quinta-feira, 8 de junho de 2017

Lição 11 – Os Dramas Humanos e a Graça Divina






FAMÍLIA CRISTÃ: PROTEÇÃO, PARCERIA E AMOR

          Lição 11: Os dramas humanos e a graça divina

1 Samuel 1.9-11, 17, 18, 20, 22, 26-28
            Texto Áureo:
Ana, por que choras? E por que não comes? E por que está mal o teu coração?         1 Samuel 1.8b

Temática da lição: Como lidar com a dor e a frustração gerada pela família.
        ( Profa. Renata Santana)
                     Introdução
     Deus fez o homem e viu que ele precisava de um ser semelhante, que o auxiliasse. Não se tratava apenas de auxílio em tarefas, mas de corresponder com as expectativas. A palavra adjuntora (Gn 2.18) vem do hebraico nãghadh, que pode ser representada pelo sentido de “compartilhar com alguém”, assim entendemos porque está em nosso cerne a necessidade
dividir experiências com nossos semelhantes. O próprio Deus plantou isso em nós, de maneira que nos sentimos fortes e protegidos no meio de um grupo ou com alguém da nossa confiança, mas vulneráveis e perdidos quando estamos sozinhos, principalmente em situações de estresse.
     A Dra Ilma Cunha diz:
O ser humano não é regido pelo instinto, como os animais, mas pela razão, e necessita da formação familiar para a construção do seu plano de conduta, dos elementos que nortearão as suas atitudes, seus comportamentos e suas decisões ao longo da vida.
      A família foi criada por Deus para ser um lugar de segurança e alegria. Foi a primeira célula social gerada, contudo, o diabo tem investido ferozmente para mudar a configuração familiar e transformá-la em um lugar árido e sem legitimidade. Se a família não cumpre sua função e está distanciada do padrão divino, toda a sociedade apresentará desvios em sua conduta, e se apresentará igualmente fria e doente em seus relacionamentos.
           Contexto Histórico
     Na Bíblia judaica os livros de Samuel se apresentam logo após o livro de Juízes, e este declara a situação de Israel naquele momento: Naqueles dias não havia rei em Israel; porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos. Jz 21.25
     O contexto era de depravação moral e religiosa. Samuel nasce do desejo de Ana, mas se apresenta como o fiel sacerdote/profeta/juiz que substitui Eli e sua casa corrupta no santuário de Siló e conduz a comunidade israelita à fé e adoração a Deus. Elcana morava na região montanhosa de Ramatain-Zofim (Ramá), terra dedicada aos levitas, dentro do território da tribo Efraim. Ele pertencia à família de Coate, descendente de Levi, portanto, tanto ele como sua prole estavam aptos para o serviço sacerdotal (1 Cr 6.22-28, 66-67).
      A família de Elcana era composta por ele, Ana e Penina com seus filhos. Não era um casamento monogâmico, o que frequentemente gerava problemas no seio familiar da época. Embora no Antigo Testamento não se encontre incentivo para um casamento com várias esposas, não era uma situação incomum. Não podemos afirmar que Penina tenha sido tomada por esposa de Elcana devido a infertilidade de Ana, mas é uma possibilidade. O fato é que a relação familiar era conflituosa: Penina humilhava Ana pelo fato de não ter filhos, Ana sofria e Elcana tentava compensar. Uma situação desgastante, podemos imaginar.
    A situação de Ana era de fato bastante complicada, por dois aspectos:
- Divino: o fato de ser estéril levantava a questão sobre as bênçãos de Deus (Dt 7.13; 28.1- 13; 30.9-10).
- Social e econômico: os filhos homens eram a base da sociedade, pautada pelo modelo patriarcal. Eles eram responsáveis pelo sustendo familiar, bem como os guerreiros e líderes do clã. Uma mulher sem filhos ficava desprotegida e dependia de que um resgatador a acolhesse (Dt 25.5-10; Rt 2.20). Elcana era um homem temente a Deus, e todos os anos cumpria o ritual de adoração e sacrifício a Deus em Siló, o centro religioso instituído desde os dias de Josué, onde estava também a arca da aliança. (Js 18.1). Nesse período os filhos de Eli, Hofni e Fineias, já eram os sacerdotes, contudo, desprezavam o Senhor (1 Sm 2.12-17), um retrato da condição geral da nação.
       As lições que a situação de Ana nos ensina: 
      1. Nem sempre seremos compreendidos dentro de casa . Ana sofria em silêncio uma dor que não podia ser medida. Talvez sua maior angústia não fosse a esterilidade, mas a humilhação imposta por Penina. Essa é uma situação bastante frequente em alguns lares, e quanto mais rejeição e confronto, mais as pessoas se endurecem e afastam. O fato é que a postura de Ana impressiona, pois não a vemos brigar com as pessoas ou se rebelar contra Deus, mas clamar em silêncio!
     Muitas vezes queremos superar as humilhações e a dor com uma postura desafiadora, pela nossa própria força e argumento, contudo, na maioria das vezes, somente o Senhor pode nos socorrer. Ele não só compreende nossa aflição, como atende o clamor:  Tu, Senhor, ouves a súplica dos necessitados; tu os reanimas e atendes ao seu clamor.
Defendes o órfão e o oprimido, a fim de que o homem, que é pó, já não cause terror. Sl 10.17,18.
       2. Nunca despreze a dor do outro: ela é real e merece atenção
    O ser humano tem a tendência de medir o outro por ele mesmo, assim, muitas vezes não écapaz de compreender a dor alheia, pois faz pouco caso dela. O fato é que cada um possui uma história de vida e uma capacidade emocional para lidar com a dor, e tentar medir esse valor gera mais dor. Içami Tiba diz que em pele ferida até analgésico pode doer, desse modo,
em vez de nos apressarmos em colocar um curativo em cima de qualquer queixa ou dor, como fez Elcana, devemos primeiramente exercitar a escuta e proporcionar ao outro revelar a profundidade da sua dor.
      3. Reconheça sua dor. Nomeie seus sentimentos . Esse tópico está diretamente relacionado ao anterior. Muitas pessoas passam a vida sem
revelar a sua dor, e isso somatiza no corpo, gerando doenças. Denominamos as doenças mas ignoramos o que as gerou sob o aspecto psicológico, então acabamos tratando os sintomas e não a fonte deles. Em geral as pessoas discutem, gritam umas com as outras, mas nem por
isso conseguem se fazer entender, isso porque é preciso tempo para que uma pessoa tenha a compreensão da sua dor e possa dar nome a ela. É necessário que haja uma escuta interna de si mesmo, para se autoconhecer, contudo, gasta-se muito tempo num cabo de força, na tentativa de provar quem tem razão, e os sentimentos mais profundos se perdem no esforço.
       Ana entendeu que a sua alma estava em angústia pois se sentia frustrada por não ter filhos e humilhada pelas provocações de Penina. Ter o reconhecimento da sua condição permitiu falar para Deus do que necessitava.
      4. Posicione-se diante de Deus . Ana fez um voto com Deus, daria seu filho como nazireu. Esse voto podia ser temporário ou permanente e implicava nas seguintes condições, conforme descrito em Números 6.2-21:
- Não podia participar do fruto da vinha (comer ou beber qualquer parte da uva)
- Não podia cortar o cabelo
- Não podia tocar em defunto
Ana ofereceu seu filho num voto permanente, que implicava na sua total devoção e reconhecimento a Deus. Será que estaríamos dispostas a reproduzir a sua dedicação e palavra? Muitas vezes, no desespero, prometemos coisas a Deus, mas assim que recebemos o favor, declinamos na promessa, o que demonstra a nossa falta de compromisso com a
verdade e falta de fé. Não devemos nos comprometer com Deus naquilo que não temos certeza de manter (Dt 23.21-23; Ec 5.4-6).
     Outro aspecto importante da postura de Ana é que ela não se eximiu da responsabilidade da bênção, antes, se posicionou como parte fundamental para o cumprimento dela. Não podemos esperar apenas que Deus se mova em nosso favor, pois Ele já derramou sobre nós a sua graça redentora, e ganhamos tudo! Precisamos nos posicionar com atitudes, em obras,
para que a fé seja justificada (Tg 2.17-26).
       5. Leve seus problemas a quem pode resolver. Ana não tinha com quem compartilhar sua dor além de Deus. Seu marido já fazia tudo o que podia para confortá-la, e certamente ela reconhecia isso, mas não podia realizar o milagre de fazê-la gerar um filho. Também não resolveria a situação discutindo sobre a maneira de agir de Penina, essa discussão provavelmente só amplificaria a sua limitação e aumentaria a sua dor. Talvez Ana também não pensasse em compartilhar com Eli, devido à degradação moral do sacerdócio, quem sabe...
      O fato é que ela só tinha uma alternativa viável, e foi até ela: Deus. Será que levamos nossos problemas a quem pode de fato resolvê-los? Isso se aplica também ao plano humano. A sunamita não compartilhou seu problema com Geazi, servo de Eliseu, mas só derramou seu coração diante do profeta, pois reconhecia nele a autoridade no assunto (1 Re 4.8-37). Muitas pessoas expõem seus conflitos familiares a todos, mas não
procura aconselhamento pastoral ou terapêutico, e acaba vivendo num ciclo de pranto, sem tratar o problema. O Senhor quer que vivamos em plenitude de vida! (Ef 3.17-21)
       6. Relacione-se e compartilhe seus sonhos com quem pode impulsionar a sua fé.  Quando o sacerdote Eli viu Ana balbuciando seu lamento, prontamente criticou sua atitude, acreditando que ela estava embriagada. Não podemos ver isso como um absurdo em nossa
sociedade, pois frequentemente estamos prontos para julgar e apontar as falhas dos outros, sem o real conhecimento dos fatos. Isso pode gerar desânimo nas pessoas, e nem nos darmos conta do estrago. Mas Ana compartilhou sua dor com o sacerdote e recebeu uma palavra de vida, com efeito tão curativo que ela logo se animou e voltou a se alimentar e sorrir. Aquela palavra colocou a sua fé em ação, e o milagre aconteceu.
       Elcana também compartilhou da fé e do sonho de Ana, ao reafirmar o voto dela de entregar o filho como nazireu (1 Sm 1.21). Esse voto poderia facilmente ser desfeito, já que a mulher tinha que ter o aval do marido (Nm 30.6-15), mas em vez de duvidar ou criticar, Elcana reafirmou o propósito da sua esposa. Devemos estar na companhia de quem pode nos aproximar de Deus, e nos motivar a
permanecer em Sua presença. Devemos buscar a companhia de quem pode edificar a nossa fé, e fugir daqueles que, mesmo com palavras “de Deus,” nos impedem de ver as grandes obras do Senhor, como os amigos de Jó.

                                  Conclusão

     As relações familiares enfraquecidas podem levar as pessoas ao desânimo espiritual e  desespero emocional, mas em Deus está a motivação necessária e suficiente para gerar sonhos. Assim, ficam as perguntas: Estamos dispostos a gerar filhos/sonhos/projetos e entrega-los aos cuidados de Deus? Temos confiança de Ele tem poder para fazer abundantemente mais em nossa vida se dedicarmos tudo a Ele?

                      Referência Bibliográfica

Bíblia da Escola Bíblica. São Paulo: Editora Cristã Evangélica e SBB, 2017.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de janeiro: CPAD, 2004.
Bíblia de Estudo Dake. Paraná: Atos, 2014.
Bíblia de Estudo da Reforma. São Paulo: SBB, 2017.
Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo: Cultura Cristã e SBB, 1999.
CUNHA, Ilma Luci Gomes. Família – Lugar de refúgio ou campo de batalha? Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
Manual Bíblico SBB. São Paulo: SBB, 2008.
MELLISH, Kevin J. Novo Comentário Bíblico Beacon: 1 e 2 Samuel. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2015.
PFEIFFER,Charles F.; VOS, Howard; REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
TIBA, Içami. Pais e educadores de alta performance. São Paulo: Integrare Editora, 2011.

Fonte: ESCOLA BEREANA – EBD ADVEC



            📙📌A Vida De Ana, Seus Sofrimentos E Alegrias
Valdenira Nunes de Menezes Silva

"...eu sou uma mulher atribulada de espírito" (1Sa 1:15).

"... e o seu semblante já não era triste" (1Sa 18).

O seu nome, assim como o seu modo de ser, nos apresenta uma mulher "graciosa" amável, mansa e generosa. O seu nome era Ana.
Apesar de possuir estas tão boas características, ela vivia triste.
A Bíblia nos diz que ela e Penina eram esposas de Elcana. Mas enquanto "Penina tinha filhos" ela "Ana não os tinha".
Num lugar mais profundo do seu coração, estava o imenso desejo de ser mãe. A sua alma ansiava por um filho mas a Bíblia diz que "o Senhor lhe tinha cerrado a madre" (1Sa 1:5b).
O seu desejo não estava coincidindo com o desejo de Deus na sua vida naquele momento. O tempo de Deus era diferente do seu tempo, assim como foi o tempo de Sara, o de Rebeca e o de tantas outras mulheres que amavam ao Senhor mas tinham também suas madres cerradas.

No seu casamento com Elcana havia coisas desagradáveis que a faziam sofrer:
1- Elcana, seu marido, não era só dela mas havia uma outra esposa - Penina;
2- o Senhor havia cerrado a sua madre e, assim, ela não podia ter filhos;
3- a sua rival a provocava para a irritar (ela tinha filhos e Ana não).

Apesar da tristeza que carregava consigo, ela tinha um marido que a amava. Ele, muitas vezes, a via chorando. Mas, numa certa ocasião, quando ele e toda a sua família foram a Siló para adorar e fazer sacrifícios ao Senhor, ele a viu chorando e perguntou-lhe: "Ana, por que choras? E por que não comes? E por que está mal o teu coração? Não te sou eu melhor do que dez filhos?" (1Sa 1:8)

Ah, irmã, Elcana não conhecia o anseio que toda mulher tem de ter filhos. Ana o amava mas queria que o Senhor lhe concedesse o privilégio de ter um filho em suas mãos.

Assim como ela fez, coloquemos também diante do Senhor...
a) o sofrimento que abate o nosso semblante;
b) nossos momentos de solidão;
c) a amargura que guardamos em nosso coração;
d) a tristeza que invade a nossa alma;
e) a ansiedade que nos faz definhar... e depois...
Adoremos, adoremos e adoremos o Senhor que nunca nos abandona e está sempre cuidando de cada detalhe da nossa vida.

Depois que Ana ouviu o seu marido, Elcana, perguntar-lhe se ele não era "melhor do que dez filhos", ela levantou-se e foi para o templo orar e derramar a sua alma no trono do Senhor. Sim, ela foi adorar a Deus e orar pelos problemas que a estavam deixando triste.
Ana orava e chorava com "amargura de alma". Ela não estava só porque procurou refúgio no Senhor. Deus estava com ela e ouviu quando ela Lhe pediu um filho. Este pedido, no entanto, veio acompanhado de um voto. Ela disse:
"Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres mas à tua serva deres um filho homem, ao Senhor o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha" (1Sa 1:11).

Irmã, este voto que Ana fez ao Senhor, não foi fácil. Mas ela, certamente, o fez porque o Senhor estava trabalhando em seu coração e incutindo nele o desejo de ter algo mais precioso do que apenas ter um filho - mas ter um filho para dá-lo ao Senhor.

Deus ouviu a oração de Ana. Ele veio até ela para satisfazer as suas necessidades, dar consolo e conforto à sua alma. Somente Ele seria capaz de consolar o seu coração, dar alívio, apoio e encorajamento.

"Senhor, meu Deus, obrigada porque Tu conheces o meu coração e cuidas dele.
Obrigada, Pai, por responderes às minhas orações e súplicas.
Perdoa-me pelas tantas vezes que abri a minha alma a muitas pessoas e não me lembrei de abri-la primeiramente a Ti.
Perdoa-me por, muitas vezes, não Te ter colocado em primeiro lugar em minha vida.
Senhor, que eu possa confiar em Ti, sabendo que Tu podes mandar anjos - que são nossos irmãos em Cristo - para nos consolar, aconselhar e nos dar o conforto que vêm única e exclusivamente de Ti.
Obrigada, Pai!"

Deus deu também a Sua Palavra para nos consolar e confortar. Ele nos diz:
"Isto é a minha consolação na minha aflição, porque a Tua Palavra me vivificou" (Salmo 119:50).

"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rom 8:28).

Enquanto Ana chorava e orava silenciosamente, apenas movendo os seus lábios, o sacerdote do templo, Eli, a viu e pensou que ela estivesse embriagada. Ele a repreendeu mas ela, amorosamente, respondeu:
"... Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido; porém tenho derramado a minha alma perante o Senhor" (1Sa 1:15).

Irmã, veja como Ana reagiu. Ela falou com voz mansa, com respeito e dizendo exatamente o que ela estava sentindo.
Será que eu ou você usaríamos o mesmo tom de voz (talvez nos revoltássemos e aumentássemos um pouquinho a nossa voz)?
Será que eu ou você teríamos o mesmo respeito e reverência?

Vemos na Palavra de Deus que o sacerdote, diante do modo respeitoso e sincero de Ana, impetrou a bênção sacerdotal dizendo:
"... Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste" (1Sa 1:17).

A partir daí, o quadro da vida de Ana mudou mesmo tendo que...
* dividir o seu marido com a outra;
* ouvir as ofensas da outra;
* encarar o fato de que ainda era estéril;
* lembrar que foi mal compreendida pelo sacerdote.

Ela saiu do templo feliz e com certeza no coração de que a sua vida, a partir daquele momento, iria mudar.
A Bíblia nos diz que ela "... foi o seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste" (1Sa 1:18).
Ana, creu, pois o semblante já não era o mesmo.
Pela fé, ela acalmou a sua alma e repousou no Senhor, esperando apenas o dia em que iria ter em seus braços o filhinho que ela tanto desejava mas que iria ofertar ao Senhor.

Irmã, este é o exemplo a ser seguido por nós. Quando oramos ao Senhor e, com fé, depositamos todos os nossos problemas a Seus pés, então devemos mudar o nosso semblante e deixar o mundo ver em nós um brilho que vem de um coração transformado por confiar em Deus. Isto é fé.
O Senhor, na Sua Palavra, nos diz em Filipenses 4:4:
"Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos."

Por que então ficar triste? Por que não confiar? Regozijemo-nos e confiemos que o Senhor é quem controla a nossa vida e é Ele quem deseja o melhor para nós!

A fé depositada por Ana no Senhor, finalmente foi concretizada. Ela teve um filho! Samuel nasceu e ficou com ela apenas dois ou três anos.
Ela amamentou seu filhinho e o preparou para entregá-lo a Deus.
Ela foi fiel no que havia prometido ao Senhor. Ela ensinou os primeiros passos a Samuel mostrando que havia um Deus que ela amava de todo o seu coração. Com ela ele...
1- aprendeu os caminhos de Deus, certamente, vendo o exemplo dela e sua devoção a Aquele que o trouxe ao mundo (Deus);
2- aprendeu os caminhos de Deus ao ouvi-la falar do Senhor, contando-lhe como ela conseguira engravidar;
3- aprendeu os caminhos de Deus vendo-a corrigindo-o e instruindo-o na Palavra de Deus.

Irmã, sigamos estes passos de Ana quando estamos educando os nossos filhos. Não deixemos que eles decidam que caminhos irão seguir quando já estiverem adultos. Ensinemos HOJE e AGORA os caminhos do Senhor usando a Bíblia como nossa bússola.
Entreguemos cada filho nas mãos do Senhor.
Oremos pedindo proteção espiritual para cada um deles e confiemos no amor de Deus que será derramado em suas vidas.
Agora, confiantemente, coloquemos o Senhor no centro de nossa vida e, com fé, façamos como Ana que "foi o seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste" (1Sa 1:18).

 Livro As Mulheres da Bíblia

 A vida de Ana, seus sofrimentos e alegrias  96







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