terra, quando ofereceu o sacrifício do sangue; enquanto Caim tornou-se o primeiro “religioso de uma religião rebelde”, oferecendo um sacrifício sem sangue [Gn 4.3,5].

C.                A Arca e a Páscoa, ilustrando que a salvação nos protege da ira de Deus
Gn 7.1; Êx 12.23; [a terrível ira de Deus:] Rm 1.18; Cl 3.6; 1Ts 1.10; Ap 6.17. - Quem não estiver protegido [pela aplicação do sangue de Cristo] será submetido a um futuro e mundial julgamento da ira (a mensagem da Arca) e a um pessoal julgamento do Grande Trono Branco (a lição da Páscoa).
D.                    Abraão e Isaque, ilustrando que a salvação nos provê um substituto aceitável
Gn 22.12-14; Is 53.4-6; 1Pe 3.18. - Cerca de vinte séculos depois que Abraão ofereceu Isaque, um outro Pai levantou Seu único Filho neste mesmo lugar, mas desta vez não houve a suspensão [do seu sacrifício] na última hora.
E.                       O Maná e a Rocha ferida, ilustrando que a salvação nos satisfaz
 Êx 16.14; 17.6; Sl 103.5; 107.9. - Pão dos céus e água de uma rocha. Oh, a total e terna satisfação da salvação de Deus!
F.                       A serpente de bronze, ilustrando que a salvação nos cura
Nm 21.9; Jo 3.14. - No N. Testamento, Cristo aplicou este evento do V. Testamento a Ele mesmo, e conduziu Nicodemos à salvação.
G.                     Naamã, ilustrando que a salvação nos limpa
2Rs 5.1-14; Sl 51.7. - Este sírio pagão foi o único homem em todo o V. Testamento a ser limpo do terrível castigo de lepra.
H               O Tabernáculo, ilustrando que a salvação restaura a comunhão perdida
 Êx 25.22; Sl 23.3; [Hb 10.19-22]; - Um dos momentos mais trágicos de Israel no Velho Testamento foi à adoração a um diabólico bezerro de ouro, deus egípcio. Êxodo 32. Tanto idolatria como imoralidade estavam envolvidas neste sórdido acontecimento. Mas o Tabernáculo recém-construído foi capaz de assegurar a volta à comunhão de Israel com Deus.

1.2.        No Novo Testamento
No Novo testamento a salvação não é alcançada por mérito humano (Tt 2.11), pois é oferecida por Deus ao que crê pela graça (Ef 2.8,9).
 Pela fé, cabe ao homem confiar em Cristo a fim de que seja redimido e justificado por meio de sua crucificação, bem como permitir que fosse santificado até o fim, tendo tal esperança por meio de sua ressurreição (Rm 4.25). Ainda que o pecador não mereça, por intermédio do filho de Deus, o Pai o justifica, o perdoa, o reconcilia consigo (Rm 5.11), o adota em sua família (Gl 4.5), o sela com o Espírito Santo da promessa (Ef 1.13) e faz dele  uma nova criatura (2 Co 5.17) Mesmo uma leitura perfunctória da Bíblia, especialmente do Novo Testamento, mostrará que a salvação e todas as bênçãos da vida cristã são resultado da graça de Deus.
 1 - A eleição é pela graça. “Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça. E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Rm 11.5,6).
 2 - Jesus é a personificação da graça. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade... Todos nós temos recebido da sua plenitude, e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo.1.14,16,17). “Conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos” (2Co 8.9).
3 - A Salvação é pela graça. “Pela graça sois salvos por meio da fé” (Ef 2.8). “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2.11).
4 - A Justificação e o Perdão dos pecados são pela graça. “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24). “No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.7).
5 - A Fé é pela graça. “Tendo chegado, auxiliou muito aqueles que mediante a graça haviam crido” (At 18.27).
6 - A graça capacita-nos a servir. “Pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça que me foi concedida, não se tornou vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus comigo” (1Co 15.10).
     7 - Graça capacita-nos a ser pacientes e perseverantes. “Então me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12.9). “Acheguemo-nos portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4.16).
      8 - Devemos crescer na graça. “Crescei na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 3.18).
       9 - A plenitude de nossa salvação na segunda vinda de Cristo será uma nova expressão da graça de Deus. “Cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo” (1Pe.1.13).
       10 - Por toda a eternidade os salvos serão um monumento da graça de Deus. “Em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo... para louvor da glória de sua graça” (Ef 1.5,6). “Para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus” (Ef 2.7).

2.    OS SISTEMAS SOTERIOLÓGICOS PROTESTANTES
Dentro do protestantismo há diversas vertentes, sendo as mais destacadas o arminianismo e o calvinismo (cada uma delas admitindo subdivisões). Conceito importante de todas as religiões protestante segundo o autor da revista baseia-se ou partem do pressuposto: os pecadores são declarados justos diante de Deus somente pela fé, somente em Cristo, somente pela Graça, não mediante as boas obras praticadas. A maneira como se alcança a salvação geram muitas discussões. 

2.1.        Considerações prévias
       O tema da soteriologia é a área da Teologia Sistemática que trata da doutrina da salvação humana. E ao longo dos séculos cada religião oferece um tipo diferente de salvação e possui sua própria soteriologia, algumas dão ênfase ao relacionamento do homem em unidade com Deus, outras dão ênfase ao aprimoramento do conhecimento humano como forma de se obter a salvação.

2.2.        O calvinismo e a predestinação
 A posição calvinista (ELEIÇÃO OU PREDESTRINAÇÃO) - nome devido ao teólogo protestante João Calvino (1509 – 1564) - é a crença de diversas denominações tradicionais, com os presbiterianos, anglicanos e alguns batistas. João Calvino nasceu em Noyon, nordeste da Franca, no dia 10 de julho de 1509. Seu pai, Gerard Calvin, era advogado dos religiosos e secretario do bispo local. Aos 12 anos, Calvino recebeu um beneficio eclesiástico cuja renda serviu-lhe de bolsa de estudos.

2.2.1.   As cinco teses centrais do
Ela pode ser representada pelo acrônimo TULIP:
1. Total Depravity – Depravação Total (o homem é incapaz de escolher a salvação por estar morto em delitos e pecados); 
2. Unconditional Election – Eleição Incondicional (Deus elegeu soberanamente alguns para a salvação já que o homem é incapaz de qualquer resposta à Deus); 3. Limited Atonement – Expiação Limitada (o sacrifício de Jesus é eficaz apenas para os eleitos, ou seja, Cristo morreu apenas pelos que realmente seriam salvos); 4. Irresistible Grace – Graça Irresistível (quando Deus chama o homem, este responde, ou seja, é obra de Deus a aproximação do homem e não fruto do seu livre-arbítrio); 5. Perseverance of the Saints – Perseverança dos Santos (todos aqueles que Deus escolheu irão perseverar na fé e jamais pereceram, pois a obra de Deus é completa). Estes são derivados do Sínodo de Dort, um sínodo local convocado em 1618-1619 na Holanda para contradizer e executar os remonstrantes.


2.2.2.   Questões a serem respondidas pelo calvinismo
O Calvinismo A salvação é inteiramente de Deus; o homem absolutamente nada tem a ver com a sua salvação. A doutrina calvinista ensina que Deus predestinou alguns para serem salvos e outros para serem perdidos. A predestinação é o eterno decreto de Deus, pelo qual ele decidiu o que será de cada um.

2.3.        O arminianismo e o livre-arbítrio
O arminianismo, nome devido ao seu precursor Jacó Armínio (1560-1609), é a crença soteriológica comum a muitos grupos evangélicos, como os metodismo, os assembleianos, alguns grupos Holiness, e mesmo alguns anglicanos.  Este sistema tenta explicar uma ideia de livre-arbítrio humano em relação à soberania de Deus, depositando mais ênfase na responsabilidade humana que, em algum momento, acaba se sobressaindo em relação à soberania de Deus. 

2.3.1.   As teses centrais do arminianismo
Ele pode ser representado pelo acrônimo FACTS:
1. Freed by Grace (to Believe) – Livre pela graça (para crer)
2. Atonement for All – Expiação para Todos (Jesus morreu por todos incluindo os que não serão salvos);
3. Conditional Election – Eleição Condicional (Deus elege os salvos com base em sua pré-ciência sabendo quem iria crer
 4. Total Depravity – Depravação Total
5. Security in Christ – Segurança em Cristo Estes pontos correspondem aos Cinco Artigos da Remonstrância (embora esta não seja especificamente uma representação deles), os quais foram compostos em 1610 pelos primeiros arminianos e constituem o primeiro sumário formal da teologia arminiana.

Os pontos principais do Arminianismo moderno (linha predominante dentro da igreja atual) são:
1 -  Depravação Parcial (o homem mesmo corrompido pelo pecado é capaz de escolher se aproximar de Deus); 
2 - Eleição Condicional (Deus elege os salvos com base em sua pré-ciência sabendo quem iria crer 
3 - Expiação Ilimitada (Jesus morreu por todos incluindo os que não serão salvos);
  4 - Graça Resistível (o homem pode resistir à salvação); 
5 - Queda da Graça ou Salvação Condicional (o homem pode perder a salvação, sendo necessário então mantê-la). 

2.4.        Adendo necessário
Dentro do Calvinismo existe o Calvinismo de Quatro Pontos que discorda da ideia de Expiação Limitada e defende, neste ponto, uma visão semelhante ao do Arminianismo. Vale lembrar que o Arminianismo clássico rejeita a Depravação Parcial e tem uma visão mais parecida com o Calvinismo em relação à Depravação Total. Muitos arminianos (principalmente os clássicos) também rejeitam a ideia da Queda da Graça. A reflexão do Calvinismo ou Arminianismo tem despertado a consciência da humanidade e o autor da revista destaca: “Não se deve compreender a liberdade de consciência como um agente de cisão entre os cristãos; ao contrário, ela foi, para a humanidade, antes de tudo, um dos grandes legados da Reforma Protestante (como veremos em lições subsequentes). Sem ela (sem a liberdade de consciência), estaríamos vivendo, ainda hoje, segundo as tradições e rituais romanos.”

3.    O POSICIONAMENTO DAS IGREJAS DE CONFISSÃO PENTECOSTAL
Nas Assembleias de Deus movimento de reforma influenciou várias igrejas locais, mas encontrou grande oposição dos grupos majoritários. Historicamente, a relação entre calvinistas e pentecostais não tem sido sempre amistosa. Contudo, em tempos mais recentes e de forma crescente, pentecostais em busca de uma teologia mais robusta tem se
aproximado do calvinismo, enquanto estes têm demonstrado maior abertura à liturgia pentecostal. Mesmo assim, essa crescente minoria tem sido vista com cautela, tanto por pentecostais como por calvinistas.  O autor afirma “Deus predestina todos aqueles que, de livre e espontânea vontade, aceitam a salvação outorgada em Cristo, e continuam a viver por Ele.”

3.1.        Quem são os predestinados à salvação?
“Pastor Silas Malafaia classifica tese de predestinação à salvação como “absurdo teológico” e diz: “Deus deseja que todos se salvem”” Deus predeterminou, antes mesmo da criação do mundo, que haveria de enviar Cristo como um sacrifício pelo pecado. Ele preordenou que salvaria todos que entrassem e permanecessem em Cristo. Deus até mesmo predispôs as condições exatas que seriam necessárias par ser unido com seu Filho e experimentar esta salvação. Deus tem o direito de escolher salvar quem ele quer; e predeterminou salvar aqueles que o amam, aqueles que obedecem fielmente ao evangelho de Cristo. Textos tais como Efésios 1:3-14 e Romanos 8:28-30 deverão ser estudados cuidadosamente. Deus não predestinou quais pessoas escolheriam cumprir a estas condições de salvação. Cada pessoa determina esta parte. O sangue de Cristo é adequado para salvar a todos (Hebreus 2:9; 1 João 2:2) e o apelo do evangelho é dirigido a todos (Mateus 28:19; Marcos 16:15). Deus quer que todos sejam salvos (1 Timóteo 2:3-4; 2 Pedro 3:9) e providenciou os meios necessários para a salvação de todo aquele que estiver pronto a submeter-se a ele em fé. O evangelho revela que tipo de pessoa Deus predeterminou salvar e agora cada pessoa tem que escolher se o obedecerá. A ideia de uma predestinação arbitrária de indivíduos para a salvação ou condenação é totalmente contrária aos princípios básicos das Escrituras. A Bíblia ensina claramente que Deus não mostra favoritismo (Atos 10:34-35; Romanos 2:11) e que o julgamento será baseado em nossos atos, e não em algum tipo de pré-escolha individual por Deus (Romanos 2:6; 2 Coríntios 5:10). Assim, a predestinação é a predeterminação de Deus a enviar Cristo e salvar aqueles que estão nele. Deus escolheu o povo que ele salvaria; nós temos agora a livre escolha para nos juntar com esse povo e tornarmo-nos uma pessoa do tipo que Deus predestinou salvar. Todo homem foi convidado a se tornar um dos escolhidos.

CONCLUSÃO: Deus oferece a humanidade à liberdade de escolha dando o seu filho Jesus Cristo, para termos a vida eterna, mas, às vezes, nos é difícil compreender esse processo e procuramos formas para adorá-lo sem deixar as coisas que nos convêm. Este estudo examina a expansão da Reforma protestante mostrando que o processo foi e é demorado porem a palavra de Deus modificou situações e interesses de autoridades.
 A Soteriologia Reformada ao longo dos séculos foi importantíssima nesse processo (Predestinação e livre-arbítrio), onde ainda hoje é necessário que haja mudanças. Certo, que todos ao término desta lição, terão como fruto o privilégio de encontrar informações sobre o Soteriologia Reforma, para melhor compreensão dos seus estudos e a benção de Deus.


CURSO DE TEOLOGIA- AULA 1- SOTERIOLOGIA , DOUTRINA DA SALVAÇÃO
CURSO DE TEOLOGIA- AULA 1- SOTERIOLOGIA , DOUTRINA DA SALVAÇÃO. | SEMEANDO A PALAVRA
DEFINIÇÃO: Soteriologia é a união entre dois termos gregos "Soteria" que significaSalvação e "Logia" que significa Estudo. Portanto Soteriologia é o Estudo da Salvação.
INTRODUÇÃO : É fundamental que tenhamos convicção da nossa salvação. A Bíblia garante que podemos ter convicção da vida eterna. Sem esta convicção é impossível viver a vida cristã. Ao fazer o estudo, examine como está a sua convicção `a luz da Palavra de Deus. ESTRUTURA :
A CONDIÇÃO DO HOMEM
 ESCRAVO DO PECADO
 MORTO ESPIRITUAL SEPARADO DE DEUS
A VERDADEIRA IDÉIA DA SALVAÇÃO
A SALVAÇÃO E O PASSADO
 A SALVAÇÃO E O FUTURO
A SALVAÇÃO DE JESUS
OS 2 PASSOS PARA A SALVAÇÃO
 ARREPENDIMENTO CONVERSÃO
OS 3 ELEMENTOS BÁSICOS PARA A SALVAÇÃO
 A GRAÇA
O SANGUE
A FÉ
A NATUREZA DA SALVAÇÃO
 JUSTIFICAÇÃO
REGENERAÇÃO
SANTIFICAÇÃO
 GLORIFICAÇÃO
A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO
O CALVINISMO
O ARMINIANISMO
COMPARAÇÃO

                                             A CONDIÇÃO DO HOMEM

Não se pode compreender a Doutrina da Salvação sem saber-se qual a condição do homem que dela necessita. Vejamos algumas situações do homem sem salvação:
Escravo do Pecado João 8 : 34 Disse Jesus : Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.
O termo " escravo " significa estar cativo debaixo o de poder absoluto, por compra, herança ou por guerra. O termo " pecado" significa transgressão da lei divina.
Romanos 6 : 18 Fostes libertos do pecado, e vos tornastes escravos da justiça.
As Escrituras nos mostra que o pecado pode ser dividido em duas classes, a saber: Pecado por Comissão É um ato que não atende uma condição imposta, em outras palavras, é fazer o que Deus proíbe.

Pecado por Omissão Ato ou efeito de omitir, deixar de fazer, ou seja, é deixar de fazer o que Deus manda.

Morto Espiritual- Rom. 5 : 12 Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.

A morte espiritual é um tanto análoga a morte física.
A morte física é a separação entre o corpo e o espírito, quando o espírito abandona o corpo, o corpo morre. Da mesma forma, quando o espírito se separa de Deus, o espírito morre; da mesma maneira que o corpo sem o espírito está morto, o espírito sem Deus também está morto.
Separado de Deus, o homem está morto espiritualmente e impossibilitado, de tomar a iniciativa da salvação.
Separado de Deus Esta é outra condição do homem sem salvação.
A conseqüência da queda de Adão, foi a exclusão da presença de Deus. Isto é, Deus já não andava com Adão no Éden.
Gen. 3 : 8 E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia : e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim.
Isaías 59 : 2 Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus.
A VERDADEIRA IDÉIA DA SALVAÇÃO
Há diversas idéias a respeito da salvação. Vamos mencionar algumas das mais importantes e apontar a que está mais de acordo com a idéia apresentada por Jesus Cristo.
A Salvação e o Passado Atos 17 : 30 Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todos os lugares se arrependam.Suponhamos que uma pessoa que não saiba nadar esteja prestes a afogar-se; mas, felizmente alguém o salva.A salvação nada tem haver com o passado da pessoa salva.
A Salvação e o Futuro Imaginemos agora, um condenado a morte, porém perdoado por alguém cheio de bondade e amor. Este perdão garante ao condenado o livramento do castigo merecido. Esta salvação visou o livramento do castigo futuro.       
A Salvação de Jesus Lc. 9 : 24 Porque qualquer que quiser salvar asua vida, perdê-la-á; porém qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.Suponhamos que temos um único grão de arroz no mundo em nossas mãos. Para salvar esta semente o que temos que fazer? A melhor maneira de salvá-lo é plantando-o, pois se colhera centenas deles
A verdadeira idéia da salvação é, aquela que contempla mais aquilo para o que somos salvos do que aquilo de que fomos salvos.
A salvação ensinada por Jesus acentua mais o céu com toda a sua glória do que o inferno com todo o seu horror. Não somos salvos para escaparmos da morte, mas para gozarmos a vida eterna.
I Jo. 3 : 2 Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser.
OS 2 PASSOS PARA A SALVAÇÃO
Mat. 4 : 17 Daí por diante passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei - vos, porque é chegado o reino dos céus.
Mat. 18 : 3 E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças de modo algum entrareis no reino dos céus.
Cristo chegara ao mundo, vindo do seio do Pai. Podia descrever as glórias do céu para comover os homens. Mas a sua mensagem era a mesma : Arrependimento e Conversão.
Arrependimento O verdadeiro arrependimento envolve a pessoa toda, todo o seu ser, toda a sua personalidade. Arrependimento não é apenas mudança de pensamento.
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João 3 :3 ...Em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Nascer do novo significa "um novo ser uma nova pessoa ou seja uma nova personalidade".
Estudaremos o arrependimento em cada um dos poderes da personalidade : Intelecto, Sensibilidade, Volição.
Intelecto Intelectualmente falando, o arrependimento é uma mudança na maneira de pensarmos: Em Deus, Em nosso pecado, Nossa relação com o próximo. Antes do arrependimento, o seu pensamento estava voltado para as coisas materiais, agora consiste em coisas espirituais e eternas.
Sensibilidade O prazer e a alegria deixa de fixar-se nas coisas terrenas deste mundo para fixar-se nas coisa espirituais. No arrependimento o homem pensa e sente mais em relação a Deus do que em relação ao pecado. No Salmo 51 Davi, chora por seus pecados, mas lamenta muito mais a sua infidelidade diante de Deus. "Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões segundo a multidão das tuas misericórdias. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que mau à tua vista, para que sejas justificado quando falares e puro quando julgares ".
Volição Antes do arrependimento o homem quer fazer a sua própria vontade, quer dirigir-se a si mesmo, quer andar no seu próprio caminho.
Através do arrependimento o homem passa a querer fazer a vontade de Deus e quer ser dirigido por ele, porque está convencido de que a direção de Deus lhe são as melhores.
Esta mudança na vontade do homem é, de fato, o elemento mais importante no arrependimento.
Conversão: Conversão é uma palavra usada para exprimir o ato do pecador, abandonando o pecado, para seguir a Jesus.
A conversão pode e deve repetir-se todas as vezes em que o homem pecar e afastar-se de Deus, porque ela consiste no ato de abandonar o pecado e aproximar-se de Deus.
Emprega-se, geralmente, a palavra conversão para significar aquela primeira experiência do homem, abandonando o pecado paras seguir a Cristo.

OS 3 ELEMENTOS BÁSICOS PARA A SALVAÇÃO
Rom. 3 : 24 - 25 E são justificados gratuitamente pela sua Graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Deus o propôs para propiciação pela Fé no seu Sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos sob a tolerância de Deus.
Os elementos básicos estabelecidos para salvação conf. escrito pelo Apóstolo Paulo aos Romanos são
1o. A Graça Tito 2 : 11 Pois a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens. Graça significa, primeiramente, favor, ou a disposição bondosa da parte de Deus. ( Favor não merecido). A graça de Deus aos pecadores revela-se no fato de que ele mesmo pela expiação de Cristo, pagou toda a pena do pecado. Por conseguinte, ele pode justamente perdoar o pecado sem levar em conta os merecimentos ou não merecimentos. A graça manifesta-se independente das obras dos homens. A graça é conhecida como Fonte da Salvação.
2o. O Sangue I Jo. 1 : 7 O sangue de Jesus Cristo , seu Filho, nos purifica de todo pecado. Em virtude do sacrifício de Cristo no calvário, o crente é separado para Deus, seus pecados perdoados e sua alma purificada. Sangue é conhecido como a Base da Salvação.

3o. A Fé Ef. 2 : 8 - 9 Pois é pela graça que sois salvos, por meio da Fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Pela fé reconhece o homem a necessidade de salvação, e pela mesma fé é ele levado a crer em Cristo Jesus. Heb. 11 : 6 Ora, sem Fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. A Fé conduz-nos ao Salvador, a Fé coloca a verdade na mente e Cristo no coração. A Fé é a ponte que dá passagem ao mundo espiritual, por isso concluímos que a Fé é o Meio para a Salvação.

A NATUREZA DA SALVAÇÃO
Vejamos os 3 aspectos da Salvação
1o. Justificação Justificar é um termo judicial que significa absolver, declarar justo. O réu, ao invés de receber sentença condenatória, ele recebe a sentença de absolvição. Esta absolvição é dom gratuito de Deus, colocado a nossa disposição.
pela fé. Essa doutrina assim se define : "Justificação" é um ato da livre graça de Deus pelo qual ele perdoa todos os nossos e nos aceita como justos aos seus olhos somente por nos ser imputada a justiça de Cristo, que se recebe pela Fé. Justificação é mais que perdão dos pecados, é a remoção da condenação. Deus apaga os pecados, e, em seguida, nos trata como se nunca tivéssemos cometido um só pecado. Portanto Justificação é o Ato de Deus tornar justo o pecador. Romanos 3 : 24,30 Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus... Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. A justificação, é realizada no homem quando este passa a crer no Senhor Jesus Cristo como Salvador, logo que ele crê em Jesus, Deus o declara livre da condenação.

Cristo Nossa Imputação Rom. 4 : 6 ...Bem-aventurado o homem a quem Deus imputa justiça sem as obras,... Imputar é atribuir a alguém a responsabilidade pelos atos de outro. Isto é Jesus Cristo assumiu nossos pecados, Deus permitiu que Jesus pagasse nosso débito.

Cristo Nossa Substituição Gal. 3 : 13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo ele próprio maldição em nosso lugar,... Como nosso substituto, Cristo Jesus ganhou esta justiça para nós, morrendo em nosso lugar, a fim de nos salvar e garantir o perdão dos nossos pecados. Somos agora aceitos por Deus, porque nos foi creditada a perfeita Justiça de Cristo.

Justiça de Cristo I Cor. 1 : 30 Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, Justiça, e santificação, e redenção.Esta justiça foi adquirida pela morte expiatória de Cristo. Sua morte foi ato perfeito de justiça, porque satisfez a lei de Deus. Foi também um ato perfeito de obediência. Tudo isto foi feito por nós e posto a nosso crédito.

2o. Regeneração Regenerar significa : Restaurar o que esta destruído. Quando se trata do ser humano, Regeneração é uma mudança radical, operada pelo Espírito Santo na alma do homem. Esta Regeneração, atinge, portanto todas as faculdades do homem ou seja : Intelecto, Volição e a Sensibilidade. O homem regenerado não faz tanta questão de satisfazer à sua própria vontade como de satisfazer à de Deus. Na Regeneração, ele passa a pensar de modo diferente, sentir de modo diferente equerer de modo diferente : tudo se transforma. II Cor. 5 : 17 Portanto, se alguém está em Cristo, Nova Criatura é; as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo. A bíblia descreve a regeneração como:
Nascimento João 3 : 3 Jesus respondeu, e disse : Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Uma pessoa, para pertencer a aliança feita a Israel e gozar de todos os seus direitos, precisava somente nascer de pais judaicos. Para pertencer ao reino do Messias, contudo, uma pessoa precisa nascer de novo. Ezeq. 36 : 26 Dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro em vós um espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.
Vivificação A essência da regeneração é um nova vida concedida por Deus, mediante Jesus Cristo e pela operação do Espírito Santo. Jo. 10 : 10 ... Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. Viver É estar com vida. Vivificar É dar vida. Vivificação:É o Ato, a Ação ou o efeito de viver. É usufruir da vida espiritual que Deus concedeu.
Purificação Ato ou efeito de purificar. Tito 3 : 5 Não por obras de justiça que houvéssemos feitos, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração e renovação pelo Espírito Santo. A alma foi lavada completamente das imundícias da vida de outrora.
3o. Santificação Santificar é tornar sagrado, separar, consagrar, fazer santo. A Palavra santo tem muitos significados:

Separação Representa o que está separado de tudo quanto seja terreno e humano. I Ped. 3 : 11 Aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a.
Dedicação Representa o que está dedicado a Deus, no sentido ser sua propriedade. Rm 12 : 1 Portanto, rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Purificação Algo que separado e dedicado tem de ser purificado, para melhor ser apresentado. (imaculado) II Cor. 7 : 1 Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a impureza tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santificação no temor de Deus.

Consagração No sentido de viver uma vida santa e justa. Lev. 11 : 44Eu sou o Senhor vosso Deus; consagrai-vos, e sede santos, porque eu sou santo.

Muito acentuada se acha no Velho Testamento a idéia de que a santificação consta de uma relação especial com Deus. As coisas consagradas ao Senhor eram consideradas santas: Arca do Concerto, O Templo, O Tabernáculo, O Altar, Os Vasos, Os Sacerdotes.
No Novo Testamento, a idéia é a de que a santificação consiste no processo do homem ser perfeito como Ele é perfeito.
Jesus ensinou que o homem deve procurar aperfeiçoar-se cada vez mais. "Bemaventurado os limpos de coração, porque eles verão a Deus".
Diante do exposto, podemos estabelecer o seguinte:
Santificação é um processo O crente precisa esforçar-se para progredir em santificação. II Cor.7 : 1 Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a impureza tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santificação no temor de Deus. O processo de santificação pode ser comparado ao crescimento de uma pessoa, porém condicionado à sua vontade.
Os meios divinos de santificação
O Sangue de Cristo I Jo.1: 7 O sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de todo o pecado.
O Espírito Santo Fil. 1 : 6 Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou boa obra a aperfeiçoará até o dia de Jesus Cristo.
A Palavra de Deus Jo. 17 : 17 Santifica-os na verdade a tua palavra é a verdade.
VEJAMOS A SEGUIR O QUE O ESPÍRITO SANTO SANTIFICA NO CRENTE
I Tes. 5 : 23 O mesmo Deus de Paz vos santifique completamente. E todo o vosso espírito, alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
O Corpo Rom. 12 : 1 ... que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
A Alma I Ped. 1 : 22 Tendo purificado as vossas almas Espírito Sal. 78 : 8 ... Geração de coração instável, e cujo espírito não foi fiel a Deus.               Glorificação Glorificar significa honrar, dar glória.
Deus em seu plano de salvação, manifestou a sua glória através de Cristo Jesus, o pecador pode experimentar esta manifestação pelo Espírito Santo.
O ato final do processo da salvação será a glorificação do crente por Deus.
A Glória de Deus em Nós Em todo o tempo a glória de Deus demonstra poder, autoridade, virtude e acima de tudo consagração.
É manifestada através da fé.        
Foi nos dada através de Jesus e serve para manter a unidade da Igreja.
Jô. 17 : 24 Pai, quero que onde eu estiver, estejam também comigo aqueles que me deste, para que vejam a minha glória, a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo.
A Glorificação do Corpo Rom. 8 : 30 E aos que predestinou, a estes também chamou, e, aos que chamou, a estes também justificou; e, ao que justificou, a estes também glorificou.
A Glorificação do corpo se dará por ocasião do arrebatamento, nosso corpo será transformado em um corpo glorioso. Neste ato, se dará a glorificação, quando estaremos em corpo incorruptível, e assim, estaremos para sempre com o Senhor.
Conhecemos que a glória da roseira é a rosa e que a de qualquer árvore são os frutos; mas a glória do crente o que será?
I Cor. 13 : 12 Agora vemos em espelho, de maneira obscura; então veremos face a face. Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido.
Rom.8 : 18 Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar coma glória que em nós há de ser revelada.
A Glorificação é o objetivo de nosso serviço realizado
I Cor. 15 : 58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.
O trabalho do cristão deve ser realizado da melhor forma possível.
Com Amor, dedicação, voluntário, humilde, alegria, sacrificial, sabedoria etç... A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO É possível alguém que aceitou à Cristo como salvador cair da graça?
Os que seguem a doutrina de Calvino diz que não e os que seguem a de Armínio diz que sim. Estudemos então as duas doutrinas:
O Calvinismo A salvação é inteiramente de Deus; o homem absolutamente nada tem a ver com a sua salvação.
Romanos 8 : 35 Quem nos separará do amor de Cristo ? Será tribulação, ou angustia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?
Isto porque a sua vontade se corrompeu com o pecado. Desta forma o homem não pode se arrepender sem a ajuda de Deus.
Efésios 1 : 4 - 5 Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor. Nos predestinou para ele, para adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.
A doutrina calvinista ensina que Deus predestinou alguns para serem salvos e outros para serem perdidos. A predestinação é o eterno decreto de Deus, pelo qual ele decidiu o que será de cada um.
O Arminianismo A vontade de Deus é que todos os homens sejam Salvos, porque Cristo morreu por todos.
I Tim. 2 : 4 O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.
As Escrituras ensinam uma predestinação, mas não individual. Ele predestina a todos os que querem ser salvos.
Tito 2 : 11 Portanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens.
O homem pode escolher aceitar a graça de Deus, ou pode resistir-lhe e rejeitá-la. Seu direito de livre arbítrio sempre permanece.     
A Igreja é uma instituição toda especial de Deus, a qual o próprio Senhor é a pedra angular, estando edificada no fundamento dos apóstolos e profetas.  Ela se manifesta na qualidade de organismo como Igreja Universal e como Igreja Local na qualidade de organização. Definição: a palavra Igreja deriva-se do vocábulo grego εκκλησια que designava “reunião”, “aqueles chamados para fora” e posteriormente no Novo Testamento veio designar uma reunião de crentes professos.  Ela se manifesta de duas maneiras:  [volta ao topo]
É a reunião de todos os salvos desde o pentecostes até ao arrebatamento (At 2.1-4-; I Ts 4.13-18).  Ele é também conhecida pelas seguintes figuras: a)       O Corpo de Cristo: Rm 12.4-5; I Co 12.12-27; Cl 1.18 b)       A Esposa de Cristo: II Co 11.2; Ef 5.31-32; Ap 19.7 c)       Edifício: Ef 2.21-22; I Pd 2.4-6 d)       Santuário do Espírito Santo: I Co 3.16-17 e)       Novo Homem: Ef 2.14-15 [volta ao topo]
Das 114 vezes em que o termo “igreja” é empregado, em 91 vezes ou mais refere-se a Igreja Local. A Igreja Local é a reunião de crentes professos numa comunidade com características de organização distintas, tais como: a)       Ela é autônoma: isto significa que ela administra seus próprios negócios por um governo teocrático-democrático estando submissa a Cristo diretamente, congregacional.  Este ensino é revelado no Novo Testamento em virtude das igreja locais agirem autonomamente.  At 6.1-5; 15.22-27; II Co 2.5-6; Mt 18.17; At 1.15-26; I Co 5.1-8. b)       Tem seus oficiais: biblicamente são dois: Pastores e Diáconos. I Tm 3.1-13; At 6.1-6;  Fl 1.1 a.       Pastor: é aquele que cuida do rebanho, mas encontramos outros sinônimos como bispo e ancião.  Bispo aquele supervisiona e ancião uma pessoa amadurecida ou experiente. b.       Diácono: o que serve às mesas: c)       Composta de Membros regenerados e batizados: isto significa que os membros da igreja local são nascidos de novo (com evidências para isso) e desceram às águas do batismo. Mt 28.18-20; Jo 3.5; At 2.41; 4.32 I Pd 1.23; d)       Ela tem autoridade para disciplinar seus membros: Mt 18.15-18; I Co 5.1-13; II Co 2.56. e)       Ela deve ser Separada a.       Do mundo: Ef 5.27 b.       Do Estado: Mt 22.21 c.        Dos que erram doutrinariamente: I Co 5.11; Ef 4.14; II Jo 9-11; II Ts 3.6 f)        Nela ministra-se os dons espirituais Ef 4.11-12; Rm 12.3-8; I Co 12.1-11,28-31. g)       Tem seu tempo comunitário de adoração e culto a Deus.  At 20.7; I Co 16.2; Hb 10.25.
As ordenanças dadas por Jesus Cristo a sua Igreja e que todos os cristãos devem observar, são cerimoniais que trazem memórias e lembranças da sua obra para nós e também aos que não crêem (ainda que não participem), de uma forma passada, presente e futura; tendo como base o sacrifício de Cristo na cruz, sua morte, ressurreição e volta iminente. Embora sendo, uma ordem e uma prática a ser observada, estas ordenanças não tem valor algum para a salvação de quem as observa ou pratica, servem apenas de caráter representativo da causa e dos efeitos desta mesma salvação.  São elas: o Batismo e a Ceia do Senhor.
Discutir a forma e o significado da palavra batismo é uma notável ingenuidade, de tal maneira que defender que o significado de batizar é imergir torna-se um grave erro de redundância, porque o vocábulo grego é a palavra no português imergir; foi apenas uma palavra transliterada de um idioma para o outro.
1.   Batismo a)  A Ordem - O mandamento é claramente ordenado na forma do imperativo de Mateus 28: 19: “Ide, fazei discípulos… batizandoos …”.  O batismo era uma prática comum na igreja primitiva e feita de uma forma expontânea e automática para àquele que cresse que Jesus era o Cristo (Atos 2: 38,41; 8:36-38; 10:48; 18:8). Então se é uma ordem deve ser obedecida.  O batismo é o primeiro ato visível de cada crente em obediência a Cristo para uma vida cristã responsável e pura.

2. O Significado
a)    É o primeiro passo de obediência do crente no desejo de servir a Cristo. (Mt 28:19)
 b) Simboliza a morte e ressurreição de Cristo (Rm 6:3-4).  Por isso somente a imersão pode representar estes eventos em um só.
c) É a representação física do batismo no Espírito Santo.  Sendo que o batismo no Espírito Santo, que se procede no ato da conversão, coloca o crente no Corpo de Cristo (I Co 12:13)  o batismo nas águas coloca o crente na igreja local. (At 2: 41-47)

3.  Quem pode ser batizado.
 a)  Todos os que receberam a Cristo como único e suficiente salvador (At 2:41, At 8:12-13) e;  
b)  Abandonaram antigas práticas erradas, principalmente as que servem de testemunho negativo para a sociedade.  II Co 5:17, Cl 3:5-10;
c)    E que desejam servir melhor a Cristo tendo responsabilidades na igreja local. NOTE: Os requisitos para a aceitação de membros na igreja local não deve ser “tão alto” de modo que poucos irão ter a capacidade de serem incluídos no rol de membros.  Entendemos que um novo convertido é alguém que irá crescer na vida cristã, naturalmente ele não pode alcançar a maturidade espiritual de um dia para o outro.  Deus dá dons a cada um que irão ser desenvolvidos dentro da capacidade e limites aceitos pela igreja local.
 4.  Fórmula do Batismo
a)  É feita a confissão de fé do candidato.
 b)    E batiza-se segundo a fórmula de Mt 28: 19 “... em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo;”

Fonte: ESCOLA BEREANA – ADVEC SEDE


       

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