quinta-feira, 20 de abril de 2017

Lição 04 – A importância do olhar



                                     Lição 04 – A importância do olhar (Pr. Antonio Cruz) 

 










Para entendermos a importância do olhar, precisamos diferenciar o olhar para a vida do olhar na vida. 

Quando olhamos para a vida, seja qual for o seu nível, vamos observar manifestações que chamamos de circunstâncias ou momentos que podem ser bons ou ruins, favorável ou desfavorável, nestes momentos é que percebemos a importância do olhar na vida; pois se não soubermos enxergar corretamente a vida; corremos o risco de ficar oscilando entre luz e trevas. “A candeia do corpo são os olhos, de sorte que se os teus forem bons todo o teu corpo terá luz” (Mateus 6:22). 

Devemos ter cuidado, pois podemos estar em trevas pensando que estamos na luz. “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas quão grandes serão tais trevas” (Mateus 6:23b). 

Para ter certeza que estamos na luz devemos, devemos fundamentar a nossa vida na palavra de Deus. “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos” (Salmo 119:105). 

E ter um relacionamento verdadeiro com o Senhor Jesus que é a luz do mundo. “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andara em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12). 

Podemos observar 4 níveis de olhar que podem se manifestar na vida:  O olhar natural, que manifesta-se nestes aspectos estudados na Lição 4.  O olhar da Fé, que agora direciona e nosso viver. “Como está escrito, mas o justo vivera da fé” (Romanos 1:17b).  O olhar do entendimento, que é iluminado por Deus. “Tendo iluminado os olhos do vosso entendimento” (Efésios 1:18a).  O olhar do espírito, que é aberto por Deus. “E o Senhor abriu os olhos do moço e viu” (2 Reis: 6:17b).   


Cinco coisas para as quais você nunca deve olhar: 

1 - Não olhe para nada que a (o) impeça de obedecer a Deus. “E se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o e jogue-o fora.  É melhor entrar na vida com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no fogo do inferno” (Mateus 18:9 - NVI). 

2 - Não olhe para coisas inúteis. “Desvia os meus olhos das coisas inúteis; faze-me viver nos caminhos que traçaste” (Salmo 119:37 - NVI).

 3 - Não olhe para as atrações do mundo. “Pois tudo o que há no mundo – a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens – não provém do Pai, mas do mundo” (1 João 2:16 - NVI). 

4 - Não olhe para o lado escuro da vida. “Os olhos são a candeia do corpo. Quando os seus olhos forem bons, igualmente todo o seu corpo estará cheio de luz. Mas quando forem maus, igualmente o seu corpo estará cheio de trevas” (Lucas 11:34 - NVI). 

5 - Não desvie o olhar do caminho de Deus para você. “Olhe sempre para frente, mantenha o olhar fixo no que está diante de você” (Provérbios 4:25 - NVI). 

Referências: - Anotações do autor. - Bíblia Sagrada. - http://novotempo.com/amiltonmenezes. 

Fonte: ESCOLA BEREANA-ADVEC





A IMPORTÂNCIA DO OLHAR
Texto Bíblico: Mt 6.22,23,25-27,31-34
Texto Áureo: Lc 11.36
Introdução
Esta passagem forma uma pequena parábola, onde o Mestre ressalta a importância de um olhar dividindo entre o bom e o mau. Os olhos bons vêm de um adjetivo grego que corresponde a um pedaço de tecido ou outro material qualquer, com uma dobra bem feita e sem muitas dobras complicadas. Assim vem a idéia de simplicidade oriunda do latim “Simplex” ou “Semel” e de “Plicare” ou “Dobrar”. Jesus explica que o bom olhar é simples e não múltiplo, possuindo simplicidade de propósito e de intenção. O olhar saudável vê uma imagem só, e não duas, como sucede no caso de certas doenças dos olhos. O conceito está baseado na antiga concepção de que os olhos são as janelas pelas quais a luz entra no corpo. Os olhos maus correspondem aos olhos enfermos que não funcionam corretamente e assim não podem captar uma única imagem, mas sempre enxergam duas imagens distintas. Jesus está ensinando sobre a faculdade espiritual, utilizando-se do símbolo da visão (Ef 1.18). Caso essa faculdade espiritual não for normal ou sadia, mas enferma e fraca, dificilmente o individuo poderá praticar bom senso espiritual e moral. Assim somos desafiados pelas Escrituras Sagradas a Luz de Deus a guiar os nossos passos e vida segundo as suas verdades e teremos um olhar sadio e simples (Sl 119.105).
1. OLHARES MAUS
A Escritura Sagrada apresenta alguns tipos de olhares maus que podem destruir vidas e famílias, mas através da sua iluminação podemos evitar cair nas presas do pecado:
1.1. O OLHAR DO ASSÉDIO SEXUAL (Gn 39.1-20)
O jovem José estava distante de sua família no Egito, mas Deus estava com Ele e o tornou próspero em sua carreira como administrador na casa do seu senhor Potifar (Gn 39.1-5). José era bem sucedido em sua carreira profissional, formoso de porte e de semblante (Gn 39.6). O assédio sexual começa quando a mulher de Potifar coloca os olhos sobre o distinto jovem hebreu e usando da sua autoridade funcional para satisfazer o seu desejo tenta obrigá-lo a deitar-se com ela (Gn 39.7). O assédio da senhora contra o seu servo foi diariamente e constante “Embora ela instasse com José dia após dia” (Gn 39.10), houve um dia que criou um momento sozinho com o rapaz para dar uma cartada final na sua pureza sexual (Gn 39.11). No entanto não conseguiu e assim usando da sua autoridade passou a denegrir a sua moral e persegui-lo, pois não havia conseguido o que tanto desejava (Gn 39.13-20). José fugiu do assédio da sua senhora, pois não se enxergava como um produto sexual e ensinando com esta atitude a valorização da pureza (Gn 39.6,7). Ao ser assediado o jovem israelita manteve-se constante no seu propósito de não ceder aos desejos dela “Mas ele recusou” (Gn 39.8), afinal entendia que era um pecado contra Deus, não fazia parte de sua função e seria uma traição contra o homem que confiou nele. José não usou da sua posição para tirar vantagens e nem negociou a sua pureza para crescer na empresa, mas com discernimento conhecia seus limites funcionais (Gn 39.8,9). Em meio às cantadas diárias de sua senhora o jovem formoso e bem sucedido fugia das tentações (Gn 39.9,10). O assediador procura avançar sempre, diminuindo a distância com o alvo do seu assédio e a única solução para o assediado é fugir para preservar sua pureza (Gn 39.12,13; 2Tm 2.22), mesmo que as conseqüências fossem dolorosas José preferiu não ceder ao assédio e foi caluniado, perseguido, preso e quase destinado a morte, mas o Senhor que nunca desampara o seu servo fiel que o busca em sinceridade e retidão e o serve até em sua vida profissional garante estar em qualquer lugar colocando a sua bênção (Gn 39.14-23). José não cedeu ao assédio e assim mesmo é demitido do serviço, tornou-se administrador do maior império da sua época e mais importante do que o seu empregador Potifar. Constituiu uma bela família com Asenate e seus filhos Manassés e Efraim (Gn 41.45,50-52) e o seu nome é lembrado até o dia de hoje como um marco de vitória sobre o assédio sexual. No entanto, a mulher de Potifar somente é lembrada por causa deste ocorrido.
1.2. O OLHAR DA FICADA (Gn 34).
Siquém era um heveu e príncipe tribal que se deixou levar pela popular ficada, um relacionamento marcado pela ausência de sentimento afetivo e de responsabilidade. O jornal O Estado de São Paulo de 27/11/2011 noticiou “É muito fácil, é tudo muito banal, é comum a moça ter relação sexual na primeira ficada, nada tem mistério, portam-se camisinhas como parte do equipamento padrão”. A ficada ocorreu quando este jovem viu a jovem filha de Jacó com Lia, Diná e irresponsavelmente a tomou e deitou-se com ela. O termo usado no original hebraico para este ato descreve um estupro (Gn 34.1,2). As conseqüências foram terríveis e a humilhação atingiu a vida da jovem Diná trazendo transtornos para a família do patriarca Jacó e despertando assim o ódio dos irmãos da moça que culminou em morte para o jovem Siquém e outros jovens da sua tribo (Gn 34.26-29). A ficada começou errada, e pode até tentar acertar como desejou o jovem Siquém. Afinal a passagem ensina que a sua alma se apegou a Diná e a amou e falava afetuosamente com ela, mas a besteira estava consumada; procurou de toda maneira corrigir a sua atitude casando com a moça, mas as feridas estavam abertas no coração da moça e da sua família (Gn 34.3,4). Cuidado com este tipo de olhar que pode destruir a muitos jovens no desabrochar da sua vida amorosa e produzir dolorosas conseqüências para as famílias envolvidas.
1.3. O OLHAR DA PROVA DE AMOR (Jz 14,16).
Sansão (Pequeno Sol) foi levantado para ser um juiz, no qual o Senhor começaria a libertar a nação de Israel da mais duradoura das opressões a dos filisteus (Jz 13.1,4-6, 24). Na fase adulta Sansão vai a Timna, uma cidade na fronteira noroeste de Judá (Js 15.10), que fazia parte do território da tribo de Dã (Js 19.43), onde neste tempo estava dominada pelos filisteus e vê uma mulher filisteia que o encantou e pede aos seus pais para oficializar um pedido a família para contrair matrimônio (Jz 14.1-3), ato este contrário aos ensinamentos bíblicos (Dt 7.3,4). A expressão bíblica “Toma-me esta, porque ela muito me agrada”, literalmente “ela é adequada a meu ver”, correspondendo a uma satisfazação do olhar e revelou a atitude egoísta de Sansão (Jz 14.3). Os pais tentaram argumentar com seu filho, mas não tiveram êxito e Sansão veio consumar a sua vontade casando com a moça filisteia. Nas bodas do seu casamento ele propõe um enigma para trinta filisteus (Jz 14.10,11) e caso pudessem decifrar receberiam trinta túnicas de linho (Jz 14.12-14). Esta brincadeira causou uma pressão no recente casal imposta pelos filisteus que apertavam a esposa de Sansão que apertava ao marido, até que cedeu a pressão e contou a resposta do enigma para ela que repassou para os filisteus (Jz 14.15-20). A partir deste acontecimento, a vida emocional de Sansão ficou destruída, deixando a esposa e depois em seguida tentou retornar a ela, mas não alcançou êxito, afinal ela havia sido dada como mulher ao seu companheiro de honra (Jz 14.12-20). Depois veio a relacionar-se com uma prostituta da cidade de Gaza que era uma das cinco principiais cidades dos filisteus cerca de cinco quilômetros da costa do Mar Mediterrâneo (Jz 16.1). No vale de Soreque, um amplo vale a oeste de Jerusalém, entre esta cidade e Belém, sendo uma das mais encantadoras regiões do sul da Palestina, Sansão vê a Dalila e se afeiçoou, os filisteus nego-ciaram com ela a entrega do seu maior inimigo Sansão por aproximadamente sessenta quilos de prata (Jz 16.4,5). Astutamente Dalila pede uma prova de amor para Sansão que consistia em confessar a origem da sua grande força e para alcançar o seu objetivo, foi insistente em três ataques, até que no quarto alcançou êxito descobrindo o segredo que estava no coração de Sansão (Jz 16.7-18). Dalila massacrou psicologicamente a Sansão chorando, reclamando até que o forte e destemido juiz que venceu vários adversários cedeu à pressão. Sansão estava tão afeiçoado por ela que não percebeu as constantes aparições dos inimigos filisteus e o persistente pedido de prova de amor a revelação da fonte da sua força, ele corria perigo, mas continuava brincando até que revelou a aliança do seu narizado feito com Deus e a sua família. Sansão preferiu dar a prova de amor a continuar fiel e obediente a Deus. As conseqüências foram catastróficas, foi preso, humilhado, cegado, escravizado tornando-se um troféu nas mãos dos filisteus. Não é isso que acontece com aqueles que como Sansão cede à prova de amor experimentando prisão emocional, constante humilhação, cegueira por uma pessoa que apenas abusou da sua confiança e amor e para ela e apenas um troféu. Mas a maior perda é perder a poderosa e confortadora presença de Deus em nossas vidas.
1.4. O OLHAR DA PAIXÃO (2Sm 13).
Etimologicamente a palavra paixão vem do latim tardio “Passionis”, que significa “sentimento muito forte em relação a uma pessoa e objeto”. A história de Amnom e Tamar simplifica a gravidade da paixão que leva a situações embaraçosas e termina em muito sofrimento.
1.4.1. O QUE É A PAIXÃO?
1. É uma atração física: “Enamorou-se de Tamar, a formosa irmã de Absalão” (2Sm 13.1).
2. É uma inquietação: “Angustiou-se Amnom, até adoecer, pois era virgem, e lhe parecia impossível fazer coisa alguma com ela” (2Sm 13.2; 2Tm 2.22).
3. É uma concupsciência dos olhos “Prepare dois bolos diante dos meus olhos” (2Sm 13.6; Pv 6.25; Mt 5.28; Gl 5.19).
4. Proporciona um clima: “Mandou então Davi a casa, a dizer a Tamar: Vai à casa de Amnom... fazei retirar a todos da minha presença... traze a comida à câmara” (2Sm 13.7,9,10).
5. É um engano: “Davi, vai à casa de Amnom... foi Tamar e os tirou diante dele” (2Sm 13.7-9).
6. É uma falta de respeito: “Vem deita-te comigo, minha irmã” (2Sm 13.11; Pv 6.27,28).
7. É uma loucura: “Não faças tal loucura” (2Sm 13.12).
8. É uma obsessão: “Forçou-a e se deitou com ela” (2Sm 13.14).
1.4.2. AS CONSEQUÊNCIAS DA PAIXÃO
1. Uma aversão: “sentiu grande aversão” (2Sm 13.15).
2. A prova da ausência de amor: “Era a aversão que sentiu por ela maior do que o amor com que a amava” (2Sm 13.15).
3. Saciou seu desejo sexual: “Não há de me despedires assim” (2Sm 13.16).
4. Humilhação: “Deita fora esta mulher” (2Sm 13.17).
5. Amargura: “Mesmo assim o servo a deitou fora, e fechou a porta após ela” (2Sm 13.18).
6. Desespero: “Rasgou a túnica ornamentada que trazia, pôs as sobre a cabeça e se foi andando e clamando” (2Sm 13.19).
7. Desolação: “Uma mulher desolada” (2Sm 13.20).
1.5. O OLHAR DO ADULTÉRIO (2Sm 11.1-5).
 O livro de Samuel é o único dos escritos canônicos a relatar este episódio lamentável na vida do rei de Israel Davi, talvez por seguir um princípio bíblico na qual tudo que foi escrito nas Escrituras Sagradas é para o nosso ensino (Rm 15.4) e nos serve como exemplo para não cometermos o mesmo erro (1Co 10.11). A etimologia da palavra adultério vem do hebraico, “Ni’up” da raiz “Nã’ap” que significa “Praticar adultério”. No grego é “Mochos”, que denota “Aquele que tem intercurso ilícito com cônjuge de outro” e do latim “Ad Alterius Thorum ire”, que na tradução é “Andar em tálamo alheio”. O sentido da terminologia latina indica um “desejo ávido e voluntário de entregar-se a outro”. Na verdade o adultério é uma ruptura da fidelidade e da aliança matrimonial por parte de um dos cônjuges, constituindo-se no intercurso sexual de uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge. Davi estava em sua casa real passeando no terraço viu uma formosa mulher que estava tomando banho e foi despertado seu interesse pela mulher e pediu informações, conseqüentemente começa o processo do adultério com um olhar admirador e um súbito interesse por uma pessoa que até no momento era desconhecida (2Sm 11.2,3). O Mestre ensinando sobre o perigo do adultério chama a atenção sobre o olhar: “Eu, porém, vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já cometeu adultério com ela” (Mt 5.27). Este tipo de olhar não é casual, mas persistente e motivado por um desejo ilegítimo. O olhar do adultério é de um egoísta que deseja saciar a sua vontade e desperta a iniqüidade, pois deforma o caráter promovendo a mentira e a hipocrisia (2Sm 12.13; Sl 51.2). Promove a transgressão, mesmo conhecendo a família dela Davi não parou até alcançar o que desejava (2Sm 11.3,4). Quando este olhar controla a nossa vida desprezamos a Palavra de Deus (2Sm 12.9). O verbo hebraico “Bazá” traduzido para desprezar, na passagem tem o significado de “Fazer pouco de”. O olhar do adultério é o primeiro passo que desencadeia todo o processo da tentação, culminando no ato do adultério (Tg 1.14,15; Gl 5.19), este olhar maligno é despertado também atualmente pela tecnologia, através de revistas, filmes, sites e DVDs pornôs que na atualidade estão ao alcance de todos mediante celulares, computadores e Tablet.
2. OLHARES BONS
Para conseguirmos um bom olhar precisamos de atitude para não contaminar a nossa alma como o salmista Davi escreveu “Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101.3) e não procurar saciar os nossos desejos mediante o olhar (Pv 27.20). O homem que busca a sabedoria terá como conseqüência olhos direitos (Pv 4.25). Através das Escrituras Sagradas podemos entender olhares que devem existir entre um casal:
2.1. OLHAR PARA FORMAR UMA FAMÍLIA (Gn 29.10-31).
 Jacó viu a formosa jovem Raquel que chegava para dar água às ovelhas e foi convidado para ir à casa de seu tio Labão. Jacó amou a Raquel e procurou trabalhar para formar a sua família e ter condição para sustentá-la (Gn 29. 10,18; Pv 24.27). Infelizmente foi enganado, mas demonstrou o que todo o homem deve fazer quando olha e deseja uma jovem, conversar com o pai da moça manifestando a sua intenção, profissionalizar-se, trabalhar buscando assim uma estabilidade profissional, respeitá-la até o matrimônio e contrair núpcias com ela.
2.2. OLHAR ARREBATADOR (Ct 4.9)
O amante declara que o olhar da sua amada arrebatou ou roubou o seu coração, assim o seu coração pertencia unicamente a ela.
2.3. OLHAR DE POMBA (Ct 1.15; 4.1)
A pomba mencionada neste livro era a “pomba das rochas”, que tinha o seu habitat nas terras costeiras, ao longo da garganta do Jordão e nos montes a Oeste. Estas aves são notáveis por sua devoção e afeição aos seus parceiros. No cortejo unem suas cabeças e cada um cruza o bico, bem parecido com um beijo de namorado. Este tipo de olhar relatado pelo amante significa a simplicidade e a sua confiança na amada. Em sua descrição realizada sobre o amado, Sulamita também qualifica o seu olhar como de pomba afirmando a limpidez, vivacidade e chamas que havia no seu olhar (Ct 5.12).
2.4. OLHAR QUE FASCINA (Ct 6.5).
Salomão diz que o olhar da sua amada o subjugava, o atraia irresistivelmente, o encantava e o seduzia.
2.5. OLHAR DE PRAZER (Ez 24.16)
O Senhor conhece o tipo de olhar que temos para com o nosso cônjuge. Ezequiel recebe uma notícia triste, onde perderia aquela que era o prazer ou deleite dos seus olhos a sua esposa.
2.6. OLHAR DA PUREZA (Gn 24.64-67)
Vindo Rebeca para encontrar-se com Isaque, o vê de longe e cobre o seu rosto, em ato de respeito e pureza.
2.7. A PALAVRA DE DEUS DEVE SER A MENINA DOS OLHOS (Pv 7.1-5).
Aprendemos aqui que as Escrituras Sagradas em nossos corações e ao alcance dos nossos olhos fugiremos da mulher adultera.
2.8. OLHAR EM DEUS (Sl 25.15)
O segredo para um casal vencer os perigos para uma união duradoura é ambos manterem os olhos fixos no Senhor.


 ✅    Lição Ministrada pelo pastor Ricardo Silva na Bereana 21/04/2017
          Fonte: ESCOLA BEREANA - ADVEC


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Estudo sobre Mateus 6:22-23

A ideia que está por trás desta passagem é de uma simplicidade infantil. O olho é considerado como a janela por onde entra a luz que ilumina a totalidade do corpo. A cor e o estado da janela são os que decidem quanta luz receberá uma habitação. Se a janela estiver limpa, é de cor clara e o vidro não distorce as imagens, a habitação será inundada por uma luz pura e abundante, que iluminará todos os cantos. Se o vidro da janela está sujo, ou é de cor escura, ou está chamuscado, ou coberto pela geada, a luz encontrará obstáculos, entrará distorcida, suja, e a habitação ficará escura.

A qualidade da luz que entra em uma habitação depende do estado da janela que deva atravessar para fazê-lo. É assim, diz Jesus, como a luz que penetra no coração e a alma de cada homem depende do estado espiritual dos olhos que deva atravessar, porque os olhos são a janela do corpo. O conceito que fazemos das pessoas depende dos olhos com que as olhemos. Há certos fatores muito evidentes que nos podem cegar e distorcer a nossa visão.

(1) O preconceito pode alterar nossa visão. Não há nada que seja tão capaz de destruir nossa capacidade de julgamento como os preconceitos que tenhamos. Nos impedem de formar as opiniões claras, razoáveis e lógicas, que são nosso dever. Cega-nos por igual ante os fatos e o significado destes. Quase todos os novos descobrimentos tiveram que abrir caminho, lutando contra irracionais preconceitos estabelecidos.

Quando James Simpson descobriu as virtudes do clorofórmio teve que lutar contra os preconceitos religiosos e médicos de sua época. Um de seus biógrafos escreve: "O preconceito, a paralisante determinação de percorrer somente os caminhos conhecidos, levantou-se contra ele e fez todo o possível para neutralizar os efeitos dessa nova bênção." "Muitos clérigos sustentaram que o intento de liberar a mulher de sua maldição primitiva era lutar contra a lei divina."

Uma das coisas mais necessárias na vida é o exame ousado que seja capaz de nos demonstrar quando atuamos a partir de princípios válidos e quando somos vítimas de nossos preconceitos irracionais. Qualquer homem que seja miserável por seus preconceitos tem olhos que obscurecem e distorcem sua visão da realidade.

(2) O ciúme pode alterar nossa visão. Shakespeare nos deu uma expressão clássica desta paixão na tragédia de Otelo. Otelo, um mouro, que se tornou famoso por seus atos de valentia, casa-se com Desdémona. Esta o ama com total dedicação e completa fidelidade. Como general do exército de Veneza, Otelo promove a Cássio em lugar de promover a Lago. Este é consumido pelo ciúme, e mediante uma meticulosa tramóia, e distorcendo os fatos para seu próprio benefício, semeia na mente de Otelo suspeita com respeito à fidelidade de Desdémona. Inventando evidências para demonstrar suas afirmações, acende em Otelo uma paixão de ciúme tão desmedida que este termina assassinando a Desdémona, afogando-a com um travesseiro.

A. C. Bradley escreve: "Ciúme como o de Otelo transformam a natureza humana em um caos, e liberam a besta que todo homem encerra." Muitos casamentos, muitas amizades, foram destroçados pelo ciúme, que é capaz de fazer aparecer circunstâncias perfeitamente inocentes como ações culpadas, e que nos cegam à verdade e à realidade.



(3) O orgulho pode alterar nossa visão. Em sua biografia de Mark Rutherford, Catherine Macdonald MacLean inclui uma observação particularmente cáustica com respeito ao John Chapman, o editor e livreiro de quem em uma época Rutherford fora empregado: "Belo como um Lorde Byron, de maneiras amáveis, era extremamente atrativo para as mulheres, e ele se acreditava ainda mais atrativo do que em realidade era."

O orgulho afeta de duas maneiras a visão de qualquer homem, porque nos torna incapazes de ver a nós mesmos tal como somos em realidade e de ver a outros como em realidade são. Se estamos convencidos de nossa extraordinária sabedoria, nunca seremos capazes de perceber nossas tolices; e se formos cegos para tudo o que não sejam nossas virtudes, nunca perceberemos nossos defeitos. Sempre que nos comparemos com outros, suporemos uma vantagem em nós. Jamais estaremos em condições de nos criticar a nós mesmos, e portanto jamais seremos capazes de melhorar. A luz em que deveríamos ver a nós mesmos e a outros será total escuridão.

Mas aqui Jesus fala de uma virtude em particular que enche de luz os olhos, e de um defeito que os obscurece. Em nossas versões se qualifica o olho como bom, são ou simples e mau. E este é o significado literal do grego, mas as palavras bom e mau são aqui empregadas, em um sentido muito comum no grego do Novo Testamento, como generoso e generosidade. Tiago diz, com respeito a Deus, que ele dá a todos abundantemente (Tiago 1:5), e o advérbio que usa, em grego, é o mesmo que aparece em nosso texto como adjetivo. Paulo exorta a seus amigos a ofertar liberalmente. Temos aqui, outra vez, o mesmo vocábulo (Romanos 12:8). Paulo, também, lembra aos cristãos de Corinto da liberalidade ou generosidade das Iglesias da Macedônia, e fala de sua própria generosa beneficência com todos os necessitados (2 Coríntios 9:31). Para obter um texto mais fiel ao original devemos traduzir aqui generoso em lugar de bom ou simples. Jesus elogia o olho generoso.

Por oposição, prestemos atenção ao nome do defeito que Jesus condena. Nossas versões dizem mau ou maligno. E este é, certamente, o significado mais comum da palavra grega que aparece neste lugar no texto original. Contudo, tanto no Novo Testamento como na Septuaginta, este vocábulo também significa normalmente miserável ou avaro ou mesquinho. Deuteronômio nos fala do dever de emprestar ao irmão que necessita. Mas esta disposição se complica com a lei de que cada sete anos deviam considerar-se todas as dívidas perdoadas. Era muito provável que se estivesse perto o "sétimo ano", o avaro se negasse a emprestar, por temor a que seu devedor se acolhesse ao cancelamento de dívidas com que podia beneficiar-se ao chegar o momento, e deste modo jamais lhe devolvesse o que tinha recebido. Por isso a lei estabelece: "Guarda-te não haja pensamento vil no teu coração, nem digas: Está próximo o sétimo ano, o ano da remissão, de sorte que os teus olhos sejam malignos para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada, e ele clame contra ti ao SENHOR, e haja em ti pecado" (Deut. 15:9).

As palavras sublinhadas são exatamente as mesmas que aparecem no ensino de Jesus. É evidente que aqui olhos maus significa com mesquinhez, de modo avaro, com má vontade. Voltamos a encontrar a expressão em Provérbios 23:6, onde a V.M. diz literalmente: "Não coma o pão daquele que tem olho mau." Quer dizer "Não seja hóspede daquele que grunhe por cada bocado que você come."

Assim também em Provérbios 28:22, onde lemos: "O homem que se apressa em busca da riqueza tem olho maligno" (V.M.), e significa: "O avaro, que sempre desconfia de outros, busca apropriar-se de tudo o que pode." Para chegar ao significado exato das palavras de Jesus em vez de "olho mau" deveríamos traduzir olho avarento.

De modo que Jesus afirma: "Não há nada como a generosidade para nos permitir ver a vida e as pessoas de maneira correta: e não há nada como a avareza para fazer com que nossa visão das coisas e das pessoas seja incorreta."

(1) Devemos ser generosos em nossos julgamentos com respeito a outros. Uma das características da natureza humana é pensar sempre o pior, e encontrar um prazer maligno em repetir o pior. Todos os dias vemos assassinar a boa reputação de pessoas perfeitamente inocentes na fofoca de pessoas cujos juízos estão impregnados de veneno. O mundo se veria livre de muito sofrimento se buscássemos pensar o melhor e não o pior com respeito a nosso próximo, e se nossa interpretação de suas ações fosse sempre "generosa".

(2) Devemos ser generosos em nossas ações. Em sua biografia de Mark Rutherford, Catherine Macdonald MacLean nos conta a respeito dos dias em que Rutherford foi trabalhar em Londres: "Desde essa época pode perceber-se nele o começo de sua carinhosa piedade pelas almas dos homens que haveria de converter-se em um de seus hábitos... A pergunta que o queimava, preocupado como estava pelo destino de muitos de seus vizinhos no subúrbio onde iria trabalhar, era, ‘O que eu posso fazer? Como posso ajudá-los?’ Parecia-lhe, naquele tempo, como sempre, que até a ação mais simples possuía maior valor que a mais veemente indignação que só se expressa em palavras.”
Quando Mark Rutherford trabalhava com Chapman, ele editor, vivia e trabalhava no mesmo lugar que George Eliot – ou Maria Evans, que tal era seu verdadeiro nome. Uma coisa lhe impressionou de maneira particular com respeito a esta mulher: "Era pobre. Possuía uma pequena renda, e mesmo que esperava poder ganhar a vida como escritora, seu futuro era incerto. Mas era fantasticamente generosa. Sempre estava ajudando aos cães coxos a subir as soleiras, e a pobreza de outros a fazia sofrer mais que a sua própria. Chorava com mais amargura por não poder ajudar a alguma irmã necessitada, que por qualquer de suas próprias privações."

Quando começamos a nos sentir assim, é quando podemos ver a outros, e às coisas, em uma perspectiva correta. É então quando nossos olhos se enchem de luz.

Há três grandes males do espírito pouco generoso, do "olho maligno".

(1) Faz com que nos seja impossível viver conosco mesmos. Quem inveja permanentemente o êxito de outros, diminuindo o seu, apesar de que um pouco de generosidade poderia repartir felicidade a outros, fechando seu coração frente às necessidades imperiosas de outros, transforma-se em uma das mais tristes criaturas da Terra – o homem avarento. Em seu interior crescem uma amargura e um ressentimento que lhe priva de toda felicidade, que roubam sua paz e destroem sua alegria.

(2) Faz com que nos seja impossível viver com os demais. O avaro é aborrecido por todos: não há indivíduo mais desprezado que o de coração miserável. A caridade cobre multidão de pecados, mas o espírito ambicioso, por outro lado, torna inúteis uma multidão de virtudes. Por mais mau que seja o homem generoso, sempre haverá quem o ame; por melhor que seja o avaro, todos o detestarão.

(3) Faz com que nos seja impossível viver com Deus. Não há ninguém tão generoso como Deus; em última análise, não pode haver comunhão entre dois seres que fundam sua existência em princípios diametralmente opostos. Não pode haver comunhão entre o Deus que vive inflamado por um profundo amor, e o avaro, cujo coração está congelado pela mesquinharia.

O olho avarento distorce nossa visão; o olho generoso é o único capaz de ver com clareza, porque é o único que vê como Deus vê.

FONTE: https://bibliotecabiblica.blogspot.com



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O que quer dizer Mateus 6,22-23: a lâmpada do corpo é o olho?
Assim diz a citação que você propõe:
A lâmpada do corpo é o olho. Portanto, se teu olho estiver são, todo teu corpo ficará iluminado; mas se teu olho estiver doente, todo teu corpo ficará escuro. Pois se a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão as trevas! (Mateus 6,22-23).
Essa passagem faz uma comparação entre a vida do corpo e a vida da alma. O corpo, falando fisicamente, se tem um bom olho, terá uma boa luz material, uma boa visão. Há, por outro lado, uma luz espiritual, que se irradia da alma. Se o nosso espírito está nas trevas, emana somente escuridão e estaremos, espiritualmente falando, numa cegueira total.
Na nossa vida não existe uma dicotomia entre mundo espiritual e material, entre corpo e alma. Somos formados por todos esses elementos contemporaneamente. Vivemos um conflito constante e um juízo se realiza a cada momento nos nossos corações onde se vê uma luta entre luz e trevas, bem e mal. Onde está o nosso coração? Intimamente ligado com Deus ou numa busca egoísta. O que predomina em nós: luz ou trevas. Os nossos olhos são um sinal inconfundível; nele se reflete a luz de Deus ou a negação dela. Um olho limpo percebe imediatamente o bem, consegue ver até mesmo pequenas suas nuances e colocá-las em evidência. Em contraposição, um olho sujo vê somente o mal e difunde as suas características.
Não é somente uma questão de otimismo ou pessimismo. Trata-se de abrir espaço, em nossas vidas, à luminosidade divina, assumindo uma consequente característica de viver a realidade e julgá-la. O olhar de Deus, mesmo conhecendo o mal, busca sempre a semente do bem escondida até mesmo nos corações mais malvados, procurando fazê-la germinar. Se paramos e olhamos somente o negativo, estamos muito longe de Deus, no meio das trevas.
Um bom cristão procura rever as suas posições e colabora com a graça para que a luz triunfe em nós e, a partir de nós, se difunda no ambiente onde vivemos.





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