Lição 06: Sendo Estratégico na Adversidade
FONTE : Escola Bereana - ADVEC
5 DICAS PARA SUPERAR AS ADVERSIDADES DA VIDA!
25/0252 Por Miguel Lucas em Psicologia Comportamental Quer queiramos ou não, a adversidade faz parte da vida. Superar as adversidades é um dos maiores obstáculos que enfrentamos. Os problemas, sejam grandes ou pequenos apresentam-se a nós durante toda a nossa existência. Independentemente de quão animado, inteligente, ou contente estejamos no momento, independentemente de a vida nos correr às mil maravilhas, inesperadamente todos nós algumas vezes somos confrontados com problemas, lutas, desafios, dificuldades. É como se fossemos postos à prova, para vermos de que fibra somos feitos, como é que conseguimos enfrentar algumas situações catastróficas e angustiantes. Não pretendo passar a mensagem que quanto mais adversidade melhor, nem sou apologista de que o sofrimento é algo de bom. Não, o sofrimento incapacitante não é benéfico. Ainda assim, não invalida que pensamos nele como uma realidade que acontece na vida de cada um de nós, certamente em número e intensidade diferentes de pessoa para pessoa. Quando acontece, aceitá-lo é uma parte da estratégia para nos livrarmos de mais sofrimento. Aceitá-lo pode constituir uma forma de nos reestruturarmos e seguirmos em frente.
Conforme Havelock Ellis escreveu: “A dor e a morte são parte da vida. Rejeitá-las é rejeitar a própria vida.”
Na verdade, graças a Deus pela adversidade! Aprender a lidar e superar as adversidades, é o que nos faz ser quem somos. Cada desafio, a cada dificuldade que enfrentamos com êxito na vida serve para fortalecer a nossa força de vontade, confiança e capacidade de vencer os obstáculos futuros. Heródoto, filósofo grego, disse: “A adversidade tem o efeito de atrair a força e as qualidades de um homem que as teria adormecido na sua ausência.”
Quando você responder de forma positiva e construtiva aos seus maiores desafios, as qualidades as forças e virtudes como, coragem, caráter, combatividade, esperança e perseverança emergem lá de dentro. É claro que, dado que somos humanos, é muito fácil cairmos na autopiedade, na injustiça da vida, ou na armadilha do “porquê eu?”. Quando fazemos isso, deixamos de reconhecer as oportunidades de sabedoria e de crescimento que acompanham a adversidade. No entanto, assim que conseguimos ou nos permitimos pensar mais claramente, que somos capazes de deixar a vitimização autodestrutiva e pensamentos improdutivos, também ficamos mais capacitados para lidar com o que está diante de nós.
DICAS PARA SUPERAR A ADVERSIDADE
1. Esteja atento, e aceite que a adversidade é inevitável na vida. Como já foi referido, a adversidade faz parte da vida. Uma vez que nos aconteça algum infortúnio, não o aceitar
ou resistir-lhe só vai fazer com que persista. Não quero dizer com isto, que sejamos passivos ou complacentes com a adversidade e que ao aceitá-la nada façamos para minimizar ou recuperar dela. Não é nada disso, o que quero dizer é que aceitar é um caminho para se desprender e reestruturar-se. É uma forma viável de procurar caminhos alternativos e seguir em frente. Onde quer que possamos ir existe certamente alguma forma de adversidade, mesmo que não seja a nossa. Há inundações, tsunamis, guerras e calamidades de todos os tipos. Mesmo dentro do seu próprio círculo de familiares e amigos há perda, morte e tragédia. Embora a dor seja inevitável, o sofrimento exacerbado é opcional. Tal, como por contraste a felicidade é possível mas é opcional. Então o que podemos fazer?
2. Construa os seus recursos internos. Antes que a adversidade o atinja, deve propor-se a trabalhar no seu equilíbrio emocional, deve fortalecer a sua musculatura emocional, coragem e disciplina. Quando você se torna consciente de que algumas dificuldades são inevitáveis, você pode preparar-se mentalmente para enfrentar as adversidades de cabeça erguida. Não será muito diferente do sentimento de um soldado que vai para a guerra. Ele (ou ela) prepara-se física e mentalmente para qualquer possibilidade. O militar sabe que pode ser desastroso, assustador, e esgotante, mas ele sente-se preparado e equipado com um conjunto de estratégias que lhe permitem enfrentar a situação com coragem. Na maioria das vezes, quando você está preparado para o pior, o pior nunca acontece, ou é muito menos grave do que o previsto.
Atenção, não estou dizendo que nos devemos movimentar na vida sempre em alerta, a ver onde está o perigo ou com o sentimento de que estamos na eminência de nos acontecer algo de ruim. Não, isso não é benéfico, pelo contrário, pode ser contraproducente. Mas tal como um médico, enfermeiro, bombeiro, ou paramédico, ou você mesmo se prepara com um curso de primeiros socorros para agir em consonância quando for necessário salvar um vida em aflição eminente, assim deveremos fazer nós. A preparação para reagir, para agir e saber como atuar em situações difíceis, é como um Kit de Primeiros Socorros para quando o “azar” nos bater à porta. Se tivermos e soubermos usar, certamente evitaremos danos maiores.
Outro recurso valioso é a autoconfiança. A Confiança que tudo vai dar certo, a esperança que sempre há uma luz no fim do túnel, e esperança que “este infortúnio também passará.” Tudo na vida tem o seu lugar e propósito, cabe-nos a nós fazer essa gestão.
3. Construa os seus recursos externos. Construa um sistema de apoio baseado na família e nos amigos. Quando as coisas ficam difíceis, todos nós precisamos de encorajamento e apoio. Precisamos de alguém com quem conversar, alguém para ajudar a aliviar o fardo. Você ficaria surpreso ao descobrir quantas vezes um amigo teve uma experiência semelhante e pode ajudar a guiá-lo no momento difícil. O facto de saber que um amigo está lá quando você precisa dele, pode ser muito reconfortante. Se a sua condição perante a adversidade não for ultrapassada e gerar problemas psicológicos como a depressão ou ansiedade, não hesite em procurar ajuda profissional,
seja através de uma consulta de psicologia ou de um grupo de suporte específico, como por exemplo determinados grupos de ajuda.
4. Aquilo que não mata nem sempre faz você mais forte. Desculpe Nietzsche, mas não posso concordar integralmente na afirmação, “o que não nos mata torna-nos mais fortes“, ela não é completamente realista. Por exemplo, se você não tiver construído e desenvolvido determinados tipo de resistência ou experiência suficientes para lidar com a dificuldade, a adversidade pode esmagá-lo. Por outro lado, se você tem resistência suficiente, se desenvolveu e trabalhou determinadas forças, então na verdade isso vai fazer você ficar mais forte. Como assim, você pergunta? A Resiliência como qualquer músculo no nosso corpo é construída gradualmente e exponencialmente com a exposição repetida aos obstáculos e às forças externas. Não necessariamente, se você não tem prática no enfrentamento dos obstáculos (como quando você escolhe evitá-los), se você decidir ainda assim propor-se ao desafio de tentar, a coisa certamente correrá mal, um evento traumático pode derrubá-lo. Como tudo na vida, a preparação é amiga da eficácia e do sucesso. Sem preparação o fracasso é uma possibilidade muito forte.
Para sublinhar este ponto, as pesquisas de desenvolvimento tem mostrado que crianças traumatizadas são mais, e não menos, prováveis de virem a sofrer novamente de algum tipo de trauma ou consequência negativa. Da mesma forma, aqueles que crescem em bairros difíceis têm uma propensão para o desequilíbrio emocional, tornam mais susceptíveis perante a adversidade, não se tornam mais resilientes, e são mais propensos a debater-se na vida.
5. Inspire-se e aprenda com os outros que têm que lidar com o sucesso e com a adversidade. Há muitas histórias inspiradoras de pessoas que superaram obstáculos aparentemente intransponíveis. Eles triunfaram sobre as suas adversidades para viver uma vida produtiva e bem-sucedida, em vez de se renderem a elas. Para aprofundar este tema, leia: Porque razão desistimos dos nossos objetivos.
Não quero com isto dizer que ao ver, ler ou assistir aos feitos dos outros os seus problemas ficam resolvidos, ou que isso diminuirá a dor ou o sentimento que tem. Provavelmente não, e essa não é a minha intenção. No entanto, ao tomar consciência das estratégias e formas que essas pessoas acionaram e/ou utilizaram para fazer face aos seus problemas ou para ir ao encontro dos seus sonhos e objetivos, pode promover e estimular em si uma mudança de perspectiva face à sua situação. Este mudança de perspectiva pode ser promotora para descobrir novos caminhos para a resolução da situação difícil em que se encontra.
Helen Keller: Perdeu a visão e a audição devido a uma febre misteriosa quando tinha apenas 18 meses de idade. Ela superou a surdez e a cegueira, tornou-se numa mulher forte e com formação e promoveu os direitos das mulheres.
Winston Churchill: Superou um problema de gaguez e fraco desempenho na escola, para se tornar primeiro-ministro do Reino Unido e um dos mais influentes líderes políticos do século XX. Ele também era conhecido pelos seus discursos poderosos e empolgantes.
Wilma Rudolph: Nasceu prematuramente, foi a vigésima de vinte e dois filhos. Ela superou uma pneumonia dupla, escarlatina e poliomielite para se tornar vencedora de três medalhas de ouro em pista nos Jogos Olímpicos de Roma em 1960.
Lance Armstrong: Superou o cancro nos testículos que se espalhou para o cérebro e pulmões (foi-lhe dito que ele tinha uma chance de apenas 40% de sobrevivência) para voltar e ganhar o Tour de France mais sete vezes!
J.K. Rowling: Nasceu numa família pobre, saiu de um péssimo casamento com um bebê e a viver da ajuda do governo, escreveu o seu primeiro livro de Harry Potter e foi rejeitado pela maioria dos editores até Bloomsbury Publishing acreditar no seu valor. Preciso dizer mais?
A determinação, superação e persistência permitiu que todas estas grandes pessoas ultrapassassem as suas adversidades e fossem bem sucedidos. Se eles conseguiram fazer isso, certamente o resto de nós pode invocar a força e a coragem para pelo menos tentar superar as nossas adversidades! Se depois seremos bem sucedidos ou não? Bem essa é uma pergunta que nem eu nem você, neste momento consegue responder.
PONTOS A RETER:
Os tempos difíceis que acontecem na nossa vida, podem ajudar-nos a compreender e a apreciar os momentos em que as coisas nos correm bem. Olhe para as oportunidades de aprendizagem que todas as situações adversas contêm. Decida se você vai permitir que a sua experiência o deite a baixo. Dependendo da forma como você interpreta a situação, acha que a poderia olhar de uma outra forma, de preferência mais capacitadora. Esteja preparado para aceitar o pior, quando ele ocorrer. Quando se prepara mentalmente para o pior, isso raramente acontece, e se isso acontecer, parece menos catastrófico, porque você está melhor equipado para lidar com isso. Cultive a coragem, autoconfiança e superação. Quanto mais dessas qualidades você conseguir reunir, menor será o impacto da adversidade.Lembre-se que a adversidade faz parte da vida. Aceitar as adversidades, ajuda a superá-las. Superar as adversidades é um dos nossos principais desafios na vida. Quando resolvemos enfrentar e superar, tornamo-nos especialistas em lidar com ela e, consequentemente, promovemos o triunfo sobre as nossas lutas do dia a dia.
Diversidade para lidar com as adversidades.
Diversidade é uma palavra que faz parte da moderna literatura de negócios. Nesses anos todos, mudaram os fins e, de maneira mais contundente, mudaram os meios. O ambiente é mais competitivo e confuso e as empresas contam com um arsenal muito mais poderoso. A tecnologia da informação é uma dessas armas de alta potência. Já não existe uma relação direta entre crescimento econômico e emprego, e entre produto interno bruto e inovação, para desespero dos economistas e contabilistas. Alguns embates continuam e serão mais acirrados: pragmatismo e humanismo; valores materiais e valores virtuosos; capital financeiro e capital intelectual; mão de obra e equipe de alto desempenho. O mundo tende a ser cada vez menos estável, menos rígido, menos seguro, menos previsível. Com isso, muitos medos continuarão à espreita: de humilhação, de inadequação, de fracasso e, até mesmo, do sucesso. Cada vez mais, as empresas precisam de uma massa crítica bem preparada para fazer frente a todos esses reveses. Entenda por massa crítica o conjunto de competências de um grupo de pessoas. A inteligência humana é o maior ativo com que as empresas podem contar. A diversidade é uma alternativa para expandir a massa crítica necessária à resolução de novos problemas e de eliminar de vez os velhos. Implica, portanto, uma abertura, nem sempre desenvolvida, em relação às diferentes faixas etárias, orientações sexuais, composições familiares, formações educacionais, experiências profissionais, margens de tolerância ao risco e à incerteza, etnias, religiões – apenas para mencionar alguns fatores. Sim, porque diversidade não tem a ver apenas com a esfera física e intelectual, mas sim com visões de mundo. Existem duas estratégias de pensamento para a resolução de problemas, em grupos de pessoas que trabalham juntas: a convergente e a divergente. O pensamento convergente é aquele em que todos os membros de um grupo se empenham em propor alternativas para solucioná-lo e querem fazer isso o mais rápido possível. O extremo oposto é o pensamento divergente, que amplia as possibilidades de análise, antes de dar cabo do problema. Empenha-se em compreender o contexto e investigar as causas, em profundidade, para depois fazer uma proposição. É uma atitude que requer o compartilhamento das percepções de cada membro do grupo, o que nem sempre é um exercício fácil. E é aí que a diversidade é positiva. Quando contribui com múltiplos pontos de vista, capazes de uma olhar mais crítico diante dos problemas. Permite, porém, o surgimento de soluções inusitadas, que jamais ocorrerão a pessoas com pensamentos muito parecidos ou que estão limitadas por bloqueios similares. Em geral, o pensamento convergente é útil para resolver problemas técnicos e pontuais, mas é limitado para oferecer uma solução criativa e lidar com o novo.
Embora implique maior dificuldade e mais tempo, o pensamento divergente tem condições de oferecer soluções inovadoras para problemas cada vez mais complexos. É na diversidade que se encontra a ampliação das perspectivas, mas – ninguém se iluda! – dos conflitos, também! Conflitos são positivos, desde que bem administrados, para que não resvalem rumo ao perigoso terreno da esfera pessoal. Sim, porque se isto ocorrer, serão desconsiderados os valores virtuosos. É aí que a diversidade deixa de ser positiva. Considere a diversidade como o colesterol: existe o bom e o ruim. A boa expande a massa crítica e a capacidade de resolver problemas; a ruim contraria valores virtuosos e afeta o caráter de uma empresa. Na era da dualidade, a diversidade também é dual. Exige, portanto, que se separe conscientemente o joio do trigo. Mãos à obra, porque é um aprendizado imprescindível!
A Guerra Íntima de um Santo
David Wilkerson October 15, 2007
O livro de Apocalipse diz que nos últimos dias Satanás se levantará em fúria e travará batalha contra "os restantes" (remanescentes). Esses restantes, claro, são o corpo de Cristo, que compreende todos "os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (Apocalipse 12:17).
Nós na igreja de Cristo sempre falamos de luta espiritual. A luta que é descrita em Apocalipse é um ataque mundial que Satanás lança contra o corpo de Cristo. "Foi lhe dado…que pelejasse contra os santos" (Apocalipse 13:7).
Todo crente está alistado no grande exército do Senhor. E Satanás está lançando sua guerra demoníaca contra esse exército. Principados e potestades do inferno se movem em ataque de tudo ou nada contra o santo remanescente de Deus. O apóstolo Paulo declara que em toda frente de batalha "Não militamos segundo a carne…As armas de nossa milícia não são carnais" ("Não lutamos segundo os padrões humanos…").
Veja estas "zonas de guerra" pelo mundo:
Nos países muçulmanos, o espírito de guerra que tem lugar é um ataque demoníaco contra o testemunho de Jesus Cristo.
Na Europa, o conflito sendo lançado contra a igreja é uma guerra do secularismo. Uma a uma, as nações européias estão se tornando estados totalmente seculares.
Na Suécia, a guerra que tem lugar envolve a incredulidade. Uma pesquisa mostra que apenas 20 por cento da população sueca crê em Deus.
Na Inglaterra, é uma guerra de apostasia. Um país que no passado foi luz para o mundo, enviando missionários para todo o globo, está rapidamente fechando muitas igrejas.
Nos Estados Unidos, a guerra de Satanás contra a igreja é uma inundação contínua de sensualidade e materialismo. As armas dele nessa guerra são amor pelo dinheiro e apego ao prazer.
Exatamente agora, os poderes satânicos das trevas pelo mundo estão se rejubilando. Eles estão convencidos de serem tão poderosos e fortes, que acham não poderem ser derrubados. Tais forças demoníacas se infiltraram em posições importantes da sociedade: na mídia, gabinetes políticos, altos tribunais. Está ocorrendo até mesmo com denominações religiosas que fazem concessões, com líderes se movendo agressivamente para casar gays, e ordenar homossexuais.
Todos esses principados demoníacos têm uma programação. Eles trabalham para reeducar crianças e jovens em torno dos "direitos" homossexuais. Buscam desgastar valores morais. Trabalham para enfraquecer o poder salvador do evangelho. Já se vêm nuvens de tempestades se juntando em Washington, capital dos Estados Unidos, à medida que mais e mais são eleitos líderes que tentam legalizar o casamento gay.
Parece que toda instituição, toda agência, está agora infiltrada e dominada por estes poderes espirituais de iniqüidade. Dá para se ouvir de verdade a exaltação e o alardeamento maligno destes principados demoníacos: "Estamos assumindo o poder. Vamos vencer a guerra". E eles parecem estar vencendo.
Mas nós sabemos como essa guerra termina: na cruz, na vitória de Jesus Cristo. Paulo diz, "As armas da nossa milícia…são poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando nós, sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (10:4,5). 1. Há ainda outro campo de batalha nessa guerra: a guerra íntima individual dos filhos de Deus
Todo crente na terra enfrenta sua própria guerra íntima. A Bíblia declara, "Tudo tem o seu tempo determinado, e
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há tempo para todo o propósito debaixo do céu…tempo de guerra, e tempo de paz" (Eclesiastes 1:1,8).
Nesse momento, você pode estar desfrutando de um tempo de paz. Agradeço a Deus por tempos assim na vida, quando a alegria brota; a minha esperança é que uma maioria de leitores esteja desfrutando de um período de descanso e júbilo.
Mas virá um tempo de guerra. E essa guerra não estará envolvendo a vasta maioria do corpo de Cristo pelo mundo, mas será uma guerra íntima. Envolverá batalhas e lutas conhecidas unicamente por você.
Há guerras da carne – eu as chamo de "guerras da alma" – e elas trazem um peso que não se consegue dividir com os outros. Mesmo seu cônjuge ou melhor amigo não podem lhe ajudar a carregá-lo. Eles simplesmente não são capazes de compreender a sua batalha.
Tais guerras e batalhas íntimas aniquilam corpo e alma. E são guerras solitárias. São apenas sobre Jesus e você.
A minha mulher chama a batalha íntima dela de "minha guerra silenciosa". Quando vejo a dor marcando seu rosto, digo a ela, "Por favor, Gwen, diga o que está acontecendo". Quero ajudar, oferecer encorajamento, orar. Mas ela responde, "É tão profundo que não consigo explicar. Só Deus sabe".
Meu filho Greg passou dois anos e meio com uma dor inimaginável, resultado de um acidente. Nem mesmo os remédios mais fortes conseguiam ajudar a agonia física de Greg. Ele ficou numa guerra particular que simplesmente não conseguia explicar.
Ninguém na família conseguia ajudá-lo, nem sua mulher ou seus pais. Eu dizia a ele, "Filho, só posso imaginar o que você tá sofrendo". Ele respondia, "Não, pai – o senhor não imagina. Simplesmente o senhor não conseguiria imaginar".
A dor era tão profunda e tremenda, que ele não conseguia descrever em palavras. Certa vez ele me disse, "Eu já nem pergunto a Deus o porquê disso. Eu só gostaria de ficar livre da dor por uma hora. O que estou batalhando é um mínimo possível de alívio do que estou passando". Foi uma batalha que ele enfrentou sozinho.
Amado, tudo isso são zonas de guerra, campos de batalha sanguinolentos. E quando as enfrentamos, não há dança, gritos de júbilo, riso ou sorrisos. Já conheço algo quanto a guerras íntimas
Tenho tido a minha porção de guerras íntimas. Quando minha filha Bonnie foi atacada pelo câncer, a minha mulher e eu entramos em combate corpo a corpo com os poderes do inferno. Por três dias. Bonnie teve de ficar isolada, com aplicações de cobalto sobre o corpo. Ela não podia comer ou receber visitas.
Lá fora, a minha mulher Gwen, chegava ao fim da linha como mãe; ela chorava golpeando a parede com os punhos e gritava, "Por que, Deus?". Era demasiado para ela.
Eu também estava totalmente aniquilado pela agonia da provação de minha filha. Entrei no carro e fui a um lugar isolado no campo, onde estacionei e comecei a caminhar sozinho pela estrada. Logo me vi gritando com Deus:
"Ó Senhor, primeiro Gwen enfrentando todas as batalhas dela contra o câncer. Depois nossa filha Debbie enfrentando-o também. Agora também a Bonnie. Me diga, o que eu fiz? Como pequei contra Ti para trazer todo esse sofrimento?".
Ninguém na terra poderia ter me ajudado naquela hora negra. Nenhum pastor ou conselheiro espiritual conseguiria isso. Mil santos poderiam ficar ao meu lado, exortando, "Fique firme, David. Não chore, não grite com Deus. Simplesmente creia".
Mas nenhuma de suas palavras teria me tocado. Eu jamais conseguiria explicar a alguém a profundidade da dor e do sofrimento que suportei aquela época. Eu precisava de algo sobrenatural, algo que apenas Deus poderia prover. Eu precisava de uma palavra de amor de meu Pai celestial. Eu tinha de ganhar essa guerra sem nenhuma outra ajuda a não ser do Espírito de Deus.
E Deus realmente veio. O Espírito Santo cochichou para mim, "Tua filha tem dois pais. Diga-me, qual deles pode
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abraçá-la agora naquele quarto?".
Respondi, "Tu podes, Senhor".
Foi como se o Senhor me tivesse dito, "Você pôs tua família em Minhas mãos. Vá em frente, desabafe, ponha isso pra fora. Sei tudo que você está sentindo. Senti isso por Meu próprio Filho. Agora confie que sou Pai para tua filha, para você, para tua família".
Naquela hora de nosso choro desesperado, Jesus entrou no quarto de Bonnie e a abraçou por três dias o tempo todo. Deus seja louvado, Ele a curou.
Muitas vezes nós cristãos nos convencemos de que o certo é ranger os dentes durante as batalhas. Dizemos às pessoas, "Tá tudo bem", mas não está tudo bem. Deus não quer que apresentemos uma fachada falsa. Ele sabe o que estamos passando, e sabe que é algo dividido só com Ele. 2. Alguns enfrentam uma guerra íntima causada por aquilo que a Bíblia chama "períodos de provações"
O apóstolo Pedro registra, "Guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelarse no último tempo. Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações (adversidades)" (I Pedro 1:5.6, itálicos meus).
A palavra em grego para provações aqui sugere abatimentos, tristezas. Se você perguntasse a qualquer santo de Deus a respeito de sua guerra íntima, ele provavelmente iria mencionar essa carga que Pedro descreve.
Todo aquele que caminha próximo a Jesus conheceu períodos terríveis de peso no coração. Ao longo da história, os preciosos de Deus têm caminhado longos dias de uma adversidade após outra. Despertaram dia após dia com mais uma notícia séria e mais outra batalha para enfrentar. Suportaram problemas familiares, crises de saúde, durezas financeiras, problemas com filhos ou netos, seus amados lutando contra terríveis adversidades.
Mesmo o rei Davi, homem de grande fé, testificou, "A minha alma, de tristeza, verte lágrimas" (Salmo 119:28). Esse é um falar franco vindo de um homem segundo o coração de Deus. Davi está dizendo, em termos simples, "Estou acabado. Não agüento mais todo esse peso. A minha vida se esvai".
Contudo, em meio a tudo isso, Pedro diz, devemos exultar "com alegria indizível e cheia de glória" (I Pedro 1:8). Por quê? Porque aprendemos que tais testes vêm mais intensamente aos piedosos. Ofereci consolação a um pastor cuja história era de partir o coração
Um ministro estava em sofrimento pelo filho, acusado de haver matado duas pessoas. Isso é provação; esse pastor suportava dia após dia de longa agonia. Ao conversarmos, ele mencionou outras terríveis adversidades na família e que me partiram o coração.
Ofereci a ele a consolação das escrituras, lembrando-o, "'Muitas são as aflições do justo'. Essa provação resultará em grande fé".
Ele me respondeu, "Irmão David, não cheguei lá ainda. A dor é grande demais para agüentar. Estou concentrado na dor de meu filho nesse momento".
Sei o que é suportar uma fase assim de adversidade por um ente querido. É aquele peso enorme enquanto estou lá sentado na igreja ao lado da equipe pastoral, ouvindo suas mensagens de esperança e encorajamento, elevando chamamentos para fé. O tempo todo meu coração se parte em dores.
E a igreja canta, "Lance fora suas amarras que pesam, entregue as cargas de dor". Mas é preciso mais do que um hino, mais do que um sermão, mais do que uma reunião no Espírito Santo para lhe levantar quando se está asfixiado por sofrimento profundo e um coração pesado. Não importa o quanto de poder há no sermão ou quão gloriosa é a adoração. Saio do culto sem me elevar e ainda caído e preso.
Em tempos assim de provação, ninguém – nenhum culto, nenhuma mensagem ou conselheiro – pode carregar o seu fardo. Trata-se de uma guerra particular, e é algo que você tem de avançar à vitória batalhando. A oração ajuda – em verdade, todas as coisas espirituais ajudam – mas Deus deseja que seja a sua vitória. 3. Algumas guerras íntimassão resultado "dos prazeres que militam na vossa carne" (Tiago 4:1)
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Recentemente li alguns capítulos de um famoso livro escrito anos atrás. O livro era sobre a guerra particular de um piedoso homem de Deus.
Esse homem era grandemente admirado como homem de Deus, justo e caridoso. Havia servido fielmente ao Senhor durante anos. Era um guerreiro da oração, adorador, homem de integridade e honestidade, e amava a palavra de Deus. Mesmo seus inimigos reconheciam sua retidão.
Então um dia seu mundo veio ao chão. Numa noite de cobiça, ele engravidou uma mulher casada. Em pânico para encobrir o terrível pecado, conseguiu que um bandoleiro matasse o marido da mulher.
Os pecados deste homem se grudaram nele, e ele foi exposto. Em dois capítulos especialmente, ele descreve em vívidos detalhes a terrível guerra íntima que se seguiu. Ele foi atacado por uma doença debilitante. Todos seus amigos o abandonaram, e os filhos se viraram contra ele. Ele caiu sob a vara corretiva de Deus e clamou, pois sua carga se tornou intolerável.
Tal homem foi vencido pela vergonha por haver manchado o nome de Deus. A culpa que ele carregava era simplesmente insuportável. Sua alma foi inundada por dor e amargas lágrimas, e ele chorou alto, "Fui tolo, hipócrita. Será que algum dia conseguirei ser perdoado?".
A angústia mental o levou a chorar de manhã até a noite. Seus dias eram de inquietude e não conseguia dormir. Afundou em profunda depressão, achando que Deus o havia abandonado.
Mais, seu corpo começou a se quebrar em dores. Os ossos doíam e uma dor terrível se desenvolveu nas costas. Com o tempo, ele sentia tormentos em cada parte do corpo. Nessa época ele escreveu, "Só consigo gemer".
A guerra íntima deste homem se tornou tão intensa, que se sentiu totalmente abandonado. Dia após dia, ele chorava, "Meu Deus, por que me abandonaste? Os meus pecados me cobrem".
A essa altura você provavelmente já entendeu que essa velha história tão famosa está na Bíblia. O homem santificado que caiu é o rei Davi. Pode-se ler sua confissão no Salmo 38 e especialmente no Salmo 69. Por que eu trouxe a confissão da "guerra íntima" de Davi?
Faço referência ao exemplo de Davi porque é a mesma guerra íntima que muitos crentes enfrentam hoje. Estou falando de crentes que caíram em pecado. A guerra de Davi não proveio de esgotamento ou da tristeza. Ela veio de um ataque maciço do inimigo.
Paulo escreve que um espírito de cobiça viria sobre o mundo. Sedução viria das profundezas do próprio inferno contra até os mais santos dentre o povo de Deus. Logo, não podemos pensar nem por um instante que as pessoas santificadas e retas estão imunes a cair nas cobiças da carne.
Muitos cristãos acham que se forem fiéis na oração e no estudo da palavra de Deus, não serão tentados. Mas Davi era um verdadeiro intercessor, um homem segundo o coração de Deus, ninguém amava o Senhor mais do que ele. Este homem santo foi severamente tentado, e sucumbiu à sua cobiça.
Veja, os mais piedosos dentre os santos são o alvo primeiro deste tipo de combate. Tiago se dirige a crentes fiéis quando alerta. "De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?" (Tiago 4:1).
Essa "guerra de prazeres" e lutas da carne não é limitada aos solteiros. Ela inclui homens e mulheres casados – crentes piedosos, gente de oração, pessoas fiéis. Paulo avisa todo seguidor de Cristo quando diz, "Aquele que está de pé, veja que não caia" (I Coríntios 10:12). Jesus traz alerta similar aos discípulos: "Orai, para que não entreis em tentação" (Lucas 22:40).
O meu coração vai até todos aqueles que, como Davi, perderam uma guerra contra a lascívia. Talvez isso descreva você. Você pode estar no meio desta terrível guerra particular. E, como Davi, você conhece algo das conseqüências. Dia após dia você enfrenta culpa, temor, vergonha. Mas lembro-lhe, você está no meio de uma guerra. E sabemos quem é o Vencedor. Davi aprendeu como vencer suas guerras íntimas
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Como combatemos o bom combate? Davi diz, "Ele adestrou as minhas mãos para o combate" (Salmo 18:34, itálicos meus). Não há fórmula, não há plano de guerra a ser desenvolvido contra a astúcia de Satanás. O Pai celestial opera de maneiras misteriosas as Suas maravilhas em nossas vidas. Podemos aprender algo de como o Seu Espírito opera, por meio do exemplo de Davi:
1. Primeiro de tudo, Davi clamou ao Senhor.
"Oh Senhor, apressa-te! Me ajude rápido. Estou prestes a cair. Por favor, se apresse e me ajude. Me salve. Tua palavra promete que me livrarás, então faça-o agora" (vide Salmo 70).
Eu lhe pergunto, com qual freqüência você faz um clamor como esse? "Oh, Senhor, quanto tempo vai levar para Tu me livrares disso? Por favor, faça algo agora. Isso está se arrastando há muito tempo. Onde está a saída que Tu prometes em Tua palavra?".
A verdade é que todos querem sair da guerra em que estão. Estamos cansados de lutar, esgotados pela batalha. E pensamos, "Já lutei o suficiente. To tão cansado que nem agüento mais". Mesmo Jesus disse na cruz, "Pai, por que Me abandonastes?".
Mas Deus não irá tirar alguns da guerra. Por quê? Primeiro, a guerra é a maneira pela qual o Senhor nos fortalece e ensina sabedoria como soldados de Seu exército.
Segundo, Ele precisa de nós na guerra. Veja, você está exatamente no centro do conflito, e outras pessoas junto a você dependem do seu exemplo. Se Deus puxar você para fora da situação, é possível que muitos de seus amigos e familiares sofram e caiam, por nunca terem lhe visto lutando sua guerra.
Você está enxergando? Você é a pessoa que Ele deseja ensinar como guerrear. Você é o guerreiro por meio de quem Deus opera. E Ele está usando o seu exemplo para fortalecer irmãos mais fracos.
2. Davi tomou uma decisão: "Vivo ou morto, engrandecerei o Senhor nessa batalha".
Esse piedoso homem disse, basicamente: "Orei para uma solução rápida para a minha batalha. Mas enquanto Deus não me livra, vou glorificá-Lo em minha luta. Vou louvá-Lo, a despeito do que estou enfrentando".
Veja o que Davi escreve nestes salmos: "Engrandecido seja Deus" (70:4). "Engrandecei ao Senhor comigo, e juntos exaltemos o seu nome" (34:3). "Digam constantemente os que amam a tua salvação: Engrandecido seja o Senhor" (40:16).
Esse deveria ser o nosso grito igualmente. Como Davi, devemos resolver que nossos corações engrandeçam o Senhor em meio às nossas guerras. Isso não quer dizer que forcemos um rosto feliz. Antes, significa que a nossa adoração a Deus é simplesmente indizível; O glorificamos em quietude em meio à nossa batalha, hora a hora. Significa nos aquietarmos em meio à tempestade que ruge, e firmemente declararmos no coração, "Senhor, eu creio!".
3. Davi se lança inteiramente à misericórdia de Deus.
Veja o incrível testemunho de Davi: "Quando eu digo: resvala-me o pé, a tua benignidade, Senhor, me sustém" (Salmo 94:18). Davi havia aprendido: "O Senhor nunca irá permitir que a pressão me vença. Por Sua graça, os problemas não me derrubarão".
Aqui estava uma revelação a Davi da misericordiosa e terna bondade do Senhor. Em toda luta contra nossas cobiças, Deus está sempre cheio de terna misericórdia aos que se arrependem. Davi escreve: "O Senhor é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno. Não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades. Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem. Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó" (Salmo 103:8-14).
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Prezado santo, você fará deste, o seu testemunho? Você pode olhar a todas as suas aflições e adversidades, ansiedades e tentações, e dizer em fé, "Pela graça de Deus, não vou cair. Não serei vencido por estas coisas"? Ele lhe responderá: "Não permitirei que sejas vencido. Tenho graça suficiente para ti". "A minha graça te basta" (2 Coríntios 12:9).
Cá está uma palavra final sobre o assunto, vinda do próprio Davi: "Ele põe termo à guerra" (Salmo 46:9). Em qualquer conflito particular que você tiver, mantenha os olhos e pensamentos fixados nisso: a misericórdia e a amorosa bondade de Deus jamais faltarão. Amém!
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