Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Data da aula: 23 de Abril de 2017
Trimestre: 2° de 2017
Texto Áureo
"E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele." (Gn 17.19)
Verdade Prática
Isaque, segundo filho de Abraão, deixou um exemplo de humildade e submissão a Deus e a seus pais.
Capítulo 4
ISAQUE:
UM CARÁTER PACÍFICO
Já sabemos que o caráter de um
homem é demonstrado
pelas suas atitudes, pelo seu testemunho,
pela suas ações e
práticas. Isaque é um personagem da
Bíblia que tem grande
significado para a história do povo de Israel. Seu nome foi dado
por Deus antes mesmo do seu nascimento, conforme mostra
Gênesis 17.19. O significado de seu nome é interessante: quer
dizer “aquele que ri” ou “ele ri”, em alusão à reação de seu pai e de
sua mãe quando o anjo anunciou seu nascimento, sendo
os pais
já de idade avançadíssima.
A história de Isaque mostra que ele
deve ter nascido em Gerar,
quando Abraão e Sara, seus pais, estavam extremamente idosos —
seu pai, com 100 anos, e sua mãe, com 90 anos. Seu nascimento
foi um milagre, algo que jamais poderia ser admitido
pelas leis da natureza e da reprodução humana. Depois decerta
idade, a mulher entra na menopausa e deixa de ser fértil. No caso
de Abraão e Sara, a situação era ainda mais complexa
porque
Abraão, além da idade, estava totalmente desprovido de condição
biológica, orgânica ou genética para procriar, e Sara, sua
esposa, era estéril, ou seja, não podia ter filhos. Apesar de tudo, o
Deus de Abraão é o Deus da Providência; Ele é onipotente,
onisciente e onipresente. Para Ele, nada é impossível, conforme
Lucas 1.37.
Contrariando toda lógica, contrariando
toda expectativa do ponto de
vista humano, Deus cumpriu suas promessas feitas a seus servos
anos antes, dizendo que ele — Abraão — seria pai de uma grande
nação e que sua esposa seria “mãe das nações”. Passaram-se
os anos,
mas Deus vela pela sua palavra e cumpriu o que prometera. Numa bela
noite ou num belo dia, na tenda de Abraão, ouviu-se um choro
forte, indicando que um bebê acabara de nascer, de vir à luz. O pequenino
Isaque chorou, anunciando que o Deus de Abraão é um Deus
onipotente, um Deus fiel que cumpre as suas promessas.
Esse personagem extraordinário foi o
segundo filho de Abraão e o único de
Sara. O primeiro filho de Abrão (nome anterior de Abraão) foi
Ismael, filho de uma falta de fé e firmeza tanto da parte de Abrão como da
de Sarai (nome anterior de Sara), sua esposa, que fez um arranjo
que não fora aprovado por Deus. Ela ofereceu a seu marido uma
serva, uma jovem que trabalhava na sua casa, chamada Agar. Daquela
relação não aprovada por Deus, nasceu Ismael. Quando Isaque nasceu,
Ismael deveria estar com mais ou menos 16 ou 17 anos. Deus abençoou
Ismael e a sua mãe pelo fato de ser filho do patriarca Abraão.
Durante a sua história, vários episódios
ocorreram, mostrando o valor do
caráter de Isaque. Quando ele era um jovem, talvez com seus 17 ou 18
anos, Deus ordena a Abraão sacrificar seu filho no monte que ele
havería de mostrar. Abraão levou seu filho para sacrifício, colocou-o
sobre o altar. Isaque, jovem, mais forte que seu pai, não reagiu,
mostrando ser obediente e submisso a Deus e a seu pai. Esse é um dos
aspectos marcantes do caráter de Isaque. Deus não permitiu que o
rapaz fosse morto e proveu um cordeiro para morrer em seu lugar,
numa tipologia de Cristo, que foi sacrificado em nosso lugar.
Que o
caráter de Isaque nos inspire a servir ao Deus de Abraão, de Isaque e
de Jacó.
I - ISAQUE - O FILHO DA
PROMESSA
1. Promessa de Deus a Abrão
Para entender o caráter de Isaque, é
importante conhecer a sua
história, que moldou sua personalidade e forjou o seu caráter. A
história de Isaque ocupa nada mais nada menos que nove capítulos
do livro de Gênesis. Foi filho de Abraão e Sara e, pela lógica
humana, seu nascimento era absolutamente impossível. Na concepção
dos homens, o “filho da promessa” teria nascido “fora de
tempo”. Quando Deus chamou Abrão para sair de sua terra e ir para
uma terra estranha, fez-lhe promessas gloriosas. Uma delas era
que ele seria “uma grande nação” (Gn
12.2). Ele creu em Deus e
saiu de Harã com a idade de 75 anos, em companhia de sua
mulher, que era estéril, para habitar em Canaã. Por esses dois
fatos — Abrão ser idoso, e sua esposa, estéril — já parecia impossível
o casal ter um filho, quanto mais serem pais de uma grande
nação.
1)
Deus vela por suas promessas. Passaram-se dez anos desde que
Abrão saíra de Harã. Já com 85 anos, e sua esposa com 75, Deus
apareceu novamente a ele e animou-o, dizendo que sua promessa
estava de pé. “Depois destas coisas veio a palavra do Se n h o r a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu
sou o teu
escudo, o teu grandíssimo galardão” (Gn
15.1). E o Senhor mandou
Abrão contar as estrelas do céu, mostrando que assim seria sua
numerosa descendência (v. 5).
2) O abalo na fé do casal. Mesmo sendo
chamado de “O pai da
fé”, Abrão ouviu a sua esposa quando ela sugeriu que ele tivesse
um filho com a serva Agar. Ele poderia ter recusado com base nas
promessas de Deus, mas preferiu ceder à falta de fé da
esposa.
Da união de Abrão com Agar, nasceu Ismael, um filhoque, ao
invés de ser motivo de alegria, acabou sendo motivo de discórdia
e tristeza (Gn 16.1-6). A serva egípcia teve que fugir, mas, por
misericórdia, Deus amparou-a e fez promessas a Ismael, por ele
ser filho de Abrão (Gn 16.6-12; 21.14-18).
3)
A intervenção de Deus na vida dos pais. Quando Abrão tinha 99
anos, Deus mudou o nome de Abrão (“Pai da altura” ou “Pai
exaltado”) para Abraão (“Pai de uma
multidão”), dizendo que ele
seria “pai da multidão de nações” (Gn 17.5). Fato impres
sionante
este! Quando parecia ser o fim da vida de Abrão, Deus mostrou
que era Fiel em suas promessas. Na visão dos hebreus, o nome de
uma pessoa está associado ao seu caráter. Deus não usaria
“um pai exaltado” para cumprir sua vontade, mas, sim, um
homem que
seria pai de multidões inumeráveis como as estrelas do céu.
Na missão dada por Deus a um homem, a esposa está incluída.
E Deus mudou o nome de Sarai para Sara
(ambos os nomes
significam “princesa”1), indicando o papel relevante que ela teria
ao lado de Abraão. Deus incluiu-a na promessa a Abraão, dizendo: “Disse Deus mais a Abraão: a Sarai, tua
mulher, não chamarás
mais pelo nome de Sarai, mas Sara será o seu nome. Porque eu
a hei de abençoar e te hei de dar a ti dela um filho; e a
abençoarei, e será mãe das nações; reis de povos sairão dela” (Gn
17.15-16).
2. Seu Nascimento - Um Verdadeiro Milagre
Ao anunciar que Sara seria “mãe das
nações”, Abraão riu apenas no
coração, considerando algo muito difícil um homem de 100 anos ser pai e uma mulher de 90 anos ser
mãe! Deus sabia dos
pensamentos de Abraão, fazendo-o saber que Ele é Fiel. “E
disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e
chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu
concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois
dele” (Gn 17.19). Seu nome significa “riso” ou
“aquele que ri”. Sua mãe,
ao saber que teria um filho aos 90 anos
(Gn 18.9,10), também
não se conteve e, a exemplo de Abraão, também ficou rindo no
seu interior (Gn 18.12).
Quando Deus indagou por que ela rira
diante da promessa, ela negou,
dizendo que não havia rido. Mas Deus tudo vê, até mesmo os pensamentos
e as intenções do coração. O Senhor repreendeu-lha, dizendo:
“Não digas isso, porque te riste” (Gn
18.15). Tal fato
mostra-nos
que nada está oculto aos olhos de Deus. Ele vê as obras, as
ações, as atitudes e também vê os pensamentos. Séculos depois,
Davi, extasiado, exclamou: “ Se n h o r, tu me sondaste e me conheces.
Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes
o meu pensamento. Cercas o meu andar e o meu deitar; e
conheces todos os meus caminhos” (Sl 139.1-3).
II
- UM HOMEM ABENÇOADO POR
DEUS
1. A
Prosperidade Espiritual
Depois da morte de seu pai, já casado com
Rebeca e pai de Esaú e
Jacó (Gn 25.19-23), Isaque foi buscar
abrigo em Gerar, na terra
dos filisteus, para escapar da fome que ocorrera onde ele morava.
Ali, Deus falou a ele para não descer ao Egito: “Peregrina
nesta
terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e à tua semente
darei todas estas terras e confirmarei o juramento que tenho
jurado a Abraão, teu pai. E multiplicarei a tua semente como as
estrelas dos céus e darei à tua semente todas estas terras. E em tua
semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto Abraão
obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus
preceitos, os meus estatutos e as minhas leis. Assim, habitou Isaque em
Gerar” (Gn 26.3-6). A bênção de Abraão foi transferida para
Isaque, não pela hereditariedade em si, mas, sim, pela sua fidelidade
a Deus. Seu caráter, demonstrado em sua conduta, agradou a
Deus, e ele prosperou espiritualmente.
2. A
Prosperidade Material
“E semeou Isaque naquela mesma terra e
colheu, naquele mesmo
ano, cem medidas, porque o Se n h o r o abençoava” (Gn 26.12).
Este é o segredo da vida de Isaque: ele
era abençoado por Deus.
O Senhor dá bênçãos espirituais e materiais quando o homem
obedece à sua voz. A produção dos seus campos deu a ele cem
por cento de colheita: “E engrandeceu-se o varão e ia-se engrandecendo,
até que se tornou mui grande; e tinha possessão de ovelhas,
e possessão de vacas, e muita gente de serviço, de maneira que os
filisteus o invejavam” (Gn 26.13,14). E preciso entender que a
prosperidade material não é o objetivo da vida cristã, como propalam
os adeptos da falsa “teologia da prosperidade”. Pode ser um
meio concedido por Deus para atender seus propósitos divinos.
E é também resultado da bênção de Deus sobre o crente fiel —
que contribui com sua obra dizimando e ofertando — que Deus
promete abrir “as janelas do céu” e derramar grande abundância,
além de repreender “o devorador” e fazer as nações perceberem
que seu povo é bem-aventurado (Ml 3.10-12).
III - LIÇÕES DO CARÁTER DE
ISAQUE
1. Um
Homem Esforçado e Trabalhador
A prosperidade que Deus concedeu a Isaque
chamou a atenção dos
filisteus. A prosperidade dele não caiu do céu automaticamente. Ele
trabalhava diuturnamente para alcançar seus objetivos. Os filisteus,
cheios de maldade e inveja, entulharam todos os poços que
Abraão tinha cavado (Gn 26.15). Além da
inveja maligna que os
filisteus tinham de Isaque, eles resolveram agir de modo ilegal e
violento: taparam todos os poços que Abraão construíra. A
situação de Isaque incomodou tanto que o rei Abimeleque, rei
de Gerar,
aconselhou Isaque a retirar-se dali (Gn 26.16). A bênção de Deus
era tão grande que incomodava os filisteus. Isso também acontece
ainda hoje. Há pessoas a quem Deus abençoa e os adversários
ficam com inveja, desejando o mal aos servos de Deus.
A
maldição, porém, não alcança os que são fiéis a Deus. O livro de
Números registra que Balaão foi convocado para amaldiçoar os filhos
de Israel, mas não conseguiu: “Como amaldiçoarei o que Deus
não amaldiçoa?” (Nm 23.8a). “[...] Deus
converteu a maldição
em bênção” (Ne 13.2b). A Bíblia diz que “A bênção do Se n h o r é que enriquece, e ele não acrescenta dores” (Pv
10.22).
2. O
Caráter Pacífico de Isaque
Isaque não fez questão alguma quando
sofreu terrível oposição dos
invejosos e foi aconselhado a sair do lugar onde prosperara. Ele foi
habitar “no vale de Gerar” (Gn 26.17). Honrando o nome e a
memória do seu pai, Isaque reabriu os poços que seu pai abrira e que
foram tapados pelos filisteus e chamou os poços com os mesmos
nomes dados por Abraão (Gn 26.18). Nas
escavações, “cavaram,
pois, os servos de Isaque naquele vale e acharam ali um poço
de águas vivas. E os pastores de Gerar porfiaram com
os
pastores de Isaque, dizendo: Esta água é nossa. Por isso, chamou o
nome daquele poço Eseque, porque contenderam com ele” (Gn 26.19,20). Aquele era Eseque, o “poço da
contenda”. Aqueles
filisteus eram marcados pelo sentimento da inveja, mas Isaque
não contendeu com os pastores. Ele evitou a contenda, a briga e
a dissensão e mandou seus servos cavarem outro poço noutro
lugar. Os filisteus mais uma vez porfiaram e reivindicaram direitos.
E chamou o poço de Sitna, “o poço da inimizade” (Gn 26.21).
Que exemplo extraordinário para os muitos pastores que tanto
brigam por campos e posições e que escandalizam a igreja e o Nome
do Senhor!
3. Um Caráter Resiliente
Isaque, com seu caráter pacífico, sempre
evitava a contenda ou a
inimizade. Após perder a posse de dois poços, Isaque não desistiu.
Mais do que resistente, ele foi resiliente, pois soube enfrentar
as oposições sem exasperar-se. Ele soube praticar a longanimidade
(Gl 5.22) e continuou mandando abrir poços. “E partiu
dali e cavou outro poço; e não porfiaram sobre ele. Por isso, chamou o
seu nome Reobote e disse: Porque agora nos alargou o Se n h o r, e crescemos nesta terra” (Gn 26.22, 23). Reobote
era o “poço do
alargamento” concedido por Deus. Livre da contenda, Isaque
“subiu dali a Berseba,” (v. 23). Ali, Isaque e Abimeleque, rei de
Gerar, fizeram um juramento de que seriam amistosos um com o
outro. Daí, o motivo de Berseba significar “juramento” ou “poço
do juramento”.
Em meio a essas experiências,
“apareceu-lhe o Se n h o r naquela
mesma noite e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas,
porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua
semente por amor de Abraão, meu servo” (Gn 26.24). Deus é
fiel em
suas promessas. Mesmo após a morte de Abraão, o Senhor não
deixou de cumprir suas promessas, reiterando-as a seu filho Isaque,
que, por sua vez, não fraquejava em sua fé em Deus. Mesmo sendo
hostilizado e perseguido injustamente, ele continuava
na busca
de seus objetivos, cavando poços até conseguir o que queria:
obter água num lugar para habitar em paz. Seus servos, então,
deram a ele a boa notícia de que tinham encontrado água em Seba,
que passou a ser chamada de Berseba (Gn 26.32,33).
4 Obediência
e Submissão
Certamente, esses são os aspectos mais
marcantes do caráter de
Isaque. Ele soube honrar seu pai e sua mãe, como manda o Senhor
(Ex 20.12). A prova mais eloquente desse caráter foi demonstrada
quando, tempos depois, Deus falou com Abraão e
ordenou
que ele oferecesse o seu filho como sacrifício: “Toma agora o
teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e
oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te
direi” (Gn 22.2). Logo cedo, Abraão
chamou Isaque
para
acompanhá-lo e também oferecer um sacrifício a Deus. Chegando
ao local indicado por Deus, Abraão deixou os servos com os
animais, chamou Isaque, pôs a lenha sobre ele, tomou o cutelo e
a lenha e subiram a montanha.
Com inocência e mansidão, Isaque falou a
seu pai, dizendo: “Meu pai!
E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e
a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? E disse
Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto,
meu
filho. Assim, caminharam ambos juntos” (Gn 22.7,8). Não sabia
Isaque que seria ele a vítima posta sobre o altar para ser sacrificada.
Ele não entendeu a resposta do pai, até que, depois de pronto
o altar, seu pai ordenou que ele subisse sobre a lenha e, depois
disso, amarrou-o para ser imolado. O filho de Abraão foi como
um tipo de Cristo, que “não abriu a boca” e “como um cordeiro,
foi levado ao matadouro” (Is 53.7).
Isaque era um jovem forte, saudável e
podería ter subjugado seu velho
pai pela força, não aceitando aquela empreitada sem lógica.
Podería também ter dito que seu pai fora enganado e, irado, descido a
montanha com extrema revolta. Mas Isaque obedeceu.
Ele
submeteu-se à vontade do pai. Deus não permitiu que Abraão imolasse
seu filho e proveu um cordeiro para ser oferecido em seu lugar (Gn
22.11-13). Uma figura de Cristo, oferecido em nosso lugar,
como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”
(Jo
1.29). Deus não aceita sacrifícios humanos. Em lugar do homem, Deus
mandou oferecer cordeiros, bois, aves. Deus aceitou o gesto
de Abraão como realizado em termos espirituais. “Pela fé,
ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele
que
recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em
Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus
era poderoso para até dos mortos o ressuscitar. E daí também,
em figura, ele o recobrou” (Hb 11.17-19).
Por não ter saído de seu lugar — do lugar
da espera, do lugar da
bênção, com humildade, após o episódio de Moriá —, Deus reiterou
sua promessa a Abraão. “Então, o Anjo do Se n h o r bradou a
Abraão pela segunda vez desde os céus e disse: Por mim
mesmo,
jurei, diz o Se n h o r, porquanto fizeste esta ação e não me
negaste o teu filho, o teu único, que deveras te abençoarei e grandissimamente
multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus
e como a areia que está na praia do mar; e a tua semente possuirá
a porta dos seus inimigos” (Gn 22.15-17).
5. Isaque
também Falhou
Abraão, o pai da fé, teve seu momento de
fraqueza. Quando foi morar
em Gerar, combinou com Sara para que não dissesse que era sua
esposa, mas sua irmã. Por causa disso, o rei Abimeleque mandou
buscá-la, pensando em coabitar com ela. Só não houve
uma
tragédia moral porque Deus apareceu ao rei em sonhos e disse
que, se ele tocasse em Sara, estaria morto (Gn 20.3). Anos mais
tarde, seguindo o exemplo do pai, Isaque chegou a Gerar e protagonizou
história semelhante. Com receio de que os homens do lugar
tomassem Rebeca e matassem Isaque, este aconselhou sua
esposa a dizer que ela era sua irmã.
Abimeleque, o mesmo rei que quase
adulterou com Sara, descobriu
que Isaque não falara a verdade quando o viu “brincando com
Rebeca, sua mulher” (Gn 26.8). O rei advertiu-o pelo risco que
Isaque correra de perder a sua esposa para algum homem do
lugar.
Como o rei tinha certo temor de Deus, determinou que ninguém
tocasse nela (Gn 26.7-11). Isso mostra a cada um de nós que,
se o homem de Deus não vigiar e orar, como disse Jesus (Mt
26.41), poderá cair em fraqueza moral com consequências
graves.
Isso prova que “não há homem que não peque”
(2 Cr 6.36; Ec
7.20). De fato, não há homem que nunca tenha falhado, mesmo que
seja santo ou salvo. Tal homem pode até não cometer pecado
para morte, mas comete falhas, ou “pecado que não é para morte” (1
Jo 5.16,17).
CONCLUSÃO
A história de Isaque revela o seu
caráter especial. De um lado, um
jovem abençoado, filho de um patriarca; de outro, um homem que
também sofreu reveses em sua vida, porém demons trou a
sua grandeza de fé e de amor a Deus e a seus pais. Em
momentos
cruciantes em que Deus permitiu que a sua fé fosse provada,
ele demonstrou fortaleza de espírito. No episódio do seu
oferecimento em holocausto sobre o Monte Moriá, vemos Isaque
sendo, de fato, um jovem submisso e obediente, que tinha profunda
honra e respeito a seus pais e a Deus.
A Bíblia mostra o quão importante foi
Isaque para a história do povo de
Deus. O seu nome está incluído entre os três patriarcas mais citados
no Antigo e também no Novo Testamento. O Deus de Israel é o Deus
de Abraão, de Isaque e de Jacó. Que Deus nos abençoe e que
possamos ver no caráter de Isaque exemplos positivos para o fortalecimento
da nossa fé no Deus Todo-poderoso, que pode fazer todas as
coisas e também cumprir suas promessas. Amém
O CARÁTER DO CRISTÃO
QUALIDADES E REALIZAÇÕES
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LIÇÕES DE SUA VIDA
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INFORMAÇÕES ESSENCIAIS
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Foi o primeiro descendente de Abraão, e o cumprimento da promessa que Deus havia feito.
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Paciência frequentemente traz recompensa.
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Locais: Vários lugares na parte sul da Palestina, incluído Berseba (Gn 26.23).
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Demonstrou grande paciência.
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Deus cumpre suas promessas. Ele permanece fiel, embora frequentemente nos mostremos incrédulos.
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Ocupação: Rico proprietário de gado.
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Ter favoritos é uma maneira garantida de provocar conflitos familiares.
|
Parentes: Pais, Abraão e Sara. Meio irmão: Ismael. Esposa: Rebeca. Filhos gémeos: Jacó e Esaú.
|
Isaque,
um Caráter Pacífico
2°
Trimestre de 2017
INTRODUÇÃO
I - ISAQUE, O FILHO DA PROMESSA
II - UM HOMEM ABENÇOADO POR DEUS
III - LIÇÕES DO CARÁTER DE ISAQUE
CONCLUSÃO
II - UM HOMEM ABENÇOADO POR DEUS
III - LIÇÕES DO CARÁTER DE ISAQUE
CONCLUSÃO
Olá! Preparado para mais uma lição? É importante que você faça um resumo da aula anterior antes de dar início a nova lição. Em seguida faça a seguinte indagação: “Quem foi Isaque?” Ouça os alunos com atenção é faça um pequeno resumo a respeito dele, pois o enfoque da lição está no seu caráter. Para auxiliá-lo, observe o texto abaixo:
“Já haviam se passado 24 anos desde que Abraão saíra de Ur dos Caldeus.
E, apesar da promessa que o Senhor lhe fizera quanto à posse das terras de
Canaã, o patriarca continuava sem herdeiros.
Para Deus nada é impossível. Naquele momento, o Senhor promete ao patriarca que um filho haveria de nascer-lhe do ventre amortecido de Sara. Esta, ao ouvir a boa-nova, ri-se do que Deus disse. Logo ela veria que apesar de seu riso, O Senhor cumpriria sua promessa. Ele sempre nos surpreende em nossas limitações.
Para Deus nada é impossível. Naquele momento, o Senhor promete ao patriarca que um filho haveria de nascer-lhe do ventre amortecido de Sara. Esta, ao ouvir a boa-nova, ri-se do que Deus disse. Logo ela veria que apesar de seu riso, O Senhor cumpriria sua promessa. Ele sempre nos surpreende em nossas limitações.
I. ISAQUE, O
SORRISO TÃO ESPERADO
Da promessa ao nascimento de Isaque, passou-se um ano (Gn 18.10). Para
quem já havia esperado tanto tempo, aqueles meses correram rapidamente.
1. O nascimento
do riso. No tempo apontado pelo Senhor, eis que Sara dá à luz o seu
unigênito. Na tenda do patriarca, ouve-se agora o choro do filho da promessa,
através do qual viriam heróis, reis e o próprio Cristo (Mt 1.1,2). Ao embalar o
filhinho, Sara comenta: “Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a filhos,
porque lhe dei um filho na sua velhice?” (Gn 21.7). Sara não riu quando do
anúncio de seu filho? Pois o seu filho foi chamado Isaque, que na língua
hebraica significa “riso”.
II. ISAQUE, O BEM MAIS PRECIOSO DE ABRAÃO
Em Moriá, o Senhor não somente provou a fidelidade de Abraão, como também introduziu Isaque na dimensão da fé confessada por seu pai.
1. A provação das provações. Certa noite, o Senhor ordenou a Abraão: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gn 22.2). Na manhã seguinte, ainda de madrugada, o patriarca conduziu o filho amado ao sacrifício supremo. O patriarca, todavia, tinha absoluta certeza de que retornaria do Moriá com o filho, pois aos servos ordenou claramente: “Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós” (Gn 22.5; Hb 11.17-19).
2. O encontro de Isaque com Deus. Não há dúvida de que o Senhor queria provar a fé do patriarca. Todavia, era sua intenção também levar o jovem Isaque a um encontro pessoal e fortemente experimental com o Deus de seu pai. A primeira lição que Isaque aprende é que Deus proverá todas as coisas (Gn 22.8). Por isso, sem nenhum temor, deita-se e deixa-se amarrar pelo pai ao altar do holocausto (Gn 22.9). Ele sabe que, no momento certo, o Senhor haverá de intervir, como de fato interveio. Deus tinha planos para Isaque, e mostraria ao jovem que Ele cumpre suas promessas. O Deus de Abraão seria também o Deus de Isaque.
II. ISAQUE, O BEM MAIS PRECIOSO DE ABRAÃO
Em Moriá, o Senhor não somente provou a fidelidade de Abraão, como também introduziu Isaque na dimensão da fé confessada por seu pai.
1. A provação das provações. Certa noite, o Senhor ordenou a Abraão: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gn 22.2). Na manhã seguinte, ainda de madrugada, o patriarca conduziu o filho amado ao sacrifício supremo. O patriarca, todavia, tinha absoluta certeza de que retornaria do Moriá com o filho, pois aos servos ordenou claramente: “Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós” (Gn 22.5; Hb 11.17-19).
2. O encontro de Isaque com Deus. Não há dúvida de que o Senhor queria provar a fé do patriarca. Todavia, era sua intenção também levar o jovem Isaque a um encontro pessoal e fortemente experimental com o Deus de seu pai. A primeira lição que Isaque aprende é que Deus proverá todas as coisas (Gn 22.8). Por isso, sem nenhum temor, deita-se e deixa-se amarrar pelo pai ao altar do holocausto (Gn 22.9). Ele sabe que, no momento certo, o Senhor haverá de intervir, como de fato interveio. Deus tinha planos para Isaque, e mostraria ao jovem que Ele cumpre suas promessas. O Deus de Abraão seria também o Deus de Isaque.
III. O CASAMENTO
DE ISAQUE
Se Isaque quisesse, poderia ter se casado com uma das jovens daquela terra. Entretanto, ele sabia que as cananeias eram idólatras e dadas ao pecado. Por isso, resolveu confiar no Deus que tudo provê.
1. Uma esposa para Isaque. Sabendo que Isaque era um homem espiritual e seletivo, Abraão encarregou seu mais antigo servo para buscar uma esposa na Mesopotâmia para seu filho (Gn 24.1-7). Na cidade de Naor, o mordomo orou ao Eterno: “Seja, pois, que a donzela a quem eu disser: abaixa agora o teu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos, esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque” (Gn 24.14). A moça que assim procedesse revelaria as seguintes virtudes: espiritualidade, gentileza, respeito, disposição e amor ao trabalho. Eis que aparece Rebeca, bela e formosa virgem, preenchendo todos esses requisitos.
2. O casamento de Isaque. Tendo consultado sua família e recebido o consentimento desta, Rebeca acompanha Eliezer até chegarem onde Isaque morava. O encontro de Isaque com Rebeca foi singular e romântico. Ele saíra a orar, à tarde, quando avistou a jovem na feliz comitiva. Depois de ouvir o servo do pai, ele a conduz à tenda da mãe e a toma por esposa (Gn 24.67). Assim Isaque foi consolado da perda de sua mãe, Sara.
3. Os filhos que não vinham. Rebeca também era estéril. Isaque, todavia, ao invés de arranjar um herdeiro através de um ventre escravo, como haviam feito seus pais, foi buscar a ajuda de Deus. Ele “orou insistentemente ao Senhor por sua mulher” (Gn 25.21). Isaque se casou com Rebeca quando tinha quarenta anos (Gn 25.20), e foi pai aos sessenta anos (Gn 25.26). Pela Palavra de Deus, entendemos que Isaque orou por vinte anos, até ter sua oração respondida. Ele era um homem de oração, e não se deixou abater pelo passar do tempo, pois tinha uma promessa de Deus para sua família. E Deus lhe deu dois filhos: Esaú e Jacó. Por esses relatos, observamos que Isaque estava longe de ser alguém apático e sem iniciativa. Era um homem que, através da fé, estava sempre atuando no terreno das coisas impossíveis. Ele não recuava diante das impossibilidades.
Se Isaque quisesse, poderia ter se casado com uma das jovens daquela terra. Entretanto, ele sabia que as cananeias eram idólatras e dadas ao pecado. Por isso, resolveu confiar no Deus que tudo provê.
1. Uma esposa para Isaque. Sabendo que Isaque era um homem espiritual e seletivo, Abraão encarregou seu mais antigo servo para buscar uma esposa na Mesopotâmia para seu filho (Gn 24.1-7). Na cidade de Naor, o mordomo orou ao Eterno: “Seja, pois, que a donzela a quem eu disser: abaixa agora o teu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos, esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque” (Gn 24.14). A moça que assim procedesse revelaria as seguintes virtudes: espiritualidade, gentileza, respeito, disposição e amor ao trabalho. Eis que aparece Rebeca, bela e formosa virgem, preenchendo todos esses requisitos.
2. O casamento de Isaque. Tendo consultado sua família e recebido o consentimento desta, Rebeca acompanha Eliezer até chegarem onde Isaque morava. O encontro de Isaque com Rebeca foi singular e romântico. Ele saíra a orar, à tarde, quando avistou a jovem na feliz comitiva. Depois de ouvir o servo do pai, ele a conduz à tenda da mãe e a toma por esposa (Gn 24.67). Assim Isaque foi consolado da perda de sua mãe, Sara.
3. Os filhos que não vinham. Rebeca também era estéril. Isaque, todavia, ao invés de arranjar um herdeiro através de um ventre escravo, como haviam feito seus pais, foi buscar a ajuda de Deus. Ele “orou insistentemente ao Senhor por sua mulher” (Gn 25.21). Isaque se casou com Rebeca quando tinha quarenta anos (Gn 25.20), e foi pai aos sessenta anos (Gn 25.26). Pela Palavra de Deus, entendemos que Isaque orou por vinte anos, até ter sua oração respondida. Ele era um homem de oração, e não se deixou abater pelo passar do tempo, pois tinha uma promessa de Deus para sua família. E Deus lhe deu dois filhos: Esaú e Jacó. Por esses relatos, observamos que Isaque estava longe de ser alguém apático e sem iniciativa. Era um homem que, através da fé, estava sempre atuando no terreno das coisas impossíveis. Ele não recuava diante das impossibilidades.
IV. ISAQUE, O
BENDITO DO SENHOR
Desde a sua experiência no Moriá, Isaque fez-se ousadíssimo na fé. As bênçãos sobre a sua vida multiplicaram-se de tal forma, que ele já era visto pelos reis de Canaã como um príncipe de Deus.
1. Príncipe de Deus. Embora não fosse rei, Isaque tornou-se tão grande que chegou a incomodar até mesmo o poderoso Abimeleque, rei de Gerar (Gn 26.16). Este, vendo que o patriarca já lhe era superior em bens e força, pediu-lhe uma aliança chamando-o de “bendito do Senhor” (Gn 26.29).
Naquela época, tal título equivalia a ser chamado de príncipe de Deus.
2. Profeta de Deus. O dom profético de Isaque é manifestado na bênção que impetra sobre os gêmeos. Mesmo Jacó havendo-o enganado, fingindo ser Esaú a fim de roubar a primogenitura do irmão, o patriarca não pôde anulá-la, pois suas palavras eram, na verdade, de Deus. Por isso, diante dos rogos de Esaú, foi categórico: “Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora a ti, meu filho?” (Gn 37.27). Naquele momento, Isaque profetizou não acerca de Jacó e Esaú, mas dos povos que estes representavam.
CONCLUSÃO
A história de Isaque não é uma simples biografia. É um relato de fé e de superações no campo pessoal, doméstico e nacional. Do monte Moriá, onde se encontrou pessoal e experimentalmente com Deus, até a sua morte, ele viveu como um príncipe de Deus. Portanto, não se deixe abater pelas provações. Exerça a sua fé no campo das impossibilidades” (ANDRADE, Claudionor de. Lições Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, 2015).
Desde a sua experiência no Moriá, Isaque fez-se ousadíssimo na fé. As bênçãos sobre a sua vida multiplicaram-se de tal forma, que ele já era visto pelos reis de Canaã como um príncipe de Deus.
1. Príncipe de Deus. Embora não fosse rei, Isaque tornou-se tão grande que chegou a incomodar até mesmo o poderoso Abimeleque, rei de Gerar (Gn 26.16). Este, vendo que o patriarca já lhe era superior em bens e força, pediu-lhe uma aliança chamando-o de “bendito do Senhor” (Gn 26.29).
Naquela época, tal título equivalia a ser chamado de príncipe de Deus.
2. Profeta de Deus. O dom profético de Isaque é manifestado na bênção que impetra sobre os gêmeos. Mesmo Jacó havendo-o enganado, fingindo ser Esaú a fim de roubar a primogenitura do irmão, o patriarca não pôde anulá-la, pois suas palavras eram, na verdade, de Deus. Por isso, diante dos rogos de Esaú, foi categórico: “Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora a ti, meu filho?” (Gn 37.27). Naquele momento, Isaque profetizou não acerca de Jacó e Esaú, mas dos povos que estes representavam.
CONCLUSÃO
A história de Isaque não é uma simples biografia. É um relato de fé e de superações no campo pessoal, doméstico e nacional. Do monte Moriá, onde se encontrou pessoal e experimentalmente com Deus, até a sua morte, ele viveu como um príncipe de Deus. Portanto, não se deixe abater pelas provações. Exerça a sua fé no campo das impossibilidades” (ANDRADE, Claudionor de. Lições Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, 2015).
Sugestão
didática:
Professor, reproduza no quadro as questões abaixo. Peça que os alunos
formem grupos. Em grupo eles vão responder as questões. Em seguida peça forme
um único grupo e discuta com eles as respostas.
1. O que significou o Moriá para Isaque?
2. O que fez Isaque em relação à esterilidade da esposa?
3. Em que sentido Isaque foi profeta?
2. O que fez Isaque em relação à esterilidade da esposa?
3. Em que sentido Isaque foi profeta?
Telma Bueno
Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos
Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos
📌ABRAÃO - ÊXITOS E FRACASSOS DO AMIGO DE DEUS
- 4º TRIMESTRE DE 2002 - COMENTÁRIOS DE Pr. ELIENAI CABRAL
Lição 12 - ISMAEL E ISAQUE - IRMÃOS EM CONFLITO -
22-12-02
TEXTO ÁUREO:
“Não são os filhos da carne que são filhos de DEUS, mas
os filhos da promessa são contados como descendência” (Rm 9.8).
Gl 4.22 ABRAÃO TEVE DOIS FILHOS. Paulo emprega uma ilustração para demonstrar a diferença entre o antigo e o novo concerto. Agar representa o antigo concerto, firmado no monte Sinai (v. 25); os seus filhos vivem agora sob esse concerto e nascem segundo a carne (v.23), i.e., não têm o ESPÍRITO SANTO. Sara, a outra esposa de Abraão, representa o novo concerto; os seus filhos, i.e., os crentes em CRISTO, têm o ESPÍRITO e são verdadeiros filhos de DEUS.
Gl 4.22 ABRAÃO TEVE DOIS FILHOS. Paulo emprega uma ilustração para demonstrar a diferença entre o antigo e o novo concerto. Agar representa o antigo concerto, firmado no monte Sinai (v. 25); os seus filhos vivem agora sob esse concerto e nascem segundo a carne (v.23), i.e., não têm o ESPÍRITO SANTO. Sara, a outra esposa de Abraão, representa o novo concerto; os seus filhos, i.e., os crentes em CRISTO, têm o ESPÍRITO e são verdadeiros filhos de DEUS.
Filhos da carne: significa que nasceram da
união física entre Abrão e Agar, união essa, perfeitamente passível de gerar
filhos, pois Agar era mulher jovem (Geração natural).
Filhos da promessa: São os filhos que DEUS
prometeu a Abraão que seriam gerados a partir de Sara, sua esposa, que não
podia mais ter filhos e então seria necessário um milagre ou intervenção de
DEUS para que viesse a ser gerado o filho da promessa, Isaque, de quem nasceria
Esaú e Jacó, de Jacó os doze patriarcas e daí para frente a nação de Israel e daí
o messias, JESUS CRISTO e deste os filhos de DEUS que são todos aqueles que o
aceitam como senhor e salvador.
Ponto de contato:
1- Contextualize a lição trazendo à memória de seus alunos os últimos
acontecimentos no Oriente Médio.
2- Ressalte como um conflito familiar mal resolvido pode causar
transtornos para a vida inteira, atingindo pessoas que não tomaram parte
nele.
1 Pe 1.22 Já que tendes purificado as vossas almas na obediência à
verdade, que leva ao amor fraternal não fingido, de coração [amai-vos]
ardentemente uns aos outros
3- Destaque a importância do concerto quando ferirmos alguém e,
do perdão, quando de alguma forma nos sentirmos atingidos.
Mt 6.14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso
Pai celestial vos perdoará a vós; 15 se, porém, não perdoardes aos homens,
tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.
Objetivos: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
1- Explicar a razão do permanente conflito entre os descendentes de Isaque e Ismael.
2- Justificar o motivo pelo qual Israel não é destruído: a fidelidade de DEUS a Abraão.
IV. O CONFLITO NÃO RESOLVIDO HOJE
1. A realidade desse conflito hoje.
1. A realidade desse conflito hoje.
Os descendentes de Ismael reivindicam não só o direito
de posse daquela terra que o Senhor deu aos descendentes de Isaque, mas
também a origem abraãmica de seu pai, Ismael.
História:
A Origem dos Conflitos
|
O
conflito entre árabes e judeus tem origem muito remota. Analisando a Bíblia
encontramos a história de Abraão, que obedecendo o comando de DEUS, deixou a
Mesopotâmia e estabeleceu-se em Canaã - passando assim a ser a Terra
Prometida dos judeus. Abraão teve vários filhos entre eles, Isaque e Ismael,
dos quais descendem respectivamente os judeus e os árabes. Jacó, neto de
Abraão e filho de Isaque, e os filhos deste, mudaram-se para o Egito onde
foram escravos durante 400 anos, até retornarem a Canaã. Visando recuperar a
Terra Prometida, Moisés, líder dos judeus libertou-os do escravismo do Egito
fazendo uma peregrinação de 40 anos pelo deserto, durante a qual formaram o
seu caráter de povo livre. Concretizando seu ideal, o povo judeu
estabeleceu-se às margens do Rio Jordão, na antiga Palestina, onde mais tarde
resolveram expandir suas fronteiras, durante o reinado de Salomão, que consolidou
a Monarquia Judaica.
|
O
império passou a se estender do Egito a Mesopotâmia. Em seguida, dividiu-se
em dois pequenos reinos, que logo foram dominados pelos Babilônios que
expulsaram os judeus deste território. Os Babilônios foram dominados pelos Persas,
estes pelos gregos e, estes últimos, pelos Romanos.
|
Antes
do início da disputa por Canaã, judeus e árabes viviam em harmonia, por
muitas vezes sofreram os mesmos destinos, contra inimigos comuns.
|
No
século XIX, a maioria dos judeus concentrava-se no Leste Europeu. Nesta
época, conseguiram muitas vitórias, desenvolveram idéias sionistas (de Sion,
colina da antiga Jerusalém e que deu início ao movimento para a construção de
uma nação judaica), dedicavam-se ao comércio e ao empréstimo de dinheiro a juros.
|
O
jornalista judeu Theodor Herzl, em 1896, criou o movimento sionista, cujo
objetivo era estabelecer um lar judeu na Palestina. O povo, então, deu início
à colonização do país e, em 1897, fundou a Organização Sionista Mundial.
|
Depois
da 1ª Guerra Mundial, os países europeus, de olho no petróleo e na posição
estratégica da região, passaram a dominar a área. Em 1918, a Inglaterra ficou
responsável pela Palestina. Um ano antes, o ministro das Relações Exteriores
da Grã-Bretanha, Lord Balfour, apoiou a fundação de uma pátria nacional
judaica na Palestina. Isto aconteceu ao mesmo tempo em que os ingleses haviam
prometido aos árabes a independência em troca de apoio para ajudar a expulsar
os turcos da região.
|
Com a
Revolução Industrial e o desenvolvimento das burguesias europeias, os judeus
acabaram sendo responsabilizados pelo alto índice de desemprego e pela
concorrência com as classes dominantes. Com isso, nos países em que
viviam, os judeus foram confinados a guetos, sofreram várias perseguições e
massacres. O resultado destes fatos acarretou ainda mais a migração para a
Europa Ocidental e Palestina.
|
Esta
volta para a Palestina ocorreu através da criação de Kibutz (fazendas
coletivas) e cidades; além de lançar a luta pela independência política;
neste período, começaram os choques entre judeus e árabes, que assistiam aos
judeus conquistarem significativa parte das terras boas para o cultivo, fatos
que desencadearam os conflitos entre árabes e judeus.
|
Os
judeus criaram um exército clandestino (Haganah) para proteger suas terras e,
à medida que crescia a emigração judaica para a Palestina, aumentavam os
conflitos. Durante a 2ª Guerra Mundial - em função da perseguição alemã - a
emigração judaica para a região aumentou vertiginosamente e a tensão chegou a
níveis insuportáveis: os britânicos, na época, tomaram partido dos Aliados e
os árabes, do Eixo.
|
Em
1936, quando os judeus já constituíam 34% da população na Palestina, estourou
a primeira revolta árabe. Bases e instalações inglesas foram atacadas e judeus
foram assassinados. A Inglaterra esmagou a rebelião e armou 14 mil colonos
judeus para que pudessem defender suas colônias.
|
Pouco
tempo depois, a Grã-Bretanha tentou controlar a emigração judaica para a área
e, desta vez, os judeus atacaram os ingleses. Em 1946, o quartel-general dos
britânicos foi dinamitado e 91 pessoas morreram.
|
Apesar
destes ataques, os judeus conseguiram apoio internacional devido ao
Holocausto, que exterminou mais de 6 milhões de judeus. Desde então, os
Estados Unidos passaram a pressionar a Inglaterra para liberar a imigração
judaica para a Palestina.
|
Em
1948, os ingleses deixaram a administração da região para a Organização das
Nações Unidas que, sob o comando do presidente norte-americano Harry Truman,
determinou a divisão da Palestina em duas metades. Os palestinos, que somavam
1.300.00 habitantes, ficaram com 11.500 km2 e os judeus, que eram 700.000,
ficaram com um território maior (14.500 km2), apesar de serem em número
menor.
|
Os
judeus transformaram suas terras áridas em produtivas, já que era uma
sociedade moderna e ligada ao Ocidente, aumentando ainda mais as diferenças
econômicas entre judeus e árabes, que sempre tiveram uma filosofia
fundamentalista e totalmente contrária ao Ocidente.
|
Neste
mesmo ano, o líder sionista David Bem Gurion proclamou a criação do Estado de
Israel. Os palestinos reagiram atacando Jerusalém que, segundo a ONU, deveria
ser uma área livre.
|
Desde
então, o Oriente Médio se tornou palco de conflitos entre israelenses e
palestinos. O motivo da guerra está muito além das diferenças religiosas,
passa pelo controle de fronteiras, de terras e pelo domínio de regiões
petrolíferas.
|
Hoje Israel possui aproximadamente o tamanho do
território de Sergipe no Brasil - aproximadamente 20.000 Km².
Origem dos povos:
Palestina: corresponde à Judéia e à Canaã do mundo antigo. Os romanos se referiam à Síria Palestina, que era a terra dos filisteus (philistinos). Os britânicos e a ONU foram os responsáveis por esse nome Palestina, que biblicamente não existe, pois todo esse território pertence a Israel, dado por DEUS.
Israel: em hebraico a palavra Israel significa “Vencedor de DEUS”, de isra (venceu) e el (DEUS). Em 1948, foi instituído o Medinat Israel (Estado de Israel). Lembre-se que as palavras Judeus e Hebreus são sinônimos.
Palestina: corresponde à Judéia e à Canaã do mundo antigo. Os romanos se referiam à Síria Palestina, que era a terra dos filisteus (philistinos). Os britânicos e a ONU foram os responsáveis por esse nome Palestina, que biblicamente não existe, pois todo esse território pertence a Israel, dado por DEUS.
Israel: em hebraico a palavra Israel significa “Vencedor de DEUS”, de isra (venceu) e el (DEUS). Em 1948, foi instituído o Medinat Israel (Estado de Israel). Lembre-se que as palavras Judeus e Hebreus são sinônimos.
OS HERDEIROS
O nome da legítima mulher de Abraão era Sara. Foi
dela que ele obteve tardiamente um filho, cujo nome era Isaque. Este é o filho
da promessa, o legítimo herdeiro dos vínculos sagrados existentes entre DEUS e
o seu povo Israel. O DEUS que tudo criou em seis dias e descansou no sétimo, o
proprietário deste planeta originalmente informe e vazio, o DEUS e Senhor de
todo o Universo, fez promessas sob o concerto estabelecido com Abraão,
respeitantes à possessão de um território bem demarcado. E essas promessas de
caráter eterno seriam extensivas à posteridade do patriarca Abraão. Antes de
Isaque ser concebido, Sara entendeu, porque era estéril, que o seu marido
deveria gerar um filho através de sua escrava Agar. É assim que nasce Ismael, o
primeiro filho de Abrão. Embora para ele DEUS não tivesse reservado nem
intenções nem promessas, é-lhe dada em possessão também uma área geográfica
demarcada e um destino divinamente estabelecido. Depois da morte de Sara,
Abraão volta a casar. Desta vez com Quetura. Com Quase 140 anos o velho
patriarca ainda gera desta mulher 6 filhos: Zamrã, Jocsã, Madã, Madiã, Jesboc e
Suá. Também para estes DEUS reserva um destino e um lugar na Terra. YAHWEH - o
DEUS de Abraão, Isaque e Jacó - o criador e proprietário deste planeta onde
habitamos - é quem estabelece e determina o destino dos homens e dos povos. É
Ele pois a única entidade que nos pode esclarecer na nossa pesquisa das
origens, História e futuro de todos os povos e nações. Na Sagrada Escritura é
possível encontrar todos esses planos, História e ditames divinos.
AS HERANÇAS
Desde o grande rio Egito (entenda-se Nilo) até ao grande
rio Eufrates - esta é a possessão total da semente de Abraão.
"Naquele mesmo dia, fez o Senhor um concerto com
Abraão dizendo: à tua semente, tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até
ao grande rio Eufrates;" Genesis 15.18
Isto quer dizer que todos os oito filhos que procederam
do patriarca têm direito, por mandato divino, a toda esta extensão territorial
- desde o Egito, costas do Mediterrâneo, até à Assíria, terminando a oriente
nas margens do grande rio que deságua no Golfo Pérsico. O território dos filhos
de Cam, netos de Noé - os heteus ou hititas, os amorreus, todos os cananeus nas
suas tribos, os jebuseus e filisteus - concedeu DEUS aos descendentes de
Abraão.
"E o queneu, e o queneseu, e o cadmoneu, e o
heteo, e o pereseu, e os refains, e o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o
jebuseu." Genesis 15.19-21
Existe porém uma distinção entre a promessa relativa a
Isaque e as promessas feitas em relação a Ismael e aos 6 filhos de Ketura:
"E quanto a Ismael, também te tenho ouvido; eis
aqui o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e fá-lo-ei multiplicar
grandissimamente; doze príncipes gerará, e dele farei uma grande nação. O meu
concerto porém, estabelecerei com Isaque, o qual Sara te dará, neste tempo
determinado, no ano seguinte."
"E Abraão tomou outra mulher; e o seu nome era
Ketura; e gerou-lhe Zimran, e Jocsan, e Medan, e Midian, e Jisbac, e Sua. E
Jocsan gerou Seba e Dedan: e os filhos de Dedan foram Assurim, e Letusim e
Leumim. E os filhos de Midian foram Efa, e Efer, e Henoch, e Abida, e Elda:
estes todos foram filhos de Ketura. Porém Abraão deu tudo o que tinha a Isaque;
mas aos filhos das concubinas que Abraão tinha, deu Abraão presentes, e,
vivendo ele ainda, despediu-os do seu filho Isaque, ao oriente, para a terra
oriental." Genesis 17.20-21 / 25.1-6
Pelo testemunho bíblico podemos depreender que Isaque
permaneceu no lugar em que Abraão habitava, isto é, Hebrom, a ocidente do
Jordão; enquanto que aos outros filhos foi dada ordem de se estenderem para
oriente. Até nos é possível saber qual a área territorial atribuída aos doze
filhos de Ismael: O norte da península arábica, envolvendo o deserto a oriente
do Egito até ao sul da Assíria.
"Estas, porém, são as gerações de Ismael, filho
de Abraão, que a serva de Sara, Agar, egípcia, deu a Abraão. E estes são os
nomes dos filhos de Ismael pelos seus nomes, segundo as suas gerações: o
primogênito de Ismael era Nebajoth, depois Quedar, e Abdeel, e Mibsam, e Misma,
e Duma, e Massa, Hadar, e Tema, Jetur, Nafis, e Quedma. Estes são os filhos de
Ismael, e estes são os seus nomes, pelas suas vilas e pelos seus castelos: doze
príncipes segundo as suas famílias. Estes são os anos da vida de Ismael, cento
e trinta e sete anos; e ele expirou, e morreu, e foi congregado ao seu povo. E
habitaram desde Havilá até Sur, que está em frente do Egito, indo para Assur; e
fez o seu assento diante da face de todos os seus irmãos." Genesis
25.12-18
Entretanto o juramento feito a Abraão é reiterado mais
tarde a Isaque, envolvendo o território de Gaza, onde se situam as cidades por
ele edificadas no vale do rio Gerar.
"E havia fome na terra, além da primeira fome,
que foi nos dias de Abraão: por isso, foi-se Isaque a Abimelech, rei dos
filisteus, em Gerar. E apareceu-lhe o Senhor, e disse: Não desças ao Egito;
habita na terra que eu te disser: peregrina nesta terra, e serei contigo, e te
abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas estas terras, e confirmarei
o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai, e multiplicarei a tua semente,
como as estrelas dos céus, e darei à tua semente todas estas terras; e em tua
semente serão benditas todas as nações da terra; porquanto Abraão obedeceu à
minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as
minhas leis. Assim, habitou Isaque em Gerar." Genesis 26.1-6
Assim temos, embora com algumas misturas e entrosamentos
tribais, a demarcação geográfica das possessões de Israelitas, Ismaelitas e
árabes, com o respectivo povoamento das diversas regiões. Em linhas gerais
temos: no norte da Palestina, a ocidente do Jordão, acompanhando todo o litoral
do Mediterrâneo, a nação de Israel, neto de Abraão, filho de Isaque. A sul,
desde o Nilo até ao Golfo Pérsico, também corretamente chamado Golfo Arábico,
estende-se o território concedido aos Ismaelitas. Toda a península arábica, desde
Sabá (o atual Iêmen) ao sul, até Madiã, ao norte, na parte oriental do Sinai,
pertence por direito aos árabes, isto é, aos descendentes de Abraão e Quetura.
A CADA UM O SEU DIREITO
A expansão do povo ismaelita e árabe e a fusão
destes com os persas, vindos do sul da Rússia - os indo-europeus -sem
contar com a mistura entre islamitas e judeus, derivada dos colonialismos e
hegemonias europeias no Médio-Oriente, faz com que hoje se confundam árabes com
ismaelitas, e que se perca a noção dos direitos de cada um destes povos,
nomeadamente dos israelitas. Se nos munirmos de um mapa poderemos perceber
melhor a distribuição geográfica de cada um deles e os seus direitos
territoriais. Se houvesse entre eles um verdadeiro sentido de fraternidade,
todos os conflitos entre árabes e judeus se resolveriam e estes povos poderiam
viver como no paraíso. Se cada um respeitasse o direito dos outros, poderiam
viver como uma família, em paz e prosperidade. Mas não é isso que acontece.
Hoje, palestinianos reclamam os seus direitos à terra e à autonomia. Os
israelitas endurecem em intransigência. As facções árabes - shiitas e sunitas -
combatem-se, lutam entre si, fazem e desfazem alianças. O Líbano, devastado
pela guerra mais fratricida de que há memória, é o campo de batalha entre
Israel e o mundo árabe e das facções árabes que se degladiam entre si.
Se Abraão voltasse à vida, veria com tristeza os seus
filhos a aniquilarem-se entre si, inspirados por um ódio demoníaco e
irracional. Com a proclamação do Estado de Israel a 15 de Maio de 1948
reacendem-se lutas antigas e estabelecem-se oficialmente inimizades que se vão
a pouco e pouco avolumando, ao ponto de hoje depararmos com um conflito
generalizado naquela região. A disputa de fronteiras que já vem desde 1967 tem
mantido judeus e palestinianos num estado constante de guerra entremeado por
negociações violentas. O Iraque não é mais do que, juntamente com a Síria, o
remanescente do antigo império Assírio. Damasco é hoje ainda a capital desse
antigo e florescente reino. É aí mesmo que podemos situar o reduto dos
principais inimigos de Israel; e é daí também que saem as ameaças abertas ou
veladas contra o povo escolhido de DEUS.
Enquanto esta mentalidade nacionalista megalômana
perdurar, será difícil os filho de Abraão estabelecerem laços duradouros de paz
e fraternidade. A intenção de DEUS em relação a todos eles é só uma - a de que
vivam como irmãos, em tranquilidade, harmonia e segurança - uma benção no meio
da Terra. Será isto possível ? Manuel José dos Santos
2. A contenção do conflito.
Por causa do pecado dos filhos de Israel, a dispersão do
povo foi inevitável. (Os 3.4,5; Ez 37.1-28).
Ez 37.1-14 A MÃO DO SENHOR... OSSOS. Por meio do ESPÍRITO
SANTO, Ezequiel vê numa visão um vale cheio de ossos secos. Os ossos
representam toda a casa de Israel (v. 11), i.e., tanto Israel como Judá, no
exílio, cuja esperança pereceu na dispersão entre os pagãos. DEUS mandou
Ezequiel profetizar para os ossos (vv. 4-6). Os ossos, então, reviveram em duas
etapas:
(1) uma restauração nacional, ligada à terra (vv. 7,8),
e
(2) uma restauração espiritual, ligada a fé (vv. 9,10).
Esta visão objetivou garantir aos exilados a sua restauração pelo poder de DEUS
e o restabelecimento como nação na terra prometida, apesar das circunstâncias
críticas de então (vv. 11-14). Não há menção da duração do tempo entre essas
duas etapas. (Não sabemos quando vai se iniciar o milênio antes de
experimentarmos o arrebatamento da Igreja e da Grande tribulação vir sobre os
habitantes da terra)
3. Disputa de primazia entre irmãos.
3. Disputa de primazia entre irmãos.
O filho da promessa, de quem descende JESUS CRISTO, o
Salvador do mundo, é o que foi gerado por Sara, não por Agar. (Jo
3.6).
Fiel cumprimento de uma Aliança ratificada por DEUS com
Abraão e sua descendência até que viesse o seu descendente, que é CRISTO.
Gl 3.16 Ora, a Abraão e a seu [descendente] foram feitas
as promessas; não diz: E a seus [descendente]s, como falando de muitos, mas
como de um só: E a teu [descendente], que é CRISTO.
Gl 3.19 Logo, para que é a lei? Foi acrescentada por
causa das transgressões, até que viesse o [descendente] a quem a promessa tinha
sido feita; e foi ordenada por meio de anjos, pela mão de um mediador.
CONCLUSÃO
A grande lição que aprendemos é que em CRISTO não há acepção de pessoas, de raça, de língua ou cor, mas todos são um só em CRISTO JESUS.
A grande lição que aprendemos é que em CRISTO não há acepção de pessoas, de raça, de língua ou cor, mas todos são um só em CRISTO JESUS.
Auxílios Suplementares:
Subsídio Teológico - “Originalmente, os ismaelitas eram
uma tribo de beduínos que vagueavam pelo deserto, incluindo a parte sul da
Palestina (Gn 25.18). Eles estavam ligados aos hagarenos (Sl 83.6) e tinham
conexões raciais com eles. Os críticos supõem que esses povos tiraram vantagem
da história à nossa frente para assim obterem uma alegada descendência de
Abraão. Mas não há motivos para duvidar da veracidade do relato. Maomé dizia-se
descendente direto de Ismael, mas não sabemos a qualidade de suas informações
quanto a esse particular. Por outra parte, ele era seu filho espiritual, pois,
de maneira enfática, encabeçou a oposição a Israel, mediante sua nova religião.
Mas em algum ponto do futuro há uma unidade a ser conseguida (Ef 1.9,10) apesar
de tudo ainda estar distante. Nesse ínterim, os homens continuam a dividir-se
em campos opostos e conflitantes. Não existe ódio que se compare ao ódio
religioso, pelo que, onde houver fé religiosa, ali os conflitos mostram-se mais
amargos. E os homens sempre acusam DEUS por causa do ódio em seu coração. Se
alguém falar em amor, será questionada, pelos radicais, a qualidade da fé desse
alguém. Matanças e revides ocorrem em nome de DEUS, e os discípulos dos grandes
matadores vêem tudo com olhar de aprovação.” (O Antigo Testamento Interpretado,
CPAD, vol.1, pág.124) Leia mais na Revista Ensinador Cristão, CPAD, nº 12, pág.
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Sara, a princesa, a mãe das nações
“Disse DEUS a Abraão: Quanto a Sarai, tua mulher, não lhe
chamarás mais Sarai, porém Sara será seu nome.Abençoá-la-ei, e também dela te
darei um filho; sim, abençoá-la-ei, e ela será mãe de nações; reis de povos
sairão dela.” (Gn 17:15-16)
Sarai surge na Bíblia pela vez primeira, em
Gênesis.11:29, como esposa de Abraão. “Sarai” significa, em hebraico, “Yahweh é
príncipe“, A cidade natal de Sarai era Ur dos caldeus (Gn 11:31). Acompanhou
Abraão em sua peregrinação.
Sarai tinha um grande problema. A Bíblia cita que ela era
estéril e não dera filhos a Abraão (Gn.11:30). Aquela circunstância na vida de
Sarai era um grave problema. Naquela época a esterilidade era associada a uma
maldição divina. A principal função da mulher, na sociedade patriarcal da
antiguidade, era a de gerar filhos e uma mulher estéril era considerada inútil
(Dt.7:14). Apesar disso, Abraão não a desamparou, demonstrando que a amava. O
plano de DEUS era formar uma grande nação por meio de Abraão e a participação
de Sarai, como esposa, era de muita importância para que isso acontecesse.
Quando Abraão partiu de Harã para cumprir a ordem de
DEUS, Sarai o acompanhou mesmo não sabendo para onde rumava. Demonstrou
submissão e confiança em seu marido. Foi a primeira pessoa que decidiu
acompanhar Abraão (Gn 12:5). Sarai era uma mulher de fé (Hb 11;11) e partiu com
seu marido sem questionar ou pedir explicações.
Depois de estarem estabelecidos em Canaã, surgiu um
período de seca que causou fome e foram para o Egito. Mais uma vez Sarai
demonstrou sua submissão e confiança em seu marido, quando este pediu-lhe para
passar por sua irmã com vista de proteger sua vida (Gn 12:13). Sarai consentiu
e isso despertou a cobiça dos príncipes do Faraó, pois apesar dos seus sessenta
e cinco anos de idade, Sarai era mui formosa (Gn 12:14). Então, Sarai foi
levada para a casa do Faraó, porém DEUS a guardou impedindo que o seu casamento
e sua moral fossem maculados. O Faraó descobriu a meia-mentira e expulsou
Abraão, sua mulher e todos que o acompanhavam (Gn.12:17-20)
Passados dez anos que estavam em Canaã e Sarai vendo que
não gerava filhos a Abraão, decidiu usar do direito que tinha, segundo o
costume da época. Deu a Abraão sua escrava Agar para que gerasse com ela um
filho (Gn 16:1-3). Este deve ter sido o maior erro de Sarai. A escrava desprezou-a
e Sarai a puniu fazendo com que fugisse. Dá união entre Abraão e Agar nasceu
Ismael (Gn 16:11) que veio a ser o pai dos árabes.
Sarai foi tomada pelo desânimo. Cansara-se de esperar o
milagre de DEUS e, por conta própria tomou a decisão. Isso lhe causou um grande
embaraço. Mas DEUS cumpre o que promete. Em Gn 17:15, DEUS se revelou, renovou
Sua promessa de um herdeiro para Abraão, mudou o nome de Sarai para Sara, que
significa “princesa” e a abençoou com a promessa de um filho de seu ventre.
Sara seria a mãe de nações (Gn 17:15-16)
O próprio Abraão não creu de imediato na mensagem divina
e riu (Gn17:17). Sara já tinha noventa anos e havia cessado o incômodo das
mulheres e achou engraçada a promessa (Gn 17:10-12). Mas para DEUS nada é
impossível. Sara não acreditou na mensagem divina, porque em vez de pôr a fé em
ação, pensou nas condições humanas e materiais para o cumprimento da promessa.
“Haveria alguma coisa difícil ao Senhor”, perguntou o ser celestial a Sara.
Sara quis negar que tivesse sido incrédula e, por isso,
mentiu, dizendo que não havia rido. Foi, uma vez mais, repreendida pelo ser
celeste. O Senhor visitou a Sara e ela concebeu, dando à luz a Isaque, que
significa “riso”, no tempo determinado que DEUS lhe havia dito (Gn.21:1-3). A
Bíblia revela que Sara pôde conceber porque teve por fiel aquele que havia
feito a promessa (Hb.11:11).
O próprio Abraão não creu de imediato na mensagem divina
e riu (Gn17:17).
Mais uma vez Sara foi conivente com Abraão dizendo que
era sua irmã. Passou por momentos desagradáveis quando foi tomada por
Abimeleque, rei de Gerar (Gn 20:1-2), que descobriu a mentira que tentou ser
justificada pelo patriarca (Gn 20:11-13). Novamente DEUS impediu que Abimeleque
possuísse Sara (Gn 20:3-7). Abraão, ainda, intercedeu por Abimeleque e seu povo
e o Senhor sarou àquela nação, cuja madre tinha sido fechada por causa de Sara
(Gn 20:18)
Sara concebeu e deu a Abraão um filho na sua velhice,
conforme DEUS prometeu (Gn 21:1-2). Outras dificuldades surgiram. Isaque, filho
de Sara, no dia de seu desmame, foi zombado por seu meio-irmão Ismael (Gn
21:9). Sara percebeu que a situação não era conveniente e pediu a Abraão que
mandasse embora Agar e seu filho, porque Ismael não deveria compartilhar da
herança com Isaque (Gn 21:10). A reação de Abraão foi de tristeza, mas o Senhor
DEUS confirmou a vontade de Sara (Gn 21:12-13).
Após a despedida de Agar e seu filho, Sara desempenhou o
seu papel de “mãe de nações” e por trinta e sete anos conviveu com Isaque. Aos
cento e vinte sete anos de idade, Sara morreu (Gn 23:1)
Sara, mulher de formosa aparência, leal, correta, rica e
simples, submissa a DEUS e a seu marido, decidida e fiel. Sara era uma mulher
obediente e esta obediência causou-lhe, em certas ocasiões, momentos de
sofrimento e desesperança, mas por causa de sua grande fé o Senhor a protegeu.
Cumpriu a missão dada pelo Senhor e se tornou a mulher que deu à luz ao povo
escolhido de DEUS (Is 51:2)
FONTE: APazdosenhor.org
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