segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Lição 6 - Deus: O Nosso Provedor




                                       Capítulo 6

                  ISAQUE, NÃO DESÇA AO EGITO

                    Mas os mansos herdarão a  terra e se deleitarão  na abundância de paz .

                                                           -  Salmos 37.11



A história de Isaque é uma das mais belas do Genesis.  Ele é o segundo  patriarca na escala dos  pais  da nação  israelita.  Logo  a seguir,  aprece seu filho Jacó,  que se  tornou o  terceiro  patriarca de Israel.  Quando  um israelita ora a Yahweh, refere-se sempre aos três patriarcas. Portanto, esse capítulo trata de uma experiência específica quando Isaque enfrentou as primeiras dificuldades em sua vida.  Foram algumas  crises com as  quais ele teve que se deparar e que exigiram dele atitudes inteligentes e, acima de tudo,  de confiança no  Deus de seu pai.

Percebe-se que o  capítulo  26  de Genesis  parece  repetir a mesma experiência de Abraão  quando  enfrenta a fome em  Canaã.  Isaque  resolve sair de Canaã, que passava mais uma vez pela adversidade da escassez de grãos  na terra.  Isaque saiu rumo  ao Egito,  mas  parou na terra de Gerar, lugar dos  filisteus.  Nessa  terra dos  filisteus,  Isaque  prosperou  muito  e adquiriu  muita riqueza  (Gn  26.12).  Antes  de  continuar sua caminhada para o Egito,  o  Senhor apareceu-lhe e disse:  “Não desças ao  Egito”  (Gn 26.2).  O   Senhor  o  prevenira acerca dos  perigos  do  Egito  e prometeu abençoá-lo onde estivesse,  mas não no Egito.

A ideia de ir para o Egito  lembrava experiências ruins.  Isaque estava sendo lembrado pelo Senhor de que não seria bom que ele fosse ao Egito, uma vez que seu pai, Abraão, havia passado por experiências ruins naquele lugar,  com  consequências  amargas  que  lembravam  mentira,  engodo  e humilhação por estar fora da vontade de Deus. Foi no Egito que Abraão foi sem ter consultado ao Senhor. Lá, sabendo-se fora do plano de Deus, Abraão não construiu um altar ao Senhor porque sabia que Deus não aceitaria seu sacrifício. Depois de muitos anos, Deus falou com seu filho Isaque, que já tinha dois filhos, Esaú e Jacó, que não descesse ao Egito. Deus  sabia por sua presciência,  que  Isaque poderia ser vencido  pelas tentações da terra e não teria firmeza suficiente para evitar as ameaças do povo daquela terra.
Entretanto,  podemos  perceber que  os valores  morais  e  espirituais estariam na vida de Isaque, mesmo que, em algumas vezes ele se deixasse vencer em algumas circunstâncias.

ISAQUE, UM HOMEM DE CARÁTER ILIBADO

Antes de considerar os aspectos históricos que envolveram sua mudança de Canaã para  Gerar,  o  homem  Isaque faz uma demonstração das  qualidades  de  seu  caráter  quando  teve  de enfrentar e passar por algumas  crises.  O   exemplo  maior de  Isaque foi,  sem  dúvida,  o  de seu pai Abraão, que, acima de tudo, tinha um elevado conceito moral entre todos  os  povos  por  onde  habitou.  Foi  um homem  temente  a Deus,  a despeito de alguns momentos de fraqueza, mas não se deixou levar por costumes que pudessem servir de mau testemunho para seu filho Isaque. O   autor da Carta aos  Hebreus  diz que  “pela fé,  [Abraão]  habitou  na terra da promessa,  como  em  terra alheia,  morando  em  cabanas  com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa”  (Hb  11.9). Isaque assimilou muito bem as características de caráter de seu pai e, por isso, tornou-se um homem especial no projeto de Deus.

Um Homem sob a Bênção de Deus de Espírito Despojado

No texto de Genesis 26.1-5, à semelhança de Abraão, Deus aparece a Isaque e fala com ele, demonstrando a Isaque a mesma disposição para ajudar e orientar sua vida ao longo dos anos.  Era a providência divina demonstrada  em  algum as  circunstâncias  adversas  pelas  quais  Isaque passaria. Ao lado dos pais, Abraão e Sara, Isaque aprendeu a depender de Deus e a manter-se fiel às promessas da terra de Canaã. Mas, como aconteceu  anteriormente  com Abraão,  Isaque  enfrentou o  problema da escassez de alimentos  na  terra,  mesmo  que  “a  fome  na terra”  não tenha afetado  diretamente a ele e  sua fazenda.  Mudou-se para Gerar, na terra dos  filisteus  e  teve de enfrentar  obstáculos  daquele povo  em tudo  quanto  fazia,  por causa  da inveja da sua  prosperidade.  Deus  o abençoou copiosamente, tanto em Canaã como em Gerar. Nessa terra, Isaque viu crescer sua fazenda e isso provocou inveja e ciúme da parte dos filisteus, que começaram a criar dificuldades para ele e sua gente.
Um Homem de Espírito Despojado

A herança maior que  Isaque  recebeu  de seu pai  foi  o  exemplo  de seu caráter. As  riquezas materiais acumuladas eram apenas o fruto do trabalho.  Em   Gerar,  na terra  dos  filisteus,  Isaque  continuou  sendo abençoado por Deus, e toda a terra plantada e os pastos rejuvenesciam milagrosamente,  mas  Isaque  foi  uma pessoa de  “espírito  despojado”. A  despeito  da capacidade de  administrar os  bens  que  possuía,  Isaque não  colocava seu coração  nas coisas  materiais,  porque sabia que Deus era a sua  segurança.  Acima  de  tudo,  seu  despojamento  indicava que ele temia a Deus e dependia dEle para viver feliz.  Era um homem que correspondia ao que Jesus falou no seu sermão do Monte, quando dis­se:  “Bem-aventurados  os  pobres  de  espírito”  (Mt 5.3).  Olhando  com olhos positivos, entendemos que  “um pobre de espírito”  é alguém que sabe que  não  é  nada e que  Deus é tudo  na sua vida.  É alguém que  se reconhece dependente de Deus para as realizações da sua vida pessoal. Não se trata de alguém nulo, incapaz, mas sim de alguém que rejeita a postura de autossuficiência e está disposta a abrir mão de si mesmo para depender de Deus e da sua provisão. Isaque tinha essa qualidade e, por isso,  quando se tornou rico,  reconhecia que Deus era a razão de tudo.

Um Homem de Espírito Manso

A palavra manso no grego neo-testamentário é “praos”, que se refere à atitude interior de uma pessoa no modo de agir e reagir às situações. No sentido figurado, praos pode significar gentileza, humildade, cortesia. Há um substantivo de prazos que é praotês,  cujo significado é “a força interior que põe sob  controle o nosso  dia a dia.  Portanto,  ter  “espírito manso” é ter a serenidade para agir com firmeza sem se deixar arrebatar pela ira provocada por alguma situação ruim.  Isaque é um exemplo de mansidão  que  sabia agir e reagir ante alguns  obstáculos.  No  registro histórico de Génesis  26,  encontramos  os  filisteus criando  dificuldades para a continuidade  de  Isaque naquela terra. Ao reabrir alguns poços, os quais foram abertos por seu pai, Abraão, em tempos atrás, os filisteus iam aos mesmos poços e os entulhavam para que Isaque e seus pastores não  tivessem água para o seu gado.  Em vez de agir com atitude de re­presália aos filisteus,  Isaque preferiu agir com  atitude mansa,  abrindo outros poços em outros lugares para evitar conflitos.
Seu espírito manso era uma qualidade de equilíbrio que o fazia forte, não um fraco, ou medroso de reagir. Na verdade, a mansidão é uma força sob controle em que a pessoa não se exaspera facilmente,  mas é capaz de dialogar e procurar produzir a paz.  Mansidão  é  uma qualidade do fruto do Espírito” (G1 5.22,23)  que deve ser cultivada por aqueles que temem a Deus. A  prosperidade de Isaque foi uma realidade em função dessas qualidades de espírito que ele possuía. Ter o espírito manso (1  Co 4.21)  é ter a firmeza de não se intimidar diante das ameaças,  mas agir com serenidade para evitar confrontos que produzem mal estar a todos.

0 DRAMA QUE SE REPETE

Parece coincidência de fatos, mas as mesmas situações se repetiram, as mesmas experiências vividas por Abraão passaram a ser vividas por Isaque  naquela  terra.  Visto  que  Deus  estava  no  controle  de  todas  as coisas na vida de ambos, entendemos o cuidado de Deus para com eles a fim de preservar o seu projeto da “Terra Prometida”.

Não Há nenhum Determinismo na Experiência de Isaque

Tanto Abraão quando Isaque, ao saírem da terra de Canaã em busca de  mais  prosperidade  material  em  terras  estrangeiras,  sofreram  com os vizinhos pagãos  as  relações que agiam com eles com desconfiança, inveja e  porfia.  Aqueles  povos  não  tinham  dificuldades  em  aceitar a prosperidade de ambos. Agora,  Isaque repete a mesma história e deseja  ir para o Egito, deixando Canaã, o lugar da promessa. Isaque estava em Canaã e, como nos dias de Abraão,  seu pai,  a terra de Canaã passou a ter escassez de víveres,  não  só  para os  moradores da terra,  bem  como para os animais de criação.  Por algum momento de fraqueza espiritual, Isaque deixou de buscar ao  Senhor para receber a orientação de como deveria fazer para não ser atingido pela fome da terra. Não há nenhum determinismo quanto aos fatos acontecidos.

Defrontando-se com a Fome da Terra de Canaã

Essa situação de escassez de  alimentos na terra de Canaã fomentou na mente de Isaque o desejo de repetir o que seu pai havia feito muitos anos  antes:  ir para  o  Egito.  Quantas  vezes  somos  influenciados  por circunstâncias que nos levam a tomar decisões precipitadas?  O  Senhor exortou a Isaque que não viajasse para o Egito.  Na presciência divina, o Egito seria uma interferência no  plano de  Deus para a vida de  Isaque. Quando deixamos de buscar a Deus para direção de nossa vida,  torna­mo-nos reféns de preocupações que fazem o coração pulsar mais forte e as  nossas emoções ficam à mercê dessas  preocupações.  Quando Isaque permitiu que sua mente e coração fossem atormentados por pensamentos fora da vontade Deus, a ideia de ir para o Egito parecia ser a melhor opção naquele momento. Mas Deus ordena que não fosse ao Egito, porque esse  lugar é símbolo do  mundo que se opõe a Deus.  O  Egito é tipo da oposição que ameaça a fé cristã.

Nessa ocasião, Isaque já tinha 75 anos de idade e, a despeito da prosperidade que teve no Egito, sentiu que “a fome na terra” prejudicaria seu avanço  na terra.  A escassez da terra o  levou à cidade  de  Gerar,  cidade dos filisteus,  e,  chegando  lá,  buscou ajuda do rei filisteu, Abimeleque. O lugar de habitação de Isaque e Rebeca é identificado na Bíblia como “Beer-Laai-Roi” (Gn 25.11). Ao decidir sair daquele lugar, viajaram cerca de  110  quilómetros  até chegar  a  Gerar. A  rota para o  Egito  incluía a cidade de Gerar, pois o caminho seria menor até o Egito, como desejou Isaque. Ao parar em Gerar, Isaque continuou a prosperar, porque o Senhor promete-lhe abençoar e prosperar sua fazenda.  
Entretanto,  Isaque não parecia plenamente feliz naquele lugar. A prosperidade de Isaque causou admiração,  mas ao mesmo tempo,  inveja dos habitantes daquela terra. Daí iniciou-se a perseguição e a provocação para que Isaque reagisse de tal modo que lhes desse oportunidade de o expulsarem. O desejo de ir para o Egito foi aguçado pelas notícias da riqueza daquela terra. Na verdade, por um  lapso  de  tempo,  Isaque  deixou de confiar na direção  divina e resolveu agir por conta própria. Estava inseguro, e sua insegurança não se justificava porque  Deus  o  havia abençoado  copiosamente  em  todo o seu caminho.  Quando nos deparamos com situações de insegurança em termos de subsistência material, devemos sempre buscar de Deus o conhecimento da sua vontade (Gn  12.2,3;  13.16;  15.5;  17.3-8; 22.15-18). Deus abençoou Isaque por amor a Abraão  (Gn 26.5,24).

Uma Experiência Pessoal

Certa feita,  nos  anos de  1945  e  1946,  meu pai,  Osmar Cabral,  era obreiro na cidade de Mafra, SC. Era o final da Segunda Guerra Mundial e a escassez tomou conta do mundo inteiro. A igreja era pequena e não tinha recursos  para sustentá-lo,  ainda que  não  faltasse  nada em  casa. Meu pai desejou deixar a obra do ministério e conseguir algum emprego. Minha mãe foi forte o suficiente para dizer-lhe que Deus cuidaria deles, por isso não poderia abandonar o ministério. Quantas vezes somos ten­tados a desistir da obra de Deus quando circunstâncias adversas surgem! Com  Isaque,  mesmo havendo fome  na terra,  a sua fazenda não deixou de crescer e aumentar.  Seu maior problema foi permitir que a ambição material roubasse a direção de Deus de sua vida.

A Tentação de Mentir

Mentira, do tipo que Isaque fez, pode ser uma declaração ou informa­ção deliberadamente transmitida como se fosse verdade. Em nenhuma circunstância  tem  lugar a mentira  na vida do  cristão.  No  episódio da ação  de Isaque,  não  foi diferente a sua mentira da que seu pai Abraão fez no Egito. 

Agora Isaque, em Gerar,  com medo de os filisteus toma­rem a sua mulher e o matarem, usa a mentira para poder alcançar seus objetivos na terra.  Rebeca era muito bonita, e temendo perdê-la ou ser morto por causa dela, combinou com ela para que se identificasse como sendo sua irmã (Gn 26.7).  O rei Abimeleque, antes de pensar em levar Rebeca para o seu palácio, da sua casa “olhou por uma janela e viu, e eis que Isaque estava brincando com Rebeca, sua mulher”  (Gn 26.8).  O rei procurou  Isaque e falou da sua decepção  com a mentira dele.  Mesmo assim, Abimeleque  deu  uma ordem  a  todo  o  povo  de  Gerar que  não tocasse  naquela mulher.  Isaque,  certamente  envergonhado  diante  do rei Abimeleque,  teve que  confessar seu  erro.  Isaque  agiu  desse  modo porque não queria correr o risco de perder suas vantagens materiais.

Na  história de seus  pais,  Sarai  e Abrão,  havia  ocorrido  o  mesmo problema, diferenciado apenas pelo fato de que,  o rei do Egito,  imaginando  que  Sarai  era  irmã de Abrão,  por  causa da sua beleza,  a pediu para ser uma de suas  concubinas.  Quando Faraó  descobriu a mentira de Abrão,  mesmo sem ter tocado nela, o rei foi atingido com pragas no seu palácio.  Faraó devolveu Sarai a Abrão e ordenou que fosse embora do Egito. Em relação a Rebeca, ela não chegou ser desejada por nenhum filisteu, mas quando Abimeleque descobriu a mentira de Isaque, reprovou a sua atitude de querer enganar. A  mentira é sempre perniciosa numa convivência social.  Para o crente em Cristo, nada justifica usar da men­tira para tirar proveito de alguma coisa.  O  apóstolo Paulo exortou aos Efésios, dizendo:  “Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros”  (E f 4.25).

A SIMBOLOGIA DOS POÇOS ENTULHADOS

A Inveja dos Filisteus

Ao longo da história dos judeus, os filisteus sempre foram inimigos de Israel.  Sempre procuraram 
apossar-se das terras de Israel e desfazer seu  trabalho.  Na história de Abraão  e  Isaque,  os  filisteus  tornaram-se inimigos por causa da prosperidade de ambos.  No capítulo 26 de Génesis, a história se repete quando Isaque foi para a terra dos filisteus em Gerar.  Prosperou tanto  que o  próprio  rei  dos  filisteus  reconheceu que Isaque era mais rico que ele. Os servos do rei rangiam os dentes contra todo  o povo  de Isaque porque em tudo  ele era próspero  e estava sob  a guarda da bênção  de Jeová (Gn 26.22).

O Dicionário  Bíblico  Wycliffe diz que “a inveja é um princípio ativo de hostilidade dirigido maliciosamente a um aspecto de superioridade, real ou suposta, de outra pessoa”. O Dicionário Internacional de  Teologia do Novo  Testamento define a “inveja como algo que faz com que alguém tenha  ressentimento  contra outra pessoa por  ter  algo  que  ele mesmo deseja,  sem,  porém,  possuí-lo”.  No grego,  a palavra phtonos dá a ideia de zelos ou ciúmes.  Essa palavra, phtonos,  não  aparece na literatura canónica da LXX .  No grego do Novo Testamento, aparece phthoneô, na escritura de Gálatas 5.26  (ARA),  quando Paulo diz:  “tendo inveja uns dos outros” como uma atitude que faz contraste com o “viver no Espírito”. Marcos falou da inveja dos que entregaram Jesus a Pôncio Pilatos (Mc  15.10).  Em  toda a  Bíblia,  existem  muitos  textos  que  condenam a  inveja como  algo  que  é  repudiado  por  Deus.  A inveja ao  sucesso  de prosperidade de  Isaque foi a razão  que levou os filisteus  a entulharem os  poços  de  água  para  que  os  pastores  de  Isaque  não  tivessem  água para  dar ao gado.  Isaque,  com espírito  pacífico,  evitou  brigar com  os filisteus,  e sempre abria poços em outro lugar,  numa demonstração de bom senso e mansidão,  com o fim de obter uma convivência pacífica.

Quem Eram os Filisteus?

Na verdade,  o povo filisteu é um povo que desapareceu na história mundial  dos povos.  Eles são fartamente citados no Antigo Testamen­to  e  estiveram  em  passagens  importantes  da história  de  Israel.  Essas passagens bíblicas revelam as constantes guerras com os hebreus, e são histórias  com  personagens  como Abraão,  Isaque,  Sansão  e  Davi.  Por volta do século 7 a.C.,  esse povo misturou-se a outros povos e pratica- mente desapareceu.  O s  pesquisadores descobriram  e entenderam  que os  filisteus  faziam  parte  dos  “povos  do  mar”.  Eles  haviam  se  fixado, sobretudo,  ao  longo  da  costa do  M ar  Mediterrâneo.  Eles  aparecem no  sudoeste,  especialmente  na  Costa  do  Neguebe  e  Sefalá  (Vale  de Sarom), onde fundaram cidades como Gaza, Asdode, Asquelom, Gate c  Ecrom  (Js  13.3).  Havia templos  deles  a  Dagom   (1 Sm 31.10;  1 Cr 10.10); templos e altares para Baal e Astarote (1 Sm 31.10; 2 Rs  1.1,16).()  espaço  ocupado  por eles  era chamado  de  Filístia,  de onde  deriva o nome Palestina, que vai do sul do monte Carmelo até o sul da Palestina na direção do Egito. Ao longo da história desse povo, eles aparecem em várias circunstâncias de conflito com os hebreus.  Quem não se lembra da história de Davi e Golias,  o gigante filisteu?

Na essência histórica, os filisteus sempre revelaram posturas incertas de quem não inspira confiança, que é variante,  inconstante, vacilante. Portanto, o espírito dos filisteus é um sinal negativo que aborda a vida de muitos cristãos hoje que não sabem o que querem e que vivem sempre mudando de igreja.  Segundo a história,  os filisteus eram obstinados e duros de coração (SI 95.8; Pv 28.14; E f 4.19;  1 Tm 4.2). A lição negativa dos filisteus é a atitude egoísta para satisfazer apenas os seus interesses físico e materiais. Por isso, eles entulhavam os poços abertos, tanto por Abraão como por Isaque, mais tarde.

A Simbologia dos Poços Entulhados

Na essência histórica, os filisteus sempre revelaram posturas incertas de quem náo inspira confiança, que é variante,  inconstante, vacilante. Portanto, o espírito dos filisteus é um sinal negativo que aborda a vida de muitos cristáos hoje que não sabem o que querem e que vivem sempre mudando de igreja.  Segundo a história,  os filisteus eram obstinados e duros de coração (SI 95.8; Pv 28.14; E f 4.19;  1  Tm 4.2). A lição negativa dos filisteus é a atitude egoísta para satisfazer apenas os seus interesses fisico e materiais. Por isso, eles entulhavam os poços abertos, tanto por Abraão como por Isaque, mais tarde. Espírito  precisam  continuar a jorrar na vida da igreja e dos crentes em particular.

A PROVISÃO DE DEUS NA TERRA DOS FILISTEUS

Isaque prosperou  naquela terra e  diz a  Bíblia que  ele  “semeou  [...] naquela mesma terra e colheu, naquele mesmo ano, cem medidas, por­que o Senhor o abençoava”  (Gn 26.12). A inveja dos filisteus surgiu em função da grande possessão de terras, ovelhas, vacas e gente de serviço. Por isso, depois de várias intromissões e entulhos nos poços abertos por ele e seus servos, Isaque, pacificamente, foi para mais longe daquele lugar.

Os Obstáculos Levantados pelos Filisteus Foram Desfeitos

Enquanto ainda estava nas terras de Gerar, não faltaram obstáculos à sua permanência naquele lugar. Então Abimeleque, reconhecendo que o Deus de Isaque era poderoso e o abençoava, propôs um concerto com Isaque,  mas  que o  mesmo  saísse daquelas  terras.  O s  trabalhadores  de Isaque foram à frente para a terra que Isaque os ordenara que fossem e lá cavaram  um poço,  e acharam água em abundância.  Isaque saiu das terras  de  Gerar  naquele  mesmo  dia e  foi-se para  um  lugar  chamado Berseba (Gn 26.32,33).

Deus nunca Abandona os seus Servos
Isaque  foi  um  homem  abençoado  porque  era homem  de paz;  por isso,  a bênção divina esteve com ele o tempo todo.  Isaque enfrentou a oposição dos filisteus com atitudes de paciência e mansidão, que eram qualidades de seu caráter  (Gn 26.17).  Essas atitudes para com os seus opositores  amenizaram seus  ódios  e rancores porque Isaque soube ser manso em momentos de rispidez.

Isaque Semeou muita Semente

Sob a bênção de Deus, Isaque prosperou em tudo que fazia e investia das suas forças. Além das pastagens bem tratadas por causa das águas dos  seus  poços  que  brotavam  abundantemente,  Isaque  investiu  em plantações com  sementes que encheram  aquelas  terras  antes  rústicas. Essa prosperidade  era o  fruto  da  fidelidade  de  Deus  à  sua  promessa feita a Abraão  e ao  próprio  Isaque. A fome da terra de Canaã o levou a Gerar,  lugar antes habitado por seu pai.  Depois,  ao voltar ao mesmo lugar,  Deus  o  abençoou porque  aprendeu  a confiar em  nEle  para sua provisão em vez de confiar com a boa terra do Egito. Sua prosperidade se tornou alvo da inveja dos filisteus, que pediram a Isaque que deixasse aquela terra e voltasse ao seu lugar de origem em Canaã.

Abrindo Poços Abundantes Espirituais

Os poços que cavamos podem simbolizar as conquistas espirituais que fazemos, mas que são alvo de inveja,  porfia de nossos inimigos es­pirituais.  Isaque dá uma lição de paciência e mansidão em não revidar os  ataques,  mas  não  desistir de  lutar  pelos  ideais  sonhados.  Às vezes, nossos  inimigos  procuram  entulhar  nossos  poços  com  as  pedras  da censura,  da calúnia e da mentira para que desistamos de lutar.

CONCLUSÃO
Deus  cumpre  a  sua  palavra  e  não  leva  em  conta  nossos  erros  de decisões  fora da orientação  dEle.  O  Senhor suporta nossas  fraquezas por causa do  projeto  maior.  Isaque falhou algumas vezes,  mas deixou um grande  exemplo  de homem  humilde,  gentil  e cortês,  não  só  para com os amigos, mas também com os seus inimigos. Não ter ido para o Egito foi  um ato de obediência e reconhecimento da soberania divina para cuidar dele, de sua família e de toda a sua fazenda.
                           
                               O  Egito  é símbolo  do  mundo,  que atrai os incautos
                                                       para  afastá-los de Deus.



                     NOTAS : apazdosenhoro.org


Notas da Bíblia Reina-Valera
26.1 Os filisteus eram uma tribo que se converteria em um dos inimigos mais temíveis do Israel. Os filisteus eram originalmente um grupo de imigrantes provenientes do Mar Egeu que se estabeleceram na Palestina. Atracaram pela via de Giz e Chipre e os governantes cananeus os utilizavam como mercenários. Esta gente, que vivia na costa sudoeste, eram poucos mas muito ferozes em batalha. Mesmo que tenham sido amigáveis com Isaque, aquele pequeno grupo foi o precursor da nação que açoitaria Israel nos tempos do Josué, dos Juizes e do rei Davi. Este rei Abimeleque não era o mesmo que Abraão encontrou (capítulo 22). Abimeleque pode ter sido o nome de uma dinastia de reis filisteus.
 
Notas da Bíblia Diário Vivir
[1] 26.1 Cf. 12.10.
[2] 26.1 Os filisteus : Veja-se Gn 21.32-34
[3] 26.3 Eu estarei contigo : Na história do Isaque, Jacó e José se destaca, junto ao tema da bênção, a promessa da assistência divina (Gn 26.24; 28.15; 31.3; 39.2-3,21). Vejam-se também as referências em Ex 3.12
[4] 26.4 Benditas em sua semente : Veja-se Gn 12.3
[5] 26.3-5 Isaque é depositário da promessa feita a Abraão (Gn 12.1-3; 13.14-15; 15.18-21; 22.16-18).
 
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E havia fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão; por isso foi Isaque a Abimeleque, rei dos."— Transcrição da apresentação:
O RESTAURADOR DE POÇOS ISAQUE 
E havia fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão; por isso foi Isaque a Abimeleque, rei dos filisteus, em Gerar. E apareceu-lhe o Senhor, e disse: Não desças ao Egito; habita na terra que eu te disser; Peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua descendência darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão teu pai; (Gênesis 26:1-3) 
E engrandeceu-se o homem, e ia enriquecendo-se, até que se tornou mui poderoso. E tinha possessão de ovelhas, e possessão de vacas, e muita gente de serviço, de maneira que os filisteus o invejavam. E todos os poços, que os servos de seu pai tinham cavado nos dias de seu pai Abraão, os filisteus entulharam e encheram de terra. Disse também Abimeleque a Isaque: Aparta-te de nós; porque muito mais poderoso te tens feito do que nós. Então Isaque partiu dali e fez o seu acampamento no vale de Gerar, e habitou lá. E tornou Isaque e cavou os poços de água que cavaram nos dias de Abraão seu pai, e que os filisteus entulharam depois da morte de Abraão, e chamou-os pelos nomes que os chamara seu pai. Cavaram, pois, os servos de Isaque naquele vale, e acharam ali um poço de águas vivas. (Gênesis 26:13-19) 
HISTÓRICO Um dos três PATRIARCAS de Israel. O único dos três PATRIARCAS que não teve o nome mudado. Marido de uma só mulher – REBECA - E era Isaque da idade de quarenta anos, quando tomou por mulher a Rebeca, filha de Betuel, arameu de Padã- Arã, irmã de Labão, arameu. (Gênesis 25:20) Teve dois filhos: Esaú e Jacó (Israel); OROU 20 ANOS POR FILHOS - E Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu. (Gênesis 25:21) Viveu 180 anos. Foi o que viveu mais entre os três. E foram os dias de Isaque cento e oitenta anos. (Gênesis 35:28) Filiação: ABRAÃO E SARA Naturalidade: CANAÃ Do original hebraico Yitzchaq. 
Geografia 
LOCALIZAÇÃO - GERAR, TALVEZ CAPITALK DOS FILISTEUS, NA ÉPOCA. HOJE É REGIÃO DA FAIXA DE GAZA.
Faixa de Gaza - é um território palestino composto por uma estreita faixa de terra localizada na costa oriental do Mar Mediterrâneo, no Oriente Médio, que faz fronteira com o Egito no sudoeste e com Israel no leste e no norte. Área: 365 km² - Fundação: 1949 - População: 1,816 milhões (2014) - Produto Interno Bruto: 6,641 bilhões USD (2008) - PIB per capita: 6.100,00 USD (2014) - Universidade: Palestine College of Nursing -
Fonte Wikipédia. https://pt.wikipedia.org/wiki/Faixa_de_Gaza
A VIDA DE ISAQUE FOI DE SUCESSO COMO FILHO EM OBEDIÊNCIA E SUJEIÇÃO (Gên. 22:7-8)
SUCESSO COMO EMPREENDEDOR PRÓSPERO E MUITO RICO E PODEROSO (FEZ TEMER ABIMELEQUE) Gên. 26:28 SUCESSO NO CASAMENTO COM REBECA (Gên. 24) SUCESSO COMO PAI DE DOIS FILHOS, DUAS NAÇÕES NASCERAM DELE. ABENÇOADO, GEROU A ISRAEL (JACÓ) (Gên. 25:23 e seguintes)
Diferenças de Isaque : Forma de agir: Persistência Consciência Passividade, Oração pelos outros, Oração por sua casa.
NOS POÇOS VEMOS A PERSISTÊNCIA, A CONSTÂNCIA, O SUCESSO E A PROSPERIDADE
E tornou Isaque e cavou os poços de água que cavaram nos dias de Abraão seu pai, e que os filisteus entulharam depois da morte de Abraão, e chamou-os pelos nomes que os chamara seu pai. (Gênesis 26:18 - Grifo nosso). E os pastores de Gerar porfiaram com os pastores de Isaque, dizendo: Esta água é nossa. Por isso chamou aquele poço Eseque, porque contenderam com ele. (Gênesis 26:20) Então cavaram outro poço, e também porfiaram sobre ele; por isso chamou-o Sitna.(Gênesis 26:21) 
10 E partiu dali, e cavou outro poço, e não porfiaram sobre ele; por isso chamou-o Reobote, e disse: Porque agora nos alargou o Senhor, e crescemos nesta terra. Depois subiu dali a Berseba. E apareceu-lhe o Senhor naquela mesma noite, e disse: Eu sou o DEUS de Abraão teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão meu servo. Então edificou ali um altar, e invocou o nome do Senhor, e armou ali a sua tenda; e os servos de Isaque cavaram ali um poço. (Gênesis 26:22-25) 
11 ÁGUA = PALAVRA
POÇO = BUSCA DA PALAVRA - Profundidade, Tempo, Estrutura
Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. João 4:14 Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Efésios 5:26-27 Como água fresca para a alma cansada, tais são as boas novas vindas da terra distante. Como fonte turvada, e manancial poluído, assim é o justo que cede diante do ímpio. Provérbios 25:25-26 
12 OS POÇOS
OS POÇOS REPRESENTAM RELACIONAMENTO COM A PALAVRA (Bíblia), RELACIONAMENTO COM AS ORDENANÇAS, MANDAMENTOS DE DEUS, RELACIONAMENTO COM OS ENSINOS DE JESUS E APOSTÓLICOS (Pedro, Thiago, Paulo, João, etc...), RELACIONAMENTO COM O CONTEXTO ORIGINAL.
13 O ENTULHO SIGNIFICA FALSAS DOUTRINAS, DOGMAS HUMANOS, CONCEITOS FORJADOS, DISTORÇÕES DA PALAVRA (BÍBLIA), PRETEXTOS E TIPOLOGIAS CONVENIENTES DOS FALSOS PROFETAS, MENTIRAS, FALSIDADE IDEOLÓGICA, MÁSCARAS INVEJA E OUTROS
E então, se alguém vos disser: Eis aqui o CRISTO; ou: Ei-lo ali; não acrediteis. Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos. (Marcos 13:21-22) 
14 O POÇO DE ESEQUE – CONTENDA ( Gen. 26:20) Poço de Sitna – ACUSAÇÃO (Gen. 26:21) Poço de Reobote (RECHOVÔT) – ALARGAMENTO (Prosperidade – Gen. 26:22)
Origem do conflito = INVEJA pela PROSPERIDADE APÓS TRÊS POÇOS: DEUS abençoa Isaac DEUS confirma as promessas feitas. DEUS confirma o seu chamado (Gen. 26:24)
CONFLITOS DA RESTAURAÇÃO ALMA CONCEITOS HUMANOS SOCIEDADE E FAMILIARES ENVOLVIDOS COM RELIGIÃO IDÓLATRA OU NÃO. 
15 CONTÉM água nos poços
PROPORCIONA A ÁGUA - FARÁ GERAR O REINO DE DEUS - A ÁGUA NÃO É A VIDA... A ÁGUA CONTÉM A VIDA
A ÁGUA NÃO É A RIQUEZA... A ÁGUA PROPORCIONA RIQUEZA
16 O POÇO DE SEBA
E aconteceu, naquele mesmo dia, que vieram os servos de Isaque, e anunciaram-lhe acerca do negócio do poço, que tinham cavado; e disseram-lhe: Temos achado água. E chamou-o Seba; por isso é o nome daquela cidade Berseba até o dia de hoje. (Gênesis 26:32-33)
SEBA = JURAMENTO O " poço dos sete ", ou " poço do juramento ", chamado assim porque ali Abraão deu sete cordeiras do seu rebanho à Abimeleque. Houve um juramento naquele lugar. Uma aliança. Um pacto. (Gênesis 21:23-33; 22:19; 26:23-33; 46:1-5).

 





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