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INTRODUÇÃO -
Colossenses 1.3-6; 9-14
Legados da Reforma protestantes que transformaram homens de
uma forma significante da época.
1. MUDANÇAS NO PERFIL POLÍTICO DOS POVOS
A Reforma mudou a visão, e a maneira do povo pensar na
política trazendo uma posição radical.
1.1. Mudança na Forma do Governo Eclesiástico O papa não
tinha mais a centralidade do governo. Lutero e Zuínglio foram os pivôs da
democracia constituída, desmantelando a centralização do governo eclesiástico.
1.2. Mudança na Politica Secular Com o governo democrático,
começou haver uma mudança na política secular; o povo começou a escolher os
seus governantes pelo voto.
1.3. Mudança No Mapa Geopolítico Mundial Com a perseguição
dos cristãos que estavam defendendo a separação entre a Igreja e o Estado,
houve um êxodo do povo para outras terras, fundando assim os EUA e Canadá.
2. MUDANÇAS NA ECONOMIA MUNDIAL
Começou haver
mudanças radicais na economia europeia com o crescimento dos cristãos. Vejamos
a seguir.
2.1. A Ética Romana A teologia romana via o trabalho e o
crescimento econômico como maldição, um pecado de usura.
2.2. A Ética Protestante Lutero declarou que o trabalho é
dom de Deus e o crescimento financeiro uma benção divina. Os cristãos ofereciam
o melhor de si nos trabalhos, pois sabiam que estavam agradando a Deus. Com a
Reforma Protestante começou a surgir sistemas financeiros.
3. MUDANÇAS RADICAIS
NO VIÉS CULTURAL DAS NAÇÕES
3.1. A Criação de um Estado Laico O movimento protestante
trouxe uma liberdade religiosa, trazendo liberdade de culto e crença.
3.2. Mudanças nas Artes Naquele tempo só se retratava
figuras religiosa da igreja, tanto na pintura, quanto nas esculturas; com
advento da Reforma combatendo todo o tipo de idolatria, deu espaço aos artistas
para retratarem ao homem e natureza.
3.3. Mudanças na Ciência A teologia cristã não via
contradição entre a Bíblia e a ciência, e com isso começou haver uma harmonia
entre a Bíblia e a ciência, com a ciência explicando alguns fundamentos
físicos, matemáticos e químicos do funcionamento do universo.
3. MUDANÇAS NA COSMOVISÃO RELIGIOSA
O sistema papal trouxe o desvio da verdadeira Fé, no entanto
o Espírito Santo trouxe reformadores como Pedro Valdense, Wycliffe, Zuinglio,
Calvino, e Lutero e outros. Estes trouxeram a igreja verdadeira, e podemos
destacar a vida espiritual do povo a seguir.
4.1. Religiosidade
Baseada no Sistema de Troca A igreja na idade média baseava-se na base de troca
“toma lá, da cá”. Os lideres estavam mais preocupados com os bens materiais do
rebanho, do que com a parte espiritual.
4.2. Religiosidade Baseada em Superstições Havia na época
muitas superstições a eventos de origem sobrenaturais, trazendo para
responsabilidade humana o castigo divino, ou a boa vontade dos céus, e viam
ações dos santos romanistas, dos demônios, e até do próprio diabo, o que fez a
veneração aos santos, criando também figuras folclóricas, como duendes, fadas
etc.
4.3. Desprezo à Graça do Senhor Jesus Cristo Havia um tempo
de obscurantismo, queriam bênçãos de qualquer maneira, e empreender qualquer
tipo de sacrifício para obter curas e outros.
5. PILARES DA
ESPIRITUALIDADE REFORMADA
Através do protestantismo começou haver derrubada das
crendices populares em posta pelo catolicismo. Começou haver uma restauração da
verdadeira igreja baseada na Palavra de Deus, através do Sacrifício e
ressurreição de Jesus Cristo.
5.1. Só há um Poder Soberano e Onipotente no Mundo
Superstições foram caindo de figuras mitológicas. O povo começou a conhecer o
verdadeiro Deus, O Soberano, como está no Salmo 86.
5.2. A Devolução da Bíblia
5.3. A Devolução da Verdadeira Igreja (Ef. 5:27) ”Para
apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível”.
CONCLUSÃO
O legado da Reforma Protestante tem atravessado tempo,
barreiras teológicas, críticas que vão contra a palavra de deus, de gerações a
gerações tem permanecido firme, trazendo um beneficio para todos os segmentos
das sociedades espalhado pelo planeta, da ciência, das culturas, geografia,
raças, línguas, entre outros. A Reforma
Protestante promoveu um bem comum a todos: pela fé, Escrituras Sagradas, pela
centralidade de Cristo, pela Graça, e pela glória de Deus!
O legado da Reforma: algumas implicações sociológicas
Em 31 de outubro de 1517, um monge agostiniano rebelou-se
contra a instituição mais poderosa do Ocidente, a “santa madre” Igreja Católica,
e resolveu publicizar sua revolta, num vilarejo alemão, apregoando o que
ficaria conhecido como as “95 Teses” na porta de uma Catedral de Wittemberg,
dando início ao que passaria para a História como a “Reforma Protestante”. Seu
nome: Martinho Lutero. Obviamente, antes dele muitos outros haviam questionado
os rumos dados à mensagem de Cristo pela igreja romana, mas Lutero obteve êxito
ao escapar das malhas do poder católico e não ser lançado, como muitos outros,
às brasas. O que há de importante, não apenas no homem Lutero, mas no legado da
Reforma? Antes de tudo, o movimento funcionou como um questionamento legítimo e
de grandes proporções ao arbítrio da igreja de Roma, abalando sua autoridade
sobre este mundo e sobre o mundo futuro (pois, para aqueles que criam, não
havia salvação “fora da Igreja”, o que significava que somente por ela é que se
conquistaria o mundo dos céus). Lutero assim como os demais reformadores
(Calvino, Baxter dentre outros) apregoaram a salvação como dádiva de Deus dada
aos homens somente pela fé, sem necessidade de intermediários ou intercessores.
Para isso fazia-se necessário “conhecer” sua Vontade, o que só se daria por
meio da leitura do Livro Sagrado. Nesse sentido, a tradução da Bíblia para os
idiomas nacionais foi um dos primeiros atos da Reforma (lembremos que, até
então, somente os que sabiam latim – ou seja, os clérigos –, poderiam ter
acesso aos textos sagrados). Ler a Bíblia, em sua língua natal, era para o
crente o caminho certo para a “glória divina”, o que acarretou um
direcionamento à massificação da alfabetização, e depois da escolarização, dos
futuros fiéis protestantes.
A justificação individual pela fé, também expressa por meios
individuais, fazia nascer, no mundo ocidental, a figura do “indivíduo”.
Um outro mundo surgiria dali, assentando as bases de uma
prática religiosa agora orientada para a condução da vida “neste mundo”,
fundando uma verdadeira “ética”, que tanto inquietou a obra sociológica do
alemão Max Weber (dedicando-se em grande medida à compreensão das relações
entre Protestantismo e Capitalismo). Tal orientação para os interesses “deste
mundo” atinge, nos dias de hoje, uma feição extremamente mercadológica em
algumas denominações do espectro protestante (em especial naquelas
caraterizadas pela “teologia da prosperidade”), que hoje não corresponde mais a
um segmento unificado, mas já prenhe de várias ramificações: evangélicos
tradicionais, pentecostais e neopentecostais.
Antes de tudo, o movimento funcionou como um questionamento
legítimo e de grandes proporções ao arbítrio da igreja de Roma.
Emanuel Freitas da Silva emanuel.freitas@uece.br
Professor Assistente de Teoria Política do Curso de Ciências
Sociais da Faculdade de Educação de Itapipoca da Universidade Estadual do Ceará
(Facedi/Uece) _____________________________________________________________
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No dia: 24/11/2017
Um olhar para o legado histórico da Reforma Luterana
Considerações trazidas no Concerto 500 anos da Reforma
realizado na Câmara Municipal de São José dos Campos/SP 24/10/2017
Um olhar para o legado histórico da Reforma Luterana Quando
falamos em Reforma Protestante, não estamos falando apenas de um evento pontual
na história do mundo europeu, nem de um movimento religioso revolucionário, mas
sim, de um marco histórico, influenciado e influenciador de múltiplos fatores,
que tornaram inevitável não só uma reforma religiosa, mas também política,
social, intelectual e econômica a nível mundial.
A partir dos escritos
e ensinamentos de reformadores como o inglês John Huss; o alemão Martim Lutero
e o francês João Calvino, – estes baseados somente na Escritura, na Graça, na
Fé e em Cristo - e de suas atuações frente os reis e príncipes protestantes, a
Reforma contribuiu e muito na transição da Idade Média para a Idade Moderna; do
sistema feudal para o sistema industrial; do domínio Imperial, para a atuação autônoma
das nações-estados; de uma sociedade hierarquizada e categorizada, para uma
sociedade livre e atuante na vida pública, privada e religiosa.
Para Lutero estava claro. Em seu escrito sobre a “Liberdade
Cristã”, ele diz de forma audaciosa e responsável logo na primeira página: “Um
cristão é uma pessoa livre sobre todas as coisas e não está sujeito a ninguém”
e ao mesmo tempo, “uma pessoa serva e prestativa em todas as coisas e está
sujeita a todos” Em outras palavras, somos livres de tudo e de todos pela fé,
mas servos de tudo e de todos pelo amor.
Liberdade com responsabilidade. Eis uma característica da
vida democrática. Eis um princípio que levou Lutero e demais reformadores a
promover transformações na sociedade de sua época, influenciando o jeito de ser
e de viver a fé e a vida em sociedade até os nossos dias.
Quero aqui, pontuar 3 aspectos bem práticos a partir de
Martin Lutero, que elevam esta reflexão para além da fé. Porém, aspectos que
não seriam possíveis de colocar em prática, se não fosse a fé consciente,
comprometida, e incessante de Martim Lutero.
• EDUCAÇÃO:
Para Lutero, a alfabetização e a promoção do conhecimento
para todas as pessoas, e não só para os nobres e clérigos, deveria ser também
um compromisso político e público. Cada cidade deveria ter suas escolas, dizia
ele. Tal ênfase na educação foi tão marcante, que ao chegarem ao Brasil, os primeiros
alemães luteranos diziam: “ao lado de cada igreja, uma escola”.
Nos EUA, a universidade protestante de Harvard também é um
exemplo. Para o reformador, a educação promove a cidadania, estimula mentes
pensantes e questionadoras, além de capacitar as pessoas a serem bons
profissionais, pais e mães de família, governantes. Como Lutero conseguiu tal
façanha no século XVI? Com a utilização da imprensa de Gutenberg. Ao traduzir a
Bíblia para a língua do povo alemão, esta foi usada para alfabetizar as pessoas
e daí, sem qualquer pretensão, se formatou o que hoje nós conhecemos como
língua alemã oficial.
• ECONOMIA:
Neste âmbito, Lutero revolucionou. Para ele, “toda profissão
precisa ser exercida como uma vocação”. Não só o sacerdote é vocacionado por
Deus em seu serviço, mas todo cristão é vocacionado a servir ao próximo por
meio de sua profissão. Eis aqui o princípio que ele cunhou como “sacerdócios geral
de todos os crentes”. Ou seja, para o bem comum, para o progresso da polis
(cidade), e para que a economia (lei da casa) fosse exercida com justiça, sem
usura, ganância e corrupção, era preciso atuar de forma vocacionada. Só assim,
diz ele na explicação dos 10 mandamentos, é possível não só evitar o mal contra
o semelhante, mas também promover vida, justiça e paz, seja na família, na
sociedade ou na igreja. Se hoje consideramos o trabalho como algo que dignifica
o ser humano, e temos teste vocacionais para as diferentes áreas profissionais,
isso é graças à Martim Lutero.
• POLÍTICA:
Lutero como vimos, acabou com a ideia hierárquica de
estamentos e estruturas sociais imóveis. Para Lutero, os estamentos (privado,
público e religioso ou povo, Igreja e Estado), possuem caráter funcional e
instrumental. Em seus escritos o reformador não defende nem a união entre
Igreja e Estado e nem a separação total entre Igreja e Estado. Lutero trilha o
caminho do meio e tem uma compreensão mais harmoniosa e complementar. Para ele
a Igreja proclama a vida, a Economia (agir particular de cada pessoa em seu
espaço de trabalho), nutre e constrói a vida e o Estado protege a vida.
Em seu livro sobre o cântico de Maria, o Magnificat, Lutero
recomenda ao príncipe Frederico, duque da Saxônia “O bem-estar de muita gente
depende de um governante tão importante, quando ele é governado pela graça de
Deus. Por outro lado, dele depende a desgraça de muitos, quando ele se volta
para si próprio”. Lutero não queria que espaços políticos fossem utilizados em
benefício nem de pessoas e nem de sua própria Igreja. Para Lutero, o fim último
de uma governança política estava em fazer o bem ao povo. Como diria o
destacado filósofo grego, Bias de Priene, “O exercício do poder revela o tipo
de pessoa que alguém é”. Por isso, Lutero diz no Magnificat, “Não lembro nada
nas Escrituras que sirva melhor para este caso do que o cântico de Maria. Todos
os que querem governar bem e ser boas autoridades, devem aprender bem e guardar
na memória este cântico”, pois ali Deus humilha os fortes e fortalece os
humildes.
• Por fim, para não
falar demais sobre política, o professor Lauri Wirth, ensina sob a perspectiva
luterana que “a necessidade do próximo é o critério para julgar qualquer
sistema e o espírito que sustenta e move as ações na sociedade”.
Aqui eu ainda poderia falar de outras tantas mudanças e
transformações sociais promovida e influenciadas pela Reforma Protestante.
Conhecer a história da Reforma é conhecer a origem da nossa própria história
moderna e democrática.
Celebrar 500 anos de Reforma Protestante é, portanto,
celebrar a história de homens e mulheres que não abdicaram de suas
responsabilidades na sociedade. Que não se fecharam em seus guetos religiosos
por causa de sua confissão de fé. Pelo contrário, por causa da Fé confessaste
que tinham, se viram como protagonistas de um mundo melhor. Nem tudo deu certo
é verdade. Nem tudo são flores, com diz o ditado popular.
A livre interpretação da Bíblia e o livre pensar trouxeram
consequências. O cristianismo se fragmentou demasiadamente. A própria
democracia mostra sua fragilidade em nosso tempo. As desigualdades sociais e os
preconceitos ainda existem. O capitalismo idealizado pelos protestantes se
tornou selvagem. A educação pública também tem seus desafios frente as diversas
intenções ideológicas e político-partidárias que muitas vezes procuram seus
próprios interesses em vez da promoção de conhecimento visando o bem comum e o
desenvolvimento de nossa casa comum.
Por falar em casa comum. Precisamos resgatar o conceito
verdadeiro de Ecumenismo. Afinal, celebramos também 50 anos de abertura ao
diálogo ecumênico. E isso não é por acaso. Todo o movimento ecumênico surge,
justamente de forma mais efetiva, no pós-guerra, afim de encontrar respostas
para aquilo que não deu certo. Buscou-se olhar mais para aquilo que nos faz ser
um em Cristo e menos para o que nos separa. Mais para a unidade e menos para o
conflito.
Celebrar 50 anos de diálogo ecumênico é reconhecer que há
erros, conflitos e retrocessos, mas há também, acertos, comunhão e avanços.
Celebrar 500 anos da Reforma e 50 anos de diálogo ecumênico é, como consta nos
5 imperativos ecumênicos, procurar ver o mundo em que vivemos e a fé que
professamos, “a partir da perspectiva da unidade e não da divisão”, redescobrindo
assim “a força do evangelho” de Cristo, o qual só tem uma função: “anunciar
sempre a boa notícia e promover o amor ao próximo”.
Qual nação, estado,
município, comunidade, movimento social, família, igreja, autoridade e pessoa
não deseja ser movido por tais virtudes: graça e amor. Dádiva e serviço.
Gratidão e ação!
Como pastor luterano atuante nesta região do Vale do Paraíba
e morador neste município, sou grato a Deus por poder celebrar os 500 anos da
Reforma Luterana em conjunto com irmão e irmãs em Cristo da Igreja Católica e
Igrejas Evangélicas e nesta casa comum a todos nós, a casa do povo. Povo que é
chamado a servir em liberdade e amor ao próximo.Que por meio da música que hoje
vamos ouvir, a qual é capaz de traçar poética e harmoniosamente a linha da
história da cristandade, e refletir a teologia que pulsava nos corações de seus
compositores, possamos permitir que todas as transformações sociais,
econômicas, políticas, intelectuais e religiosas promovidas pela Igreja Cristã
nos últimos 500 anos, pelas diferentes denominações e confissões, não se percam
na história geral qualquer, mas sejam sempre relembradas e ensinadas, para que
possamos continuar atuando com liberdade e responsabilidade em nosso mundo e em
nossa cidade. Afinal, agora, são outros 500.
Obrigado.
Autor(a): P. Marcus David Ziemann Âmbito: IECLB / Sinodo:
Sudeste Paróquia: Vale do Paraíba (São José dos Campos-SP) Área: História /
Nível: 500 Anos Jubileu Natureza do Texto: Apresentação Perfil do Texto:
Palestra – Debate ID: 44441 ________________________________________________________________
Esse conteúdo é oriundo de acesso via internet ao site:
http://www.luteranos.com.br No dia: 24/11/2017
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