terça-feira, 8 de novembro de 2016

LIÇÃO 07: Ansiedade, tolice dos homens



Subsídios da Lição 07: Ansiedade, tolice dos homens


                            Ansiedade

Desde um mecanismo de sobrevivência da espécie, até a patologia franca. | Psicossomática | Ansiedade e Fobias |

Há autores que definem a era moderna como a Idade da Ansiedade, associando a essa ocorrência psíquico-orgânica a agitada dinâmica existencial da modernidade: sociedade industrial, competitividade, consumismo, expectativa de desempenho e assim por diante.
Diz-se que a simples participação da pessoa na sociedade contemporânea já preenche um requisito suficiente ao surgimento da Ansiedade. Portanto, viver ansiosamente passou a ser considerado uma condição do homem moderno ou um destino comum ao qual todos estamos, de alguma maneira, atrelados.

Com certeza, até por uma questão biológica, podemos dizer que a Ansiedade sempre esteve presente na história humana, desde a caverna até a nave espacial. A novidade é que agora estamos dando atenção aos efeitos dessa Ansiedade sobre o organismo e psiquismo humanos.

O potencial ansioso sempre se manteve fisiologicamente presente no mundo animal à partir dos répteis e sempre carregando consigo o sentimento do medo, sua sombra inseparável. É difícil dizer se era diferente o estresse (esta revolução orgânica e psíquica) que acometia o homem das cavernas diante de um urso feroz, daquilo que sente hoje um cidadão comum diante do assaltante que invade seu lar. Provavelmente não.
Faz parte da natureza humana determinados sentimentos, como é a ansiedade, desencadeados pelo perigo, pela ameaça, pelo desconhecido e pela perspectiva de sofrimento. A Ansiedade, originalmente fisiológica, passou a ser considerada um transtorno quando o ser humano colocou-a não a serviço de sua sobrevivência, como fazia antes e como fazem todos outros animais, mas a serviço de sua existência e do amplo leque de circunstâncias quantitativas e qualitativas desta existência.

O fato de um evento ser percebido como estressante ou ansiogênico (causador de ansiedade) não depende apenas da natureza desse evento, como acontece no mundo animal, mas do significado atribuído à ele pela pessoa, de acordo com seus recursos emocionais, de suas defesas e de seus mecanismos de enfrentamento.

A relação da pessoa com os eventos existenciais, estressores ou não, diz respeito mais à personalidade que aos eventos em si. No mundo animal um cachorro representa para o gato um agente estressor absolutamente preciso e bastante definido: realmente se trata de um cachorro. No ser humano, um elevador pode representar simplesmente um elevador mesmo, quando a pessoa não tem ansiedade patológica (fóbica), ou representar um estímulo bastante estressor, se tiver claustrofobia. 


Embora a Ansiedade favoreça o desempenho e a adaptação, ela o faz somente até certo ponto, até que nosso organismo atinja um máximo de eficiência. À partir de um ponto excedente a Ansiedade, ao invés de contribuir para a adaptação, concorrerá exatamente para o contrário, ou seja, para a falência da capacidade adaptativa.
Em nossos ancestrais o mecanismo da ansiedade-estresse foi destinado à sobrevivência da espécie diante dos perigos da luta pela vida, como acontece com qualquer animal acima dos répteis na escala filogenética. Era um mecanismo bastante útil no caso das ameaças de animais ferozes, das guerras tribais, das intempéries climáticas, da busca pelo alimento, da luta pelo espaço geográfico, etc.
No ser humano moderno, apesar dessas ameaças não existirem mais em sua plenitude, tal como existiam outrora, a ansiedade-estresse continuou existindo como o equipamento biológico. Continuou existindo a capacidade de reagirmos ansiosamente diante das ameaças.
Com a civilidade outros perigos apareceram e ocuparam o lugar daqueles que estressavam nossos ancestrais arqueológicos. Hoje em dia tememos a competitividade social, a segurança, a competência profissional, a sobrevivência econômica, as perspectivas futuras e mais uma infinidade de ameaças abstratas e/ou reais. Enfim, todas essas condições existenciais passaram a ter o mesmo significado de ameaça e de perigo que tinham as circunstâncias necessárias à sobrevivência da vida animal que ameaçavam nossos ancestrais.
No ser humano animalesco tais ameaças eram concretas e a pessoa tinha um determinado objeto real à combater (fugir ou atacar), localizável no tempo e no espaço. Hoje em dia esse objeto de perigo vive dentro de nós, as ameaças vivem, dormem e acordam conosco.
Se, em épocas primitivas o coração palpitava, a respiração ofegava e a pele transpirava diante de um animal feroz a nos atacar, se ficávamos estressados diante da invasão de uma tribo inimiga, hoje em dia nosso coração bate mais forte diante do desemprego, dos preços altos, das dificuldades para educação dos filhos, das perspectivas de um futuro sombrio, dos muitos compromissos econômicos cotidianos e assim por diante. Como se vê, hoje nossa Ansiedade é contínua e crônica. Se a adrenalina antes aumentava só de quando em quando, hoje ela está aumentada quase diariamente.
A Ansiedade aparece em nossa vida como um sentimento de apreensão, uma sensação de que algo está para acontecer, ela representa um contínuo estado de alerta e uma constante pressa em terminar as coisas que ainda nem começamos. Desse jeito, nosso domingo têm uma apreensão de segunda-feira e a pessoa antes de dormir já pensa em tudo que terá de fazer quando o dia amanhecer. É a corrida para não deixar nada para trás, além de nossos concorrentes. É um estado de alarme contínuo e uma prontidão para o que der e vier.
No ser humano o conflito parece ser essencial ao desenvolvimento da Ansiedade. Em nosso cotidiano, sem termos plena consciência, experimentamos um sem-número de pequenos conflitos, interpessoais ou intrapsíquicos; as tensões entre ir e não ir, fazer e não fazer, querer e não poder, dever e não querer, poder e não dever, a assim por diante. Portanto, motivação fisiológica para o aparecimento da Ansiedade existe de sobra.
A Ansiedade se manifesta em três níveis: neuroendócrino, visceral e cognitivo (da consciência). O nível neuroendócrino diz respeito aos efeitos da adrenalina, noradrenalina, glucagon, hormônio anti-diurético e cortisol, principalmente. No plano visceral a Ansiedade corre por conta do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), o qual reage se excitando o organismo na reação de alarme (sistema simpático) ou relaxando-o (sistema parassimpático).
Cognitivamente a Ansiedade se manifesta pela percepção de dois sentimentos desagradáveis:
1- através da consciência das sensações fisiológicas de sudorese, palpitação, inquietação e outros sintomas autonômicos (do sistema nervoso autônomo); 2- através da consciência de estar nervoso e/ou amedrontado.
Os padrões individuais de Ansiedade variam amplamente. Algumas pessoas têm sintomas cardiovasculares, tais como palpitações, sudorese ou opressão no peito, outros manifestam sintomas gastrointestinais, tais como náuseas, vômito, diarreia ou vazio no estômago, outras ainda apresentam mal-estar respiratório ou predomínio de tensão muscular exagerada, do tipo espasmo, torcicolo e lombalgia. Enfim, os sintomas físicos e viscerais variam de pessoa para pessoa. Psicologicamente a Ansiedade pode monopolizar as atividades psíquicas e comprometer, desde a atenção e memória, até a interpretação fiel da realidade.
Assim sendo, considerando a nossa capacidade fisiológica de nos adaptarmos às diversas circunstâncias através da Ansiedade, falamos em Ansiedade Normal. Por outro lado, falamos também da Ansiedade Patológica como uma forma de resposta inadequada, em intensidade e duração, à solicitações de adaptação. Um determinado estímulo (interno ou externo) funcionando como uma convocação de alarme continuamente, por exemplo, pode favorecer o surgimento da Ansiedade Patológica.

  Na fig. ao lado vemos a relação entre o nível de estresse e o desempenho; quando o estresse aumenta (linha horizontal) melhora a adaptação, até um ponto ótimo, daí em diante o desempenho começa a decrescer (vertical) até o a Desadaptação e,
finalmente, o Esgotamento

A Ansiedade aparece em nossa vida como um sentimento de apreensão, uma sensação de que algo pode acontecer, ela representa um contínuo estado de alerta e uma constante pressa em terminar as coisas que ainda nem começamos. É desse jeito que nosso domingo tem uma representação de segunda-feira e a pessoa antes de dormir já pensa em tudo que terá de fazer quando o dia amanhecer. É um estado de alarme contínuo e uma prontidão para o que der e vier.
A natureza foi generosa nos oferecendo a atitude da Ansiedade ou Estresse, no sentido de favorecer nossa adaptação. Porém, se não tiver um tempo suficiente para a recuperação desse esforço psíquico, persistindo continuadamente os estímulos de ameaça que desencadeiam a reação de Estresse, nossos recursos para a adaptação acabam por esgotar-se. O Esgotamento é, como diz o próprio nome, um estado onde nossas reservas de recursos para a adaptação se acabam.
Biologicamente a etiologia da Ansiedade parece estar relacionada aos sistemas Noradrenérgico, Gabaérgico e Serotoninérgico (da noradrenalina, serotonina e gaba, respectivamente) do Lombo Frontal e do Sistema Límbico. Os pacientes ansiosos tendem a ter um tônus do sistema nervoso autônomo em sua parte simpática aumentado, respondendo emocionalmente de forma excessiva aos estímulos ambientais. As teorias psicossociais sobre a gênese da Ansiedade são exaustivamente estudadas, não só pela medicina como também pela psicologia, pela sociologia, pela antropologia e pela filosofia.
Transtorno de Ansiedade Generalizada A característica essencial do Transtorno de Ansiedade Generalizada é uma expectativa apreensiva ou preocupação excessivas, ocorrendo na maioria dos dias e com duração de, pelo menos, 6 meses. A pessoa portadora de Transtorno de Ansiedade Generalizada considera difícil controlar essa preocupação excessiva, a qual é acompanhadas de pelo menos três dos seguintes sintomas adicionais:
Inquietação, Fatiga, Dificuldade em concentrar-se, Irritabilidade, Tensão muscular e Perturbação do sono
Embora os pacientes com Transtorno de Ansiedade Generalizada nem sempre sejam capazes de identificar suas preocupações como "excessivas", eles relatam sofrimento subjetivo por causa delas, têm dificuldade em controlá-las ou experimentam prejuízo social ou ocupacional por causa disso.
A intensidade, duração ou frequência da ansiedade ou preocupação excessivas são claramente desproporcionais aos eventos estressores e a pessoa considera difícil evitar que essas preocupações interfiram na atenção e nas tarefas que precisam ser realizadas. Normalmente ela tem dificuldade em parar de se preocupar.
Os adultos com Transtorno de Ansiedade Generalizada frequentemente se preocupam com circunstâncias cotidianas e rotineiras, tais como possíveis responsabilidades no emprego, finanças, saúde de membros da família, infortúnio acometendo os filhos ou questões menores, tais como tarefas domésticas, consertos no automóvel ou atrasos a compromissos.

Critérios Diagnósticos para F41.1 - 300.02 Transtorno de Ansiedade Generalizada

. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos 6 meses, nos diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.

C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes sintomas, presentes na maioria dos dias nos últimos 6 meses. Nota: Apenas um item é exigido para crianças.
(1) inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele
(2) fatiga
(3) dificuldade em concentrar-se ou sensações de "branco" na mente
(4) irritabilidade
(5) tensão muscular
(6) perturbação do sono (dificuldades em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
D. O foco da ansiedade ou preocupação não se refere a ter um Ataque de Pânico,ou ficarr embaraçado em público (como na Fobia Social), ou ser contaminado (como no Transtorno Obsessivo-Compulsivo).
E. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
F. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipertiroidismo).

As crianças com Transtorno de Ansiedade Generalizada tendem a exibir preocupação excessiva com sua competência ou a qualidade de seu desempenho. Durante o curso do transtorno, o foco da preocupação pode mudar de uma preocupação para outra.

Estresse e Ansiedade Diante de uma situação estressora, o tipo e o grau da resposta de cada pessoa não dependerá apenas da força, importância e frequência do evento de vida estressor. As reações de estresse dependerão predominantemente da faculdade de cada um interpretar, avaliar e enfrentar as vivências estressoras. A atribuição de determinar as características qualitativas e quantitativas das reações de estresse e ansiedade é fortemente determinada pela personalidade da pessoa.

Tendo seu perfil básico atrelado à personalidade, a resposta característica ao estresse de cada um, chamada de capacidade de enfrentamento do evento estressor, acaba fazendo parte dos recursos cognitivos e emocionais da pessoa. Como se deduz, o perfil cognitivo não é estático e imutável ao longo da vida, podendo ser dinamicamente alterado para melhor ou para pior. Talvez essa questão seja um dos principais objetivos da chamada Terapia CognitivoComportamental.

Quando intensa a resposta ao estresse determina ativação fisiológica, ou seja, pode mobiliza todo organismo em torno desse esforço adaptativo; inicialmente através do Sistema Nervoso Autônomo e, em seguida, de todo sistema neuroendócrino-eletrolítico.
Se o esforço adaptativo aos eventos estressores for frequente, duradouro ou intenso, pode levar a um estado de Esgotamento, que é a falência dos recursos emocionais e fisiológicos. Isso leva ao aparecimento de transtornos orgânicos diversos e, da parte psíquica, predispõe ao aparecimento de 

Transtornos de Ansiedade e outros transtornos emocionais.

Assim, por conta do estresse, o desenvolvimento de um transtorno, seja ele emocional ou orgânico (psicossomático), está diretamente relacionado à frequência e duração das situações que o sujeito avalia como estressoras para si, e não, exatamente, relacionado à magnitude do evento propriamente dito (objetivamente considerado). Margis e cols. (2003), concluíram em trabalho sobre a relação entre estressores, estresse e ansiedade que, para os eventos de vida estressores causarem o surgimento de sintomas de Depressão ou Ansiedade, deve haver uma predisposição genética para lidar de forma inadequada com esses eventos.

Os eventos de vida estressores têm sido diferenciados em dependentes e independentes. Os eventos de vida dependentes apresentam a participação do sujeito, ou seja, dependem da forma como o sujeito se coloca nas relações interpessoais, como se relaciona com o meio, de forma que seu comportamento pode provocar e ser responsável por
situações desfavoráveis a si mesmo. Os eventos de vida estressores independentes são aqueles que estão além do controle do sujeito, independem de sua participação, sendo inevitáveis, como por exemplo, a morte de um familiar ou a saída de um filho de casa, etc.

Há ainda uma diferença entre evento traumático e evento de vida estressor. O evento traumático é aquele que produz consequências psíquicas por longo tempo, às vezes por muitos anos. O evento de vida estressor é aquele que, embora possa ter efeitos psicológicos sob a forma de sintomas e desadaptação, uma vez removido ou afastado, proporciona diminuição do quadro psicopatológico provocado por ele.

Além dos eventos de vida estressores, mais fortes e importantes, existem também os acontecimentos diários menores, vindos das diversas situações cotidianas, como a agitação do dia-a-dia, a luta pela competitividade, os dissabores da violência urbana, as dificuldades econômicas, etc. Muitas vezes estes acontecimentos diários menores, por serem frequentes acabam gerando respostas estressantes com efeitos psicológicos e biológicos para alguns indivíduos. Veremos isso mais detalhadamente na seção Estresse.
. Ballone GJ - Ansiedade - in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2015.

                    

                              Veja uma lista com os diferentes sintomas:

Sintomas Físicos                                           Sintomas Psicológicos
Enjoo e vômitos                                             Agitação e balanço das pernas e dos braços
Tontura ou sensação de desmaio                                      Nervosismo
Falta de ar ou respiração ofegante                                    Dificuldade de concentração
Dor ou aperto no peito e palpitações no coração            Preocupação
Dor de barriga, podendo ter diarreia                                 Medo constante
Roer as unhas, sentir tremores e falar muito rápido
Sensação de que algo ruim vai acontecer
Tensão muscular, causando dor nas costas                    Descontrole sobre os próprios pensamentos
Irritabilidade e dificuldade para dormir                              Preocupação exagerada em          relação à realidade

https://www.tuasaude.com/sintomas-de-ansiedade/
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ANSIEDADE: VERSÍCULOS BÍBLICOS SOBRE ANSIEDADE
Em Cristo, temos paz com Deus Rm 5.1 – Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
Em Cristo, temos a paz de Deus 2Ts 3.16 – Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em todas as circunstâncias. O Senhor seja com todos vós. Jo 14.27 – Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. 2 Pe 1.2 – Graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. Gl 5.22, 23 – Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. Fp 4.6, 7 – Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. Fp 4.9 – O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco. Ficar ansiosos é inútil Lc 12.25, 26 – Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? Se, portanto, nada podeis fazer quanto às coisas mínimas, por que andais ansiosos pelas outras? Mt 6.34 – Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.
Ficar ansiosos traz prejuízos Pv 12.25 – A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra. Lc 10.40-42 – Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada. Devemos levar nossas preocupações e pesos a Deus Fp 4.6, 7 – Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam
conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. 1Pe 5.6, 7 – Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Mt 11.28, 29 – Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Sl 38.9 – Na tua presença, Senhor, estão os meus desejos todos, e a minha ansiedade não te é oculta. Deus supre todas as nossas necessidades Mt 6.31-33 – Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?  Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Rm 8.32 – Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?
Deus cuida de nós constantemente Hb 13.5 – Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Pv 3.25, 26 – Não temas o pavor repentino, nem a arremetida dos perversos, quando vier. Porque o SENHOR será a tua segurança e guardará os teus pés de serem presos. Sl 55.22 – Confia os teus cuidados ao SENHOR, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado. Sl 94.19, 22 – Nos muitos cuidados que dentro de mim se multiplicam, as tuas consolações me alegram a alma. [?] Mas o SENHOR é o meu baluarte e o meu Deus, o rochedo em que me abrigo.
Confiar em Deus resulta em paz e descanso Jr 17.7, 8 – Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto. Jo 14.1 – Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Jo 16.33 – Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. Is 26.3, 4 – Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti. Confiai no SENHOR perpetuamente, porque o SENHOR Deus é uma rocha eterna

O QUE É ANSIEDADE E PORQUE FICAMOS ANSIOSOS?

A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva excitação do Sistema Nervoso Central consequente à interpretação de uma situação de perigo. Parente próxima do medo (muitas vezes a diferenciação não é possível), é distinguida dele pelo fato de o medo ter um fator desencadeante real e palpável, enquanto na ansiedade o fator de estímulo teria características mais subjetivas. A ansiedade é o grande sintoma de características psicológicas que mostra a intersecção entre o físico e psíquico, uma vez que tem claros sintomas físicos, como: taquicardia (batedeira), sudorese, tremores, tensão muscular aumento das secreções (urinárias e fecais), aumento da motilidade intestinal, cefaleia (dor de cabeça). Quando recorrente e intensa também é chamada de Síndrome do Pânico (crise ansiosa aguda). Toda esta excitação acontece decorrente de uma descarga de um neurotransmissor chamado Noradrenalina, que é produzido nas suprarrenais, lócus cerúleos e núcleo amigdaloide.

O nosso sistema nervoso central e a nossa mente necessitam de uma situação de conforto e de segurança para usufruir da sensação de repouso e de bem estar. Quando a nossa percepção nos alerta para uma situação de perigo a este estado, acontece o estado ansioso. Evolutivamente, faz muito pouco tempo que saímos dos tempos da caverna, onde os perigos de vida e a necessidade de luta eram constantes. A excitação do sistema nervoso central vinha como uma forma de estimular o nosso corpo para a luta ou para a fuga.O que interpretamos como perigo hoje transcende, e muito, o perigo de vida biológico. Perda de status, de conforto, de poder econômico, de afetos, amizades, de privilégios, vantagens, de possibilidade de concretizar interesses, de vaidade, são fatores mais do que suficientes em muitos casos para disparar o estado ansioso. Em estados de desequilíbrio emocional o simples contato com o novo, com situações inesperadas e desconhecidas são o suficiente para disparar estados ansiosos.

A principal característica psíquica do estado ansioso é uma excitação, uma aceleração do pensamento, como se estivéssemos elaborando, planejando uma maneira de nos livrar do perigo e da maneira mais rápida possível. Este movimento mental, na maioria das vezes, acaba causando uma certa confusão, uma ineficiência da ação, um aumento da sensação de perigo e de incapacidade de se livrar dele, o que configura um círculo vicioso, pois esta sensação só faz aumentar ainda mais o estado ansioso. “Mente acelerada é mente desequilibrada”. Este movimento impulsivo de a mente se acelerar, de precisar ter tudo sob controle, para poder usufruir da sensação de repouso e conforto faz com que ela se excite, e se o problema não tiver uma solução mental imediata, como o que acontece na maioria dos casos, teremos a chamada ansiedade patológica, que tende a se cronificar e piorar com os anos. A primeira é que a ansiedade poderia ter uma origem genética, ou seja, a pessoa herda de seus ancestrais uma pré-disposição para ter estes sintomas. Nestes casos, as manifestações podem ser bastante precoces, sendo a pessoa desde cedo uma criança agitada, às vezes hiperativa, que chora com facilidade e às vezes até com dificuldade de dormir. A ansiedade precoce também pode se manifestar através da avidez de mamar e numa postura mais teimosa e possessiva ainda como criança. A segunda é uma infância carente e problemática, na qual as dificuldades dos pais, mas principalmente da mãe, de passar afeto e suprir as carências afetivas da criança fazem com que ela se sinta insegura e exposta e agrave e condicione um sentimento de que coisas ruins e sensações negativas podem acontecer a qualquer momento. A terceira é a dificuldade de incorporar fatos e intercorrências novas ou desconhecidas. O velho ou conhecido sempre traz a sensação de segurança e controle. O novo, por sua vez, tem a capacidade de potencializar a sensação de medo no sentido de que algo ruim ou perigoso pode vir a acontecer. É mais ou menos assim: “Tudo que vem de mim é seguro e tudo que vem de fora e não está sob controle é perigoso”. É a clássica postura do pessimista, como aquele personagem dos desenhos antigos de TV, a hiena Hardy, amiga do leão Lippy, que sempre dizia “Oh céus, oh vida, oh azar, não vai dar certo!” Traumas de infância, grandes sustos, perdas afetivas ou mesmo materiais também podem desencadear quadros ansiosos importantes, mas não chegariam a ser causas específicas. A tentativa de se livrar deste mundo de sensações e sentimentos, que tenha características desequilibradas, desajustadas, são causadoras dos seguintes transtornos:

Transtorno Obsessivo Compulsivo
Transtorno Ansioso
Transtorno Hipocondríaco
Transtorno Histérico
Transtorno Fóbico

Primeiro é preciso entender que a ansiedade é um fato normal quando não é exagerada. A ansiedade corresponde à excitação do neurônio e a sua necessidade de descarregá-la. Ela, normalmente, é desencadeada quando a pessoa entra em contato com situações novas e desconhecidas ou quando a situação contém alto valor afetivo. Para poder combatê-la, o primeiro passo é identificá-la. O corpo fica tenso, existe uma necessidade de se movimentar fisicamente (mexer pés ou mãos e inquietação em geral), a respiração está mais acelerada e o pensamento fica agitado (muitas ideias passam pela cabeça de forma acelerada). Algumas vezes a cabeça fica confusa e não se sabe direito o que se quer. 

Uma vez identificado este estado deve-se focar na respiração. A frequência respiratória precisa ser diminuída. Deve se inspirar lentamente e encher o pulmão em mais ou menos 75%. Em seguida deve-se expirar e tirar todo o ar do pulmão, com a ajuda do diafragma, também de forma lenta. A respiração tem a capacidade de controlar o corpo e a mente. Este tipo de exercício deve ser feito por pelo menos 10 minutos e deve-se tentar manter a cabeça vazia. Os pensamentos precisam sair da mente junto com o ar expirado Os Yogues já sabem destas coisas há mais de 3000 anos. A ansiedade é desencadeada por preocupações. Uma incerteza que desperta o nosso pessimismo, e a sensação de algo muito ruim vai acontecer. E que é preciso fazer algo para evitar o pior. Atingir as nossas metas e objetivos.

Esta é a hora de parar, quanto maior a nossa pressa para atingir o objetivo, maior a ansiedade. Não se pode ter pressa para atingir objetivo. É como dizem os ditados populares: “o apressado come cru”, “devagar se vai ao longe” É lógico que não devemos abrir mão de nossos objetivos, mas é preciso que eles sejam atingidos quando possível e necessário no plano do real, e não na cabeça. O que nos protege é a nossa ação, e não as nossas ideias; portanto, as ideias servem para nos orientar, e não para nos acelerar. Esvazie a cabeça quando estiver ansioso e confie que, de forma lenta, você chegará num ponto de proteção, abra mão mentalmente de sua meta e objetivo por um tempo. Só até recuperar o equilíbrio. “Mente acelerada é mente desequilibrada” (Isaac Efraim). Se depois de cuidar da respiração e de esvaziar a cabeça você não melhorar, vá para os remédios, talvez eles te ajudem mais. 

Sete passos para se livrar da ansiedade:


1- Respire fundo, lenta e compassadamente pelo maior tempo que você for capaz, pois isto ajuda a desacelerar fisiologicamente o cérebro e, por consequência, a mente.
 2- Entenda que quando um problema novo se configura a sua frente, a solução não está na sua mente, não está no seu pensamento, e sim no fato em si. Quando for possível, olhe para o novo, procure entendê-lo, aumente as suas informações e o seu conhecimento sobre ele. Não busque referências anteriores, pois isto aumentará a sua ansiedade. Se não for possível olhar para o problema procure não pensar nele, tente distrair a sua mente com outra coisa, brigue com ela para não pensar na entrevista e em suas consequências.
 3- Aceite a falta de controle, abra mão da prepotência da sua mente, e entenda que não somos deuses superpoderosos que tudo podemos controlar. Uma parte de nossa vida tem que entregar a Deus, ao destino, à sorte e… Seja o que Deus quiser…
 4- Problemas e novidades se resolvem com ação e não com pensamento, é preciso fazer o melhor que está a nosso alcance, focado, ligado no real. O que está além do nosso melhor esforço não podemos controlar.
5- Aceitar a possibilidade de perder, não querer ganhar a qualquer custo, pois isto acelera a mente e aumenta e muito a chance de derrota.
6- Aceite conviver com a insegurança quando ela surgir a sua frente. Não queira se livrar dela. Não tenha pressa. Quanto mais você aceitar conviver com a insegurança, mais calmamente ela irá embora e mais a sua mente e acalmará. Quanto mais você tentar se livrar dela, mais ela se tornará ansiedade.
 7- Não se deixar enganar pela mente. Quando ela ficar buzinando internamente que o pior vai acontecer, usar as palavras mágicas: ” Seja o que Deus quiser…”. Resumindo: mente acelerada é mente desequilibrada. Para livrar-nos da ansiedade, devemos aprender a escapar do domínio e desacelerar a nossa mente.


Escola Bereana - ADVEC


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