AGRADOU A DEUS
Abel, homem fiel, santo e inocente, foi morto pelo próprio irmão por causa de sua fidelidade a Deus. Por permissão do Senhor, que respeita o livre-arbítrio humano, teve início a tragédia da violência no seio da humanidade, em sua marcha contínua e destruidora de vidas preciosas. Há quem diga que o sacrifício de Abel foi aceito por Deus pelo fato de ser um sacrifício cruento, com sangue, dos animais de que ele cuidava. Certamente, perante Deus, o sacrifício com sangue já tinha o sentido profético do sacrifício de Cristo. Deus, porém, também aceitava o sacrifício de vegetais. “As primícias, os primeiros frutos da tua terra, trarás à casa do Senhor, teu Deus [...]” (Êx 23.19 a; 34.22; Lv 23.10 e ref.).
Na realidade, o sacrifício de Caim foi rejeitado não por causa do tipo de oferta — por ser de frutos da terra —, mas, sim, por causa do seu coração maligno, de seus sentimentos maus. Antes de olhar para a oferta de alguém, Deus olha e vê o coração (1 Sm 16.7c). Não adianta apresentar uma oferta ou um sacrifício que chama a atenção dos homens em quantidade e/ou qualidade se o interior estiver cheio de maldade, ódio ou presunção. Na verdade, Caim era mau. A Palavra de Deus diz sobre seu caráter: “Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas” (1 Jo 3.11,12).
Nesse texto, vemos, em poucas palavras, o caráter de Abel e o de Caim. Este “era do maligno”. Por isso, deixou ser carregado pela inveja, malícia, ira e ódio mortal contra seu irmão. Suas obras, ou seja, suas atitudes “eram más”. O caráter de um homem não se mede ou se vê por sua personalidade, e sim por seus atos, suas ações e atitudes. O caráter de Abel era totalmente diferente do de seu irmão. Abel não era do maligno. Era homem de Deus; temente ao Senhor; grato a Ele; suas obras eram “justas”.
Àquela altura da história da família de Adão e Eva, já havia muitas pessoas na Terra nascidas de uniões consanguíneas permi- tidas por Deus para a procriação da raça humana e povoamento de todo o planeta. Como Abel, é possível que muitas pessoas tenham voltado para Deus. Entretanto, havia outras, certamente, que se afastavam para longe dos caminhos do Senhor, para as coisas do Diabo. Caim foi um representante desse grupo que se desviou por caminhos pecaminosos, dominados pelo pecado, que desvirtuou e degradou a natureza humana. Infelizmente, a maioria das pessoas no mundo, em todos os tempos e em todos os lugares, afasta-se de Deus por causa de sua natureza decaída, inclinada ao mal desde a meninice (Gn 8.21).
I – A OFERTA DE ABEL
Adão e sua esposa já tinham sido lançados para fora do ambiente edênico, com a missão de “lavrar a terra” (Gn 3.23). As primeiras atividades humanas, portanto, eram a agricultura e a pecuária. Em seus primórdios, essas atividades eram bastante agregadoras da família. Pais e filhos trabalhavam para o sustento familiar de forma bem rudimentar em caráter de sobrevivência. Como não puderam ficar no Éden por causa do pecado, eles tive- ram que obter seu pão com o suor de seu rosto (Gn 3.19), ou seja, com muito esforço físico e desgaste em seu organismo. Plantar e colher certamente eram atividades de grande significado para os primeiros habitantes da terra. Adão foi o primeiro agricultor. Seu primogênito, Caim, também se dedicou à agricultura — era lavrador —, enquanto que Abel, o segundo filho, dedicou-se à pecuária, sendo o primeiro pastor de ovelhas (Gn 4.2). Há quem diga que Caim e Abel eram gêmeos, mas tal afirmação não tem fundamento bíblico. Pouco se sabe sobre Abel. Muito mais está escrito sobre Caim. O testemunho de Abel, no entanto, é muito mais eloquente por causa de sua fidelidade a Deus.
1. Uma Oferta Agradável a Deus
A oferta ou o sacrifício oferecido a Deus não é visto por Ele pela oferta em si, e sim pelo que está no coração do ofertante. A oferta de Abel foi aceita por Deus porque ele entrava na presença do Senhor com o coração sincero e cheio de amor. Suas obras eram justas porque ele era justo (Hb 11.4; 1 Jo 3.12), íntegro e fiel. Deus dá tanto valor à integridade do coração que, mais à frente, Ele elogiou Jó perante Satanás, dizendo: “Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero, e reto, e temente a Deus, e desviando-se do mal” (Jó 1.8b). A oferta só tem valor quando expressa o que está no íntimo de quem a oferece. A oferta de Abel foi agradável porque ele era um verdadeiro adorador. Ele adorava a Deus “em espírito e em verdade” (Jo 4.23,24).
Alguém pode até mesmo oferecer um dízimo ou uma oferta de grande valor monetário, mas se não tiver retidão interior, não será aceito por Deus. Disse o salmista: “Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria” (Sl 51.6). Na vida cristã, não se oferecem mais sacrifícios de animais. Deus quer que ofereçamos a nós mesmos, com o nosso corpo, “[...] em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1). Podemos dizer que a oferta de Abel tinha essas características, de um sacrifício que não era vivo, mas que era “santo e agradável a Deus”.
2. Uma Oferta de Grande Valor
Abel adorou a Deus, oferecendo o melhor que tinha como fruto de seu trabalho. Ele não ofereceu um sacrifício qualquer, mas dentre os primogênitos do seu rebanho. “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta” (Gn 4.4). Notemos que Deus atentou primeiro “para Abel” e, depois, “para a sua oferta”. “Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala” (Hb 11.4). A oferta de Abel foi considerada “maior sacrifício” do que a oferta de Caim. Primeiramente, porque foi “Pela fé”.
Abel não viu a Deus como Adão viu, mas cria no Deus de seus pais; cria no Deus Criador dos céus e da terra; cria que Deus deveria ser adorado e digno de louvor. Mas, além de oferecer um sacrifício pela fé, Abel também tinha uma vida de justiça e santidade; ele “alcançou testemunho de que era justo”. Essa é a razão principal pela qual Deus avaliou sua oferta. Foi tão grande o valor da oferta de Abel que, “por ela, depois de morto, ainda fala”! Jesus deu testemunho de Abel, considerando-o “o justo” (Mt 23.35). Tal declaração feita por Jesus demonstra o quão elevado era o caráter santo de Abel. Somente o sangue de Cristo foi considerado o que “fala melhor que o ‘sangue’ de Abel”.
II – A INJUSTIÇA CONTRA ABEL
1. Abel Era um Homem Justo
Diz a Bíblia: “Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo” . Não se sabe quantos anos Abel tinha quando oferecia seu sacrifício a Deus e foi assassinado por seu irmão. Mas, em toda a sua vida, ele demonstrou ser homem de bem, que andava em retidão, de caráter ilibado e reconhecido por Deus. Abel representa a parte da humanidade que se volta para Deus e que é formada por homens justos. Caim representa a parte má da humanidade, que dá as costas para Deus e que busca os interesses egoístas e imediatos. Contra Abel, foi perpetrado o terrível crime de homicídio e fratricídio, não porque praticara qualquer ato indigno, mas porque era homem como Jó: “reto, sincero, temente a Deus” e desviava-se do mal. Em qualquer tribunal imparcial, a morte de Abel seria considerada uma terrível injustiça, sujeita ao mais severo castigo. Caim poderia ter sofrido a pena de morte se seu crime fosse cometido séculos mais tarde; pena esta por decreto do próprio Deus (Gn 9.6) e na vigência da Lei de Moisés (Êx 21.12,14). Abel era justo e morreu injustamente — permissão de Deus. Diz a Bíblia que o que acontece ao ímpio acontece também ao justo (Ec 9.2).
2. Abel, o Primeiro Mártir
Abel foi protagonista primário de algumas coisas: foi o primeiro pastor de ovelhas; o primeiro a oferecer sacrifício de animais no culto a Deus; e também o primeiro homem justo; porém, também foi o primeiro mártir; e o primeiro homem a ser morto por seu próprio irmão. Abel também foi o primeiro a entrar para a galeria dos mártires por causa de sua fé e também o primeiro a ter seu nome registrado na galeria dos heróis da fé (Hb 11.4). Jesus foi morto por inveja: “Porque ele bem sabia que, por inveja, os principais dos sacerdotes o tinham entregado” (Mc 15.10). Da mesma forma que Jesus, Abel também foi morto por inveja. Caim ficou irado pelo fato de Deus ter aceitado a oferta de Abel e, tomado de ódio, assassinou friamente o seu irmão sem dar a ele chance alguma de defesa. Hoje, seu crime seria considerado homicídio qualificado doloso por motivo torpe.
3. O Sangue de Abel Clama
O Deus de Abel é o Deus da suprema justiça. Nada está encoberto a seus olhos. Caim matou Abel às escondidas, num momento em que os dois irmãos estavam a sós, no campo, cada um fazendo seu trabalho. Seus pais não perceberam o ódio que o primogênito nutria por seu irmão mais novo, mas Deus tudo via. Quando Caim matou Abel, enterrou-o para não ter seu crime descoberto. Porém, para Deus, que tudo vê (Gn 16.13), o Deus Onisciente, nada fica em oculto. Jesus disse: “Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto” (Mc 4.22). Ao longo da História, muitos assassinos, fossem eles isolados ou detentores de poder, como ditadores sanguinários e cruéis, mataram muitos inocentes, enterrando-os em valas comuns, onde nunca foram achados. Entretanto, no Juízo Final, os “Cains” da História serão todos confrontados pelo Supremo Juiz do Universo e receberão o juízo que merecem. Todos terão o mesmo destino de Judas, que traiu o seu mestre e salvador.
Quando Deus chamou Caim para responder por seu crime, o homicida demonstrou arrogância e falta de respeito ao Criador. Deus sabia onde estava o cadáver, porém quis que o assassino confessasse seu crime de viva voz. “E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão?” (Gn 4.9). O pecado causou grande transtorno na mente humana. Caim teve a audácia de mentir perante Deus e ainda afrontá-lo sobre a guarda do irmão. O Criador, contudo, inquiriu gravemente e declarou a sentença de juízo e maldição contra o criminoso: “E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra” (Gn 4.10). Onde houver um crime de morte, um assassinato, o sangue clamará por justiça. O sangue de Abel clamava por justiça e por vingança. Diferentemente do sangue de Cristo, que clamava por perdão.
Depois daquele encontro entre o Juiz Supremo e o criminoso, este ouviu a sentença de que seria “maldito” desde a terra e que seu trabalho não mais seria produtivo, e sim penoso. E mais do que isso: ele não teria mais paz, seria fugitivo e errante na terra e viveria toda a sua vida com medo de ser morto. Mesmo assim, por sua infinita misericórdia, Deus colocou um sinal em Caim para que não fosse morto (Gn 14.11-16).
III – UM HOMEM QUE AGRADOU
A DEUS
1. Abel Soube Agradar a Deus
O episódio envolvendo Caim e Abel é o mais destacado na história de Adão. O relato bíblico autoriza-nos a dizer que Abel buscou a Deus com mais afinco e amor, pois ele entendeu que seu sacrifício deveria ser do melhor daquilo que possuía: “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta” (Gn 4.4). Além de oferecer sacrifício “dos primogênitos” das ovelhas, o texto também diz que ele levou a Deus “da sua gordura”. O sacrifício com a gordura sobre o altar era “cheiro suave” e agradável a Deus (cf. Êx 29.13; Lv 4.31) e fazia parte do “sacrifício pacífico” e “oferta queimada ao Senhor” (cf. Lv 3.3,14). Que Deus nos ajude e nos guarde e também nos dê sabedoria e amor para oferecermos sempre “sacrifício de louvor” (Sl 50.14). “Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15).
CONCLUSÃO
A humanidade começou mal com a desobediência dos primeiros habitantes da terra. Adão pecou ao ouvir o Diabo através de sua mulher. Toda a tragédia humana decorre daquele gesto precipitado sob a insinuação maliciosa do Diabo. Expulsos do Éden, Adão e Eva certamente criaram seus filhos mostrando os preceitos e mandamentos de Deus para eles. Caim, o primogênito, preferiu seguir o exemplo do pai quando desobedeceu ao Criador. Seu irmão, Abel, pelo contrário, preferiu dedicar-se a adorar a Deus e oferecer o melhor dos seus esf
orços e trabalho.
Deus aceitou a oferta de Abel e rejeitou a oferta de Caim. Por isso, por inveja, este foi tomado de ira e matou o seu irmão. Foi o primeiro homicídio, que foi seguido de milhões de atos semelhantes que causaram e ainda causam dor e tristeza. Em pleno século XXI, a ciranda da violência prossegue ceifando vidas preciosas. Somente com a intervenção de Deus na terra, essa onda maligna de infelicidade cessará. No Milênio, o planeta será restaurado em seu ambiente ecológico, social e espiritual.
Abel, Exemplo de Caráter que Agrada a Deus
2° Trimestre de 2017
INTRODUÇÃO
I - A OFERTA DE ABEL
II - A INJUSTIÇA CONTRA ABEL
III - UM HOMEM QUE AGRADOU A DEUS
II - A INJUSTIÇA CONTRA ABEL
III - UM HOMEM QUE AGRADOU A DEUS
CONCLUSÃO
Professor, na segunda lição estudaremos a respeito do caráter de Abel. É importante que você faça um resumo da aula anterior antes de dar início a nova lição.
Inicie perguntando aos alunos se eles se recordam da definição de caráter. Ouça-os e em seguida diga a definição: “Caráter é o conjunto de traços psicológicos e/ou morais que caracterizam um indivíduo ou um grupo. Qualidade inerente a um indivíduo, desde o nascimento.”
Explique que na lição de hoje vão estudar a respeito do caráter de Abel. Em seguida faça a seguinte indagação: “Quem foi Abel?” Ouça os alunos com atenção é faça um pequeno resumo a respeito de Abel, pois o enfoque da lição está no caráter dele. Para auxiliá-lo, observe o texto abaixo:
“Abel
Segundo filho de Adão. Era pastor. Ele oferecia a Deus ‘os primogênitos do rebanho’, uma oferta mais aceitável que a de Caim, composta de grãos e vetais. Não está explícito se ele era o preferido porque sua oferta incluía a vida e, portanto, representava o símbolo da vida, ou porque era oferecida com um espírito mais sincero. Num ímpeto de ira, Caim mata-o e tentou se eximir-se dessa responsabilidade. Abel tornou-se o modelo de um mártir que sofreu por sua fé (Mt 23.35). Foi honrado por Jesus e aparece na galeria dos heróis da fé (Hb 11.4). Embora sua oferenda fosse superior à de Caim, era inferior à de Jesus Cristo (Hb 12.24). Pode ser dito a respeito dele que foi o primeiro pastor, o primeiro a oferecer sacrifícios de animais, o primeiro homem justo (Mt 23.35; 1 Jo 3.12) e, o primeiro mártir. Ele foi vítima da mesma espécie de ciúme insano que tirou a vida de Jesus.
Abel (‘prado’) é um termo que compõe vários outros nomes de lugares, como, por exemplo, Abel-maim” (Dicionário Bíblico Wycliff. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 2).
Segundo filho de Adão. Era pastor. Ele oferecia a Deus ‘os primogênitos do rebanho’, uma oferta mais aceitável que a de Caim, composta de grãos e vetais. Não está explícito se ele era o preferido porque sua oferta incluía a vida e, portanto, representava o símbolo da vida, ou porque era oferecida com um espírito mais sincero. Num ímpeto de ira, Caim mata-o e tentou se eximir-se dessa responsabilidade. Abel tornou-se o modelo de um mártir que sofreu por sua fé (Mt 23.35). Foi honrado por Jesus e aparece na galeria dos heróis da fé (Hb 11.4). Embora sua oferenda fosse superior à de Caim, era inferior à de Jesus Cristo (Hb 12.24). Pode ser dito a respeito dele que foi o primeiro pastor, o primeiro a oferecer sacrifícios de animais, o primeiro homem justo (Mt 23.35; 1 Jo 3.12) e, o primeiro mártir. Ele foi vítima da mesma espécie de ciúme insano que tirou a vida de Jesus.
Abel (‘prado’) é um termo que compõe vários outros nomes de lugares, como, por exemplo, Abel-maim” (Dicionário Bíblico Wycliff. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 2).
“Adão e Eva foram consolados em sua aflição pelo nascimento de um filho, a quem chamaram de Sete, que significa ‘substituto’, ‘estabelecido’ ou ‘colocado’; em sua semente, a humanidade continuaria até o final dos tempos, e dele descenderia o Messias. Enquanto Caim, o cabeça da apostasia, é feito um errante, Sete, de quem viria a Igreja verdadeira, é estabelecido. Em Cristo e em sua Igreja está o único estabelecimento verdadeiro. Se andou nos mesmos passos de seu martirizado irmão Abel; foi participante de uma fé igualmente preciosa na justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo, e assim chegou a ser uma nova testemunha da graça e da influência do Espírito Santo” (Comentário Bíblico de Mattew Henry. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 20).
“Por que Caim matou Abel?
Se procurarmos a resposta na psicologia, ou na sociologia, corremos o risco de inocentar o assassino e condenar o assassinado. Mas, nos voltarmos à Palavra de Deus, encontraremos uma resposta simples, direta e que não deixará margem alguma à dúvida. Responde-nos o discípulo do amor: ‘Porque a mensagem que ouviste desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros; não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justa’ (1 Jo 3.12).
Quem mata é do Maligno. Não me refiro apenas ao homicídio físico. Refiro-me, também, ao homicídio emocional, moral e espiritual. Quantas pessoas, neste momento, não se acham assediadas emocional e moralmente? Há líderes e chefes que em nada diferem de um verdugo; oprimem e matam seus comandados. Quanto ao homicídio espiritual, o que se há para falar?
Não são poucas as ovelhas que, em nossos redis, são vítimas de mercenários e lobos vorazes. Dos maus obreiros, nem os pastores logram escapar. Eis, portanto, o momento oportuno de mostrarmos ao mundo a qualidade de nossa vida espiritual. Discípulos de Cristo, obrigamo-nos a ir além do mero amor, pois o verdadeiro amor não se limita a gostar: amando como Jesus amou, não teme o Calvário. É uma doação continua que fazemos a Deus e ao próximo.
Se procurarmos a resposta na psicologia, ou na sociologia, corremos o risco de inocentar o assassino e condenar o assassinado. Mas, nos voltarmos à Palavra de Deus, encontraremos uma resposta simples, direta e que não deixará margem alguma à dúvida. Responde-nos o discípulo do amor: ‘Porque a mensagem que ouviste desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros; não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justa’ (1 Jo 3.12).
Quem mata é do Maligno. Não me refiro apenas ao homicídio físico. Refiro-me, também, ao homicídio emocional, moral e espiritual. Quantas pessoas, neste momento, não se acham assediadas emocional e moralmente? Há líderes e chefes que em nada diferem de um verdugo; oprimem e matam seus comandados. Quanto ao homicídio espiritual, o que se há para falar?
Não são poucas as ovelhas que, em nossos redis, são vítimas de mercenários e lobos vorazes. Dos maus obreiros, nem os pastores logram escapar. Eis, portanto, o momento oportuno de mostrarmos ao mundo a qualidade de nossa vida espiritual. Discípulos de Cristo, obrigamo-nos a ir além do mero amor, pois o verdadeiro amor não se limita a gostar: amando como Jesus amou, não teme o Calvário. É uma doação continua que fazemos a Deus e ao próximo.
Quem ama é de Deus, porque Deus é amor” (ANDRADE de. O Começo de Todas as Coisas: Estudos sobre o livro de Gênesis. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 59.)
Sugestão didática:
Para reforçar o ensino a respeito do caráter de Abel, reproduza o quadro abaixo e discuta com os alunos as qualidades apresentadas.
Para reforçar o ensino a respeito do caráter de Abel, reproduza o quadro abaixo e discuta com os alunos as qualidades apresentadas.
Abel
CARACTERÍSTICAS DO SEU CARÁTER |
1. Segundo filho de Adão e Eva. |
2. Pastor de ovelhas. |
3. Uma fé viva (Hb 11.4) |
4. Um caráter justo e santo (Mt 23.35) |
5. Um caráter, liberal para ofertar (Gn 4.4) |
6. O primeiro mártir. |
Telma BuenoEditora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos
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ABEL - Enciclopédia de Bíblia,Teologia e FilosofiaVem de um termo hebraico que significa respiração. Mas a etimologia é incerta, e outros sentidos têm sido sugeridos, como «vapor», «fragilidade» e «filho». É possível que esse nome esteja associado ao termo acadiano aplu, "filho», ou ao sumeriano ibila, «filho•.
1. História da família. Era o segundo filho de Adão e Eva, talvez gêmeo de Caim (Gên. 4:1,2). foi instruído na adoração ao Criador e trabalhava como pastor. Seu irmão, Caim, era agricultor. Devido a essas circunstâncias, Abel ofereceu em sacrifício um animal, ao passo que Caim trouxe os frutos da terra (Gên. 4:3-5). O trecho de Heb. 11:4 mostra que DEUS agradou-se do sacrifício de Abel, mas não do de Caim. Despertou-se-lhe a inveja, e segundo diz o texto samaritano, ele convidou Abel para o campo, onde o matou. O texto hebraico disponível silencia sobre o convite, embora registre o homicídio. Seja como for, é certo que o ato foi premeditado.
Interpretações simbólicas baseadas no nome «Abel».
a. Se seu sentido é «filho», então o nome simplesmente assinala o fato de seu nascimento. Visto que Caim significa «possessão», esse foi o nome do primogênito, porque ele foi uma possessão significativa para seus pais.
b. Se seu sentido é «fraqueza», «vaidade» ou «lamentação», seu nome predizia seu fim súbito e triste, tendo nele o primeiro quadro de um justo sob perseguição, fisicamente impotente perante um poder físico superior.
Um nome de fé. O trecho de Heb. 11:4 elogia Abel por sua fé, do que resultou um sacrifício superior. Seu nome figura no início da grande lista dos fiéis, tendo sido ele elogiado pelo próprio Senhor JESUS (Mat. 23:35). Presume-se que ele obedeceu a alguma ordem específica, acerca do sacrifício, que Caim ignorou, embora isso não seja declarado no Antigo Testamento.
Simbolismo. Abel tornou-se um tipo de CRISTO porquanto ofereceu um sacrifício cruento, superior (Heb. 9:26; 10:12). Ele tipifica CRISTO como o Messias e Servo sofredor, o Cordeiro de DEUS (João 1:29; Isa 53:7). Ele testifica sobre a necessidade de um sacrifício de sangue (Heb 9:22; 11:4).
ABEL - Dicionário de Nomes - hebraico: sopro, vapor, ou filho
CAIM - Dicionário de Nomes - hebraico: adquirido ou forjado
Gênesis 4.8-16 - COMENTÁRIO NEVES DE MESQUITA ( AT ) - Os Dois Sacrifícios (Gên. 4:3-7)
Os dois sacrifícios eram de natureza diferente. Um era sacrifício de sangue e era feito com os primogênitos do rebanho, figura da lei levítica, já em prática no tempo de Adão. A carne, com a gordura, seriam oferecidos sobre o altar, na dispensação Mosaica, e, a julgar pelo ritual a que Abel se submeteu, parece que já existia o altar naquele tempo, eregido por Adão. O culto estava bem elaborado. Na falta de sacerdote, o próprio pecador oferecia sua própria oferta. Os dois sacrifícios não somente são diversos em si mesmos e com valor profundamente diferente, mas os próprios ofertantes são dois tipos diferentes.
Só há uma alternativa: ou a oferta não estava de acordo com o estado espiritual do ofertante, ou a oferta não foi acompanhada do espírito de adoração, e, neste caso, era uma simples formalidade. Parece que a última conjectura é a mais razoável. De qualquer forma, DEUS aceitou uma e rejeitou a outra. Os rabis têm uma tradição de que DEUS mostrou sua aprovação pela oferta de Abel fazendo vir fogo do céu e consumindo o holocausto, como no caso de Elias com os profetas de Baal. Este era, sem dúvida, um modo por que DEUS aceitava o sacrifício de sangue, muitas vezes, mas nunca aceitava desta forma a oferta de manjares. Se a tradição fosse verídica, explicaria por que Caim se irou, vendo que o fogo não consumia sua oferta, como tinha consumido a de Abel. Entretanto, é apenas uma tradição, que pode ser ou não verídica. O autor da carta aos Hebreus diz que, pela fé, Abel ofereceu melhor sacrifício do que Caim (Hb. 11:4). A rejeição da oferta parece ter sido devida ao coração de Caim. Ele não estava adorando o Criador, mas simplesmente conformando-se com o rito da família.
A ira e o ciúme abrasaram Caim, e o seu semblante caiu. DEUS pergunta-lhe por que ficou tão irado, e diz: "Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti?" (Não terás levantado teu semblante?) A ira de Caim não era justificável; ele não tinha sido desprezado; se procedesse bem, continuaria a gozar dos favores divinos, mas, se procedesse mal, o pecado estava à porta, como um leão pronto a lançar-se sobre a presa. A última parte do verso 7 é realmente difícil de entender: " ... para ti será seu desejo, mas tu dominarás sobre ele." Há três maneiras de interpretar esta última parte do verso.
A primeira interpretação trata do significado da palavra "pecado" (se realmente significa pecado no sentido ordinário da palavra, ou oferta pelo pecado) e afirma que a palavra aqui realmente significa pecado. (Em hebraico as palavras pecado e oferta expiatória são iguais.)
A segunda interpretação é que esta palavra significa "oferta pelo pecado". Ambos os significados são amplamente justificados na Bíblia. Se, portanto, traduzirmos a palavra por "oferta pelo pecado" ou "oferta expiatória", daremos à tradução do verso o seguinte: "Se não procederes bem, a oferta pelo pecado à porta." Isto é, à porta do curral, tens animais que podem ser oferecidos, como sacrifício pelo mal que fizeres; não fiques, pois, iracundo, há um meio aceitável para ti.
Em resumo, a primeira interpretação diz que, no caso de a palavra significar "pecado" literalmente, então, este pecado está à porta, como uma fera pronta a saltar sobre Caim: " ... para ti será seu desejo, mas tu dominarás sobre ele". Este pecado será constante perseguidor de Caim, mas este conseguirá vencê-lo. A segunda interpretação diz que a "oferta pelo pecado" está à porta e pode ser usada sempre que precisar. Na terceira interpretação, alguns comentadores separam a última parte do verso 7 da primeira parte, e fazem que ela se refira à primogênitura de Caim. Caim julgou ter sido repudiado por DEUS, havendo sua oferta sido rejeitada, e a conseqüência lógica seria ter sido despojado dos direitos da primogenitura. A idéia de que Abel agora passava a ser seu senhor, fez-lhe cair o semblante como reflexo do estado moral em que tinha caído, pela rejeição da oferta. DEUS, que tanto via o semblante como o coração, divisou o móvel de toda a transformação e, para consolar o irado Caim, diz-lhe (parafraseando o texto): "Se fizeres bem, continuará a haver aceitação para ti; se fizeres mal, o pecado jaz à porta (segundo a primeira interpretação) e tu sofrerás as conseqüências de teu mau procedimento, ou (conforme a segunda interpretação), a oferta pelo pecado está à porta e teu mal pode ser expiado; não obstante tua falta agora, e tua falta possível no futuro, tu continuarás a dominar sobre teu irmão." "para ti será todo o seu desejo." (de teu irmão). O verso é difícil, mas a idéia é clara. DEUS quer desviar a ira de Caim e evitar o terrível pecado que já estava começando a dominar o seu coração. Se Caim tivesse ouvido o conselho de DEUS, qualquer que seja a verdadeira interpretação, continuaria na posse dos privilégios e bênçãos da primogenitura e a dominar sobre o irmão.
A última destas três interpretações parece ser a mais razoável e tem em seu favor a opinião dos melhores "scholars" e é a que o autor aceita, de preferência. A expressão "... para ti será todo o seu desejo e tu dominarás sobre ele" só pode referir-se a Abel e Caim, porque o pronome em ambos os lugares é masculino e não pode referir-se a pecado. Era natural a ira de Caim. Sua oferta tinha sido rejeitada, e a primeira coisa que pensou foi que tinha perdido a primogenitura. DEUS intervém e mostra-lhe que não, que ele continuaria a dominar sobre Abel e este a ser seu servo. Esta promessa, entretanto, condicionada à conduta de Caim, tendo ele se desviado pelo crime que praticou, o chefe da família, após Adão, não foi mais Caim, mas Sete que veio em lugar de Abel. Por sua atuação, o primogênito perdeu a primogenitura, que teria passado a Abel, mas como este foi morto, passou para o seu substituto, Sete. A história da raça é clara sob este ponto de vista, confirmando, destarte, esta última interpretação.
...
Gênesis 4.8-16 - Comentário Bíblico Wesleyano - O pecado de Caim
(2) A punição de Caim ( 4: 9-15 )
"E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão? E disse DEUS: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra. E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão. Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e vagabundo serás na terra. Então disse Caim ao Senhor: É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada. Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra, e será que todo aquele que me achar, me matará. O Senhor, porém, disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que o não ferisse qualquer que o achasse".
Quanto tempo depois de terrível ato de Caim esta cena ocorreu não é declarado. Alguns especulam que ela teve lugar na próxima vez que Caim foi para a adoração. Mas novamente o Senhor alcansou o pecador. Assim como Ele tinha incansavelmente questionado Seu caminho para a verdade no jardim, Ele agora começou o interrogatório de Caim: Onde está Abel, teu irmão? A progressão rápida, herdada de Adão e Eva do pecado é revelado na resposta de Caim, eu não sei: eu sou guardião de meu irmão? Nem Adão nem Eva se atrevera a negar o seu pecado completamente. Mas agora Caim além de cometer assassinat, também mente e acrescenta ainda a insolência no trato com o próprio DEUS. Mas a tentativa de Caim é de se esquivar à pergunta. DEUS com outra pergunta prossegue. Porque, como sempre DEUS fez a última pergunta a que Caim não tinha uma resposta satisfatória: Que fizeste A voz do sangue de Abel tinha falado com DEUS a partir do solo. Nenhum pecado jamais pode ser mantido oculto ou quieto. Mesmo que o homem nada sabe, DEUS ainda pode ver as coisas invisíveis aos olhos humanos e ouvir sons inaudíveis aos ouvidos humanos. É significativo que, cada vez que DEUS falou com Caim sobre Abel Ele usou as palavras teu irmão ou do teu irmão três vezes, em três versos (vv. 9,10, 11 ). Assim, DEUS refutou a implicação da pergunta de Caim. Ele é responsável por seu irmão, não só para evitar lesão intencional ou violência contra ele, mas para assumir a responsabilidade por seu bem-estar total. DEUS deixa claro que a conduta do homem para com o seu irmão será julgado com base no amor prático.
Uma vez que a questão estava no fim, o julgamento foi novamente pronunciado. E como o tempo anterior, no Éden, foi novamente temperado com misericórdia. DEUS declarou que o solo a partir de agora não cederia a sua força em tudo para Caim, mas ele se tornaria um fugitivo e vagabundo . Caim começou a choramingar e reclamar, Meu castigo é maior do que posso suportar . A tragédia é que Caim não se arrependeu de sua culpa, mas sim reclamou de sua punição. A graça de DEUS seria suficiente para perdoar e redimir Caim, se ele tivesse sido capaz de apropriar-se dela, mas tudo o que ele buscava era algum alívio de sua punição: como isso é típico do homem pecador convencido mas rebelde. O Senhor, em Sua misericórdia colocou algum tipo de sinal em Caim e declarou que quem tirasse sua vida seria reembolsado, ou castigado sete vezes.
Fonte Apazdosenhor.org
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