quinta-feira, 20 de abril de 2017

lição 4: Isaque, um Caráter Pacífico


Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Data da aula: 23 de Abril de 2017
Trimestre: 2° de 2017
Texto Áureo
"E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele." (Gn 17.19)


Verdade Prática

Isaque, segundo filho de Abraão, deixou um exemplo de humildade e submissão a Deus e a seus pais.

                                    
                                        Capítulo 4

                       ISAQUE:
           UM CARÁTER PACÍFICO

Já sabemos que o caráter de um homem é demonstrado
      pelas suas atitudes, pelo seu testemunho, pela suas ações e práticas.  Isaque é um personagem da Bíblia que tem grande significado para a história do povo de Israel. Seu nome foi dado por Deus antes mesmo do seu nascimento, conforme mostra Gênesis 17.19. O significado de seu nome é interessante: quer dizer “aquele que ri” ou “ele ri”, em alusão à reação de seu pai e de sua mãe quando o anjo anunciou seu nascimento, sendo
os pais já de idade avançadíssima.
        A história de Isaque mostra que ele deve ter nascido em Gerar, quando Abraão e Sara, seus pais, estavam extremamente idosos — seu pai, com 100 anos, e sua mãe, com 90 anos. Seu nascimento foi um milagre, algo que jamais poderia ser admi­tido pelas leis da natureza e da reprodução humana. Depois decerta idade, a mulher entra na menopausa e deixa de ser fértil. No caso de Abraão e Sara, a situação era ainda mais complexa
porque Abraão, além da idade, estava totalmente desprovido de condição biológica, orgânica ou genética para procriar, e Sara, sua esposa, era estéril, ou seja, não podia ter filhos. Apesar de tudo, o Deus de Abraão é o Deus da Providência; Ele é oni­potente, onisciente e onipresente. Para Ele, nada é impossível, conforme Lucas  1.37.
      Contrariando toda lógica, contrariando toda expectativa do ponto de vista humano, Deus cumpriu suas promessas feitas a seus servos anos antes, dizendo que ele — Abraão — seria pai de uma grande nação e que sua esposa seria “mãe das nações”. Passaram-se
os anos, mas Deus vela pela sua palavra e cumpriu o que prometera. Numa bela noite ou num belo dia, na tenda de Abraão, ouviu-se um choro forte, indicando que um bebê acabara de nascer, de vir à luz. O pequenino Isaque chorou, anunciando que o Deus de Abraão é um Deus onipotente, um Deus fiel que cumpre as suas promessas.
     Esse personagem extraordinário foi o segundo filho de Abraão e o único de Sara. O primeiro filho de Abrão (nome anterior de Abraão) foi Ismael, filho de uma falta de fé e firmeza tanto da parte de Abrão como da de Sarai (nome anterior de Sara), sua esposa, que fez um arranjo que não fora aprovado por Deus. Ela ofereceu a seu marido uma serva, uma jovem que trabalhava na sua casa, chamada Agar. Da­quela relação não aprovada por Deus, nasceu Ismael. Quando Isaque nasceu, Ismael deveria estar com mais ou menos 16 ou 17 anos. Deus abençoou Ismael e a sua mãe pelo fato de ser filho do patriarca Abraão.
      Durante a sua história, vários episódios ocorreram, mostrando o valor do caráter de Isaque. Quando ele era um jovem, talvez com seus 17 ou 18 anos, Deus ordena a Abraão sacrificar seu filho no monte que ele havería de mostrar. Abraão levou seu filho para sacrifício, colocou-o sobre o altar. Isaque, jovem, mais forte que seu pai, não reagiu, mostrando ser obediente e submisso a Deus e a seu pai. Esse é um dos aspectos marcantes do caráter de Isaque. Deus não permitiu que o rapaz fosse morto e proveu um cordeiro para morrer em seu lugar, numa tipologia de Cristo, que foi sacrificado em nosso lugar.
Que o caráter de Isaque nos inspire a servir ao Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó.


                    I  - ISAQUE - O FILHO DA
                                 PROMESSA

1.  Promessa de Deus a Abrão

           Para entender o caráter de Isaque, é importante conhecer a sua história, que moldou sua personalidade e forjou o seu caráter. A história de Isaque ocupa nada mais nada menos que nove capítulos do livro de Gênesis. Foi filho de Abraão e Sara e, pela lógica humana, seu nascimento era absolutamente impossível. Na concepção dos homens, o “filho da promessa” teria nascido “fora de tempo”. Quando Deus chamou Abrão para sair de sua terra e ir para uma terra estranha, fez-lhe promessas gloriosas. Uma delas era que ele seria “uma grande nação”  (Gn 12.2). Ele creu em Deus e saiu de Harã com a idade de 75 anos, em companhia de sua mulher, que era estéril, para habitar em Canaã. Por esses dois fatos — Abrão ser idoso, e sua esposa, estéril — já parecia impossível o casal ter um filho, quanto mais serem pais de uma grande nação.
         1)  Deus vela por suas promessas. Passaram-se dez anos desde que Abrão saíra de Harã. Já com 85 anos, e sua esposa com 75, Deus apareceu novamente a ele e animou-o, dizendo que sua promessa estava de pé. “Depois destas coisas veio a palavra do Se n h o r a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão”  (Gn 15.1). E o Senhor mandou Abrão contar as estrelas do céu, mostrando que assim seria sua numerosa descendência (v. 5).
       2) O abalo na fé do casal. Mesmo sendo chamado de “O pai da fé”, Abrão ouviu a sua esposa quando ela sugeriu que ele tivesse um filho com a serva Agar. Ele poderia ter recusado com base nas promessas de Deus, mas preferiu ceder à falta de fé da
esposa. Da união de Abrão com Agar, nasceu Ismael, um filhoque, ao invés de ser motivo de alegria, acabou sendo motivo de discórdia e tristeza (Gn 16.1-6). A serva egípcia teve que fugir, mas, por misericórdia, Deus amparou-a e fez promessas a Ismael, por ele ser filho de Abrão (Gn 16.6-12; 21.14-18).
       3) A intervenção de Deus na vida dos pais. Quando Abrão tinha 99 anos, Deus mudou o nome de Abrão (“Pai da altura” ou “Pai exaltado”) para Abraão  (“Pai de uma multidão”), dizendo que ele seria “pai da multidão de nações” (Gn 17.5). Fato impres­
sionante este! Quando parecia ser o fim da vida de Abrão, Deus mostrou que era Fiel em suas promessas. Na visão dos hebreus, o nome de uma pessoa está associado ao seu caráter. Deus não usaria “um pai exaltado” para cumprir sua vontade, mas, sim, um
homem que seria pai de multidões inumeráveis como as estrelas do céu. Na missão dada por Deus a um homem, a esposa está incluída. E Deus mudou o nome de Sarai para Sara  (ambos os nomes significam “princesa”1), indicando o papel relevante que ela teria ao lado de Abraão. Deus incluiu-a na promessa a Abraão, dizendo:  “Disse Deus mais a Abraão: a Sarai, tua mulher, não chamarás mais pelo nome de Sarai, mas Sara será o seu nome. Porque eu a hei de abençoar e te hei de dar a ti dela um filho; e a abençoarei, e será mãe das nações; reis de povos sairão dela” (Gn 17.15-16).

2.  Seu Nascimento - Um Verdadeiro Milagre
         Ao anunciar que Sara seria “mãe das nações”, Abraão riu apenas no coração, considerando algo muito difícil um homem de  100 anos ser pai e uma mulher de 90 anos ser mãe!  Deus sabia dos pensamentos de Abraão, fazendo-o saber que Ele é Fiel. “E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois
dele”  (Gn 17.19). Seu nome significa “riso” ou “aquele que ri”. Sua mãe, ao saber que teria um filho aos 90 anos  (Gn 18.9,10), também não se conteve e, a exemplo de Abraão, também ficou rindo no seu interior (Gn 18.12).
       Quando Deus indagou por que ela rira diante da promessa, ela negou, dizendo que não havia rido. Mas Deus tudo vê, até mesmo os pensamentos e as intenções do coração. O Senhor repreendeu-lha, dizendo: “Não digas isso, porque te riste”  (Gn 18.15). Tal fato
mostra-nos que nada está oculto aos olhos de Deus. Ele vê as obras, as ações, as atitudes e também vê os pensamentos. Séculos depois, Davi, extasiado, exclamou: “ Se n h o r, tu me sondaste e me conheces. Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos” (Sl 139.1-3).

            II  - UM HOMEM ABENÇOADO POR
                                      DEUS

1. A Prosperidade Espiritual
      Depois da morte de seu pai, já casado com Rebeca e pai de Esaú e Jacó  (Gn 25.19-23), Isaque foi buscar abrigo em Gerar, na terra dos filisteus, para escapar da fome que ocorrera onde ele morava. Ali, Deus falou a ele para não descer ao Egito: “Peregrina
nesta terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas estas terras e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai. E multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e darei à tua semente todas estas terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis. Assim, habitou Isaque em Gerar” (Gn 26.3-6). A bênção de Abraão foi transfe­rida para Isaque, não pela hereditariedade em si, mas, sim, pela sua fidelidade a Deus. Seu caráter, demonstrado em sua conduta, agradou a Deus, e ele prosperou espiritualmente.

2. A Prosperidade Material
      “E semeou Isaque naquela mesma terra e colheu, naquele mesmo ano, cem medidas, porque o Se n h o r o abençoava”  (Gn 26.12). Este é o segredo da vida de Isaque:  ele era abençoado por Deus. O Senhor dá bênçãos espirituais e materiais quando o homem obedece à sua voz. A produção dos seus campos deu a ele cem por cento de colheita: “E engrandeceu-se o varão e ia-se engrandecendo, até que se tornou mui grande; e tinha possessão de ovelhas, e possessão de vacas, e muita gente de serviço, de maneira que os filisteus o invejavam” (Gn 26.13,14). E preciso entender que a prosperidade material não é o objetivo da vida cristã, como propalam os adeptos da falsa “teologia da prosperidade”. Pode ser um meio concedido por Deus para atender seus propósitos divinos. E é também resultado da bênção de Deus sobre o crente fiel — que contribui com sua obra dizimando e ofertando — que Deus promete abrir “as janelas do céu” e derramar grande abundância, além de repreender “o devorador” e fazer as nações perceberem que seu povo é bem-aventurado (Ml 3.10-12).

             III  - LIÇÕES DO CARÁTER DE
                             ISAQUE

1. Um Homem Esforçado e Trabalhador
      A prosperidade que Deus concedeu a Isaque chamou a atenção dos filisteus. A prosperidade dele não caiu do céu automaticamen­te. Ele trabalhava diuturnamente para alcançar seus objetivos. Os filisteus, cheios de maldade e inveja, entulharam todos os poços que Abraão tinha cavado  (Gn 26.15). Além da inveja maligna que os filisteus tinham de Isaque, eles resolveram agir de modo ilegal e violento: taparam todos os poços que Abraão construíra. A situação de Isaque incomodou tanto que o rei Abimeleque, rei
de Gerar, aconselhou Isaque a retirar-se dali (Gn 26.16). A bênção de Deus era tão grande que incomodava os filisteus. Isso também acontece ainda hoje. Há pessoas a quem Deus abençoa e os ad­versários ficam com inveja, desejando o mal aos servos de Deus.
A maldição, porém, não alcança os que são fiéis a Deus. O livro de Números registra que Balaão foi convocado para amaldiçoar os filhos de Israel, mas não conseguiu: “Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa?” (Nm 23.8a). “[...]  Deus converteu a maldição em bênção” (Ne 13.2b). A Bíblia diz que “A bênção do Se n h o r é que enriquece, e ele não acrescenta dores” (Pv 10.22).

2. O Caráter Pacífico de Isaque
      Isaque não fez questão alguma quando sofreu terrível oposição dos invejosos e foi aconselhado a sair do lugar onde prosperara. Ele foi habitar “no vale de Gerar” (Gn 26.17). Honrando o nome e a memória do seu pai, Isaque reabriu os poços que seu pai abrira e que foram tapados pelos filisteus e chamou os poços com os mesmos nomes dados por Abraão  (Gn 26.18). Nas escavações, “cavaram, pois, os servos de Isaque naquele vale e acharam ali um poço de águas vivas. E os pastores de Gerar porfiaram com
os pastores de Isaque, dizendo: Esta água é nossa. Por isso, cha­mou o nome daquele poço Eseque, porque contenderam com ele”  (Gn 26.19,20). Aquele era Eseque, o “poço da contenda”. Aqueles filisteus eram marcados pelo sentimento da inveja, mas Isaque não contendeu com os pastores. Ele evitou a contenda, a briga e a dissensão e mandou seus servos cavarem outro poço noutro lugar. Os filisteus mais uma vez porfiaram e reivindicaram direitos. E chamou o poço de Sitna, “o poço da inimizade” (Gn 26.21). Que exemplo extraordinário para os muitos pastores que tanto brigam por campos e posições e que escandalizam a igreja e o Nome do Senhor!


3.  Um Caráter Resiliente
       Isaque, com seu caráter pacífico, sempre evitava a contenda ou a inimizade. Após perder a posse de dois poços, Isaque não desistiu. Mais do que resistente, ele foi resiliente, pois soube enfrentar as oposições sem exasperar-se. Ele soube praticar a longanimidade (Gl 5.22) e continuou mandando abrir poços. “E partiu dali e cavou outro poço; e não porfiaram sobre ele. Por isso, chamou o seu nome Reobote e disse: Porque agora nos alargou o Se n h o r, e crescemos nesta terra” (Gn 26.22, 23). Reobote era o “poço do alargamento” concedido por Deus. Livre da contenda, Isaque “subiu dali a Berseba,” (v. 23). Ali, Isaque e Abimeleque, rei de Gerar, fizeram um juramento de que seriam amistosos um com o outro. Daí, o motivo de Berseba significar “juramento” ou “poço do juramento”.
        Em meio a essas experiências, “apareceu-lhe o Se n h o r naque­la mesma noite e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente por amor de Abraão, meu servo” (Gn 26.24). Deus é
fiel em suas promessas. Mesmo após a morte de Abraão, o Senhor não deixou de cumprir suas promessas, reiterando-as a seu filho Isaque, que, por sua vez, não fraquejava em sua fé em Deus. Mes­mo sendo hostilizado e perseguido injustamente, ele continuava
na busca de seus objetivos, cavando poços até conseguir o que queria: obter água num lugar para habitar em paz. Seus servos, então, deram a ele a boa notícia de que tinham encontrado água em Seba, que passou a ser chamada de Berseba (Gn 26.32,33).

4 Obediência e Submissão
      Certamente, esses são os aspectos mais marcantes do cará­ter de Isaque. Ele soube honrar seu pai e sua mãe, como manda o Senhor (Ex 20.12). A prova mais eloquente desse caráter foi demonstrada quando, tempos depois, Deus falou com Abraão e
ordenou que ele oferecesse o seu filho como sacrifício: “Toma agora o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi”  (Gn 22.2). Logo cedo, Abraão chamou Isaque
para acompanhá-lo e também oferecer um sacrifício a Deus. Chegando ao local indicado por Deus, Abraão deixou os servos com os animais, chamou Isaque, pôs a lenha sobre ele, tomou o cutelo e a lenha e subiram a montanha.
      Com inocência e mansidão, Isaque falou a seu pai, dizendo: “Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto,
meu filho. Assim, caminharam ambos juntos” (Gn 22.7,8). Não sabia Isaque que seria ele a vítima posta sobre o altar para ser sacrificada. Ele não entendeu a resposta do pai, até que, depois de pronto o altar, seu pai ordenou que ele subisse sobre a lenha e, depois disso, amarrou-o para ser imolado. O filho de Abraão foi como um tipo de Cristo, que “não abriu a boca” e “como um cordeiro, foi levado ao matadouro” (Is 53.7).
      Isaque era um jovem forte, saudável e podería ter subjugado seu velho pai pela força, não aceitando aquela empreitada sem lógica. Podería também ter dito que seu pai fora enganado e, irado, descido a montanha com extrema revolta. Mas Isaque obedeceu.
Ele submeteu-se à vontade do pai. Deus não permitiu que Abraão imolasse seu filho e proveu um cordeiro para ser oferecido em seu lugar (Gn 22.11-13). Uma figura de Cristo, oferecido em nosso lugar, como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”
(Jo 1.29). Deus não aceita sacrifícios humanos. Em lugar do homem, Deus mandou oferecer cordeiros, bois, aves. Deus aceitou o gesto de Abraão como realizado em termos espirituais. “Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele
que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar. E daí também, em figura, ele o recobrou” (Hb 11.17-19).
      Por não ter saído de seu lugar — do lugar da espera, do lugar da bênção, com humildade, após o episódio de Moriá —, Deus reiterou sua promessa a Abraão. “Então, o Anjo do Se n h o r bra­dou a Abraão pela segunda vez desde os céus e disse: Por mim
mesmo, jurei, diz o Se n h o r, porquanto fizeste esta ação e não me negaste o teu filho, o teu único, que deveras te abençoarei e grandissimamente multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e como a areia que está na praia do mar; e a tua semente possuirá a porta dos seus inimigos” (Gn 22.15-17).

5. Isaque também Falhou
      Abraão, o pai da fé, teve seu momento de fraqueza. Quando foi morar em Gerar, combinou com Sara para que não dissesse que era sua esposa, mas sua irmã. Por causa disso, o rei Abimeleque mandou buscá-la, pensando em coabitar com ela. Só não houve
uma tragédia moral porque Deus apareceu ao rei em sonhos e disse que, se ele tocasse em Sara, estaria morto (Gn 20.3). Anos mais tarde, seguindo o exemplo do pai, Isaque chegou a Gerar e protagonizou história semelhante. Com receio de que os homens do lugar tomassem Rebeca e matassem Isaque, este aconselhou sua esposa a dizer que ela era sua irmã.
       Abimeleque, o mesmo rei que quase adulterou com Sara, des­cobriu que Isaque não falara a verdade quando o viu “brincando com Rebeca, sua mulher” (Gn 26.8). O rei advertiu-o pelo risco que Isaque correra de perder a sua esposa para algum homem do
lugar. Como o rei tinha certo temor de Deus, determinou que ninguém tocasse nela (Gn 26.7-11). Isso mostra a cada um de nós que, se o homem de Deus não vigiar e orar, como disse Jesus (Mt 26.41), poderá cair em fraqueza moral com consequências
graves. Isso prova que “não há homem que não peque”  (2 Cr 6.36; Ec 7.20). De fato, não há homem que nunca tenha falhado, mesmo que seja santo ou salvo. Tal homem pode até não cometer pecado para morte, mas comete falhas, ou “pecado que não é para morte” (1 Jo 5.16,17).

 CONCLUSÃO
       A história de Isaque revela o seu caráter especial. De um lado, um jovem abençoado, filho de um patriarca; de outro, um homem que também sofreu reveses em sua vida, porém demons­ trou a sua grandeza de fé e de amor a Deus e a seus pais. Em
momentos cruciantes em que Deus permitiu que a sua fé fosse provada, ele demonstrou fortaleza de espírito. No episódio do seu oferecimento em holocausto sobre o Monte Moriá, vemos Isaque sendo, de fato, um jovem submisso e obediente, que tinha profunda honra e respeito a seus pais e a Deus.
      A Bíblia mostra o quão importante foi Isaque para a história do povo de Deus. O seu nome está incluído entre os três patriarcas mais citados no Antigo e também no Novo Testamento. O Deus de Israel é o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Que Deus nos abençoe e que possamos ver no caráter de Isaque exemplos positivos para o fortalecimento da nossa fé no Deus Todo-poderoso, que pode fazer todas as coisas e também cumprir suas promessas. Amém

O CARÁTER DO CRISTÃO
QUALIDADES E REALIZAÇÕES

LIÇÕES DE SUA VIDA

INFORMAÇÕES ESSENCIAIS

Foi o primeiro des­cendente de Abraão, e o cumprimento da promessa que Deus havia feito.

Paciência frequentemente traz recompensa.

Locais: Vários luga­res na parte sul da Palestina, incluído Berseba (Gn 26.23).

Demonstrou grande paciência.

Deus cumpre suas promessas. Ele permanece fiel, embora frequentemente nos mostre­mos incrédulos.

Ocupação: Rico pro­prietário de gado.



Ter favoritos é uma maneira garantida de provocar confli­tos familiares.

Parentes: Pais, Abraão e Sara. Meio irmão: Ismael. Espo­sa: Rebeca. Filhos gémeos: Jacó e Esaú.



📙📘✏

Isaque, um Caráter Pacífico
2° Trimestre de 2017

INTRODUÇÃO
I - ISAQUE, O FILHO DA PROMESSA
II - UM HOMEM ABENÇOADO POR DEUS
III - LIÇÕES DO CARÁTER DE ISAQUE

CONCLUSÃO 

Olá! Preparado para mais uma lição? É importante que você faça um resumo da aula anterior antes de dar início a nova lição. Em seguida faça a seguinte indagação: “Quem foi Isaque?” Ouça os alunos com atenção é faça um pequeno resumo a respeito dele, pois o enfoque da lição está no seu caráter. Para auxiliá-lo, observe o texto abaixo:
“Já haviam se passado 24 anos desde que Abraão saíra de Ur dos Caldeus. E, apesar da promessa que o Senhor lhe fizera quanto à posse das terras de Canaã, o patriarca continuava sem herdeiros.
Para Deus nada é impossível. Naquele momento, o Senhor promete ao patriarca que um filho haveria de nascer-lhe do ventre amortecido de Sara. Esta, ao ouvir a boa-nova, ri-se do que Deus disse. Logo ela veria que apesar de seu riso, O Senhor cumpriria sua promessa. Ele sempre nos surpreende em nossas limitações.
I. ISAQUE, O SORRISO TÃO ESPERADO
Da promessa ao nascimento de Isaque, passou-se um ano (Gn 18.10). Para quem já havia esperado tanto tempo, aqueles meses correram rapidamente.
1. O nascimento do riso. No tempo apontado pelo Senhor, eis que Sara dá à luz o seu unigênito. Na tenda do patriarca, ouve-se agora o choro do filho da promessa, através do qual viriam heróis, reis e o próprio Cristo (Mt 1.1,2). Ao embalar o filhinho, Sara comenta: “Quem diria a Abraão que Sara daria de mamar a filhos, porque lhe dei um filho na sua velhice?” (Gn 21.7). Sara não riu quando do anúncio de seu filho? Pois o seu filho foi chamado Isaque, que na língua hebraica significa “riso”.

II. ISAQUE, O BEM MAIS PRECIOSO DE ABRAÃO

Em Moriá, o Senhor não somente provou a fidelidade de Abraão, como também introduziu Isaque na dimensão da fé confessada por seu pai.

1. A provação das provações. Certa noite, o Senhor ordenou a Abraão: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gn 22.2). Na manhã seguinte, ainda de madrugada, o patriarca conduziu o filho amado ao sacrifício supremo. O patriarca, todavia, tinha absoluta certeza de que retornaria do Moriá com o filho, pois aos servos ordenou claramente: “Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a vós” (Gn 22.5; Hb 11.17-19).

2. O encontro de Isaque com Deus. Não há dúvida de que o Senhor queria provar a fé do patriarca. Todavia, era sua intenção também levar o jovem Isaque a um encontro pessoal e fortemente experimental com o Deus de seu pai. A primeira lição que Isaque aprende é que Deus proverá todas as coisas (Gn 22.8). Por isso, sem nenhum temor, deita-se e deixa-se amarrar pelo pai ao altar do holocausto (Gn 22.9). Ele sabe que, no momento certo, o Senhor haverá de intervir, como de fato interveio. Deus tinha planos para Isaque, e mostraria ao jovem que Ele cumpre suas promessas. O Deus de Abraão seria também o Deus de Isaque.
III. O CASAMENTO DE ISAQUE

Se Isaque quisesse, poderia ter se casado com uma das jovens daquela terra. Entretanto, ele sabia que as cananeias eram idólatras e dadas ao pecado. Por isso, resolveu confiar no Deus que tudo provê.

1. Uma esposa para Isaque. Sabendo que Isaque era um homem espiritual e seletivo, Abraão encarregou seu mais antigo servo para buscar uma esposa na Mesopotâmia para seu filho (Gn 24.1-7). Na cidade de Naor, o mordomo orou ao Eterno: “Seja, pois, que a donzela a quem eu disser: abaixa agora o teu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos, esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque” (Gn 24.14). A moça que assim procedesse revelaria as seguintes virtudes: espiritualidade, gentileza, respeito, disposição e amor ao trabalho. Eis que aparece Rebeca, bela e formosa virgem, preenchendo todos esses requisitos.

2. O casamento de Isaque. Tendo consultado sua família e recebido o consentimento desta, Rebeca acompanha Eliezer até chegarem onde Isaque morava. O encontro de Isaque com Rebeca foi singular e romântico. Ele saíra a orar, à tarde, quando avistou a jovem na feliz comitiva. Depois de ouvir o servo do pai, ele a conduz à tenda da mãe e a toma por esposa (Gn 24.67). Assim Isaque foi consolado da perda de sua mãe, Sara.

3. Os filhos que não vinham. Rebeca também era estéril. Isaque, todavia, ao invés de arranjar um herdeiro através de um ventre escravo, como haviam feito seus pais, foi buscar a ajuda de Deus. Ele “orou insistentemente ao Senhor por sua mulher” (Gn 25.21). Isaque se casou com Rebeca quando tinha quarenta anos (Gn 25.20), e foi pai aos sessenta anos (Gn 25.26). Pela Palavra de Deus, entendemos que Isaque orou por vinte anos, até ter sua oração respondida. Ele era um homem de oração, e não se deixou abater pelo passar do tempo, pois tinha uma promessa de Deus para sua família. E Deus lhe deu dois filhos: Esaú e Jacó. Por esses relatos, observamos que Isaque estava longe de ser alguém apático e sem iniciativa. Era um homem que, através da fé, estava sempre atuando no terreno das coisas impossíveis. Ele não recuava diante das impossibilidades.
IV. ISAQUE, O BENDITO DO SENHOR

Desde a sua experiência no Moriá, Isaque fez-se ousadíssimo na fé. As bênçãos sobre a sua vida multiplicaram-se de tal forma, que ele já era visto pelos reis de Canaã como um príncipe de Deus.

1. Príncipe de Deus. Embora não fosse rei, Isaque tornou-se tão grande que chegou a incomodar até mesmo o poderoso Abimeleque, rei de Gerar (Gn 26.16). Este, vendo que o patriarca já lhe era superior em bens e força, pediu-lhe uma aliança chamando-o de “bendito do Senhor” (Gn 26.29).

Naquela época, tal título equivalia a ser chamado de príncipe de Deus.

2. Profeta de Deus. O dom profético de Isaque é manifestado na bênção que impetra sobre os gêmeos. Mesmo Jacó havendo-o enganado, fingindo ser Esaú a fim de roubar a primogenitura do irmão, o patriarca não pôde anulá-la, pois suas palavras eram, na verdade, de Deus. Por isso, diante dos rogos de Esaú, foi categórico: “Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora a ti, meu filho?” (Gn 37.27). Naquele momento, Isaque profetizou não acerca de Jacó e Esaú, mas dos povos que estes representavam.

CONCLUSÃO
A história de Isaque não é uma simples biografia. É um relato de fé e de superações no campo pessoal, doméstico e nacional. Do monte Moriá, onde se encontrou pessoal e experimentalmente com Deus, até a sua morte, ele viveu como um príncipe de Deus. Portanto, não se deixe abater pelas provações. Exerça a sua fé no campo das impossibilidades” (ANDRADE, Claudionor de. Lições Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, 2015).
Sugestão didática:
Professor, reproduza no quadro as questões abaixo. Peça que os alunos formem grupos. Em grupo eles vão responder as questões. Em seguida peça forme um único grupo e discuta com eles as respostas.
1. O que significou o Moriá para Isaque?
2. O que fez Isaque em relação à esterilidade da esposa?
3. Em que sentido Isaque foi profeta?
Telma Bueno
Editora responsável pela Revista Lições Bíblica Adultos






📌ABRAÃO - ÊXITOS E FRACASSOS DO AMIGO DE DEUS - 4º TRIMESTRE DE 2002 - COMENTÁRIOS DE Pr. ELIENAI CABRAL 
Lição 12 - ISMAEL E ISAQUE - IRMÃOS EM CONFLITO - 22-12-02

TEXTO ÁUREO:
“Não são os filhos da carne que são filhos de DEUS, mas os filhos da promessa são contados como descendência” (Rm 9.8).
Gl 4.22 ABRAÃO TEVE DOIS FILHOS. Paulo emprega uma ilustração para demonstrar a diferença entre o antigo e o novo concerto. Agar representa o antigo concerto, firmado no monte Sinai (v. 25); os seus filhos vivem agora sob esse concerto e nascem segundo a carne (v.23), i.e., não têm o ESPÍRITO SANTO. Sara, a outra esposa de Abraão, representa o novo concerto; os seus filhos, i.e., os crentes em CRISTO, têm o ESPÍRITO e são verdadeiros filhos de DEUS. 
Filhos da carne: significa que nasceram da união física entre Abrão e Agar, união essa, perfeitamente passível de gerar filhos, pois Agar era mulher jovem (Geração natural).
Filhos da promessa: São os filhos que DEUS prometeu a Abraão que seriam gerados a partir de Sara, sua esposa, que não podia mais ter filhos e então seria necessário um milagre ou intervenção de DEUS para que viesse a ser gerado o filho da promessa, Isaque, de quem nasceria Esaú e Jacó, de Jacó os doze patriarcas e daí para frente a nação de Israel e daí o messias, JESUS CRISTO e deste os filhos de DEUS que são todos aqueles que o aceitam como senhor e salvador.
Ponto de contato:
1- Contextualize a lição trazendo à memória de seus alunos os últimos acontecimentos no Oriente Médio. 


2- Ressalte como um conflito familiar mal resolvido pode causar transtornos para a vida inteira, atingindo pessoas que não tomaram parte nele.
1 Pe 1.22 Já que tendes purificado as vossas almas na obediência à verdade, que leva ao amor fraternal não fingido, de coração [amai-vos] ardentemente uns aos outros 

3- Destaque a importância do concerto quando ferirmos alguém e, do perdão, quando de alguma forma nos sentirmos atingidos.
Mt 6.14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; 15 se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.

Objetivos: Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
1- Explicar a razão do permanente conflito entre os descendentes de Isaque e Ismael.
2- Justificar o motivo pelo qual Israel não é destruído: a fidelidade de DEUS a Abraão.

IV. O CONFLITO NÃO RESOLVIDO HOJE
1. A realidade desse conflito hoje. 
Os descendentes de Ismael reivindicam não só o direito de posse daquela terra que o Senhor deu aos descendentes de Isaque, mas também a origem abraãmica de seu pai, Ismael. 

História: A Origem dos Conflitos
O conflito entre árabes e judeus tem origem muito remota. Analisando a Bíblia encontramos a história de Abraão, que obedecendo o comando de DEUS, deixou a Mesopotâmia e estabeleceu-se em Canaã - passando assim a ser a Terra Prometida dos judeus. Abraão teve vários filhos entre eles, Isaque e Ismael, dos quais descendem respectivamente os judeus e os árabes. Jacó, neto de Abraão e filho de Isaque, e os filhos deste, mudaram-se para o Egito onde foram escravos durante 400 anos, até retornarem a Canaã. Visando recuperar a Terra Prometida, Moisés, líder dos judeus libertou-os do escravismo do Egito fazendo uma peregrinação de 40 anos pelo deserto, durante a qual formaram o seu caráter de povo livre. Concretizando seu ideal, o povo judeu estabeleceu-se às margens do Rio Jordão, na antiga Palestina, onde mais tarde resolveram expandir suas fronteiras, durante o reinado de Salomão, que consolidou a Monarquia Judaica.
O império passou a se estender do Egito a Mesopotâmia. Em seguida, dividiu-se em dois pequenos reinos, que logo foram dominados pelos Babilônios que expulsaram os judeus deste território. Os Babilônios foram dominados pelos Persas, estes pelos gregos e, estes últimos, pelos Romanos.
Antes do início da disputa por Canaã, judeus e árabes viviam em harmonia, por muitas vezes sofreram os mesmos destinos, contra inimigos comuns.
No século XIX, a maioria dos judeus concentrava-se no Leste Europeu. Nesta época, conseguiram muitas vitórias, desenvolveram idéias sionistas (de Sion, colina da antiga Jerusalém e que deu início ao movimento para a construção de uma nação judaica), dedicavam-se ao comércio e ao empréstimo de dinheiro a juros.
O jornalista judeu Theodor Herzl, em 1896, criou o movimento sionista, cujo objetivo era estabelecer um lar judeu na Palestina. O povo, então, deu início à colonização do país e, em 1897, fundou a Organização Sionista Mundial.
Depois da 1ª Guerra Mundial, os países europeus, de olho no petróleo e na posição estratégica da região, passaram a dominar a área. Em 1918, a Inglaterra ficou responsável pela Palestina. Um ano antes, o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Lord Balfour, apoiou a fundação de uma pátria nacional judaica na Palestina. Isto aconteceu ao mesmo tempo em que os ingleses haviam prometido aos árabes a independência em troca de apoio para ajudar a expulsar os turcos da região.
Com a Revolução Industrial e o desenvolvimento das burguesias europeias, os judeus acabaram sendo responsabilizados pelo alto índice de desemprego e pela concorrência com as classes dominantes. Com isso, nos países em que viviam, os judeus foram confinados a guetos, sofreram várias perseguições e massacres. O resultado destes fatos acarretou ainda mais a migração para a Europa Ocidental e Palestina.
Esta volta para a Palestina ocorreu através da criação de Kibutz (fazendas coletivas) e cidades; além de lançar a luta pela independência política; neste período, começaram os choques entre judeus e árabes, que assistiam aos judeus conquistarem significativa parte das terras boas para o cultivo, fatos que desencadearam os conflitos entre árabes e judeus.
Os judeus criaram um exército clandestino (Haganah) para proteger suas terras e, à medida que crescia a emigração judaica para a Palestina, aumentavam os conflitos. Durante a 2ª Guerra Mundial - em função da perseguição alemã - a emigração judaica para a região aumentou vertiginosamente e a tensão chegou a níveis insuportáveis: os britânicos, na época, tomaram partido dos Aliados e os árabes, do Eixo.
Em 1936, quando os judeus já constituíam 34% da população na Palestina, estourou a primeira revolta árabe. Bases e instalações inglesas foram atacadas e judeus foram assassinados. A Inglaterra esmagou a rebelião e armou 14 mil colonos judeus para que pudessem defender suas colônias.
Pouco tempo depois, a Grã-Bretanha tentou controlar a emigração judaica para a área e, desta vez, os judeus atacaram os ingleses. Em 1946, o quartel-general dos britânicos foi dinamitado e 91 pessoas morreram.
Apesar destes ataques, os judeus conseguiram apoio internacional devido ao Holocausto, que exterminou mais de 6 milhões de judeus. Desde então, os Estados Unidos passaram a pressionar a Inglaterra para liberar a imigração judaica para a Palestina.
Em 1948, os ingleses deixaram a administração da região para a Organização das Nações Unidas que, sob o comando do presidente norte-americano Harry Truman, determinou a divisão da Palestina em duas metades. Os palestinos, que somavam 1.300.00 habitantes, ficaram com 11.500 km2 e os judeus, que eram 700.000, ficaram com um território maior (14.500 km2), apesar de serem em número menor.
Os judeus transformaram suas terras áridas em produtivas, já que era uma sociedade moderna e ligada ao Ocidente, aumentando ainda mais as diferenças econômicas entre judeus e árabes, que sempre tiveram uma filosofia fundamentalista e totalmente contrária ao Ocidente.
Neste mesmo ano, o líder sionista David Bem Gurion proclamou a criação do Estado de Israel. Os palestinos reagiram atacando Jerusalém que, segundo a ONU, deveria ser uma área livre.
Desde então, o Oriente Médio se tornou palco de conflitos entre israelenses e palestinos. O motivo da guerra está muito além das diferenças religiosas, passa pelo controle de fronteiras, de terras e pelo domínio de regiões petrolíferas.




Hoje Israel possui aproximadamente o tamanho do território de Sergipe no Brasil - aproximadamente 20.000 Km².

Origem dos povos:
Palestina: corresponde à Judéia e à Canaã do mundo antigo. Os romanos se referiam à Síria Palestina, que era a terra dos filisteus (philistinos). Os britânicos e a ONU foram os responsáveis por esse nome Palestina, que biblicamente não existe, pois todo esse território pertence a Israel, dado por DEUS.

Israel: em hebraico a palavra Israel significa “Vencedor de DEUS”, de isra (venceu) e el (DEUS). Em 1948, foi instituído o Medinat Israel (Estado de Israel). Lembre-se que as palavras Judeus e Hebreus são sinônimos.

OS HERDEIROS
O nome da legítima mulher de Abraão era Sara. Foi dela que ele obteve tardiamente um filho, cujo nome era Isaque. Este é o filho da promessa, o legítimo herdeiro dos vínculos sagrados existentes entre DEUS e o seu povo Israel. O DEUS que tudo criou em seis dias e descansou no sétimo, o proprietário deste planeta originalmente informe e vazio, o DEUS e Senhor de todo o Universo, fez promessas sob o concerto estabelecido com Abraão, respeitantes à possessão de um território bem demarcado. E essas promessas de caráter eterno seriam extensivas à posteridade do patriarca Abraão. Antes de Isaque ser concebido, Sara entendeu, porque era estéril, que o seu marido deveria gerar um filho através de sua escrava Agar. É assim que nasce Ismael, o primeiro filho de Abrão. Embora para ele DEUS não tivesse reservado nem intenções nem promessas, é-lhe dada em possessão também uma área geográfica demarcada e um destino divinamente estabelecido. Depois da morte de Sara, Abraão volta a casar. Desta vez com Quetura. Com Quase 140 anos o velho patriarca ainda gera desta mulher 6 filhos: Zamrã, Jocsã, Madã, Madiã, Jesboc e Suá. Também para estes DEUS reserva um destino e um lugar na Terra. YAHWEH - o DEUS de Abraão, Isaque e Jacó - o criador e proprietário deste planeta onde habitamos - é quem estabelece e determina o destino dos homens e dos povos. É Ele pois a única entidade que nos pode esclarecer na nossa pesquisa das origens, História e futuro de todos os povos e nações. Na Sagrada Escritura é possível encontrar todos esses planos, História e ditames divinos.


AS HERANÇAS
Desde o grande rio Egito (entenda-se Nilo) até ao grande rio Eufrates - esta é a possessão total da semente de Abraão.
"Naquele mesmo dia, fez o Senhor um concerto com Abraão dizendo: à tua semente, tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates;" Genesis 15.18
Isto quer dizer que todos os oito filhos que procederam do patriarca têm direito, por mandato divino, a toda esta extensão territorial - desde o Egito, costas do Mediterrâneo, até à Assíria, terminando a oriente nas margens do grande rio que deságua no Golfo Pérsico. O território dos filhos de Cam, netos de Noé - os heteus ou hititas, os amorreus, todos os cananeus nas suas tribos, os jebuseus e filisteus - concedeu DEUS aos descendentes de Abraão.
"E o queneu, e o queneseu, e o cadmoneu, e o heteo, e o pereseu, e os refains, e o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu." Genesis 15.19-21
Existe porém uma distinção entre a promessa relativa a Isaque e as promessas feitas em relação a Ismael e aos 6 filhos de Ketura:
"E quanto a Ismael, também te tenho ouvido; eis aqui o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e fá-lo-ei multiplicar grandissimamente; doze príncipes gerará, e dele farei uma grande nação. O meu concerto porém, estabelecerei com Isaque, o qual Sara te dará, neste tempo determinado, no ano seguinte."
"E Abraão tomou outra mulher; e o seu nome era Ketura; e gerou-lhe Zimran, e Jocsan, e Medan, e Midian, e Jisbac, e Sua. E Jocsan gerou Seba e Dedan: e os filhos de Dedan foram Assurim, e Letusim e Leumim. E os filhos de Midian foram Efa, e Efer, e Henoch, e Abida, e Elda: estes todos foram filhos de Ketura. Porém Abraão deu tudo o que tinha a Isaque; mas aos filhos das concubinas que Abraão tinha, deu Abraão presentes, e, vivendo ele ainda, despediu-os do seu filho Isaque, ao oriente, para a terra oriental." Genesis 17.20-21 / 25.1-6
Pelo testemunho bíblico podemos depreender que Isaque permaneceu no lugar em que Abraão habitava, isto é, Hebrom, a ocidente do Jordão; enquanto que aos outros filhos foi dada ordem de se estenderem para oriente. Até nos é possível saber qual a área territorial atribuída aos doze filhos de Ismael: O norte da península arábica, envolvendo o deserto a oriente do Egito até ao sul da Assíria.
"Estas, porém, são as gerações de Ismael, filho de Abraão, que a serva de Sara, Agar, egípcia, deu a Abraão. E estes são os nomes dos filhos de Ismael pelos seus nomes, segundo as suas gerações: o primogênito de Ismael era Nebajoth, depois Quedar, e Abdeel, e Mibsam, e Misma, e Duma, e Massa, Hadar, e Tema, Jetur, Nafis, e Quedma. Estes são os filhos de Ismael, e estes são os seus nomes, pelas suas vilas e pelos seus castelos: doze príncipes segundo as suas famílias. Estes são os anos da vida de Ismael, cento e trinta e sete anos; e ele expirou, e morreu, e foi congregado ao seu povo. E habitaram desde Havilá até Sur, que está em frente do Egito, indo para Assur; e fez o seu assento diante da face de todos os seus irmãos." Genesis 25.12-18
Entretanto o juramento feito a Abraão é reiterado mais tarde a Isaque, envolvendo o território de Gaza, onde se situam as cidades por ele edificadas no vale do rio Gerar.
"E havia fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão: por isso, foi-se Isaque a Abimelech, rei dos filisteus, em Gerar. E apareceu-lhe o Senhor, e disse: Não desças ao Egito; habita na terra que eu te disser: peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai, e multiplicarei a tua semente, como as estrelas dos céus, e darei à tua semente todas estas terras; e em tua semente serão benditas todas as nações da terra; porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis. Assim, habitou Isaque em Gerar." Genesis 26.1-6
Assim temos, embora com algumas misturas e entrosamentos tribais, a demarcação geográfica das possessões de Israelitas, Ismaelitas e árabes, com o respectivo povoamento das diversas regiões. Em linhas gerais temos: no norte da Palestina, a ocidente do Jordão, acompanhando todo o litoral do Mediterrâneo, a nação de Israel, neto de Abraão, filho de Isaque. A sul, desde o Nilo até ao Golfo Pérsico, também corretamente chamado Golfo Arábico, estende-se o território concedido aos Ismaelitas. Toda a península arábica, desde Sabá (o atual Iêmen) ao sul, até Madiã, ao norte, na parte oriental do Sinai, pertence por direito aos árabes, isto é, aos descendentes de Abraão e Quetura.

A CADA UM O SEU DIREITO
A expansão do povo ismaelita e árabe e a fusão destes com os persas, vindos do sul da Rússia - os indo-europeus -sem contar com a mistura entre islamitas e judeus, derivada dos colonialismos e hegemonias europeias no Médio-Oriente, faz com que hoje se confundam árabes com ismaelitas, e que se perca a noção dos direitos de cada um destes povos, nomeadamente dos israelitas. Se nos munirmos de um mapa poderemos perceber melhor a distribuição geográfica de cada um deles e os seus direitos territoriais. Se houvesse entre eles um verdadeiro sentido de fraternidade, todos os conflitos entre árabes e judeus se resolveriam e estes povos poderiam viver como no paraíso. Se cada um respeitasse o direito dos outros, poderiam viver como uma família, em paz e prosperidade. Mas não é isso que acontece. Hoje, palestinianos reclamam os seus direitos à terra e à autonomia. Os israelitas endurecem em intransigência. As facções árabes - shiitas e sunitas - combatem-se, lutam entre si, fazem e desfazem alianças. O Líbano, devastado pela guerra mais fratricida de que há memória, é o campo de batalha entre Israel e o mundo árabe e das facções árabes que se degladiam entre si.
Se Abraão voltasse à vida, veria com tristeza os seus filhos a aniquilarem-se entre si, inspirados por um ódio demoníaco e irracional. Com a proclamação do Estado de Israel a 15 de Maio de 1948 reacendem-se lutas antigas e estabelecem-se oficialmente inimizades que se vão a pouco e pouco avolumando, ao ponto de hoje depararmos com um conflito generalizado naquela região. A disputa de fronteiras que já vem desde 1967 tem mantido judeus e palestinianos num estado constante de guerra entremeado por negociações violentas. O Iraque não é mais do que, juntamente com a Síria, o remanescente do antigo império Assírio. Damasco é hoje ainda a capital desse antigo e florescente reino. É aí mesmo que podemos situar o reduto dos principais inimigos de Israel; e é daí também que saem as ameaças abertas ou veladas contra o povo escolhido de DEUS.
Enquanto esta mentalidade nacionalista megalômana perdurar, será difícil os filho de Abraão estabelecerem laços duradouros de paz e fraternidade. A intenção de DEUS em relação a todos eles é só uma - a de que vivam como irmãos, em tranquilidade, harmonia e segurança - uma benção no meio da Terra. Será isto possível ? Manuel José dos Santos

2. A contenção do conflito. 
Por causa do pecado dos filhos de Israel, a dispersão do povo foi inevitável. (Os 3.4,5; Ez 37.1-28).
Ez 37.1-14 A MÃO DO SENHOR... OSSOS. Por meio do ESPÍRITO SANTO, Ezequiel vê numa visão um vale cheio de ossos secos. Os ossos representam toda a casa de Israel (v. 11), i.e., tanto Israel como Judá, no exílio, cuja esperança pereceu na dispersão entre os pagãos. DEUS mandou Ezequiel profetizar para os ossos (vv. 4-6). Os ossos, então, reviveram em duas etapas: 
(1) uma restauração nacional, ligada à terra (vv. 7,8), e 
(2) uma restauração espiritual, ligada a fé (vv. 9,10). Esta visão objetivou garantir aos exilados a sua restauração pelo poder de DEUS e o restabelecimento como nação na terra prometida, apesar das circunstâncias críticas de então (vv. 11-14). Não há menção da duração do tempo entre essas duas etapas. (Não sabemos quando vai se iniciar o milênio antes de experimentarmos o arrebatamento da Igreja e da Grande tribulação vir sobre os habitantes da terra)

3. Disputa de primazia entre irmãos. 
O filho da promessa, de quem descende JESUS CRISTO, o Salvador do mundo, é o que foi gerado por Sara, não por Agar. (Jo 3.6).
 
Fiel cumprimento de uma Aliança ratificada por DEUS com Abraão e sua descendência até que viesse o seu descendente, que é CRISTO.
Gl 3.16 Ora, a Abraão e a seu [descendente] foram feitas as promessas; não diz: E a seus [descendente]s, como falando de muitos, mas como de um só: E a teu [descendente], que é CRISTO.
Gl 3.19 Logo, para que é a lei? Foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse o [descendente] a quem a promessa tinha sido feita; e foi ordenada por meio de anjos, pela mão de um mediador.
 
CONCLUSÃO
A grande lição que aprendemos é que em CRISTO não há acepção de pessoas, de raça, de língua ou cor, mas todos são um só em CRISTO JESUS.
 
Auxílios Suplementares:
Subsídio Teológico - “Originalmente, os ismaelitas eram uma tribo de beduínos que vagueavam pelo deserto, incluindo a parte sul da Palestina (Gn 25.18). Eles estavam ligados aos hagarenos (Sl 83.6) e tinham conexões raciais com eles. Os críticos supõem que esses povos tiraram vantagem da história à nossa frente para assim obterem uma alegada descendência de Abraão. Mas não há motivos para duvidar da veracidade do relato. Maomé dizia-se descendente direto de Ismael, mas não sabemos a qualidade de suas informações quanto a esse particular. Por outra parte, ele era seu filho espiritual, pois, de maneira enfática, encabeçou a oposição a Israel, mediante sua nova religião. Mas em algum ponto do futuro há uma unidade a ser conseguida (Ef 1.9,10) apesar de tudo ainda estar distante. Nesse ínterim, os homens continuam a dividir-se em campos opostos e conflitantes. Não existe ódio que se compare ao ódio religioso, pelo que, onde houver fé religiosa, ali os conflitos mostram-se mais amargos. E os homens sempre acusam DEUS por causa do ódio em seu coração. Se alguém falar em amor, será questionada, pelos radicais, a qualidade da fé desse alguém. Matanças e revides ocorrem em nome de DEUS, e os discípulos dos grandes matadores vêem tudo com olhar de aprovação.” (O Antigo Testamento Interpretado, CPAD, vol.1, pág.124) Leia mais na Revista Ensinador Cristão, CPAD, nº 12, pág. 42
 
Sara, a princesa, a mãe das nações
“Disse DEUS a Abraão: Quanto a Sarai, tua mulher, não lhe chamarás mais Sarai, porém Sara será seu nome.Abençoá-la-ei, e também dela te darei um filho; sim, abençoá-la-ei, e ela será mãe de nações; reis de povos sairão dela.” (Gn 17:15-16)
Sarai surge na Bíblia pela vez primeira, em Gênesis.11:29, como esposa de Abraão. “Sarai” significa, em hebraico, “Yahweh é príncipe“, A cidade natal de Sarai era Ur dos caldeus (Gn 11:31). Acompanhou Abraão em sua peregrinação.
Sarai tinha um grande problema. A Bíblia cita que ela era estéril e não dera filhos a Abraão (Gn.11:30). Aquela circunstância na vida de Sarai era um grave problema. Naquela época a esterilidade era associada a uma maldição divina. A principal função da mulher, na sociedade patriarcal da antiguidade, era a de gerar filhos e uma mulher estéril era considerada inútil (Dt.7:14). Apesar disso, Abraão não a desamparou, demonstrando que a amava. O plano de DEUS era formar uma grande nação por meio de Abraão e a participação de Sarai, como esposa, era de muita importância para que isso acontecesse.
Quando Abraão partiu de Harã para cumprir a ordem de DEUS, Sarai o acompanhou mesmo não sabendo para onde rumava. Demonstrou submissão e confiança em seu marido. Foi a primeira pessoa que decidiu acompanhar Abraão (Gn 12:5). Sarai era uma mulher de fé (Hb 11;11) e partiu com seu marido sem questionar ou pedir explicações.
Depois de estarem estabelecidos em Canaã, surgiu um período de seca que causou fome e foram para o Egito. Mais uma vez Sarai demonstrou sua submissão e confiança em seu marido, quando este pediu-lhe para passar por sua irmã com vista de proteger sua vida (Gn 12:13). Sarai consentiu e isso despertou a cobiça dos príncipes do Faraó, pois apesar dos seus sessenta e cinco anos de idade, Sarai era mui formosa (Gn 12:14). Então, Sarai foi levada para a casa do Faraó, porém DEUS a guardou impedindo que o seu casamento e sua moral fossem maculados. O Faraó descobriu a meia-mentira e expulsou Abraão, sua mulher e todos que o acompanhavam (Gn.12:17-20)
Passados dez anos que estavam em Canaã e Sarai vendo que não gerava filhos a Abraão, decidiu usar do direito que tinha, segundo o costume da época. Deu a Abraão sua escrava Agar para que gerasse com ela um filho (Gn 16:1-3). Este deve ter sido o maior erro de Sarai. A escrava desprezou-a e Sarai a puniu fazendo com que fugisse. Dá união entre Abraão e Agar nasceu Ismael (Gn 16:11) que veio a ser o pai dos árabes.
Sarai foi tomada pelo desânimo. Cansara-se de esperar o milagre de DEUS e, por conta própria tomou a decisão. Isso lhe causou um grande embaraço. Mas DEUS cumpre o que promete. Em Gn 17:15, DEUS se revelou, renovou Sua promessa de um herdeiro para Abraão, mudou o nome de Sarai para Sara, que significa “princesa” e a abençoou com a promessa de um filho de seu ventre. Sara seria a mãe de nações (Gn 17:15-16)
O próprio Abraão não creu de imediato na mensagem divina e riu (Gn17:17). Sara já tinha noventa anos e havia cessado o incômodo das mulheres e achou engraçada a promessa (Gn 17:10-12). Mas para DEUS nada é impossível. Sara não acreditou na mensagem divina, porque em vez de pôr a fé em ação, pensou nas condições humanas e materiais para o cumprimento da promessa. “Haveria alguma coisa difícil ao Senhor”, perguntou o ser celestial a Sara.
Sara quis negar que tivesse sido incrédula e, por isso, mentiu, dizendo que não havia rido. Foi, uma vez mais, repreendida pelo ser celeste. O Senhor visitou a Sara e ela concebeu, dando à luz a Isaque, que significa “riso”, no tempo determinado que DEUS lhe havia dito (Gn.21:1-3). A Bíblia revela que Sara pôde conceber porque teve por fiel aquele que havia feito a promessa (Hb.11:11).
O próprio Abraão não creu de imediato na mensagem divina e riu (Gn17:17).
Mais uma vez Sara foi conivente com Abraão dizendo que era sua irmã. Passou por momentos desagradáveis quando foi tomada por Abimeleque, rei de Gerar (Gn 20:1-2), que descobriu a mentira que tentou ser justificada pelo patriarca (Gn 20:11-13). Novamente DEUS impediu que Abimeleque possuísse Sara (Gn 20:3-7). Abraão, ainda, intercedeu por Abimeleque e seu povo e o Senhor sarou àquela nação, cuja madre tinha sido fechada por causa de Sara (Gn 20:18)
Sara concebeu e deu a Abraão um filho na sua velhice, conforme DEUS prometeu (Gn 21:1-2). Outras dificuldades surgiram. Isaque, filho de Sara, no dia de seu desmame, foi zombado por seu meio-irmão Ismael (Gn 21:9). Sara percebeu que a situação não era conveniente e pediu a Abraão que mandasse embora Agar e seu filho, porque Ismael não deveria compartilhar da herança com Isaque (Gn 21:10). A reação de Abraão foi de tristeza, mas o Senhor DEUS confirmou a vontade de Sara (Gn 21:12-13).
Após a despedida de Agar e seu filho, Sara desempenhou o seu papel de “mãe de nações” e por trinta e sete anos conviveu com Isaque. Aos cento e vinte sete anos de idade, Sara morreu (Gn 23:1)
Sara, mulher de formosa aparência, leal, correta, rica e simples, submissa a DEUS e a seu marido, decidida e fiel. Sara era uma mulher obediente e esta obediência causou-lhe, em certas ocasiões, momentos de sofrimento e desesperança, mas por causa de sua grande fé o Senhor a protegeu. Cumpriu a missão dada pelo Senhor e se tornou a mulher que deu à luz ao povo escolhido de DEUS (Is 51:2)

FONTE: APazdosenhor.org




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