quarta-feira, 15 de março de 2017

Lição 12: O Homem Chamado Jesus


            Lição 12 – O Homem chamado Jesus (Prof.ª Daniele Oliveira) 

 Por: ESCOLA BEREANA- ADVEC
           
         O homem chamado Jesus foi o personagem mais impactante da história da humanidade. Seu nome significa “Jeová é salvação”. Como um homem que viveu 33 anos, teve um ministério de apenas 3 anos, cercado de 12 discípulos de origens diversas, causou e ainda causa impacto no mundo de hoje? O ministério de Jesus na Terra foi único (João 7.46). Não só pelo que Ele falava, e os ensinamentos importantes que deixou, mas também pelo modo como agia e liderava.  Seus ensinos não eram só discursos profundos e transformadores, mas seu modo de vida refletia a sua pregação. Seu nascimento virginal foi miraculoso, e a perseguição para destruí-lo começou quando ele ainda era criança. Com apenas 12 anos mostrou sabedoria ao discutir com os doutores da lei. Seus ensinamentos se multiplicaram e permanecem até hoje, bem como seu modo de agir. Sua vida na Terra é nosso maior exemplo a ser seguido, pois a palavra “cristão” significa literalmente “seguidor de Cristo” (do latim CHRISTIANUS). 1

“O cristão vive não em si mesmo, mas em Cristo e no próximo. De outro modo, ele não será um cristão”. (Martinho Lutero) 2

O cristão conhece Jesus a fundo e traz seus ensinamentos para o cotidiano. Jesus não só nos ensina como viver a vida, mas também como devemos lidar com a morte. Ele venceu a morte, nos deu garantia de vida eterna e a certeza de que nossa vida e nossa existência não se limitam a esta vida terrena.

Jesus Cristo é o tema central da fé dos cristãos;
Cristologia é uma doutrina teológica fundamental. O nome Jesus aparece pela primeira vez no Novo Testamento, mas encontramos várias referências a Ele no Antigo Testamento (Gen 3.15; Gen 12.3; Deuteronômio 18:18,19; Salmo 22; Salmo 24; Salmo 41.9).

Sua vinda a Terra e seu nascimento foram anunciados através de profecias (Isaías 9.6). Zacarias profetizou a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, sentado em um jumento (Zacarias 9.9), e sua traição por 30 moedas de prata foi mencionada em Zacarias 11.13. Miquéias profetizou o local exato do nascimento do Salvador e seu eterno reinado (Miquéias 5.2).

Da mesma forma que as profecias sobre a 1ª vinda de Jesus se cumpriram, devemos ter certeza de que a sua 2ª vinda, também profetizada, certamente acontecerá.

Abaixo destacamos algumas características de Jesus:

1. Humildade “De forma que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”. Fp 2.5 Jesus deixou de lado, voluntariamente, a sua divindade, sua glória e seus privilégios para cumprir o plano de salvação de toda a humanidade. Esvaziou-se de sua condição e assumiu a condição de servo; com humildade se submeteu à morte de cruz. Morte vergonhosa, cruel e causada por extremo sofrimento.

“Nunca alguém tão grande se fez tão pequeno para tornar grandes os pequenos”. 2 Augusto Cury


2. Cheio do Espírito Santo para pregar, curar e libertar Isaías 11.1,2; Isaías 61.1-3; Lucas 4.16-19.

3. Santidade Em Jesus não havia pecado e nem mácula. Nem seus inimigos puderam acusá-lo de pecado. Jo 8.46.

4. Compaixão Mostrou compaixão pelos que sofriam. Mt 15.32-38.

5. Preocupação com a humanidade Mateus 11.28; Lucas 18. 39-43.

6. Coerência no discurso e no modo de agir
Jesus era coerente com o que falava e o que fazia.
Não só suas obras eram poderosas, mas também aquilo que ele falava
 (“poderoso em obras e palavras” – Lucas 24.19).
A Bíblia não só relata seus ensinamentos, mas também a sua vida (Atos 1.1).  

7. Poder transformador Jesus atraia muita gente. E muitos eram transformados, pois quem se aproxima dele não permanece do mesmo jeito.

8. Ensinamentos e atitudes revolucionárias Jesus deu grandes ensinamentos sobre liderança e felicidade. Ensinou que liderança está relacionada a serviço e que felicidade tem a ver com humildade, mansidão, ser alcançado pela justiça de Deus, ser limpo de coração, e até mesmo ser perseguido. “Felicidade que vai além das circunstâncias”.

9. Amor. Jesus amava a todos, e amou seus discípulos até o fim. A maior prova de seu amor foi dada na cruz do calvário.

“Nenhum de nós ama os homens como Cristo os ama; e, se juntássemos o amor de todos no mundo, de coração terno, formaria apenas uma gota, comparado com o oceano de compaixão de Jesus.” (C. H. Spurgeon) 3


10. Perdão Perdão à mulher adúltera, perdão aos que o mataram, perdão à humanidade por seus pecados. (Lc 23.34).


Conclusão

2 Timóteo 2.15: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.

Assim como Jesus cumpriu sua missão na Terra, devemos nós também cumprir nosso papel, sem esquecer o propósito da nossa vida terrena e sem desistir da nossa missão.


Reflexão:

Qual a característica de Jesus que você mais admira?  Porque você é cristão? Se o mundo todo agisse igual a Cristo, o mundo seria melhor? É possível mudar o mundo através de exemplos? E se o mundo todo agisse igual a mim, o mundo seria melhor?

“A recompensa do cristianismo é o próprio Cristo"
 (Max Lucado) 4

                                                      
 1 Fonte: www.origem da palavra.com.br
 2 Fonte: https://pensador.uol.com.br





TEXTO ÁUREO:
Lc 2.11, 12: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!”
TÓPICOS:
Palavra Introdutória;
1. O Prometido das nações;
2. Características predominantes;
3. A promessa do libertador; e
Conclusão.
OBJETIVOS
 Glorificar constantemente a Deus por ter-nos enviado Jesus;
 Testificar de sua fé em Jesus aos descrentes;
 Conhecê-lo mais para servi-lo melhor.
VERDADE PRÁTICA
“O Filho de Deus, a segunda pessoa da Trindade Santíssima que ensinou o amor aos homens,
venceu a morte e conquistou para nós na cruz do Calvário, com o Seu sangue, a garantia de vida
eterna.”
O NOME JESUS REFERE-SE:
Etimologicamente, Jesus é a forma grega do nome “Josué”. Significa “Salvador”.
PALAVRA INTRODUTÓRIA
O homem chamado Jesus é tão especial que, aproximadamente mil anos antes do seu
nascimento, já se falava sobre o Seu sofrimento e a Sua glória. Setecentos anos antes do nascimento de
Jesus, Isaias profetizou que o Messias seria descendente da linhagem real e muitos o rejeitariam.
Ainda que possamos ter ouvido ou aprendido acerca de Jesus ao longo da história da humanidade
devemos na nossa trajetória de vida, sempre buscar conhecê-lo mais e mais.
Fp 3.10,11 (NVI) - “Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua Ressurreição e à participação em
seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a
ressurreição dentre os mortos”.
Os 6.3a (NVI) - “Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo”.
1 – O PROMETIDO DAS NAÇÕES
Nascimento humilde em uma manjedoura;
Foi perseguido - Fugiu de Herodes para o Egito (Mt 2.13);
Foi traído por Judas (Mt 26.47);
Teve fome, sentiu cansaço, chorou a morte de um amigo querido, angustiou-se às vésperas da sua
traição, sangrou, faleceu e foi sepultado.
(Mt 4.2; Mc 4.38; Jo 11.35; Lc 22.39_46; Jo 19.34, 38_42)
Foi rejeitado por muitos e pelas autoridades;
Condenado à morte mais vil – crucificação (Lc 19.18) com o objetivo de pagar o preço de resgate da
humanidade (1 pe 1.18,19).


Dionísio, o Exíguo, monge cita, foi o primeiro a utilizar o ano do nascimento de Cristo como
referência na datação. O historiador judeu Flávio Josefo diz que os magoguitas eram chamados
de citas pelos gregos. (Antiguidades dos judeus 1.6.1)



1.1 – Os profetas anunciam Seu nascimento
Quem foi este homem que alterou a contagem do tempo?
Qual papel veio cumprir na história?
Vejamos o contexto histórico
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança e estabeleceu com ele uma aliança (edênica).
Após a ruptura desta aliança através do pecado (desobediência), Deus estabeleceu um povo (Israel) por
meio de Abraão para restabelecer o seu propósito de viver em aliança.
Israel fracassou e o Senhor enviou seu próprio Filho para reestabelecer esta aliança (nova aliança)
através de sua vida, morte e ressurreição. (Lc 19.9,10)
Filho de Deus
Jo 20.31 - “Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e,
crendo, tenham vida em seu nome.”
Jo 17.3 - “Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste.”)
Mt 1.16; 3.17 - O título Cristo (correspondente em grego da palavra hebraica Messias, que significa
“Ungido”) revela sua procedência divina*.
* União hipostática (também conhecida como união mística ou dupla natureza de Cristo) é a doutrina
clássica da Cristologia que afirma ter Jesus Cristo duas naturezas, sendo homem e Deus ao mesmo
tempo.








1.3 MOMENTOS DE DIFICULDADES

O homem chamado Jesus foi perseguido desde a sua infância, porém venceu o diabo:
1.3.1 — Herodes tentou matá-lo (Mt 2.13_1 8).
1.3..2 — O diabo o tentou no deserto (Mt 4.1_11).
1.3.3 — Os partidos políticos e religiosos o perseguiram (Jo 5.16).
1.3.4 — Satanás levantou homens importantes, políticos e religiosos para tentar matar Jesus e, por fim,
usou alguém entre os Seus discípulos, para trair o Messias (Lc 22.3,).
1.3.5 — O Seu próprio povo o rejeitou (Mc 12.10).
Todos os homens que tipificaram a pessoa de Cristo, no Antigo Testamento, cometeram algum tipo de
pecado. Porém, Jesus, o Mediador da Nova Aliança, nunca pecou, nem na sua boca se achou engano (1
Pe 2.22).

2 – CARACTERÍSTICAS PREDOMINANTES
2.1 — Tem poder para transformar – Jo 2.6_11
Assim como transformou a água em vinho, também transforma o interior do homem.
2.2 — Tem poder para saciar a fome – Jo 6.8_14
Assim como Ele supriu a fome orgânica, também sacia a fome espiritual (multiplicação dos pães).
2.3 — Atende a quem clama por Ele – Lc 18.35
Como atendeu a tantos outros, inclusive ao cego de Jericó.
2.4 — Não faz acepção de pessoas Jo 3 e Mt 81._4
Atende tanto a um príncipe dos judeus (Nicodemos) como a um excluído da sociedade (Leproso).
2.5 — Tem poder para ressuscitar mortos Jo11.43_45; Lc 7.14_16; Mt 27.52, 53; Mt 28.5, 6; Mc
16.6; Lc 24.5, 6 e Jo 20.11_17.;
Ao ressuscitar Lázaro (João 11.43-45), o filho da viúva de Naim (Lc 7.14-16), muitos corpos de santos
(Mt 27.52,53), e por ultimo, ao ressuscitar ao terceiro dia (Mt 28.5,6; Mc 16.6; Lc 24.5,6 e Jo 20.11-
17), Jesus confirmou o Seu poder sobre a morte.
2.6— É perfeito, sem pecados – Jo 8.46
O homem chamado Jesus desafiou os Seus inimigos ao perguntar quem o acusaria de pecado.
Ninguém pôde acusá-lo porque nEle não havia pecado algum. É fácil fazer esta pergunta para os
amigos, mas não para os inimigos, pois estes certamente apontarão algum defeito.
2.7— Tem poder sobre os pecados e as enfermidades – Mc 2.10, 11
Muitos paralíticos e doentes foram curados porque o homem chamado Jesus tem poder sobre as
enfermidades e sobre os pecados. Isto ocorreu com o paralítico de Cafarnaum.
3 – A PROMESSA DO LIBERTADOR
Após a queda do homem e a promessa do homem chamado Jesus a serpente
Gn 3.6 - Lançou dúvidas no coração da mulher que, por sua vez, persuadiu o homem a também
desobedecer.
Porém, Deus:
Gn 3.15 - Profetizou que Satanás seria derrotado pelo poder de Jesus Cristo;
Ap 1.18 - que cumpriu a Sua promessa ao vencer a morte e o inferno.
Tentativas de satanás para frustrar os planos de redenção da humanidade:
1 — Fez com que Abraão mentisse a Faraó, rei do Egito (Gn 12.13), e a Abimeleque, rei de Gerar (Gn
20.2).
2 —- Fez com que Sara duvidasse das promessas de Deus (Gn 18.12).
3 — Suscitou contenda entre Sara e Agar (Gn 21.9-11).
4 — Fez com que Moisés agisse com violência, batendo na rocha (Êx 20.1 0,11).
5 — Usou uma mulher dos príncipes dos filisteus para fazer de Sansão o seu prisioneiro (Jz 16.16-21).
6 — Levou o rei Davi a cometer um adultério e um homicídio (2Sm 11.1 -15).
7—Três vezes consecutivas investiu contra Jesus para derrotá-lo (Mt 4.1-11).
Ele ressuscitou esta vivo!
Ao terceiro dia ressuscitou;
Não foi achado no sepulcro (Lc 24.4-6);
Já ressurreto, apareceu aos seus discípulos no mesmo corpo que fora crucificado, agora glorificado (Jo
20.20-28);
Foi assunto aos céus aos olhos dos discípulos e voltará para nos buscar (At 1.10-11)
Algumas verdades sobre o homem chamado Jesus:
1 — Prometeu estar sempre com o seu povo (Mt 28.20);
2 — Prometeu vir buscar a sua Igreja (Jo 14.1_3);
3 — É a propiciação dos nossos pecados (1 Jo 2.2).
Pelo menos quatro fatores na crucificação do homem chamado Jesus comprovam a sua
divindade:
1 - Ao dizer: “Está consumado” - Jo 19.30;
A obra de salvação a favor do homem se completou - 1Pe 1.18,19.
2 - Ao ser crucificado
Jesus pagou a nossa dívida com Deus - Cl 2.14.
3 - Ao subir, levou cativo o cativeiro, ou seja, tirou os justos do Hades (Ef 4.8_10).
4 - Ao terceiro dia ressuscitou (1 Co 15.4)
E reinará com poder sobre todo o mundo.
A diferença entre o cristo humanizado e o Cristo Glorificado:
O Cristo humanizado:
1 — Tomou a forma de homem (Fp 2.7,8);
2 — Tinha os Seus poderes limitados (Mt 24.36);
3 — Foi humilhado pelos homens (Fp 2.8);
4 — Foi colocado na sepultura (Mt 2 7.5 7-60).
O Cristo glorificado:
1— Ressuscitou (Mt 28.6);
2 — Voltou para o Pai (Jo 13.3);
3 — O Seu rosto é como o sol ao Meio-dia (Ap 1.16);
4 — Os Seus olhos são como chamas de fogo (Ap 19.12);
5 — É o Senhor dos senhores e Rei dos reis (Ap 19.16);
6 — É o Todo-Poderoso (Ap 1.8).

CONCLUSÃO
O crente que tomar como exemplo as atitudes do homem chamado Jesus, e correr à carreira que
lhe foi proposta olhando unicamente para Ele, jamais tropeçará nos obstáculos desta vida. O homem
chamado Jesus é o invencível Leão da Tribo de Judá que julgará as nações e estabelecerá o Seu
domínio sobre toda a terra. É o princípio e o fim da história, e o Verbo divino diante do qual todo
joelho se dobrará. Naquele Grande Dia, toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor (Fp 2.11).
Lc 10.27 - “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas
forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A Bíblia em Ordem Cronológica: Nova versão internacional / edição autorizada da obra de
Edwaud Reese (org.): Tradutor Judson Canto (títulos e textos explicativos). São Paulo:
Editora Vida, 2003.
Acácio, José M. Antigo Testamento III - Livros Poéticos. 3 ed. CETADEB. Paraná, Apucarana,
2008, p.27.
Bíblia Anotada, (ARA) João Ferreira e Almeida, São Paulo, Vida, 1995.
Bíblia Eletrônica, The Word, Costas Stergiou, Grécia, 2003-2010, versão: 3.1.4.1058.
Bíblia Sagrada, (ARC), João Ferreira e Almeida, São Paulo, SBB, 1995.
Edição Pastoral da Bíblia, acessado em 07 de agosto de 2010
Bíblia de Jerusalém, Nova Edição Revista e Ampliada, Ed. de 2002, 3ª Impressão (2004), Ed.
Paulus, São Paulo.
Revista Lições da Palavra de Deus, Aprendendo com Grandes personagens da Bíblia, Malafaia,
Silas, Ano 13, nº. 49, Rio de Janeiro, Central Gospel, 1º trimestre de 2017.
Willmington’s, Harold L., Guia de willmington, para a Bíblia: Metodo Cronológico, Rio de
Janeiro: 2015, 736 páginas,Central Gospel.

Fonte:Escola Bereana _Advec



CAPÍTULO VI: O SENHOR JESUS CRISTO
Conhecendo as doutrinas da bíblia Myer Pearlman
     
         "O dia do nascimento de Jesus é celebrado em todo o mundo. O aniversário de  sua  morte  levanta  a  silhueta  de  uma  cruz no horizonte.    Quem  é  ele?"     Com     essas     palavras     um preeminente pregador fez uma pergunta de suprema importância e de interesse permanente.A  pergunta  foi  feita  pelo  próprio  Mestre  quando,  em  uma criseno seu ministério, perguntou: "Quem dizem os homens ser o Filho do homem?" Ele ouviu a declaração da opinião do povo sem comentar,mas a sua bênção foi pronunciada sobre a resposta que Pedro havia  aprendido  de  Deus:  "Tu  és  o  Cristo,  o  Filho  do Deus vivo."A  pergunta  ainda  permanece  e  os  homens  até  agora A  pergunta  ainda  permanece  e  os  homens  até  agora  tentam responder. Mas a verdadeira resposta deve vir do Novo Testamento, escrito por   homens   que   intimamente   conheceram   Jesus,   por cujo conhecimento tinham por perda todas as coisas.
          (e) O testemunho dos discípulos. Jamais algum judeu pensou que Moisés  fosse  divino;  nem  o  seu  discípulo  mais entusiasta nunca lhe teria atribuído uma declaração como esta: "Batizando-as em  nome  do Pai,  e  de  Moisés,  e  do  Espírito  Santo."  (Vide  Mat. 28:19.) E a razão disso é que Moisés nunca falou nem agiu como quem procedesse de Deus e fosse participante de sua natureza. Por outro  lado,  o Novo  Testamento  expõe  este  milagre:  Aqui  está  um grupo de homens que andava com Jesus e que o viu em todos os aspectos  característicos  de  sua  humanidade —que,  no  entanto, mais tarde o adorou como divino, o proclamou como o poder para a salvação e invocou o seu nome em oração. João, que se reclinava no  peito  de Jesus,  não  hesitou em  dele  falar  como  sendo  Jesus o eterno Filho deDeus, que criou o universo (João 1:1, 3), e relatou, sem nenhumahesitação ou desculpa, o ato da adoraçãode Tomé e a suaexclamação: "Senhor meu, e Deus meu!" (João 20:28). Pedro, quetinha  visto  o  seu  Mestre  comer,  beber  e  dormir,  que  o  havia vistochorar —enfim,  que  tinha  testemunhado  todos  os  aspectos da suahumanidade, mais tarde disse aos judeus que Jesus está à destrade  Deus;  que  ele  possui  a  prerrogativa  de  conceder  o EspíritoSanto  (Atos  2:33,  36);  que  ele  é  o  único  caminho  da salvação(Atos  4:12);  quem  perdoa  os  pecados  (Atos  5:31);  e  é  o Juiz dosmortos. (Atos 10:42.) Em sua segunda epístola 3:18)ele o adora,atribuindo-lhe   "glória   assim   agora   como   no   dia   da eternidade".Nenhuma prova existe de que Paulo o apóstolo tivesse visto  Jesusem  carne,  apesar  de  tê-lo  visto  em  forma  glorificada), mas  esteveem  contato  direto  com  aqueles  que  o  tinham  visto.  E este  Paulo,  quejamais  perdera  essa  reverência  para  com  Deus, reverência  quedesde  a  sua  mocidade  estava  nele  profundamente arraigada,  contudo,com  perfeita  serenidade  descreve  Jesus  como "o  Grande  Deus  enosso  Salvador"  (Tito  2:13);  apresenta-o  como encarnando  aplenitude  da  Divindade  (Gál.  2:9),  como  sendo  o Criador eSustentador de todas s coisas. (Gál. 1:17.) Como tal, seu nomedeve  ser  invocado  em  oração  (1  Cor.  1:2;  vide  Atos  7:59),  e seu  nome está  associado  com  o  do  Pai  e  o  do  Espírito  Santo  à bênção.   (2Cor.   13:14.)Desde   o   princípio   a   igreja   primitiva considerava  e  adorava  a  Cristocomo  divino.  No  princípio  do segundo   século   um   oficial   romanorelatou   que   os   cristãos costumavam  reunir-se  de  madrugada  para"cantar  um  hino  de adoração   a   Cristo,   como  se   fosse   a   Deus".   Umautor   pagão escreveu: "Os cristãos ainda estão adorando aquelegrande homem que  foi  crucificado  na  Palestina."Até o escárnio  dos pagãos é um testemunho da deidade de Cristo.
Em  um  antigo  palácio  romano  foi  encontrada  uma  inscrição (que  datado  terceiro  século)  apresentando  uma  figura  humana com cabeça de asno pendurado na cruz, enquanto que um homem está de pé em atitude de adoração. Em baixo aparece a inscrição: "Alexamenos  adora  a seu Deus."  O Dr.  Henry  Van  Dyke  comenta:Assim   os    cânticos   e   orações   dos    crentes,   as    acusações dos perseguidores,    o    escárnio    dos    céticos,    e    as    pilhérias grosseiras dos  escarnecedores,  tudo  se  une  para  provar,  sem dúvida, que os primitivos cristãos rendiam honra divina ao Senhor Jesus...  não  há razão  para  duvidar  de  que  os  primitivos  cristãos houvessem visto em Cristo uma revelação pessoal de Deus, assim como  não  pode  haver dúvida  de  que  os  amigos  e  seguidores  de Abraão  Lincoln  o  tenham considerado  um  bom  e  leal  cidadão americano.Entretanto,   não  devemos  inferir   dai   que   a  igreja primitiva  não adorasse  a  Deus,  o  Pai,  pois  sabemos  que  era costume geral orar ao Pai em nome de Jesus e dar-lhe graças pelo dom  do Filho.  Mas,para  eles era  tão  real  a  deidade  de  Cristo e  a unidade entre as duas Pessoas, que lhes era muito natural invocar o nome de Jesus.
Foi  a  firme  lealdade  deles  ao  ensino  do  Antigo  Testamento acerca  da verdade  de  Deus,  combinada  com  a  firme  crença  na deidade  de  Cristo,que  os  conduziu  a  formular  a  doutrina  da Trindade.Embora as seguintes palavras do credo de Nicéia (século quarto) tenham sido, como ainda são, recitadas por muitos de uma maneira formalista, não obstante, elas expressam fielmente sincera convicção da igreja primitiva: Cremos em um Senhor Jesus Cristo, o  Filho  de Deus,  o Unigênito  do  Pai,  isto é, da  substância  do  Pai, Deus  de Deus,  Luz  de  Luz,  verdadeiro  Deus  de  verdadeiro  Deus, gerado, foi feito; sendo da mesma substância que o Pai; pelo qual foram feitas todas as coisas que estão no céu e na terra, e o qual por nós  os  homens  e  por  nossa  salvação  desceu,  encarnou  e  foi feito homem,  sofreu,  e  ressuscitou  ao  terceiro  dia,  e  ascendeu  ao céu,donde virá outra vez para julgar os vivos e os mortos.
     
         4. Filho do homem (humanidade)
        (a)  Quem?  De  acordo  com  o  hebraico  a  expressão  "filho  de" denota relação  e  participação.  Por  exemplo:  "Os  filhos  do  reino" (Mat.  8:12)  são  aqueles  que  hão  de  participar de  suas  verdades e bênçãos.  "Os  filhos  da  ressurreição"  (Luc.  20:36)  são  aqueles que participam da vida ressuscitada. Um "filho de paz" (Luc. 10:6) é  um que  possui  caráter  pacifico.  Um  "filho  da  perdição"  (João 17:12)   é   um   destinado   a   sofrer   a   ruína   e   a   condenação. Portanto,"filho   do   homem"   significa,   principalmente,   um   que participa  da natureza  humana  e  das  qualidades  humanas.  Dessa maneira, "filho do homem" vem a ser uma designação enfática para o   homem   em   seus atributos   característicos   de   debilidade   e impotência. (Num. 23:19; Jo 16:21; 25:6.) Neste sentido o título é aplicado  oitenta vezes  a  Ezequiel,  como  uma  recordação  de  sua debilidade  e mortalidade,  e  como  um  incentivo  à  humanidade  no cumprimento da sua vocação profética.Aplicado a Cristo, "Filho do homem" designa-o como participante da natureza e das qualidades humanas,  e  como  sujeito  às  fraquezas humanas.  No  entanto,  ao mesmo  tempo,  esse  título  implica  sua deidade,  porque,  se  uma pessoa enfaticamente declarasse:  "Sou filho de  homem",  a ele  dir-se-ia: "Todos sabem disso." Porém, a expressão nos lábios de Jesus significa    uma    Pessoa    celestial    que    se havia    identificado definitivamente  com  a  humanidade  como  seu representante  e Salvador.  Notemos  também  que  é: o—e  não um—Filho  do homem.O  título  está relacionado  com  a  sua  vida  terrena  (Mar. 2:10; 2:28; Mat. 8:20;Luc. 19:10), com seus sofrimentos a favor da humanidade  (Mar.  8:31),  e  com  sua  exaltação  e  domínio  sobre  a humanidade (Mat.25:31; 26:24. Vide Dan. 7:14).Ao referir-se a si mesmo  como  "Filho do  homem",  Jesus  desejava expressar  a seguinte   mensagem:   "Eu,   o   Filho   de   Deus,   sou   Homem, em debilidade, em sofrimento, mesmo até à morte. Todavia, ainda estou em contato com o Céu de onde vim, e mantenho uma relação com  Deus  que  posso  perdoar  pecados  (Mat.  9:6),  e  sou  superior aos regulamentos religiosos que somente tem significado temporal e nacional. (Mat. 12:8.) Esta natureza humana não cessará quando eu tiver passado por estes últimos períodos de sofrimento e morte que devo  suportar  para  a  salvação  do homem  e  para  consumar  a minha obra.  Porque  subirei  e  a  levarei  comigo  ao  céu,  de  onde voltarei para  reinar  sobre  aqueles  cuja  natureza  "tornei  sobre mim".  A  humanidade  do  Filho  de  Deus  era  real  e  não  fictícia Ele nos    é    descrito    como    realmente    padecendo    fome,    sede, cansaço,dor,  e  como  estando  sujeito  em  geral  às  debilidades  da natureza,porém sem pecado.
   
     (b)  Como?  Por  qual  ato,  ou  meio,  o  Filho  de  Deus  veio  a  ser Filho do  homem?  Que  milagre  pôde  trazer  ao  mundo  "o  segundo homem" que é o "Senhor do céu"? (1Cor. 15:47.) A resposta é que o  Filho  de Deus  veio  ao  mundo  como  Filho  do  homem  sendo concebido  no  ventre  de Maria  pelo  Espírito  Santo,  e  não  por  um pai  humano.E  a  qualidade  da  vida  inteira  de  Jesus  está  em conformidade  com  amaneira  do  seu  nascimento.  Ele  que  veio através   de   um   nascimento virginal,   viveu   uma   vida   virginal (inteiramente sem pecado) —sendo essa última característica um milagre    tão    grande    como    o primeiro.    Ele    que    nasceu milagrosamente,   viveu   milagrosamente,ressuscitou   dentre   os mortos milagrosamente e deixou o mundo milagrosamente.Sobre o ato do nascimento virginal está baseada a doutrina da encarnação. (João  1:14.)  A  seguinte  declaração  dessa  doutrina  é da  pena  do erudito Martin Scott: Como todos os cristãos sabem, a encarnação significa que Deus (isto é, o Filho de Deus) se fez homem. Isso não quer  dizer  que  Deus  se  tomou  homem,  nem  que  Deus cessou  de ser  Deus e  começou a  ser  homem;  mas  que,  permanecendo como Deus,   ele   assumiu   ou   tomou   uma   natureza   nova,   a   saber, a humana,  unindo esta  à natureza  divina no  ser  ou na  pessoa —Jesus Cristo,  verdadeiro  Deus  e  verdadeiro  homem.Na  festa  das bodas de Caná, a água tornou-se em vinho pela vontade de Jesus Cristo,  o  Senhor  da  Criação  (João  2:1-11).  Não aconteceu  assim quando  Deus  se  fez  homem,  pois  em  Caná  a  água deixou  de  ser água,  quando  se  tornou  em  vinho,  mas  Deus  continuou sendo Deus, quando se fez homem.Um exemplo que nos poderá ajudar a compreender  em  que  sentido  Deus se  fez  homem,  mas  ainda  não ilustra de maneira perfeita a questão, é aquele de um rei que por sua  própria  vontade  se  fiz era mendigo.  Se  um  rei  poderoso deixasse  seu  trono  e  o  luxo  da  corte,  e vestisse  os  trapos  de  um mendigo, vivesse com mendigos,compartilhasse seus sofrimentos, etc.,   e   isto,   para   poder melhorar-lhes   as   condições   de   vida, diríamos  que  o  rei  se  fez mendigo, porém ele continuaria se‹ido verdadeiramente  rei.  Seria correto  dizer  que  o  que  o  mendigo sofreu era o sofrimento de um rei; que, quando o mendigo expiava uma  culpa,  era  o  rei  que expiava,  etc.Visto  que  Jesus  Cristo  é Deus e homem, é evidente que Deus, de alguma maneira é homem também.  Agora,  como  é  que  Deus  é  homem?  Está  claro  que  ele nem sempre foi homem, porque o homem não é eterno, mas Deus o  é.  Em  um  certo  tempo  definido,  portanto,  Deus se  fez  homem tomando    a    natureza    humana.    Que    queremos    dizer    com a expressão  "tomar  a  natureza  humana"?  Queremos  dizer  que  o Filho de  Deus,  permanecendo  Deus,  tomou  outra  natureza,  a saber,  a  do homem,  e  a  uniu  de  tal  maneira  com  a  sua,  que constituiu  uma Pessoa,  Jesus  Cristo.A  encarnação,  portanto, significa  que  o  Filho  de  Deus,  verdadeiro Deus  desde  toda  a eternidade,  no  curso  do  tempo  se  fez verdadeiro  homem  também, em  uma  Pessoa,  Jesus  Cristo,  constituída de  duas  naturezas,  a humana   e   a   divina.   Isso,   naturalmente   é   um mistério.   não podemos compreendê-lo, assim como tampouco podemos conceber a  própria  Trindade.  Há  mistérios  em  toda  parte.  Não podemos compreender  como  a  erva  e  a  água,  que  alimentam  o  gado, se transformam em carne e  sangue.  Uma  análise  química do leite não demonstra   conter   ele   nenhum   ingrediente   de   sangue, entretanto, o leite materno se torna em sangue e carne da criança. Nem a própria mãe sabe como no seu corpo se produz o leite que dá a seu filho.Nenhum dentre os sábios do mundo pode explicar a conexão existente   entre   o   pensamento   e   a   expressão   desse pensamento, ou seja, as palavras. Não devemos, pois, estranhar se não  podemos compreender  a  encarnação  de  Cristo.  Cremos  nela porque  aquele que  a  revelou,  é  o  próprio  Deus,  que  não  pode enganar nem ser enganado.
     

      (c) Por que o Filho de Deus se fez Filho do homem, ou quais foram os propósitos da encarnação?
        1)Como já observamos, o Filho de Deus veio ao mundo para ser  o Revelador  de  Deus.  Ele  afirmou  que  as  suas  obras  e  suas palavras  eram  guiadas  por  Deus  (João  5:19,  20;  10:38);  sua própria obra  evangelizadora   foi   uma   revelação   do   coração   do Pai celestial, e aqueles que criticaram sua obra entre os pecadores demonstraram assim sua falta de harmonia com o espírito do céu.(Luc. 15:1-7.)
        2)Ele tomou sobre si nossa natureza humana para glorificá-la   e desta   maneira   adaptá-la   a   um   destino   celestial.   Por conseguinte,formou  um  modelo,  por  assim  dizer,  pelo  qual  a natureza  humana poderia  ser  feita  à  semelhança  divina.  Ele,  o Filho  de  Deus,  se fez  Filho  do  homem,  para  que os  filhos  dos homens  pudessem  ser feitos  filhos  de  Deus  (João  1:2),  e  um  dia serem  semelhantes  a  ele(1  João  3:2);até  os  corpos  dos  homens serão  "conforme  o  seu  corpo  glorioso"  (Fil.  3:21).  "O  primeiro homem (Adão), da terra, é terreno: o segundo homem, o Senhor é do  céu"  (1Cor.  15:47);  e  assim,  "como trouxemos  a  imagem  do terreno  (vide  Gên.  5:3),  assim  traremos também  a  imagem  do celestial"  (verso  49),  porque  "o  último  Adão foi  feito  em  espírito vivificante" (verso 45).
      3)Porém,  o  obstáculo  a  impedir  a perfeição  da  humanidade era  o pecado —o  qual,  ao  princípio,  privou  Adão  da  glória  da justiça  original.  Para  resgatar-nos  da  culpa  do  pecado  e  de  seu poder, o Filho de Deus morreu como sacrifício expiatório.

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