Capítulo 6
ISAQUE, NÃO DESÇA AO EGITO
Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz .
- Salmos 37.11
A história de Isaque é uma das mais belas do Genesis. Ele é o segundo patriarca na escala dos pais
da nação israelita. Logo a
seguir, aprece seu filho Jacó, que se
tornou o terceiro patriarca de Israel. Quando
um israelita ora a Yahweh, refere-se sempre aos três patriarcas.
Portanto, esse capítulo trata de uma experiência específica quando Isaque
enfrentou as primeiras dificuldades em sua vida. Foram algumas
crises com as quais ele teve que
se deparar e que exigiram dele atitudes inteligentes e, acima de tudo, de confiança no Deus de seu pai.
Percebe-se que o
capítulo 26 de Genesis
parece repetir a mesma experiência
de Abraão quando enfrenta a fome em Canaã.
Isaque resolve sair de Canaã, que
passava mais uma vez pela adversidade da escassez de grãos na terra.
Isaque saiu rumo ao Egito, mas
parou na terra de Gerar, lugar dos
filisteus. Nessa terra dos
filisteus, Isaque prosperou
muito e adquiriu muita riqueza
(Gn 26.12). Antes
de continuar sua caminhada para o
Egito, o
Senhor apareceu-lhe e disse: “Não
desças ao Egito” (Gn 26.2).
O Senhor o
prevenira acerca dos perigos do
Egito e prometeu abençoá-lo onde
estivesse, mas não no Egito.
A ideia de ir para o Egito
lembrava experiências ruins.
Isaque estava sendo lembrado pelo Senhor de que não seria bom que ele
fosse ao Egito, uma vez que seu pai, Abraão, havia passado por experiências
ruins naquele lugar, com consequências
amargas que lembravam
mentira, engodo e humilhação por estar fora da vontade de
Deus. Foi no Egito que Abraão foi sem ter consultado ao Senhor. Lá, sabendo-se
fora do plano de Deus, Abraão não construiu um altar ao Senhor porque sabia que
Deus não aceitaria seu sacrifício. Depois de muitos anos, Deus falou com seu
filho Isaque, que já tinha dois filhos, Esaú e Jacó, que não descesse ao Egito.
Deus sabia por sua presciência, que
Isaque poderia ser vencido pelas
tentações da terra e não teria firmeza suficiente para evitar as ameaças do
povo daquela terra.
Entretanto,
podemos perceber que os valores
morais e espirituais estariam na vida de Isaque, mesmo
que, em algumas vezes ele se deixasse vencer em algumas circunstâncias.
ISAQUE, UM HOMEM DE CARÁTER ILIBADO
Antes de considerar os aspectos históricos que envolveram
sua mudança de Canaã para Gerar, o
homem Isaque faz uma demonstração
das qualidades de
seu caráter quando
teve de enfrentar e passar por
algumas crises. O
exemplo maior de Isaque foi,
sem dúvida, o de
seu pai Abraão, que, acima de tudo, tinha um elevado conceito moral entre
todos os
povos por onde
habitou. Foi um homem
temente a Deus, a despeito de alguns momentos de fraqueza,
mas não se deixou levar por costumes que pudessem servir de mau testemunho para
seu filho Isaque. O autor da Carta
aos Hebreus diz que
“pela fé, [Abraão] habitou
na terra da promessa, como em
terra alheia, morando em
cabanas com Isaque e Jacó,
herdeiros com ele da mesma promessa”
(Hb 11.9). Isaque assimilou muito
bem as características de caráter de seu pai e, por isso, tornou-se um homem
especial no projeto de Deus.
Um Homem sob a Bênção de Deus de Espírito Despojado
No texto de Genesis 26.1-5, à semelhança de Abraão, Deus
aparece a Isaque e fala com ele, demonstrando a Isaque a mesma disposição para
ajudar e orientar sua vida ao longo dos anos.
Era a providência divina demonstrada
em algum as circunstâncias adversas
pelas quais Isaque passaria. Ao lado dos pais, Abraão e
Sara, Isaque aprendeu a depender de Deus e a manter-se fiel às promessas da
terra de Canaã. Mas, como aconteceu
anteriormente com Abraão, Isaque
enfrentou o problema da escassez
de alimentos na terra,
mesmo que “a
fome na terra” não tenha afetado diretamente a ele e sua fazenda.
Mudou-se para Gerar, na terra dos
filisteus e teve de enfrentar obstáculos
daquele povo em tudo quanto
fazia, por causa da inveja da sua prosperidade.
Deus o abençoou copiosamente,
tanto em Canaã como em Gerar. Nessa terra, Isaque viu crescer sua fazenda e
isso provocou inveja e ciúme da parte dos filisteus, que começaram a criar
dificuldades para ele e sua gente.
Um Homem de Espírito Despojado
A herança maior que
Isaque recebeu de seu pai
foi o exemplo
de seu caráter. As riquezas
materiais acumuladas eram apenas o fruto do trabalho. Em
Gerar, na terra dos
filisteus, Isaque continuou
sendo abençoado por Deus, e toda a terra plantada e os pastos rejuvenesciam
milagrosamente, mas Isaque
foi uma pessoa de “espírito
despojado”. A despeito da capacidade de administrar os bens
que possuía, Isaque não
colocava seu coração nas
coisas materiais, porque sabia que Deus era a sua segurança. Acima
de tudo, seu
despojamento indicava que ele
temia a Deus e dependia dEle para viver feliz.
Era um homem que correspondia ao que Jesus falou no seu sermão do Monte,
quando disse: “Bem-aventurados os
pobres de espírito”
(Mt 5.3). Olhando com olhos positivos, entendemos que “um pobre de espírito” é alguém que sabe que não
é nada e que Deus é tudo
na sua vida. É alguém que se reconhece dependente de Deus para as
realizações da sua vida pessoal. Não se trata de alguém nulo, incapaz, mas sim
de alguém que rejeita a postura de autossuficiência e está disposta a abrir mão
de si mesmo para depender de Deus e da sua provisão. Isaque tinha essa
qualidade e, por isso, quando se tornou
rico, reconhecia que Deus era a razão de
tudo.
Um Homem de Espírito Manso
A palavra manso no grego neo-testamentário é “praos”, que se refere à atitude interior de uma
pessoa no modo de agir e reagir às situações. No sentido figurado, praos pode significar gentileza, humildade,
cortesia. Há um substantivo de prazos que é praotês, cujo significado é “a força interior que põe
sob controle o nosso dia a dia.
Portanto, ter “espírito manso” é ter a serenidade para agir
com firmeza sem se deixar arrebatar pela ira provocada por alguma situação
ruim. Isaque é um exemplo de
mansidão que sabia agir e reagir ante alguns obstáculos.
No registro histórico de
Génesis 26, encontramos
os filisteus criando dificuldades para a continuidade de
Isaque naquela terra. Ao reabrir alguns poços, os quais foram abertos
por seu pai, Abraão, em tempos atrás, os filisteus iam aos mesmos poços e os
entulhavam para que Isaque e seus pastores não
tivessem água para o seu gado. Em
vez de agir com atitude de represália aos filisteus, Isaque preferiu agir com atitude mansa, abrindo outros poços em outros lugares para
evitar conflitos.
Seu espírito manso era uma qualidade de equilíbrio que o
fazia forte, não um fraco, ou medroso de reagir. Na verdade, a mansidão é uma
força sob controle em que a pessoa não se exaspera facilmente, mas é capaz de dialogar e procurar produzir a
paz. Mansidão é uma
qualidade do fruto do Espírito” (G1 5.22,23)
que deve ser cultivada por aqueles que temem a Deus. A prosperidade de Isaque foi uma realidade em
função dessas qualidades de espírito que ele possuía. Ter o espírito manso
(1 Co 4.21) é ter a firmeza de não se intimidar diante
das ameaças, mas agir com serenidade para
evitar confrontos que produzem mal estar a todos.
0 DRAMA QUE SE REPETE
Parece coincidência de fatos, mas as mesmas situações se
repetiram, as mesmas experiências vividas por Abraão passaram a ser vividas por
Isaque naquela terra.
Visto que Deus
estava no controle
de todas as coisas na vida de ambos, entendemos o
cuidado de Deus para com eles a fim de preservar o seu projeto da “Terra
Prometida”.
Não Há nenhum Determinismo na Experiência de Isaque
Tanto Abraão quando Isaque, ao saírem da terra de Canaã em
busca de mais prosperidade
material em terras
estrangeiras, sofreram com os vizinhos pagãos as
relações que agiam com eles com desconfiança, inveja e porfia.
Aqueles povos não
tinham dificuldades em
aceitar a prosperidade de ambos. Agora,
Isaque repete a mesma história e deseja
ir para o Egito, deixando Canaã, o lugar da promessa. Isaque estava em
Canaã e, como nos dias de Abraão, seu
pai, a terra de Canaã passou a ter
escassez de víveres, não só
para os moradores da terra, bem
como para os animais de criação.
Por algum momento de fraqueza espiritual, Isaque deixou de buscar ao Senhor para receber a orientação de como
deveria fazer para não ser atingido pela fome da terra. Não há nenhum
determinismo quanto aos fatos acontecidos.
Defrontando-se com a Fome da Terra de Canaã
Essa situação de escassez de
alimentos na terra de Canaã fomentou na mente de Isaque o desejo de
repetir o que seu pai havia feito muitos anos
antes: ir para o
Egito. Quantas vezes
somos influenciados por circunstâncias que nos levam a tomar
decisões precipitadas? O Senhor exortou a Isaque que não viajasse para
o Egito. Na presciência divina, o Egito
seria uma interferência no plano de Deus para a vida de Isaque. Quando deixamos de buscar a Deus para
direção de nossa vida, tornamo-nos
reféns de preocupações que fazem o coração pulsar mais forte e as nossas emoções ficam à mercê dessas preocupações.
Quando Isaque permitiu que sua mente e coração fossem atormentados por
pensamentos fora da vontade Deus, a ideia de ir para o Egito parecia ser a
melhor opção naquele momento. Mas Deus ordena que não fosse ao Egito, porque
esse lugar é símbolo do mundo que se opõe a Deus. O Egito
é tipo da oposição que ameaça a fé cristã.
Nessa ocasião, Isaque já tinha 75 anos de idade e, a
despeito da prosperidade que teve no Egito, sentiu que “a fome na terra”
prejudicaria seu avanço na terra. A escassez da terra o levou à cidade de
Gerar, cidade dos filisteus, e,
chegando lá, buscou ajuda do rei filisteu, Abimeleque. O
lugar de habitação de Isaque e Rebeca é identificado na Bíblia como
“Beer-Laai-Roi” (Gn 25.11). Ao decidir sair daquele lugar, viajaram cerca
de 110
quilómetros até chegar a
Gerar. A rota para o Egito
incluía a cidade de Gerar, pois o caminho seria menor até o Egito, como
desejou Isaque. Ao parar em Gerar, Isaque continuou a prosperar, porque o
Senhor promete-lhe abençoar e prosperar sua fazenda.
Entretanto,
Isaque não parecia plenamente feliz naquele lugar. A prosperidade de
Isaque causou admiração, mas ao mesmo
tempo, inveja dos habitantes daquela
terra. Daí iniciou-se a perseguição e a provocação para que Isaque reagisse de
tal modo que lhes desse oportunidade de o expulsarem. O desejo de ir para o
Egito foi aguçado pelas notícias da riqueza daquela terra. Na verdade, por
um lapso
de tempo, Isaque
deixou de confiar na direção
divina e resolveu agir por conta própria. Estava inseguro, e sua
insegurança não se justificava porque
Deus o havia abençoado copiosamente
em todo o seu caminho. Quando nos deparamos com situações de
insegurança em termos de subsistência material, devemos sempre buscar de Deus o
conhecimento da sua vontade (Gn
12.2,3; 13.16; 15.5;
17.3-8; 22.15-18). Deus abençoou Isaque por amor a Abraão (Gn 26.5,24).
Uma Experiência Pessoal
Certa feita, nos anos de
1945 e 1946,
meu pai, Osmar Cabral, era obreiro na cidade de Mafra, SC. Era o
final da Segunda Guerra Mundial e a escassez tomou conta do mundo inteiro. A
igreja era pequena e não tinha recursos
para sustentá-lo, ainda que não
faltasse nada em casa. Meu pai desejou deixar a obra do
ministério e conseguir algum emprego. Minha mãe foi forte o suficiente para
dizer-lhe que Deus cuidaria deles, por isso não poderia abandonar o ministério.
Quantas vezes somos tentados a desistir da obra de Deus quando circunstâncias
adversas surgem! Com Isaque, mesmo havendo fome na terra,
a sua fazenda não deixou de crescer e aumentar. Seu maior problema foi permitir que a ambição
material roubasse a direção de Deus de sua vida.
A Tentação de Mentir
Mentira, do tipo que Isaque fez, pode ser uma declaração ou
informação deliberadamente transmitida como se fosse verdade. Em nenhuma
circunstância tem lugar a mentira na vida do
cristão. No episódio da ação de Isaque,
não foi diferente a sua mentira
da que seu pai Abraão fez no Egito.
Agora Isaque, em Gerar, com medo de os filisteus tomarem a sua
mulher e o matarem, usa a mentira para poder alcançar seus objetivos na
terra. Rebeca era muito bonita, e
temendo perdê-la ou ser morto por causa dela, combinou com ela para que se
identificasse como sendo sua irmã (Gn 26.7).
O rei Abimeleque, antes de pensar em levar Rebeca para o seu palácio, da
sua casa “olhou por uma janela e viu, e eis que Isaque estava brincando com
Rebeca, sua mulher” (Gn 26.8). O rei procurou Isaque e falou da sua decepção com a mentira dele. Mesmo assim, Abimeleque deu
uma ordem a todo
o povo de
Gerar que não tocasse naquela mulher. Isaque,
certamente envergonhado diante
do rei Abimeleque, teve que confessar seu
erro. Isaque agiu
desse modo porque não queria
correr o risco de perder suas vantagens materiais.
Na história de
seus pais, Sarai
e Abrão, havia ocorrido
o mesmo problema, diferenciado
apenas pelo fato de que, o rei do
Egito, imaginando que
Sarai era irmã de Abrão, por causa
da sua beleza, a pediu para ser uma de
suas concubinas. Quando Faraó
descobriu a mentira de Abrão,
mesmo sem ter tocado nela, o rei foi atingido com pragas no seu
palácio. Faraó devolveu Sarai a Abrão e
ordenou que fosse embora do Egito. Em relação a Rebeca, ela não chegou ser
desejada por nenhum filisteu, mas quando Abimeleque descobriu a mentira de
Isaque, reprovou a sua atitude de querer enganar. A mentira é sempre perniciosa numa convivência
social. Para o crente em Cristo, nada
justifica usar da mentira para tirar proveito de alguma coisa. O
apóstolo Paulo exortou aos Efésios, dizendo: “Pelo que deixai a mentira e falai a verdade
cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros” (E f 4.25).
A SIMBOLOGIA DOS POÇOS ENTULHADOS
A Inveja dos Filisteus
Ao longo da história dos judeus, os filisteus sempre foram
inimigos de Israel. Sempre procuraram
apossar-se das terras de Israel e desfazer seu
trabalho. Na história de
Abraão e
Isaque, os filisteus
tornaram-se inimigos por causa da prosperidade de ambos. No capítulo 26 de Génesis, a história se
repete quando Isaque foi para a terra dos filisteus em Gerar. Prosperou tanto que o
próprio rei dos
filisteus reconheceu que Isaque
era mais rico que ele. Os servos do rei rangiam os dentes contra todo o povo
de Isaque porque em tudo ele era
próspero e estava sob a guarda da bênção de Jeová (Gn 26.22).
O Dicionário Bíblico
Wycliffe diz que “a inveja é um princípio ativo de hostilidade
dirigido maliciosamente a um aspecto de superioridade, real ou suposta, de
outra pessoa”. O
Dicionário Internacional de Teologia do
Novo Testamento define a “inveja como
algo que faz com que alguém tenha
ressentimento contra outra pessoa
por ter
algo que ele mesmo deseja, sem, porém, possuí-lo”.
No grego, a palavra phtonos dá a
ideia de zelos ou ciúmes. Essa palavra,
phtonos, não aparece na literatura canónica da LXX . No grego do Novo Testamento, aparece
phthoneô, na escritura de Gálatas 5.26
(ARA), quando Paulo diz: “tendo inveja uns dos outros” como uma
atitude que faz contraste com o “viver no Espírito”. Marcos falou da inveja dos
que entregaram Jesus a Pôncio Pilatos (Mc
15.10). Em toda a
Bíblia, existem muitos
textos que condenam a
inveja como algo que
é repudiado por
Deus. A inveja ao sucesso
de prosperidade de Isaque foi a
razão que levou os filisteus a entulharem os poços
de água para
que os pastores
de Isaque não
tivessem água para dar ao gado.
Isaque, com espírito pacífico,
evitou brigar com os filisteus,
e sempre abria poços em outro lugar,
numa demonstração de bom senso e mansidão, com o fim de obter uma convivência pacífica.
Quem
Eram os Filisteus?
Na
verdade, o povo filisteu é um povo que
desapareceu na história mundial dos
povos. Eles são fartamente citados no
Antigo Testamento e estiveram
em passagens importantes
da história de Israel.
Essas passagens bíblicas revelam as constantes guerras com os hebreus, e
são histórias com personagens
como Abraão, Isaque, Sansão
e Davi. Por volta do século 7 a.C., esse povo misturou-se a outros povos e
pratica- mente desapareceu. O s pesquisadores descobriram e entenderam
que os filisteus faziam
parte dos “povos
do mar”. Eles
haviam se fixado, sobretudo, ao
longo da costa do
M ar Mediterrâneo. Eles
aparecem no sudoeste, especialmente
na Costa do
Neguebe e Sefalá
(Vale de Sarom), onde fundaram
cidades como Gaza, Asdode, Asquelom, Gate c
Ecrom (Js 13.3).
Havia templos deles a
Dagom (1 Sm 31.10; 1 Cr 10.10); templos e altares para Baal e
Astarote (1 Sm 31.10; 2 Rs
1.1,16).() espaço ocupado
por eles era chamado de
Filístia, de onde deriva o nome Palestina, que vai do sul do
monte Carmelo até o sul da Palestina na direção do Egito. Ao longo da história
desse povo, eles aparecem em várias circunstâncias de conflito com os
hebreus. Quem não se lembra da história
de Davi e Golias, o gigante filisteu?
Na
essência histórica, os filisteus sempre revelaram posturas incertas de quem não
inspira confiança, que é variante,
inconstante, vacilante. Portanto, o espírito dos filisteus é um sinal
negativo que aborda a vida de muitos cristãos hoje que não sabem o que querem e
que vivem sempre mudando de igreja.
Segundo a história, os filisteus
eram obstinados e duros de coração (SI 95.8; Pv 28.14; E f 4.19; 1 Tm 4.2). A lição negativa dos filisteus é a
atitude egoísta para satisfazer apenas os seus interesses físico e materiais.
Por isso, eles entulhavam os poços abertos, tanto por Abraão como por Isaque,
mais tarde.
A
Simbologia dos Poços Entulhados
Na
essência histórica, os filisteus sempre revelaram posturas incertas de quem náo
inspira confiança, que é variante,
inconstante, vacilante. Portanto, o espírito dos filisteus é um sinal
negativo que aborda a vida de muitos cristáos hoje que não sabem o que querem e
que vivem sempre mudando de igreja.
Segundo a história, os filisteus
eram obstinados e duros de coração (SI 95.8; Pv 28.14; E f 4.19; 1 Tm
4.2). A lição negativa dos filisteus é a atitude egoísta para satisfazer apenas
os seus interesses fisico e materiais. Por isso, eles entulhavam os poços
abertos, tanto por Abraão como por Isaque, mais tarde. Espírito precisam
continuar a jorrar na vida da igreja e dos crentes em particular.
A
PROVISÃO DE DEUS NA TERRA DOS FILISTEUS
Isaque
prosperou naquela terra e diz a
Bíblia que ele “semeou
[...] naquela mesma terra e colheu, naquele mesmo ano, cem medidas,
porque o Senhor o abençoava” (Gn
26.12). A inveja dos filisteus surgiu em função da grande possessão de terras,
ovelhas, vacas e gente de serviço. Por isso, depois de várias intromissões e
entulhos nos poços abertos por ele e seus servos, Isaque, pacificamente, foi
para mais longe daquele lugar.
Os
Obstáculos Levantados pelos Filisteus Foram Desfeitos
Enquanto
ainda estava nas terras de Gerar, não faltaram obstáculos à sua permanência
naquele lugar. Então Abimeleque, reconhecendo que o Deus de Isaque era poderoso
e o abençoava, propôs um concerto com Isaque,
mas que o mesmo
saísse daquelas terras. O s
trabalhadores de Isaque foram à
frente para a terra que Isaque os ordenara que fossem e lá cavaram um poço,
e acharam água em abundância.
Isaque saiu das terras de Gerar
naquele mesmo dia e
foi-se para um lugar
chamado Berseba (Gn 26.32,33).
Deus
nunca Abandona os seus Servos
Isaque foi
um homem abençoado
porque era homem de paz;
por isso, a bênção divina esteve
com ele o tempo todo. Isaque enfrentou a
oposição dos filisteus com atitudes de paciência e mansidão, que eram
qualidades de seu caráter (Gn
26.17). Essas atitudes para com os seus
opositores amenizaram seus ódios
e rancores porque Isaque soube ser manso em momentos de rispidez.
Isaque
Semeou muita Semente
Sob
a bênção de Deus, Isaque prosperou em tudo que fazia e investia das suas
forças. Além das pastagens bem tratadas por causa das águas dos seus
poços que brotavam
abundantemente, Isaque investiu
em plantações com sementes que
encheram aquelas terras
antes rústicas. Essa
prosperidade era o fruto
da fidelidade de
Deus à sua
promessa feita a Abraão e ao próprio
Isaque. A fome da terra de Canaã o levou a Gerar, lugar antes habitado por seu pai. Depois,
ao voltar ao mesmo lugar,
Deus o abençoou porque aprendeu
a confiar em nEle para sua provisão em vez de confiar com a boa
terra do Egito. Sua prosperidade se tornou alvo da inveja dos filisteus, que
pediram a Isaque que deixasse aquela terra e voltasse ao seu lugar de origem em
Canaã.
Abrindo
Poços Abundantes Espirituais
Os
poços que cavamos podem simbolizar as conquistas espirituais que fazemos, mas
que são alvo de inveja, porfia de nossos
inimigos espirituais. Isaque dá uma
lição de paciência e mansidão em não revidar os
ataques, mas não
desistir de lutar pelos
ideais sonhados. Às vezes, nossos inimigos
procuram entulhar nossos
poços com as
pedras da censura, da calúnia e da mentira para que desistamos
de lutar.
CONCLUSÃO
Deus cumpre
a sua palavra
e não leva
em conta nossos
erros de decisões fora da orientação dEle.
O Senhor suporta nossas fraquezas por causa do projeto
maior. Isaque falhou algumas
vezes, mas deixou um grande exemplo
de homem humilde, gentil
e cortês, não só
para com os amigos, mas também com os seus inimigos. Não ter ido para o
Egito foi um ato de obediência e
reconhecimento da soberania divina para cuidar dele, de sua família e de toda a
sua fazenda.
O Egito é símbolo
do mundo, que atrai os incautos
para afastá-los de Deus.
NOTAS : apazdosenhoro.org
Notas da Bíblia Reina-Valera 26.1 Os filisteus eram uma tribo que se converteria em um dos inimigos mais temíveis do Israel. Os filisteus eram originalmente um grupo de imigrantes provenientes do Mar Egeu que se estabeleceram na Palestina. Atracaram pela via de Giz e Chipre e os governantes cananeus os utilizavam como mercenários. Esta gente, que vivia na costa sudoeste, eram poucos mas muito ferozes em batalha. Mesmo que tenham sido amigáveis com Isaque, aquele pequeno grupo foi o precursor da nação que açoitaria Israel nos tempos do Josué, dos Juizes e do rei Davi. Este rei Abimeleque não era o mesmo que Abraão encontrou (capítulo 22). Abimeleque pode ter sido o nome de uma dinastia de reis filisteus. Notas da Bíblia Diário Vivir [1] 26.1 Cf. 12.10. [2] 26.1 Os filisteus : Veja-se Gn 21.32-34 [3] 26.3 Eu estarei contigo : Na história do Isaque, Jacó e José se destaca, junto ao tema da bênção, a promessa da assistência divina (Gn 26.24; 28.15; 31.3; 39.2-3,21). Vejam-se também as referências em Ex 3.12 [4] 26.4 Benditas em sua semente : Veja-se Gn 12.3 [5] 26.3-5 Isaque é depositário da promessa feita a Abraão (Gn 12.1-3; 13.14-15; 15.18-21; 22.16-18). O RESTAURADOR DE POÇOS ISAQUE - http://slideplayer.com.br/slide/1258103/ - Sofia Neto 1- "O RESTAURADOR DE POÇOS ISAQUE E havia fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão; por isso foi Isaque a Abimeleque, rei dos."— Transcrição da apresentação: 2 O RESTAURADOR DE POÇOS ISAQUE 3 E havia fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão; por isso foi Isaque a Abimeleque, rei dos filisteus, em Gerar. E apareceu-lhe o Senhor, e disse: Não desças ao Egito; habita na terra que eu te disser; Peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua descendência darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão teu pai; (Gênesis 26:1-3) 4 E engrandeceu-se o homem, e ia enriquecendo-se, até que se tornou mui poderoso. E tinha possessão de ovelhas, e possessão de vacas, e muita gente de serviço, de maneira que os filisteus o invejavam. E todos os poços, que os servos de seu pai tinham cavado nos dias de seu pai Abraão, os filisteus entulharam e encheram de terra. Disse também Abimeleque a Isaque: Aparta-te de nós; porque muito mais poderoso te tens feito do que nós. Então Isaque partiu dali e fez o seu acampamento no vale de Gerar, e habitou lá. E tornou Isaque e cavou os poços de água que cavaram nos dias de Abraão seu pai, e que os filisteus entulharam depois da morte de Abraão, e chamou-os pelos nomes que os chamara seu pai. Cavaram, pois, os servos de Isaque naquele vale, e acharam ali um poço de águas vivas. (Gênesis 26:13-19) 5 HISTÓRICO Um dos três PATRIARCAS de Israel. O único dos três PATRIARCAS que não teve o nome mudado. Marido de uma só mulher – REBECA - E era Isaque da idade de quarenta anos, quando tomou por mulher a Rebeca, filha de Betuel, arameu de Padã- Arã, irmã de Labão, arameu. (Gênesis 25:20) Teve dois filhos: Esaú e Jacó (Israel); OROU 20 ANOS POR FILHOS - E Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu. (Gênesis 25:21) Viveu 180 anos. Foi o que viveu mais entre os três. E foram os dias de Isaque cento e oitenta anos. (Gênesis 35:28) Filiação: ABRAÃO E SARA Naturalidade: CANAÃ Do original hebraico Yitzchaq. 6 Geografia 7 LOCALIZAÇÃO - GERAR, TALVEZ CAPITALK DOS FILISTEUS, NA ÉPOCA. HOJE É REGIÃO DA FAIXA DE GAZA. Faixa de Gaza - é um território palestino composto por uma estreita faixa de terra localizada na costa oriental do Mar Mediterrâneo, no Oriente Médio, que faz fronteira com o Egito no sudoeste e com Israel no leste e no norte. Área: 365 km² - Fundação: 1949 - População: 1,816 milhões (2014) - Produto Interno Bruto: 6,641 bilhões USD (2008) - PIB per capita: 6.100,00 USD (2014) - Universidade: Palestine College of Nursing - Fonte Wikipédia. https://pt.wikipedia.org/wiki/Faixa_de_Gaza 8 A VIDA DE ISAQUE FOI DE SUCESSO COMO FILHO EM OBEDIÊNCIA E SUJEIÇÃO (Gên. 22:7-8) SUCESSO COMO EMPREENDEDOR PRÓSPERO E MUITO RICO E PODEROSO (FEZ TEMER ABIMELEQUE) Gên. 26:28 SUCESSO NO CASAMENTO COM REBECA (Gên. 24) SUCESSO COMO PAI DE DOIS FILHOS, DUAS NAÇÕES NASCERAM DELE. ABENÇOADO, GEROU A ISRAEL (JACÓ) (Gên. 25:23 e seguintes) Diferenças de Isaque : Forma de agir: Persistência Consciência Passividade, Oração pelos outros, Oração por sua casa. 9 NOS POÇOS VEMOS A PERSISTÊNCIA, A CONSTÂNCIA, O SUCESSO E A PROSPERIDADE E tornou Isaque e cavou os poços de água que cavaram nos dias de Abraão seu pai, e que os filisteus entulharam depois da morte de Abraão, e chamou-os pelos nomes que os chamara seu pai. (Gênesis 26:18 - Grifo nosso). E os pastores de Gerar porfiaram com os pastores de Isaque, dizendo: Esta água é nossa. Por isso chamou aquele poço Eseque, porque contenderam com ele. (Gênesis 26:20) Então cavaram outro poço, e também porfiaram sobre ele; por isso chamou-o Sitna.(Gênesis 26:21) 10 E partiu dali, e cavou outro poço, e não porfiaram sobre ele; por isso chamou-o Reobote, e disse: Porque agora nos alargou o Senhor, e crescemos nesta terra. Depois subiu dali a Berseba. E apareceu-lhe o Senhor naquela mesma noite, e disse: Eu sou o DEUS de Abraão teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão meu servo. Então edificou ali um altar, e invocou o nome do Senhor, e armou ali a sua tenda; e os servos de Isaque cavaram ali um poço. (Gênesis 26:22-25) 11 ÁGUA = PALAVRA POÇO = BUSCA DA PALAVRA - Profundidade, Tempo, Estrutura Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. João 4:14 Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Efésios 5:26-27 Como água fresca para a alma cansada, tais são as boas novas vindas da terra distante. Como fonte turvada, e manancial poluído, assim é o justo que cede diante do ímpio. Provérbios 25:25-26 12 OS POÇOS OS POÇOS REPRESENTAM RELACIONAMENTO COM A PALAVRA (Bíblia), RELACIONAMENTO COM AS ORDENANÇAS, MANDAMENTOS DE DEUS, RELACIONAMENTO COM OS ENSINOS DE JESUS E APOSTÓLICOS (Pedro, Thiago, Paulo, João, etc...), RELACIONAMENTO COM O CONTEXTO ORIGINAL. 13 O ENTULHO SIGNIFICA FALSAS DOUTRINAS, DOGMAS HUMANOS, CONCEITOS FORJADOS, DISTORÇÕES DA PALAVRA (BÍBLIA), PRETEXTOS E TIPOLOGIAS CONVENIENTES DOS FALSOS PROFETAS, MENTIRAS, FALSIDADE IDEOLÓGICA, MÁSCARAS INVEJA E OUTROS E então, se alguém vos disser: Eis aqui o CRISTO; ou: Ei-lo ali; não acrediteis. Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos. (Marcos 13:21-22) 14 O POÇO DE ESEQUE – CONTENDA ( Gen. 26:20) Poço de Sitna – ACUSAÇÃO (Gen. 26:21) Poço de Reobote (RECHOVÔT) – ALARGAMENTO (Prosperidade – Gen. 26:22) Origem do conflito = INVEJA pela PROSPERIDADE APÓS TRÊS POÇOS: DEUS abençoa Isaac DEUS confirma as promessas feitas. DEUS confirma o seu chamado (Gen. 26:24) CONFLITOS DA RESTAURAÇÃO ALMA CONCEITOS HUMANOS SOCIEDADE E FAMILIARES ENVOLVIDOS COM RELIGIÃO IDÓLATRA OU NÃO. 15 CONTÉM água nos poços PROPORCIONA A ÁGUA - FARÁ GERAR O REINO DE DEUS - A ÁGUA NÃO É A VIDA... A ÁGUA CONTÉM A VIDA A ÁGUA NÃO É A RIQUEZA... A ÁGUA PROPORCIONA RIQUEZA 16 O POÇO DE SEBA E aconteceu, naquele mesmo dia, que vieram os servos de Isaque, e anunciaram-lhe acerca do negócio do poço, que tinham cavado; e disseram-lhe: Temos achado água. E chamou-o Seba; por isso é o nome daquela cidade Berseba até o dia de hoje. (Gênesis 26:32-33) SEBA = JURAMENTO O " poço dos sete ", ou " poço do juramento ", chamado assim porque ali Abraão deu sete cordeiras do seu rebanho à Abimeleque. Houve um juramento naquele lugar. Uma aliança. Um pacto. (Gênesis 21:23-33; 22:19; 26:23-33; 46:1-5).
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